Edição 580 | Ano IV

Da redação – São Paulo / SP
Mercado brasileiro de BI alcançará R$ 476 milhões em 2011
Os negócios com Business Intelligence no Brasil deverão aumentar 16,6% em 2011. As projeções são de pesquisa realizada E-Consulting Corp. que, estima que esse mercado movimentará 476 milhões de reais no País até dezembro. Até 2014, a consultoria projeta que a receita do setor alcançará 748 milhões de reais, com expansão superior a 57%.
Segundo a consultoria, o segmento de BI está entre os poucos segmentos da TI que têm crescido a taxas superiores a dois dígitos no País. Nos últimos três anos, o mercado brasileiro de BI faturou 1,07 bilhão de reais, o que representa um crescimento de 33% no período.
O sócio fundador da E-Consulting, Daniel Domeneghetti, constata que o uso de BI é cada vez mais o tema central nas ofertas de TI, por sua forte correlação com o negócio. As análises mostram que os players do mercado têm feito diversas aquisições e em suas mensagens de marketing global é possível prever o surgimento do BI como uma das aplicações mais relevantes para os próximos anos.
Domeneghetti observa que a informação pronta para o uso, no formato e  ambiente ideal é um diferencial perseguido pelas empresas. “Conhecimento de valor é aquele que possibilita decisões relevantes. O histórico de performance da companhia, seus produtos e serviços, bem como as informações gerenciais, de mercado e forecasts relevantes precisam, cada vez mais, compor o painel de decisão dos executivos”, ressalta.
O executivo acredita que para isso acontecer, as informações precisam ser inteligíveis e úteis. “Hoje as empresas possuem uma infinidade de dados em seus sistemas, mas pouca informação efetivamente de valor é extraída e beneficiária. E olha que a demanda por tratamento de dados não estruturados a incorporação de conhecimentos externos à companhia, como o advindo das redes sociais, só agora está ganhando pequena relevância.”, completa.

Nova Iorque / EUA
Especulações apontam Soros por trás de protestos em Wall Street
Os manifestantes anti-Wall Street alegam que os ricos estão se tornando mais ricos enquanto o norte-americano comum sofre, mas o grupo que começou os protestos pode ter se beneficiado indiretamente de um dos homens mais ricos do mundo. Há bastante especulação sobre quem está financiando o protesto, que se espalhou para outras cidades dos EUA e já dura quase quatro semanas. Um nome que constantemente aparece é o do investidor George Soros, que estreou em setembro na lista dos dez norte-americanos mais riscos. Críticos conservadores argumentam que o movimento é um Cavalo de Troia para uma intenção secreta de Soros.
Soros e os manifestantes negam qualquer ligação. Mas a Reuters encontrou ligações financeiras indiretas entre Soros e a Adbusters, grupo anticapitalista no Canadá que iniciou os protestos com uma campanha de marketing que visava provocar uma revolta no estilo da Primavera Árabe contra Wall Street. Além disso, Soros e os manifestantes compartilham algumas ideologias. "Eu posso entender o sentimento deles", disse Soros a repórteres na semana passada na Organização das Nações Unidas sobre as manifestações Ocupem Wall Street, que devem desencadear marchas de solidariedade ao redor do globo no sábado.
Pressionado por suas visões sobre o movimento e os manifestantes, Soros se recusou a ser incluído nele, mas o apresentador de rádio Rush Limbaugh resumiu as especulações ao dizer aos ouvintes na semana passada que "o dinheiro de George Soros está por trás disso". Soros, de 81 anos, está na sétima posição na lista da Forbes dos 400 mais ricos, com fortuna de US$ 22 bilhões, que aumentou nos últimos anos por causa de sua hábil resposta às turbulências no mercado financeiro. Ele prometeu doar toda sua riqueza, sendo metade enquanto ainda a está acumulando e o restante quando morrer.
Assim como os manifestantes, ele não é fã dos resgates bancários de 2008 e subsequente compra pelo governo dos ativos hipotecários subprime tóxicos que se acumularam na bolha imobiliária. Os manifestantes afirmam que os resgates bancários de Wall Street em 2008 deixaram os bancos com grandes lucros, enquanto os norte-americanos comuns sofreram com desemprego elevado e insegurança de emprego, com pouca ajuda de Washington.
Em 2009, Soros escreveu um editorial afirmando que a compra de ativos tóxicos de bancos daria "um suporte de vida artificial para os bancos a um custo considerável para o contribuinte" e insistiu que o governo Obama tomasse uma ação mais corajosa, recapitalizando ou nacionalizando os bancos e os forçando a emprestar a juros atrativos. Soros há tempos apoia causas por meio do Open Society Institute que, segundo documentos de 2007 a 2009, concedeu doações de US$ 3,5 milhões ao Centro Tides, grupo baseado em San Francisco que age como uma câmara de compensações para outros doadores.
Documentos também mostram que o Tides concedeu doações de US$ 185 mil ao Adbusters, de 2001 a 2010, incluindo quase US$ 26 mil entre 2007 e 2009. O Adbusters é uma organização canadense que reúne artistas, ativistas, estudantes e demais interessados no "novo movimento ativista social da era da informação". Assistentes de Soros afirmam que qualquer ligação é tênue e que Soros nunca ouviu falar dos Adbusters. O próprio Soros nega os comentários.

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP
Índice de Confiança do Comércio - setembro de 2011

Em parceria com o Banco Central do Brasil, a Fundação Getulio Vargas, por intermédio do Instituto Brasileiro de Economia, lança este mês a Sondagem Conjuntural do Comércio, com o objetivo de mapear o nível de atividade e as expectativas empresariais deste setor.
A Sondagem do Comércio terá frequência mensal e coleta de dados em todo o território nacional. A pesquisa abrange 17 segmentos, incluindo o atacado, varejo, automóveis, motos e peças e materiais de construção. As séries históricas iniciam-se em março de 2010. Dadas a volatilidade e padrão sazonal das informações coletadas até a presente data, os primeiros resultados serão analisados tendo como principal referência a evolução dos indicadores expressos em médias móveis trimestrais, comparados aos do mesmo período ao ano anterior.
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) vem, desde maio deste ano, se mantendo em nível inferior ao observado no ano passado, resultado que sinaliza desaceleração do nível de atividade do setor nesta base de comparação. Entre agosto e setembro deste ano, no entanto, houve diminuição da distância: o ICOM médio do trimestre findo em setembro foi 1,6% inferior ao do mesmo período do ano passado, contra -2,7% do trimestre findo em agosto.
O resultado relativamente favorável do indicador de média móvel trimestral em setembro de 2011 decorre da grande diferença entre a evolução positiva observada entre agosto e setembro deste ano (+2,4 pontos percentuais) e a redução pontual de 2,2 p.p. entre agosto e setembro de 2010. O movimento atual do indicador colabora para a interpretação de que o setor sustenta um bom ritmo de atividade ao final do terceiro trimestre de 2011 mas é ainda insuficiente se concluir que o segmento entra em nova fase de aceleração.
Dos 17 segmentos pesquisados, houve melhora em nove e piora em oito segmentos, ao comparar-se o resultado do Indicador Trimestral  de confiança de agosto com o de setembro. No varejo restrito, houve piora em seis dos nove segmentos. No conceito de varejo ampliado, houve piora em 8 dos 13 segmentos. No atacado, a melhora ocorreu nos quatro segmentos pesquisados. Apesar de não haver muita informação no Brasil sobre a evolução conjuntural deste último segmento – lacuna que está sendo preenchida pela Sondagem do Comércio – nota-se que este teve contribuição bem superior ao seu peso (de 33% no total do comércio) tanto na piora acentuada verificada em setembro de 2010 quanto para a alta de setembro de 2011.
O indicador trimestral do Índice da Situação Atual (ISA-COM) avançou em setembro embora ainda se encontre em terreno negativo: no trimestre findo em setembro, o índice registrou nível médio 4,0% inferior ao de 2010; em agosto, estava 5,4% abaixo. O ISA-COM representa o resultado do quesito que mede a percepção da empresa comercial a respeito da demanda no presente momento. Na média do trimestre findo em setembro de 2010, 18,5% das empresas avaliavam a demanda como forte e 12,9% como fraca. No mesmo período de 2011, estes percentuais são de 20,3% e 18,9%, respectivamente.
O Índice de Expectativas (IE-COM) fechou o terceiro trimestre de 2011 estável em relação ao mesmo período do ano passado. O IE-COM é composto por dois quesitos da pesquisa e a abertura do resultado mostra que o setor comercial tem expectativas favoráveis para as vendas neste final de ano, mas apresenta maior cautela que no ano passado ao projetar a tendência dos negócios nos meses seguintes.
No quesito que mede o otimismo do empresariado com a tendência dos negócios nos seis meses seguintes, o indicador médio do trimestre findo em setembro registrou perda de 4,7% na comparação com o mesmo período de 2010 (-5,0% no trimestre findo em agosto). Já o indicador de vendas previstas para os três meses seguintes foi o que mais contribuiu para o aumento do IE-COM este mês: no trimestre findo em setembro, ele estava 5,1% superior a 2010, um avanço em relação aos 3,4% de agosto. A proporção de empresas que preveem aumento das vendas passou de 59,4% médios no trimestre findo em setembro de 2010 para 68,6% em setembro de 2011. No mesmo período, a parcela das que preveem diminuição passou de 2,9% para 4,2% do total. (Fonte: Assessoria de Imprensa)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:
São Paulo / SP
Bovespa emenda terceiro dia de ganhos e sobe 1,4% no fechamento
A Bovespa reiniciou a semana ontem, dia 13/10, se ajustando à valorização vista nos demais mercados de capitais ao longo do feriado do dia 12/10.
- O índice de ações brasileiro Ibovespa mostrou valorização de 1,42%, alcançando os 54.601 pontos. No mês, a valorização acumulada é de 4,3%.
- O giro financeiro foi bastante alto, de R$ 9,5 bilhões, bem acima da média de R$ 6 bilhões/dia. A cifra, porém, inclui o vencimento de opções, o que aumentou a volatilidade e o volume financeiro do pregão. 
- O dólar comercial foi trocado por R$ 1,750, em uma queda de 0,51%, a sétima rodada seguida de desvalorização.
Análise - Opções são contratos baseados em ativos financeiros (como ações ou o próprio Ibovespa), que expiram uma vez por mês. Analistas técnicos, que procuram antecipar as tendências da Bolsa por meio de padrões gráficos, observam que o índice Ibovespa pode alcançar a casa dos 56 mil pontos no curto prazo. Para tanto, é preciso que o patamar de preços oscile na faixa de 54 mil a 55 mil, o que "salvaria" o mercado de obedecer a sua tendência principal de baixa, como ressaltam esses especialistas. No front doméstico, a Fiesp (a federação das indústrias paulistas) indicou que o nível de emprego na indústria de transformação paulista diminuiu 0,62% em setembro ante o mês anterior. No acumulado de janeiro a setembro, o indicador de emprego registra aumento de 3,87% com a geração de 100 mil vagas.

Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA caem após resultados do JPMorgan e apenas Nasdaq sobe
Os índices Dow Jones e S&P 500 recuaram nos pregões de ontem, dia 13/10, após o resultado do banco JPMorgan e os dados fracos sobre o superávit comercial da China reavivarem temores quanto ao impacto da desaceleração do crescimento mundial sobre os balanços de empresas.
- O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, recuou 0,35%, para 11.478 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,30%, para 1.203 pontos.
- Enquanto que o termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,60%, para 2.620 pontos.
Análise 1 - As perdas puseram fim à sequência de três dias de ganhos que culminaram em uma alta acumulada de 12% no S&P 500 desde que ele atingiu sua mínima, em 4 de outubro. O Nasdaq se manteve em território positivo, escorado por ações do setor de semicondutores. Alguns analistas afirmaram que uma pausa nos ganhos do mercado ocorreria, dado o avanço recente do S&P 500. O indicador acumulou sua maior valorização em sete dias desde março de 2009 com o crescente otimismo de que líderes europeus encontrariam uma forma de conter os problemas associados à dívida da região.
Análise 2 - Os papéis do JPMorgan, segundo maior banco norte-americano, tiveram perda de 4,8% e exerceram o maior peso sobre o Dow Jones após a empresa apurar uma queda em seu lucro líquido no terceiro trimestre. A notícia se seguiu a resultados desapontadores da Alcoa, divulgados na terça-feira. "É cedo, mas parece que, após termos uma série de ótimos resultados corporativos em meio a números macroeconômicos não tão ótimos assim, talvez estejamos vendo balanços um pouco menos robustos", disse vice-presidente de investimentos da North Star Investment Management, Eric Kuby, em Chicago. Os resultados saudáveis de companhias norte-americanas estiveram entre os principais catalisadores de avanços no mercado acionário desde suas mínimas em março de 2009. Dados da China também pesaram ontem o superávit comercial caiu pelo segundo mês seguido em setembro.

Londres / Inglaterra
Bolsas europeias fecham em queda ontem
As principais Bolsas europeias terminaram a sessão de ontem, dia 13/10, em queda, algumas com fortes perdas, como Milão (-3,70%), preocupadas pela desaceleração da economia chinesa e do setor bancário europeu, ainda debilitado pela persistente possibilidade de calote da dívida por parte da Grécia.
- O Footsie-100, principal índice da Bolsa de Londres perdeu 0,71%, fechando aos 5.403,38 pontos.
- O índice DAX da Bolsa de Frankfurt perdeu 1,33%, aos 5.914,84 pontos, arrastado pela queda dos valores bancários. O Deutsche Bank perdeu 5,60% a 27,64 euros e o Commerzbank recuou 4,82%, a 1,75 euros em pleno debate sobre a oportunidade de fazer frente à crise da dívida soberana.
- O CAC 40 da Bolsa de Paris cedeu 1,33%, a 3.186,94 pontos.
- Já o Ibex 35 da Bolsa de Madri baixou 0,92%, cotado aos 8.943,5 pontos no fechamento.
- A Bolsa de Milão perdeu 3,70%, a 15.894 pontos, arrastada também pela queda dos bancos. 
Análise - UniCredit, particularmente castigado já que é o único banco italiano que não se recapitalizou este ano, perdeu 12,10%, aos 0,9265 euros, enquanto que o Banco Popolare cedeu 8,96%, cotado aos 1,23 euro, e Intesa Sanpaolo recuou 8,15%, aos 1,284 euros.

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MERCADO FINANCEIRO

São Paulo / SP
PIB mensal Itaú Unibanco recua 0,6% em agosto
Mais um indicador aponta para a queda da atividade econômica em agosto na comparação com julho. O PIB mensal Itaú Unibanco (PIBIU), anunciado ontem, recuou 0,6% nesta comparação, já descontados os efeitos sazonais. Ontem mesmo o Banco Central já havia tornado público uma queda de 0,53% da atividade econômica, detectada pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador recuou de 143,07 pontos em julho para 142,30 pontos em agosto.
Em agosto, segundo o economista do Itaú Unibanco Aurélio Bicalho, responsável pelo cálculo do PIBIU, a queda da atividade alcançou seis dos dez grandes setores que formam o índice. Ele destacou o acentuado recuo do comércio varejista e a fraqueza da agropecuária como os principais responsáveis pela queda do PIB na margem em agosto. "Este resultado reforça o quadro de desaceleração mais forte da atividade econômica no terceiro trimestre, e em ritmo mais intenso do que a nossa expectativa", diz Bicalho. Na comparação com agosto do ano passado, o PIB Itaú Unibanco aumentou 3%. O crescimento em agosto ficou ligeiramente abaixo da sua prévia (-0,4% e 3,4%, respectivamente) divulgada junto com o resultado de julho. A variação do índice de média móvel de três meses do PIB mensal desacelerou de 0,3% em julho para -0,1% em agosto.
A taxa de crescimento do trimestre encerrado em agosto na comparação com o trimestre imediatamente anterior, livre de efeitos sazonais, ficou em 0,1%, abaixo da taxa de 0,5% observada em julho. No acumulado em 12 meses, a expansão do PIB mensal Itaú Unibanco passou de 4,8% em julho para 4,4% em agosto, mantendo a trajetória de desaceleração. O comércio varejista, com queda de 2,3% em agosto na comparação com julho, livre de efeitos sazonais, foi o componente com maior contribuição negativa para o PIB mensal. Do lado positivo, destaque para a alta de 0,3% da atividade outros serviços. "O desempenho do comércio varejista abaixo da nossa expectativa, naquele momento, respondeu por grande parte da diferença em relação à prévia", diz Bicalho.
A prévia do PIB mensal de setembro aponta para um aumento na margem, mas isto deve ser insuficiente para evitar um fraco desempenho no terceiro trimestre, de acordo com o economista. "Avaliamos que as informações reveladas no último mês mostraram uma intensificação do processo de desaceleração da atividade econômica. Entendemos que a intensidade da desaceleração adiante dependerá, especialmente, da evolução do cenário internacional", diz. Os dados disponíveis sugerem aumento das vendas no varejo, mas forte recuo da produção industrial. Nesse contexto, a prévia do PIB mensal Itaú Unibanco aponta para elevação de 0,4% em setembro na comparação com agosto, após ajuste sazonal, e aumento de 2,1% em relação a setembro de 2010. "Apesar desta perspectiva de crescimento em setembro, o PIB mensal Itaú Unibanco deverá encerrar o terceiro trimestre com uma variação apenas ligeiramente positiva em relação ao segundo trimestre", afirma o economista.
Medidas do governo - "Os últimos dados do PIB mensal reforçam o quadro de desaceleração da atividade econômica no terceiro trimestre, mas de forma mais intensa do que o antecipado. Esta perda de vigor do crescimento reflete, em parte, os efeitos das medidas adotadas pelo governo - aumento de juros, contenção das despesas fiscais e elevação do compulsório para moderar o crédito - entre o final de 2010 e o início de 2011", afirma Bicalho. Além disso, diz ele, "o ajuste de estoque na indústria tem afetado a produção industrial antes do que esperávamos, contribuindo para a redução das perspectivas de crescimento no terceiro trimestre." Há também, segundo Bicalho, evidências dos impactos da deterioração do cenário internacional na economia doméstica. A manutenção de um nível elevado de incerteza deve ter impactado negativamente a atividade econômica entre o fim do terceiro trimestre e o início do quarto. "O ambiente internacional de maior pessimismo e incerteza deve ser determinante na definição da velocidade de crescimento da economia nos próximos meses. Por outro lado, a redução dos juros iniciada pelo Banco Central em agosto tende a suavizar parte deste impacto, especialmente em 2012", diz. (Agência Estado)


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INDÚSTRIA

São Paulo / SP
Setor de material de construção desacelera em 2011
O segmento de material de construção fechou a primeira metade de 2011 com ritmo de crescimento inferior ao apurado no ano passado, segundo estudo da entidade que representa o setor no país, Abramat, em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), divulgado nesta quinta-feira.
De acordo com o levantamento, a produção de materiais aumentou 2,4% entre abril e junho ante o mesmo período de 2010, enquanto no primeiro trimestre deste ano o crescimento foi de 5,5% na mesma base comparativa.
No segundo semestre de 2010, segundo o IBGE, a produção dos insumos havia avançado quase 8%. Nesse ano, de janeiro a junho, essa taxa caiu para menos de 4%. "Em linhas gerais, portanto, as taxas de crescimento da indústria estavam sendo cortadas pela metade", afirmam as entidades, indicando a alta base de comparação com 2010, quando o setor imobiliário disparou, e a desaceleração vista esse ano em decorrência de juros mais altos e menor disponibilidade de crédito.
Em termos de faturamento, o segmento também desacelerou. As vendas reais da indústria de materiais caíram 2% no segundo trimestre, enquanto nos seis primeiros meses do ano a queda acumulada foi de 1,2%.
No varejo, o faturamento do setor cresceu 10,8% no segundo trimestre contra igual período do ano passado, conforme dados do IBGE. No primeiro semestre, o aumento anual foi de 11,9%. "É importante observar que a nova estratégia macroeconômica - juros mais baixos, contingenciamento de gastos públicos e medidas de proteção comercial - visa corrigir algumas distorções acumuladas ao longo da fase de forte recuperação registrada em 2010, como o descompasso entre o desempenho do varejo e da indústria", assinalam as entidades no estudo.
"O descompasso entre o faturamento real das vendas reais da indústria e do varejo pode estar associado a um movimento de compra de mais produtos importados pela revenda, o que contribui para a desaceleração na indústria", acrescenta o presidente da Abramat, Walter Cover.
Ainda assim, o levantamento aponta uma reversão do cenário a partir do terceiro trimestre. Em julho e agosto, o faturamento real do setor acumulou alta de quase 3%. O estudo informou também que, no primeiro semestre, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor aumentou 9,7% ano a ano. Em 2010, a taxa de crescimento do emprego havia sido de 14,5% no período. (Agência FolhaNews)

Da redação – São Paulo / SP
Camil compra marca Coqueiro da PepsiCo
A Camil Alimentos anunciou ontem a tarde, dia 13/10, a compra da marca Coqueiro, única operação de pescados do mundo pertencente à PepsiCo. A transação, que não teve o valor revelado, prevê a incorporação de duas fábricas da Coqueiro em São Gonçalo/RJ e Itajaí/SC, além da transferência de 1,5 mil funcionários. A Camil já atuava no setor de pescados com as marcas Alcyon e Pescador amplia sua participação no setor com a incorporação da companhia. Hoje, 80% dos negócios da Camil, que é A Camil é a maior indústria de beneficiamento de arroz e feijão da América Latina, estão no setor de grãos. A expectativa, segundo a Camil, é que em até cinco anos a divisão represente 30% de seus negócios. O faturamento da companhia projetado para o ano é de R$ 1,8 bilhão. No ano passado, a Camil faturou cerca de R$ 1,2 bilhão. A empresa entrou no segmento de industrialização de pescados em maio deste ano, com a compra da catarinense Femepe, dona das marcas Alcyon e Pescador. A Coqueiro produziu 28,5 mil toneladas de pescado em 2010.

Londres / Inglaterra
Unilever compra empresa russa de cosméticos por US$ 685 milhões
A Unilever anunciou hoje, dia 14/10, a aquisição de 82% do grupo russo de cosméticos Concern Kalina por 500 milhões de euros (US$ 685 milhões), como parte da estratégia da companhia de bens de consumo de crescer em mercados emergentes. O grupo anglo-holandês quer deixar os mercados da Europa e dos Estados Unidos em segundo plano e investir em mercados de rápido crescimento, como a Rússia, e estima que os mercados emergentes respondam por 75% do seu volume de negócios até 2020, contra atuais 54%, aproximadamente. A Concern Kalina é a maior companhia russa de produtos para cuidados pessoais e vende seus produtos principalmente na Rússia, Ucrânia e Cazaquistão. A empresa prevê um volume de vendas de 303 milhões de euros em 2011. A operação garantirá à Unilever - terceiro maior grupo mundial de alimentos e bens de consumo - marcas russas como Pure Line, Black Pearl e Silky Hands. O segmento de cuidados pessoais é o que mais cresce na Unilever e respondeu por mais de 30% das vendas de 44,3 bilhões de euros em 2010, com fortes posições em mercados emergentes como Índia, Brasil e China. "Essa aquisição mudará o negócio de cuidados pessoais da Unilever na Rússia", disse o presidente-executivo do grupo, Paul Polman. (Agência Reuters)

Brasília / DF
Foxconn terá duas fábricas de display no Brasil
A empresa taiwanesa Foxconn pretende instalar no Brasil duas fábricas para produção de telas sensíveis ao toque, utilizados em tablets, alguns modelos de celulares e televisões, segundo afirmou nesta quinta-feira o ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia). Ele participou de uma reunião de cerca de três horas, no Palácio do Planalto, entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente mundial da empresa, Terry Gou. "Só quatro países no mundo hoje produzem [o display]. Nós queremos que o Brasil seja o primeiro país do ocidente a entrar nesse segmento. é um investimento muito grande em termos de volume de recursos, não é uma única fábrica", disse o ministro. A tecnologia para produção das telas existe apenas no Japão, Coreia, China e Taiwan. O ministro afirmou que ainda não há prazo para a instalação das novas fábricas, mas destacou que a Foxconn tem uma "visão otimista" em relação ao Brasil, terceiro maior mercado de computadores e quinto maior fabricante. "É um país que vai ter a Copa do Mundo, Olimpíadas. Nós vamos ter também um forte programa de inclusão digital nas escolas públicas, com tablets, laptops, notebooks. É uma demanda do Estado brasileiro de 70 milhões de estudantes. Tudo isso estimula esse investimento", afirmou. A expectativa do governo é de que junto com as fábricas, empresas de componentes da área de computação também se instalem no país.
As exigências dos lados - O ministro apontou uma série de pré-requisitos necessários para a instalação de uma fábrica desse porte, que exige alto consumo de energia, água, logística e qualificação profissional. "Precisa de um aeroporto internacional que dê suporte a voos diários para poder suprir os componentes que são necessários nessa indústria. Portanto, a escolha do local tem exigido uma pesquisa bastante complexa", disse Mercadante. Segundo ele, seis estados estão na disputa para sediar o investimento. Após a reunião, o presidente da Foxconn reafirmou que os investimentos serão da ordem de US$ 12 bilhões, mas ressaltou que o prazo para tal investimento depende da capacidade da engenharia local em receber toda a tecnologia necessária. Mercadante afirmou que, nesse contexto, o "BNDES é indispensável nessa operação, e tem participado de todas as negociações". O ministro disse ainda que a presidente Dilma Rousseff quer, em contrapartida, uma transferência tecnológica "ampla, geral e irrestrita". Além da instalação de fábrica no Brasil de telas de LCD-TFT, a Foxconn será responsável pela fabricação, ainda neste ano, dos equipamentos iPhone e iPad, na cidade de Jundiaí/SP. (Agência FolhaNews)


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AGROBUSINESS

Da redação – São Paulo / SP
Setor de algodão do Brasil mudou de patamar
A produção brasileira de algodão saltou de 1,2 milhão de tonelada em 2010 para 1,96 milhão neste ano, segundo dados oficiais. Os recentes aportes de investimentos sugerem que essas cifras expressivas vieram para ficar. "O Brasil subiu um nível" no mercado do algodão, disse Haroldo Cunha, presidente-executivo do Instituto Brasileiro do Algodão, e ex-diretor da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
Fazendeiros que produziam grãos passaram a investir mais em algodão no ano passado por causa da alta nos preços da fibra, que em março deste ano atingiu o recorde de 2,195 dólares por libra-peso --quase o triplo do valor de um ano antes.
O governo prevê que a produção da nova safra pode superar 2 milhões de toneladas , e os produtores continuam entusiasmados com o algodão, embora os preços tenham agora despencado para cerca de 1,03 dólar por libra-peso. "Com vendas acima de 1 dólar e com o dólar se fortalecendo nas últimas semanas (diante do real), imaginamos permanecer em 1,5 a 2 milhões de toneladas nos próximos anos", disse Cunha.
Os produtores devem adquirir cerca de 200 novas colheitadeiras de algodão em 2012 para fazer frente à expansão das safras. Atualmente, há menos de 1.500 dessas máquinas no país. O fato de cada colheitadeira custar 400-700 mil dólares já demonstra a crença dos produtores no algodão. Mas não é só no Brasil que a produção tem crescido, e especialistas apontam para um excesso de oferta em 2011/12 e pressão sobre os preços, que pode se agravar caso uma nova recessão global se instale, reduzindo a demanda.
CHINA
Por outro lado, o Brasil pode ficar otimista com o fato de a China - gigante no setor têxtil - comprar cada vez mais algodão do país. Neste ano, a China ultrapassou a Coreia do Sul e a Indonésia como maior cliente do algodão brasileiro, comprando mais do que a soma desses dois países.
De janeiro a setembro, as exportações de algodão do Brasil para a China totalizaram 104 mil toneladas, praticamente o dobro do registrado um ano antes. "Os chineses estão ganhando confiança no nosso produto", disse Cunha, acrescentando que o mercado chinês revelou-se de difícil penetração. A China já é o maior produtor mundial de algodão, com quase o quádruplo da produção brasileira.
Foco na África - O IBA foi fundado em 2010 para distribuir os fundos que os EUA, um produtor maior do que o Brasil, pagam como compensação por subsídios indevidos ao seu produto. Esse pagamento resulta de um acordo que evitou sanções do Brasil autorizadas pela Organização Mundial do Comércio aos EUA, depois de uma decisão favorável à queixa brasileira contra os subsídios norte-americanos.
Desde junho do ano passado, o Brasil já recebeu 218 milhões de dólares dos EUA, mas esses pagamentos devem parar quando a lei agrícola norte-americana for revista, em 2012. O Brasil pode reabrir o processo da OMC se achar que a nova lei não responde às suas reclamações. Entre os projetos que o IBA irá financiar há programas de treinamento dos produtores, de combate à praga do bicudo do algodoeiro, uma campanha publicitária para promover o uso do algodão no Brasil, em vez das fibras sintéticas, e investimentos na melhoria do controle de qualidade. O IBA também pretende apoiar projetos no setor algodoeiro da África, que se concentra principalmente no leste do continente.

Da redação – São Paulo / SP
País se destaca em cenário de demanda crescente pela carne
Com o aumento constante da população mundial, a cadeia de produção da carne bovina espera que a demanda por proteínas aumente e, segundo especialistas na área, é provável que o mercado brasileiro leve vantagem com isso por contar com características propícias relativas a clima, extensão de terra e água, por exemplo. No entanto, investimentos são sempre necessários e a tecnologia, nesse caso, não fica atrás. Segundo Leonel Almeida, gerente de pecuária do Grupo Marfrig, por exemplo, as perspectivas para a cadeia de produção da carne bovina são bastante interessantes no caso brasileiro. Pesquisas mostram que nascem 200 mil pessoas por dia no mundo. “Com isso, há uma perspectiva de que, até 2050, haja 9 bilhões de habitantes, sendo que 70% deles viverão em cidades. Aliado a isso, a renda per capita mundial está crescendo”, afirma o gerente.
Para ele, como a maioria da população está locada em cidades, não há área de produção, ou seja, a renda aumenta e é preciso produzir em algum lugar onde haja espaço. Além disso, com o aumento de renda, ele diz que as proteínas são os primeiros itens de consumo que crescem.
“Por outro lado, em termos de oferta, é preciso ter um conjunto de fatores para não exaurir recursos naturais, ou seja, é preciso produzir mais utilizando a mesma quantidade de terra. Um local que reúne todas essas condições, tanto de clima, quanto de extensão de terra, água e rebanho para produzir a proteína animal é o Brasil”, garante. Já quando o assunto é investimento, Almeida acredita que a aplicação constante de conhecimento em tecnologia dentro do negócio é algo que deve ser melhorado. Ele afirma que a cadeia já conta com um conhecimento bastante interessante em termos de produção bovina, mas, para ele, com toda essa nova demanda, um dos pontos que fazem a diferença dentro disso é aplicar tanto conhecimento, quanto tecnologia.
“Na prática, uma medida bastante simples é começar a ter controle da produção, ou seja, obter informações de quanto está produzindo por hectare, qual o peso do animal e qual o ganho de peso que ele tem. Isso quer dizer obter os dados reais do que existe dentro da propriedade. A partir desses dados, o produtor deve analisar quais os pontos fracos da propriedade e assim melhorá-los”, orienta o entrevistado.
Almeida cita, como exemplo, o Programa Qualidade Nelore Natural, uma parceria entre a Marfrig e a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil que reconhece os produtores que já realizam trabalhos de ponta na produção animal. “Essa parceria busca estimular a produção dos animais Nelore de qualidade superior e remunerar melhor o produtor. Isso porque os animais que se enquadram no padrão Nelore têm um valor agregado diferenciado. Para participar, o produtor deve procurar um técnico nas unidades do Grupo Marfrig”, conta.

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SETOR AUTOMOTIVO

Da redação - São Paulo / SP
Após alta do IPI, carros da Kia Motors ficam até 14,3% mais caros
A Kia Motors anunciou que foi "obrigada" a reajustar os preços de dez modelos que vende atualmente no Brasil por causa da elevação do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados. O aumento médio foi de 8,41%, mas uma das versões do Picanto, por exemplo, subiu 14,33%, de R$ 34,9 mil para R$ 39,9 mil.  O governo elevou em 30 pontos percentuais o tributo cobrado sobre carros importados e dos nacionais que não atenderem requisitos como investimentos em tecnologia e um percentual de 65% de conteúdo nacional. A mudança do tributo foi anunciada no dia 15 de setembro e passou a valer no dia seguinte. "Chegamos a essa média ponderada de 8,41% e os preços são válidos até o dia 31 de outubro. Infelizmente temos de repassar o aumento compulsório do IPI. Mas, em respeito ao consumidor, viabilizamos o menor porcentual possível, neste primeiro momento", disse José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil. Segundo ele, será necessário fazer novos repasses em novembro e dezembro, "de modo escalonado". Na época do anúncio, o ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou que a medida poderia deixar os carros de 25% a 28% mais caros.

Brasília/DF e São Paulo/SP
BMW sugeriu fábrica em troca de IPI mais baixo
A BMW propôs ao governo brasileiro construir uma fábrica da montadora alemã no Brasil, mas quer uma redução no IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - sobre seus carros. O governo aumentou em 30 pontos percentuais o tributo cobrado sobre carros importados, como forma de defender os carros nacionais. A elevação do tributo foi anunciada no dia 15/9. O presidente da BMW Group Brasil, Henning Dornbusch, apresentou no dia 11/10, ao ministro do Dersenvolvimento Fernando Pimentel, o projeto de instalação da fábrica, cujos detalhes não foram divulgados. Segundo o ministério, Pimentel prometeu encaminhar a discussão dentro do governo. O ministro já havia dito que, diante da apresentação de projetos, o governo avaliaria a flexibilização da cobrança do IPI maior. O ministro tinha afirmado que o atual modelo "não se adapta a essas [montadoras] que querem vir [para o país]". Por essa razão, é preciso regra de "transição" que "absorva as indústrias". Outras montadoras, como a japonesa Nissan e a chinesa Jac Motors, também manifestaram interesse em construir fábricas no Brasil após a medida.
Os motivos - Uma das razões do aumento do IPI foi a entrada dos carros chineses a baixo custo. No mercado desde março, o modelo J3 da chinesa JAC Motors tinha passado no começo de outubro de 20 mil unidades vendidas a R$ 37.900 -com vários itens não disponíveis em concorrentes fabricados no país. Apesar disso, o Palácio do Planalto chegou à conclusão de que, sem uma regra de transição, dificilmente atrairá mais montadoras. No fim de setembro informou que a Dilma deu sinal verde para aliviar montadoras do imposto mais alto desde que instalem unidades no Brasil e se comprometam com um cronograma escalonado para atingir no médio prazo 65% de componentes locais. A alta foi de 30 pontos percentuais nas alíquotas de carros e caminhões que tenham menos de 65% de componentes nacionais. Antes, o IPI sobre os importados variava de 7% a 25% e, com a medida, passou para 37% a 55%.

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SERVIÇOS e VAREJO

São Paulo / SP
Carrefour diz que reestruturação no Brasil mostra resultados
O Carrefour registrou crescimento de 5,7% nas vendas brutas em relação ao ano anterior, segundo números divulgados ontem, dia 13/10. A comparação leva em conta apenas os pontos no Brasil em funcionamento nos últimos 12 meses, critério importante porque exclui efeitos de abertura de novas lojas. A rede de varejo também divulgou dados sobre o seu desempenho de vendas no intervalo de julho a setembro no país. O negócio de hipermercados do Carrefour cresceu 4,6% entre julho e setembro, atribuídos "aos esforços de reestruturação" da empresa. No acumulado do período de janeiro a setembro, a alta também foi de 5,7%. O número é superior a taxa de expansão da companhia em mercados emergentes, que foi de 2,4% no terceiro trimestre e de 2,6% de janeiro a setembro. Já em termos de crescimento a taxas de câmbio constantes, a expansão nas vendas do Carrefour Brasil no terceiro trimestre foi de 7,5% sobre igual período de 2010. O Atacadão, rede de "atacarejo" do grupo no país, houve acréscimo 13,2% dentro desses mesmos critérios. Com base nesses dados, a taxa de expansão do Atacadão é quase duas vezes maior que a taxa de crescimento das lojas de hipermercados e supermercados do Carrefour no país. (Agência Valor)

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TI, WEB e e-COMMERCE

São Francisco / EUA
Lucro do Google cresce 26% no trimestre e supera expectativas
Os resultados do Google ficaram acima das expectativas de Wall Street, já que o bom controle de gastos ajudou a impulsionar o lucro da empresa líder de buscas na internet em 26%. O Google informou nesta quinta-feira que o lucro líquido no terceiro trimestre totalizou US$ 2,73 bilhões, acima dos US$ 2,17 bilhões apurados no mesmo período do ano passado. As ações do Google subiram 6% nas negociações "after-market" (operações realizadas após o encerramento normal do pregão). Excluindo alguns itens, o Google afirmou que teve um lucro de US$ 9,72 por ação nos três meses terminados em setembro. Analistas ouvidos pela pesquisa Thomson Reuters I/B/E/S esperavam lucro de US$ 8,74 por ação. A companhia, que enfrenta crescimento da competição nas redes sociais com o Facebook, afirmou nesta quinta-feira que teve mais de 40 milhões de usúarios na sua recém-lançada rede social Google+. A receita líquida do Google cresceu 37% no terceiro trimestre, para US$ 7,51 bilhões, acima das expectativas de Wall Street. A receita líquida da companhia exclui as taxas que o Google divide com os sites parceiros. Analistas esperavam uma receita líquida de US$ 7,22 bilhões, de acordo com a pesquisa Thomson Reuters I/B/E/S. (Agência Reuters)

Da redação – São Paulo / SP
Mercado de PCs cresceu 19,4% na AL
De acordo com a consultoria IDC, o mercado de PCs na América Latina cresceu 19,4% no segundo trimestre de 2011. A região ganhou mais de 9,1 milhões de unidades aponta o IDC Latin America Quarterly PC Tracker, Q2 2011. O resultado, aponta a consultoria, foi fortemente impulsionado pela venda de notebooks, com 5,2 milhões de unidades comercializadas. Os desktops corresponderam a 3,98 milhões de unidades, 7,5% a mais em comparação com o mesmo trimestre do ano passado.
Previsões para 2011 - A IDC espera que o mercado total feche o ano com incremento de 21,6% em 2011, sendo que 7,6% deverá corresponder aos desktops, 34,3% aos notebooks ano ao ano. As projeções aumentaram no longo prazo, com maior incidência em notebooks, como resultado da tendência de migração para mobilidade. Em alguns países, como Argentina e Peru, as taxas de crescimento caíram.  Mas essa é, de acordo com a consultoria, um efeito de ofertas de educação e uma desaceleração no consumo real ou demanda do mercado, embora seja importante notar que a Argentina também é afetada pela situação atual de restrições à importação.

Da redação – São Paulo / SP
Terra investe US$ 7 milhões para aprimorar análises de audiência
O Terra reduziu em 80% o tempo de entrega de seus relatórios de audiência, passou a interpretar melhor o tráfego online e ter dados mais precisos para apoiar as equipes que tomam decisão. Esses são alguns dos ganhos obtidos pela companhia após a implantação da ferramenta de web analytics fornecida pela Omniture, unidade de marketing on-line da Adobe, que considerou a aplicação um case na América Latina.
A ferramenta implementada foi a Adobe Online Marketing Suite, escolhida no ano passado para aprimorar os seus relatórios de audiência. O projeto faz parte de um investimento de 7 milhões de dólares que serão aplicados pela companhia para fornecer análises mais completas e acompanhar em tempo quase real o comportamento de seus usuários.
O diretor de inteligência de mercado do Terra, Marcelo Coutinho, conta que até então o portal vinha adotando ferramentas desenvolvidas internamente, mas que havia a necessidade de um sistema mais sofisticado para gerenciar os grande volume de dados com mais eficiência. “O objetivo era ter uma visão mais precisa do tráfego do portal e gerar relatórios mais completos”, diz o executivo, ex-consultor do Ibope, contratado no ano passado para conduzir o novo departamento de Market Intelligence, criado para mapear tendências do internauta latino-americano, de forma a municiar agências, anunciantes e profissionais do setor digital.
Com a tecnologia de web analytics da Omniture, Coutinho explica que o Terra passou a cruzar os dados com informações de pesquisas e de monitoramento, apoiando as equipes que tomam decisão, como anunciantes, departamento comercial, financeiro e de conteúdo editorial. Entre os 600 funcionários do Terra, 400 estão se apoiando no novo sistema para extrair, analisar e informações. Todos foram treinados para entender corretamente as informações sobre audiência. “Com dados nas mãos, elas podem interpretá-los da forma adequada aos negócios e agir mais rapidamente”, informa Coutinho.
Comportamento dos usuários - O executivo avalia que uma das boas surpresas é que as pessoas adquiriram o hábito de discutir ações em cima dos dados de audiência. A área de conteúdo passou a direcionar melhor as reportagens, principalmente para as plataformas móveis, que cresceu 200% nos últimos seis meses. Como os usuários de smartphone e tablets são competamente diferentes dos de PC, Coutinho destaca a necessidade de entendimento correto do comportamento desses consumidores. Com o projeto, do portal começa a se preparar para o mundo do chamado “Big Data”, descrito em um relatório recente da consultoria McKinsey como “a base para inovação e crescimento da produtividade nos próximos anos”. A próxima fase prevê a combinação dos dados de comportamento digital com avaliações qualitativas das opiniões dos usuários. “Como fizemos na Copa do Mundo e nas eleições presidenciais, estamos aproveitando a audiência do portal – mais de 70 milhões de usuários em toda América Latina – para realizar avaliações sobre a utilização dos meios digitais nas diversas etapas do processo de compra e imagem de marca para nossos principais anunciantes”, destaca Coutinho.

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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA

São Paulo / SP
Cumbica terá lance mínimo de R$ 2,3 bilhões em leilão
O governo fixou em R$ 2,3 bilhões o valor mínimo a ser pago ao poder público pelo vencedor do leilão de concessão do aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos/SP, informou ontem, dia 13/10, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt. Para a concessão do aeroporto de Viracopos/SP, o lance mínimo no leilão ficou em R$ 521 milhões. Para o de Brasília, o valor foi definido em R$ 75 milhões.
Vencerão a disputa empresas ou consórcios que oferecerem o maior montante ao governo, a partir desses três lances mínimos. O dinheiro será arrecadado na forma de uma contribuição e será usado pelo governo para obras em outros aeroportos, que permanecerão sob controle público. Bittencourt entregou nesta quinta-feira ao TCU - Tribunal de Contas da União - os dados econômico-financeiros do edital de concessão dos três aeroportos.
Além dos lances mínimos, o ministro apresentou as projeções de investimentos previstos a serem feitos pelos concessionários nos terminais. O maior investimento será em Viracopos, com projeção de R$ 9,9 bilhões. Em Guarulhos, o valor ficará na casa dos R$ 5,2 bilhões, enquanto em Brasília o total estimado é de R$ 2,7 bilhões. Bittencourt estima que, ao longo da concessão, a receita não-tarifária do aeroporto de Guarulhos deva chegar a R$ 804 milhões em 2032, frente aos R$ 373 milhões estimados para 2012. As receitas não-tarifárias são aquelas obtidas, por exemplo, com estacionamentos, alugueis de lojas e publicidade.
A receita com tarifas em Guarulhos deve alcançar R$ 888 milhões em 2032, em relação aos R$ 718 milhões projetados pelo governo para o ano que vem. De acordo com a Secretaria de Aviação Civil, o retorno sobre o capital investido - conhecido como Wacc - nos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília é previsto em 6,46%.
Os vencedores dos aeroportos terão, ainda, de pagar ao governo uma contribuição variável. No caso de Guarulhos, ela foi fixada em 10% da receita bruta. No aeroporto de Viracopos/SP, essa contribuição será de 5%, enquanto que em Brasília/DF ficará em 2% da receita bruta, segundo Bittencourt. O ministro evitou falar sobre a data do leilão - inicialmente previsto para 22 de dezembro. A publicação da versão definitiva do edital depende, agora, do aval do TCU. O presidente do TCU, ministro Benjamin Zymler, disse que equipes do tribunal trabalhão até nos fins de semana para garantir rapidez na tramitação do edital. (Agência Reuters)

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TELECOM

Da redação – Manaus / AM
Vivo amplia cobertura de rede no Amazonas
Operadora atende atualmente 44 cidades da região e serviços serão estendidos para mais 18 municípios até o final de 2012. A Vivo/Telefônica concluirá até dezembro de 2012 o plano de expansão da capacidade e extensão de sua rede no Amazonas. A promessa foi feita pela presidente da companhia, Antonio Carlos Valente, durante visita ao estado nesta quarta-feira, (11/10). A operadora se comprometeu a quadruplica a capacidade de transmissão de dados – de 1 Gbps para 4 Gbps -, além de dobrar a comunicação de voz na região.
Atualmente a rede da operadora cobre 44 das 62 cidades do Amazonas e planeja cobrir 100% até o final de 2012. De acordo com o cronograma divulgado, no primeiro semestre do próximo ano serão atendidas sete novas cidades: Anori, Altazes, Borba, Careiro da Várzea, Manicoré, Silves e São Gabriel da Cachoeira.As 11 cidades restantes serão contempladas até o final de 2012. São elas: Alvarães, Amaturá, Beruri, Boca do Acre, Envira, Guajará, Itamarati, Juruá, Manaquiri, Tonantins e Uarini.
Valente também detalhou três planos para expandir a capacidade e extensão da rede da Vivo no Amazonas. O primeiro prevê uso da nova faixa de 1.800 MHz, que será dedicada exclusivamente ao serviço de voz no estado, liberando as atuais freqüência para a transmissão de dados – o que resultará em ampliação na qualidade do atendimento e capacidade de absorção de tráfego. Para isso, a companhia investiu 120 milhões de reais em licença para ter esse espectro na região norte do Brasil. O segunda plano é a interconexão do estado com a rede nacional, tanto por meio de rota de rádio própria, que está sendo expandida de 1 Gbps para 2 Gbps, quanto por uma rota alternativa óptica que irá atingir 2 Gbps no início de 2012.
Finalmente, o último é o crescimento da infraestrutura de satélite que atende à região - com uma rede própria que possibilitará o aumento da capacidade de atendimento com voz e transmissão de dados em localidades não acessíveis por rotas terrestres. Valente informou que, incluindo a nova faixa de freqüência de 1.800 MHz e as demais ampliações da rede, a empresa está investindo no biênio 2010/2011, diretamente no Amazonas, aproximadamente 125 milhões de reais em ações para melhoria e expansão de seus serviços.

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TURISMO e GASTRONOMIA

Da redação
Alemagou Bar Restaurant
Localizado em uma das ilhas mais cosmopolitas da Grécia, Mykonos, o Alemagou segue a arquitetura local de casinhas brancas com cantos arredondados. Com um telhado de colmo de cana, que protege os clientes dos raios solares, o restaurante oferece uma abordagem holística para o jantar e uma experiência relaxante. Encontrado nas areias da Ftleia Beach, o restaurante revisita tradicionais receitas gregas que entregam um ar de modernidade ao local. Também é perfeito para tomar uns drinks e curtir a noite toda ao lado dos familiares ou amigos, ouvindo uma boa música.

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MERCADO DE LUXO

Da redação - São Paulo / SP
Trike Harley-Davison no Salão Duas Rodas
Sucesso absoluto no Salão Duas Rodas, a Harley-Davidson apresenta durante evento o modelo Trike Tri Glide Ultra Classic. (LEIA +)

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MÍDIA e MKT

Nova Iorque / EUA
Jornais ainda têm maior alcance do que a internet
A circulação de jornais diminuiu em todo o mundo no ano passado, mas ainda é maior do que a audiência digital, de acordo com a WAN - Associação Mundial de Jornais. Em um dia típico, os jornais alcançam 20% mais pessoas do que a internet. Segundo a atualização anual de tendências mundiais de imprensa, da WAN, os padrões de consumo de mídia variam muito em todo o globo. Enquanto a circulação impressa cresce na Ásia, ela cai em mercados consolidados do Ocidente - a queda acontece principalmente nos diários gratuitos. "Circulação é como o sol. Ela continua a subir no leste e a cair no oeste", disse o presidente da WAN, Christoph Riess. Para os anunciantes, os jornais são mais eficientes e efetivos do que outras mídias. Segundo o estudo, o crescimento da receita de anúncios on-line não compensaram a perda de receita com publicidade no impresso. (Agência EFE)

 
 

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