Edição 551 | Ano IV

Da redação - Esteio / RS
Dilma é vaiada durante discurso em feira de agropecuária no Rio Grande do Sul
 

A presidente da República, Dilma Rousseff, foi vaiada por funcionários públicos durante seu discurso na cerimônia oficial de abertura 34ª Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre. Servidores das universidades federais do Estado, dos Correios e da Polícia Civil organizaram protestos no evento para cobrar reajustes salariais.
Concentrados a cerca de 100 metros do palco, os manifestantes tentavam, com o uso de buzinas e gritando palavras de ordem, abafar a fala da presidente. A manifestação, entretanto, foi pacífica e não houve incidentes de conflito. Dilma chegou por volta das 10h ao Parque de Exposições Assis Brasil. Por volta das 10h45, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho (PMDB), discursou para os presentes ao evento, que deve reunir mais de 561 mil pessoas até o próximo domingo, quando se encerram as atividades no parque.
A agenda de Dilma no Rio Grande do Sul ainda inclui uma visita a Canoas, também na Grande Porto Alegre, onde participará, às 14h, da cerimônia de entrega de novos leitos no Hospital Universitário da Ulbra. Às 15h30min, a presidente embarca para Brasília, onde deve chegar por volta das 17h50min. (Agência Terra e JB, Daniel Favero)







Da redação - Esteio / RS

País enfrentará crise com investimento e corte de imposto

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, durante abertura da 34ª Expointer, em Esteio, no Rio Grande do Sul, que o Brasil tem os instrumentos necessários para enfrentar a crise econômica internacional. 
Ela afirmou que o país vai superar a turbulência global com investimentos, redução de impostos e apostando no consumo do mercado interno. "Os ventos que chegam dos países desenvolvidos não são muito bons. Queria falar que o Brasil tem plenas condições de enfrentar este momento de turbulência, que tem levado essas economias à estagnação. Se vamos ser a quinta economia em curto prazo, isso se deve ao fato de sermos uma potência alimentar e energética", afirmou a presidente.
Dilma destacou ainda que a turbulência nos mercados é continuidade da crise de 2008 e lembrou o esforço de seu antecessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a aposta no mercado interno. Segundo Dilma, na ocasião o Brasil foi o último país a entrar na crise e o primeiro a sair dela.  
A presidente também voltou a defender o aumento das reservas internacionais brasileiras: se em 2002, elas giravam em torno de R$ 220 bilhões, em 2010 chegam a R$ 420 bilhões. 
Durante o discurso de Dilma, um grupo de dezenas de pessoas, formado por funcionários de universidades federais em greve, servidores dos Correios e até policiais civis, protestou próximo ao palanque. Gritando palavras de ordem e fazendo barulho com buzinas, os manifestantes chegaram a atrapalhar a concentração da presidente em alguns momentos.
Dilma não fez comentários diretos sobre a desaceleração da economia brasileira no segundo trimestre deste ano, que avançou 0,8% na comparação com o primeiro trimestre, quando a expansão havia sido de 1,2% (valor revisado, ante 1,3% na primeira divulgação), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Agência Terra e JB, Daneil Favero)



Washington / EUA
Casa Branca reduz projeção de crescimento do PIB dos EUA
O presidente americano, Barack Obama, reduziu ontem, dia 1/9, as estimativas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país, mas projetou um deficit menor para os próximos anos, segundo comunicado da Casa Branca. A projeção do avanço na economia em 2011 passou para 2,1%, enquanto que o crescimento de 2012 foi para 3,2%. Segundo a nota, o desemprego deve seguir acima de 8% até 2013 e o deficit público para este ano deve ficar em US$ 1,3 bilhão - ou 8,8% do PIB, diante dos 10,9% que representava em fevereiro.
INDÚSTRIA - O comunicado vem no mesmo dia em que indicador mostra desaceleração da indústria dos EUA mostra em agosto, apesar de o resultado ter sido melhor que o esperado pelo mercado. Segundo dados da associação ISM, que mede a atividade manufatureira americana, o índice industrial dos EUA ficou em 50,6 pontos em agosto, contra 50,9 pontos em julho. O resultado acima de 50 pontos indica que a indústria teve expansão e abaixo desse patamar, indica retração da atividade. Apesar da desaceleração, o resultado surpreende positivamente o mercado, que esperava uma queda para 48,5 pontos, o que indicaria contração.

Da redação – Esteio / RS (Especial 34ª Expointer 2011)
Nova gestão do Mapa: mudanças na Pasta têm início
O novo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro (PMDB-RS), começa a mexer na estrutura do ministério. Embora tenha assumido com o discurso de "conversar antes de agir", as mudanças começaram uma semana após a posse.  A principal, por ora, foi a nomeação do ex-secretário de Política Agrícola, José Carlos Vaz, para a Secretaria-Executiva da Pasta. Mendes Ribeiro assumiu o cargo com a promessa de renovação após a saída conturbada de seu antecessor, Wagner Rossi, em meio à investigações de aparelhamento e corrupção.
Respaldado pela bancada do PMDB na Câmara, o ex-deputado mineiro e ex-secretário executivo da Agricultura, Silas Brasileiro, disputava a indicação com José Carlos Vaz, mas seu nome enfrenta resistências no governo. Pouco antes de deixar o cargo, o ex-ministro Rossi havia decidido nomear Silas como secretário de Relações Internacionais do Agronegócio no lugar do servidor de carreira Célio Porto. A crise política no ministério, porém, acabou abortando a mudança. Silas pode ser nomeado diretor do Departamento do Café no lugar de Robério Silva, que deve ser eleito diretor-executivo da Organização Mundial do Café (OIC).
O novo secretário de Política Agrícola ainda não foi definido. O assessor especial do ministro e ex-secretário de Agricultura gaúcho, Caio Rocha, é cotado. Por enquanto, o diretor de Gestão de Risco Rural, Edilson Alcântara, fica como interino.
Embora seja grande a pressão para a saída do atual secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, a cúpula do PMDB exigiu sua permanência. Sua atuação durante o embargo russo às carnes brasileiras, ainda em vigor, é criticado por dirigentes do setor. Nos bastidores, até o vice-presidente Michel Temer tem atuado pela manutenção de Jardim.
Principal alvo de mudanças desde a eclosão dos escândalos, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deve ser reformulada por determinação da presidente Dilma. A área jurídica já foi trocada, com a nomeação de um novo procurador-geral, Rui Magalhães Piscitelli, servidor da Advocacia-Geral da União (AGU). Novas mudanças devem atingir a cúpula da estatal. O governo avalia realizar um concurso público para contratar procuradores de carreira, tendo em vista que a maior parte dos advogados hoje é de escritórios terceirizados, o que, na avaliação interna, tem prejudicado a companhia nas demandas judiciais.
No papel, o único cargo vago na Conab é a Diretoria Financeira, disponível desde a saída de Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). O ex-diretor foi o pivô das denúncias de corrupção que derrubaram Wagner Rossi do ministério. Atualmente, o diretor administrativo Rogério Abdalla, ligado a Rossi, responde pela área financeira.

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação – São Paulo / SP
Redução da Selic surpreende economista do IBRE
A redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros — que passou de 12,5% para 12% —, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na última quarta-feira, 31, interrompeu com uma queda, pela primeira vez, o ciclo de aperto monetário do Banco Central (BC). A medida foi recebida pela economista e coordenadora do Boletim Macro do IBRE/FGV, Silvia Matos, com surpresa. “O normal seria o BC, depois de subir os juros seguidamente, sinalizar de antemão que na próxima reunião do Copom a tendência seria a queda. Esse era o processo natural de comunicação e atuação do BC”, destaca Silvia, alertando que, no momento, o mais prudente seria manter a Selic em 12,5%. Mas o curto-circuito no processo de comunicação do banco não é o ponto central da questão e, sim, a justificativa para a diminuição nos juros básicos da economia. Segundo o Copom, a razão que fez com que a maioria dos diretores votasse a favor da mudança foi a deterioração do cenário internacional, e, consequentemente, uma possível baixa da inflação. Mas, a explicação não convenceu. “Seria justificável se houvesse uma ruptura do cenário internacional, como ocorreu em 2008. Sabemos que a economia mundial não está bem, só que mesmo com menor crescimento global, os preços das commodities continuam a subir, e isso não é deflacionário” afirma Silvia.
Segundo ela, a decisão do BC fica mais complicada pelo fato do banco tomar riscos apostando em uma deflação no futuro, e isso, cria um cenário de incertezas na política monetária nacional e na inflação futura. “Estamos num momento mais parecido com estagflação que é o de baixo crescimento com inflação ainda alta. E acho que o efeito será o contrário do que o BC prevê. Os preços das commodities, principalmente, as agrícolas, devem continuar subindo por questões climáticas, e isso, aliado à liquidez mundial e desvalorização do dólar”, diz a economista. E acrescenta: “Se a China crescer menos, a tendência é a que ela valorize o câmbio, investindo menos em infraestrutura e gerando mais consumo interno. Consumo interno estimula mais demanda por commodities agrícolas”. Contudo, esse quadro seria mais arriscado, pois a taxa de câmbio não está valorizando. “Esse preço maior lá fora, implica em inflação mais alta aqui dentro” diz.
O mercado de trabalho aquecido e a solidez no setor de serviços foram pontos ainda não mencionados pelo BC, que acabou concentrando seus esforços na indústria, por causa do fraco desempenho em que o setor atravessa. “Mesmo com a desaceleração suave nos serviços e no mercado de trabalho, a inflação dessas áreas continua forte, e, caso a inflação nos alimentos também não caia, isso gera dúvidas para o alcance da meta da inflação para 2012, que deve ficar acima de 5%”, aponta Silvia. Com relação ao crédito, é possível que o BC retome as medidas macroprudenciais. “Os juros estão caindo não para que tenhamos mais consumo, mas para tentar ajudar o setor produtivo. Nesse aspecto, pode ser bom para a indústria no curto prazo, mas eu diria que lá na frente o pay off dessa queda poder ser mais negativa do que positiva”, alerta.
Os R$ 10 bilhões que o governo deverá economizar ao elevar o superávit primário de 2011 podem ter servido como ingrediente para pressionar o BC. “A medida pode agradar algumas pessoas, mas no frigir dos ovos, o resultado pode ser mais complexo. O mercado pode começar a questionar a independência do BC” conclui a economista. (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Abertura das Bolsas Asiáticas:


Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia fecham em baixa antes de dados dos EUA
As Bolsas de Valores asiáticas fecharam em queda nesta sexta-feira, dia 2/9, com investidores realizando lucros antes de importantes dados sobre o desemprego nos Estados Unidos e por preocupações mais amplas sobre a economia mundial.
O volume de negócios foi baixo na Ásia, com cautela antes do número de postos de trabalho nos EUA. Será o único relatório sobre o desemprego no país antes da reunião de dois dias do Federal Reserve, em que alguns profissionais do mercado esperam medidas de afrouxamento monetário.
Assim, os investidores reduziram a exposição a ativos de maior risco, mas as ações da região ainda fecharam a semana com ganho sólido de cerca de 4% --o melhor resultado desde março.
Ironicamente, um número melhor que o previsto de postos de trabalho nos EUA pode desencadear um mercado avesso a riscos, porque seria interpretado como algo que tornaria mais improvável uma nova rodada de estímulos à economia, disseram estrategistas do BNP Paribas em nota.
O índice de Tóquio encerrou em queda de 1,2%, a 8.950 pontos, após seis pregões de alta, enquanto o mercado da Austrália retrocedeu 1,5%. O índice de Seul caiu 0,69%.
O índice MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão se enfraquecia em 1,05%, após avanço de mais de 5 por cento nesta semana. No ano, o MSCI ainda acumula declínio de quase 9%, principalmente devido ao recuo de agosto.
O mercado se desvalorizou 1,81% em Hong Kong e 0,01% em Taiwan, enquanto o índice referencial de Xangai perdeu 1,09%. Cingapura recuou 0,84%.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa sobe 2,8% com 'euforia' por Copom
A brusca redução dos juros brasileiros deu novo alento para a Bolsa de Valores nacional, que amargava perdas de quase 19% neste ano, e fez ações bastante castigadas nos últimos meses subirem mais de 7% no pregão de ontem, dia 1/9. "O Banco Central deu uma guinada [ontem à noite] e praticamente mudou toda a política monetária. E essa notícia pegou um mercado que estava sedento por alguma boa notícia", comenta Antonio Cesar Amarante, analista da corretora Senso.
- O Ibovespa subiu mais de 3% ao longo de boa parte do dia, para avançar 2,87% no fechamento de hoje, atingindo os 58.118 pontos.
- O dólar comercial avançou 1,50%, atingindo R$ 1,617 no encerramento das operações de hoje.
- O volume financeiro também foi surpreendente, na casa dos R$ 9,5 bilhões, muito acima da média de R$ 5 bilhões vista nos últimos meses.
Análise 1 - Os principais beneficados pela "corrida" de hoje foram ações do segmentos ligados ao consumo doméstico, como as redes varejistas, construtoras e bancos. Os papéis da PDG e Rossi avançaram mais de 7%, enquanto a ação da Tecnica disparou 8,8%, somente entre as imobiliárias.No ramo de varejo, os papéis da Magazine Luiza valorizaram 8,7%, enquanto os ativos das Lojas Renner e Lojas Americanas subiram mais de 4%. Já entre os bancos, as ações do Bradesco ganharam 7,4%, enquanto os papéis de BB e Itaú-Unibanco tiveram ganhos de 6,10% e 6,83%, respectivamente.
Análise 2 - E no segmento de juros futuros, os principais contratos negociados desabaram: a taxa projetada para janeiro de 2012 passou de 11,95% para 11,36%. Para janeiro de 2013, a taxa prevista passou de 11,12% para 10,48%. "Agora, o mercado já espera que em outubro [mês da próxima reunião do BC] vai haver um novo corte de juros", comenta Reginaldo Galhardo, diretor da corretora Treviso.

Nova Iorque / EUA
Bolsas americanas fecham em queda
O índice Dow Jones Industrial, o principal de Wall Street, fechou o pregão de ontem, dia 1/9, em baixa de 1,03%, em um dia de divulgação de dados macroeconômicos mistos nos EUA.
- Dow Jones, que agrupa 30 das maiores empresas americanas, caiu 119,96 pontos, para 11.493,57.
- O índice seletivo S&P 500 recuou 1,19%, para 1.204,42, enquanto o indicador da bolsa eletrônica.
- A Nasdaq, fechou em queda de 1,3%, aos 2.546,04.
Análise - O pregão oscilou bastante em uma jornada influenciada pela divulgação da queda no número de pedidos de seguro-desemprego nos EUA na semana passada, e pelo anúncio do lento crescimento do setor manufatureiro nos EUA no último mês. Todos os componentes do Dow Jones terminaram em baixa, com exceção das ações da Cisco, que subiram 1,08%, e dos títulos da Coca-Cola, que terminaram estáveis. As quedas mais significativas foram dos bancos JPMorgan Chase (-3,35%) e Bank of America (-3,18%). Também caíram as ações da operadora de telefonia AT&T (-0,22%) um dia depois de o Departamento de Justiça ter pedido o bloqueio de seu acordo de compra da T-Mobile EUA por mais de US$ 39 bilhões. Em outros mercados, o petróleo subiu 0,13%, para US$ 88,93 por barril, o ouro caiu para US$ 1.829,1 a onça, o dólar ganhava terreno frente a outras moedas, como o euro (cotado a US$ 1,4268), e a rentabilidade da dívida pública americana a 10 anos recuava 2,13%.

Londres / Inglaterra
Principais índices das Bolsas europeias fecham em alta
O principal índice das ações europeias fechou em leve alta nos pregões de ontem, dia 1/9, puxado por papéis do setor defensivo.
- O FTSEurofirst 300 subiu 0,42%, para 971,11pontos, longe da mínima da sessão (958 pontos), num dia marcado por baixos volumes.
As principais Bolsas da Europa também encerraram em alta hoje.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 0,45%, a 5.418 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,28%, a 3.265 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,69%, para 15.670 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 avançou 0,49%, a 8.761 pontos.
- Já em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,94%, para 5.730 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 0,26%, para 6.303 pontos.

Análise - Dados ainda indicando expansão no setor manufatureiro norte-americano aliviaram temores de uma recessão naquele país e ajudaram o mercado a manter o rali visto recentemente. As ações do setor defensivo estiveram entre as mais buscadas. Deutsche Telekom ganhou 2%, Roche teve alta de 1,5%, e Danone apurou alta de 1,3%. A chefe de análise técnica da Day By Day, Valerie Gastaldy, disse que, apesar da recuperação desta semana, investidores não deveriam correr para comprar ações mesmo que os preços pareçam atrativos. "O centro do problema está numa análise de curto prazo, o que ressalta as oportunidades interessantes de médio prazo, enquanto as análises de longo prazo destacam uma clara deterioração nas condições de risco", disse ela, referindo-se aos fracos macroeconômicos divulgados recentemente.

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INDÚSTRIA


Buenos Aires / Argentina
Argentinos e brasileiros prorrogam acordo comercial sobre celulose
Fabricantes de celulose e papel de Brasil e Argentina assinaram nesta quinta-feira em Buenos Aires um acordo que autorregula as trocas bilaterais destes produtos e propõe a busca comum de outros mercados. O acordo, que na realidade prorroga por dois anos um convênio vigente desde 1999 e que estava a ponto de caducar, foi firmado pela Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) e pela Associação de Fabricantes de Celulose e Papel da Argentina (AFCP), segundo informou em comunicado o Ministério argentino da Indústria. O acordo "compromete as partes a manter os níveis de abastecimento interno e a desenvolver políticas conjuntas de exportação a terceiros países", destacou o comunicado.
O convênio também foi assinado pela ministra argentina da Indústria, Débora Giorgi; o subsecretário de Comércio Internacional da Chancelaria argentina, Luis María Kreckler, e o embaixador do Brasil em Buenos Aires, Ênio Cordeiro. "Este tipo de acordo reflete a real vocação de integração e complementação produtiva manifestada pelos Governos. Ambos países estão trabalhando em conjunto, no contexto da crise internacional, para preservar a produção local da concorrência desleal de produtos de outras regiões", disse Giorgi.
Segundo explicaram fontes da AFCP, o acordo prevê "sustentar o volume de comércio bilateral alcançado, preservando-o das distorções emergentes dos desequilíbrios macroeconômicos, e desenvolver políticas conjuntas de exportação a terceiros países". Além disso, as partes se comprometem a "assegurar as fontes de trabalho geradas pelo setor, incentivar o crescente desenvolvimento florestal na região e elaborar políticas conjuntas de proteção dos montes nativos".
Com 33% das vendas totais da Argentina, o Brasil é o primeiro destino das exportações argentinas de celulose, que nos primeiros cinco meses deste ano totalizaram US$ 88,4 milhões, 14,8% mais em comparação com o mesmo período de 2010, de acordo com dados da empresa de consultoria privada IES. O Brasil é, além disso, o primeiro fornecedor de papel e celulose ao mercado argentino, com operações de US$ 210 milhões nos primeiros cinco meses do ano, o que representa 38,5% das compras totais da Argentina. (Agência EFE)

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AGROBUSINESS


São Paulo / SP
Frigorífico JBS fecha unidade e demite 1,2 mil funcionários no oeste paulista
Depois de demitir hoje cerca de 500 dos seus 1,2 mil funcionários, o Frigorífico JBS começou a desativar a unidade de Presidente Epitácio, no extremo oeste paulista. O frigorífico vai se transferir para Campo Grande e Naviraí (MS). Novas demissões estão previstas para amanhã, atingindo todos os funcionários. Alguns, no entanto, deverão ser transferidos, caso aceitem a proposta de transferência feita pela empresa. A guerra fiscal entre os Estados é o principal motivo do fechamento.
"O problema é trazer o boi de Mato Grosso do Sul para matar em São Paulo, o governo paulista não repassa parte dos créditos do ICMS recolhido em outros Estados. Os créditos podem ser usados para pagar outros impostos. Sem o repasse desse dinheiro, as empresas enfrentam dificuldades", desabafou um representante do grupo JBS, que pediu anonimato.
Depois de tanta discussão para acabar com a guerra fiscal, chegou o momento de a empresa tomar uma decisão, segundo ele. "São medidas (transferência) para sobreviver, passaram anos discutindo a guerra fiscal e nada foi resolvido". Só uma mágica mantém o frigorífico em Presidente Epitácio, ironizou o representante, referindo-se às negociações entre o grupo, o governo do Estado e a Prefeitura. O prefeito José Antônio Furlan viajou para São Paulo para tentar impedir a mudança do frigorífico. Ele se reuniu com diretores da empresa e com o secretário Estadual da Fazenda, Andréa Calabi. "Aceitamos conversar", completou o representante.
Já em Presidente Epitácio a preocupação é com as demissões. "Fomos surpreendidos, são 1,2 mil funcionários e muitos não vão querer se transferir para Mato Grosso", resumiu Marlan de Mello, de 44 anos, secretário municipal da Administração. Com 35 unidades em 11 Estados e 45 mil funcionários, o grupo JBS, que também atua em sete países, incluindo EUA e Itália, faz, no momento, um remanejamento em seis unidades. No ano passado, o faturamento foi de R$ 55 bilhões aqui e no Exterior. (Agência Estado)

Da redação – Esteio / RS
Mendes anunciou que Embrapa terá centro virtual de pesquisa
Durante participação na 34ª Expointer, em Esteio, no Rio Grande do Sul, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, anunciou que a Embrapa deverá criar um "centro virtual" de pesquisas no Estado. O centro teria como objetivo principal coordenar as ações de um projeto "definitivo" de defesa agropecuária na América do Sul, a partir de trabalhos conjuntos entre pesquisadores da região. Ministério e Embrapa deverão discutir detalhes do projeto na próxima terça-feira, dia 6/9. Antes desse anúncio, Mendes Ribeiro já havia dito que o Serviço de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal da Secretaria da Agricultura gaúcha passará a fazer parte do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produto de Origem Animal (SISBI-POA) do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA). Com isso, informou o ministério, "os municípios do Estado podem qualificar indústrias locais que poderão comercializar sua produção para todo o país". A medida deverá ser publicada do Diário Oficial da União nos próximos dias.

Da redação – Manaus / AM
Experiências com agricultura periurbana em Roraima identificam dificuldades dos agricultores
Pesquisadores da Embrapa Roraima (Boa Vista, RR) realizaram um diagnóstico rápido-participativo em 49 propriedades na região periurbana que cultivam hortaliças e mantém pequenas criações. Isso permitiu identificar as principais dificuldades dos agricultores, relacionadas à mão de obra, comercialização, orientação técnica, custo de insumos, controle de pragas e doenças e aquisição de esterco. Com base nesses dados, foi delineado o projeto “Tecnologias de manejo agroecológico em pequenas propriedades do entorno de Boa Vista”, com o objetivo de viabilizar o manejo agroecológico em 6 propriedades selecionadas.
Kátia Nechet, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP), da equipe do projeto, explica que a maioria utiliza o sistema convencional e uns poucos estão associados a uma cooperativa que desenvolve atividades na linha orgânica. Conforme a pesquisadora, a produção agrícola brasileira é a cada dia mais demandada a oferecer produtos de qualidade e que tenha um sistema de produção que respeite o meio ambiente. Seguindo essa tendência, várias linhas de agriculturas alternativas surgiram ao longo do tempo com nomes e características próprias.
Dentre essas linhas, a Agroecologia segue uma filosofia de maximizar a produção levando em consideração as influências de aspectos socioculturais, políticos, econômicos e ecológicos no âmbito do sistema alimentar e do desenvolvimento rural. “A estratégia metodológica foi a de pesquisa participativa, baseada no princípio de que as atividades foram decididas em conjunto e discutidas ao longo do período de execução do projeto por meio de workshops com produtores, técnicos e pesquisadores que identificaram as dificuldades encontradas no projeto e planejaram as ações futuras”, explica a pesquisadora.
O objetivo foi implantar nas áreas selecionadas práticas agroecológicas para que sirvam de modelo a outros proprietários melhorando a qualidade das hortaliças ofertadas ao consumidor e a qualidade de vida do produtor e da comunidade do entorno. Com duração de 3 anos, o projeto já apresentou alguns resultados, como o monitoramento dos principais problemas relacionados ao manejo do solo, pragas e doenças nas propriedades selecionadas, elaboração de guias de identificação das principais doenças e pragas dos cultivos, elaboração de um guia de identificação de inimigos naturais de insetos-praga, substituição da queima da palha de arroz em canteiros por rotação de culturas com leguminosas, uso de compostagem, indicação de produtos alternativos para o controle de piolhos em galinhas coloniais, uso de refugo de hortaliças como complementação alimentar de galinhas coloniais, divulgação de práticas agroecológicas para alunos do ensino fundamental em escolas próximas às hortas de atuação do projeto, além de instalação de uma fossa séptica biodigestora como alternativa de saneamento no meio rural.
O projeto, com o apoio financeiro do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RR), possui uma equipe multidisciplinar composta de pesquisadores e técnicos nas áreas de solos, fitopatologia, entomologia, irrigação, microbiologia do solo e medicina veterinária. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Embrapa)

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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP

Venda de carros e comerciais leves sobe 7% em agosto
As vendas totais de automóveis e comerciais leves novos no Brasil em agosto subiram 6,9% em relação a julho, mas em termos de licenciamentos diários o movimento do mês passado apresentou leve redução, disse uma fonte. Os licenciamentos de automóveis e comerciais leves em agosto somaram 307.870 unidades, o que corresponde a uma média por dia útil de 13.385 veículos, ligeiramente abaixo da média de 13.714 unidades de julho. Agosto teve 23 dias úteis de vendas, dois dias a mais que julho. Os dados indicam acomodação do setor, que no início do ano chegou a registrar índices de crescimento mensal de vendas de dois dígitos.
A associação de montadoras de veículos instaladas no país, Anfavea, estima um crescimento de vendas em 2011 de 5%, para 3,69 milhões de unidades. A expectativa da entidade que reúne as concessionárias, Fenabrave, é de alta de 5,9% nas vendas de automóveis e comerciais leves. No acumulado de janeiro a agosto, as vendas de automóveis e comerciais leves somam 2,234 milhões de unidades, numa expansão de 7,5% sobre um ano antes.
A Fiat encerrou o mês passado com vendas de automóveis e comerciais leves de 67.330 unidades, praticamente estável ante as 67.385 unidades de julho, de acordo com a fonte. A alemã Volkswagen registrou licenciamentos de 64.783 veículos em agosto, alta de 10% sobre o volume vendido no mês anterior. As norte-americanas General Motors e Ford apuraram vendas de 55.923 e de 28.063 unidades em agosto, crescimentos de 8,4% e 6,8%, respectivamente, segundo informou a fonte.
Já a francesa Renault teve licenciamentos de 17.622 automóveis e comerciais leves no mês passado, após 16.233 unidades em julho. A Fenabrave divulga hoje, dia 2/9, dados consolidados de vendas do setor, incluindo ônibus, caminhões, motocicletas e implementos rodoviários. A Anfavea apresentará seu balanço de agosto, incluindo produção e exportações, na próxima quinta-feira, dia 8/9. (Agência Reuters)

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SERVIÇOS e VAREJO


São Paulo / SP
País ganhará 77 shoppings entre 2011 e 2013
A expectativa é de que sejam inaugurados 77 shopping centers no Brasil entre 2011 a 2013, segundo estudo realizado pela consultoria imobiliária CB Richard Ellis. Desse total, 29 devem abrir as portas ainda neste ano, 35 no próximo ano e 13 em 2013. Os novos empreendimentos equivalem a uma Área Bruta Locável (ABL) total de 2,31 milhões de metros quadrados. Atualmente existem 416 shoppings em operação no País, com ABL total de 9,73 milhões de metros quadrados.
O estudo também identificou outros 19 novos empreendimentos que já foram anunciados, mas ainda estão sem previsão de início de obras. Esses shoppings somariam mais 400 mil metros quadrados de ABL ao estoque. Além disso, estão em curso 27 expansões que devem acrescentar 225 mil metros quadrados em ABL ao setor, além de outras 17 expansões que foram anunciadas, mas ainda não tem prazo para início.
Conforme o levantamento da CB Richards, cerca de 60% do estoque da ABL existente se encontra na região Sudeste, 15% na região Sul, 14% na Nordeste, 8% na Centro-Oeste e 3% na região Norte. Essa configuração, de acordo com a consultoria, não mudar muito mesmo com as inaugurações previstas para os próximos anos. A maior parte dos novos empreendimentos continuará concentrada na região Sudeste (60,1%), seguida pelas regiões Sul (13,1%), Nordeste (13%), Norte (8,8%) e Centro-Oeste (5%).Interiorização predomina no Sudeste - A pesquisa confirma também a tendência de interiorização no Sul e Sudeste, sendo que 31 dos 61 novos empreendimentos previstos para as duas regiões serão inaugurados em cidades do interior ou litoral. Em sua maioria, esses municípios registram renda per capita acima de R$ 15 mil e população entre 100 mil e 600 mil habitantes. Em um intervalo maior, o levantamento mostra que entre 2011 a 2015 o País deve atingir um volume histórico de inaugurações para um período de cinco anos. (Agência Estado)


São Paulo / SP
Clientes causam perdas de R$ 4,3 bilhões por ano aos supermercados
Todos os anos, os supermercados brasileiros registram um prejuízo de R$ 4,3 bilhões com problemas causados pelos clientes, com destaque para o furto de mercadorias, de acordo com levantamento da Abras - Associação Brasileira de Supermercados - em parceria com o instituto de pesquisa Nielsen. Apenas os furtos geram uma perda de cerca de R$ 825 milhões para as lojas. Os produtos mais furtados, de acordo com os supermercados, são os que têm menor volume e alto valor agregado, que podem ser facilmente vendidos no mercado paralelo.
A falta de cuidado com produtos é outro comportamento que gera prejuízos, diz o levantamento. Segundo a Abras, esse problema ocorre quando mercadorias que precisam de refrigeração são deixadas fora da geladeira e quando alimentos são consumidos antes de serem pagos. Os pesquisadores consideraram o valor calculado de prejuízo informado por 39 das 48 empresas que participaram do estudo.
Ações de prevenção - Mais de 40% das companhias pesquisadas pela Abras disseram que não possuem um programa voltado para a prevenção de perdas, como um telefone disponível para denúncias e a realização de processos seletivos mais cuidadosos. Segundo a entidade, a elaboração de ações preventivas requer a identificação das razões das perdas para, posteriormente, avaliar quais são as áreas que necessitam investimento voltado para a melhora das condições de segurança.

Da redação – São Paulo / SP

Carrefour diz que não precisa de parceiro no Brasil
O grupo varejista francês Carrefour não precisa de um parceiro no Brasil, afirmou o executivo-chefe da empresa, Lars Olofsson. Segundo ele, a empresa não está à venda e o grupo não estuda nenhuma parceria ou fusão no país. Recentemente o Carrefour esteve envolvido em uma controversa tentativa de fusão com o Pão de Açúcar, que foi duramente criticada pelo também francês Grupo Casino, que é parceiro da empresa brasileira e concorrente do Carrefour. Além disso, circularam rumores de que o norte-americano Walmart estaria avaliando uma aquisição do Carrefour Brasil. Olofsson afirmou que o Brasil é um país crucial para o crescimento da empresa e que pretende continuar desenvolvendo sua posição no mercado nacional.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Líder em cafés no Nordeste quer crescer no Sul e Sudeste
A sergipana Maratá, quarta maior torrefadora de café do Brasil, se prepara para fazer o caminho inverso de muitas companhias no Brasil. "Queremos conquistar o Sul e o Sudeste", diz Frank Vieira, diretor geral do grupo. Com negócios concentrados no Nordeste, a empresa fechou a compra da marca de chás Castellari, que pertencia à americana Mars Brasil, fabricante dos chocolates Twix e do arroz Uncle Bem’s, que agora pretende aumentar foco em suas marcas de ração para cães e gatos, chocolates e alimentos. O valor do negócio não foi divulgado. Líder em café e em chá no Nordeste, a Maratá também produz fumo, refrescos, achocolatados, sucos, gelatinas, copos e filtros para café, entre outros itens. As vendas da unidade de torrefação de café e de chás foram de R$ 560 milhões no ano passado, e a perspectiva é fechar 2011 com crescimento de 20%.

Da redação – São Paulo / SP
Surface To Air abre filial em Nova Iorque
A Surface To Air, grife e loja multimarca especializada na curadoria e venda de produtos premium de moda, abrirá no dia 7/9 sua terceira loja, a primeira nos EUA. O ponto de venda, no SoHo, em Nova York, comercializará coleções masculinas e femininas em um espaço de 2 mil m². A marca conta com uma unidade em Paris e outra em São Paulo, no bairro dos Jardins.

Da redação – Curitiba / PR
Rede Água Doce abre primeira loja sustentável
A rede de alimentação Água Doce, com mais de 100 restaurantes no país, recebeu uma menção honrosa no Prêmio Design ABF, promovido pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), por sua loja de Umuarama (PR). A casa foi construída de forma sustentável, otimizando os recursos e preservando o meio ambiente. Inaugurada em novembro de 2010, a unidade desenvolveu um projeto com base em conceitos sustentáveis, presentes em todos os processos da obra. Na construção, foi usado o sistema Steel Framing, que apresenta vantagens econômicas e estruturais e permite menor uso de materiais de construção. O tempo da obra também fica 40% menor se comparado aos processos convencionais. Os fechamentos foram feitos em Dry Wall e diversos itens utilizados na estrutura podem ser desmontados e reaproveitados – gerando menos lixo e entulho.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Domino’s terá duas lojas no Rock in Rio
A Domino’s Pizza fechou contrato para participar da edição 2011 do Rock in Rio. A rede terá duas lojas, uma na Rock Street e outra no Village, onde serão servidas pizzas brotinho de pepperoni, mussarela e calabresa, além de refrigerante e chopp Heineken. O investimento da marca no evento é de cerca de R$ 500 mil e a expectativa é bater o recorde de vendas de pizzas em eventos, ultrapassando 50 mil unidades nos sete dias do festival. A participação da Domino’s reforça a estratégia da marca de “democratizar a pizza”, ampliando a base de clientes da rede no país.

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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília / DF
Superavit de US$ 20 bilhões é resultado de recorde das exportações e importações
A expansão das exportações de agosto garantiu números recordes para a balança comercial, segundo dados divulgados ontem, dia 1/9, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. As vendas do Brasil em agosto atingiram US$ 26,1 bilhões, e as compras de outros países chegaram a US$ 22,2 bilhões no mesmo período, um superavit comercial de US$ 3,8 bilhões. No acumulado de 2011, as exportações brasileiras alcançaram US$ 166,7 bilhões, e as importações US$ 146,7 bilhões, um resultado positivo em US$ 19,9 bilhões. Esse saldo acumulado representa aumento de 70,8% na comparação com o acumulado entre janeiro e agosto do ano passado. O bom desempenho reforça as previsões de que a corrente de comércio brasileira (total das exportações e importações) em 2011 chegue perto de meio trilhão de dólares. Entre setembro do ano passado e agosto deste ano, o montante já alcança US$ 456,5 bilhões. Entre janeiro e agosto deste ano, esse valor é de US$ 313,4 bilhões. O ministro informará mais detalhes da balança comercial às 15h30min de ontem. O bom desempenho das vendas externas é atribuído principalmente às vendas de produtos básicos, como soja, petróleo e café.

Brasília / DF
Exportação de minério em agosto é a maior desde 2008
O Brasil exportou 32,47 milhões de toneladas de minério de ferro em agosto, um dos maiores volumes mensais da história.As exportações de agosto são as mais volumosas desde maio de 2008, quando o país vendeu ao exterior 35,11 milhões de toneladas, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta quinta-feira. Os embarques também representam uma alta de quase 9% em relação a agosto do ano passado, indicando que a crise financeira internacional não afetou a demanda por minério de ferro do Brasil, com boa parte das vendas sendo absorvidas pela China.
As exportações do mês passado também superaram as registradas em julho, quando o Brasil exportou 27,32 milhões de toneladas. Em termos de divisas geradas pelas exportações de minério de ferro do Brasil --lideradas pela Vale, maior produtora global da commodity--, o país obteve um recorde, com o grande volume exportado a preços nos maiores patamares da história.
As exportações de minério de ferro geraram US$ 4,47 bilhões ao Brasil em agosto ou 17% do total das mercadorias exportadas pelo país no mês passado (US$ 26,15 bilhões). Segundo a Secex, o preço médio da tonelada de minério de ferro exportado pelo Brasil em agosto foi de US$ 137,6 por tonelada (FOB), contra US$ 136,9 em julho e ante US$ 119,9 em agosto do ano passado.
EM ALTA - Os embarques de petróleo do Brasil atingiram 720 mil barris diários em agosto, contra 653 mil barris por dia em igual mês do ano passado e ante 616 mil barris diários em julho. As exportações de petróleo geraram divisas de US$ 2,39 bilhões, quase o dobro das registradas no mesmo mês do ano passado (US$ 1,34 bilhão) e também um crescimento de quase US$ 400 milhões contra julho. Apesar de o Brasil enfrentar uma oferta apertada de etanol, as exportações do biocombustível estão crescentes, com o setor cumprindo contratos e se aproveitando de prêmios pagos pelos Estados Unidos, que consideram o álcool brasileiro um combustível avançado. Os embarques de etanol somaram 298 milhões de litros, contra 246,5 milhões em julho e ante 242,3 milhões em agosto do ano passado. (Agência Reuters)

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TI, WEB e e-COMMERCE


Da redação – São Paulo / SP
Ciberataques: prejuízo de empresas pode chegar a US$ 1,7 milhões
Quando 3.330 profissionais de tecnologia da informação foram entrevistados sobre cibersegurança, eles afirmaram que os ataques de códigos maliciosos são o principal tipo de violação que suas empresas sofreram no ano passado, embora “ações internas não intencionais” de funcionários também tenham causado muitos danos. Enquanto 73% dos entrevistados na pesquisa “2011 State of Security”, patrocinada pela Symantec, disseram que os ciberataques eram mínimos, 21% afirmaram que eles ocorrem “regularmente”, e 6% indicou que sofreram “um grande número” de invasões em 2010.
Quando ciberataques ocorrem, os custos principais estavam relacionados ao “período de inatividade” e com “perda de produtividade”, de acordo com os profissionais de TI nos setores financeiro, manufatura, tecnologia de ponta, saúde, imobiliário, energia entre outros que responderam à pesquisa.
Os participantes da pesquisa também indicaram que consideram “ataques direcionados”, “hackers” e “espionagem industrial” como significativas ameaças à segurança de suas organizações, embora “funcionários bem-intencionados” quem, inadvertidamente, causam problemas de segurança, também tenham sido bastante citados. Isso se deve à grande dor de cabeça originada pelo surgimento dos ataques com engenharia social a funcionários das empresas, via redes sociais, que envolvem enganar empregados para que eles baixem códigos maliciosos, de acordo com Ashish Mohindroo, diretor sênior de marketing de produtos da Symantec.
O estudo informa que a média de perda de produtividade nos últimos 12 meses foi de 915 mil dólares. Quando foi determinado que um ciberataque levava à perda ou prejuízos no relacionamento com o cliente, o montante passou a ser US$ 1,14 milhão durante o ano passado, e a perda de dados importantes ficou avaliada em US$ 1,7 milhão. Quando perguntado sobre a efetividade das salvaguardas para conter ciberataques, o melhor método foi visto como “manter atualizações de correções e definições de arquivos”, e “perímetro de segurança”, o que só serve para mostrar que quanto mais as coisas mudam, mais elas tendem a ficar iguais.
 
Da redação – São Paulo / SP
Zebra tem novo vice-presidente e gerente-geral para América Latina
A Zebra Technologies Corporation, que atua no segmento de impressões, RFID e soluções para localização, anuncia que David Gant se juntou à empresa no recém-criado cargo de vice-presidente e gerente-geral para a região da América Latina. Gant tem o desafio de expandir a presença dos negócios da companhia na região. “A América Latina oferece enormes perspectivas de crescimento a longo prazo para a Zebra, e estou animado por trabalhar com a equipe regional para reforçar e elevar a posição da Zebra no mercado”, diz Gant. Ele ficará baseado em Miami, Flórida. O executivo atuou em funções executivas na região do Caribe e na América Latina, em empresas de tecnologia como AT&T, Wang Laboratories e NEC.
 
Da redação – Porto Alegre / RS
Potencialidades da TI em discussão no CDES-RS
O Seminário Temático promovido pelo Conselho do Desenvolvimento Econômico e Social do Rio Grande do Sul (CDES-RS) com o tema “Os Rumos da Ciência e Tecnologia” contou com a participação de Reges Bronzatti. Representando o Conselho das Entidades de Tecnologia da Informação (CETI) e a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da informação, regional do Rio Grande do Sul (Assespro-RS), Bronzatti destacou o momento de falta de mão de obra qualificada. “Dos seis milhões de estudantes que cursam graduação no Brasil, dois terços fazem apenas quatro cursos superiores: Direito, Administração, Pedagogia e Letras. Com esta distribuição teremos ou continuaremos a ter ainda muitos problemas nos próximos anos”, enfatiza Bronzatti. A necessidade de formar jovens para atuar no setor entra em discussão porque Tecnologia da Informação (TI) influencia o crescimento dos demais setores.  Empresas de todos os ramos de atuação têm seu sistema de trabalho baseado no bom funcionamento de softwares. “A TI cresce rapidamente. Atualmente a quara maior empresa do estado é de tecnologia, a GetNet, com matriz em Campo Bom”, destacou Reges Bronzatti aos conselheiros presentes no encontro. (Fonte: Assessoria de Comunicação Gladis Ybarra)

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MERCADO DE LUXO

Da redação – São Paulo / SP
Jimmy Choo é vendida para o grupo Labelux
O grupo europeu de marcas de luxo Labelux comprou a Jimmy Choo por mais de 500 milhões de libras da TowerBrook Capital, que controlava a marca desde 2007.
Joshua Schulman, diretor-executivo da Jimmy Choo, disse que a Labelux “vestiu como uma luva para a Jimmy Choo”. Tamara Mellon, que transformou a Jimmy Choo em uma das marcas de calçados mais cobiçadas do mundo, deverá permanecer no grupo como diretora de criação. (LEIA +)



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