Edição 535 | Ano IV

Brasília / DF
Banco Central prevê desaceleração mais forte da economia mundial
O Banco Central disse ontem a tarde, dia 8/8, que a piora no cenário internacional vai contribuir para uma desaceleração "um pouco mais forte" que a esperada na economia mundial. Avalia, no entanto, que ainda é cedo para medir os efeitos sobre o crescimento no Brasil. O diretor de Assuntos Internacionais do BC, Luiz Awazu Pereira, afirmou ainda que a situação neste fim de semana ficou "um pouquinho mais séria", mas que o governo brasileiro não trabalha com a possibilidade de piora ainda maior nas principais economias mundiais. Para o BC, o rebaixamento da dívida dos EUA e a piora no cenário na Europa tendem a levar a uma revisão do crescimento internacional para níveis "significativamente" mais baixos. "O que há é um pequeno viés para um elemento de desaceleração um pouco mais forte", afirmou em relação à economia mundial. Isso deve se refletir ainda nos preços de commodities e perspectiva de lucro das empresas, com impacto nas Bolsas de Valores, como aconteceu no Brasil. "Naturalmente, há um movimento de correção. Mais intensa no caso da nossa Bovespa, porque coexistiu esse fenômeno geral de aversão ao risco e uma sensibilidade maior das nossas cotações a índice de commodities, que tendem a criar um potencial de valorização das nossas ações um pouco menor", afirmou o diretor do BC. Ainda em relação ao Brasil, disse que a economia segue com uma dinâmica forte e o país tem um mercado interno desenvolvido. "Temos uma economia dinâmica e que está excessivamente bem preparada para enfrentar um leque bastante amplo de situações no cenário internacional. Mesmo uma situação de maior estresse."

Brasília / SP

Mantega reconhece que crise mundial pode deter crescimento do Brasil
O ministro da Fazenda Guido Mantega reconheceu ontem, dia 8/8, que, caso a crise internacional nos mercados da Europa e EUA se prolongue, o Brasil poderá ter que rever sua meta de crescimento para baixo. "Não podemos fazer milagre", disse Mantega, depois da reunião de coordenação do governo, no Palácio do Planalto. Ele não quis dar detalhes sobre o que o governo planeja fazer para se proteger da crise por afirmar que "é prematuro", já que a situação poderá começar a melhorar nas próximas semanas. "Nos países avançados a crise nunca terminou", disse ele. "Hoje ela está, eu diria assim, em algo como 2.2 na escala Richter. Em 2008, chegamos a 8.8 na escala Richter", comparou o ministro. O ministro afirmou que os problemas são "crônicos" nos países desenvolvidos e que a "situação de crise" irá se prolongar pelos próximos anos. Caso haja menos consumo, o mundo poderá caminhar para uma recessão, afirmou.Mantega disse que o Brasil "não está no epicentro" da crise, mas sente seus efeitos. Por isso, o governo pretende fortalecer a fiscalização tributária no país e fortalecer empresas brasileiras. Segundo ele, o mercado interno precisa ser estimulado de forma que consuma produtos brasileiros. O ministro disse ainda ser essencial que o Brasil não gaste mais, mas não anunciou corte de gastos do governo. "Você não pede aumento [numa situação dessas]", brincou. Ele criticou a Europa pela dificuldade de reagir à crise. Disse que o G7 "não está dando conta" e que os governos europeus "estão batendo cabeça". Sobre o rebaixamento dos títulos do governo americano pela agência de risco Standard & Poor's, Mantega afirmou que houve "forçação de barra".

Rio de Janeiro / RJ
Petrobras e Vale perdem R$ 42 bilhões em valor de mercado em um dia
A Petrobras e a Vale, as duas principais empresas que compõem o Ibovespa - Índice da Bolsa de Valores de São Paulo -, perderam, juntas, R$ 42,6 bilhões do seu valor de mercado ontem, dia 8/8. O cálculo é da consultoria Economática. Em um dia de pânico, as ações da Petrobras caíram 7,77%, o que representou uma perda de R$ 21,8 bilhões no valor da empresa. Os papéis da Vale recuaram 9,4%, ou R$ 20,8 bilhões a menos no valor de mercado da companhia. A Bovespa teve hoje sua maior desvalorização desde outubro de 2008: caiu 8,08%. O pessimismo com relação aos preços das commodities em um possível cenário de recessão nos países ricos contribuiu para que os papéis das duas principais exportadoras brasileiras caíssem tanto. A cotação do petróleo recuou mais de 6% em Nova York, chegando a seu nível mais baixo desde novembro, o que contribuiu para que as ações da petrolífera nacional caíssem tanto. Preocupados com uma possível desaceleração mundial, os investidores também demonstraram desânimo com relação às commodities metálicas, o que afetou a Vale. Há dúvidas de que a China sozinha consiga manter aquecida da demanda mundial sobre o minério de ferro, principal produto exportado pela mineradora brasileira. (Agência Folha)

Rio de Janeiro / RJ
Petrobras pode adiar venda de ativos por conta da crise
A Petrobras poderá adiar a venda de participações que possui em empresas, movimento que faz parte do seu plano de desinvestimento de US$ 13,6 bilhões, devido ao momento ruim do mercado de ações, afirmou o presidente da companhia, José Sergio Gabrielli, nesta segunda-feira. Mas a companhia não prevê alterações, devido à turbulência financeira global, no montante total do seu plano de investimentos de US$ 224,7 bilhões entre 2011 e 2015, anunciado no final de julho.
Gabrielli afirma que a estatal tem potencial para atrair recursos, mesmo nas atuais condições do mercado."Pode ser que tenhamos que modular no tempo de forma distinta ao que tínhamos pensado", admitiu o executivo sobre a venda de fatias que a petroleira possui em diversas empresas."É evidente, se você vai vender ações (das empresas) e o mercado de ações está desabando, talvez você tenha que esperar outro momento", afirmou Gabrielli a jornalistas, após participar de evento sobre a cadeia de fornecedores de petróleo e gás em São Paulo.
Segundo ele, essa seria a única das três partes do plano de desinvestimento que poderia sofrer alterações devido à crise. Os outros dois pontos do programa são vendas de fatias em campos de petróleo e mudanças no sistema de financiamento de fornecedores, que deverão seguir sem alterações. "Sobre farm-outs (vendas em campos de petróleo), nós não antevemos que vai faltar apetite por esses recursos", acrescentou.
A Petrobras lançou há poucos dias seu novo plano de negócios, após longa avaliação com membros do conselho de administração, presidido pelo ministro da fazenda, Guido Mantega. O valor total do plano ficou praticamente inalterado ante o programa anterior e a empresa buscou priorizar o segmento de exploração e produção, visando acelerar a geração de caixa e valorizar suas ações. Mas o recrudescimento da crise financeira global levou os papéis da companhia a caírem abaixo dos R$ 20 ontem, dia 8/8, na Bovespa. Apesar desta situação, Gabrielli negou qualquer possibilidade de reavaliação do pacote de investimentos planejado. "Não há a menor possibilidade de rever o plano", afirmou. O executivo também afirmou que não se cogita, na companhia, o lançamento de um programa de recompra de ações, apesar de considerar o momento vantajoso para esse tipo de operação. Segundo Gabrielli, o melhor para a empresa no momento é investir em seus projetos. (Agência Reuters)

Bogotá / Colombia
Gasto público será contido em 2012 para governo cumprir meta fiscal
A freada no crescimento dos gastos públicos este ano deverá continuar em 2012, ao contrário da expectativa de analistas e do próprio governo de que seria possível, a partir de agora, acelerar a liberação de investimentos. Ao menos é isso que fica implícito na declaração dada pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Questionada se o governo procuraria fazer a meta fiscal do próximo ano sem abatimentos, ela respondeu: "Claro que vamos". No economês governamental, o setor público tem a meta de economizar no próximo ano R$ 139,8 bilhões, ou 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB), para o pagamento de juros da dívida, o chamado superávit primário. Mas a lei garante ao governo o direito de desconsiderar do conjunto de despesas até R$ 40,6 bilhões dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Na prática, portanto, o superávit pode ficar até R$ 40,6 bilhões menor e ainda assim a meta será considerada cumprida. Fazer a chamada "meta cheia" é alcançar o saldo sem utilizar o abatimento do PAC. Mas, para fazer isso, é preciso que o governo economize mais, ou arrecade mais. A afirmação categórica de Miriam contrasta com as evasivas de seus colegas da área econômica. Em entrevista ao Estado publicada no domingo passado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse apenas que o governo continuará com a "mesma política fiscal rigorosa" nos próximos três anos. Dias antes, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, havia dito que "em princípio" se procuraria alcançar a meta cheia no ano que vem. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, havia sido ainda mais vago, ao dizer que se discutiria "um ano de cada vez".
As dúvidas - "Eu não sei como fariam a meta cheia em 2012, independente desse último pacote de desoneração", disse o economista-chefe da corretora Convenção, Fernando Montero. Ele se refere ao plano "Brasil Maior", lançado na terça-feira passada. As medidas envolvem um corte de impostos de R$ 25 bilhões até o fim do ano que vem. Para o economista Felipe Salto, da consultoria Tendências, atingir a meta cheia ficou "mais fora de cogitação" depois do lançamento do pacote de incentivos à indústria. "Acho pouco provável, sem novos impostos, fazer um resultado de 3,1% do PIB", acrescentou.
A ministra do Planejamento, porém, avalia que as desonerações não serão empecilho ao cumprimento da meta. "Como a presidente falou claramente em seu pronunciamento, estamos fazendo as coisas com equilíbrio", afirmou. "O tripé da macroeconomia é sagrado para nós." O ceticismo dos analistas vem do fato que as despesas programadas para 2012 serão maiores do que as deste ano, em função de decisões já tomadas. A principal delas é o aumento do salário mínimo, que, nas contas de Felipe Salto, representarão um acréscimo da ordem de R$ 23 bilhões no gasto público.
Montero, da Convenção, fez uma simulação sobre o orçamento de 2012 no qual leva em conta que o salário mínimo irá para R$ 625, haverá aumento de 17,9% na despesa do seguro-desemprego, 9% nos gastos de pessoal, 18% nos gastos de custeio e 25% nos investimentos. Nesse cenário, as despesas teriam uma alta de 14,7% em relação a este ano.
Para atingir a meta cheia, pelas suas contas, seria necessário manter os gastos com custeio e investimento exatamente no mesmo nível em que estão este ano. Em 2010, porém, esse grupo de despesas teve expansão de 22,3% em comparação com o ano anterior. Este ano, a taxa tende a ser mais modesta, 9,9%. Ainda assim, longe de zero. "Tais números claramente questionam o cumprimento da meta cheia em 2012 sem um reforço importante na carga de tributos", comentou. "É apenas nossa elástica receita chiclete que aconselha nos abstermos de afirmações mais categóricas quanto ao cumprimento ou não do primário", acrescentou. (Agência Estado - Lu Aiko Otta, viajou a convite do BID - Banco Interamericano do Desenvolvimento)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação – Brasília / DF
Mercado reduz previsões para inflação, Selic e PIB neste ano
O mercado voltou a reduzir as previsões para este ano para a inflação oficial, o IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -, a taxa básica de juros (Selic) e do PIB - Produto Interno Bruto -, segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central ontem, dia 8/8. A estimativa do IPCA para este ano foi reduzida de 6,31% na semana passada para 6,28% nesta semana. Para 2012, baixou de 5,30%%, na semana passada, para 5,27% ontem. Já a expectativa do mercado para a taxa Selic também foi reduzida, em 2011, para 12,50% nesta semana, ante 12,75% na semana passada. A estimativa para 2012 permaneceu em 12,50%. A projeção para o crescimento do PIB - Produto Interno Bruto - teve leve recuo de 3,96% para 3,94% para este ano, enquanto a previsão para 2012 permaneceu em 4%. As previsões para o preço do dólar ficaram inalteradas pela oitava semana consecutiva em R$ 1,60 neste ano. Para 2012, o preço estimado é de R$ 1,65. O boletim Focus é elaborado pelo BC a partir de consultas feitas a uma centena de instituições financeiras. Ele expressa, semanalmente, como o mercado percebe o comportamento da economia.

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)
HOJE – Abertura das Bolsas Asiáticas:

Tóquio / Japão

Bolsas da Ásia reduzem perdas ao final do pregão
As Bolsas de Valores asiáticas tombaram nesta terça-feira, dia 9/8, com investidores buscando se adaptar a uma rápida redução das previsões para o crescimento econômico global e dos Estados Unidos, mas os índices se recuperaram após as mínimas do dia.
Os principais índices da região despencaram no início do pregão. Os mercados de Wall Street perderam mais de 6% na segunda-feira, o primeiro dia de operações desde o histórico rebaixamento do rating "AAA" dos EUA pela Standard & Poor's.
- Em Tóquio, o índice Nikkei fechou em baixa de 1,68%, tendo chegado a uma depreciação de 4%.
- O índice MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 2,46% às 8h10 (horário de Brasília), após queda de mais de 6% antes.
- A Bolsa da Austrália teve a recuperação mais dramática, passando de declínio de 5% para encerrar em alta de 1,22%.
- Em Taiwan, compras realizadas por fundos de pensão estatais ajudaram a reduzir as perdas iniciais e o mercado terminou em queda de 0,79%.
- O índice de Seul chegou a desabar 10%, mas encerrou em queda de 3,6%. A economia da Coreia do Sul, especialmente vulnerável aos fluxos globais de capital, foi fortemente impactada em 2008.
- Em Hong Kong, o mercado perdeu 2,8%, recuperando-se após declínio de mais de 7%.
- O índice referencial de Xangai perdeu 0,03%.
- Cingapura encerrou em baixa de 3,70%.
Análise - "Nem na crise financeira global nós vimos essa volatilidade extraordinária", disse Justin Gallagher, diretor de vendas do RBS em Sydney.
Operadores relataram cobertura de posições vendidas antes do anúncio de política monetária do Federal Reserve, mais tarde, como um fator por trás da recuperação na Ásia, assim como a caça a ações baratas.
Dados da China divulgados nesta terça-feira não conseguiram dar alívio ao investidor, mostrando a inflação ao consumidor perto dos maiores níveis em três anos.
 


Londres / Inglaterra
Bolsas da Europa continuam em queda nesta terça-feira
As Bolsas europeias continuam acumulando perdas nesta terça-feira, dia 9/8, segundo dia útil após a decisão da agência Standard & Poor's de rebaixar a nota de crédito dos EUA.
- Em Londres, o índice Financial Times registra recuo de 2,04%, atingindo 4.965 pontos.
- Em Frankfurt, o DAX apresenta queda ainda mais acentuada, de 3,67%, aos 5.705 pontos.
- Em Paris, o CAC-40 aponta uma desvalorização menor, de 1,50%, aos 3.078 pontos.
Análise 1 - Na Ásia, os investidores amenizaram as perdas no fim das negociações, mas os dois principais índices acionários fecharam em baixa. O Nikkei, no Japão, perdeu 1,68% e atingiu 8.944 pontos. Já o Hang Seng, de Hong Kong, encerrou o pregão com baixa de 5,66%, para 19.330 pontos.
Ontem, dia 8/8, as Bolsas norte-americanas desabaram com o agravamento dos temores de recessão. O forte volume de vendas resultou no pior dia do S&P 500 desde dezembro de 2008, e todas as ações dos componentes do índice encerraram a sessão em território negativo.
O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, recuou 5,55%, para 10.809 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 6,9%, para 2.357 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 6,66%, para 1.119 pontos.

Análise 2 - No Brasil, o Ibovespa teve a pior queda desde outubro de 2008, com recuo de 8,08%, atingindo os 48.668 pontos. O giro financeiro foi de R$ 9,59 bilhões. O dólar comercial foi negociado por R$ 1,610, em alta de 1,44% no dia --a maior desde junho de 2010.
Em dicurso ontem, o presidente Barack Obama afirmou que, apesar da redução da nota americana, os mercados ainda acreditam no crédito americano e que os EUA continuam um país seguro para os investidores.
"Não importa o que uma agência pode dizer, nós sempre fomos e sempre seremos uma nação AAA. Apesar de todas as crises que passamos, temos as melhoras universidades, as melhores empresas, e os mais inventivos empreendedores", disse.



ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
CVC entra com pedido para realizar oferta inicial de ações na Bolsa
A operadora de turismo CVC entrou com pedido junto à CVM - Comissão de Valores Mobiliários - para realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) na Bovespa. A operação envolverá a emissão secundária de ações, o que significa que os recursos obtidos não irão para o caixa da companhia, mas sim para os acionistas vendedores, no caso, o BTC Fundo de Investimento em Participações, conforme informa o prospecto preliminar da oferta. A CVM tem um prazo de 20 dias úteis para dar uma resposta sobre o pedido registro de oferta. Quando a CVM não faz nenhuma exigência de documentação adicional, passa a correr um prazo de 60 dias dentro do qual a oferta deve ser lançada. Caso esse prazo expire, a empresa deve apresentar um novo pedido de registro. Detalhes quanto ao número de papéis a serem emitidos, faixa de preço estimada e cronograma da oferta - que contará com esforços de colocação no exterior - não foram informados. A oferta está sendo coordenada pelos bancos Itaú BBA (líder), em parceria com o Morgan Stanley, Bank of America Merrill Lynch, BTG Pactual e JPMorgan. Fundada em 1972, a CVC tem como acionista controlador o fundo de private equity norte-americano Carlyle, desde 2009. A empresa contava ao final de junho com 678 lojas em todos Estados do país.

São Paulo / SP
Bovespa fecha em queda de 8,08%, a maior desde outubro de 2008
O dia nos mercados financeiros foi de fortes quedas, como previsto por analistas desde a sexta-feira, na primeira sessão após a decisão da agência Standard & Poor's de rebaixar a nota de crédito dos EUA. No Brasil, a Bovespa teve a pior queda desde outubro de 2008, enquanto nos Estados Unidos, o índice Dow Jones registrou a pior desvalorização desde dezembro do mesmo ano. O dia foi marcado pela fuga dos investidores para ativos considerados mais seguros, como o ouro e até mesmo os agora rebaixados títulos da dívida norte-americana.
- O Ibovespa caiu 8,08%, atingindo os 48.668 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 9,59 bilhões.
- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,610, em alta de 1,44% no dia --a maior desde junho de 2010.
Análise 1 - A mudança na nota dos EUA não representou uma total surpresa, mas foi anunciada em um momento em que os investidores já estavam nervosos com a fraca recuperação do país, os problemas de endividamento na Europa e o ritmo de crescimento do Japão, após o terremoto de março. "O mercado está precificando não só o rebaixamento dos EUA, mas também a perspectiva de desaceleração do crescimento mundial. As expectativas estão muito deterioradas e o mercado trabalha com expectativas", afirmou Osmar Camilo, analista-chefe da Socopa Corretora. Hoje, o presidente Barack Obama afirmou que, apesar da redução da nota americana, os mercados ainda acreditam no crédito americano e que os EUA continuam um país seguro para os investidores. "Não importa o que uma agência pode dizer, nós sempre fomos e sempre seremos uma nação AAA. Apesar de todas as crises que passamos, temos as melhoras universidades, as melhores empresas, e os mais inventivos empreendedores", disse Obama.
Análise 2 - A queda nas Bolsas começou na Ásia. A Bolsa de Seul, que chegou a cair 6,3% durante o dia, fechou esta segunda com baixa de 3,82%, a 1.869,45 pontos, seu menor nível desde outubro de 2010. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio encerrou as operações em queda de 2,18%, a 9.097,56 pontos. Os mercados europeus abriram mais tarde e também caíram, com Londres em baixa de 3,39% e Frankfurt desvalorizando-se em 5,01%. A queda da Bovespa foi mais forte que nos principais países desenvolvidos, o que pode ser explicado, em parte, pelo menor volume de recursos na Bolsa brasileira. Como o valor do mercado doméstico é menor, a tendência é que ele sinta mais as compras e vendas de ações.Mas, segundo Camilo, mesmo em comparação com outras Bolsas emergentes - que também têm menos recursos em negociação -, a queda na Bovespa foi forte. A Bolsa do México, por exemplo, caiu 5,88%. De acordo com ele, a desvalorização nas ações de Vale e Petrobras nesta segunda - Petrobras caiu acima de 7% e Vale acima de 9% - contribuiu para uma baixa maior no Brasil, país muito afetado pela queda na demanda de commodities causada por uma crise.
A segurança dos mercados - As memórias da crise financeira de três anos atrás também levaram os investidores a sair dos investimentos de risco e buscarem aqueles considerados seguros. "O medo de uma repetição de 2008 é o que realmente está guiando os investidores", afirmou Gary Schlossberg, economista-sênio da Wells Capital Management à Associated Press.
- O ouro, que os investidores tradicionalmente procuram quando querem um investimento seguro, subiu acima de R$ 1.700 a onça pela primeira vez na história nesta segunda. Considerados os ajustes de inflação, o preço continua abaixo do recorde de 1980. O preço do metal subiu 4,20%, para US$ 1.718,00. Os preços dos títulos do governo norte-americano subiram - mesmo após a S&P dizer que eles são um investimento mais arriscado que títulos de outros países -, porque esses papéis ainda são vistos como um dos poucos seguros do mundo. Os preços sobem com o aumento da procura.

Nova Iorque / EUA
Bolsas nos EUA tem maior queda desde 2008 após rebaixamento
Os principais índices das bolsas norte-americanas desabaram ontem, dia 8/8, com o agravamento dos temores de recessão, exacerbados pela redução da nota do crédito de "AAA" dos EUA. O forte volume de vendas resultou no pior dia do S&P 500 desde dezembro de 2008, e todas as ações dos componentes do índice encerraram a sessão em território negativo.
- O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, recuou 5,55%, para 10.809 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 6,9%, para 2.357 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 6,66%, para 1.119 pontos.
Análise 1 - "Estamos começando a ver um movimento realmente desordenado da ala vendedora, muito mais do que temos visto", disse Matthew Peron, do Northern Trust, que gerencia cerca de US$ 650 bilhões em ativos. O índice de volatilidade CBOE, ou VIX, termômetro do nervosismo em Wall Street, saltou 50%, a 48 pontos. É a primeira vez que o VIX supera o marco dos 40 pontos desde maio de 2010. "Estamos começando a entrar no modo de pânico."
Análise 2 - A percepção de que Washington é incapaz de solucionar os problemas da crescente dívida e do lento crescimento econômico do país contribuíram para o forte movimento de venda de ações. Tal relação foi evidenciada pelo aumento das vendas durante um pronunciamento do presidente Barack Obama, que ofereceu poucas maneiras concretas de resolver os problemas fiscais e econômicos. A ansiedade a respeito da economia dos EUA se combinou ao crescente nervosismo quanto aos problemas da dívida europeia. A última iniciativa do Banco Central Europeu de comprar bônus dos governos italiano e espanhol está longe de ser o suficiente para resolver a crise.
Variáveis
- O S&P acumula queda de 17,9% em relação a sua máxima de 2011, atingida em 29 de abril - o que o coloca próximo a um declínio de 20% em relação a uma máxima recente.
- Na noite de sexta-feira, após o fechamento do mercado, a agência de classificação de risco S&P cortou a avaliação dos EUA de AAA - maior possível - em um grau, para AA+, sob preocupações com os níveis da dívida da maior economia do mundo.
- O corte na nota pode eventualmente aumentar os custos de empréstimos tomados pelo governo norte-americano e por companhias, assim como por consumidores.

Londres / Inglaterra

Bolsas da Europa encerram pregão em forte queda
As Bolsas europeias fecharam em forte queda nos pregões de ontem, dia 8/8, primeiro dia de pregão após a decisão da agência Standard & Poor's de rebaixar a nota de crédito dos EUA.
- Em Londres, o índice Financial Times registrou recuo de 3,39%, atingindo 5.068,95 pontos.
- Em Frankfurt, o DAX-30 apresentou queda de 5,02%, aos 5.923,27 pontos.
- Em Paris, o CAC-40 apontou perdas de 4,68%, aos 3.125,19 pontos.
Análise - A decisão do Banco Central Europeu, de comprar títulos da dívida de Itália e Espanha, não surtiu efeito nos mercados de ações, mais preocupados com a estagnação da economia mundial e com o risco de volta da recessão. Analistas afirmam que o BCE já começou a comprar títulos de Itália e Espanha, o que provocou a queda nos juros exigidos pelos papéis dos dois países. No final da semana passada, títulos de 10 anos estavam pagando 6% de juros ao ano. O percentual é considerado insustentável a longo prazo (Portugal e Irlanda, por exemplo, tiveram que recorrer a empréstimo do BCE e do FMI quando pagavam 7%). Ontem, houve queda de um ponto percentual.

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MERCADO FINANCEIRO


Da redação - Brasília / DF
Lucro do Banco do Brasil cresce 23% e atinge R$ 6,26 bilhõesd no semestre
O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 6,262 bilhões no primeiro semestre, com expansão de 23,4% ante igual período no ano passado. Considerando o ganho recorrente, sem eventos extraordinários, o aumento foi de 40,4%, atingindo R$ 6,153 bilhões.
Lucro do Itaú cresce 11,5% e atinge R$ 7,1 bi no 1º semestre
Lucro do Bradesco cresce 21,7% e atinge R$ 5,5 bi no 1º semestre
Brasil responde por 25% do lucro semestral do espanhol Santander
O resultado do maior banco do país ficou abaixo do Itaú, que apresentou lucro de R$ 7,133 bilhões nesse intervalo e alta de 11,5% no mesmo comparativo. O ganho recorrente (R$ 6,955 bilhões) teve acréscimo de 7,6%.
No segundo trimestre, o lucro do Banco do Brasil (R$ 3,33 bilhões) aponta alta de 22,2% em doze meses e de 13,6% ante os três meses imediatamente anteriores. Já o ganho recorrente (R$ 3,23 bilhões) apresentou crescimento de 38,8% e de 10,5%, respectivamente.
CRÉDITO - A carteira de crédito do banco, que inclui garantias prestadas e os títulos e valores mobiliários privados, alcançou R$ 421,3 bilhões em junho, com crescimento de 20,2% em 12 meses.
As despesas de provisão para risco de crédito somaram R$ 5,7 bilhões no semestre, com queda de 3,7% sobre o mesmo período do ano anterior.
O crédito para consumidores subiu para R$ 122,6 bilhões ao final de junho, com evolução de 21,2% em um ano. Os destaques nesse período foram o crédito consignado (R$ 47,9 bilhões), que teve expansão de 18,4% em 12 meses, e o CDC Salário (R$ 14,6 bilhões), com crescimento de 25,2% ante o mesmo período do ano anterior.
O crédito imobiliário mantém a trajetória de expansão, com saldo de R$ 4,2 bilhões em junho, quase o dobro (99,5%) do registrado há 12 meses. Já as operações de financiamento de veículos somaram R$ 30,5 bilhões ao final do semestre, com aumento de 34,1%.
Para as empresas, a carteira de crédito apresentou crescimento de 21,4% em 12 meses, registrando saldo de R$ 191,2 bilhões, com destaque para as linhas para investimento e para capital de giro.
O índice de inadimplência, levando em conta apenas atrasos superiores a 90 dias, ficou em 2,0% ao final de junho, abaixo do registrado em março (2,1%) e no mesmo mês do ano passado (2,7%).


Nova Iorque / EUA
AIG processa Bank of America em US$ 10 bilhões por fraude
O grupo segurador AIG está processando o Bank of America para recuperar mais de US$ 10 bilhões (ou R$ 16 bilhões) em perdas sofridas com um "enorme esquema de fraude" sobre dívidas hipotecárias, aprofundando os problemas legais enfrentados pelo maior banco dos EUA. A AIG, ainda controlada pelos EUA depois de receber ajuda do governo de US$ 182,3 bilhões (R$ 183 bilhões), é a mais recente de uma série de investidores que está abrindo processos para responsabilizar os bancos por prejuízos com títulos atrelados a hipotecas que contribuíram para a crise financeira. A queixa da AIG, encaminhada à Suprema Corte do Estado de Nova York, em Manhattan, acusa o Bank of America e as unidades Countrywide e Merrill Lynch de darem informações distorcidas sobre a qualidade de hipotecas inseridas em títulos que foram vendidos a investidores. A seguradora relatou ter sofrido perdas de US$ 28 bilhões (R$ 45 bilhões) de investimentos. A AIG está preparando processos semelhantes contra outros grandes bancos, informou a companhia em comunicado. O Bank of America rejeita as acusações da AIG, afirmou um porta-voz do banco. (Agência Reuters)

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INDÚSTRIA

São Paulo / SP
Brasil Foods retoma planos de aquisições no exterior
A Brasil Foods está novamente com planos de realizar aquisições de unidades de processamento de alimentos no exterior, passado o turbilhão envolvendo os órgãos de defesa da concorrência, disse na sexta-feira o presidente-executivo da companhia, José Antônio Fay. "Nós estamos com situação de caixa confortável... E a nossa grande oportunidade nesse momento é fazer aquisições de processamento de alimentos no exterior", afirmou o executivo, durante palestra em evento em São Paulo.
A companhia, uma das maiores empresas de alimentos do Brasil, é a principal exportadora de carne de frango do mundo e já avaliou no passado avançar em internacionalização, como fizeram algumas empresas brasileiras do ramo. Os planos de compras fora do país, no entanto, esbarravam na demora na aprovação da associação da Perdigão com a Sadia, que criou a empresa.
Após a BRF conseguir um acordo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no início de julho, Fay havia dito que a companhia teria condições, a partir daquele momento, de avançar nos investimentos. Fay não quis dar mais detalhes sobre os planos de compras de empresas no exterior, mas disse que da mesma forma que o câmbio atual não beneficia as exportações de produtos da companhia, um dólar fraco frente ao real pode favorecer eventuais aquisições de ativos pela empresa no exterior. "O cambio baixo que nos atrapalha a vender nos ajuda a comprar".
Ainda sobre o acordo no Cade, o executivo afirmou que a empresa realiza "um grande esforço de preparação" no momento, visando se desvencilhar dos ativos que o órgão de concorrência determinou que sejam vendidos. A empresa trabalha com o banco BTG Pactual no planejamento da venda dos ativos, que incluem dez fábricas de alimentos, dois abatedouros de suínos, dois abatedouros de aves e oito centros de distribuição, entre outros bens.
Rússia e China - Fay comentou brevemente a situação da Rússia, um grande cliente que está impondo restrições a dezenas de unidades de processamento de carnes brasileiras. Segundo ele, os movimentos de Moscou estão ligados à sua política externa, principalmente. O executivo disse que havia uma expectativa no mercado de retomada das exportações para a Rússia em meados de setembro, antes da chegada do duro inverno russo no fim do ano, que congela os portos de desembarque, mas ele acrescentou ter dúvidas sobre se essa expectativa se confirmaria. Sobre a China e a recente abertura do mercado do país para os suínos brasileiros, Fay relatou que a empresa ainda não fechou contratos para exportação, mas crê que o país será um "importante parceiro" no futuro. As ações da BRF caíam 1,5% na sexta-feira, enquanto o Ibovespa perdia 2,8%, por volta das 13h.

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AGROBUSINESS


Brasília/DF e São Paulo/SP
Falta mão de obra na agricultura
A expansão da economia brasileira, que já causava gargalos de mão de obra especializada nos grandes centros urbanos, invade também os campos da agropecuária do País. Com isso, a dificuldade para encontrar trabalhadores qualificados e operários braçais está cada vez maior. Como medida para conter o avanço desse déficit, produtores, entidades, industriais e centros de ensino estão se unindo para preparar e capacitar esses profissionais.
"Desemprego? Aqui no campo não tem não", comentou o produtor rural de Cândido de Abreu, no Paraná, Richard Golba, dono da fazenda Capão de Mato, ao ser indagado sobre a atual situação nos campos. Como ele, muitos produtores rurais brasileiros estão encontrando sérias dificuldades na contratação de profissionais, principalmente qualificados, para atuar em suas lavouras.
O impacto das discussões mundiais sobre a futura falta de alimentos posicionou todos os holofotes para um dos poucos países no mundo que ainda possui grande capacidade de expansão na agropecuária, o Brasil. Aliado a isso, o movimento especulativo do mercado financeiro e o clima contribuíram para a alta nos preços dos produtos agrícolas nos últimos dois anos, fato que ajudou a capitalizar os agricultores brasileiros. "O crescimento vertical da agricultura brasileira mostra que os investimentos em novas tecnologias é uma tendência no País. E agora o Brasil está correndo para capacitar sua mão de obra, mesmo porque, hoje, o campo voltou a ser uma ótima opção de emprego", comentou o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Carlo Lovatelli.
Para ele, o Brasil se adaptará rápido a esta necessidade, dado principalmente a este esforço concentrado que entidades, empresas, produtores e governo estão fazendo para capacitar mais profissionais. "Com as empresas que detém determinadas tecnologias, algumas entidades estão montando sistemas de gestão para o trabalhador rural. No caso da soja, temos o Soja Plus, que é um projeto de gerenciamento da propriedade rural, para conseguir que o proprietário rural possa atender qualquer certificação mundial, exigidas em muitos países principalmente os europeus", disse o executivo.
Devida a falta de entendimento entre entidades do setor e o governo, o País não possui estudos a respeito, entretanto, isso não impediu que os estados fizessem seu próprio levantamento, como é o caso do Espírito Santo. A escassez de mão de obra no campo está refletindo fortemente na elevação dos custos da produção agrícola no estado. Balanço feito pelo Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro) mostra que, entre janeiro de 2009 e janeiro de 2011, os gastos representados pela mão de obra e pelas operações mecanizadas tiveram um aumento de 30%.
Neste ano, por exemplo, muitos cafeicultores tiveram dificuldade na contratação de mão de obra temporária para a colheita do café, e a tendência é de que a dificuldade se acentue nos próximos anos. "A maior parte dessas pessoas vinha de estados vizinhos, como Bahia e Minas Gerais, que também apostam na expansão da agricultura. E agora não vêm mais", disse o diretor executivo da Cedagro, Gilmar Dadalto.
Segundo ele, a situação no estado é tão critica que alguns produtores de café, cultura responsável por 40% do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba e que demanda 70% da mão de obra disponível, já cogitam a mudança para a seringueira ou o eucalipto, que não exigem um grande número de profissionais. "O Espírito Santo possui um terreno em sua grande maioria acidentado e é difícil usar máquinas. O nosso problema não é somente encontrar mão de obra especializada, mas sim uma quantidade maior de profissionais", disse ele.
Dadalto contou que muitos produtores e empresas especializadas na fabricação e venda de maquinários agrícolas estão treinando os profissionais já existentes para qualificá-los. A exemplo de outros estados, o Espírito Santo também conta com os cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-ES). "O Senar oferece cursos para diversas culturas, entretanto, aqui há um foco especial para a cafeicultura, que predomina no estado. Além disso, com o aumento no uso de tecnologias no campo, com tratores e colheitadeiras mais modernas, as própria empresas estão prestando treinamentos", frisou ele.
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nos primeiros quatro meses do ano, o setor de maquinários agrícolas registrou um crescimento de 21% no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa é encerrar o ano com um crescimento de até 20%.
Segundo Alexandre Landgraf, gerente da empresa Agco Academy, a agricultura no Brasil evoluiu tanto que, ao invés de "peões", o campo esconde grandes empresários. "Hoje o Brasil está com uma agricultura muito mais empresarial, com altos investimentos, e para isso se manter é extremamente necessário o uso intensivo de tecnologias no campo. E apostamos muito nisso. Em maquinários modernos e cada vez mais eficientes e rápidos para atender a demanda do campo, com computadores de bordo, tratores modernos, colheitadeiras maiores e mais rápidas". Entretanto, ao perceber que seus clientes não possuíam a capacitação necessária para operar e obter o melhor rendimento de suas máquinas, a Agco, controladora das tradicionais marcas Massey Ferguson e Valtra, fechou uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para criar o "Programa Semear Conhecimento - Mecânica aplicada ao futuro do campo", para formação de mecânicos e operadores de máquinas agrícolas. "Nossos clientes ainda não possuem capacitação necessária para operar as máquinas. Vendo essa falta de mão de obra no mercado, nós buscamos parcerias para capacitá-los", comemorou Landgraf.
Roberto Patrocínio, gerente nacional de vendas da Valtra, ressaltou que a empresa também oferece um treinamento de qualificação a seus clientes que adquirem novos produtos. "A falta de mão de obra especializada é o grande gargalo do setor hoje, principalmente no setor sucroalcooleiro, que está mecanizando tudo para minimizar as perdas no campo. Hoje temos um trabalho forte para treinar os trabalhadores para operarem nossas máquinas, afim de retirar tudo que a máquina pode", frisou.

Campinas / SP
Entressafra faz preços do boi, suíno e frango convergirem entre si
Nada como uma entressafra da carne para igualar a evolução (relativa) de preços do boi, do suíno e do frango. Pelo menos em comparação aos valores de abertura do ano. Até o início do segundo semestre cada um seguia seu caminho independentemente do outro. Em 1º/7, por exemplo, o boi em pé – dos três, o que menos se desvalorizou neste ano – era comercializado por um valor apenas 8,57% menor que o do início do ano. Uma situação bem mais cômoda que a do frango vivo, então remunerado por valor 21,43% inferior ao da abertura de 2011. Nada, porém, se igualava à situação do suíno, cujos preços vinham sendo mais de 30% menores que os obtidos nos primeiros dias do ano. Um mês depois, a situação sofreu modificação radical. Na sexta-feira passada, dia 5/8, o suíno vivo, que nos últimos dias voltou a perder preço, alcançava valor correspondente a 93% da primeira cotação do ano. Já frango e boi chegaram a 97% do valor inicial do ano. Agora, os três tendem a alcançar - em curto prazo - a marca inicial de 2011. Mas o que sobressai, no momento, é que nenhum ainda conseguiu superar os preços iniciais do ano. Ou seja: no primeiro semestre, em duas ocasiões, o boi voltou, no máximo, a repetir os R$105/arroba dos primeiros dias de janeiro, passando a perder preço na sequência. Já o frango apenas repetiu o momento inicial (R$2,10/kg) entre fevereiro e março. A partir daí viu suas cotações refluírem continuamente até meados de junho, quando começou a marcha ascendente atual.

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SERVIÇOS & VAREJO


São Paulo / SP
A dança das cadeiras na rede Burger King no Brasil
Está em curso uma dança das cadeiras entre os franqueados do Burger King no Brasil. O fundo de private equity do banco BR Partners, que havia anunciado a compra da BGK, maior franqueada da cadeia americana no País, desistiu da operação. E essa não é a única baixa. O fundo Kinea, do banco Itaú, que pretendia entrar na rede, deixou a mesa de negociações. Agora, alguns franqueados do Burger King cogitam vender seus restaurantes. Um deles deve fechar negócio nas próximas semanas.
A origem do rearranjo está em um acordo firmado há menos de dois meses entre a corporação Burger King, nos Estados Unidos, e a Vinci Partners, gestora de recursos do banqueiro Gilberto Sayão. As duas partes tornaram-se sócias na Burger King do Brasil, master franqueada da rede. Essa nova empresa passou a coordenar todas as franquias do País e tornou-se o principal braço de expansão da cadeia de fast food - o que frustrou os planos tanto dos fundos de investimento como de franqueados. Ao todo, a rede americana pretende abrir quase 900 lojas no Brasil nos próximos cinco anos. Segundo o Estado apurou, a maior parte será da recém-criada Burger King do Brasil, que deve investir R$ 900 milhões na abertura de restaurantes.
Para entender o imbróglio, é preciso voltar até o fim do ano passado, quando o mítico grupo de empresários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles comprou a cadeia americana de fast food. Com sua agressividade característica, o trio anunciou que iria turbinar o crescimento do negócio, especialmente no Brasil. O Burger King desembarcou no País em 2004 e, por meio de 11 franqueados, abriu pouco mais de 100 lojas até agora - um desempenho considerado fraco pelos atuais donos da rede. Esse número representa um sexto dos de restaurantes do arquirrival McDonald"s.
Criou-se, então, o cenário perfeito para os fundos: com o aval dos novos controladores, eles poderiam investir nas franquias, acelerar sua expansão e, mais tarde, lucrar com a abertura de capital ou a venda dessas operações. Um episódio recente dá uma ideia de quanto dinheiro é possível ganhar com o negócio de sanduíches. No início do ano, a Arcos Dorados, que administra a marca McDonald"s na América Latina, captou US$ 1, 25 bilhão em seu IPO em Nova Iorque.
Água fria nas negociações - Foi com a ambição de promover um movimento desse tipo que o Kinea passou meses negociando com o franqueado do Burger King do Rio de Janeiro. O BR Partners, por sua vez, chegou a assinar a compra de 65% da rede de lanchonetes na cidade de São de Paulo. Mas o surgimento da Burger King do Brasil foi um balde de água fria para os investidores. Ao criar um master franqueado fortemente capitalizado, a companhia mostrou que quem deve mesmo lucrar com o futuro IPO da rede no País são Lemann, Sicupira, Telles e seus sócios da Vinci Partners. Além disso, os fundos sentiram-se desconfortáveis com uma figura que, ao mesmo tempo, autoriza os planos de abertura de lojas dos demais franqueados e compete com eles. "Na briga por pontos de venda em uma cidade, quem você acha que ganha?", disse um franqueado.
Procurados, o Kinea não fez comentários e o BR Partners informou que "a transação anunciada (com a franquia BGK) estava sujeita a uma série de condições que não foram satisfatoriamente atendidas." O dinheiro acertado na transação não chegou a ser pago. O Burger King do Brasil também não concedeu entrevista para esta reportagem. Em junho, quando foi anunciado o acordo com a Vinci, Iuri Miranda, presidente da empresa, informou que os contratos existentes com franqueados seriam respeitados e que os empresários que atualmente possuem restaurantes vão participar do crescimento da rede no Brasil. O fato é que, diante do novo modelo, os franqueados começam a se reorganizar. A Burger King do Brasil já abriu a possibilidade de comprar as lojas dos insatisfeitos. Um dos franqueados, segundo o Estado apurou, está em fase avançada de negociação - além da master franqueada, ele conversa com outros dois donos de lojas. Demais empresários consultados disseram que cogitam vender seus negócios.
Alguns franqueados ficaram especialmente enfraquecidos depois da criação da Burger King do Brasil. Pelo menos dois deles - um do Rio de Janeiro e outro do interior de São Paulo - já perderam seus contratos para o desenvolvimento de novas lojas, segundo fontes próximas. A nova gestão, mais rígida que a anterior, alegou que eles descumpriram regras do acordo. As mudanças de regras, porém, não geraram só descontentamento. "Tem um lado bom", diz Beto Costa, presidente da área de fast food do grupo paraguaio A.J. Vierci, que tem dez lojas Burger King no Brasil e pretende investir US$ 10 milhões em novos restaurantes até o fim do ano. "Antes, era a corporação nos EUA que definia as políticas do Brasil. Agora, com um master franqueado local, as decisões devem ser mais rápidas. Além disso, os investimentos em marketing já são mais pesados."

Veja a trajetória do Burger King no País:
Novembro de 2004 - Burger King chega ao Brasil, depois de uma década de tentativas, com a intenção de abrir 700 lojas em dez anos.
Setembro de 2010 - O fundo 3G Capital Management, controlado por Jorge Paulo Lemann, Carlos Sicupira e Marcel Telles, compra o Burger King.
Dezembro de 2010 - Burger King comemora a abertura de sua centésima loja no Brasil, um resultado muito aquém dos planos iniciais.
Abril de 2011 - O braço de private equity do banco BR Partners anuncia compra de 65% da BGK, maior franqueada da rede no País.
Junho de 2011 - Burger King fecha acordo com a gestora Vinci Partners, para a criação, em conjunto, de uma master franqueada. (Agência Estado)

Nova Iorque / EUA
Americana Gap tem queda de 5% nas vendas
A rede americana de vestuário Gap disse que suas vendas líquidas ficaram em US$ 949 milhões no mês de julho, com estabilidade em relação ao mesmo período do ano passado. Considerando apenas lojas abertas há mais de 12 meses, as vendas recuaram 5%. O destaque negativo ficou para o mercado internacional, com queda de 10% nas vendas em lojas comparáveis. No ano, a Gap acumula um faturamento de US$ 6,69 bilhões, estável em relação aos primeiros sete meses de 2010 e recuo de 2,1% em mesmas lojas. (Agência EFE)

Da redação – São Paulo / SP

Fusão Drogasil e Droga Raia complica expansão da Pague Menos em SP
O varejo começa a ver uma nova disputa, desta vez no segmento de venda de medicamentos, com a fusão das redes Drogasil e Droga Raia. A criação da Raia Drogasil inclui, no Estado de São Paulo, 480 lojas, e faz com que concorrentes como a companhia cearense Pague Menos sintam a disputa, até então regionalizada, ficar mais apertada. A rede nordestina passa por um processo de abertura de capital e segue com maior fôlego em direção a um embate no Estado, onde detém 50 unidades. Por enquanto, o discurso de Francisco Deusmar Queiroz, o presidente da Pague Menos, ainda é de que a concentração no mercado paulista é a única preocupação de sua empresa. Para o executivo, a formação da Raia Drogasil - com lucro de R$ 4,1 bilhões e mais R$ 453 milhões para investir - é "uma atitude normal" de mercado. "Eles vão ficar com 8% de market share, a gente tem 6%", comparou o executivo. Predominante no Nordeste, a Pague Menos entra para o mercado de ações com o objetivo de fortificar a atuação no Sudeste, justamente a região mais ocupada pelas drogarias que se uniram. Queiroz rejeita a ideia de que a fusão possa atrapalhar os planos da empresa. "O único ponto negativo são tantas lojas concentradas no Estado."

Da redação – São Paulo / SP

Rede Kumon procura novas franqueadas
Com o crescimento e consolidação do mercado de franquias, as empresas estão buscando franqueados com um perfil diferenciado. Dentre estas características estão o estabelecimento de metas, planejamento e acompanhamento sistemático, exigência de qualidade e eficiência e, principalmente comprometimento para que o negócio deslanche em um curto espaço de tempo. Essas características fazem parte de um conjunto classificado como “comportamento empreendedor” - que o mercado passou a exigir como pré-requisito para entrada ou manutenção de um colaborador na empresa. Atentos a esses diferenciais, as redes incluíram em seus processos de seleção de novos franqueados a análise dessas características. E é por este motivo que o Kumon Instituto de Educação, maior rede de franquias de educação no mundo, busca para as novas unidades orientadoras com espírito “empreendedor”. Segundo Julia Shiroiwa, Gerente do Departamento de Recrutamento, esta iniciativa visa dar maior impulso ao crescimento das novas franquias, além do perfil educador que é fundamental para o sucesso de uma unidade Kumon, uma vez que a nossa franqueada é responsável pelo atendimento aos alunos e pais, afirma Julia. Abrir uma franquia Kumon, reconhecida pela Revista Forbes, como a rede nº1 em low cost (baixo custo de investimento) é simples. É necessário ter interesse em trabalhar com o desenvolvimento de crianças e jovens (mesmo que não seja da área de educação). De perfil empreendedor, a pessoa precisa ter iniciativa e condições para administrar uma unidade, sempre em busca de novas conquistas. Lembrando que a preferência da rede é por mulheres. O interessado deve ter formação superior e idade entre 25 e 45 anos. O investimento inicial é muito acessível e o franqueado conta com um suporte constante, desde a fase do treinamento até a abertura da Unidade Kumon e o trabalho com os alunos. (Fonte: Lucky Assessoria)

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TI, WEB & e-COMMERCE


Nova Iorque e São Francisco / EUA
Ameaças avançadas forçam TI repensar prioridades de segurança
O maior desafio dos negócios hoje, na visão de muitos profissionais que atuam na área de segurança da informação, é a invasão de crackers ávidos por roubar informações confidenciais valiosas. A realidade, dizem eles, é que as ameaças avançadas estão crescendo e forçando a TI a repensar a segurança da rede. "Combater essas ameaças significa desistir da ideia de que é possível proteger todo o ambiente corporativo. Isso já não é mais realidade", afirma o Security for Business Innovation Council, um grupo de 16 líderes de segurança de empresas que incluem eBay, Coca-Cola Company, SAP , FedEx Corp, Johnson & Johnson e Northrop Grumman. Esse time foi responsável por desenvolver um relatório intitulado When Advanced Persistent Threats Go Mainstream, que descreve os problemas e os desafios que as grandes organizações enfrentam quando o assunto é segurança.
As avançadas e persistentes ameaças (advanced persistent threat – APT) podem partir, por exemplo, de concorrentes ou de grupos de crime organizado e ainda de "hactivists" como o Anonymous. O termo APT surgiu das forças armadas dos EUA, que usou a frase para descrever ataques cibernéticos que parecem ter origem de algum lugar da China. O documento do Security for Business Innovation Council aponta que um APT é “um ciberataque altamente segmentado, bem pesquisado, amplamente financiado, e adaptado a uma organização particular – que gerealmente emprega múltiplos vetores e ainda a utiliza poucas técnicas para evitar a detecção de ataques”.
Essas infiltrações que acontecem para roubar dados importantes tornaram-se generalizadas. Recentemente, várias empresas e instituições governamentais divulgaram que foram alvo de ataques, incluindo o Google, a RSA (divisão de segurança da EMC), Epsilon, Citigroup, The Washington Post, o Departamento de Energia dos laboratórios de pesquisa do Oak Ridge National Laboratory e o Pacific Northwest National Lab. Timothy McKnight, chefe de segurança da informação do Northrop Grumman, e membro do Security for Business Innovation Council, discutiu recentemente como a indústria aeroespacial e de defesa praticamente todos os dias tem de se defender contra o que acredita ser uma dúzia de grupos de crackers tentando entrar na rede para roubar dados confidenciais.
No relatório, os 16 executivos de segurança da informação aconselham as equipes de segurança a trabalhar próximo de seus gerentes de negócios para identificar dados críticos e protegê-los. "Focar em fortalecer todo o perímetro é uma batalha perdida", aponta o relatório. "As organizações têm brechas. Por isso, é preciso mudar a perspectiva para proteger os dados durante todo o ciclo de vida de toda a empresa e durante toda a cadeia.” O documento diz ainda que “a definição de defesa bem-sucedida tem de mudar de 'manter ataques longe’ para 'por vezes, os crackers vão entrar na rede e, por isso, é necessário detectá-los o mais cedo possível e minimizar os danos.’”
Dave Cullinane, chief information security officer e vice-presidente global de risco de fraude e de segurança do eBay, diz que não há mais dúvidas de que o APT é um problema e está no topo da lista de todo mundo de preocupações agora. O relatório do conselho faz sete recomendações para melhorar a postura de defesa que vão desde a "coleta de informações de nível superior e análise", "ativação do monitoramento inteligente", "recuperação do controle de acesso" a como "levar a sério o treinamento dos usuários".
O usuário final é, muitas vezes, o principal alvo que acaba caindo na armadilha por meio de técnicas de phishing de um cracker, que fará com que a vítima abra um perigoso malware em arquivos anexados a e-mails que podem comprometer a máquina e fornecer um ponto de partida para que o criminoso avance ainda mais na rede corporativa. Cullinane diz que há uma necessidade urgente de criação de produtos mais efetivos capazes de detectar com precisão tentativas de phishing. "Os invasores sabem como funciona uma filtragem de spam hoje", ressalta. Algumas empresas, incluindo bancos, têm desenvolvido internamente soluções para detecção de phishing. Algumas dessas tecnologias analisam os e-mails, usando informações obtidas por meio das ferramentas de monitoramento de ameaças na rede.
O executivo, no entanto, diz que espera que a indústria olhe para a identificação do spear-phishing como uma área para a inovação em produtos de segurança, uma vez que os negócios normalmente não adotam a estratégia de criar soluções internamente para eliminar ameaças avançadas. Além disso, as companhias precisam de "mais visibilidade e análise" na gestão da segurança, diz ele. O surgimento de plataformas de computação em nuvem parecem tornar o APT um assunto ainda mais complexo, prossegue, mas os gerentes de segurança de TI vão ter de se envolver em negociações de contratos para o uso da nuvem para determinar se as necessidades de segurança podem ser cumpridas, finaliza Cullinane. (Agência NETWORK WORLD)

Da redação – São Paulo / SP

Walmart vai lançar supermercado online
O Walmart se prepara para lançar uma operação online de supermercado em São Paulo, cidade onde só duas redes são mais atuantes nesse segmento na internet por enquanto, o Grupo Pão de Açúcar e o Sonda. O Walmart já possui duas pontocom de alimentos no Brasil, uma em Porto Alegre e outra em Curitiba, e está aperfeiçoando as operações para entrar em outras grandes cidades. s supermercados online do Walmart operam com as duas bandeiras do grupo na região Sul: Nacional, em Porto Alegre, e Mercadorama, em Curitiba. A multinacional americana ainda não revela qual será a marca adotada para sua futura operação online de alimentos em São Paulo, onde, além da bandeira Walmart, o grupo também possui lojas com as bandeiras Todo Dia e Sam’s Club. O diretor de comércio eletrônico do Walmart, Flávio Dias, não divulgou uma data para o lançamento da pontocom de supermercados em São Paulo, mas deixa claro que a entrada nesse segmento está nos planos da multinacional. “O Walmart pretende expandir sua operação (de alimentos) no Brasil e São Paulo é um dos mercados que estamos avaliando”, disse o executivo. O Walmart vai trazer para o Brasil sua experiência no Reino Unido, considerado o país onde o varejo online de alimentos é o mais avançado do mundo. A multinacional americana é dona da rede britânica Asda, a segunda maior rede de supermercados do Reino Unido, onde disputa mercado com a Tesco. “A Asda possui um grande expertise que pode ser utilizado no Brasil”, afirma Dias.
Complexidade - As operações de supermercados são muito mais complexas que os outros negócios na internet, como sites de eletrodoméstico e livros, o que explica o pequeno número de empresas que atuam nesse segmento no Brasil. “Normalmente, os pedidos na internet incluem um ou dois produtos. Mas, em um site de supermercados, os pedidos envolvem 70 ou 80 itens”, afirma Dias. No caso dos supermercados pontocom, um funcionário precisa coletar os produtos nas prateleiras de uma das lojas da rede, empacotá-los para, então, enviá-los para a casa dos clientes. “Esse processo exige uma grande integração (do site) com as lojas”, afirma Dias.

Da redação – Porto Alegre / RS
Linhas de Financiamento para a TI em palestra na Assespro
Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, regional RS (Assespro-RS) realiza no dia 17/8, das 8h30min às 11h30min, em parceria com a agência Moinhos de Vento do Banco do Brasil, a palestra "Linhas de Financiamento para empresas de TI". Erik Borda D´Agua, Analista da Superintendência Regional Porto Alegre e Simone Godoy Felicio, Gerente de Contas do Banco do Brasil, apresentarão as possibilidades para quem deseja investir nas empresas por meio de financiamentos. O evento ocorre no Auditório da Assespro, no Tecnopuc. Informações e inscrições até 15/8 pelo e-mail: assespro@assespro-rs.org.br. O Banco do Brasil oferece duas linhas de financiamento. Na primeira, com o cartão BNDES, é possível financiar a compra de máquinas, equipamentos, veículos e outros bens de produção, diretamente de fornecedores credenciados. A outra opção é o ‘Proger Urbano’, onde o financiamento de projetos de informatização de empresas, inclui a compra de licenças de software, a contratação de serviços de manutenção e treinamento, bem como serviços de telecomunicações e desenvolvimento de sistemas.  (Fonte: ASSECOM)

Da redação – São Paulo / SP
I4PRO integra soluções com a plataforma da Tokio Marine
A I4PRO – Insurance For Professionals, especializada em tecnologia da informação para seguradoras, concluiu todo o processo de integração de suas soluções com a plataforma da Tokio Marine Seguradora. A implantação foi rápida: foram apenas quatro meses, sendo três de projeto e um para preparação da equipe. As soluções atenderão a Tokio Marine em seus produtos e processos de Riscos Financeiros, facilitando a expansão da companhia neste segmento. A integração considerou o desenvolvimento de cerca de 20 interfaces online e vai proporcionar aos usuários e parceiros um ambiente consistente e seguro, evitando riscos operacionais e provendo todas as funcionalidades necessárias a operações em Garantias, como o controle de tomadores, acúmulo de risco e o cálculo de resseguro online. “As equipes das empresas se alinharam sobre o escopo das interfaces e customizações de um modo pragmático, gerando resultados rápidos. O projeto comprovou a facilidade de integração entre plataformas distintas, sem que cada qual necessitasse abrir mão de processos consagrados, deste modo, valorizamos ambas”, comemora Mauricio Ghetler, diretor de Marketing e Vendas da I4PRO. “Estabelecemos uma parceria bastante produtiva com a I4PRO”, afirma o diretor de Tecnologia da Informação da Tokio Marine, José Ferrara.  A Tokio Marine Seguradora é subsidiária da Tokio Marine Holdings, a maior seguradora do Japão em seguros patrimoniais. É o maior e mais antigo conglomerado securitário japonês, fundado em 1879 e entre os maiores do mundo. Sua matriz mundial está localizada em Tóquio, com operações em mais de 40 países, entre eles, o Brasil. (Fonte: Agência DPI Comunicação)

Da redação – Porto Alegre / RS

T@rgetTrust nos Correios
Os Correios do Rio Grande do Sul realizaram junto a T@rgetTrust, centro de treinamento tecnológico que há 18 anos forma profissionais em TI, a qualificação de funcionários nas tecnologias Linux. Celso Elsuffi Borges, chefe de manutenção do sistema de triagem dos Correios lembra que o curso foi uma continuidade na qualificação do grupo de manutenção dos sistemas de triagem. “Outra equipe já havia realizado esta mesma formação e também o Curso de Oracle 10g. Os cursos surgem conforme a necessidade de atualização. Temos um servidor com SO Red Hat Linux em nossos sistemas de triagem e necessitávamos de conhecimento para intervenções nesse sistema”, enfatiza Borges. (Fonte: Assecom)

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ENERGIA


Rio de Janeiro / RJ
Eletrobras quer investir R$ 12 bilhões por ano até 2015
A Eletrobras planeja dobrar o ritmo de investimentos até 2015, para cerca de R$ 12 bilhões por ano, em um esforço para acompanhar o ritmo de expansão da economia brasileira. O presidente da estatal, José da Costa Carvalho Neto, disse ontem, dia 8/8, que a empresa investirá um total de R$ 12,6 bilhões em 2012, enquanto projeta dispêndio de R$ 10 bilhões neste ano. Em 2010, a companhia investiu cerca de R$ 5,3 bilhões.
Segundo Carvalho, dos R$ 12,6 bilhões previstos para 2012, R$ 6,4 bilhões irão para o setor de geração, R$ 4,3 bilhões para o setor de transmissão e R$ 1,9 bilhão no segmento de distribuição, disse o executivo durante evento em São Paulo. "Estamos para divulgar o plano de investimento, estamos só esperando a questão das concessões para ter um valor mais exato", disse o executivo, em referência a concessões do setor elétrico que vencem a partir de 2015 e que precisam ser renovadas ou licitadas novamente. O governo ainda não tomou uma decisão, embora empresas do setor e agentes do mercado acreditem que haverá renovação.
Entre os projetos previstos para 2015, estão a entrada em operação da usina de Belo Monte, no Pará, terceira maior hidrelétrica do mundo. Neto acrescentou, porém, que os números ainda podem passar por ajustes. Segundo ele, o Brasil está passando por um desenvolvimento do setor terciário (serviços) e com isso ele avalia que para um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 1% ao ano, há necessidade de se ampliar a oferta de energia em 1,2%. (Agência Reuters)

Da redação – Porto Alegre / RS
APS promove economia de energia suficiente para atender a cidade de Garibaldi
No primeiro semestre de 2011, os projetos de eficiência energética realizados pela APS Soluções em Energia S/A junto aos clientes promoveram uma redução na demanda de energia suficiente para atender um município do tamanho de Garibaldi/RS por um ano, considerando a estimativa de 12,8 mil residências e 30 mil habitantes. Esta economia representa 7,5 Megawatts (MW), com estimativa de chegar a 23 mil MW/h no ano. A projeção tem como base dados da EPE - Empresa de Pesquisa Energética -, que estima o consumo residencial mensal na região Sul do Brasil em 150kWh/mês. Os valores apontados pela APS foram identificados em relatórios de encerramento de seis projetos de clientes em diferentes setores, como PepsiCo, Santa Casa Barra Mansa, Instituto Federal do Sergipe, Universidade Federal do Sergipe, Celesc e RGE. “Além da economia gerada com os projetos, cabe salientar o benefício que as ações da APS proporcionam ao meio ambiente, pois com a retirada de carga poderíamos reduzir os investimentos na construção de Usinas e conseqüentemente diminuir a emissão de gases que contribuem para o efeito estufa”, comenta o engenheiro eletricista Leandro Krummenauer. (Fonte: Amorim Comunicação)

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MERCADO DE LUXO


Da redação – São Paulo / SP

Valrhona: “Papai, esse é para você...”
A Valrhona, em celebração ao Dia dos Pais, preparou deliciosas surpresas nas duas unidades da marca. Nos Jardins e em Higienópolis, a promoção especial batizada de “Papai, esse é para você...” entrega ao filho que consumir qualquer bebida da loja, outra para presentear o pai. (LEIA +)

Da redação – São Paulo / SP
Autorama Eurobike
Realizado no shopping Cidade Jardim, em São Paulo, o autorama da Eurobike já pode ser visitado durante suas compras. A estrutura de autorama montada pela rede de concessionárias apresentará aos participantes seis marcas premium que comercializa: Audi, BMW, Land Rover, MINI, Porsche e Volvo. (LEIA+)



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