Edição 481 | Ano III



Washington / EUA
FMI espera crescimento maior do PIB brasileiro em 2011
A economia brasileira deve crescer 4,5% em 2011 e 4,1% no próximo calendário. As projeções constam da atualização do documento Perspectiva Econômica Mundial, do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado nesta terça-feira. A projeção para o desempenho econômico doméstico deste ano é 0,4 ponto percentual melhor do que aquela feita em outubro para o mesmo período. A perspectiva para 2012 não sofreu alteração. Ainda entre os demais Bric, o FMI também reviu para cima a expansão econômica da Rússia para este ano, de 4,3% para 4,5%. Em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) russo deve avançar 4,4%, sem mudança. No caso da Índia, as previsões para o crescimento da economia do país foram mantidas em 8,4% em 2011 e em 8% em 2012. O Fundo também conservou os prognósticos para o desempenho econômico da China, em 9,6% de expansão neste calendário e em 9,5% em 2012.

Washington / EUA
Fluxos de capital privado a emergentes crescem 50% em 2010
Os fluxos privados de capital aos mercados emergentes alcançaram US$ 908,3 bilhões em 2010, 50% a mais que em 2009, dos quais US$ 220,2 bilhões foram para a América Latina, disse ontem, dia 24/1, o IIF - Instituto de Finanças Internacionais. O IIF, a principal associação bancária do mundo e que conta com 420 membros, estimou que os fluxos privados de capital rumo aos mercados emergentes continuarão sua tendência de alta em 2011 até os US$ 960 bilhões e chegarão a US$ 1 trilhão em 2012. O diretor-geral do IIF, Charles Dallara, ressaltou em comunicado a força dos fluxos privados de capital aos mercados emergentes, mas disse que podem gerar problemas de "inflação e pressões sobre as taxas de câmbio". Por regiões, os mercados emergentes da Ásia atraíram quase 40% do total destes fluxos (US$ 446,9 bilhões) em 2010. A América Latina se situa em segundo lugar com US$ 220,2 bilhões, um aumento de US$ 76 bilhões em relação a 2009, e ligeiramente abaixo do recorde de US$ 234 bilhões de 2007. Depois aparecem os mercados emergentes da Europa, com US$ 154,2 bilhões, e da África e do Oriente Médio, que chegaram em 2010 a US$ 87 bilhões. Segundo o IIF, as perspectivas de crescimento para os mercados emergentes se mantêm em taxas positivas de 6,3% para 2011 e 6,2% para 2012, o que, junto "a melhores percepções de risco relativo", favorecerá a chegada destes fluxos de capital no futuro próximo. O organismo internacional estima um crescimento de 6,1% para a América Latina em 2011, impulsionado principalmente pelas economias de Brasil, Argentina e México. (Agência EFE)

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São PAulo / SP
IPC-S aumenta em seis de sete capitais
O IPC-S de 22 de janeiro de 2011 registrou variação de 1,18%, 0,12 ponto percentual (p.p.) acima da taxa divulgada na última apuração. Seis das sete capitais pesquisadas registraram acréscimos em suas taxas de variação.

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Bolsas asiáticas fecham sem sinal definido
Os mercados asiáticos apresentaram números mistos nesta terça-feira. A alta em Wall Street norteou algumas bolsas da região, enquanto outras foram influenciadas por questões referentes à economia da China.
- A Bolsa de Hong Kong fechou no campo negativo, liderada pelas empresas financeiras chinesas por causa das preocupações de medidas adicionais de aperto monetário de Pequim. As perdas, contudo, foram limitadas pela disparada das ações da Tencent, após previsões positivas nos negócios de games. O índice Hang Seng caiu 12,95 pontos, ou 0,05%, e terminou aos 23.788,83 pontos - o índice teve baixa de 2,6% nos últimos quatro pregões.
- Já as Bolsas da China apresentaram o pior resultado em quase quatro meses. O declínio foi liderado pelas empresas de metais, após a taxa de referência do mercado financeiro atingir a maior alta em mais de três anos, devido ao aumento ocorrido na semana passada na taxa de reserva bancária. Também pesou a demanda por cash às vésperas do feriado do Ano Novo Lunar. O índice Xangai Composto caiu 0,7% e terminou aos 2.677,43 pontos, o menor fechamento desde 30 de setembro. O índice Shenzhen Composto baixou 1,2% e encerrou aos 1.136,58 pontos. O yuan recuou ante o dólar depois que uma pequena variação da paridade central dólar/Yuan indicou que o banco central quer protelar a alta do yuan. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,5827 yuans, de 6,5813 yuans do fechamento de ontem. A taxa de paridade central dólar/Yuan foi fixada em 6,5881 yuans, de 6,5883 yuans ontem.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé encerrou o dia em alta, impulsionada pelos números positivos de Wall Street e pela força das ações de companhias financeiras e de empresas ligadas ao setor de commodities. O índice Taiwan Weighted subiu 0,49% e fechou aos 8.991,39 pontos.
- Na Coreia do Sul, o índice Kospi da Bolsa de Seul fechou em alta de 0,2%, terminando aos 2.086,67 pontos, sustentado pelos ganhos nos setores de tecnologia e de construção.
- A Bolsa de Sydney, na Austrália, fechou com o índice S&P/ASX 200 em alta de 0,5%, aos 4.807,8 pontos, influenciada pelo desempenho das bolsas de Nova York na segunda-feira.
- A Bolsa de Manila, nas Filipinas, fechou em alta, influenciada pelos ganhos de mercados estrangeiros. O índice PSE avançou 1,48%, aos 3.960,30 pontos.
- A Bolsa de Cingapura fechou estável, uma vez que os investidores permaneceram em sua maioria de lado antes do feriado do Ano Novo Lunar e em meio a persistentes preocupações de mais medidas de aperto monetário pela China para conter as pressões inflacionárias. O índice Straits Times avançou apenas 0,1% e fechou aos 3.181,15 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, subiu 2,6% e fechou aos 3.433,91 pontos com procura por pechinchas em blue chips depois de recentes quedas em meio a renovadas expectativas de que muitas companhias devam anunciar fortes lucros em 2010.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, cedeu 0,5% e fechou aos 959,17 pontos. "Está havendo provavelmente troca de dinheiro de mercados de melhores performances no ano passado para os EUA na visão de que a economia dos EUA Estará fortemente bem este ano", disse um analista.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, teve baixa de 1,1% e fechou aos 1.526,43 pontos, uma vez que os fundos estrangeiros continuaram a vender papeis antes do feriado do Ano Novo Lunar na próxima semana.

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa

Londres / Inglaterra
Bolsas da Europa dividem-se entre altas e baixas, após decepção do PIB britânico
Os principais índices acionários da Europa oscilam entre altas e baixas nos pregões de hje, dia 25/1,, ao passo que o PIB - Produto Interno Bruto - do Reino Unido decepcionou ao registrar queda na passagem do último trimestre do ano. Destaque também para regras mais rigorosas no setor bancário da Espanha. Os investidores ainda acompanharão o primeiro dia de reunião do Fomc - Federal Open Market Committee -, responsável por definir a taxa básica de juros dos EUA, além da divulgação do Consumer Confidence, o qual trará números sobre a confiança do consumidor norte-americano em janeiro. Por fim, nesta noite haverá o State of the Union, um discurso de Barack Obama ao Congresso, no qual o presidente delineará as prioridades legislativas do país.
Resultados e Espanha - No cenário corporativo, a Siemens e a Ericsson se sobressaem positivamente após reportarem seus números trimestrais, com destaque para o resultado melhor que o esperado da primeira, cujo lucro líquido avançou 17% nos últimos três meses de 2010, excluindo-se as despesas com aquisições. Pela ponta negativa, o setor bancário da Espanha se destaca, após o ministro de Finanças local anunciar que as instituições deverão possuir € 20 bilhões em capital extra e aqueles que não conseguirem tal valor poderão realizar um empréstimo junto ao fundo de reestruturação bancária do país, o qual possuirá ações com poder de voto. Deste modo, as ações do Banco Santander registram queda de 2,98%.
PIB do Reino Unido em baixa - O pregão londrino foi impactado após a divulgação do PIB, o qual inesperadamente apresentou um recuo de 0,5% no quarto trimestre, após expandir-se em 0,7% no trimestre anterior. Na base de comparação anual, o indicador registrou avanço de 1,7% nos três últimos meses do ano.“Serviços de negócios e finanças, construção e distribuição, hotéis e restaurantes foram os maiores contribuidores para o desempenho negativo neste trimestre”, apontou o órgão de estatísticas oficias do governo britânico. O setor de construção foi o mais impactado, com um recuo de 3,3% na passagem trimestral, enquanto entre os meses de julho a setembro o indicador havia avançado 3,9%. “A mudança no PIB do quarto trimestre foi claramente afetada pelo extremo mau tempo em dezembro do último ano”, justificou o órgão.
Bancos caem - Deste modo, os papéis dos bancos estendem as perdas da sessão anterior e operam em forte queda nesta. As ações do Royal Bank of Scotland Group registram baixa de 2,02%, enquanto os do Barclays caem 1,55% e os do Lloyds Banking Group, 2,69%.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa sobe 0,4% no fechamento
O feriado de hoje, dia 25/1, (aniversário de São Paulo) ajudou a esvaziar a Bovespa, que teve um giro de negócios que mal atingiu R$ 4 bilhões. A Bolsa encerrou o pregão de ontem, dia 24/1, em terreno positivo, na seqüência de três dias consecutivos de perdas, puxada pelos papéis do setor bancário, bastante "castigados" na semana passada. A agenda econômica estava bastante esvaziada, tendo por um dos poucos destaques o balanço da rede McDonald's. As Bolsas americanas operaram com ganhos durante boa parte da sessão.
- O Ibovespa valorizou 0,42% no fechamento, aos 69.426 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 3,98 bilhões, bem abaixo da média desse mês
- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,672, em leve baixa de 0,05%. A taxa de risco-país marca 162 pontos, número 4,1% abaixo da pontuação anterior.
Análise 1 - As ações da Vale, que subiram entre 0,4% e 0,6%, e os papéis do setor bancário, que valorizaram entre 0,7% e 1,5%, ajudaram a Bolsa a recuperar terreno hoje. Após o feriado, o mercado deve ter dias nervosos, com uma agenda econômica bastante carregada, tendo por destaque a ata do Copom - Comitê de Política Monetária -, relativa à reunião da semana passada. "O restante da semana tende a ser atribulado. O volume de negócios não deve ser muito alto nesses três dias, o que vai dar espaço para alguns investidores influenciem a Bolsa com mais força", comenta Fábio Prandini, profissional da mesa de operações da Elite Corretora.
Análise 2 - O Banco Central vendeu hoje todos os 20 mil contratos de "swap" cambial reverso no mercado, num operação total de US$ 988 milhões. Esses títulos, em tese, tendem a reduzir o movimento de venda de moeda estrangeira, e são vistos por especialistas como mais uma medida do governo para conter a desvalorização das taxas de câmbio. A autoridade monetária também comprou moeda no mercado à vista, em duas ocasiões. Entre as primeiras notícias do dia, o boletim Focus, elaborado pelo BC, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro, subiu novamente as projeções para a taxa de inflação (IPCA), que passou de 5,42% para 5,53% para este ano. A balança comercial brasileira apresentou um superavit de US$ 680 milhões na terceira semana de janeiro, o que eleva o saldo positivo acumulado neste ano para US$ 690 milhões. No front corporativo, o gigante americano de fast food McDonald's anunciou um aumento de 9% de seu lucro anual em 2010, para US$ 4,95 bilhões. O resultado anual, porém, ficou abaixo do esperado por Wall Street. Os ganhos por ação em 2010 ficaram em US$ 4,58, abaixo dos US$ 4,60 previstos.


Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA sobem com otimismo sobre resultados corporativos
O mercado de ações norte-americano retomou o rali no pregão de ontem, dia 24/1, amparado pelos papéis dos setores de tecnologia e de matérias-primas, com investidores apostando que as bolsas de valores vão recuperar o ritmo perdido na semana passada.
- O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 0,92%, para 11.980 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 1,04%, para 2.717 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 ganhou 0,58%, para 1.290 pontos.
Análise - Uma recompra de ações pela Intel, integrante do índice Dow, ajudou a renovar o otimismo entre investidores, que foi reforçado por mais uma leva de balanços corporativos fortes. Três quartos de 84 empresas integrantes do índice S&P 500 que já divulgaram seus resultados até agora superaram as expectativas de analistas. "Resultados fortes estão impulsionando a alta do mercado e não vejo possibilidade de correção antes do fim da temporada (de balanços)", disse o presidente da Springer Financial Advisors, Keith Springer. "Mesmo depois dos balanços, não creio que veremos uma grande correção, mas uma pausa para respirar, uma vez que não há nenhum outro fator importante". Indicadores de volatilidade no mercado de opções também sugerem uma retomada após a queda registrada pelo S&P na semana passada, depois de o índice haver tido sete semanas seguidas de ganhos.

Londres / Inglaterra
Ações europeias sobem com mineradoras e setores defensivos
O mercado de ações europeu registrou leve alta nos pregões de ontem, dia 24/1, com grandes mineradoras acompanhando a alta dos preços de metais e com os setores farmacêutico e tabagista crescendo em meio a temores sobre o impacto da aceleração da inflação sobre a perspectiva de crescimento econômico.
- O índice FTSEurofirst 300 fechou a sessão em alta de 0,26%, a 1.151 pontos.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 0,81%, a 5.943 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,08%, para 7.067 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,39%, a 4.033 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,29%, para 22.156 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 0,13%, a 10.815 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em alta de 0,53%, para 7.827 pontos.
Análise - "Papéis de setores cíclicos estão sendo vendidos e investidores estão comprando ações de setores defensivos. Isso tem muito a ver com temores sobre inflação na China e a preocupação de que a China pode exagerar em suas medidas para impedi-la, o que pode levar à desaceleração do crescimento econômico global", disse Heino Ruland, estrategista da Ruland Research em Frankfurt. Ações de grandes mineradoras também subiram, com o índice de recursos naturais STOXX Europe 600 registrando valorização de 1%, impulsionado pela alta nos preços de cobre devido à oferta limitada. As ações da Philips Electronics foram um dos destaques negativos da sessão, com queda de 5,7%, após divulgar resultados trimestrais decepcionantes.

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MERCADO FINANCEIRO


Da redação - Brasília / DF
BB compra fatia da SulAmérica na Brasilcap
O Banco do Brasil (BB) fechou a compra de uma participação de 16,67% da SulAmérica Capitalização na Brasilcap Capitalização. A compra - conduzida pela subsidiária BB Seguros - foi celebrada por R$ 137 milhões. A transação está dentro de um processo de reorganização societária tocada pelo Banco do Brasil na área de seguros, previdência e capitalização, em que a instituição financeira tem buscado consolidar as participações em controladas. De acordo com o banco federal, a compra está sujeita à análise prévia e aprovação de órgãos reguladores.

Da redação – Brasília / DF
Banco Central vende US$ 988 milhões em contratos de "swap" cambial
Os agentes financeiros aceitaram todos os 20 mil contratos de "swap" cambial reverso oferecidos nesta segunda-feira pelo Banco Central, numa operação que atingiu o montante de US$ 988,2 milhões. O leilão desses títulos foi realizado entre 12h (hora de Brasília) e 12h30. Às 13h (hora de Brasília), o dólar comercial era cotado por R$ 1,673, mesma cotação da semana passada. Esses títulos equivalem a uma operação de compra de dólar no mercado futuro. No contrato de 'swap' cambial reverso, o BC se compromete a pagar juros ao investidor, em troca da variação cambial. Se o dólar cai, no entanto, os investidores ganham tanto com os juros como com a variação da moeda. Nesse sentido, o efeito é o mesmo de quando o investidor vende seus dólares para o BC, aplica os reais da venda na renda fixa e depois compra a moeda estrangeira a um preço menor. Assim como acontece nas compras à vista, a operação no mercado futuro reduz o movimento de venda de moeda estrangeira e contribui para segurar o seu valor em relação ao real.

São Paulo / SP
Lucro da American Express cresce 48% no trimestre
A American Express reportou hoje forte crescimento nos resultados do quarto trimestre, na esteira de uma recuperação de consumo e demanda por crédito nos EUA. De outubro a dezembro, os ganhos da companhia somaram US$ 1,062 bilhão, 48% a mais do que no mesmo trimestre de 2009. Com isso, a American Express acumulou lucro de US$ 4,057 bilhões no ano passado, quase o dobro dos ganhos registrados no calendário anterior, de US$ 2,130 bilhões. "A continuidade dos investimentos no negócio ajudou a gerar maior demanda, gastos em cartões corporativo e de pequenas empresas, além de uma expansão no uso de nossos produtos online", disse, no balanço, Kenneth I. Chenault, presidente da empresa de cartões de crédito. Segundo ele, os clientes aumentaram os gastos com cartão em 15%, o que levou a uma renovação de recordes em números tanto do trimestre quanto do ano. Chenault acrescenta que os indicadores creditícios se fortaleceram e as provisões para crédito de difícil liquidação recuaram significativamente em um ano. "Os níveis de desemprego e habitação permanecem um problema, mas outros aspectos da economia continuam mostrando sinais de melhoria", comentou o executivo. Nos Estados Unidos, o lucro com serviços em cartão de crédito atingiu US$ 701 milhões no trimestre, o que corresponde a um crescimento de 70% em doze meses. Nos mercados internacionais, os ganhos subiram 48%, para US$ 102 milhões.


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INDÚSTRIA


Da redação – São Paulo / SP
Hypermarcas conclui compra e incorporação da Mantecorp
A Hypermarcas informou que concluiu hoje a compra da farmacêutica Mantecorp. A empresa pagou R$ 592,346 milhões por 7.171.688 ações ordinárias, que representam 23,77% do capital da Mantecorp. O valor foi pago à vista. Além disso, os acionistas da Hypermarcas e da Mantecorp aprovaram a incorporação de 76,23% do capital Mantecorp, mediante a emissão de 78.013.947 ações ordinárias da Hypermarcas. A companhia esclareceu ainda que a Igarapava S.A, empresa que integra o bloco de controle, e o Credit Suisse quitaram o contrato de empréstimo de ações firmado em 20 de dezembro de 2010. Desta forma, a Igarapava recebeu de volta as ações da Hypermarcas.


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AGROBUSINESS


Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP
Produção de alimentos precisa crescer 40% em 20 anos
A produção global de alimentos deve ser aumentada em cerca de 40% nas próximas duas décadas para evitar o aumento da fome global, indica um estudo britânico divulgado ontem , dia 24/1. O levantamento Foresight Report on Food and Farming Futures, encomendado pelo governo do Reino Unido, levou dois anos para ser finalizado e envolveu 400 especialistas de 35 países. "Sabemos que nas próximas duas décadas a população chegará a cerca de 8,3 bilhões de pessoas", disse John Beddington, um dos cientistas responsáveis pelo estudo. "Temos 20 anos para produzir cerca de 40% a mais de comida, 30% a mais de água potável e 50% a mais de energia", completou. Beddinton afirma que uma das dificuldades de se mudar o sistema atual é que "ele funciona para a maioria das pessoas, mas os que estão em risco têm menos influência nas tomadas de decisões".
As recomendações para o futuro - O estudo enfatiza a necessidade de mudanças na agricultura para que o aumento na produção não comprometa a sustentabilidade. Os pesquisadores dizem que não há "solução única" para o problema e que sua resolução deve ser o resultado do esforço conjunto em várias frentes, combinando o aumento da produção sustentável, de alimentos e energética, com as preocupações com mudanças climáticas. Para isto, os cientistas recomendam não descartar uso de tecnologias como modificações genéticas, clonagem e nanotecnologia. O relatório britânico também recomenda mecanismos para que governos e produtores de alimentos prestem contas a respeito de seus progressos na redução da fome, no combate às mudanças climáticas, na degradação ambiental e no aumento da produção alimentícia.
A produção brasileira - O relatório elogia as políticas sociais adotadas pelo Brasil nos últimos anos. "A experiência brasileira dos últimos dez anos mostra que, se há vontade política, a pobreza e a fome podem ser diminuídas substancialmente", afirma o texto. O estudo cita dados que estimam que, se as políticas sociais não tivessem sido implementadas, a taxa de pobreza brasileira teria sido de 13% em vez de 8% durante o biênio 2004/5. As políticas, de acordo com o estudo, seriam resultado da combinação de "lideranças fortes de dois presidentes sucessivos e uma forte sociedade civil". (Agência BBC Brasil)

Da redação – São Paulo / SP
O preço do milho sobe mais de 60% em um ano
Os preços do milho dispararam no mercado doméstico de um ano para cá e atingiram o maior patamar em dois anos na última semana. Atraso na colheita, demanda forte e problemas na oferta de milho no exterior explicam o aumento. A valorização alcança 66% na região de Campinas, segundo a Safras & Mercado. Lá a saca do cereal saiu do intervalo de R$ 19,30 a R$ 19,50 há um ano para R$ 32 a R$ 32,50 atualmente.
De acordo com o indicador Esalq/BM&FBovespa, considerando a cotação de R$ 31,54 a saca, de sexta-feira, o aumento foi de 63,5% em 12 meses. A cotação foi a maior desde 16 de janeiro de 2008, quando ficou em R$ 31,76, segundo o Valor Data. Ontem, o indicador recuou 0,52%, para R$ 31,38. "Há escassez de milho no Paraná e em São Paulo", afirma Felipe Netto, analista da Safras. Ele observa que a colheita da safra de verão está apenas se iniciando e há algum atraso nos trabalhos no campo por causa das chuvas nas regiões de produção de São Paulo e Minas Gerais. A expectativa é de que a colheita comece entre a primeira e segunda quinzenas de fevereiro nessas regiões, estima Netto. Normalmente, já teria começado. Na prática, a colheita só se iniciou no Rio Grande do Sul, segundo relatório da Céleres. Na avaliação da consultoria, o quadro de preços elevados em relação a 2010 deve permanecer "até que grandes volumes da nova safra entrem no mercado". Isso deve aliviar o problema de oferta visto nesta entressafra do milho, mas os preços ainda poderão ficar firmes, diz.
Segundo o relatório, as chuvas têm atrapalhado também a colheita de soja em Mato Grosso, onde é forte o cultivo de milho da safrinha, semeado depois que oleaginosa é tirada do campo. Isso pode atrasar o plantio do grão, dando sustentação aos preços. Segundo a Céleres, empresas já fazem oferta em dólar pelo milho que será plantado na safrinha para garantir o insumo da ração de aves e suínos. Felipe Netto, da Safras, acrescenta que a demanda por milho é forte, pois há aumento na produção de carnes no país.
O cenário doméstico está sendo influenciado também pelo mercado internacional do milho, onde os preços já subiram 77,10% em 12 meses, como mostram os números da bolsa de Chicago. Ontem, o contrato com vencimento em maio fechou a US$ 6,65, com queda de 2 centavos de dólar. Há um ano, no dia 22 de janeiro, estava em US$ 3,755 por bushel.
O combustível para a alta é a demanda por milho por parte da indústria americana de etanol. Também contribui a forte queda nos estoques de milho, estimados pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). A última previsão mostra que o estoque de milho nos EUA deve ficar em 18,92 milhões de toneladas na safra 2010/11, bem abaixo dos 43,38 milhões do ciclo anterior. Para os estoques mundiais, a estimativa é de 127 milhões de toneladas ante 147 milhões em 2009/10.
Netto lembra que a quebra na safra argentina de milho também sustenta as cotações. "A Argentina é o segundo maior exportador mundial do grão. Uma oferta menor afeta todos", afirma. Na semana passada, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires estimou a safra 2010/11 em 19,5 milhões de toneladas, 850 mil toneladas a menos que o previsto uma semana antes. Além disso, a China deve seguir demandando milho, acrescenta o analista da Safras. Atento às altas, o governo federal já ofertou 1,2 milhão de toneladas de milho em leilões desde novembro passado. Nesta semana, vai leiloar 354,3 mil toneladas. No ano que passou, o Brasil, que exportou 10,8 milhões de toneladas de milho graças aos leilões de PEP, um tipo de subsídio ao frete. (Agência Valor)

Da redação – São Paulo / SP
Desempenho do frango vivo na terceira semana de janeiro
Nem todos pensarão assim. Mas o fato mais relevante no tocante ao desempenho do frango vivo na terceira semana de janeiro e de 2011 foi a manutenção da mesma cotação nos últimos sete dias de negócios. Ou seja: após sofrer quatro reduções de cinco centavos cada em apenas nove dias de negócios (entre 6 e 15 de janeiro), a ave viva parou de cair, chegando a apresentar mudanças também nas condições de mercado que, de fraco passou a estável. Não que possa haver imediata reversão de preços. Mas, aparentemente, o pior deste período já passou, não se esperando a ocorrência de novas baixas neste final de mês, mesmo porque as férias vão, ainda que paulatinamente, terminando e parte da população retorna à rotina. Mas, sem dúvida, o atual preço não satisfaz a ninguém, pois está muito próximo ou é insuficiente para cobrir os custos que permanecem em alta. Por exemplo, 30 dias atrás podia-se pagar um salário mínimo com a venda de 243 kg de frango vivo; hoje são necessários 284 kg – 17% a mais – para pagar o mesmo salário. Isto com o mínimo em R$540,00. Mas o pior mesmo está no principal insumo do frango, o milho. Assim, de nada vale o frango vivo estar valendo, no momento, quase 19% a mais que há um ano (R$1,60/kg nesta data, há um ano), já que a alta do grão nos últimos 365 dias está muito próxima dos 70%. Vai ser preciso uma forte reativação de preços para que o produto volte a proporcionar algum lucro.


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SERVIÇOS & VAREJO



São Paulo / SP
A Eudora vai bater à sua porta
A necessidade de criar uma estratégia de vendas diretas, para concorrer com pesos pesados como Natura e Avon, ronda as decisões do alto escalão do Boticário há pelo menos uma década. Durante anos, o grupo paranaense fez pequenos testes: permitiu a venda em empresas e fez um projeto piloto com catálogos no interior de São Paulo e em Pernambuco. Mas a proposta esbarrou sempre no dilema de canibalizar a rede de lojas. O tempo passou, e a ideia ficou no papel. Após uma série de falsos inícios, a empresa agora virou a estratégia de cabeça para baixo: vai iniciar a venda de porta em porta até abril deste ano, com um nova marca, batizada Eudora. A criação da holding Grupo Boticário, há dez meses, deixou claro que o conglomerado poderia fazer um movimento rápido para iniciar as vendas por catálogo. A reorganização inclui também a abertura de uma empresa para desenvolver negócios, a GKDS, para a qual foram contratados vários executivos com passagem por empresas-símbolo de venda direta, como Tupperware, Avon e Natura. O lançamento e o marketing da Eudora, que será um negócio independente dentro da holding, ficará sob a batuta do executivo Claudio Oporto, vindo da Natura. A estratégia da Eudora é atualmente desenvolvida por 100 profissionais, a maioria deles alocada em um escritório que funciona como "quartel-general" em São Paulo. A linha para venda de porta em porta é tratada pelo grupo como projeto a ser guardado a sete chaves: os funcionários envolvidos assinaram contratos de confidencialidade e a estrutura de vendas será montada por uma consultoria internacional, para evitar que detalhes venham a público. O presidente do Grupo Boticário, Artur Grynbaum, só concordou em falar com o Estado depois que a reportagem apurou no mercado detalhes do projeto.
A previsão de expansão - De acordo com Grynbaum, o desenvolvimento da linha para venda direta é resultado da confluência de dois fatores: a maturação do sistema de franquias do Boticário, que limita a possibilidade de abertura de novas lojas, e o bom momento econômico do País, que estimula o consumo de cosméticos - mercado cujo movimento é estimado em US$ 28 bilhões ao ano, segundo dados da consultoria internacional Euromonitor. "Há uma oportunidade no setor de bens de consumo e decidimos não misturar essa nova estratégia à marca O Boticário, que continuará a seguir seu caminho", explica o executivo.
Segundo o presidente do Grupo Boticário, o catálogo da marca Eudora trará inicialmente apenas artigos de perfumaria e cosméticos - no futuro, entretanto, a marca deverá vender outros produtos de apelo ao público feminino, como lingerie, segundo apurou o Estado. A linha Eudora será produzida na fábrica da companhia, em São José dos Pinhais (PR). Grynbaum explica que a nova demanda poderá ser acomodada em virtude do projeto de expansão da capacidade de produção e distribuição do grupo, que consumirá investimentos de R$ 170 milhões no período entre 2009 e 2012. O executivo afirma que os recursos para a contratação de funcionários e o lançamento da nova marca no mercado, cujo valor não foi revelado, foram gerados pelo caixa do grupo - ele desmente comentários de que teria havido venda de ativos para financiar a empreitada. Grynbaum não revelou como será o lançamento da linha para venda direta, mas adiantou que, ao longo do tempo, a comercialização da Eudora será nacional.
O público-alvo da nova marca - Artur Grynbaum evitou especificar o público-alvo da Eudora, afirmando apenas que será "um segmento diferente do já atendido por O Boticário". Entretanto, segundo especialistas na área, o portfólio da nova marca deverá ser mais popular que o vendido nas franquias, uma vez que a classe C é consumidora cativa do segmento de porta em porta. Na opinião de Marcelo Pinheiro, sócio-fundador da consultoria especializada em vendas diretas DirectBiz, a venda direta pode conviver "pacificamente" com as mais de 3 mil lojas da rede O Boticário no País. Ele afirma que, provavelmente, a linha terá um perfil de preço acessível, como reza a cartilha da venda por catálogo. "O portfólio pode até ter alguns itens de mais valor agregado, como é o caso da linha Renew, da Avon, mas a estratégia não é baseada neles", explica Pinheiro, que já foi executivo das marcas Natura e Jequiti.
O grupo paranaense recentemente testou a força dos produtos mais populares ao criar, para as lojas de O Boticário, duas linhas de custo reduzido: a Intense, de maquiagem, e a Cuide-se Bem, de cremes e produtos para o corpo, com preços de 20% a 60% inferiores aos das opções tradicionais. Embora a empresa não revele detalhes sobre a participação de linhas específicas em sua receita, nos últimos dois anos, quando as opções "emergentes" foram incorporadas ao seu portfólio, o faturamento teve expansão anual superior a 20%.
Para o consultor especializado em franquias Marcelo Cherto, presidente do Grupo Cherto, a migração do grupo para as vendas diretas era inevitável. "Hoje, é o consumidor quem decide como quer comprar, e não a empresa que define como quer vender. A empresa tem de estar disponível em diferentes formas: com lojas próprias, catálogos e venda por internet, além de ficar atenta a opções que estão para surgir, como a venda a partir das redes sociais", afirma. Cherto diz ainda que o movimento do Boticário em direção à venda por catálogo veio até tarde demais. "O fundador da empresa, Miguel Krigsner, tinha uma resistência natural em mexer no formato que se mostrou vencedor por três décadas. A ideia da venda de porta em porta começou a ganhar força quando o Artur (Grynbaum) assumiu a presidência, em 2008", afirma. Segundo o especialista, o estrangulamento do formato de lojas franqueadas da rede virá mais cedo ou mais tarde - não apenas pelo grande número de unidades já em operação, mas também pelos investimentos necessários nesse canal de vendas. "Esse potencial inevitavelmente vai se esgotar. Não existem mais pontos físicos e o custo, especialmente nos shoppings, virou algo obsceno."
A multiplataforma do novo negócio - O consultor diz que o movimento em direção à atuação "multiplataforma" deixa o Grupo Boticário em vantagem em relação aos concorrentes - e pode representar uma chance de a empresa se aproximar da participação da Avon e da Natura nas vendas brasileiras de cosméticos. Para Cherto, é mais fácil para o Boticário implantar uma estratégia de venda direta do que para a Natura, por exemplo, abrir lojas depois de se consagrar pela venda por meio de representantes. "As vendedoras têm uma relação muito forte com a marca que representam. A abertura maciça de lojas pode ser vista como uma traição, o que pode se refletir numa migração de representantes para a concorrência", acredita o especialista. "É por isso que a Natura só tem lojas em aeroportos e unidades para as clientes experimentarem o produto, que funcionam como ponto de apoio para as consultoras."
Ao criar a Eudora para inaugurar o formato de vendas, diz Marcelo Cherto, o Grupo Boticário deve eliminar o fantasma que assombrou a empresa ao longo dos anos: o descontentamento dos franqueados com a possível concorrência de catálogos com produtos da marca principal. Para garantir o bom relacionamento com os lojistas diante da criação da segunda marca, a empresa mantém nos planos o desenvolvimento de uma ferramenta de vendas diretas para O Boticário. O objetivo é que a estratégia seja uma oportunidade de renda extra para os franqueados - cada um deles receberia uma área geográfica para trabalhar o "porta a porta". Em fase de testes há cerca de um ano, ainda antes de a ideia da Eudora surgir, as vendas diretas da marca principal devem ficar na geladeira por mais algum tempo, de acordo com o presidente da holding. "Vamos continuar a avaliar (essa possibilidade), mas será um movimento posterior", esclarece Grynbaum. Pelo menos até o segundo semestre deste ano, todas as forças para a "inauguração" de um novo canal de vendas dentro do grupo fundado há 34 anos estarão concentradas na novata Eudora. (Agência Estado)


Amsterdã / Holanda
Vendas fracas de TVs atingem lucro da Philips no 4o trimestre
A Philips Electronics culpou vendas fracas da área de televisores pelo lucro decepcionante que registrou no quarto trimestre e alertou que os consumidores em mercados maduros estão relutantes em gastar este ano. As ações da companhia tombavam mais de 6% depois que a empresa divulgou os resultados ontem, dia 24/1. Na sexta-feira, a General Electric divulgou resultado melhor que o esperado par ao trimestre e no começo do mês a Siemens divulgou crescimento anual de encomendas no segmento de saúde puxado pela área de equipamentos de imagens. A Philips divulgou lucro líquido de 465 milhões de euros (US$ 649,6 milhões), abaixo da expectativa média de analistas consultados pela Reuters de ganho de 532 milhões de euros. "Os resultados foram decepcionantes por causa da performance mais fraca que a esperada da divisão de consumo", disse Sjoerd Ummels, analista do ING. A companhia divulgou que espera uma retomada no setor de construção, o que deve impulsionar os negócios da empresa com iluminação no segundo semestre. (Agência Reuters)


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COMÉRCIO EXTERIOR

Brasília / DF
Balança comercial tem superavit de US$ 680 milhões na terceira semana
A balança comercial brasileira registrou um superavit de US$ 680 milhões na terceira semana de janeiro, resultado de exportações de US$ 4,272 bilhões e de importações que alcançaram US$ 3,592 bilhões. No acumulado deste ano, o saldo positivo é de US$ 690 milhões, ou uma média de US$ 46 milhões/dia útil. Em janeiro de 2010, a média por dia útil foi um saldo negativo de US$ 8,9 milhões. Em três semanas, as exportações acumularam um montante de US$ 10,936 bilhões, ou US$ 729,1 milhões/dia útil, uma cifra que é quase 30% superior à média das exportações registrada no início do ano passado. Já as importações somaram US$ 10,246 bilhões nesse período, o equivalente a US$ 683,1 milhões/dia útil. Esse número é 19% mais alto na comparação com a média das compras externas registrada em janeiro de 2010. A chamada corrente de comércio (soma das importações e exportações) atingiu US$ 21,182 bilhões, o equivalente a US$ 1,412 bilhão/dia útil. O número representa um crescimento de quase 24% na comparação a média da corrente de comércio registrada em janeiro de 2010.


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TI, WEB & e-COMMERCE


Munique / Alemanha
Facebook vê perspectivas publicitárias além dos jogos
O Facebook, recentemente avaliado em US$ 50 bilhões, vê oportunidade de ampliar seus negócios publicitários para além do segmento de jogos, declarou um executivo da companhia na segunda-feira. O Facebook já está enfrentando grandes concorrentes na Web, como o Google e o Yahoo, na disputa pelo tempo dos internautas e das verbas publicitárias, com base em sua audiência de mais de 50 milhões de usuários e nas informações que eles compartilham. A empresa criou um negócio publicitário significativo com base em jogos sociais, graças a companhias como a Zynga, que desenvolveram jogos especialmente para a plataforma do Facebook, dando ao site uma audiência cativa de entusiastas. "Para uma companhia como a Zynga, o Facebook é de longe a mais eficiente plataforma publicitária mundial", disse o diretor de negócios Dan Rose na conferência de mídia DLD, segunda-feira em Munique."Os jogos tendem a ser o principal indicador", afirmou. "À medida que mais e mais categorias se tornem sociais, haverá certamente oportunidades para nós, do ponto de vista publicitário". "Estamos em meio a uma transformação. Estamos avançando da Web de informação para a Web social. Estamos caminhando da sabedoria das multidões para a sabedoria dos amigos", disse. Rose mencionou música e vídeo como outras categorias de atividades sociais que podem ser as próximas a oferecer oportunidades publicitárias ao Facebook. Perguntado se as empresas de mídia precisavam ir além da integração de seus sites ao Facebook, e passar a experimentar soluções no interior da rede social, ele respondeu: "Talvez. Veremos." Rose disse que o Facebook não tem planos de desenvolver os Facebook Credits, usados atualmente para adquirir produtos virtuais utilizáveis em jogos da rede social, para uso no mundo real. "É uma moeda virtual, concebida especificamente para produtos virtuais", disse.De acordo com documentos enviados este mês pelo Goldman Sachs a potenciais investidores, que constituem a única fonte de informação sobre as finanças da empresa até o momento, o Facebook teve 355 milhões de lucro nos primeiros nove meses de 2010, sobre faturamento de US$ 1,2 bilhão. (Agência Reuters)

Nova Iorque / EUA
Groupon estuda abrir capital nos EUA
O site de compras coletivas Groupon estuda abrir capital em Bolsa. O fundador da empresa, Andrew Mason, disse ontem a tarde, dia 24/1, que está considerando fazer uma oferta pública inicial. "Nos reunimos com vários banqueiros, estamos estudando se faz ou não sentido para nós, mas não tomamos uma decisão ainda. Estamos ainda em fase de aprendizado", afirmou. Segundo uma fonte de mercado, o Groupon está se reunindo com os banqueiros atrás de uma oferta pública inicial de "significativa", que poderia variar entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão. O Groupon rejeitou no início do ano uma oferta do Google para compra do site de compras coletivas no valor de US$ 6 bilhões. Mason não comentou o assunto. O Google está desenvolvendo o seu próprio site de compras coletivas. Com apenas dois anos de existência, o Groupon levantou no início deste ano US$ 950 milhões. A quantia, segundo o fundador, será usada para expansão internacional e para a criação de novas tecnologias. O site oferece descontos de 50% a 70% para em comércios locais. O modelo tem a sua rentabilidade em comissões de até 50% sobre o valor do ticket oferecido pelos comerciantes. Em 2010, a empresa cresceu de três milhões para 50 milhões de usuários em 500 cidades de 40 países. O Groupon não divulga balanços, mas afirma que os seus clientes já economizaram mais de US$ 1 bilhão até agora. "Estamos tentando transformar operações off-line em on-line", disse Manson. Segundo ele, 80% da renda do consumidor foi usada em gastos em até pouco mais de três quilômetros. "Todo mundo adora um bom negócio em um restaurante ou numa depilação". (Agência EFE)


Nova Iorque / EUA
Eric Schmidt vai receber US$ 100 milhões por deixar presidência do Google
O Google vai pagar um prêmio de US$ 100 milhões em ações a Eric Schmidt, cujo posto como presidente-executivo da empresa será assumido pelo cofundador Larry Page. O prêmio, que incluirá ações e opções de ações a serem exercidas em prazo de quatro anos, é o primeiro de Schmidt desde que começou na empresa em 2001, disse um porta-voz. Na semana passada, o Google causou surpresa ao anunciar que Schmidt se tornaria presidente do conselho, em abril, e que seria substituído por Larry Page como presidente-executivo. A notícia foi anunciada no mesmo dia em que o Google reportou resultado muito maior que a expectativa do mercado. Mas embora o Google continue dominando as buscas na internet, vem enfrentando problemas nas redes sociais e ferrenha competição de empresas como Facebook e Twitter, que roubam tráfego da Web e talentos de engenharia. Schmidt declarou que a mudança não era uma reação aos concorrentes, mas um esforço para acelerar o processo decisório na gigante da internet. Em documentos apresentados às autoridades regulatórias, o Google informou que Schmidt apresentou em dezembro um plano para a venda de algumas de suas ações na empresa. "O plano de venda preordenado foi adotado a fim de permitir que Eric venda parte de suas ações no Google como parte de sua estratégia de longo prazo para diversificar seus ativos individuais e aumentar sua liquidez", afirma o documento. Em 31 de dezembro, Schmidt detinha 9,2 milhões de ações do Google, ou 9,6% do capital votante da companhia. Schmidt planeja vender 534 mil ações ordinárias classe A, o que significa que manterá 8,7 milhões de ações do Google, ou 9,1% do capital votante da empresa. (Agence France Presse / AFP)

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INFRAESTRUTURA & LOGÍSTICA


Da redação – São Paulo / SP
CSX registra expansão de 42% no lucro do 4º trimestre
A empresa ferroviária de transporte de cargas CSX reportou lucro líquido de US$ 430 milhões no quarto trimestre, ou US$ 1,14 por ação, alta de 42% em relação aos US$ 303 milhões, ou US$ 0,77 por ação, visto no mesmo período de um ano antes. O resultado foi considerado recorde pela empresa, em sua divulgação de balanço ontem, dia 24/1. A receita do período alcançou US$ 2,8 bilhões, 21% de expansão em relação ao mesmo período do ano anterior. Vale lembrar que o quatro trimestre de 2010 incluiu uma semana extra, o que resulta numa base de dados relativa a 52/53 semanas do calendário fiscal. Ao excluir essa semana, a receita mostra crescimento de 14%. O resultado anual acompanhou o ritmo do último trimestre do ano, com resultados recordes. O lucro líquido somou US$ 1,56 bilhão, ou US$ 4,06 por ação, contra US$ 1,14 bilhão, ou US$ 2,89 por ação, em 2009. Para este ano, a empresa pretende investir US$ 2 bilhões no negócio ao longo do ano para manter o ritmo de crescimento alcançado no ano passado. A CSX atribui o resultado ao reaquecimento da economia americana.


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MERCADO DE LUXO


Zurique / Suíça
Hublot comemora 40 anos do Clube Greengo com relógio Greengo Bang
O famoso hotel Gstaad Palace, na Suíça, foi anunciado como o “mais caro com vista impecável dos Alpes Suíços”, e ele também é a sede do lendário clube noturno chamado Greengo, cujos membros são muito seletos, como a cantora e atriz Julie Andrews, entre outros, em sua lista de convidados. (LEIA na íntegra)


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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras


Da redação – Porto Alegre / RS
Livro reúne histórias dos 80 anos da Cooperativa Vinícola Garibaldi
Ao completar 80 anos de fundação, a Cooperativa Vinícola Garibaldi apresentou aos seus associados, locais e estaduais, lideranças cooperativistas, empresariais e sociais, além de convidados o livro “La Nostra Cooperativa”, escrito pelo jornalista, Cassius André Fanti. O evento aconteceu no sábado, 22 de janeiro, data do aniversário. A organização foi fundada em 1931 por 73 viticultores e chegou a ser a maior cooperativa vinícola do continente americano, com aproximadamente 1,3 mil associados. (LEIA na íntegra)







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