Edição 453 | Ano III

Brasília / DF
Meirelles deve manter Selic em sua despedida do Copom
O Copom - Comitê de Política Monetária - reúne-se nas próximas terça e quarta-feira, dias 7/12 e 8/12, pela última vez sob o comando do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Deverá, conforme a visão amplamente majoritária do mercado financeiro, manter a taxa básica de juros (Selic) nos atuais 10,75% ao ano. Na semana passada, as apostas em alta da Selic já em dezembro estavam crescendo por conta dos recentes (e elevados) índices de preços, mas a decisão do Banco Central e do CMN - Conselho Monetário Nacional - de adotarem medidas para restringir o crédito a pessoas físicas e retirar R$ 61 bilhões de circulação da economia por meio da alta nos depósitos compulsórios derrubou as apostas, sancionando a tese de manutenção da Selic. Foi certamente a última medida de impacto tomada por Meirelles, que sairá do BC com o presidente Lula. Em seu lugar assumirá Alexandre Tombini, já escolhido pela presidente eleita Dilma Rousseff. Dono do recorde de permanência à frente do BC, Meirelles enfrentou pressões internas de petistas no início do primeiro governo de Lula para baixar os juros, principalmente pela ala comandada pelo ex-ministro José Dirceu. Mas ele não as aceitou. Chegou a ser cobrado publicamente por isso pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante uma cerimônia no Palácio do Planalto. "Presidente Lula, o Meirelles tem de baixar os juros", disse Mantega. Meirelles não respondeu. Com sua política, conseguiu manter a inflação sob controle.

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INDICADORES ECONÔMICOS

RESUMO DA SEMANA – 29 de novembro a 3 de dezembro de 2010

IGP-M acelera em novembro - O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou em novembro variação de 1,45%. No mês anterior, a taxa foi de 1,01%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de outubro para novembro: IPA, de 1,30% para 1,84%, IPC, de 0,56% para 0,81%, e INCC, de 0,15% para 0,36%.
Confiança da indústria tem queda em novembro - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas reduziu-se em 1,1% entre outubro e novembro de 2010, ao passar de 114,0 para 112,7 pontos, considerando-se dados com ajuste sazonal.
IPC-S sobe nas sete capitais - O IPC-S de 30 de novembro de 2010 registrou variação de 1,00%, 0,15 ponto percentual (p.p.) acima da taxa divulgada na última apuração. Todas as sete capitais pesquisadas registraram acréscimos em suas taxas de variação.


Indicadores Financeiros
Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro - De acordo com informações divulgadas pelo Banco Central, a base monetária, avaliada pela média dos saldos diários, totalizou R$176,9 bilhões em outubro, ao crescer 2,3% no mês e 21,6% em 12 meses, a partir de expansões mensais de 1,7% no saldo médio do papel-moeda emitido e de 4,2% nas reservas bancárias. Os fluxos mensais dos fatores de emissão monetária apresentaram-se expansionistas nas compras líquidas de divisas pelo Banco Central no mercado interbancário de câmbio, as quais somaram R$12,9 bilhões e na movimentação de R$1,8 bilhão na conta única do Tesouro Nacional.

Índices de Preços ao Consumidor
IPC da Fipe fica em 0,72% na quarta quadrissemana de novembro - A quarta quadrissemana de novembro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apontou inflação de 0,72% na cidade de São Paulo, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado apresentou desaceleração ante 0,77% da prévia anterior. Nas sete classes de despesa que compõem o IPC da Fipe, os resultados apurados foram: Habitação (0,20%), Alimentação (2,02%), Transportes (0,36%), Despesas Pessoais (0,59%), Saúde (0,24%), Vestuário (0,84%) e Educação (0,03%).
Alimentos continuam pressionando a inflação e ICV sobe para 0,93% em outubro - O Índice do Custo de Vida (ICV) calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) foi de 0,93% em outubro, com alta de 0,40 ponto percentual (p.p.) em relação a setembro (0,53%). O grande responsável pela alta foi o grupo Alimentação, que aumentou 1,03% em setembro e 2,47% em outubro. As taxas por estratos de renda de outubro foram superiores às de setembro e continuaram a manter forte correlação negativa com o poder aquisitivo das famílias: 1º estrato (1,18%), 2º estrato (1,08%) e menor para o 3º (0,79%).
Preços dos alimentos básicos sobem nas 17 capitais pesquisadas - Todas as 17 capitais brasileiras onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica registraram, em novembro, alta no preço dos gêneros alimentícios essenciais. Os aumentos foram mais expressivos nas cidades de Manaus (9,28%), Fortaleza (8,03%), Vitória (6,70%) e Brasília (5,57%). As menores variações foram verificadas em Porto Alegre (1,04%), Belém (2,02%), Natal (2,42%) e Salvador (2,66%). Ainda que em sete localidades as elevações para o custo da cesta tenham superado as de São Paulo (4,26%), a capital paulista continuou a registrar o maior valor para produtos básicos (R$ 264,61), com um valor bem acima do apurado em Manaus (R$ 250,56). O terceiro maior custo ocorreu em Porto Alegre (R$ 249,78). Os menores valores foram anotados em Aracaju (R$ 179,78) e João Pessoa (R$ 193,49), as duas únicas capitais onde o preço ficou abaixo dos R$ 200.

Indústria
PIM: Produção industrial cresce 0,4% em outubro - Em outubro de 2010, a produção industrial cresceu 0,4% na comparação com o mês anterior, na série livre de influências sazonais, após dois meses praticamente estável (-0,1% em agosto e 0,1% em setembro). Em relação a outubro de 2009, houve avanço de 2,1%, desacelerando o ritmo de alta frente aos resultados anteriores. Já o acumulado nos primeiros 10 meses do ano ficou em 11,8%, mesmo índice da taxa anualizada (acumulado nos últimos 12 meses), que manteve a trajetória ascendente iniciada em outubro do ano passado e alcançou a taxa mais elevada da série histórica.

Setor Público
Política Fiscal - Segundo dados divulgados pelo Banco Central, as estatísticas de dívida líquida e necessidades de financiamento do setor público passaram a excluir de sua abrangência as empresas do Grupo Eletrobras, seguindo o que prevê o Decreto nº 7.368, de 26.11.2010, que dispõe sobre a programação orçamentária e financeira do Governo Federal. O superávit primário do setor público consolidado, já excluindo a Eletrobras, alcançou R$9,7 bilhões em outubro. O Governo Central registrou superávit de R$7,2 bilhões e os governos regionais, de R$2,5 bilhões. As empresas estatais, por outro lado, registraram déficit de R$9 milhões. No acumulado no ano, o superávit primário alcançou R$86,7 bilhões (2,99% do PIB), comparativamente a R$52,3 bilhões (2,04% do PIB) no mesmo período do ano anterior. O superávit acumulado em 12 meses alcançou R$99,1 bilhões (2,85% do PIB).

Setor Externo
Novembro registra exportações de US$ 17,688 bilhões - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio informou que as exportações brasileiras alcançaram US$ 17,688 bilhões (média diária de US$ 884,4 milhões) em novembro e as importações somaram US$ 17,376 bilhões (média diária de US$ 868,8 milhões). A corrente de comércio no mês foi de US$ 35,064 bilhões (média diária de US$ 1,753 bilhão) e houve superávit de US$ 312 milhões (média diária de US$ 15,6 milhões). Em relação a novembro do ano passado, na comparação pela média diária, as exportações aumentaram 39,8% e as importações, 44,3%, enquanto o saldo comercial diminuiu 48,9%. Na comparação com outubro deste ano, as exportações caíram 3,8%, as importações cresceram 5,1% e o saldo comercial teve queda de 83,2%.

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Asiáticas encerram estáveis após rali
As Bolsas de valores da Ásia encerraram sem direção comum nos pregões de hoje, dia 6/12, em meio a uma pausa dos investidores após um rali que levou as ações da região a avançarem para os maiores níveis em três semanas. O movimento ocorreu também após o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) ter informado que está disposto a injetar mais dinheiro na economia, além dos US$ 600 bilhões anunciados em novembro.
- O índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífico, exceto Japão, exibia às 7h50 (horário de Brasília) oscilação positiva de 0,03%, depois de ter avançado quase 4% na semana passada.
- A Bolsa de Tóquio teve desvalorização de 0,11%, a 10.167 pontos, com empresas exportadoras como a Canon sob pressão do enfraquecimento do dólar, que ficou perto do menor nível em duas semanas contra o iene.
- Em Sydney, o mercado fechou em queda de 0,12%, a 4.688 pontos. Apesar disso, investidores compraram ações da mineradora australiana focada na África Riversdale, depois que a Rio Tinto fez uma oferta de aquisição de 3,5 bilhões de dólares. As ações da Riversdale dispararam 15,67%.
- A Bolsa de Seul registrou desvalorização de 0,18%.
- A Bolsa de Xangai avançou 0,52%.
- Hong Kong teve baixa de 0,36%.
- Taiwan subiu 0,91%.
- Cingapura ganhou 0,28%.
Análise - Falando em um programa de TV durante uma hora, o presidente do Fed, Ben Bernanke, afirmou que o banco central norte-americano pode acabar comprando mais que US$ 600 bilhões em títulos do governo dos Estados Unidos que havia se comprometido em adquirir caso a economia não responda ou o desemprego se mantenha muito elevado. Os comentários de Bernanke foram feitos depois que dados de emprego dos EUA divulgados na sexta-feira mostraram criação de 39 mil vagas e um inesperado aumento na taxa de desemprego para o maior nível em sete meses: 9,8%. "A perspectiva de persistentes medidas de "quantitative easing" pelas grandes economias é uma força poderosa no mercado. Está tendendo a superar outros importantes fatores do mercado, como políticas monetária mais restritivas na China", disse Greg Gibbs, estrategista do RBS. "Parece que as principais tendências no mercado foram reforçadas, recursos continuarão fluindo fortemente para a Ásia e as commodities seguirão bem cotadas."

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - O índice geral da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu nesta segunda-feira em alta de 23,22 pontos (0,40%), aos 5.768,54. O barril de petróleo Brent para entrega em janeiro abriu em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 91,95, US$ 0,53 mais que no fechamento da sexta-feira.
- Frankfurt / Alemanha - O índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu nesta segunda-feira em alta de 0,32%, aos 6.970 pontos. O euro abriu nesta segunda-feira em baixa no mercado de divisas de Frankfurt cotado a US$ 1,3349, frente aos US$ 1,3383 da rodada anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na sexta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3246.
- Madri / Espanha - O índice Ibex-35 da Bolsa de Valores de Madri abriu nesta segunda-feira em baixa de 56,30 pontos (0,56%), aos 9.959, enquanto o Índice Geral da Bolsa de Madri, com quatro de seus seis setores em negativo, retrocedia 0,60%, para 1.016 pontos.
- Roma / Itália - O índice seletivo FTSE-MIB da Bolsa de Valores de Milão abriu nesta segunda-feira em alta de 0,35%, aos 20.191,76 pontos. Por sua vez, o índice geral FTSE Italia All-Share subia 0,34%, para 20.889,88 pontos.
- Paris / França - O índice de referência da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, abriu em alta de 0,20%, aos 3.759,09 pontos.

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MERCADO FINANCEIRO

Brasília / DF
Banco Central aponta suspeitos no Panamericano
O relatório do Banco Central (BC) sobre o caso do banco Panamericano aponta 14 executivos como "supostos responsáveis" pelo rombo de R$ 2,5 bilhões descoberto recentemente no banco do apresentador de TV Silvio Santos. Além dos oito ex-diretores, cuja citação já era esperada, o Banco Central incluiu na relação os então membros do conselho de administração. Entre eles, Luiz Sebastião Sandoval, ex-presidente do Grupo Silvio Santos, e Guilherme Stoliar, sobrinho do apresentador e atual presidente do grupo. Na época em que as fraudes foram cometidas, o primeiro era presidente do conselho do Panamericano. Stoliar era um dos membros.
Crime do colarinho branco - O relatório sucinto de ocorrência, do processo 1001496607, deve chegar esta semana à Polícia Federal. O Banco Central não atribui crime aos executivos, mas sugere eventual enquadramento na lei do colarinho branco, que trata de crimes contra o sistema financeiro, nos artigos 4, 6 e 10. Nesses casos, a legislação prevê multa e pena de reclusão de até 12 anos para administradores de instituições financeiras condenados por gestão fraudulenta, por induzir a erro sócios, investidores ou autoridades públicas e por falsificar demonstrações financeiras. De acordo com o relatório do Banco Central, o banco Panamericano adotou, "de forma sistemática e contínua, procedimentos de contabilização irregular", que provocaram a necessidade de uma injeção de mais de R$ 2 bilhões no patrimônio da instituição financeira. O documento não menciona o rombo calculado em R$ 400 milhões nas operações com cartões de crédito, porque essa área não está sob sua responsabilidade.
Os auditores do Banco Central identificaram dois tipos de fraudes: registro em balanço de ativos que não existiam, no valor de R$ 1,4 bilhão, referentes a carteiras de crédito que já tinham sido vendidas a outras instituições; e omissão na contabilidade de um passivo de R$ 670 milhões. O objetivo era inflar o balanço do banco. "A extensão das irregularidades e a relevância dos valores envolvidos colocaram em risco a continuidade da própria instituição", afirma o relatório do BC. O banco só não quebrou porque Silvio Santos tomou empréstimo de R$ 2,5 bilhões no Fundo Garantidor de Crédito para cobrir o rombo, dando seu patrimônio como garantia.
As responsabilidade - Os oito ex-diretores do Panamericano seriam responsáveis, segundo o Banco Central, pela publicação de demonstrações financeiras "que não refletiam a real situação econômica do banco, induzindo a erro clientes, investidores, Banco Central e o sistema financeiro nacional em geral". Procurados, Rafael Palladino, ex-presidente do banco, e Rafael de Aro, ex-vice-presidente e responsável pela auditoria interna da instituição, não quiseram se manifestar. Os membros do conselho de administração entraram na relação de supostos responsáveis porque, segundo o BC, tinham poder para "eleger e destituir diretores, bem como fiscalizar a gestão deles, solicitar informações", além de aprovar as regras operacionais do comitê de auditoria, entre outras atribuições. O conselho do Panamericano tinha sete pessoas. Além de Luiz Sandoval e Guilherme Stoliar, pessoas da mais absoluta confiança do Silvio Santos, faziam parte Rafael Palladino, o ex-presidente, e nomes conhecidos do mercado financeiro, como Wadico Bucchi, ex-presidente do BC, e o consultor Luis Paulo Rosemberg. Procurados pela reportagem, Sandoval não quis comentar a inclusão de seu nome no relatório do BC. Stoliar, Bucchi e Rosemberg não deram retorno. (Agência Estado)


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AGROBUSINESS


São Paulo / SP
Plantio direto favorece vida de micro-organismos do solo
Apesar dos relatos de agricultores e de trabalhos científicos que comprovam a contribuição do plantio direto para a conservação e o manejo sustentável do solo, a possibilidade de sequestro de carbono pelo plantio direto foi contestada pelo grupo coordenado pelo pesquisador do USDA/EUA John Baker, na revista Agriculture, Ecosystems and Environment, 2007. “Esta grupo de pesquisa afirmava que os incrementos na matéria orgânica do solo ocorrem somente na camada superficial do solo do plantio direto, até no máximo 30 cm, sendo inferiores aos teores encontrados no plantio convencional nas camadas mais profundas”, comenta a coordenadora do estudo, a pesquisadora da Embrapa Soja Mariangela Hungria.
Ao rever estes resultados, o grupo de pesquisa coordenado por Mariangela avaliou os níveis de carbono (C) e de nitrogênio (N) da matéria orgânica, além da biomassa microbiana, que contabiliza toda a massa de micro-organismos do solo, em uma camada de 0-60 cm de solo. Em comparação com o plantio convencional, o plantio direto aumentou os estoques de C (18%) e de N (16%) da matéria orgânica do solo, bem como o C (35%) e o N (23%) contidos na biomassa microbiana. O ganho do plantio direto, em comparação com o plantio convencional foi de 800 kg de C/hectare/ano. “Esses resultados representam um subsídio importante para os agricultores negociarem créditos de C pela adoção do plantio direto”, explica Mariangela.
Para a pesquisadora, os benefícios do plantio direto estão diretamente relacionados às melhores condições oferecidas aos organismos do solo. O estudo aponta que 70% da biomassa microbiana no plantio direto encontra-se na camada de 0-30 cm, sendo esse valor 82% superior ao da biomassa no plantio convencional “É essencial, portanto, cuidar dessa camada superficial do solo, evitando práticas inadequadas de manejo que possam resultar em perdas na atividade microbiana, pois aí está a verdadeira riqueza do PD”, afirma Mariangela.
A pesquisadora afirma que em vários estudos conduzidos nos últimos dez anos, conseguiu-se comprovar que os micro-organismos são os melhores indicadores de qualidade de solo, conseguindo detectar alterações de modo mais rápido e preciso do que qualquer outro parâmetro físico ou químico. “Agora não há mais dúvidas sobre os benefícios do plantio direto, pelo menos, para as condições da Região Sul do Brasil”, comenta Mariângela. Os resultados desse trabalho compuseram a dissertação de mestrado da aluna Letícia Babujia, orientada pela pesquisadora Mariangela e acaba de ser publicado na revista “Soil Biology and Biochemistry”, hoje em primeiro lugar na lista de revistas de maior impacto em ciência do solo. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Embrapa Soja)

Da redação – Porto Alegre / RS
Grupo de mulheres de comunidade de assentados no interior do RS dão a receita de empreendedorismo
Muita disposição e persistência movem um grupo de assentadas de Tupanciretã/RS, que há pouco mais de três meses fundaram uma padaria comunitária na sede do assentamento Conceição. O grupo fornece produtos para seis escolas estaduais e 12 municipais. A entrega chega a 700 pacotes de bolacha, 1.660 pãezinhos e 312 pães de forma por mês, superando as expectativas iniciais. “Na primeira distribuição foram apenas 171 pacotes de bolacha, mas como caiu no gosto dos alunos, já no mês seguinte tivemos de aumentar a produção”, conta a tesoureira do grupo, Cloreci Lúcia Balin.
O grupo é formado por seis mulheres - Sem qualquer aporte financeiro, elas apostaram no mercado que apresentava demanda e buscaram empréstimos e financiamentos particulares para começar a produção. “Estávamos nos organizando para 2011, só que tinha este espaço da merenda escolar, que foi fundamental para começarmos”. A participação do grupo no PNAE iniciou no final de setembro. Os recursos iniciais foram angariados em um almoço organizado pelo grupo em junho, que resultou em um lucro de R$ 1.234,40. Com este dinheiro compraram um forno usado. Depois, com os financiamentos, adquiriram outros equipamentos e reformaram a casa da antiga sede do assentamento, onde foi instalada a padaria Novos Horizontes.
Já no primeiro mês de funcionamento, as mulheres pagaram 30% das dívidas, e hoje, dois meses depois, elas quitaram os custos de implantação e comemoram os primeiros lucros. “Tínhamos muita vontade, mas não havia dinheiro. Mesmo assim resolvemos apostar e o principal investimento foi na gente, trabalhando sem parar”, acrescenta Lúcia. Desde o início das atividades, o faturamento bruto da panificadora ultrapassou R$ 12 mil. O maior custo é com o transporte para entrega dos produtos às escolas, que é terceirizado e custa R$ 420 por mês. A expectativa para o próximo ano é atender todas as escolas públicas de Tupanciretã, expandindo também para a rede de ensino de Cruz Alta, já que o assentamento fica na divisa entre os dois municípios.
Organização e determinação - Para implantar a padaria, as assentadas contaram com um estudo de viabilidade econômica, realizado pela prestadora de assistência técnica contratada pelo Incra, a a técnica Juliana de Almeida da Costa, da Cooperativa de Prestação de Serviços Técnicos (Coptec). “As mulheres estavam bem organizadas. Elas pretendiam tirar limpo R$ 600 por mês, mas o estudo mostrou que no início seria viável somente R$ 545 por pessoa. Mesmo assim elas seguiram adiante sem desanimar”, comenta a técnica. O grupo prioriza a gestão coletiva. Todos os meses as mulheres fazem revezamento de função, com o objetivo de conhecerem os processos de administração e as etapas de produção do empreendimento. Gastos e lucros são anotados rigorosamente em um caderno e depois, com ajuda dos técnicos são passados para planilhas elaboradas em computador. A iniciativa dinamizou também, a economia do próprio assentamento, pois a banha, os ovos e o leite para as receitas são adquiridos de outros assentados. Na cidade, o grupo compra farinha, sal, açúcar e embalagens plásticas. Além dos produtos para alimentação escolar, a padaria oferece cucas, bolos e massas, que são vendidas no assentamento e no comércio local. “O grupo virou um referencial no assentamento, porque as mulheres saíram de casa e assumiram uma posição fora do lar. Mais que isso, elas estão tirando uma renda própria, que no final das contas, ajuda a melhorar a vida de toda a família”, garante o assentado Solon Balin, esposo de Lúcia. O assentamento Conceição é estadual e foi reconhecido pelo Incra em 2000. Possui 62 famílias que têm a produção leiteira como principal fonte de renda. (Fonte: Assessoria de Comunicação Social MDA/Incra)

São Paulo / SP
Frango vivo volta a atingir preço recorde
O preço do frango vivo voltou ao patamar recorde, em termos nominais. A cotação atual, R$ 2,00/kg, já havia sido registrada em setembro de 2010, sendo historicamente o maior preço encontrado. Já o frango resfriado recuou, em função da redução normal de consumo, típica do final de mês e está cotado em R$3,08/kg. Ainda assim, este tem sido um ano de preços recordes também para a carne de frango. As cotações registrados no mercado de frango são frutos do mercado interno. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em novembro, o volume exportado de carne de frango foi de 286 mil toneladas, queda de 3% comparada a outubro. O faturamento, por outro lado, cresceu 6% nos dois últimos meses, saindo de US$491 milhões, para US$519 milhões em novembro. O valor médio da tonelada exportada foi de US$1,82 mil, alta de 8,5% em dois meses. (Fonte: Scot Consultoria)

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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP
A GM deixa a Fiat Strada disparar na liderança das picapes
A Fiat reina no segmento de picapes. A cada mês, vende 12 mil unidades da Strada, uma das peça-chaves para a montadora manter a liderança geral no Brasil. Para tentar desbancar a líder, aparecem a novata Hoggar, primeira picape leve da Peugeot, e a veterana Montana (GM), agora renovada sobre a plataforma do Agile. O desafio não é fácil. A Hoggar enfrentou dificuldades na criação porque era preciso explicar aos franceses que aqui existe o segmento de picapes compactas. A engenharia, pelo menos, acertou a mão. O modelo tem boa dirigibilidade e consegue ser utilitário sem perder o conforto de carro. Outra vantagem é ter a maior caçamba da categoria: 1.151 litros. Mesmo assim, emplaca só 500 unidades por mês, um terço do planejado. A Strada é mais dura, para aguentar o trabalho, mas sacode demais os ocupantes. Já a Saveiro tem dirigibilidade de carro, que pode ser mole demais para os picapeiros mais ortodoxos. Depois da reestilização, as vendas da Saveiro dobraram (5.000 unidades por mês), mas ainda estão distantes das da Strada. Já a Chevrolet aposta na "cara enorme" do Agile para recuperar a Montana. O conjunto da dianteira ficou mais proporcional na picape. A traseira da GM é mais controversa que o para-choque com dentadura da Hoggar Escapade. Culpa da GM ou não, foram vendidas só 2 mil Montana em outubro. O motor da Chevrolet é o menor entre as rivais e sofre um pouco mais, como mostra o teste Folha-Mauá. A Hoggar aventureira, com o motor 1.6 (até 110 cv), sai por R$ 43,5 mil, com ar-condicionado e direção hidráulica. É o mesmo valor da Montana Sport 1.4 (até 102 cv), que tem faróis automáticos, freios ABS e airbag. A Saveiro oferece melhor custo-benefício. O motor 1.6 (até 104 cv) é lento em retomadas, mas o modelo fica em R$ 38.610, com ar, direção e vidros e travas elétricos. A Strada, na versão Adventure, é completa e tem o melhor desempenho com o motor 1.8 (até 114 cv). A Fiat, porém, salga no preço e pede R$ 48 mil. A Trekking, 1.4 (até 81 cv) parte de R$ 37 mil.

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SERVIÇOS & VAREJO


Da redação – São Paulo / SP
Lupalupa pretende abrir lojas nos Estados Unidos
A Lupalupa, depois de um ano de grande expansão pelo Brasil (pulou de 40 para 70 lojas), planeja levar seus óculos de sol às praias americanas. Em 2011, deve abrir duas franquias na Flórida, nos Estados Unidos. Antes, a prioridade era levar a marca para Portugal e Argentina, mas estudos de mercado mudaram o plano. A Lupalupa espera que as duas unidades americanas colaborem para um aumento de 20% no faturamento de 2011. O potencial do mercado dos EUA foi medido a partir da constatação de que lá há, de um lado, grandes grifes de óculos, como Chanel, Gucci e Dolce&Gabbana; de outro, genéricos chineses. Faltaria ali, então, uma marca própria que tivesse preço acessível. Toda a coleção da Lupalupa (100 modelos, sendo dez novos a cada semana) deve ser levada para os Estados Unidos, e o preço será parecido com o que é praticado no Brasil, onde o tíquete médio é de R$ 150 (o equivale hoje a US$ 88). No Brasil, a Lupalupa planeja crescer nas regiões Norte e Nordeste no ano que vem.

Aracajú / Sergipe
Casas Bahia abre operação em Aracaju
A Casas Bahia abriu nesta semana sua primeira loja em Sergipe, no shopping RioMar, na capital Aracaju. A loja, com 750 metros quadrados de área de vendas, tem foco em produtos de alta tecnologia. Desde 2009 no Nordeste, a Casas Bahia conta com 26 lojas no Estado que lhe deu o nome.

Da redação – São Paulo / SP
PBKIDS projeta crescimento de 13% no Natal
A rede de brinquedos PBKIDS espera, para esta temporada de Natal, um crescimento de 13% nas vendas na comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa, com 53 pontos de venda no mercado brasileiro, projeta uma elevação de até 8,5% no tíquete médio, para R$ 137. O estoque das lojas está 15% maior que em 2009.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Classe C impulsiona consumo de produtos piratas
De acordo com a Fecomércio-RJ, a classe C está impulsionando o aumento do consumo de produtos piratas no Brasil, mas o hábito se alastra por todas as classes sociais e faixas etárias. Um estudo divulgado pela entidade mostra que 70,2 milhões de pessoas consomem produtos piratas no Brasil, ou 13,8 milhões mais que em 2006. A parcela de consumidores da classe AB que consome produtos piratas caiu nos últimos cinco anos, mas permanece elevada: em 2006, 53% dos consumidores dessa classe consumiam piratas, contra 47% em 2010.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Da redação - Brasília / DF
Cai a participação do frango brasileiro na União Europeia
Dados coletados pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) mostram que a participação da carne de frango brasileira no mercado da União Europeia (UE) deve, em 2010, sofrer nova redução, fato que ocorre pelo segundo ano consecutivo. De 2008 para 2009, o volume de carne de frango exportado pelo Brasil para a UE teve sua participação reduzida de 76,30% para 75,20% - uma perda de 1,44%. Já em 2010 (dados relativos ao período janeiro-setembro) a perda foi mais significativa (-4,12%), porquanto a participação brasileira recuou para 72,1%. Entre 2008 e 2010 a participação brasileira sofreu redução de 5,5% e só não foi maior (em valores relativos) que a da Argentina (-13%). Mas isto não tem o menor significado, pois enquanto o volume que a avicultura argentina deixou de exportar para a UE neste ano caiu (em relação ao ano passado) menos de 4 mil toneladas, a queda brasileira foi de, praticamente, 80 mil toneladas segundo o USDA. Apesar de tudo, o Brasil permanece como o maior fornecedor de carne de frango da UE. Mas precisa estar atento a essa perda de participação. Mesmo porque o segundo fornecedor da UE, a Tailândia, elevou sua participação em 14% nos últimos dois anos.


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TI, WEB & e-COMMERCE

São Paulo / SP
Para 2011 a mobilidade será o pesadelo da área de segurança
Não são apenas as festas de fim de ano que marcam o mês de dezembro. Esta é, também, uma época de reflexão sobre o ano que termina, e de questionamento sobre tendências. O mês é recheado de listas de dez mais e previsões sobre todo tipo de assunto. Portanto, é o momento de contribuir com a onda de prognósticos para 2011 no que diz respeito a segurança – claro que com ajuda de algumas fontes.
1. Ataques de precisão - Os ataques de malware em geral já evoluíram ao longo dos anos, deixando aquele antigo perfil de bomba-arrasa-quarteirão para tomar a forma de ataques discretos, feitos para roubar dinheiro de usuários de Internet Banking ou coletar informações de identidade (também, em muitos casos, para roubar dinheiro). Essa evolução persistirá, com ataques ainda mais precisos. Uma mensagem no blog da MessageLabs explica: “Um dos avanços mais ameaçadores em malware durante 2010 ampliou a variedade de alvos para além dos PCs e servidores: trata-se do Stuxnet, cavalo-de-Troia que atacou controladores lógicos programáveis. Este malware especializado escrito para contaminar instalações fabris terá continuidade em 2011, estimulado pelas grandes somas de dinheiro disponíveis para organizações criminosas e um baixo risco de punição legal.” O ano de 2010 viu o surgimento do worm Stuxnet – desenvolvido aparentemente com a intenção de sabotar o reator nuclear iraniano – e o ataque contra a Google e outras grandes empresas, aparentemente orquestrado pelo governo da China (se os documentos do WikiLeaks estiverem corretos). Os ataques por malware são agora uma ferramenta tanto para empresas inescrupulosas como para espionagem entre países, o que dá aos administradores de TI mais uma coisa para se preocupar.
2. Manchetes como isca - A engenharia social consiste em pegar o usuário desprevenido para fazê-lo clicar em links maliciosos ou compartilhar informações sigilosas. É comum ver cibercriminosos explorando notícias de última hora como iscas de malware. Eventos como a Copa do Mundo ou o vazamento de petróleo no Golfo do México são assuntos populares, que atraem amplo interesse. As notícias das manchetes tornam-se com frequência isca para spam malicioso e ataques de phishing, engolindo vítimas indefesas. Os criminosos têm um novo jeito de explorar os eventos mais populares, o que faz crer que o golpe continuará em 2011. Os criadores de malware descobriram como burlar os motores de busca para fazer com que links maliciosos apareçam com destaque nos resultados de busca. A MessageLabs sugere que, em 2011, “em vez de simplesmente promover sites mediante otimização para motores de busca, eles deverão monitorar os sites de forma proativa para identificar níveis de tráfego acima da média motivados por eventos ou notícias quentes na Internet”.
3. O perigo está na web - Os cibercriminosos descobriram há tempos que a web é o jeito mais fácil de penetrar nas redes. Projetados para restringir tráfego não autorizado, os firewalls geralmente bloqueiam atividade na rede em virtualmente quase todas as portas – exceto a porta 80. A web é tão utilizada que os ataques feitos por meio da porta 80 têm muito menos chance de serem notados. E hoje a web não é apenas utilizada como web – ela tem se tornado quase tudo. Webmail e aplicações de produtividade na nuvem agora são parte do cotidiano, o que torna a web um alvo ainda mais atraente. Um porta-voz da Palo Alto Networks explica como essa tendência colabora para aumentar as preocupações com segurança. “A consolidação de várias plataformas de mensagens (chat, mídia social, e-mail) em serviços web (Gmail, Facebook, Yahoo Mail, etc.) vai aumentar – tornando-o um alvo atraente para hackers que querem invadir redes corporativas.”
4. Feche a porta e a janela - Por que ficar batendo a cabeça contra o muro tentando descobrir como passar por uma porta de aço trancada se a janela está aberta? Essa, em resumo, é a mentalidade dos criadores de malware quando o assunto é invadir PCs. A Palo Alto Networks explica: “Hackers vão preferir invadir pela porta dos fundos ou por uma janela lateral em vez de tentar um ataque direto pela porta da frente do Facebook ou outro site de mídia social.” Isso também vale para PCs e dispositivos móveis. Os administradores de TI terão de monitorar e proteger as plataformas primárias – sejam elas Windows, Facebook, smartphone Android, etc. -, mas também terão de se esforçar para assegurar que as várias redes e aplicações às quais essas plataformas estão conectadas não deixem uma janela aberta para ataques.
5. Computação móvel, ideia fixa - Se não bastasse a ameaça representada por parceiros de rede inseguros e aplicações de terceiros mal codificadas, o abandono do velho hábito de ter usuários sentados em locais fixos dispostos dentro do prédio da empresa – dentro, portanto, do “perímetro da rede” – traz um risco adicional. Laptops – sejam netbooks ou notebooks – têm-se tornado a norma e substituído desktops como hardware padrão em muitas empresas. Combinados com a explosão de smarphones e tablets, os usuários agora estão conectados com e-mail, arquivos, e outros recursos com virtualmente qualquer um.
Montar escritório na cafeteria da vizinhança ou em um lobby de hotel pode ser obviamente conveniente, mas é um pesadelo para a segurança. Redes públicas de acesso são candidatas preferenciais para snooping – o ato de bisbilhotar conexões Wi-Fi – e o simples acesso a informações sigilosas em uma área pública pode involuntariamente expor seus dados. Os administradores de TI podem se proteger contra essas ameaças exigindo que se faça uma conexão VPN segura para se conectar com recursos da empresa, além de implementar políticas de prevenção para usuários que precisam trabalhar em áreas públicas. Contudo, lidar com dados sensíveis armazenados em dispositivos móveis é uma questão mais complicada.
A mesma portabilidade que torna aparelhos como netbooks, tablets, e smartphones tão convenientes também os torna objetos fáceis de roubar ou perder. Esses aparelhos têm geralmente vários gigabytes de capacidade, e podem guardar dados importantes. Os cibercriminosos sabem disso, e os aparelhos móveis serão um algo comum de roubo – tanto casual, por causa do valor do aparelho em si, como em golpes mais planejados, voltados para roubo de aparelhos de executivos ou funcionários-chave. (Agência PC World)

São Francisco / EUA
Facebook oferece MBA da London School of Business
A London School of Business and Finance, organização de renome no segmento de formação universitária, abraça a rede social Facebook e apresenta seu programa de MBA, uma pós-graduação de nível intermediário entre a especialização e o mestrado. Segundo a página do curso na rede social, a intenção é semelhante a de outros cursos a distância: "oferecer uma experiência de MBA de primeira classe que permita aos estudantes de todo o mundo estudar na hora que quiser e em seu próprio ritmo". A diferença é que, neste caso, será necessário baixar um aplicativo e partilhar com a a sua rede de contatos e outras informações. A pós, com todas as provas e créditos, sai em torno de 23 mil dólares. O curso é gratuito - os alunos só pagam para realizar as provas e receber os créditos das cadeiras a que assistirem. O portfólio da LSBF inclui programas de gestão, finanças, marketing e Legislação Empresarial. Até o momento, mais de 30 mil alunos já tomam parte das aulas do curso, que é chancelado pela University of Wales. Por US$ 23 mil é possível fazer o MBA da London School of Business. Via Facebook. (Agência IDG Now!0

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INFRAESTRUTURA & LOGÍSTICA


São Paulo / SP
Libra planeja investir R$ 1,2 bilhão nos próximos 5 anos
O Grupo Libra, responsável por 15% de toda a movimentação de contêineres do Brasil, vai investir R$ 1,2 bilhão em cinco anos para dobrar a capacidade instalada de seus terminais e criar novas alternativas de logística para seus clientes. Na estratégia de crescimento, o conglomerado não descarta nem uma possível fusão ou aquisição de ativos, seja na atividade portuária, seja em outros serviços de transportes, informou o presidente da empresa, Marcelo Araújo. Segundo ele, embora os preços estejam altos, há oportunidades de negócios no País. ?Estamos entrando numa segunda fase dos terminais portuários. A primeira foi a das superestruturas e modernização. Daqui para a frente temos de ampliar essa estrutura, que se esgotou com o forte aumento da demanda?, afirma o executivo, que está desde 2007 à frente da holding. Antes, Araújo passou por Natura, Shell, CSN e Camargo Corrêa. As instalações do Porto de Santos, maior da América Latina, vão receber a maioria dos investimentos, de R$ 550 milhões. Os recursos serão aplicados especialmente na integração dos terminais - processo que já foi aprovado pela autoridade portuária (Codesp) e está em análise na Advocacia Geral da União (AGU) e na agência reguladora (Antaq). Com a unificação, a Libra passará a ter 1,7 mil metros de berço continuado, entre os terminais 33 e 37, em Santos. Hoje, a empresa opera cinco áreas no estuário, algumas separadas fisicamente. O processo ampliará a capacidade estática do terminal, de 12 mil para 22 mil Teus (equivalente a um contêiner de 20 pés). Além disso, possibilitará receber um número maior de navios, simultaneamente. A expectativa é de que, após aprovado o processo pelas autoridades responsáveis, as obras estejam concluídas em 18 meses. (Agência Estado)


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TELECOM


São Paulo / SP
Empresas investem R$ 9 bilhões em expansão no mercado brasileiro
As operadoras móveis e fixas investiram R$ 9,5 bilhões no Brasil nos primeiros nove meses deste ano. Esse montante foi aplicado em expansão, modernização e melhoria da qualidade dos serviços, constata levantamento realizado pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil).
Desde 1998, ano da privatização das telecomunicações no Brasil, os investimentos totais do setor somaram R$ 186,2 bilhões, sem contar os R$ 37,6 bilhões aplicados, de 1997 a 2008, na aquisição de outorgas para a prestação dos serviços.
Os investimentos das teles foram para sustentar o crescimento da base de clientes dos serviços de telecomunicações no Brasil, que encerrou o terceiro trimestre com 255,1 milhões de usuários, somando consumidores de telefonia fixa, celular, banda larga e TV por assinatura. Esse número representa aumento de 13% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, quando havia 225,7 milhões de usuários. De janeiro a setembro deste ano, 20,8 milhões de novos clientes entraram no mercado e, considerando o terceiro trimestre do ano passado, a adesão aos serviços prestados pela iniciativa privada sobe para 29,4 milhões.
Em números absolutos, o maior destaque continua sendo a telefonia celular, que adicionou 25,4 milhões de clientes em relação à base do terceiro trimestre do ano passado e 17,5 milhões de janeiro a setembro de 2010. No fim do terceiro trimestre deste ano, o número de celulares ultrapassou 191,5 milhões, apresentando uma evolução de 15,3% frente ao mesmo trimestre de 2009. Pela primeira vez temos no Brasil mais celulares que habitantes. A telefonia fixa chegou a 41,8 milhões de usuários, mostrando uma ligeira recuperação de 0,7% no período.
Mercado de banda larga - A banda larga fixa e móvel fechou o mês de setembro com 30,6 milhões de acessos, registrando um espetacular crescimento de 76% frente a setembro de 2009, quando havia 17,4 milhões de acessos. Só em 2010, de janeiro a setembro, 10,6 milhões de novos acessos foram ativados. Do total de acessos registrados no fim do terceiro trimestre de 2010, 12,8 milhões correspondem à banda larga fixa, 12,1 milhões aos celulares de terceira geração (3G) e 5,7 milhões aos modems de acesso à internet móvel. No caso dos celulares 3G, a base de clientes cresceu mais de cinco vezes nos 12 meses, passando de 2,3 milhões em setembro de 2009 para 12,1 milhões em setembro de 2010. Já o total de modems cresceu 39,8%, subindo de 4 milhões para 5,7 milhões no período, e a banda larga fixa apresentou crescimento de 16,4%.


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MERCADO DE LUXO


São Paulo / SP
Gráfica britânica de luxo instala unidade no Brasil
Envelopes forrados à mão e convites com bordas de ouro são alguns dos mimos que a realeza britânica costuma encomendar à gráfica de luxo Barnard & Westwood. Sediada em Londres há 80 anos e com processos artesanais, a empresa desembarca neste mês no Brasil de olho na expansão no mercado de luxo, que deverá movimentar cerca de R$ 15,1 bilhões em 2010, segundo a MCF Consultoria. (LEIA na íntegra)


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MÍDIA


São Paulo / SP
Nanopublicidade é o novo conceito do século 21
O publicitário Roberto Guarnieri é o criador do termo e lançou um livro digital (e-book). Ele é presidente global do A1.Group, agência de publicidade fundada em 1996 e hoje com unidades na Argentina, Colômbia, Chile, Peru, Espanha, Portugal, México, Estados Unidos, Angola e Moçambique. Nanopublicidade é seu primeiro livro digital publicado, e o primeiro da Editora Label 1, especializada na criação de e-books e que acaba de chegar ao mercado editorial brasileiro. Nesse bate-bola, ele esclarece o conceito do livro e garante: a Nanopublicidade veio para ficar, não é apenas um nome bonito. (LEIA na íntegra)

Los Angeles / EUA
Walt Disney fecha a venda dos estúdios Miramax por US$ 600 milhões
A companhia Walt Disney fechou a venda dos estúdios Miramax Films por mais de US$ 660 milhões para o grupo de investidores Filmyard Holdings LLC, liderado pelo magnata da construção Ronald Tutor. A transação, que conclui a prolongada busca por um comprador para a Miramax, concede ao grupo Filmyard os direitos de exploração de mais de 600 títulos, com filmes como "Pulp Fiction - Tempo de Violência" e "Shakespeare Apaixonado", segundo informou a edição digital do "The Hollywood Reporter". (LEIA na íntegra)

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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras

Da redação – São Paulo / SP
Consultoria Pezco realiza curso sobre Capital Budgeting
A empresa Pezco – Consultoria e Pesquisa, da São Paulo, traz para o Brasil uma versão compacta do consagrado curso de Capital Budgeting do Prof. Marcos de Arruda, da Drexel Univertsity, oferecido a executivos de grandes empresas dos EUA. Uma das principais decisões da vida de uma empresa se refere aos investimentos de capital. Por exemplo, como selecionar o projeto de longo prazo que vai trazer a maior rentabilidade; selecionar o investimento na nova planta ou unidade; a aquisição de uma nova frota, equipamentos tecnológicos ou instalações; a decisão entre o leasing e a compra; tudo isso, usando teorias e ferramentas financeiras, como a TIR, VPL e o custo médio ponderado de capital (WACC). (LEIA na íntegra)

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ARTIGO


Os desafios para a produção orgânica
por Sylvia Wachsner - diretora da Sociedade Nacional de Agricultura e coordenadora do Projeto OrganicsNet/SNA (LEIA na íntegra)



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