Edição 420 | Ano II

Rio de Janeiro / RJ
Empréstimos do BNDES neste ano devem superar os R$ 137 bilhões de 2009
O presidente do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -, Luciano Coutinho, reconheceu ontem, dia 14/10 que o banco deve desembolsar um volume maior de recursos do que no ano passado. Em 2009, o banco emprestou R$ 137 bilhões para empresas interessadas em fazer novos investimentos. A instituição financeira estimava inicialmente que conseguiria reduzir seu voluime de empréstimos, mas, segundo Coutinho, medidas de estímulo ao mercado de capitais demoraram mais tempo pra sair do que o previsto.
Ele citou ainda a capitalização da Petrobras, que contribuiu para o atraso no anúncio do governo de um pacote de medidas para estimular o aumento da participação do setor privado no mercado de crédito de longo prazo. Coutinho afirma que o pacote será lançado em breve e que o banco deverá fomentar o mercado de debêntures (títulos de dívidas de empresas) com prazo mais longo. O presidente do BNDES manifestou preocupação também com o comportamento do dólar. Para ele, o câmbio é um "grande desafio para as autoridades macroeconômicas". Considerando o "interesse nacional", completa, é temerário permanecer inerte.
O dólar comercial fechou ontem a R$ 1,655, em queda de 0,66%, a menor taxa desde 1/9/2008, portanto, anterior à quebra do banco Lehman Brothers, evento detonador da pior fase da crise financeira mundial. O banco apresentou estudo que afirma que a participação do crédito em relação ao PIB - Produto Interno Bruto - atingirá 70% em 2014. O patamar atual é da ordem de 49,5%. Até lá, o maior crescimento será nos empréstimos para pessoa física.

Da redação – São Paulo / SP
Receita Federal libera hoje megalote de restituições do IR 2010
A Receita Federal libera hoje, a partir das 9h, um megalote do Imposto de Renda. Cerca de 2,7 milhões contribuintes incluídos no quinto lote deste ano serão beneficiados. O valor dos recursos passa os R$ 2,3 bilhões. Este é o segundo maior lote de restituições da história, perdendo apenas para o de dezembro de 2009, quando foram pagos R$ 2,4 bilhões em restituições.

_________________________________________________
MANCHETES - Principais Jornais do Brasil e do Mundo

JORNAIS NACIONAIS
Folha de S.Paulo -
Comitê de Dilma vai ampliar uso de Lula na campanha
Agora S.Paulo - Revisão de benefícios acima do mínimo rende até R$ 8 mil
O Estado de S.Paulo - PT vê disputa 'problemática' e busca votos no Sudeste
O Globo - Polícia ocupa última favela da Tijuca para criar 13ª UPP
Valor Econômico - 'Novas' estatais já têm R$ 24 bi
Correio Braziliense - Lula vai ao ataque
Estado de Minas - Cristiano Machado começa a se tornar via expressa
Diário do Nordeste - Pesquisa: Dilma vence apenas no Nordeste
A Tarde - Pesquisa Sensus dá empate técnico na disputa do 2º turno
Extra - Beltrane contraria chefe de Polícia Civil e diz que toda vítima é igual
Zero Hora - Apoio a Serra aprofunda divisão do PMDB gaúcho

JORNAIS INTERNACIONAIS
The New York Times (EUA) - EUA usam ataque para chamar atenção dos talebans para as negociações
The Times (Reino Unido) - O milagre de San José
The Guardian (Reino Unido) - Polícia teme enfrentar cortes profundos
Le Figaro (França) - CGT organiza a escassez
Le Monde (França) - Sarkozy quer a reforma até o final do quinquênio
China Daily (China) - O comércio com a África, criado para atingir recorde
El País (Espanha) - Otan renuncia eliminar as armas atômicas em solo europeu

_______________________
MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia caem com dados dos EUA, mas Xangai fecha em alta na contramão
A maior parte das bolsas asiáticas voltou ao campo negativo nesta sexta-feira, dia 15/10, reagindo aos dados de emprego divulgados ontem nos EUa, que apontaram aumento nos pedidos de seguro-desemprego no país. Os números reacenderam os temores do mercado quanto à recuperação econômica mundial.
- No Japão, os negócios ainda foram impactados pela valorização do iene frente ao dólar. Puxado pelo setor exportador, o índice Nikkei 225, da bolsa de Tóquio, recuou 0,87% neste pregão, fechando aos 9.500,25 pontos. As ações da Toyota caíram 1,3%, enquanto as da Honda perderam 1,4% e as da Canon, 1,3%.
- Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou queda de 0,40%, aos 23.757,63 pontos.
- Enquanto em Xangai, o Shanghai Composite seguiu em direção contrária e disparou 3,18%, para 2.971,16 pontos, levado por um rali no setor bancário. As ações do Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) saltaram 6,6%, as do Bank of China subiram 4,3% e as do CITIC Securities tiveram valorização de quase 10%, após dados apontarem aumento nos empréstimos bancários em setembro.
- A bolsa de Seul acompanhou o movimento de alta e avançou 0,13%, com o índice Kospi marcando 1.902,29 pontos.
- Já na Austrália, o S&P/ASX 200, da bolsa de Sydney, recuou 0,21%, para 4.689,00 pontos, apesar da alta de 1,36% nas ações da Rio Tinto. Os papéis da BHP Billiton perderam 0,02% nesta sessão e os da Newcrest caíram 1,03%.

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - O índice FTSE-100 da Bolsa de Valores de Londres abriu hoje em alta de 0,2%, aos 5.738,33 pontos. O barril de petróleo Brent para entrega em novembro abriu hoje em alta na Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 84,30, valor US$ 0,10 a mais que no fechamento do pregão anterior.
- Berlim / Alemanha - O índice DAX da Bolsa de Frankfurt abriu hoje em alta de 0,32%, aos 6.476 pontos. O euro abriu hoje com tendência de baixa no mercado de divisas de Frankfurt e, nos primeiros minutos de pregão, era negociado a US$ 1,4050, frente à cotação de US$ 1,4071 do fechamento anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou ontem o câmbio oficial do euro em US$ 1,4101.
- Madri / Espanha - O índice Ibex 35 da bolsa de Madri abriu hoje em alta de 0,1%, aos 10.860 pontos.
- Roma / Itália - O índice FTSE-MIB da Bolsa de Milão abriu hoje em alta de 0,12%, aos 21.120 pontos. Já o índice geral FTSE Itália All Share abriu em alta de 0,14%, aos 21.725 pontos.
- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris abriu hoje em alta de 0,27%, aos 3.829,67 pontos.

ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa encerra pregão no zero a zero em dia instável
A Bovespa oscilou no campo negativo durante boa parte do pregão de ontem, dia 14/10. Ordens de compra concentradas nas ações preferidas pelos investidores, Petrobras e Vale, no entanto, ajudaram o índice Ibovespa a encerrar o dia pouco acima do resultado de ontem.
As Bolsas americanas também registraram resultados modestos, sob expectativa da temporada de balanços relativos ao terceiro trimestre, que começa a ganhar intensidade a partir desta semana.
- O Ibovespa teve uma leve alta de 0,02% no fechamento, aos 71.692 pontos. Trata-se da maior pontuação desde 8/4.
- O giro financeiro foi de R$ 9,09 bilhões.
- O dólar comercial foi trocado por R$ 1,663, em um avanço de 0,48%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,667 e R$ 1,645.
Análise1 - Alvo de R$ 1 bilhão em negócios, as ações preferenciais da Petrobras valorizaram 2,83%, enquanto as ações de mesmo tipo da Vale, que movimentaram outro R$ 1 bilhão em operações, ficaram 0,96% mais caras. A ação ordinária da CCR Rodovias se destacou no mercado de hoje, com um volume total de R$ 881 milhões, e forte desvalorização de 8,32%. "Logo pela manhã, nós realmente vimos o dólar chegar a R$ 1,646, mas por pouco tempo. Nesses preços, você já começa a ver ordens de compra muito rapidamente. É o momento em que importadores se apressam para fazer ajustes em suas posições", comenta Marcos Trabold, profissional da mesa de operações da B&T Corretora.
Análise 2 - À semelhança de outros especialistas do mercado de capitais brasileiro, a equipe de analistas da Gradual Investimentos também projeta um Ibovespa rodando bem acima dos 70 mil pontos em dezembro. "Acreditamos no prosseguimento da alta do Ibovespa até o final do ano, suportada por mais uma boa safra de balanços que se inicia agora, porém alertamos para a compressão do potencial de valorização, dada a nossa meta para dezembro de 2010 de 75 mil pontos para o índice". Os analistas da Gradual veem um potencial mais estreito de crescimento para as ações da Vale, devido aos ganhos já acumulados desses papéis ao longo do ano. Já no caso da Petrobras, assim como outros profissionais do mercado, eles rebaixaram o preço-alvo (projeção para 12 meses) das preferenciais - de R$ 48,20 para R$ 37,50. Hoje, essas ações foram negociadas por R$ 26,44 ao final do pregão. No front doméstico, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - reportou que as vendas do comércio varejista cresceram pelo quarto mês consecutivo em agosto (2%) sobre julho. Trata-se da maior expansão histórica das vendas para um mês de agosto, tanto na comparação mensal quanto nos 12 meses (alta de 10,4%). A FGV - Fundação Getulio Vargas - registrou uma inflação de 0,75% em outubro, pela leitura do IGP-M, ainda em sua primeira estimava prévia. Em setembro, no mesmo período, a taxa foi de 0,99%. No ano, a variação foi de 8,70%, enquanto nos últimos 12 meses foi de 8,53%

Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA se afastam das mínimas, mas bancos pressionam
O setor bancário levou os principais índices de ações norte-americanos para baixo nos pregões de ontem, dia 14/10, com investidores temendo que a contaminação de uma crise de dívida possa minar a força do mercado após um rali de cinco semanas.
- O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, teve oscilação negativa de 0,01%, para 11.094 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,24%, para 2.435 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,36%, para 1.173 pontos.
Análise 1 - O S&P 500 acumula valorização de 11,9% desde 1º de setembro. Mas o rali pode enfraquecer depois que os bancos caíram perto de 3% neste pregão, em meio a crescentes temores de que problemas envolvendo a execução de hipotecas possam contaminar os mercados de crédito e a economia norte-americana como um todo. "Como todos nós sabemos, o mercado odeia incerteza e essa é grande. Lembram da bagunça nos subprimes?", indagou Joe Saluzzi, um dos chefes da mesa de operações da Themis Trading, em Chatham, Nova Jersey. Os papéis do JPMorgan Chase & Co perderam 2,8%, enquanto os do Bank of America recuaram 5,2%. O índice de bancos KBW recuou 2,6%. Todos os 50 Estados norte-americanos estão investigando a indústria de hipotecas, e investidores estão cada vez mais preocupados que isso prejudique os balanços das instituições financeiras. Alguns profissionais do mercado disseram que questões envolvendo hipotecas, que já estão na pauta há semanas, foram utilizadas como argumento para que investidores dessem uma pausa nos sólidos ganhos com ações desde o início de setembro. A recuperação do Dow Jones, que praticamente zerou as perdas na última hora do pregão, pode ser uma evidência disso.
Análise 2 - As ações do Google fecharam em baixa de 0,4% durante o pregão regular, mas disparavam 9% no "after-market" - operações realizadas após o encerramento normal - depois que os resultados trimestrais da gigante da internet superaram as expectativas. A queda do dólar ajudou a limitar as perdas no mercado acionário, conforme a fraqueza da moeda norte-americana favorece commodities e outros ativos lastreados na divisa dos Estados Unidos. Na agenda macroeconômica, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA aumentaram na última semana, reforçando a expectativa de que o Fed injetará mais dinheiro na economia.

Londres / Inglaterra
Setor bancário puxa queda de Bolsas europeias
As ações europeias caíram nos pregões de ontem, dia 14/10, com bancos pressionados por preocupações de capital e espelhando o fraco desempenho do setor nos EUA, após uma investigação da indústria da hipoteca levantou novas preocupações sobre a recuperação do setor.
- O índice FTSEurofirst 300 0,17%, para 1.084 pontos, em uma sessão instável, após mais cedo ter atingido a máxima intradia em cinco meses.
- A Bolsa de Londres fechou em baixa de 0,35% no índice FTSE 100, aos 5.727 pontos.
- Bolsa de Frankfurt subiu 0,32% no índice DAX, para 6.455 pontos.
- Bolsa de Paris perdeu 0,24% no índice CAC-40, indo a 3.819 pontos.
- Bolsa de Milão teve desvalorização de 0,24% no índice Ftse/Mib, fechando aos 21.094 pontos.
- Bolsa de Madri caiu 0,15% no índice Ibex-35, para 10.849 pontos.
- Bolsa de Lisboa encerrou em baixa de 0,22% no índice PSI20, a 7.755 pontos.
Análise - Os bancos recuaram após o lançamento da emissão de direitos de subscrição do Standard Chartered para fortalecer suas finanças, o que despertou preocupações quanto à saúde de outros credores no sentido de atender os novos requisitos de capital. Barclays, Société Générale e BNP Paribas caíram entre 3,1% e 4,1%. O setor também foi pressionado por quedas nos EUA, após os credores de todos os 50 estados dos EUA abrirem uma investigação sobre a indústria de hipotecas - um movimento que pode ameaçar a recuperação do mercado imobiliário. "Há notícias dos EUA em investigações sobre as execuções hipotecárias. Isso está causando certa insegurança para os bancos", disse um operador em Londres. Perdas maiores foram evitadas pelas ações de empresas mineradoras, com o componente Europa STOXX 600 de recursos básicos subindo 0,9%, impulsionado pelos preços dos metais, à medida que o dólar continuou a se enfraquecer, diante das expectativas de que o Fed iria aumentar as compras de ativos para reforçar a recuperação da economia.

________________________
MERCADO FINANCEIRO


Da redação – São Paulo / SP
Brasil Brokers faz parceria com HSBC para crédito imobiliário
A Brasil Brokers anunciou na madrugada desta sexta-feira, dia 14/10, parceria com o HSBC para financiamento imobiliário. O acordo tem prazo de cinco anos, podendo ser prorrogado por mais cinco. A instituição financeira pagará à companhia uma comissão por cada operação de crédito acertada durante a parceria. "O HSBC realizará o pagamento em parcelas do valor de R$ 45 milhões para a Brasil Brokers a título de antecipação de comissões pelo prazo original do contrato", informou a Brasil Brokers em comunicado ao mercado. No primeiro semestre, a Brasil Brokers teve vendas contratadas de R$ 7,2 bilhões. O grupo, mantém presença em 15 Estados do país e no Distrito Federal, contando com uma força de vendas de mais de 12 mil corretores. No Brasil, o HSBC está presente em 564 municípios com mais de 5,7 milhões de clientes.

____________
INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Indústria prevê desaceleração do emprego em 2011, mas ainda crescerá 3,9%
A geração de vagas na indústria paulista deve desacelerar em 2011, mas ainda crescerá significativamente, de acordo com dados da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Segundo as previsões divulgadas ontem, dia 14/10, o nível de emprego deve crescer 3,9% no próximo ano. O número representaria a geração de 100 mil postos de trabalho, e seria o terceiro melhor desempenho da série, atrás apenas dos anos de 2010 (5%) e 2007 (4,6%).
Para diretor do Depecon - Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos - da Fiesp, Paulo Francini, a redução é natural, já que a base de comparação será mais forte que neste ano e, além disso, o PIB - Produto Interno Bruto - deve registrar expansão menor em 2011. A Fiesp prevê expansão de cerca de 7% para a economia brasileira neste ano, contra uma variação entre 5% e 6% no próximo. "Ainda teremos uma taxa bastante apreciável de crescimento do emprego ano que vem", disse Francini. No acumulado do ano até setembro, de acordo com dados divulgados hoje, a indústria gerou 193.500 postos de trabalho, o que representou crescimento de 8,04% em relação ao mesmo período de 2009. Esse resultado também é o maior da série histórica, iniciada em julho de 2005.
Para a Fiesp, esse número deve ser reduzido para 120 mil até dezembro, especialmente por conta das demissões nos setores de açúcar e álcool. Com o fim da colheita, as usinas fecham as vagas que foram criadas ao longo do ano e devem cortar, segundo Francini, cerca de 50 mil vagas de emprego até dezembro. Assim, o emprego industrial em São Paulo deve fechar o ano com alta de 5%, o melhor desempenho da série histórica, iniciada em julho de 2005. Mesmo com esse crescimento, o nível de emprego na indústria paulista terminaria 2010 ainda abaixo do registrado em setembro de 2008, mês que marcou o agravamento da crise econômica internacional.
Atualmente, o estoque de emprego na indústria em setembro estava 16 mil vagas abaixo do registrado naquele mês, há exatos dois anos. O número, porém, deve aumentar com as demissões típicas de fim de ano e deve alcançar o nivel pré-crise apenas no primeiro trimestre de 2011, de acordo com a Fiesp. O emprego industrial no Estado subiu pelo quinto mês consecutivo em setembro, com geração de 13.500 vagas. O número representa alta de 0,10% em relação a agosto, nos dados com ajuste sazonal.
Os setores de fabricação de coque e produtos derivados de petróleo e de biocombustível e produtos alimentícios, em que estão incluídas as produções de açúcar e álcool, foram os destaques negativos do mês, com variações de -1,2% e -0,2%, respectivamente. O diretor do Depecon da Fiesp, Paulo Francini, afirmou, porém, que a variação negativa registrada por esses setores em setembro ainda é pequena. "Nós devemos ter uma redução forte a partir de outubro, que deve seguir até dezembro", disse.

Londres / Inglaterra
Sony Ericsson tem lucro trimestral, mas vendas declinam
A Sony Ericsson ficou no azul no terceiro trimestre de 2010. A empresa obteve lucro de 49 milhões de euros nos três meses até setembro, uma inversão do resultado apurado um ano antes, quando teve prejuízo de 164 milhões de euros. O lucro antes de impostos e excluindo despesas com reestruturação ficou em 66 milhões de euros contra perda de 198 milhões de euros de julho a setembro de 2009. Na avaliação do executivo-chefe da Sony Ericsson, Bert Nordberg, "o terceiro trimestre consecutivo de resultados lucrativos ilustra que o desempenho geral da empresa está se estabilizando". "Nossa estratégia em focar no segmento de smartphone está em curso e os smartphones agora respondem por mais de 50% das nossas vendas totais", manifestou. O executivo lembrou que, durante o trimestre, foram lançados modelos Xperia com sistema operacional Android em mercados como China e Estados Unidos e que a meta da empresa é se tornar a número um em fornecedora de aparelhos móveis com plataforma Android. De julho a setembro, as vendas da Sony Ericsson somaram 1,603 bilhão de euros, abaixo do 1,619 bilhão de euros do terceiro trimestre de 2009. A empresa vendeu 10,4 milhões de aparelhos nos três meses encerrados em setembro, uma queda de 26% no comparativo anual e um recuo de 5% na base trimestral. (Agência Reuters)

________________
AGROBUSINESS

São Paulo / SP
Avicultores e suinocultores apostam na estabilidade de produção em 2011
Para agregar mais valor aos seus produtos, avicultores e suinocultores apostam na estabilidade de produção para 2011, mesmo diante da iminente falta de carne bovina no mercado brasileiro. Para a ABCS - Associação Brasileira de Criadores de Suínos -, o intuito do setor para os próximos anos é o incentivo ao consumo da carne de porco no mercado interno. Já os criadores de frango miram a abertura de novos mercados de consumo, como a Índia e a Indonésia, para saltar em três anos para a segunda colocação mundial no ranking de produção.
Diante das dificuldades encontradas para avançar na exportação da carne suína produzida no Brasil, associações do setor e governo estudam medidas para os próximos três anos. O objetivo é incentivar o consumo da carne de porco no mercado interno. Segundo a ABCS, serão investidos mais de R$ 9 milhões em campanhas para difundir a importância da carne de porco em sete estados brasileiros. A aposta é que o consumo passe dos atuais 13 quilos consumidos por pessoa ao ano para até 18 quilos em cinco anos. "Esperamos que a carne suína tenha uma participação maior na mesa do brasileiro. Este ano devemos fechar perto de 14 quilos per capita", disse Fabiano Coser, diretor executivo da ABCS.
A expectativa para este ano é que a produção de suínos atinja a marca de 3,2 milhões de toneladas, praticamente em linha com a produção de 2009, quando foram registrados 3,19 milhões de toneladas. Já em relação às exportações, Coser não demonstrou o mesmo otimismo e prevê queda de 5%, fechando com 580 mil toneladas de carne suína, ante os 606 mil de 2009. "Não teremos queda na produção de suínos no Brasil. Acredito que vamos fechar o ano com um incremento de 3%, entretanto prevemos uma queda de 5% na exportação desse produto neste ano", afirmou. Para o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, a tendência é que a carne suína ganhe mais destaque na falta da carne de boi. "A tendência é que a carne de porco ganhe mais espaço, e valorização também, os preços também acabarão aumentando", disse.
Mercado do frango - O alto índice de abate de matrizes bovinas, que resultou na queda do volume do rebanho brasileiro, não mudou também os planos dos criadores de frango do País. Segundo a União Brasileira de Avicultura (Ubabef), o frango já possui forte aceitação no mercado interno, passando inclusive os volumes de consumo per capita da carne bovina.Para Ricardo Santin, Diretor de Mercados da entidade, o setor vem registrando aumentos consistentes nos últimos três anos e a ideia não é elevar a produção vertiginosamente e sim manter uma estabilidade na produção e agregar mais valor ao preço do frango.
A expectativa do setor é fechar o ano com mais de 12 milhões de toneladas de frango produzidas, ante as 10,9 milhões de 2009. Em termos de exportação, a previsão supera 7%, que representa 3,8 milhões de toneladas exportadas. Para Santin, a intenção nos próximos anos é ampliar as exportações. No caso da China, a ideia é pegar carona no crescimento da classe E. Com a Índia, o Brasil já possui acordo, entretanto as altas taxas de importação inviabilizaram qualquer negócio. A nova aposta fica por conta da Indonésia. "Enviamos um representante à Indonésia para abrir esse mercado. Eles consomem em média 5 quilos de frango por ano. Esse mercado tem mais de 240 milhões de consumidores". Para Clever Pirola Ávila, presidente da ACAV - Associação Catarinense de Avicultura -, a produção brasileira de frangos chegará em 2015 com 13 milhões de toneladas por ano, transformando o País no segundo maior produtor do mundo. "Fomos conservadores ao calcular nosso crescimento, mesmo porque temos que avaliar a rentabilidade. Temos de crescer de forma gradativa."

_____________________
SETOR AUTOMOTIVO


Frankfurt / Alemanha
Nova tecnologia pode evitar que motoristas durmam ao volante
Um instituto de pesquisa alemão anunciou na última terça-feira o desenvolvimento de um sistema que pode reconhecer sinais de motoristas que estejam prestes a pegar no sono. Quando isso acontece, é emitido um alarme de alerta para o condutor. Pesquisadores do Instituto de Mídia Digital Fraunhofer (IDMT – o mesmo que inventou, entre outras coisas, o MP3), em Ilmenau, na Alemanha, desenvolvem a nova tecnologia, chamada de Eyetracker. Câmeras são utilizadas para monitorar os movimentos e posição da pupila, da linha de visão e o tempo que os olhos ficam fechados com o valor normal sendo pré-definido pelo usuário como o tempo de um piscar. Mais câmeras podem ser adicionadas ao sistema, podendo prover até 200 imagens dos olhos por segundo, explica o site do instituto Fraunhofer.
O Professor Husar, do IDMT, afirma que, como cada pessoa é única, para cada novo motorista que desejar ser monitorado um conjunto de preparações e configurações deve ser feito, o que pode tomar algum tempo. Apesar da aparente complexidade, o sistema não precisa de um computador para funcionar. Sua unidade de processamento é do tamanho de uma caixa de fósforos e pode ser acoplada ao computador de bordo do automóvel. Os dados são armazenados em unidades com conexão USB.
O Eyetracker pode ter ainda aplicações em áreas da Medicina, como monitoramento dos olhos de pacientes em cirurgias. Porém, os gamers vão se entusiasmar caso o sistema venha para o mundo dos jogos. Como ele, os jogadores poderiam olhar ao redor das cenas sem precisar de um joystick para isso, comenta o site Geeky Gadgets. Como problemas legais sempre dão dor de cabeça (e como os idiotas são muito inventivos), os pesquisadores alertam que o sistema tem suas limitações e que deve-se sempre respeitar os limites do corpo, não confiando somente no Eyetracker. A equipe irá apresentar o Eyetracker no evento VISION, que ocorrerá em Stuttgart, na Alemanha, entre os dias 9/11 e 11/11.

_____________________
SERVIÇOS & VAREJO

Da redação – São Paulo / SP
Vendas no Dia das Crianças crescem 12%
Números divulgados pela Serasa Experian mostram que as vendas do varejo brasileiro cresceram 12% na semana de 5/10 a 11/10 em relação ao período equivalente do ano passado. No final de semana (8 a 10), as vendas do Dia das Crianças avançaram 8,5% na comparação anual. Na cidade de São Paulo, as vendas cresceram 7,5% na semana e 11,9% no fim de semana, também na comparação anual. Na avaliação da Serasa Experian, a oferta de promoções com parcelamentos e prazos mais longos ajudou a impulsionar as vendas, que ficaram acima das expectativas dos empresários (a expectativa era de alta de 10,3%).

Da redação – São Paulo / SP
Dicico inaugura mais um home center
A Dicico, uma das maiores varejistas de material de construção do país, abriu mais um home center em São Paulo. Com 2.500 metros quadrados de área, o ponto de venda está localizado na Avenida Guarapiranga, zona Sul de São Paulo. Com isso, a rede passa a ter 45 lojas. A nova unidade demandou um investimento da ordem de R$ 4 milhões e oferece cerca de 40 mil itens, entre pisos, azulejos, louças, metais, toucadores, banheiras, tintas, esquadrias, fechaduras, iluminação, elétrica, hidráulica, material básico, utilidades domésticas e decoração.

Da redação – São Paulo / SP
Mundo Verde abre loja em Campinas
A rede de produtos naturais, orgânicos e de bem estar Mundo Verde inaugura hoje seu primeiro ponto de venda em Campinas/SP, no bairro Cambuí. Além de produtos voltados à alimentação saudável e nutritiva, a Mundo Verde em Campinas terá uma nutricionista à disposição dos clientes interessados em receber indicações sobre produtos, dicas nutricionais e receitas. A ideia é que a nutricionista ministre, ocasionalmente, palestras rápidas no espaço da loja, sempre relacionadas à nutrição e ao bem estar.

________________________
TI, WEB & e-COMMERCE


Nova Iorque / EUA
Investidores sondam News Corp e AOL sobre aquisição do Yahoo!
Diversas empresas de investimentos abordaram companhias de internet e de mídia, como News Corp e AOL, a fim de avaliar seu interesse na aquisição do Yahoo!, informou uma fonte próxima ao assunto. A notícia surge no momento em que o Yahoo!, segundo maior serviço de buscas on-line nos EUA, atrás do Google, luta para retomar o crescimento em receita, sob o comando da presidente-executiva Carol Bartz, e para reconquistar o interesse dos consumidores, em meio à concorrência de sites de redes sociais como o Facebook. A possível aquisição dependeria do Yahoo! aceitar vender seus valiosos ativos asiáticos, entre os quais uma participação de 40% no chinês Alibaba Group e 34,5% das ações do Yahoo! Japan, disse uma fonte sob condição de anonimato.
As negociações com a News Corp e a AOL começaram há cerca de duas semanas e se intensificaram nos últimos dias, mas o Yahoo! ainda não foi procurado porque as conversas estão em estágio inicial, segundo a fonte. As ações do Yahoo!, que fecharam com alta de quase 6% na quarta-feira, avançaram mais de 9,5% e atingiram US$ 16,71 após o fechamento dos pregões. As ações do Alibaba.com e do Yahoo! Japan também subiram nas bolsas asiáticas. A especulação quanto ao interesse de empresas de investimento pelo Yahoo!, que também tenta evitar a perda de executivos importantes para empresas rivais, ressurgiu nos últimos meses.
A Silver Lake Partners estava entre os participantes das discussões preliminares recentes sobre possíveis cenários de aquisição, informou uma segunda fonte próxima ao assunto. O gestor de fundos Blackstone também foi abordado, mas disse não estar trabalhando em uma transação com o Yahoo! no momento, informou uma terceira fonte. News Corp, AOL e Yahoo! se recusaram a comentar o assunto. (Agência Reuters)

Nova Iorque / EUA
Lucro do Google tem alta de 32% no 3º trimestre, acima do esperado
O Google, maior empresa do setor de buscas na internet, registrou no terceiro trimestre de 2010 um avanço de 32% no lucro líquido na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado ficou acima das expectativas de Wall Street. A companhia reportou lucro líquido de US$ 2,17 bilhões, ou US$ 6,72 por ação, acima de US$ 1,64 bilhão, ou US$ 5,13 por ação, um ano antes. Excluindo-se itens não recorrentes, os ganhos por ação do Google foram de US$ 7,64 por ação, resultado maior do que os US$ 6,69 que eram esperados por analistas. O Google afirmou ainda que a receita nos três meses encerrados em 30 de setembro totalizou US$ 7,3 bilhões, maior do que os US$ 5,9 bilhões do mesmo período do ano passado. A receita líquida, que exclui os custos do Google com parceiros em sites, foi de US$ 5,48 bilhões, ante previsão de US$ 5,27 bilhões em Wall Street. Investidores temem que a empresa, que busca novas áreas de crescimento, venha gastando demais em iniciativas como o sistema operacional de smartphones Android além de aquisições, projetos de energia renovável e até carros automatizados - setores sem garantia de retorno. Também há a crescente ameaça que o Facebook, maior rede social do mundo, representa aos negócios de publicidade online do Google. As ações da companhia subiram no after-market - operações realizadas após o encerramento normal do pregão - para US$ 590, após fecharem o regular a US$ 540,93 na Nasdaq (Bolsa de tecnologia). (Agência EFE)


__________
TELECOM


Brasília / DF
Compra da Vivo pela Telefônica deve ter restrições impostas pelo Cade
O Cade - Conselho Administrativo de Defesa Econômica - deve impor a qualquer momento uma medida cautelar com restrições à compra da participação da Portugal Telecom (PT) na Vivo pela Telefônica. Uma fonte do setor disse que o "calcanhar de Aquiles" não é essa operação em si, mas sim a saída dos portugueses da Vivo, que vai causar problemas para a permanência do grupo espanhol na Telecom Italia, dona da TIM Brasil. "O problema não é PT e Telefônica. O problema é Telefônica e Telecom Italia", observou a fonte. Isso porque, quando o órgão de defesa da concorrência deu o aval para a operação entre espanhóis e italianos, um dos fatores de peso era o controle compartilhado da Vivo com a PT, que contribuiria para a blindagem de troca de informações que pudessem colocar em risco a concorrência da Vivo e da TIM no Brasil. "Agora, a realidade mudou. O Cade terá que tomar providências", afirmou a mesma fonte.
No ato de concentração, aprovado em 28/4, o conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo, relator do processo, ressaltou o fato de a Vivo ser fruto de uma joint venture entre Telefônica e PT. "Assim, a Telefônica apenas não possui influência relevante sobre a Telecom Italia e TIM, como também não possui o controle isolado da Vivo. Desse modo, uma estratégia de coordenação entre Vivo e TIM, ou mesmo uma estratégia unilateral da Vivo, dependeria também da PT, que não tem qualquer participação ou interesse financeiro na Telecom Italia ou na TIM", argumentou o conselheiro na ocasião, em seu relatório.
Ragazzo destacou também a presença da PT na Vivo e ausência na TIM como "empecilhos importantes aos incentivos, confecção e sucesso de um esquema anticompetitivo entre Vivo e TIM". Não sabia o Cade que, exatos quatro meses depois, a PT estaria deixando o controle da Vivo por 7,5 bilhões. A decisão do imbróglio está nas mãos do conselheiro Olavo Chinaglia, que foi sorteado para relatar o ato de concentração da compra da participação da PT na Vivo pela Telefônica. O processo foi distribuído para Chinaglia em 29/9 e aguarda o envio da análise concorrencial pela Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações - para instrução e julgamento no Cade, o que não tem prazo para ocorrer. Em alguns casos, como o da constituição da GVT, por exemplo, o julgamento no Cade só ocorreu 10 anos depois, quando a GVT já estava passando para as mãos da Vivendi, devido à demora do envio do parecer da Anatel.
Saída estratégica - Antes do julgamento do ato de concentração, porém, o Cade tem plenos poderes para agir, sempre que entender que a concorrência no mercado está sendo colocada em xeque. Uma das opções é impor uma medida cautelar, como o Acordo de Preservação de Reversibilidade da Operação (Apro). "Eles já deveriam ter assinado", ponderou outra fonte do setor. Ela argumenta que isso poderia ser feito porque já existe um Termo de Compromisso de Desempenho (TCD), imposto para Telefônica e Telecom Italia no julgamento do ato de concentração. Outra opção, segundo a fonte, seria aumentar a rigidez do TCD já existente, editando um novo, para blindar a troca de informações entre Vivo e TIM. E enquanto essa medida não é concretizada, poderia ser assinado um Apro, para garantir a reversibilidade da operação. Num caso extremo, o Cade poderia ainda requerer a venda da participação da Telefônica na Telecom Italia e estancar de vez o problema. "Na Argentina, a operação foi reprovada pela Anatel e Cade correspondentes de lá", lembrou a fonte.
Argentina - A Telecom Italia anunciou ontem um acordo para elevar de 50% para 58% a sua participação na Sofora, empresa que controla a Telecom Argentina. A Telefônica, que controla a maior operadora fixa do país, concordou em não participar das reuniões do conselho da Telecom Italia sobre as operações argentinas. (Agência Estado)





--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
i-press.biz - Copyright © 2008 / 2010 - Todos os direitos reservados