Edição 400 | Ano II

São Paulo / SP
Empresas do Brasil conseguem captar mais de US$ 6 bilhões de investimentos no exterior
As empresas brasileiras de primeira linha conseguiram levantar no exterior nesta semana, a primeira após as férias no hemisfério Norte, mais de US$ 6 bilhões com a venda de títulos de dívida de longo prazo. É o maior ritmo já ocorrido em um período tão curto. Até julho, as captações eram de US$ 21 bilhões. Pela primeira vez, as empresas foram ao exterior antes do Tesouro Nacional, que costuma abrir as temporadas de captações. O Tesouro também planeja vender US$ 1,5 bilhão em títulos da República, segundo os bancos.
Como representa, em tese, o menor risco do país, a República brasileira testa o apetite do mercado e cria uma espécie de piso para os juros das demais dívidas privadas, que saem com taxas maiores. "Essa realidade mudou. Existe uma demanda forte lá fora por papéis de empresas brasileiras. Não precisa mais o Tesouro dar essa referência", disse Alberto Kiraly, diretor da Anbima (associação do mercado de capitais). Nesta semana, a Vale captou US$ 1,75 bilhão com emissão de títulos de 10 e de 30 anos com juros de 4,748% e 6,074%, respectivamente. Só neste ano, a Vale já captou US$ 2,75 bilhões, ultrapassando o Bradesco como o maior emissor brasileiro de dívida privada no exterior. O objetivo é trocar dívida de curto por longo prazo, com juro menor.
Desde a crise, os países desenvolvidos - e suas empresas - reduziram os juros, diminuindo o ganho dos investidores. Com isso, aumentou o apetite por países que têm taxas altas e risco baixo, como o Brasil. O BNDES abriu uma captação de US$ 1,3 bilhão. Também emitiram bônus a Odebrecht (US$ 500 milhões) e a Oi (US$ 1 bilhão). Ontem, anunciaram captações a Embraer (US$ 1 bilhão), a Suzano (US$ 500 milhões) e a JBS (US$ 300 milhões). No forno, está ainda uma captação do Banco do Brasil de cerca de US$ 1,5 bilhão. Para Kiraly, falta o mercado se abrir para financiar empresas de menor porte, como ocorria antes da crise. "Temos de abrir mercado para empresas de segunda linha." (Agência Folha)

São Paulo / SP
BTG Pactual faz nova aquisição e negocia com fundo em Cingapura
Enquanto negocia a entrada do fundo soberano de Cingapura em seu capital, o banco BTG Pactual continua na sua agressiva estratégia de aquisições de empresas fora da área financeira. Cinco dias depois da compra do Hospital São Luiz, um dos maiores de São Paulo, o BTG anunciou ontem, a aquisição de uma participação minoritária na Brasbunker, uma fornecedora de serviços na área de petróleo e gás. Ao longo do último ano e meio, o BTG já investiu R$ 850 milhões em empresas dos mais variados setores. Essa quantia, informada numa apresentação para clientes do banco, não inclui a Brasbunker nem o Hospital São Luiz – a rigor, comprado pela Rede D’Or, da qual o banco é parceiro. Procurado, o BTG não quis informar quanto comprou da Brasbunker, nem quanto pagou.
As compras de empresas vieram a público junto com a negociação entre o BTG e o fundo soberano de Cingapura (GIC, em inglês), mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Cliente do banco brasileiro em vários negócios, o GIC discute fazer um aumento de capital no BTG – um projeto do banqueiro André Esteves e seus sócios, que desejam capitalizar o banco para continuar crescendo. Com capital de US$ 2,4 bilhões, o BTG pode vir a fechar a operação com o fundo de Cingapura e, mesmo assim, abrir seu capital na bolsa brasileira mais tarde, segundo fontes que acompanham o processo.
Os sócios do banco têm dito, em conversas reservadas, que, se o capital da instituição aumentar para algo como US$ 4 bilhões, eles conseguiriam ampliar a escala mantendo o mesmo nível de qualidade. Também nesse caso, o banco foi procurado e preferiu não falar. Empresas. A participação na Brasbunker é o lance mais recente de uma estratégia arquitetada em setembro de 2008, quando Esteves e seus sócios criaram o BTG. Eles montaram uma área exclusiva destinada à compra de empresas brasileiras e com potencial de crescimento ligado à expansão do mercado interno. Quando Esteves recomprou o Pactual, no ano seguinte, essa atuação foi acelerada.
Os sócios do BTG Pactual aplicaram dinheiro do próprio bolso e captaram recursos de clientes para usar na compra de uma rede de estacionamentos, postos de gasolina, redes de farmácias, de participações nas montadoras de veículos Mitsubishi e Suzuki e na rede de hospitais D'Or. Nos últimos doze meses, segundo executivos do BTG disseram a clientes, eles estudaram oportunidades de negócios avaliadas em mais de US$ 2 bilhões, em áreas como saúde, portos, energia, na área imobiliária e de tecnologia da informação.
Sobre os Fundos - Semanas atrás, parte desse esforço começou a ganhar sentido. Executivos da instituição começaram a levantar recursos para um fundo de private equity, cuja proposta é atingir US$ 750 milhões. O BTG também não quis falar sobre esse fundo. Mas um prospecto distribuído entre clientes top de linha informa que o investimento mínimo no fundo, o BTG Pactual Brazil Investment Fund I LP, é de US$ 10 milhões. O BTG se compromete a entrar com US$ 250 milhões. E cita as farmácias, estacionamentos e hospitais como vitrine dos investimentos não financeiros do grupo. (Agência Estado)

Texas / EUA
Brasileira Santana Textiles investe US$ 180 milhões em fábrica nos EUA
A cearense Santana Textiles, uma das maiores fabricantes nacionais de denim, tecido de algodão usado na produção de jeans, está investindo US$ 180 milhões na construção de uma fiação e tecelagem na cidade de Edinburg, no Estado do Texas, nos Estados Unidos. Mais da metade do investimento (60%) está sendo bancada pelo governo dos EUA e fornecedores internacionais. Na tentativa de atrair o investimento e ampliar a geração de emprego, a administração da cidade de Edinburg usou uma prática comum entre os Estados brasileiros na guerra fiscal: redução de impostos e oferta do terreno para erguer a construção.
Segundo o diretor da companhia, Marcos José dos Santos, pelos próximos dez anos a empresa estará isenta de imposto predial, imposto sobre valor agregado, imposto de renda e taxas. Só com benefícios fiscais, a multinacional brasileira vai deixar de gastar US$ 25 milhões no período. Além disso, por criar 800 postos de trabalho numa cidade de 150 mil habitantes, na divisa do EUA com o México, o governo americano vai dar para a companhia US$ 3 mil para treinar cada trabalhador. A empresa brasileira será a maior empregadora da cidade. O desemprego, hoje na casa de 10% nos EUA, é a grande preocupação do governo americano. "Os Estados Unidos estão ficando pobres", brinca o executivo, fazendo referência ao grande volume de benefícios.
Ele diz que o local preferido para estabelecer a nova planta seria o México, pois as confecções de jeans ficam na América Central. Mas as vantagens oferecidas pelo governo e a proximidade da matéria-prima, sendo o Texas o maior produtor de algodão, levaram a empresa a optar pelos EUA. "O mercado do Nafta, que engloba EUA, Canadá, México e Caribe, tem 500 milhões e está entre os maiores consumidores de denim do mundo." O executivo observa também que, com a produção de fio e tecido nos EUA, a empresa escapa do imposto de importação sobre o denim, que é de 16%.
Estratégia de internacionalização -A nova unidade do grupo cearense será a sexta fábrica da empresa, que tem duas unidades no Rio Grande do Norte e as outras três espalhadas entre Mato Grosso, Ceará e Argentina. O primeiro passo dado pela companhia rumo à internacionalização foi em 2007, com uma fábrica na Argentina, na região do Chaco, onde é plantado o algodão.O início da construção da fábrica nos EUA foi anunciado oficialmente ontem, com direito a comemoração: por um dia, o nome da cidade de Edinburg será Denimburg, para lembrar a chegada da nova empresa. A expectativa é de que confecções se estabeleçam no município.A nova planta vai ocupar uma área de 145 mil metros quadrados e terá capacidade de 60 milhões de metros lineares de denim por ano. Ela vai começar a funcionar em setembro de 2011. Hoje, com as cinco unidades em operação, a empresa familiar de capital fechado, que está há 46 anos no setor, vai produzir neste ano 100 milhões de metros de denim. O faturamento deve chegar a R$ 550 milhões. No ano passado, foi de R$ 400 milhões. (Agência Estado)

Rio de Janeiro / RJ
Justiça carioca suspende falência da velha Varig
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu, por meio de liminar, a falência da velha Varig. O pedido de liminar foi apresentado pela Fundação Ruben Berta, dona do que restou da companhia aérea, mas que tinha sido afastada judicialmente da gestão durante o processo de recuperação judicial. A velha Varig, que operava um único avião com a bandeira Flex, teve sua falência decretada em 20/8 pela juíza em exercício da 1ª Vara Empresarial do TJ do Rio de Janeiro, Márcia Cunha. A empresa estava em recuperação judicial desde 2005 e a decretação da falência atendeu a um pedido do próprio administrador judicial, que argumentou que a Flex não tinha condição de pagar suas dívidas. A liminar foi concedida na sexta-feira 3/9. Ela suspende os efeitos da falência. Ou seja, os ativos da Flex não poderão ser vendidos até o julgamento do mérito do recurso da FRB. O presidente da fundação, César Curi, alega que processo de recuperação judicial não tem legitimidade e que, portanto, não poderia haver falência. 'Não pode haver conclusão do que não aconteceu. As empresas foram vendidas por preço vil', diz Curi. Ele argumenta que não houve convocação de assembleia de acionistas e de credores e que não existem balanços atualizados. 'Por isso, os documentos deixados não cumprem os requisitos legais para se decretar uma recuperação judicial.' Várias assembleias de credores foram realizadas ao longo do processo de recuperação judicial da Varig. No entanto, como estava afastada judicialmente, a FRB não tinha voz nessas assembleias.

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MANCHETES - Principais Jornais do Brasil e do Mundo


JORNAIS NACIONAIS
Folha de S.Paulo - Empresas do país captam US$ 6 bilhões no exterior
Agora S.Paulo - INSS vai pagar revisão do teto para aposentados de 2000 a 2003
O Estado de S.Paulo - Governo usa capitalização da Petrobras para fechar contas
Jornal do Brasil - 'New York Times' também não será mais impresso
O Globo - Eleições 2010: Marina: Lula defende Dilma, mas esquece os cidadãos
Valor Econômico - BB empresta R$ 5,5 bilhões para a usina de Belo Monte
Correio Braziliense - Dividido, STF deve julgar ficha limpa até a eleição
Estado de Minas - Crédito para casa própria ganha reforço de R$ 10 bi
Diário do Nordeste - Lojas, escolas e igrejas vão pagar pela coleta de lixo
A Tarde - Decisão do STF beneficia mais de 1 milhão de aposentados
Extra - Lei das cadeirinhas: rebocar carro é ilegal, alertam juristas
Zero Hora - Pastor recua mas não afasta a tensão do 11 de Setembro

JORNAIS INTERNACIONAIS
The New York Times (EUA) -
EUA pressiona para Iraque tentar um novo plano de divisão do governo The Washington Post (EUA) - Justiça bane regra que proibia gay no Exército
The Times (Reino Unido) - Nova testemunha: grampo era comum no tabloide
The Guardian (Reino Unido) - O príncipe, seus beneficiários e 20 milhões em terras
Le Figaro (França) - Fidel reconhece as falhas do castrismo
Le Monde (França) - Elysée fixa brechas fiscais
China Daily (China) - Incidente em Diaoyo poder prejudicar os laços
El País (Espanha) - Sem nenhum apoio à reforma trabalhista corrigida, PSOE desiste de seguir adiante
Clarín (Argentina) - Censura inesperada e dura de Kirchner contra Scioli

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação – São Paulo / SP
Alta do IPCA reflete entrada de carro coerano no mercado doméstico
O IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo -, teve leve alta de 0,04% em agosto, após uma variação positiva de 0,01% em julho. No mesmo mês em 2009, havia sido 0,15%. Esta foi a menor variação para esse índice de preços no mês de agosto desde 1998, quando apontou uma deflação de 0,51%. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,49%, praticamente no centro da meta (4,5%) determinada pelo governo federal, com desaceleração ante o resultado até julho (4,60%), informou nesta quinta-feira o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O grupo de transportes, variou de 0,08% para -0,09%. As principais influências partiram dos custos das passagens aéreas (de 9,15% para -10,32%). Na outra ponta, os preços dos combustíveis subiram: de -0,02% em julho para 0,97% em agosto. O litro do etanol subiu 4,12%, contra 1,52% no mês anterior. A gasolina também aumentou (de -0,13% para 0,75%).

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

São Paulo / SP
Acionistas da ALL aprovam conversão e grupamento de ações
Os acionistas da ALL - América Latina Logística - aprovaram ontem, dia 9/9, por unanimidade, em assembleias Geral Extraordinária e Especial de Preferencialistas, a conversão da ações preferenciais em ordinárias, na proporção de um para um. Além disso, foi aprovado o grupamento das ações, na razão de 5 para 1. Desta forma, os certificados de depósitos de ações (units) da companhia, que representam quatro ações preferenciais e uma ação ordinária, deixarão de existir no final do processo. Cada unit hoje será equivalente a uma ação ordinária após a conversão e o grupamento. As alterações permitirão que a ALL migre do Nível 2 para o Novo Mercado da BM&FBovespa.

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Hong Kong / China
Investidores procuram pechinchas e bolsas asiáticas sobem
As principais bolsas asiáticas tiveram uma sexta-feira de alta, com alguns investidores procurando papéis mais desvalorizados, inspirados por dados positivos nos EUA. "No fim do dia os operadores ainda se focam nos desdobramentos econômicos nos EUA e questões da dívida na Europa", afirmou o analista David Taylor, da CMC Markets, em Sydney. "O tema principal é que é menos provável que os Estados Unidos entrem em recessão". Na véspera, os pedidos de auxílio-desemprego norte-americanos caíram para a mínima em dois meses. Nesta sexta-feira, a China apresentou dados melhores que o esperado sobre as importações em agosto, indicando possível recuperação da demanda doméstica, além de uma alta de 34,4% nas exportações.
- Em TÓQUIO o índice Nikkei avançou 1,55 por cento, para 9.239 pontos, com Fast Retailing e Canon figurando entre as maiores altas.
- O índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão tinha alta de 0,28%, para 422 pontos, com o setor de tecnologia puxando os ganhos. O índice acumula alta de 11% no trimestre, caminhando para seu maior ganho trimestral desde o terceiro quarto de 2009.
- Em HONG KONG o índice Hang Seng fechou em alta de 0,43%, a 21.257 pontos.
- XANGAI avançou 0,26%, para 2.663 pontos.
- TAIWAN teve valorização de 0,7%, para 7.890 pontos.
- Em SEUL o mercado subiu 1,02%, para 1.802 pontos.
- Em SYDNEY a bolsa ficou na contramão da tendência do dia e perdeu 0,48%, para 4.560 pontos.
- CINGAPURA ganhou 0,36%, a 3.022 pontos

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - A Bolsa de Valores de Londres abriu em baixa o pregão de desta sexta-feira, dia 10/9, e seu índice geral, o FTSE-100, perdeu 7,58 pontos (0,14%), até 5.486,58. O barril de petróleo Brent para entrega em outubro abriu em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres nesta sexta-feira, cotado a US$ 77,22, US$ 0,15 a menos que no fechamento de quinta.
- Frankfurt / Alemanha - A Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em baixa hoje, e seu principal índice, o DAX-30, desceu 0,48%, até 6.191 pontos. O euro abriu hoje baixa em relação ao dólar no mercado de divisas de Frankfurt nesta sexta-feira, cotado a US$ 1,2683, contra US$ 1,2739 de quinta. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na quinta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,2715.
- Madri / Espanha - A Bolsa de Valores de Madri abriu em baixa o pregão de hoje, dia 10/9, e seu principal índice, o Ibex-35, perdeu 51,50 pontos (0,48%), até 10.661
- Roma / Itália - A Bolsa de Valores de Milão abriu em baixa o pregão, e seu índice seletivo, o FTSE-MIB, desceu 0,39%, até 20.778,05 pontos.
- Paris / França - A Bolsa de Valores de Paris abriu em baixa nesta sexta-feira, dia 10/9, e seu principal índice, o CAC-40, desceu 0,59%, até 3.700,37 pontos.


ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa mira cena externa e fecha em alta de 0,33%
A Bovespa encerrou o pregão de ontem, dia 9/9, com uma alta bastante modesta, acompanhando de perto o tom dos negócios nos mercados americanos. Nos EUA, as Bolsas reagiram positivamente aos indicadores divulgados hoje, mostrando queda no deficit comercial e menor demanda pelos benefícios do auxílio-desemprego. Internamente, as ações da Petrobras ainda continuam a puxar o mercado brasileiro para baixo.
- O Ibovespa valorizou 0,33%, aos 66.624 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 4,87 bilhões.
- O dólar comercial foi cotado por R$ 1,723, em um recuo de 0,11%. Trata-se do sétimo dia consecutivo em que a taxa de fechamento caiu, cedendo para o segundo menor preço deste ano. O BC repetiu a ação de ontem e comprou moeda por duas vezes.
Análise 1 - As ações da Petrobras, novamente, concentraram boa parte do volume de negócios. Somente a ação preferencial, que desvalorizou 0,82%, teve giro de R$ 555 milhões. A ação ordinária, que cedeu 1,91%, movimentou outros R$ 190 milhões. Juntos, os dois papéis foram responsáveis por mais de 16% do volume total. "Acho que a expectativa pela capitalização da Petrobras está tomando toda a atenção do mercado", comenta Expedito Araújo, profissional da Alpes Corretora. "E hoje, temos a combinação de dois fatores agindo sobre o papel. Tem muito investidor incomodado com o fato de que o governo deve aumentar, e muito, a participação na empresa. Além disso, tem muita gente interessada em puxar o papel para baixo para pagar menos na oferta", acrescenta. "Vai ser uma briga difícil para o BC [conter a queda], com todas essas captações [externas] que estão ocorrendo. Em paralelo, está todo mundo 'vendido' [apostando na baixa das cotações, por meio de operações no mercado futuro], mesmo com a piora do deficit externo. Acho que o BC vai segurar até onde é possível, mas depois, ele pode deixar as 'barreira's romperem", comenta Marcos Trabold, da mesa de operações da B&T Corretora.
Análise 2 - No front doméstico, o IBGE apontou uma inflação de 0,04% em agosto, ante 0,01% em julho, conforme o IPCA. Nos 12 meses, a inflação acumulada caiu de 4,60% para 4,49%, no centro da meta oficial. Em sua ata, relativa à reunião da semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) rebaixou suas previsões de inflação para os próximos dois anos, além de observar um risco menor de que o aumento de preços fique acima da meta fixada pelo governo. Na quarta-feira anterior, esse colegiado manteve a taxa básica de juros em 10,75% ao ano. Analistas avaliam que o juro primário deve ser mantido nesse patamar até o início de 2011.

Nova Iorque / EUA
Dados de emprego e comércio trazem otimismo às Bolsas dos EUA
As Bolsas de Valores dos EUA terminaram valorizadas no pregão de ontem, dia 9/9, depois que dados do mercado de trabalho e de comércio melhores que o esperado ajudaram a alimentar o otimismo sobre a recuperação econômica. O sentimento, contudo, se mostrou frágil, com investidores preocupados com o sistema bancário europeu.
- O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, avançou 0,27%, para 10.415 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,33%, para 2.236 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 ganhou 0,48%, para 1.104 pontos.
Análise - O setor financeiro, duramente golpeado em agosto, esteve entre os de melhor desempenho, após dados mostrarem que os novos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caíram na semana passada ao menor nível em dois meses, enquanto o deficit comercial do país diminuiu forte em julho. As ações do JP Morgan Chase, por exemplo, subiram 2,5%. "A recuperação não está se dissipando, e a continuidade do crescimento é o mais provável", disse Zach Pandl, economista da Nomura Securities International, em Nova York. "Isso no geral é negativo e positivo para os preços das ações." Mas alguns participantes do mercado expressaram ceticismo com os números, depois de uma autoridade do Departamento de Trabalho afirmar que alguns Estados não conseguiram repassar os dados a tempo devido ao feriado do Dia do Trabalho, o que levou o departamento a elaborar estimativas para essas unidades da federação. Setores defensivos, como os de saúde, serviços públicos e telecomunicações, também avançaram, num sinal da persistente cautela de investidores. O índice de saúde do S&P ganhou 1,2%, com Pfizer em alta de 1,3%. Os papéis do Deutsche Bank estiveram sob pressão após o serviço de notícias financeiras Bloomberg veicular uma notícia, citando pessoas com conhecimento do assunto, de que o banco alemão consultara bancos de investimento para coordenar uma oferta de ações que pode levantar até 9 bilhões de euros (11,4 bilhões de dólares) .

Londres / Inglaterra
Índice de ações europeu alcança máxima em 4 meses por dados dos EUA
O principal índice de ações europeias atingiu no pregão de ontem dia 9/9, o maior nível em mais de quatro meses, com a melhora da confiança após dados econômicos encorajadores nos EUA e valorização dos bancos pela expectativa de que as exigências de Basileia não serão tão rígidas.
- O FTSEurofirst 300 encerrou em alta de 0,86%, aos 1.081 pontos, após alcançar 1.083 pontos - maior patamar desde o fim de abril.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 1,19%, a 5.494 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,93%, para 6.221 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 1,22%, para 3.722 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,35%, a 20.858 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 avançou 1,2%, a 10.712 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em alta de 1,01%, aos 7.438 pontos.
Análise - Dados mostraram que os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caíram mais que o esperado na semana passada, enquanto o deficit comercial do país encolheu em julho. Analistas disseram que os relatórios ajudaram a acalmar o nervosismo sobre a desaceleração econômica. "Talvez os mercados tenham aceitado mais a ideia de que nós teremos uma recuperação, mesmo que a taxas pequenas", disse Klaus Wiener, chefe de pesquisa da Generali Investments. Ações do setor financeiro foram destaque de alta, com o índice bancário STOXX Europe 600 subindo 1,9%. Barclays, Royal Bank of Scotland, Société Générale e Crédit Agricole avançaram entre 3,4% e 4,6%.

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INDÚSTRIA


Brasília / DF
CNI prevê um faturamento em crescimento e não mais em recuperação pós-crise mundial
Após um segundo trimestre de acomodação, a atividade industrial voltou a mostrar aquecimento a partir de julho deste ano, informou nesta quinta-feira a CNI - Confederação Nacional da Indústria. Para o economista da entidade, Marcelo de Ávila, o desempenho do faturamento real das empresas foi o fator mais importante observado do mês. "O faturamento da indústria já demonstra crescimento, e não mais só recuperação após a crise", afirmou. O avanço médio desse indicador já supera o resultado de 2008, ou o pré-crise, em 4,2%. "O faturamento costuma crescer antes, levando todos os outros indicadores depois, como é o caso do emprego e dos investimentos", disse. Segundo o economista, o indicador de horas trabalhadas mostra resultados inferiores ao pré-crise ainda, o que indica que a recuperação segue em curso. Já o emprego demonstra crescimento intenso e continuado, também provocando uma alta da massa salarial, impactada mais pelo desempenho do emprego do que do rendimento médio. O economista da CNI afirmou ainda que a projeção da entidade para os próximos meses é de crescimento forte, embora em um ritmo inferior àquele apresentado no primeiro trimestre. De acordo com ele, o leve recuo da utilização da capacidade instalada, de 82,5% em junho para 82,3% em julho, dessasonalizada, não preocupa. "Apesar de ser o terceiro mês de recuo, são variações pequenas. Vemos que não há um descompasso entre oferta e demanda", afirmou.

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AGROBUSINESS

Brasília / DF
Brasil bate recorde de safra com 149 milhões de toneladas de grãos
A safra 2009/2010 apresentou uma produção recorde de 149 milhões de toneladas de grãos, valor 10,3% superior ao registrado na safra anterior. O levantamento foi divulgado ontem, dia 9/9, pelo Ministério da Agricultura e realizado pela Conab - Companhia Nacional de Abastecimento. A soja é a vedete desta temporada, com 68,7 milhões de toneladas produzidas. Em segundo lugar vem o milho, com um total de 20 milhões de toneladas. Mesmo com o avanço da produção, a área plantada foi reduzida em 0,7% em comparação com a safra anterior, tendo em vista os ganhos de produtividade decorrentes do bom clima, entre outros fatores. "Além da tecnologia e do clima favorável, o produtor está a cada dia se aperfeiçoando em termos de gestão", afirmou o secretário substituto de Política Agrícola do ministério, José Maria dos Anjos. A safra robusta garantiu bons excedentes, que serão destinados, sobretudo, ao mercado externo. A demanda externa está aquecida pela quebra na safra de trigo e milho na Rússia e em outras localidades do Norte e Leste da Europa, explicou o secretário. Dessa forma, o produtor estará beneficiado com um preço de venda bom para o mercado externo. No mercado interno também há um cenário de valorização dos grãos, que deverão ficar em um patamar superior ao preço mínimo. A projeção do ministério, então, é que o governo reduza o apoio ao produtor, tanto na compra direta de produção como na equalização de preços. No ano passado, o governo comprometeu R$ 816 milhões com a operação equalização de preços.

Da redação - Brasília / DF
Comercialização positiva de café é destaque na safra 2009/2010
A safra de café apresenta este ano melhor qualidade, com ganho de produtividade e preços mais rentáveis para o agricultor. A avaliação é do diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, Robério Silva. Ele anunciou, ontem, dia 9/9, a terceira estimativa para o ciclo 2009/2010 do grão. A boa comercialização tem sido o grande diferencial, na visão do diretor. “Os produtores têm colocado o café no mercado de maneira mais dosada, com preços mais elevados do que a última safra”, disse. A estimativa é que o ganho com a exportação do produto chegue a US$ 6 bilhões em 2010, se forem mantidas as condições atuais de mercado. No ano passado, o valor arrecadado com os embarques foi de US$ 5 bilhões. Segundo o diretor do Café, esse aumento será sentido diretamente pelo produtor, que pode embolsar, em média, U$ 50 por saca. “Como no Brasil os preços pagos se aproximam muito dos negociados no mercado internacional, o produtor brasileiro está se apropriando desse grande aumento que ocorreu no mercado internacional”, afirmou. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam produção de 47,2 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado no Brasil. O número é 19,6% superior às 39,5 milhões de sacas do ano passado. A área diminuiu 10 mil hectares (- 0,5%), saindo de 2,09 milhões de hectares, no ciclo passado, para 2,08 milhões. (Fonte: Assessoria de Imprensa do MAPA)

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SETOR AUTOMOTIVO

São Paulo / SP
Toyota terá carro para disputar mercado com Gol e Palio
A japonesa Toyota, maior fabricante de automóveis do mundo, tem planos ambiciosos para o mercado brasileiro. A empresa deu início na quarta-feira, dia 8/9, à construção de sua fábrica em Sorocaba/SP, que produzirá, a partir do segundo semestre de 2012, veículos compactos para concorrer com o Gol, da Volkswagen, e com o Palio, da Fiat. “Os modelos compactos são o maior segmento no Brasil, com 70% do mercado total”, afirmou Luiz Carlos Andrade Jr., vice-presidente sênior da Toyota. “É natural que tenhamos o Gol e o Palio como competidores.” Atualmente, a Toyota tem uma participação de mercado de apenas 3%. Quando a nova fábrica estiver em pleno funcionamento, o objetivo é aumentar essa fatia para 8%. A capacidade inicial de produção em Sorocaba será de 70 mil unidades, mas a empresa possui autorização para chegar a 400 mil. O evento do lançamento da pedra fundamental da nova fábrica contou com a presença de Atsushi Niimi, vice-presidente executivo da matriz, a Toyota Motor Corporation. “O Brasil é importante para o crescimento mundial da Toyota”, apontou Niimi. “O País deve se tornar este ano o quarto maior mercado do mundo, ultrapassando a Alemanha.” De acordo com os executivos, o veículo compacto será parecido com o Etios, apresentado este ano na Índia, mas adaptado às necessidades do mercado brasileiro. (Agência Estado)

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SERVIÇOS & VAREJO

São Paulo / SP
Ponto Frio vai priorizar classes A e B e deixar Casas Bahia com baixa renda
A rede de eletroeletrônicos Ponto Frio prepara uma reestruturação de seu negócio. O objetivo é tornar a marca "premium", alcançando as classes A e B. "Queremos virar a grande opção do setor. Trabalharemos para que o Ponto Frio seja para o varejo de eletrodoméstico o que a bandeira Pão de Açúcar é para o consumidor de supermercado", afirmou ontem, dia 9/9, Roberto Fulcherberguer, vice-presidente comercial da "Nova" Globex, empresa formada por Casas Bahia, Ponto Frio e Extra Eletro. Para isso, a empresa irá focar nas lojas de shoppings. "Não vamos fechar as unidades de rua, mas a prioridade será as de shoppings". Isso porque a empresa quer evitar a perda de clientes dessas unidades para os concorrentes. "Retirando a marca Ponto Frio [da rua], uma parte migraria para as Casas Bahia, mas uma outra migraria para a concorrência". Segundo o executivo, será uma "loja referência, lançadora de tecnologia". "Vamos adequar o ambiente para torná-lo e mais aconchegante e criaremos características únicas para nos diferenciarmos do mercado". A "Nova Globex" também prepara mudanças nas Casas Bahia, porém, "sem perder o DNA da marca". "Atualizaremos as lojas, elas serão repaginadas e ficarão mais jovens", explicou Fulcherberguer. Segundo ele, 15 unidades já foram abertas neste novo formato, e as próximas que forem inauguradas ou reformadas também seguirão o novo padrão.
Sobre a fusão - O Grupo Pão de Açúcar também anunciou hoje que espera concluir a fusão com as Casas Bahia em novembro, formando a "Nova" Globex. Com o negócio, a empresa espera sinergia anual de R$ 510 mil a R$ 850 mil. Inicialmente, a estimativa era de que o fluxo de sinergias, trazido a valor presente, ficasse em R$ 2 bilhões. O valor foi revisado para entre R$ 4 bilhões e R$ 7 bilhões. "Nossos números atuais superam de maneira significativa o que tínhamos previstos", afirmou o presidente-executivo do Grupo Pão de Açúcar, Enéas Pestana. Segundo ele, a expectativa é de que a partir de meados de 2012 a nova Globex deverá capturar 100% das sinergias originadas pela união. A empresa também divulgou a previsão de faturamento para este ano, de R$ 18 bilhões, e 2011, de R$ 20 bilhões. Na primeira metade de 2010, as vendas brutas de Ponto Frio, Extra Eletro e Casas Bahia somaram R$ 8,946 bilhões.
Projeção de investimentos - A "Nova" Globex irá investir entre R$ 100 milhões e R$ 120 milhões até o final de 2011 em conversão, modernização e inaugurações de lojas. As 47 lojas da marca Extra Eletro serão transformadas em Ponto Frio ou Casas Bahia e a marca deixará de existir. A companhia terá 53% de participação do Pão de Açúcar e 47% da família Klein, que entra no negócio com Casas Bahia. Serão 1.023 lojas em 12 Estados, 67,4 mil funcionários, 9,2 milhões de clientes e R$ 16 bilhões de crédito disponível.

Da redação – São Paulo / SP
Bridgestone investe US$ 15 milhões no País
Com a meta de triplicar o número de lojas até 2014 e alcançar mais de 400 unidades no Brasil, em um investimento da ordem de US$ 15 milhões, a multinacional Bridgestone Bandag Tire Solutions (BBTS) enfoca suas ações no varejo de produtos para veículos. Segundo o gerente de Marketing da BBTS, Ricardo Drygalla, o mercado de reposição representa para a empresa no Brasil 40% das vendas. Atualmente a empresa possui três canais varejistas: franquias para linhas de caminhões, ônibus e veículos leves; recapadoras responsáveis por fazer a recapagem dos pneus usados; e a rede oficial de revendedores que atendem a área de pneus para passeio e caminhonetes. A empresa conta que atualmente são produzidos 6 mil pneus de caminhão e ônibus por dia para atender a demanda dos canais de vendas da rede.
Por meio de recursos próprios, este ano serão inauguradas 38 lojas especializadas em serviços para caminhões e ônibus denominadas BTS (Bandag Truck Service). No total, a a marca terminará o ano com 141 franquias BBTS. Segundo o gerente de marketing da empresa, isso deve atender a demanda do segmento que aumentou com a entrada de motoristas autônomos graças à fomentação das classes emergentes. “Esperamos crescimento de 30% do número de clientes assistidos por softwares e abertura das novas franquias“, explicou o porta-voz. Patrocinadora exclusiva de pneus da Fórmula Truck, a Bridgestone tem na rede credenciada tíquete médio de R$ 500, e ainda oferece serviços de recapagem de pneus usados, além de troca de freios, suspensão, lubrificação, sistemas elétricos, conveniência, acessórios, recapagem e soluções de gerenciamento de frotas por meio de software. Nem todas as unidades oferecem todos os serviços, isso depende da necessidade das regiões onde estão localizadas. Todos os serviços têm três meses de garantia, e os pneus novos, 5 anos, garante Drygalla.

São Paulo / SP
Vendas de material de construção sobem quase 10% em agosto
As vendas de material de construção no varejo crescerem 9,5% em agosto deste ano na comparação com mesmo período do ano passado, segundo dados da Anamaco - Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção. Contra julho deste ano, o setor registrou aumento de 3,7% nas vendas. No acumulado do ano (janeiro a agosto) o segmento de material de construção cresceu 10,6% sobre o mesmo período do ano passado. Ainda de acordo com a pesquisa, o maior desempenho foi registrado pelo setor de tintas, com 7,3% de aumento (agosto contra julho). Já os segmentos de aço, telhas e tubos de PVC ficaram estáveis, com crescimento de 0,5% (um pouco menor do que o obtido no mês de julho). O segmento de argamassas cresceu 4,9% no mês, seguido pelos setores de revestimentos cerâmicos (4,5% de aumento de vendas), interruptores (4,0%), cimento (3,6%), fios (3,3%) e metais sanitários (3,3%). Para o presidente da Anamaco, Cláudio Elias Conz, as variações foram positivas e confirmam a tendência de alta do setor que, segundo as previsões da entidade, deve crescer 11% em 2010 sobre 2009, quando bateu recorde histórico de faturamento (R$ 45,04 bilhões). 'O que mais tem chamado a nossa atenção é o otimismo dos revendedores. Quando perguntamos sobre a perspectiva de vendas para setembro, 68% dos entrevistados responderam que elas serão ainda melhores', declara Conz.

Da redação – São Paulo / SP
Varejo planeja vender entre 20% e 30% mais no Natal
Grandes redes de varejo esperam um aumento de vendas de 20% a 30% no Natal deste ano em relação a 2009. Os fatores que estimularam a demanda em agosto continuarão presentes até o fim do ano, estimam empresários: aumento de renda, crescimento do emprego, confiança na economia e crédito. No ano passado, o Natal já foi forte - segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo cresceram 12% em dezembro na comparação com 2008. A gaúcha Lojas Colombo, com 340 pontos de venda no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, espera um crescimento de 20% nas vendas de Natal em comparação com o mesmo período de 2009 e vai ampliar as encomendas da indústria na mesma proporção. As compras para o fim de ano são feitas normalmente depois do Dia das Crianças, em outubro, mas desta vez poderão ser antecipadas para evitar eventuais faltas de produtos. A expectativa da rede Lojas Cem é que as vendas no fim de ano sejam 30% superiores às de 2009, mantendo o desempenho registrado ao longo do ano. A rede, que reforçou o estoque para garantir o preço dos produtos de linha branca após o fim da redução do imposto sobre esses bens, viu essa “sobra” voltar para o prazo normal de 45 dias de venda. A Ricardo Eletro projeta um crescimento de 40% das vendas no segundo semestre ano em relação aos últimos seis meses de 2009, segundo Jacqueline Feital, diretora de vendas. Será uma aceleração forte em relação aos resultados do primeiro semestre, com aumento de 9,8% no primeiro trimestre e 17% no segundo, sempre em comparação ao mesmo período do ano anterior. "Devemos entrar num ritmo mais forte, pois agora a associação com a Insinuante já está resolvida, e assim estamos preparados para focar nas estratégias de venda", diz a diretora. A projeção, contudo, considera apenas a parte da rede que era Ricardo Eletro. Uma das estratégias para alavancar as vendas até dezembro é o aumento da participação dos móveis no total de produtos comercializados. Hoje, a representatividade dos móveis nas vendas da varejista é de 14%, e a intenção é elevar esse percentual para 25%.

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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação – Brasília / DF
Rússia ainda não notificou o Brasil
Reportagem da agência de notícias Reuters afirma que a Rússia proibiu a importação de carne bovina e de frango de várias unidades processadoras do Brasil, incluindo a JBS. Segundo a agência, a proibição, que foi publicada em um site russo, entra em vigor a partir desta quarta feira (08/09) para três fábricas brasileiras da JBS. O embargo foi determinado depois que carnes bovinas e de frango apresentaram registros do antibiótico oxitetraciclina, E-coli e listeria. Segundo a Reuters, uma fábrica da JBS na Argentina também apresentou carne com o mesmo antibiótico. O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento do Brasil ainda não recebeu nenhuma notificação oficial governo russo, por isso, de acordo com a assessoria de imprensa, as proibições ainda não serão postas em prática

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TECNOLOGIA & WEB


São Francisco / EUA
Brasil desponta como grande promessa mundial de offshore
O anúncio da compra de 55% do capital da brasileira CPM Braxis pela francesa Capgemini, na última semana, pode ser encarado como um sinal de que o mercado mundial enxerga o País como uma grande promessa para a exportação dos serviços de TI. Pelo menos, essa foi a percepção do presidente da consultoria especializada em offshore Neo Advisory, Atul Vashistha, considerado uma das principais autoridades globais no assunto. Para balizar sua visão, Vashistha lembra que grandes players norte-americanos, como HP, Accenture e Unisys, já têm presença forte no Brasil. Enquanto gigantes indianas de terceirização começaram a investir agressivamente na América Latina nos últimos tempos. Como exemplo, ele lembra que a Tata Consultancy Server (TCS) já mantém três centros globais de serviços na região, incluindo um centro de excelência Oracle e mais de 1,5 mil funcionários no Brasil.
As próprias empresas locais de serviços de TI vem se preparando para expandir sua atuação no mercado, entre elas, o consultor cita o caso da CI&T, Politec e Stefanini. “Todas elas procuram atender à demanda brasileira, mas também ganhar contratos dos Estados Unidos e de outros países”, elenca o consultor. E ele informa que essa sede em relação ao potencial do mercado brasileiro está relacionada com o próprio amadurecimento do setor no País, que hoje conta com 250 mil profissionais e perspectivas de manter um crescimento de dois dígitos nos próximos anos. Vashistha ressalta, no entanto, que ainda é cedo para proclamar o Brasil como o principal destino de offshore para as corporações norte-americanas. As multinacionais e empresas locais de serviços estão trabalhando com uma boa variedade de ofertas, mas se mostram muito focadas nos clientes locais e regionais. “Há grandes oportunidades para o crescimento do mercado brasileiro nas áreas de terceirização de serviços e dos processos de negócios. Mas ainda há pouco suporte no País”, pontua.
Além disso, os fornecedores brasileiros não foram atrás do mercado norte-americano de maneira tão agressiva quanto as companhias indianas. E apesar do fuso horário favorável, crescimento de mão de obra e desenvolvimento econômico, o território brasileiro ainda tem alguns pontos negativos. Vashistha analisa que “o Brasil pode ser um lugar desafiador para os negócios por questões de segurança, inflação, moeda e limitações de idiomas”. A questão da moeda pode piorar, já que o real está se fortalecendo em relação ao dólar, tornando os serviços brasileiros mais caros para clientes norte-americanos. A consultoria Gartner analisa também que no Brasil há um risco relacionado à falta de atualização das leis trabalhistas e um excesso de burocracia que prejudicam as companhias locais. Em contrapartida, a Gartner destaca que entidades do setor de TI têm feito uma série de movimentos para reverter esse cenário. Além disso, a presença de fornecedores internacionais tende a aumentar a pressão por mudanças regulatórias no País. “O fornecedores brasileiros não competem de igual para igual com os norte-americanos e indianos, mas o potencial é muito grande”, finaliza Vashistha. (Agência CIO)

São Paulo / SP
Microsoft e Accenture fazem nova tentativa de operar juntas no Brasil
A Microsoft e a Accenture anunciaram, ontem a tarde, dia 9/9, uma segunda tentativa de trazer a joint-venture Avanade, de serviços de tecnologia para empresas, ao Brasil. A empresa, que é fruto de uma parceria global entre as duas gigantes, inaugurou as operações no país em 2000, mesmo ano de sua fundação. As operações foram reabsorvidas pela Accenture dois anos depois, sob as alegações de redução de custos. "O (atual) momento do Brasil é completamente diferente. Está demandando um nível de especialização maior", explica o presidente da Accenture no Brasil, Roger Ingold. Jun Endo, que presidirá as operações no Brasil, lembra que a empresa também está mais madura do que há dez anos. A Avanade quer crescer no segmento de computação em nuvem - armazenagem virtual de softwares e dados - no país. Segundo o presidente da Microsoft do Brasil, Michel Levy, o serviço representa a maior aposta do mercado de tecnologia da informação para levar a gestão de dados à liderança das empresas. "A Avanade vai ajudar as empresas a se tornarem mais competitivas", aponta Endo. Os executivos não revelam os investimentos - em 2000 falavam em R$ 9 milhões -reiteram apenas que as atividades já começaram com a mobilização de 100 funcionários da Accenture. A previsão é chegar aos 250 empregados em um ano.

São Francisco / EUA
76% dos internautas no Brasil já caíram em golpes na internet
Aproximadamente dois terços de todos os usuários da Internet já foram vítimas de algum tipo de golpe na web. E, embora a maioria tenha se irritado com isso, parte considerável deles também se sente culpada, de acordo com uma pesquisa patrocinada pela Symantec. O levantamento, que ouviu 7 mil internautas em 14 países, mostra que, no Brasil, 76% das pessoas já sofreram golpes online. O número fica acima da média mundial, de 65%, e dos Estados Unidos, onde o índice é de 73%. Mas o País fica atrás da China, com 83% de usuários afetados por problemas na Internet. De acordo com a pesquisadora da Symantec Marian Merritt, um dado interessante é como as pessoas reagem aos golpes na web. Isso porque, 54% delas admitiram que deveriam ter sido mais cuidadosas para evitar esse tipo de problema. Quando solicitadas a identificar responsabilidades, no entanto, só 12% disseram que o incidente era inteiramente culpa sua, segundo o estudo. (Agência EFE)





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