Edição 339 | Ano II

São Paulo / SP
G20 afirma que economia global se recupera mais rápido do que o esperado
Os ministros das Finanças do G20, grupo dos 20 países mais industrializados do mundo, disseram neste sábado que a economia vem se recuperando da crise global mais rápido do que o esperado, embora existam ainda grandes desafios. O grupo disse que os déficits orçamentários excessivos devem ser combatidos imediatamente. "A instabilidade recente dos mercados financeiros nos lembra dos significantes desafios que permanecem e ressaltam a importância da cooperação internacional", disse a declaração final do encontro ocorrido na Coreia do Sul. Eventos recentes "mostraram a importância de finanças públicas sustentáveis".
Imposto - A declaração afirma ainda que o setor financeiro deve fazer uma "contribuição justa e substancial" a futuros pacotes de resgate financeiros, mas não mencionou um imposto específico a bancos. A tese de um imposto sobre bancos é defendida por EUA e a União Europeia, mas oposta por países emergentes como o Brasil e desenvolvidos como Canadá e Austrália. A declaração sinaliza diretrizes mais rígidas a respeito da quantidade de capital que os bancos devem manter em reserva. Os ministros também pediram por mais transparência, regulamentação e supervisão para os fundos hedge, agências de crédito, práticas indenizatórias e transações de derivativos. O encontro é uma prévia do encontro do líderes do G20 em Toronto, Canadá, entre 26/7 e 27/7. (Agência BBC Brasil)

Washington/ EUA
Bird destina US$ 495 milhões para projetos energéticos no norte brasileiro
O Banco Mundial destinará US$ 495 milhões para projetos energéticos no Norte e Noroeste do Brasil, que beneficiarão 3 milhões de pessoas, informou a entidade em um comunicado. O empréstimo será utilizado pela Eletrobras para melhorar a qualidade de serviço de seis instalações de distribuição elétrica em uma área equivalente à superfície da Colômbia e Bolívia, explica o texto. Por causa dos altos custos da distribuição elétrica em zonas rurais, a qualidade do serviço tende a piorar sem um investimento adequado. A Eletrobras investirá o dinheiro para melhorar o equipamento, a medição do serviço e o controle do consumo elétrico, em especial dos usuários de maior nível. (Agence France Presse / AFP)

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INDICADORES ECONÔMICOS


São Paulo / SP
Os impostos para a indústria chegam a 59,8% do PIB
Nos últimos cinco anos, a carga tributária média na indústria brasileira de transformação bateu em 59,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do setor. É mais que o dobro da média entre todos os setores de atividade econômica do País no período, que foi de 26,7%. Os dados são de estudo do diretor do departamento de competitividade e tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), José Ricardo Roriz Coelho. "A carga tributária é alta para todos os setores, porém, na indústria é mais alta, o que afeta as empresas tanto do ponto de vista do capital de giro como na exportação". Apesar de crescente nos últimos anos, a carga tributária recuou para 57,3% do PIB industrial em 2009, depois de ter atingido 65,5% no ano anterior. "É um comportamento passageiro, já que resultou tanto de reduções fiscais pontuais e provisórias, como da retração das vendas e dos lucros das empresas, provocadas pela crise financeira mundial", diz o diretor da Fiesp. Com a retomada do crescimento econômico, a carga tributária deverá voltar a crescer em 2010. A carga tributária afeta a decisão de investimento, mostra pesquisa da Fiesp. Em 2009, 64% dos empresários disseram que a carga tributária era a principal limitadora do investimento. Este ano, o índice subiu para 67%. (Agência Estado)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Abertura das Bolsas Asiáticas

Tóquio / Japão
Bolsas asiáticas sofrem fortes quedas; Tóquio tem pior baixa de 2010
A crise de débito europeia e os fracos números do emprego nos EUA, que levaram à forte baixa em Wall Street na sexta-feira, contaminaram os mercados asiáticos nesta segunda-feira, dia 7/6. Isso acabou por reforçar a desconfiança dos investidores na recuperação da economia global e trouxe a aversão ao risco.
- O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio sofreu nesta segunda-feira sua maior queda de 2010, com o abalo provocado pelos temores de novos problemas em relação à dívida europeia e o afundamento do valor do euro para mínimas de vários anos diante do iene. O índice perdeu 380,39 pontos, ou 3,8%, e fechou aos 9.520,80 pontos.
- As Bolsas da China sofreram com as preocupações sobre liquidez e a possibilidade de Pequim adotar medidas adicionais para regular o mercado imobiliário. O índice Xangai Composto caiu 1,6% e encerrou aos 2.511,73 pontos. O índice Shenzhen Composto perdeu 0,2% e terminou aos 1.033,32 pontos.O yuan caiu para seu mais baixo nível ante o dólar em quase quatro meses ao final da sessão, depois que o dólar subiu ante o euro e várias moedas asiáticas, enquanto o dólar futuro no exterior também subiu, uma vez que os traders recuaram de suas expectativas de uma apreciação do yuan nos próximos 12 meses. O dólar fechou cotado em 6,8322 yuans, de 6,8288 yuans do fechamento de sexta-feira.
- Na Bolsa de Hong Kong os investidores também seguiram no embalo negativo dos mercados chineses. O índice Hang Seng caiu 401,92 pontos, ou 2%, e terminou aos 19.378,15 pontos.
- A Taipé, em Taiwan, teve forte queda. O índice Taiwan Weighted caiu 2,5% e fechou aos 7.157,83 pontos.
- Na Coreia do Sul, a procura por pechinchas impediu que o índice Kospi da Bolsa de Seul recuasse mais do que 1,6%, fechando aos 1.637,97 pontos.
- A Bolsa de Sydney, na Austrália, fechou com o índice S&P/ASX 200 em queda de 2,8%, terminando aos 4.325,9 pontos.
- O índice PSE da Bolsa de Manila, nas Filipinas, terminou com perda de 2,7%, fechando aos 3.266,11 pontos.
- A Bolsa de Cingapura teve baixa depois que os mercados da Ásia foram afetados pelo desapontamento com os dados do emprego nos EUA e nova onde de pânico sobre os potenciais problemas de débitos na Europa, desta vez na Hungria. O índice Straits Times cedeu 1,9% e fechou aos 2.751,88 pontos; no entanto, consideráveis compras de blue chips que foram afetadas cedo ajudaram o índice a aparar as perdas.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, perdeu 2,6% e fechou aos 2.750,23 pontos, enfraquecido por quedas nos demais mercados da Ásia em meio a preocupações de que os problemas da dívida soberana na Europa podem desacelerar a recuperação econômica mundial.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc recuou 1,5%, interrompendo três sessões contínuas de ganhos. As perdas se acentuaram depois de forte queda nos negócios da manhã, e o sentimento continua nebuloso dada a crise de débitos na Europa.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, recuou 0,6% e fechou aos 1.286,27, com um mercado nervoso por novas preocupações acerca dos problemas de débitos da zona do euro, com alguns investidores permanecendo de lado na ausência de fatores de estímulo.


HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - O índice geral FTSE-100 da Bolsa de Valores de Londres abriu em baixa de 51,14 pontos (1%), aos 5.074,86. O barril de petróleo Brent para entrega em julho abriu hoje em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 71,07, US$ 1,02 menos que no fechamento da sexta-feira.
- Frankfurt / Alemanha - O índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em baixa de 1,12%, aos 5.872 pontos. O euro abriu hoje em baixa e caiu abaixo da cota de US$ 1,20 no mercado de divisas de Frankfurt, aos câmbio de US$ 1,1916, frente a US$ 1,2035 da jornada anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na sexta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,2060.
- Madri / Espanha - O índice Ibex-35 da Bolsa de Valores de Madri abriu em baixa de 183 pontos (2,05%), aos 8.740, enquanto o Índice Geral da Bolsa de Madri, com todos seus setores em negativo, retrocedia 2,06%.
- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, abriu em baixa de 1,70%, aos 3.396 pontos, frente aos 3.455,61 pontos do fechamento da sexta-feira passada.
- Budapeste / Hungria - A Bolsa de Budapeste abriu hoje em baixa, com quedas que chegaram a superar 5%, em um ambiente de grande volatilidade perante as dúvidas sobre a situação real da economia húngara. Imediatamente após a abertura do pregão, o BUX, principal índice da bolsa húngara, caiu 296,77 pontos, para 20.992,16 pontos, o que representa 1,39% menos que na sexta-feira, mas pouco depois, no lapso de 15 minutos, registrava queda de 5,14%
- Roma / Itália - O índice seletivo FTSE MIB da Bolsa de Valores de Milão abriu em baixa de 1,68%, aos 18.419,23 pontos. Por sua parte, o índice geral FTSE Italia All Share retrocedia 1,63%, para 19.067,94 pontos.


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MERCADO FINANCEIRO

São Paulo / SP
Oferta de produtos cresce, e brasileiro já pode ser cliente bancário 'sustentável'
Fundos de investimento, empréstimos, seguros e até planos de previdência são algumas das opções disponíveis nas prateleiras das instituições financeiras. Já é possível ser um cliente bancário sustentável no Brasil. Fundos de ações, CDBs, seguros, financiamentos e até planos de previdência com viés social ou ecológico já estão disponíveis para pessoas físicas nas gôndolas das instituições financeiras.
Escolher entre um financiamento de automóvel comum ou um que, pelo mesmo preço, plante árvores para compensar a emissão de carbono do carro adquirido só depende do conhecimento do cliente - ou da boa vontade do gerente em apresentar a alternativa. Fundo de ações que, em vez de ter uma carteira aleatória, aplique somente em empresas consideradas sustentáveis pelo mercado é outra opção para o clientel.
A demanda espontânea pelos produtos que englobam o conceito das 'finanças sustentáveis' ainda é pequena, sobretudo pelo desconhecimento do público, já que custos e taxas são iguais ou até menores que os tradicionais, segundo observam especialistas. Todos os bancos de varejo têm, ao menos, dois tipos de produtos dentro do quesito sustentabilidade. Os fundos de investimentos são a maioria, impulsionados pelo surgimento, em 2005, do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o mercado conta hoje com 29 fundos de ações com viés sustentável. Mesmo com o crescimento das finanças sustentáveis para outras linhas de produtos, a Anbima, por enquanto, só compila dados dos fundos. Sonia Favaretto, diretora de Sustentabilidade da Bovespa, lembra que, antes da criação do ISE, existiam apenas dois fundos de ações sustentáveis. "O investidor vai perceber a vantagem de investir em empresas sustentáveis e, dessa forma, nascerão cada vez mais produtos nessa linha."
Luiz Maia, diretor da Anbima, afirma que "já há a percepção de que empresas com visão socioambiental têm menos risco no longo prazo, o que pode gerar rendimentos melhores ao investidor". Bradesco, Itaú Unibanco, HSBC, Santander Real, Banco do Brasil e Caixa oferecem fundos que, ou são lastreados no ISE, ou têm uma carteira própria embasada em empresas consideradas sustentáveis pelo mercado.
O Itaú Unibanco tem ainda um fundo DI que reverte 50% da taxa de administração a entidades sem fins lucrativos e um outro fundo de investimentos lastreado no índice de carbono da Bolsa de Nova York. "Não há muita demanda espontânea para esses produtos, mas estamos falando de assuntos simpáticos que, ao serem apresentados, têm boa aceitação do público", diz Paulo Corchaki, diretor de gestão de recursos do banco.
O Bradesco é um pouco mais ousado e, além dos fundos de investimentos semelhantes aos que os concorrentes disponibilizam, oferece quase 20 linhas de crédito com o cunho socioambiental. "Nós percebemos que as pessoas que têm esses princípios nos procuram para ter um crédito social ou ambientalmente correto", afirma José Ramos Rocha Neto, diretor de crédito do Bradesco.
Árvores - A linha de financiamento de maior sucesso, conta, é a de automóveis, fruto de parceria com a SOS Mata Atlântica, que planta árvores para compensar a emissão de carbono. "Também temos CDC para a compra de material didático, linhas que financiam telefones para deficientes auditivos e CDC aquecedor solar" exemplifica. "Todos têm condições especiais." Produtos parecidos são oferecidos pelo Santander Real. "Pensamos sempre em novos produtos. A sociedade vai cobrar cada vez mais esse tipo de ação", diz Linda Murasawa, superintendente de Desenvolvimento Sustentável do grupo. Para Graziella Comini, professora da Universidade de São Paulo (USP), o conceito 'finanças sustentáveis', com o tempo, estará cada vez mais presente. (Ver mais na página ao lado) "Acredito que, em algum momento, teremos apenas produtos financeiros sustentáveis", afirma.
Correntista tem várias opções para escolher:
- SEGUROS ÀS PESSOAS DE BAIXA RENDA - Bradesco, por exemplo, tem um seguro de vida com custo mensal a partir de R$ 5,98, para pessoas entre 16 a 80 anos.
- CDB SUSTENTÁVEL - para o cliente, na prática, é uma aplicação tradicional oferecida pelo Santander Real. No entanto, três quartos dos recursos captados apoiam, por meio de crédito, entidades filantrópicas de saúde e educação.
- PREVIDÊNCIA - planos que mesclam renda fixa com ações de companhias consideradas sustentáveis.
- CRÉDITO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA - Itaú Unibanco, Santander Real e Bradesco têm linhas específicas para reformas em residências de pessoas com deficiência. As taxas de juros, segundo as instituições, são mais vantajosas do que as de linhas tradicionais.
- CARTÃO DE CRÉDITO - quanto mais o cliente gasta, mais árvores serão plantadas pelos bancos para compensar a emissão de carbono. (Agência Estado)


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INDÚSTRIA

São Paulo / SP
Indústria têxtil enfrenta falta de costureiras
A indústria têxtil e da confecção vive o melhor momento dos últimos cinco anos, apesar da invasão dos importados. Sustentada pelo crescimento do emprego e da massa de salários que garantem o aumento do consumo de artigos de vestuário, a produção do setor está a todo vapor. A cadeia têxtil e da confecção emprega 1,7 milhão de trabalhadores, mas não consegue preencher todas as vagas. Nas contas da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), há um déficit de costureiras qualificadas, a mão de obra básica, de 250 mil trabalhadores. De janeiro a abril, o saldo de empregos gerados no setor foi de 36.161 postos de trabalho. É mais que o triplo do saldo de vagas registrado no ano inteiro de 2009 (11.844). Surpreso com o atual desempenho, Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Abit, refez as projeções para o emprego neste ano. A expectativa inicial era de que, entre abertura e fechamento, o ano encerrasse com 40 mil novos postos de trabalho nas tecelagens e confecções. Agora ele projeta 60 mil. "Estou há 40 anos no setor e não me lembro de nada parecido."
Os preparativos para a Copa, a coleção outono/inverno e o crescimento da economia explicam o aquecimento das confecções, diz a presidente do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco e da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados, Eunice Nunes. Ela confirma a falta de costureiras e diz que desde os anos 90 não vê o mercado tão agitado. Eunice observa que a escassez de costureiras qualificadas reflete a evolução tecnológica do setor, que usa máquinas mais sofisticadas, e o desinteresse da nova geração. "As jovens não têm atração pela função de costureira", atesta o gerente de Tecnologia da Abit, Silvio Napoli.
O diretor comercial da confecção Ideal Work, Antonio Augusto Rodrigues, ressalta que a atividade tem caráter depreciativo para muitas pessoas. "A própria filha da costureira não quer ser costureira, mas estilista", afirma o empresário, que produz uniformes para grandes companhias e enfrenta problemas de mão de obra. A estilista é a profissional que cria a coleção e tem uma remuneração bem superior à da costureira. Nos últimos seis meses, o salário das costureiras subiu entre 10% e 15%, diz Rodrigues. "Nem pagando a gente encontra os profissionais." (Agência Estado)

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AGRONEGÓCIOS


São Paulo / SP
Orgânicos conquistam os supermercados
Sem a figura do atravessador, agricultores orgânicos estão conseguindo colocar seus produtos nas gôndolas de supermercados. A preocupação do grande varejo em aliar consciência social e ambiental a uma melhor qualidade de vida para o consumidor tem estimulado o investimento em marcas próprias e na divulgação dos benefícios desses alimentos, dando visibilidade a produtores de frutas e hortaliças. O fornecimento direto para o varejo é feito, normalmente, por meio de parcerias com distribuidoras certificadas. "A distribuidora dá assistência técnica, acompanha o cultivo e responsabiliza-se pela compra de 100% da colheita. O agricultor sabe para quem vender", diz o sócio da Rio de Una Alimentos, em São José dos Pinhais/PR, Marco Giotto.
Ex-produtor orgânico, Giotto fundou a Rio de Una, certificada pelo Instituto Biodinâmico (IBD), que hoje conta com 113 agricultores, responsáveis por 450 hectares. O volume de produção é de 400 toneladas de frutas e hortaliças por mês. "Cerca de 60% dessa produção abastece supermercados." Ele diz que os supermercados são o principal canal de comercialização. "As feirinhas orgânicas ainda são pouco representativas do ponto de vista do escoamento da produção", avalia. As vendas via distribuidora normalmente são consignadas e o comprador é exigente. A questão logística é outro desafio. "Entregamos de loja em loja, três vezes por semana. Para o produto chegar às gôndolas fresco há um esforço logístico tremendo."
No Brasil 90% do consumo é por meio do varejo, diz o produtor Fernando Ataliba, do Sítio Catavento, em Indaiatuba/SP. O sítio possui 36 hectares e há cultivos de mais de 30 itens. Certificado pela Ecocert, escoa 70% da produção - 200 toneladas por ano - via distribuidora, que embala com a marca do varejista e distribui nas lojas. "Varia, mas o produtor fica, em média, com 10% do valor com que o produto chega ao consumidor." Sem o intermédio de uma distribuidora, o agricultor Joaquim Pires Bueno, de Tietê/SP, negocia diretamente com uma grande rede de supermercados toda a produção de lichia orgânica - 5 toneladas. "Entrego tudo para o supermercado. Antes vendia via atravessador, mas agora é muito melhor, pois recebo três vezes mais, diz ele, que tem 5 hectares, é certificado pela Fundação Mokiti Okada e cultiva outros 15 itens, como cenoura, abobrinha, ervilha-torta, rabanete e quiabo. (Agência Estado)

Da redação – Brasília / DF
Novos padrões de qualidade para os vinhos estão em consulta pública
Padrões complementares de identidade e qualidade para vinhos, derivados de uva e da própria bebida estão em consulta pública por 60 dias a contar de 02 de junho, conforme a Portaria Nº 259, publicada no Diário Oficial da União (DOU). A proposta de regulamentação incorpora regras à norma em vigor (Portaria nº 229/1998). Um exemplo é a inclusão de termos qualitativos para os vinhos, como reserva, reserva especial e gran reserva. “Essas designações estão sendo, em alguns casos, utilizadas de forma incorreta, podendo levar o consumidor a engano”, explica o coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Hélder Moreira Borges.
A atualização da legislação também irá trazer padrões para outras bebidas que não existiam na época da edição da primeira lei, como as do tipo cooler e alcoólico composto. “Outro aspecto que a norma vai tratar é o controle da redução gradativa da adição de açúcar (chaptalização), que eleva o teor alcoólico dos vinhos em até três graus. A intenção é banir essa prática no Brasil, a exemplo dos demais países produtores”, esclarece Borges. O coordenador do Mapa ainda reforça que a norma está alinhada com as novas exigências dos mercados importadores abrindo mais oportunidades para os produtores nacionais de vinhos.
A proposta de Instrução Normativa pode ser acessada no endereço eletrônico do Mapa: www.agricultura.gov.br no link Legislação, submenu Portarias em Consulta Pública. As sugestões podem ser enviadas para o e-mail dvd@agricultura.gov.br ou para o endereço: Ministério da Agricultura – Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) – Coordenação-Geral de Vinhos e Bebidas, Esplanada dos Ministérios – Bloco D – Anexo B – Sala 333 – CEP 70.043-900. Ainda está disponível o fax (61) 3224 .961. (Fonte: Assessoria de Imprensa do Mapa)


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SETOR AUTOMOTIVO


Genebra / Suiça
Carro elétrico pode demorar dez anos para chegar ao mercado brasileiro
O Brasil alcançará uma versão nacional de veículo elétrico comercialmente viável somente em uma década ou mais. É esse o horizonte considerado pelo governo federal na definição do prometido pacote de incentivos. O anúncio do plano, previsto para 25 de maio, foi cancelado pelo presidente Lula, e o assunto voltou à mesa do grupo ministerial criado para debater o tema.
Executivos dos setores elétrico e automotivo, que aguardavam o anúncio na antessala do Ministério da Fazenda, ouviram as escusas do ministro Guido Mantega e deixaram Brasília sem saber qual o rumo de um negócio que pode revolucionar a indústria automobilística. Sem uma definição do governo, o país vai ficando para trás. "É como a Embraer. Se o governo não der um empurrão, não decolará", diz Leonardo Cavalieri, supervisor do projeto de carro elétrico no Grupo Fiat, o único em curso no país.
A Anfavea (associação nacional das montadoras) diz que o setor aceita desenvolver tecnologia no país, mas espera as diretrizes. A associação quer um plano amplo que incentive a cadeia do carro elétrico, e não só o veículo. Mas o próprio governo enfrenta divergências internas quanto ao conteúdo do plano, em fase de discussão. O grupo de trabalho, coordenado pela Fazenda, inclui os ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Ciência e Tecnologia (MCT).
O MCT promete R$ 10 milhões neste ano para pesquisas do carro elétrico e de baterias, mas sabe que falta um ordenamento governamental para o projeto deslanchar. A principal dúvida que levou o governo a sustar o anúncio foi o tipo de carro elétrico que será incentivado -o "puro sangue" (100% elétrico) ou o híbrido.
No mundo, o carro elétrico se tornou opção para reduzir a dependência do petróleo. Uma solução que ajuda a resolver questões ambientais e geopolíticas. A questão levantada no governo é que o Brasil já dispõe de um modelo bem-sucedido de motores bicombustíveis, com uso difundido do álcool combustível.
Motor Flex - O MDIC quer que o programa do carro elétrico considere a tecnologia do motor flex no desenvolvimento de propulsão híbrida (motores elétrico e a combustão com tecnologia bicombustível). É, por exemplo, o que pensa a Unica - União da Indústria de Cana-de-Açúcar. A entidade afirma que não foi convidada a discutir o assunto, mas decidiu agora observar que tipo de benefício o carro elétrico receberá. Segundo Alfred Szwarc, consultor de emissões e tecnologia da Unica, o carro elétrico não representa ameaça ao setor nos próximos 15 anos. Para ele, o país deve criar um híbrido nacional. "Um carro elétrico com motor flex teria a cara do Brasil. No mundo, os híbridos são combinados com motores a gasolina ou a diesel. Acho que o Brasil pode ter uma solução melhor", diz. Não é o que pensa a Fiat. Líder do projeto do carro 100% elétrico, a montadora acha que o país deve perseguir o desenvolvimento de um carro "puro sangue", com tecnologia brasileira. (Agência Reuters)


Da redação – São Paulo / SP
Vendas de carros recuam em maio
Sem o incentivo da redução do IPI, as vendas de automóveis no Brasil voltaram a cair em maio, a exemplo do que já havia ocorrido em abril. Foram vendidos 250 674 veículos em maio, contra 261.922 em abril (-4,3%). Na comparação anual, houve crescimento de 5,5% nas vendas. A Volkswagen manteve a liderança do mercado, com 23,3% de participação. O segundo lugar ficou com a Fiat, com 21,9%, seguida pela GM, com 20%, e pela Ford, com 8,8%.


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VAREJO & SERVIÇOS


São Paulo / SP
Várias franquias desembargam no Brasil
No ano passado, sob a névoa da crise econômica, o setor de franquias cresceu 14,7% em faturamento, atingindo R$ 63 bilhões. O PIB teve retração de 0,2%. Em 2010, a expectativa do setor é menos ambiciosa quando comparada à projeção de crescimento de 6% do PIB, mas ainda assim superior à da média da economia no país. Segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising), haverá aumento na receita entre 15% e 16%.
Parte do impulso vem da abertura de unidades de redes já consolidadas. Mas o empurrão também vem de empresas que aderiram ao sistema de franchising recentemente -no total, o setor somou 1.643 delas no ano passado, sendo 264 delas estreantes. A previsão é chegar a 120 novas redes até o fim deste ano, de acordo com o diretor-executivo da ABF, Ricardo Camargo. A consultora especializada em franquias Claudia Bittencourt aposta em um número maior de marcas lançadas em 2010 -cerca de 250 redes.
A perspectiva se justifica não apenas pela atenção que o país conquista lá fora -atraindo estrangeiros dispostos a expandir negócios por aqui. No Brasil, as empresas também se mobilizam em busca de mais mercado e de expansão da marca - entre elas a Glitzmania, salão de cabeleireiros para crianças. Com duas lojas próprias, a expectativa é contar com três franqueados dispostos a investir R$ 270 mil e com previsão de retorno em 33 meses, até o fim do ano, diz a sócia Juliana Monteiro, 34. "Quero começar neste ano, mas devagar", sinaliza.

Da redação – São Paulo / SP
Vendas do varejo avançam 11% em maio
As vendas do varejo brasileiro tiveram em maio um crescimento de 11% na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com dados da Serasa Experian. O desempenho foi puxado pela alta de 21,2% nas vendas de materiais de construção. Também se destacaram móveis, eletroeletrônicos e informática (+ 15,6%); e veículos, motos e peças (+ 15,4%). No ano, o setor acumula uma expansão de 11%, liderada por veículos, motos e peças (21,7%); móveis, eletroeletrônicos e informática (18,9%); e material de construção (17,3%). Todos setores com forte dependência de crédito.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Pão de Açúcar tem forte alta em produtos de marca própria para a Copa
Os produtos promocionais Taeq e Qualitá Hexa Brasil, marcas exclusivas do Grupo Pão de Açúcar, maior varejista nacional, superaram as expectativas iniciais da empresa e já venderam o correspondente a 40% da meta definida para a linha, com edição limitada até o final da Copa. São 44 itens divididos nas categorias mercearia, líquida, bazar, têxtil e perecíveis. As vendas de milho para pipoca Qualitá aumentaram cerca 70% com o pack promocional (milho + balde personalizado), comparado com os três meses antes da campanha, enquanto as pipocas de microondas dobraram as vendas. As batatas de 100/120g e o Biscoito de Polvilho Salgado também tiveram um aumento nas vendas na ordem de 70%. Os produtos Hexa Brasil podem ser encontrados em todas as bandeiras do Grupo Pão de Açúcar (Pão de Açúcar, Extra, CompreBem e CompreBem ABC e Sendas).

Da redação – Brasília / DF
Louis Vuitton avalia abrir novas lojas no Brasil
Dois meses após abrir sua sexta butique no Brasil, no Shopping Iguatemi em Brasília, a grife francesa de luxo Louis Vuitton estuda expandir sua rede de lojas no país, de olho em outras cidades, além de São Paulo e do Rio. Embora a Louis Vuitton não revele números específicos por país, revela que o faturamento da grife no Brasil vêm crescendo “amplamente na casa dos dois dígitos“. Sem dar detalhes, a empresa indica que as vendas da recém-inaugurada butique em Brasília/DF vêm surpreendendo as expectativas da marca. A marca, que pertence ao grupo LVMH, número um mundial do luxo, totaliza 449 lojas em 62 países.

Da redação – Manaus / AM
Pelé Club abre academia em Belém do Pará
A rede de academias Pelé Club inaugurou em Belém/PA sua terceira unidade no país, a primeira fora da região Sudeste (as outras unidades estão em São Paulo e Belo Horizonte/MG). A academia abrirá oficialmente as portas no dia 7/6, com mil alunos matriculados. A unidade possui uma área construída de mais de 7 mil m² e pode receber até 3,5 mil alunos. Tem área para musculação, duas salas de ginástica, uma de bike, duas quadras de squash, duas piscinas, salas de fisioterapia e pilates, cabeleireiro, loja de materiais esportivos, lanchonete e estacionamento. O investimento na academia foi de R$ 4 milhões.


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COMÉRCIO EXTERIOR

Tóquio / Japão
Fórum da Apec pede uma rápida conclusão da Rodada de Doha
Os ministros de Comércio do Apec - Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico - terminaram hoje uma reunião de dois dias em Sapporo (norte do Japão) com um apelo a favor de uma "rápida" e "ambiciosa" conclusão da Rodada de Doha para a liberalização do comércio mundial. "Levando em conta que as novas reformas e a liberalização das políticas comerciais impulsionarão a recuperação econômica, reafirmamos nossa determinação de buscar uma conclusão ambiciosa, equilibrada e rápida da Rodada de Doha", assinala o comunicado dos ministros. Além disso, as titulares de comércio reunidos em Sapporo asseguraram que foram alcançados "progressos significativos" na busca dos objetivos marcados pelo Apec em 1994 nas Metas de Bogor, a favor da liberalização comercial na região.
Os membros do Apec, cujas economias representam 54% do PIB - Produto Interno Bruto - mundial, assinaram em 1994 a "Declaração de Bogor", mediante a qual se comprometeram a liberalizar o comércio na Ásia-Pacífico em 2010 às economias mais avançadas, e em 2020 para as em desenvolvimento, embora sem metas numéricas específicas. Durante a reunião de Sapporo os ministros dedicaram parte dos debates à situação atual das negociações da Rodada de Doha a favor da liberalização do comércio mundial, lançadas em 2001 e que ainda não foram fechadas.
Além disso, assinalaram que é preciso continuar explorando 'possíveis vias' para a proposta de criar uma área de livre-comércio nos países do Apec, o que ficou estacionado na última cúpula de chefes de Estado e de Governo realizada em Cingapura. O Japão assumiu este ano a Presidência rotatória do Apec e organizará vários encontros ministeriais antes da cúpula de chefes de Estado e de Governo que será realizada em meados de novembro em Yokohama (centro do país). (Agência EFE)


São Paulo / SP
Fornecedores locais enfrentam barreiras à exportação
O mercado de tecnologia da informação pode ser considerado um dos mais importantes para a economia brasileira, com participação de cerca de 7% do Produto Interno Bruto (PIB). A maior parte do faturamento do setor vem de serviços prestados internamente. E, apesar de todas as iniciativas realizadas ao longo dos últimos anos, a presença dos fornecedores locais no mercado internacional continua tímida.
De acordo com números da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o Brasil exportou 2,2 bilhões de dólares em 2008 e fechou o último ano com aproximadamente 3 bilhões de dólares em exportações. A expectativa é de que esse número suba para 3,5 bilhões em 2010. Um volume bem abaixo da Índia, por exemplo, que fechou 2009 com 55 bilhões de dólares com offshore na área de TI. Aumentar essa participação é um dos desafios do setor. Mas o aquecimento do mercado interno e a oportunidade de crescimento no Brasil jogam a favor e contra a internacionalização. O cenário econômico favorável fortalece as companhias locais e aumenta o potencial de investimento em pesquisa e desenvolvimento, com foco no mercado externo. “Ao mesmo tempo, as empresas deixam de investir em estruturas lá fora com o medo de perder competitividade no País”, diz o presidente da consultoria IDC Brasil, Mauro Peres.
A escolha natural das companhias tem sido focar no mercado interno, já que o País ainda tem muito a evoluir no grau de informatização de suas empresas, principalmente entre as pequenas e médias. A aposta é que essa atuação possa alavancar, em um segundo momento, os avanços das empresas brasileiras de TI no cenário internacional. O mercado brasileiro só tende a crescer, principalmente com a perspectiva de organização de dois eventos de porte: a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. “Várias empresas nacionais vão cuidar de serviços repassados pelas grandes multinacionais que concentram contratos nesses eventos", considera Peres. Ele afirma ainda que, no médio prazo, essa pode ser uma oportunidade para impulsionar a atuação fora do País.
As empresas de pequeno porte também têm sua oportunidade, principalmente as que buscam o fortalecimento em consórcios que reúnem diversas organizações. “A associação com outras companhias, no entanto, deve ser acompanhada de um planejamento paralelo de fusões e aquisições”, avalia o especialista da IDC. Para Peres, a escala é necessária para que os fornecedores invistam na personalização de ofertas para diferentes mercados e idiomas. Enquanto os eventos não chegam, as companhias buscam no mercado referências para ganhar poder de fogo no mercado internacional. A aceitação de uma empresa brasileira, de acordo com o sócio da Módulo, Álvaro Lima, não é fácil inicialmente. “Temos de começar pelas companhias que possuem filiais no Brasil e para as quais já prestamos serviço”, analisa.
Laércio Cosentino, presidente da Totvs, concorda com a visão da Módulo. Ele acredita que o esforço de crescer internamente pode ser visto como uma maneira de trabalhar pela internacionalização. “Aproveitar o forte mercado nacional para se fortalecer é fundamental. Foi o Brasil que permitiu o nosso crescimento a taxas elevadas ao longo dos últimos anos e essa força vai se refletir nas operações internacionais”, relata Cosentino, que é contundente ao afirmar que não vai deixar de crescer no País para priorizar a atuação no exterior. O diretor de relações internacionais da Tivit, Edson Matsubayashi, também aponta que a presença no mercado nacional ajuda a abrir portas fora do País. “Quando a subsidiária de multinacional contrata nossos serviços, fica mais fácil mostrar o que é a companhia”, diz. Como exemplo ele cita que o trabalho no banco HSBC no Brasil serve como uma referência em qualquer lugar do mundo.
Outra aposta da Tivit para mostrar seu trabalho ao mundo é a participação no projeto do Débito Direto Autorizado (DDA), da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). “A própria Câmara fez um road show em 14 países apresentando a solução. Sentimos o interesse dos outros países de entender esse modelo e replicar as vantagens”, detalha o diretor. Essa visibilidade, segundo Matsubayashi, propiciou a captação de acionistas internacionais na ocasião em que a Tivit realizou sua oferta pública inicial de ações (IPO, do inglês Initial Public Offering). Hoje, mais de 90% dos detentores de papéis da companhia são investidores estrangeiros.
Principais barreiras - O histórico de alguns países na área de tecnologia da informação, como Índia e Coréia do Sul, se destaca pela forma meteórica de ascensão no setor. Mas o que aconteceu nessas nações não foi por acaso: os governos encararam a TI como um mercado estratégico e tomaram medidas compatíveis com esse enfoque.
A realidade ainda não é essa no Brasil. Entre os desafios a serem vencidos está a própria percepção do setor dentro da sociedade. Para quem está envolvido em tecnologia, é difícil enxergar o problema, mas a TI tem pouca visibilidade para o governo e para a sociedade em geral. “Estamos em uma área pouco divulgada. Os jovens do interior, por exemplo, mal sabem da oportunidade que há em atuar num setor que tem uma oportunidade gigantesca de carreira”, diz o presidente da BRQ, Benjamin Quadros. Com a falta de reconhecimento que o setor enfrenta, a capacidade de gerar mão de obra e de atrair investimentos fica reduzida. “Embora existam medidas bem-sucedidas de algumas organizações, o setor ainda carece de leis de incentivo e programas de capacitação. Isso sim possibilitará o aumento do offshore", destaca Quadros, que acrescenta: "Se medidas não forem tomadas, corre-se o risco de perder o setor cada vez mais para Índia e China."
O déficit no idioma inglês também é apontado como um dos grandes obstáculos. O Brasil tem a reputação de formar profissionais excelentes, mas sem a proficiência na língua inglesa necessária para prestar serviços lá fora. “O Brasil, ao contrário de outros exportadores de serviços tradicionais, é um ambiente hostil para quem não fala português”, afirma o presidente da CPM Braxis, José Luis Rossi. O executivo afirma que elabora sistemas de recrutamento pensando em atacar essa questão, mas admite as dificuldades. “É muito mais fácil treinar um profissional em tecnologia do que em inglês”, diz Rossi. (Fonte: Computerworld Brasil)


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TECNOLOGIA & WEB

São Paulo / SP
IBM terá centro de pesquisa no Brasil
A IBM escolheu o Brasil para sediar seu novo centro de pesquisa. A gigante do setor de tecnologia deve divulgar nesta semana investimentos de quase US$ 250 milhões no País. O centro brasileiro estará interligado com os demais laboratórios da empresa, que reúnem alguns dos cientistas mais brilhantes do planeta. Os pesquisadores se dividirão entre São Paulo - ficarão na sede da empresa, na zona sul da capital - e Rio de Janeiro. Mais importante que as obras civis, será a contratação dos pesquisadores, que devem ser recrutados no Brasil e no exterior. A previsão é que o centro esteja em pleno funcionamento ao final de três anos, reunindo mais de 100 cientistas. As negociações entre a empresa e o governo brasileiro duraram pouco menos de três meses. O centro era disputado também pelo emirado de Abu Dhabi e pela Austrália. Três áreas do governo atuaram para trazer esse investimento para o País: o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Ministério de Ciência e Tecnologia e o Bndes - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social. Um dos focos de pesquisa será petróleo e gás, o que justifica a escolha do Rio. Segundo fontes envolvidas, está prevista a integração com os centros de desenvolvimento da Petrobras. As megarreservas de petróleo do pré-sal são um dos motivos da escolha da IBM. Uma fonte explicou que outros fatores também pesaram na decisão da empresa: o forte crescimento do País, os eventos previstos (Copa e Olimpíada), a política industrial e os incentivos fiscais. A empresa terá acesso aos benefícios da Lei do Bem e a crédito do Bndes nas linhas já existentes para inovação. A IBM tem oito centros de pesquisa em seis países, reunindo mais de 3 mil cientistas e engenheiros. Os pesquisadores já ganharam cinco prêmios Nobel. Em 2009, a companhia investiu US$ 5,8 bilhões em pesquisa e tecnologia. O faturamento total da empresa chegou a US$ 95,8 bilhões no ano passado, 8% abaixo do recorde de US$ 103,8 bilhões registrado em 2008. (Agência Estado)


Seattle / EUA
Ações da AOL sobem com rumores sobre aquisição pela Microsoft
As ações da AOL subiam em meio à forte onda de vendas nos mercados norte-americanos na sexta-feira, dia 4/6. Os papeis eram impulsionados por rumores de que a companhia de Internet pode ser alvo de aquisição da Microsoft. As ações da AOL, que chegaram a disparar perto de 6% na bolsa de valores de Nova Iorque, exibiam alta de 2% às 16h40min (horário de Brasília) enquanto o índice Dow Jones afundava 3,13%. A AOL, cujo portal utiliza serviços de busca do Google, está discutindo um novo acordo de buscas na Web com "mais de dois parceiros potenciais", afirmou o presidente-executivo da companhia, Tim Armstrong, esta semana. O resultado dessas discussões pode ser a venda da AOL para a Microsoft, publicou o site de notícias Business Insider, nesta sexta-feira, citando uma fonte próxima da estratégia da AOL. Representantes da AOL e da Microsoft não comentaram o assunto. A Microsoft, cujo portal MSN compete com a AOL e o Yahoo, já assinou um acordo para seu mecanismo de buscas online Bing ser a ferramenta utilizada pelos sites do Yahoo, e tem buscado ampliar sua participação no mercado de pesquisas na Web. "Apesar de haver uma forte lógica estratégica por trás de tal acordo, ele não parece muito provável", disse Clayton Moran, analista do Benchmark Co. A AOL, que se separou da ex-controladora Time Warner no ano passado, tem valor de mercado de cerca de US$ 2,2 bilhões. (Agência Reuters)


Nova Iorque / EUA
SonicWall aceita proposta de compra por US$ 717 milhões
Diretores da SonicWall aceitaram a oferta de 717 milhões de dólares para vender a companhia a um grupo de investidores de capital privado, liderado pela Thomas Bravo, LLC. A proposta foi feita com o objetivo de acelerar o crescimento da empresa e desenvolver mais rapidamente novos produtos. A companhia desenvolve produtos para segurança está em expansão. O seu lucro líquido no último trimestre foi 17% maior que o do mesmo período no ano passado. Porém, para se consolidar no mercado de segurança, precisa ampliar rapidamente a sua atuação, segundo informou o vice-presidente de produtos para gerenciamento da SonicWall, Patrick Sweeney. Se a proposta de venda for aprovada pelos acionistas, o acordo vai permitir desenvolvimento mais rápido do próximo produto da empresa, chamado Super Massive, que vai aumentar a velocidade 10 Gbps de seu hardware para gerenciamento integrados das ameaças como todos os recursos de segurança ativados. Sweeney destaca o tamanho é importante porque a indústria de segurança está se consolidando e aponta como exemplo a compra da 3Com pela HP e o fortalecimento de sua divisão Tipping Point, de soluções para o segmento de pequenas e médias empresas. A SonicWall desenvolve soluções para gerenciamento integrado das ameaças de segurança, firewall, Virtual Private Network (VPN) e software para backup de dados. Os acionistas têm ainda de aprovar o negócio, o que é esperado para o início do quarto trimestre deste ano. (Fonte: Network World)

Da redação – São Paulo / SP
Carrefour amplia sortimento de produtos na internet
O grupo francês Carrefour colocou em sua loja virtual duas novas categorias: Bebês e Esporte&Lazer. Com o lançamento, o site chega a 12 categorias. Embora não tenha divulgado o número atual de itens à disposição dos clientes na loja online, a meta da empresa é fechar 2010 com um mix de 80 mil SKUs. A categoria de Bebês é composta principalmente pela chamada “puericultura pesada”, como cadeirinhas (para carro) e carrinhos. Há também brinquedos, andadores, babadores, cadeiras para refeição, berços e cercados, banheirinhas, tapetes temáticos, babás eletrônicas, etc. Já Esporte&Lazer traz produtos voltados para os exercícios físicos. São estações de ginástica, aparelhos para abdominais, bicicletas e bicicletas ergométricas, monitores cardíacos, etc. A categoria apresenta ainda itens para acampamento, como barracas, mochilas e sacos de dormir.


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MERCADO DE LUXO


Da redação – São Paulo / SP
Marcas de luxo tentam crescer no Brasil com lojas próprias
A grife Diane von Furstenberg abriu no final de março seu primeiro ponto de venda no Brasil, no shopping Iguatemi de São Paulo, com a presença da fundadora. A DVF quer se posicionar no mercado brasileiro num segmento chamado pelos especialistas de "luxo acessível". (LEIA MAIS)

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TERCEIRO SETOR


São Paulo / SP
Consumidor motiva iniciativas sustentáveis
"O que leva uma empresa a praticar sustentabilidade?" Diante dessa questão, três professores do Insper elaboraram um estudo em que avaliam o atual estágio do setor de varejo na implementação de projetos considerados sustentáveis, que considerem a combinação das dimensões econômicas, sociais e ambientais na sua concepção. (LEIA MAIS)

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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras

Da redação – Brasília / DF
Oleaginosas: fonte de emprego e renda
Consolidar novas perspectivas para a produção de biocombustíveis produzidos a partir de plantas oleaginosas (ricas em óleo), apresentar informações sobre os avanços tecnológicos do setor e discutir os aspectos econômicos, sociais e ambientais da mamona são os objetivos do 4º Congresso Brasileiro de Mamona, de 7 a 10 de junho, em João Pessoa/PB. (LEIA MAIS)

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ARTIGOS - Conheça nossos especialistas

- Pensar infraestrutura é investir resultados no futuro, por Ricardo Guimarães (LEIA)


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