Edição 225 | Ano II

Londres / Inglaterra
Brasil será 6º maior produtor de petróleo em 2030
Um relatório anual da AIE - Agência Internacional de Energia - divulgado ontem, dia 10/11, afirma que, graças às descobertas das novas reservas de petróleo na camada pré-sal, o Brasil passará a ser o sexto maior produtor mundial de petróleo em 2030, com 3,4 milhões de barris diários --atrás apenas de Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Irã e Canadá. Segundo o relatório World Energy Outlook 2009 ("Panorama da Energia Mundial", em tradução livre), o país é o terceiro com o maior aumento percentual previsto na produção de petróleo, de 2,9% ao ano, entre 2008 e 2030. O aumento da produção ficaria apenas atrás do aumento anual de 4,8% esperado para o Iraque, graças principalmente aos investimentos para a exploração das reservas já existentes, e dos 5,4% de aumento anual previstos para a produção canadense. O mais recente levantamento "The World Factbook", compilado pela CIA (a agência de Inteligência americana) indica que o Brasil ocupa atualmente a 13ª posição no ranking mundial de produtores, com produção diária de cerca de 2,4 milhões de barris.
Queda no consumo - A AIE espera um aumento anual de cerca de 1% na demanda global por petróleo até 2030, apesar de uma queda na demanda entre os países desenvolvidos. De acordo com o relatório da organização, o consumo global de energia deve cair pela primeira vez em 2009 desde 1981, por conta da crise econômica global. Mas a agência diz que, mantidas as atuais políticas de desenvolvimento, o consumo retomará rapidamente sua tendência de alta no longo prazo, acompanhando a recuperação econômica. O relatório prevê um aumento anual de 1,5% no consumo de energia mundial entre 2007 e 2030, totalizando um aumento total de 40% no período. Os principais motores desse crescimento da demanda, segundo a AIE, seriam os países da Ásia (incluindo a China e a Índia), seguidos dos países do Oriente Médio. Apesar do crescimento da produção de energias alternativas mais limpas, a AIE prevê que o petróleo continuará como a principal fonte de energia mundial até 2030 - a participação do petróleo deverá cair apenas de 34% para 30% no consumo total de energia.
Investimentos contra emissões - O relatório da AIE faz ainda um alerta sobre como o mundo deverá enfrentar as mudanças climáticas. De acordo com a agência, o mundo precisará investir US$ 10,5 trilhões no setor de energia entre 2010 e 2030 para atingir o objetivo de limitar as emissões globais de gases do efeito estufa e impedir um aumento das temperaturas mundiais em mais de 2ºC. O relatório adverte que cada ano de atraso na obtenção de um acordo para limitar as emissões somaria US$ 500 bilhões no custo total desses investimentos. Ainda assim, diz a agência, se esse atraso for de alguns anos, ficará impossível cumprir a meta de limitar o aumento das temperaturas globais em 2ºC. No mês que vem, líderes de todo o mundo devem se reunir numa conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Copenhague, na Dinamarca, para tentar chegar a um acordo para limitar as emissões.
Há um consenso cada vez maior entre os países de que é necessário limitar o aumento das temperaturas globais em até 2ºC, acima do qual as mudanças climáticas podem se tornar imprevisíveis e irreversíveis. Mas ainda há grandes divergências sobre qual a maneira de se conseguir esse objetivo. Para a AIE, "a cada ano que passe, a janela para ações sobre as emissões se torna mais estreita, e os custos de transformar o setor de energia aumentam". "Um ingrediente crítico no sucesso dos esforços para prevenir as mudanças climáticas será a velocidade com que os governos ajam nos seus compromissos. A salvação do planeta não pode esperar", afirma a agência em seu relatório.
Segundo a AIE, se nada for feito para limitar as emissões e o aumento das temperaturas mundiais em 2ºC, os custos de adaptação do mundo aos efeitos do aquecimento global serão "várias vezes maiores" do que os custos dos investimentos para limitar as emissões. "Os países que estarão na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas não devem perder isso de vista", recomenda o documento. (Agência BBC Brasil)

Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Petrobras é a 3ª maior empresa das Américas
A Petrobras é a terceira maior empresa entre todas as companhias das Américas, com valor de mercado de US$ 207,9 bilhões, segundo estudo divulgado ontem, dia 10/11, pela consultoria Economatica. No fim de 2002, início do governo Lula, a petrolífera ocupava a 121ª colocação, com valor de mercado de US$ 15,4 bilhões. Nesse intervalo, a Petrobras subiu 118 posições e teve um crescimento de US$ 192,5 bilhões em seu valor. Dentro do período estudado, entre 31 dezembro de 2002 e 9 de novembro 2009, a estatal brasileira conseguiu ficar na segunda colocação entre as americanas em sete oportunidades. Nos dias 21 e 22 de maio do ano passado, a Petrobras atingiu seu maior valor de mercado histórico, com US$ 309,5 bilhões, o que a colocou na segunda colocação, atrás somente da Exxon. No fim de 2002, a Vale, outra gigante brasileira, tinha valor de mercado de US$ 11 bilhões e ocupava a 153ª posição entre as empresas. Hoje, a mineradora ocupa a 15ª colocação, com valor de mercado de US$ 141,9 bilhões. No período pesquisado, a Vale subiu 139 posições, com crescimento de 130,9 bilhões. Atualmente, a empresa com maior valor de mercado no ranking é a Exxon, com US$ 345,8 bilhões, seguida pela Microsoft, com US$ 257,4 bilhões.

Brasília / DF
PIB do Brasil cresce até 10% no terceiro trimestre
O Brasil já está crescendo a uma taxa anualizada de 4% a 5%, disse o ministro da Fazenda Guido Mantega no Fórum Econômico Brasil Itália, realizado pela Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo -, ontem, dia 10/11. Na comparação entre o terceiro trimestre deste ano e o do passado, a expansão do PIB deve ter ficado entre 8% e 10%, afirmou. Nos últimos três anos, acrescentou, a média de crescimento é de 5% e a previsão para 2009 é de 1% "positivo", como fez questão de frisar o ministro. Mantega disse ainda que esse crescimento projetado para 2010 deve se manter, pois "já se iniciou um novo ciclo de expansão que vai perdurar nos próximos anos". O ministro citou vários projetos que vão garantir esse desempenho, como para exploração da camada pré-sal, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, no setor hidrelétrico e no de logística, como o trem de alta velocidade, além da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. A Petrobras, afirmou, está realizando investimentos em torno de US$ 40 bilhões neste ano, "o maior volume de investimento na área de petróleo no mundo." Mantega ressaltou ainda os bons resultados da indústria automobilística e lembrou que, como há uma relação de sete habitantes por carro no país, ainda há seis pessoas que podem adquirir automóveis nos próximos anos. "Espero que nem todos comprem se não a cidade vai parar", ponderou. Sobre a taxação de IOF para estrangeiros, Mantega defendeu a medida dizendo que o país teve que implantar uma "pequena taxa" para o capital externo "tamanho era o interesse que havia pelo Brasil". O objetivo, reiterou, é evitar que haja um exagero de aplicações e a formação de uma "bolha" na Bolsa de Valores brasileira. (Agência Estado)


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INDICADORES ECONÔMICOS


Brasília / DF
IBGE: IPCA acelera para 0,28% em outubro
A inflação de outubro pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 0,28%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que faz esse levantamento de preços. Em setembro, a inflação pelo IPCA havia sido de 0,24%. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,50% no ano e de 4,17% no período de 12 meses encerrado no mês passado. O índice engloba a variação de preços para famílias com rendimentos mensais de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas principais áreas urbanas do País. O IPCA também é o índice oficial utilizado pelo Banco Central para cumprir o regime de metas de inflação, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O centro da meta de inflação para 2009 foi estabelecido em 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.


São Paulo / SP
IGP-M tem queda de 0,10% com recuo no atacado e no varejo
O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou deflação na abertura de novembro, em razão de quedas de custos no atacado e no varejo e a uma desaceleração no setor de construção. O indicador caiu 0,10 por cento na primeira prévia de novembro, ante alta de 0,10 por cento em igual período de outubro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.
Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços por Atacado (IPA) declinou 0,14 por cento agora, ante alta anterior de 0,16 por cento. O IPA agrícola subiu 0,73 por cento nesta leitura, ante baixo de 1,03 por cento na de outubro. O IPA industrial caiu 0,42 por cento, após avanço de 0,55 por cento na leitura anterior.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve baixa de 0,06 por cento, contra variação negativa de 0,10 por cento antes. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve variação positiva de 0,04 por cento na primeira leitura deste mês, contra elevação de 0,19 por cento antes. No ano, o IGP-M acumula queda de 1,67 por cento e nos últimos 12 meses, baixa de 1,79 por cento.


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)


HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Hong Kong / China
Bolsas asiáticas mantêm otimismo com dados da China
Os mercados da Ásia seguiram otimistas nesta quarta-feira. Como Wall Street apresentou estabilidade, as bolsas da região acabaram pautadas pela China, que revelou números da produção industrial acima das expectativas
- Na Bolsa de Hong Kong, o índice Hang Seng ganhou 359,05 pontos, ou 1,6% e terminou aos 22.627,21 pontos, o maior fechamento desde 31 de julho de 2008.
- Após oito pregões consecutivos de ganhos, a Bolsa de Xangai, na China apresentou ligeiro declínio. Os números que mostram retração nos empréstimos bancários em outubro aumentaram as preocupações sobre liquidez. O índice Xangai Composto caiu 0,1% e encerrou aos 3.175,19 pontos. Já o índice Shenzhen Composto ganhou 0,1% e terminou aos 1.135,50 pontos.
- Os sinais de recuperação da economia chinesa não foram suficientes para elevar o ritmo de valorização do yuan, que continua estável em relação ao dólar, após pequena variação na taxa de paridade central dólar-yuan. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,8259 yuans, de 6,8268 yuans do fechamento de terça-feira, dia 10/11.
- Já a Bolsa de Taipé, em Taiwan, recuperou as perdas da sessão da manhã e fechou em elevação. O índice Taiwan Weighted subiu 1% e encerrou aos 7.668,06 pontos, por conta da antecipação do acordo financeiro a ser assinado entre os governos chinês e taiwanês.
- Na Coreia do Sul, o índice Kospi da Bolsa de Seul teve alta de 0,8% e fechou aos 1.594,82 pontos, beneficiado pelos programas de compras de ações. Destaque para os setores eletrônico e automotivo, que se recuperaram de perdas do início do pregão.
- O índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney, na Austrália, subiu 0,5% e fechou aos 4.757,0 pontos, na quarta sessão seguida de alta. Os investidores reagiram com otimismo aos bons números da economia chinesa. Destaque para os segmentos de recursos naturais e imobiliário.
- Nas Filipinas, o índice PSE da Bolsa de Manila avançou 1,7% e fechou aos 3.047,14 pontos, no maior fechamento desde 2 de abril de 2008.
- A Bolsa de Cingapura teve novo recorde de alta este ano depois dos dados acima do esperado da produção industrial da China. O índice Straits Times subiu 1,2% e fechou aos 2.740,43 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, subiu 0,9% e fechou aos 2.403,88 pontos, com alta de ações ligadas a recursos naturais, mas procuras por ofertas mais cedo em ações de produtos de consumo falharam, enquanto ações de fabricantes de cimento caíram.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, subiu 1,4% e fechou aos 717,90 pontos, com compras em ações selecionadas de energia e bancos impulsionando o índice.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, recuou 0,3% e fechou aos 1.270,15 pontos, por conta de realizações de lucros após seis sessões de ganhos.


HOJE – A abertura das Bolsas da Europa

- Londres / Inglaterra - O índice geral FTSE-100 da Bolsa de Londres operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 49,1 pontos (0,94%), aos 5.279,6. O barril de petróleo Brent para entrega em dezembro era negociado hoje no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres em baixa de US$ 77,30, US$ 0,20 a menos que no fechamento de terça-feira.
- Frankfurt / Alemanha - O índice DAX 30 da Bolsa de Frankfurt operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 0,93%, para 5.666 pontos. O euro era negociado hoje na abertura do mercado de Frankfurt a US$ 1,4982, o mesmo valor da última sessão. O Banco Central Europeu (BCE) estabeleceu ontem o câmbio referencial euro em US$ 1,4966.
- Paris / França - O índice de referência CAC-40 da Bolsa de Paris operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 0,80%, aos 3.815,99 pontos.
- Madr / Espanha - O índice Ibex-35 da Bolsa de Madri operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 0,07%, aos 11.823 pontos.
- Roma / Itália - O índice seletivo FTSE-MIB da Bolsa de Milão operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 0,93%, aos 23.226,85 pontos

ONTEM - Resumo dos pregões

São Paulo / SP
Bovespa fecha em alta de 0,13%, com ações da Petrobras
Em um dia marcado pelo vaivém das ações, a Bovespa ainda conseguiu encerrar o pregão de ontem,dia 10/11, em terreno positivo, com ganho modesto. Somente neste mês, trata-se da quinta sessão de alta do índice Ibovespa. As ações da Petrobras foram uma das principais contribuições para a alta do índice Ibovespa. A taxa de câmbio atingiu R$ 1,71.
- O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, teve alta de 0,13% no fechamento, aos 66.303 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 6,607 bilhões.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,717, em um avanço de 0,94%.
- A taxa de risco-país marca 209 pontos, número 3,68% abaixo da pontuação anterior.
Análise 1 - "Estamos próximo de um vencimento de opções, o que sempre deixa o mercado um pouco sem direção e focado nos papéis de maior peso no índice Ibovespa. Acho que também as notícias mais importante da semana já ocorreram, como o G20 e a China. No Brasil, temos mais alguns balanços para ver nos próximos dias, mas acredito que somente o resultado da Petrobras pode fazer alguma diferença para o mercado", comenta Aquiles Valgas, operador da corretora mineira Amaril Franklin. Opções são contratos que negociam direitos de compra ou venda de um ativo financeiro. No dia do vencimento, o investidor deve decidir se exerce esses contratos,conforme os preços à vista desse ativo. Na próxima segunda, está previsto o vencimento do contratos sobre ações da Bovespa. A ação preferencial da Vale, que movimentou R$ 782,89 milhões, caiu 0,81%, enquanto a ação preferencial da Petrobras, que girou outros R$ 744,49 milhões, subiu 0,88%.
Análise 2 - Para corretores, o mercado está preocupado e monitora a possibilidade do governo anunciar novas medidas que afetam o câmbio doméstico, mas ainda está sem elementos concretos. "Se o mercado realmente estivesse especulando em cima disso, acredito que a taxa estaria num patamar mais alto agora", comenta Carlos Alberto Postigo, gerente de operações da Casa Paulista Assessoria Bancária (Banco Paulista). "O que nós vimos hoje foi uma recuperação até, ao meu ver, bastante modesta, fruto também do mercado acionário, que está realizando [vendendo ações mais caras] um pouco hoje", acrescenta.
- O IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - reportou que O nível de emprego na indústria aumentou 0,4% em setembro, na comparação com agosto. Trata-se da terceira alta consecutiva deste indicador.
- A Fipe – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - apontou inflação de 0,31% para o período de quatro semanas até o dia 7 deste mês. Em outubro, o IPC teve variação de 0,25%.
- O ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou que o PIB (Produto Interno Bruto) do país deve crescer entre 8% e 10% no terceiro trimestre deste ano. E que em 2009, a previsão é de 1%.

Reação das Ações / Empresas
- A OGX, braço de petróleo do grupo EBX, do empresário Eike Batista, elevou suas estimativas para suas reservas de petróleo, de 4,8 para 6,7 bilhões de boe (barris de óleo equivalente). A ação ordinária sofreu perda de 6,80% no pregão de ontem, dia 10/11.
- O banco Nossa Caixa reportou lucro líquido recorrente (sem fatores extraordinários) de R$ 164,7 milhões no terceiro trimestre deste ano, um avanço de 83,2% sobre o resultado de um ano antes. A ação ordinária desvalorizou 0,15%.
- A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) revelou que o tráfego aéreo de passageiros teve um crescimento de 42% em outubro (voos domésticos). A TAM manteve a liderança no mercado, seguida de perto pela Gol. E anteontem à noite, dia 9/11, a companhia aérea Gol anunciou um lucro líquido de R$ 77,9 milhões para o terceiro trimestre deste ano, contra prejuízo de R$ 510,7 milhões no mesmo período passado.
- A ação preferencial da TAM teve alta de 2,01% enquanto a ação da rival teve ganho de 1,95%.


Nova Iorque / EUA
Bolsas de NY fecham próximas da estabilidade
As Bolsas de Nova York fecharam próximas da estabilidade, em um dia marcado pela ausência de indicadores nos Estados Unidos.
- O índice Dow Jones subiu 0,20%, para 10.246,97 pontos, na nova pontuação máxima do ano.
- Já o Nasdaq recuou 0,14%, para 2.151,08 pontos.
- Enquanto o S&P-500 caiu 0,01%, para 1.093,01 pontos.
Análise - Depois de passar a maior parte do dia em ligeira baixa, o Dow Jones conseguiu firmar um modesto ganho no final da sessão. Em meio à cautela dos investidores após a alta de três dígitos de segunda-feira, o índice foi impulsionado pelos ganhos do Bank of America (BofA) e da American Express. As ações do BofA subiram 1,65% depois que seu executivo-chefe, Ken Lewis, disse que a integração do banco com o Merrill Lynch & Co está adiantada. Já os papéis do American Express fecharam em alta de 1,61%, após a gigante do setor de cartões de crédito afirmar que seus clientes gastaram mais em outubro. A alta de 0,72% da International Business Machines (IBM) também contribuiu para o desempenho do Dow Jones. Por outro lado, as ações da Boeing caíram 2,01%, as da Cisco Systems recuaram 1,42% e as da DuPont fecharam em baixa de 1,29%.


Londres / Inglaterra
Bolsas europeias fecham em leve baixa
As principais Bolsas europeias fecharam o dia em ligeira baixa, em uma sessão calma. Para investidores, o leve movimento de queda não foi uma surpresa, considerando os fortes ganhos de ontem.
- Em Londres, o índice FT-100 caiu 0,09% e fechou aos 5.230,55 pontos.
- O índice CAC-40 de Paris ficou estável, aos 3.785,59 pontos.
- Enquanto o índice Dax-30 de Frankfurt recuou 0,12%, para 5.613,20 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 caiu 0,02%, para 11.814,00 pontos.
Análise 1 - "O fato dos principais índices terem conseguido se recuperar para estes níveis deixou muitos investidores com renovado otimismo em relação ao estado dos mercados financeiros, à medida que nos movemos em direção ao fim do ano", disse James Hughes, analista da CMC Markets. Entre os setores, o fraco desempenho das montadoras anulou os ganhos da gigante do setor bancário, HSBC Holding, que anunciou balanço hoje. As ações do HSBC Holdings subiram 4,02%, após a empresa anunciar que seu lucro no terceiro trimestre deste ano será "significativamente superior" ao registrado no mesmo período do ano passado. Por outro lado, as ações do Barclays caíram 5,10%, depois da companhia ter anunciado uma queda de 54% no lucro líquido do terceiro trimestre, para 1,08 bilhão de libras (US$ 1,81 bilhão).
Análiese 2 - As ações da Volkswagen caíram 8,04%, após o Qatar Holding vender 25 milhões de ações preferenciais da montadora alemã. Os papéis da Porsche Automobil Holding fecharam em baixa de 3,71%. Ainda no noticiário de resultados, as ações da gigante do setor de rede sem fio Vodafone Group caíram 1,45%, apesar da companhia ter informado que seu lucro mais que dobrou no primeiro semestre, para 4,82 bilhões de libras.


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MERCADO FINANCEIRO


Da redação - São Paulo / SP
VisaNet adota estratégia de expansão e muda nome para Cielo
A VisaNet anunciou nesta terça-feira a mudança da marca como parte da estratégia de ser conhecida como uma credenciadora multibandeira, passando a se chamar Cielo. "O mercado muda e nós temos que mudar", disse Rômulo de Mello Dias, presidente da empresa de meios de pagamento, credenciadora única dos cartões Visa. O executivo explicou que o contrato de exclusividade com a bandeira Visa termina em julho de 2010. Além disso, com a mudança de regulamentação do setor que está sendo discutida pelo governo, as empresas credenciadoras estarão sujeitas a maior concorrência. Hoje, Visanet e Redecard detêm mais de 90 por cento do mercado. "Ficaria inapropriado continuar usando o nome Visanet", afirmou Dias. Ele disse que a companhia ainda não procurou a MasterCard para negociar o início do credenciamento dos cartões CrediCard, mas no momento oportuno deve anunciar um acordo para os cartões Dinners.


Washington / EUA
Falências de bancos nos EUA atingirão pico em 2010
A presidente da Federal Deposit Insurance Corp (Fdic), Sheila Bair, disse hoje que mais bancos devem fechar no país. "Nós obviamente temos muitos outros bancos que vão fechar este ano e no próximo", afirmou Sheila. Ela acrescentou que o colapso dos bancos "vai atingir o pico no próximo ano e, então, ceder". A Fdic é a agência que garante os depósitos bancários nos EUA. Sheila participou hoje de um evento no Institute of International Bankers, em Nova York. Em 2009, na esteira da crise financeira, os reguladores bancários fecharam mais de 100 bancos, um número bem maior que o registrado em anos anteriores. A presidente da Fdic afirmou ainda que está decepcionada com o estado do crédito bancário, afirmando que "nenhuma das grandes instituições está fazendo um bom trabalho na área de empréstimos no momento". Mas ela admitiu que os bancos dos EUA estão sob estresse e podem precisar de um empurrão do governo para emprestar mais. Sheila disse que acredita que a legislação sobre o setor financeiro, a ser discutida no Congresso, será refinada para eliminar a ajuda do governo a bancos perto do colapso e para evitar que os EUA assumam posições nas instituições. Segundo ela, a legislação proposta pelo deputado democrata Barney Frank sobre o tratamento de bancos considerados muito grandes para falir será fortalecida "para que firmas que fracassam sejam fechadas". (Agência Dow Jones)


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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Emprego na indústria sobe pelo terceiro mês seguido em setembro
O nível de emprego na indústria aumentou 0,4% em setembro, na comparação com agosto, subindo pelo terceiro mês seguido, informou nesta terça-feira o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em relação a igual período do ano passado, o movimento de retração foi mantido. A queda foi de 6,5%, décimo recuo consecutivo. No acumulado dos últimos 12 meses, a retração é de 4,2%. No acumulado de janeiro a setembro, houve queda de 5,6% em relação a igual período em 2008. O valor da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria voltou a subir, com alta de 1,7% frente a agosto. Em relação a setembro de 2008, houve recuo de 4,9% neste indicador.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a folha de pagamento caiu 2,5%, na comparação com igual período em 2008. No acumulado nos últimos 12 meses, houve queda de 0,7%. O número de horas pagas subiu 1,1% em setembro, se comparado a agosto. Em relação ao mês correspondente no ano passado, foi observado recuo de 6,4%. No acumulado de janeiro a setembro, a queda é de 6,3% sobre igual período em 2008. Nos últimos 12 meses, a redução do número de horas pagas é de 4,8%.
Houve queda em 13 das 14 regiões pesquisadas no número de pessoal ocupado assalariado, se analisadas de forma comparada a setembro de 2008. As principais influências vieram de São Paulo (-4,8%), Minas Gerais (-11,1%), região Norte e Centro-Oeste (-9,9%) e Rio Grande do Sul (-8,6%). O emprego industrial apresentou recuo em 16 dos 18 setores investigados, na comparação com setembro de 2008. As principais retrações foram notadas na cadeia de produção de meios de transporte (-13,8%), máquinas e equipamentos (-11,5%), produtos de metal (-11,2%), madeira (-18,6%) e vestuário (-6,9%). (Agência Folha)

Da redação – São Paulo / SP
Pirelli amplia investimentos no Brasil em US$ 100 milhões
A fabricante de pneus Pirelli anunciou ontem, dia 10/11, que ampliará o seu plano de investimentos no Brasil, já anunciado em julho deste ano, para incluir investimentos na área de pneus para veículos especializados. Serão investidos neste ramo US$ 100 milhões, que se juntam aos US$ 300 milhões do plano de investimentos da multinacional italiana no Brasil entre 2008 e 2011. Com isso, o investimento total da empresa no período será de US$ 400 milhões. Os recursos serão concentrados na fábrica da Pirelli em Santo André e serão destinados à criação de um departamento de pesquisa para a produção de pneus para a construção civil, para modernização e ampliação da capacidade produtiva das divisões destinadas à agricultura e ao desenvolvimento de novas tecnologias para pneus radiais. Segundo a empresa, o novo investimento se faz necessário devido à demanda que estes setores terão nos próximos anos. "Especialmente no segmento de veículos para a construção civil, minas e mineração, os mercados de maior crescimento serão exatamente o brasileiro, com previsão de crescimento total de 37% no período de 2010-2013 em relação a 2008, e o latino americano, com crescimento estimado de 25% no mesmo período", informou a Pirelli em comunicado. Com o investimento, a multinacional italiana também prevê que voltará a exportar pneus especializados a partir de 2011.


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AGRONEGÓCIOS


Da redação - Brasília / SP
Preços agrícolas encerram outubro com alta de 2,58%
O índice de produtos de origem vegetal subiu acima do índice geral (2,77%), enquanto o índice de produtos de origem animal registrou alta de 2,11%. O IqPR – Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista encerrou outubro com alta de 2,58%, segundo o Instituto de Economia Agrícola –IEA/Apta da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Com a exclusão da cana-de-açúcar do cálculo, o índice geral assinalou variação positiva de 2,39%. Já o índice de produtos vegetais aumentou um pouco mais (2,65%), de acordo com os pesquisadores Eder Pinatti, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves e Luis Henrique Perez.
No acumulado de doze meses, o índice geral cresceu 7,74% e o índice de produtos vegetais aumentou 15,26%, enquanto o índice de produtos animais recuou 9,76%. Sem a cana-de-açúcar, o índice geral caiu 0,04%, enquanto o índice vegetal fechou o período em 9,17% positivos.
As altas mais expressivas em outubro, em relação ao mês anterior, ocorreram nos preços do amendoim (32,30%); do tomate para mesa (27,80%);da carne suína (12,64%); da carne de frango (10,50%); e da batata (10,31%). No caso do amendoim, o final do período de safra reduziu a oferta do produto, acarretando valorização, o que favoreceu a recuperação dos preços, dizem os técnicos do IEA. Já a instabilidade do clima, durante o processo produtivo, prejudicou a produção de tomate para mesa, elevando a cotação do produto, como mostra a análise. E a alta do preço da carne suína ainda apresenta fôlego, influenciada pelo aumento da demanda, principalmente por parte da indústria, que está incrementando a produção de derivados de carne suína, com vista ao consumo do final do ano.
Por sua vez, a carne de frango recupera preços que se encontravam em patamar bem inferior nas quadrissemanas anteriores. E o clima também foi o responsável pelas perdas na produção de batata e a conseqüente menor oferta do produto no mercado, o que acarretou alta das cotações. As quedas mais significativas em outubro, frente ao mês anterior, foram verificadas nos preços da banana nanica (9,79%); dos ovos (7,90%); do feijão (7,73%); do trigo (7,20%) e dos leites C e B (5,32% e 4,12%). No período de outubro/2008 a outubro/2009, os maiores aumentos foram registrados nos preços da batata (124,12%); do tomate para mesa (114,07%); da banana nanica (19,35%) - produtos onde a sazonalidade e o clima foram os principais fatores pela elevação dos preços - e da cana-de-açúcar (19,36%), cujas condições favoráveis no mercado internacional do açúcar, em relação ao ano passado, sustentaram a elevação dos últimos doze meses. "Dos produtos brasileiros, com relevância internacional, têm-se a soja com patamar de preços similares aos do ano anterior, ou seja, a continuidade do crescimento da economia chinesa - importante mercado para a soja brasileira - vem sustentando o patamar dos preços internacionais dessa oleaginosa. Vale destacar ainda as variações negativas para a carne bovina, milho e arroz", observam os pesquisadores do IEA.
"Chama a atenção o comportamento do conjunto de preços, em relação a 2008, que mostra comida mais barata em termos de alimentos básicos: feijão e arroz (-65,17% e -19,04%, respectivamente); mais cara em termos das saladas e misturas vegetais: tomate de mesa e batata (114,07% e 124,12%, respectivamente); e, nas duas principais frutas, a banana está mais cara (+19,35%) e a laranja de mesa equilibra o preço da cesta de frutas ao estar mais barata (-29,83%). O café da manhã fica mais caro pelo aumento do trigo (2,83%) e do leite (6,71% e 7,36%, tipo B e C, respectivamente), ainda que com café mais barato (-2,28%)."
Já o consumo de proteína - com reflexos na qualidade nutricional - é mais favorável que no ano passado, em face dos preços inferiores da carne bovina (-13,48%); da carne de frango (-7,75%); da carne suína (-24,52%) e dos ovos (-19,04%). Mesmo que essas condições favoráveis de preços não necessariamente cheguem ao varejo, no campo indicam condições favoráveis aos consumidores, ainda que representem reflexos negativos para a renda dos agropecuaristas, concluem os pesquisadores. (Fonte: Assessoria de Comunicação da Apta)


Da redação – Brasília / DF
Agronegócio domina a produção
Desde o início do programa, o agronegócio domina o biodiesel. Plantadores de soja e frigoríficos são os fornecedores de 95% da matéria-prima. Na média dos últimos 11 meses, de acordo com a ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis -, a soja ficou com 79% e o sebo, com 16%. Em terceiro lugar, com menos de 3%, aparece o óleo de girassol. A mamona, carro-chefe da publicidade oficial, não aparece. Ricardo Dornelles, Diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, diz que alguns fatores contribuíram para que a mamona não tivesse o desempenho esperado, como baixa produtividade e falta de cultura de associativismo no Nordeste. Para Fábio Trigueirinho, diretor-executivo da Abiove - Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais -, a liderança da soja aconteceu porque o produto já tinha um patamar alto de produtividade, por conta de pesquisas feitas há vários anos.


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SETOR AUTOMOTIVO

Bueno Aires / Argentina
Demanda brasileira por veículos aquece produção na Argentina
O Brasil tem estimulado a indústria de automóveis argentina nos últimos meses. O país, terceiro maior fabricante de automóveis da América Latina, vê sua produção se recuperar da crise global e está caminhando para a montagem de 500 mil veículos neste ano. Apesar de ser inferior aos 600 mil fabricados em 2008, ainda é um resultado muito melhor que o originalmente previsto. "O mercado brasileiro ajudou muito", disse o diretor de relações institucionais da Mercedes-Benz na Argentina, Gustavo Castagnino. "[O Brasil] se tornou o motor da indústria na região, e especialmente na Argentina". Incentivos tributários brasileiros, junto com sua recuperação econômica mais rápida em comparação a economias mais desenvolvidas, ajudaram a Argentina a compensar a pouca demanda na Europa. "O mercado europeu, que foi chave para nós no ano passado, desapareceu completamente. Das 2.500 unidades exportadas para a Espanha no ano passado, fomos para zero este ano. Nós enviamos outras 2 mil para a Rússia em 2008, e nenhuma este ano", disse Castangnino. A montadora, controlada pela Daimler AG, produz veículos comerciais na Argentina e, até o ano passado, exportou entre 25% e 30% de sua produção para o Brasil. Já neste ano, esse número subiu para 50%, disse Castagnino. A situação reflete a saúde do mercado de automóveis brasileiro, um dos mais fortes do mundo nos últimos meses. O Brasil está entre os seis maiores fabricantes mundiais de automóveis. O setor automotivo na Argentina representa quase 15% de seu PIB industrial, enquanto as vendas de veículos e peças representam cerca de 9% do total de exportações, segundo dados da consultoria Abeceb.com. Exportações e demanda local impulsionaram o setor automotivo durante o "boom" econômico de seis anos da Argentina, antes de a economia esfriar e a crise global bater. Um crescimento na demanda local argentina também tem ajudado a impulsionar uma recuperação. (Agência Reuters)


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VAREJO & SERVIÇO

Da redação - São Paulo / SP
Metade dos brasileiros compraram marcas próprias neste ano
Em 2009, os produtos de marca própria tiveram um crescimento de 7% no faturamento em relação ao ano de 2008 no varejo de autosserviço, de acordo com estudo divulgado pela Nielsen. As categorias de marca própria com maior faturamento são leite, óleo vegetal e azeite, papel higiênico, arroz, açúcar, bolachas e biscoitos, feijão, pães e bolos, iogurtes e panetones. Juntas, elas somaram R$ 786,9 milhões em vendas no autosserviço. O número de itens cresceu 22,7%, na comparação anual, para 55.752 produtos disponíveis em 165 (24%) das 684 empresas participantes da pesquisa. No primeiro semestre de 2009, as marcas próprias foram consumidas por 49,3% da população brasileira, de acordo com o levantamento.

Da redação - São Paulo / SP
Vendas em shoppings deverão crescer 11% no Natal
A Abrasce - Associação Brasileira de Shopping Centers - projeta um aumento de 11% nas vendas para o Natal deste ano em relação ao mesmo período de 2008, com um incremento de 12% no fluxo de consumidores. Na lista dos presentes que mais devem ser vendidos nesta temporada estão vestuário, eletroeletrônicos, alimentação e lazer. Em média, os shoppings aumentaram em quase 50% os investimentos para decoração e campanhas de Natal, para R$ 1,5 milhão.

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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília / DF
Brasil abre frentes contra protecionismo
A Câmara de Comércio Exterior (Camex), composta por sete ministros, divulgou ontem, dia 10/11, a lista de 222 produtos americanos que poderão ser sobretaxados na importação em uma retaliação comercial contra os EUA. O objetivo da divulgação é fazer uma consulta pública com empresários brasileiros e ver quais os setores que podem ter um benefício maior ao Brasil e um ônus alto para os americanos.
Do total de itens inseridos na lista, 141 itens (64%) são bens de consumo e 81 itens (36%) são bens intermediários. O valor da lista representa 10,6% do total das importações brasileiras dos Estados Unidos em 2008. De acordo com a secretária executiva da Camex, Lytha Spíndola, a lista de produtos que poderão ter o Imposto de Importação elevado pelo governo totaliza US$ 2,7 bilhões. Spindola explicou que a lista é preliminar e sofrerá ajustes após o recebimento das sugestões do setor produtivo.
De acordo com Lytha, a lista foi elaborada considerando o critério de concentração em poucos itens de alto valor de forma que não fossem incluídos insumos ou bens de capital ou produtos não fabricados no Mercosul. Além disso, ela afirmou, que os produtos incluídos devem ser encontrados no mercado interno ou podem ser importados de outros mercados para não prejudicar a indústria nacional e os consumidores brasileiros.
O diretor do departamento econômico do Itamaraty, Carlos Márcio Cozendey, explicou que o foco da lista é permitir que o setor privado aponte quais produtos prejudicariam a economia brasileira, caso haja retaliação. "A possibilidade de não haver retaliação é se os Estados Unidos implementarem a decisão da OMC [Organização Mundial do Comércio]. O objetivo do Brasil é fazer os Estados Unidos se moverem. Não movimentaríamos o governo todo se não tivéssemos a intenção de aplicar a retaliação."
Para Roberto Segatto, presidente da Associação brasileira de Comércio Exterior (Abracex), a lista é incompleta, afinal os produtos integrantes da lista são comprados da China e do que dos Estados Unidos, como tubos de raio X, móveis de plástico. "Tem coisas nesta lista que não condizem com a pauta de exportação do Brasil com relação aos Estados Unidos, a medida mais correta seria colocar uma sobretaxa para todos os produtos comprados dos norte-americanos", explicou Segatto.
Segundo ele, essa seria a forma mais prática de haver uma negociação entre as partes. "Um bom acordo é a melhor coisa."Cozendey explicou que, pelos cálculos do governo brasileiro, a retaliação seria em torno de US$ 800 milhões, considerando os dados de 2009. Esse número ainda não é definitivo, porque depende de os Estados Unidos informarem os valores dos subsídios concedidos sob forma de garantia às exportações de algodão. O aumento das taxas de importação, no entanto, deve ser limitado a US$ 450 milhões. O que exceder este montante será utilizado através de propriedade intelectual, como por exemplo quebra de patentes de medicamentos. Esta decisão, no entanto, só será tomada em dezembro.
De acordo com o professor de negócios internacionais do Mackenzie, Givan Fortuoso da Silva, esses produtos que o Brasil relacionou não são os principais produtos da pauta exportadora. "O governo colocou os produtos com menor relevância e menor valor agregado na lista", disse. "Dentro da decisão dada pela OMC, o que mais exige tato no termo de aplicação serão as medidas cruzadas, como a questão da propriedade intelectual que criará uma grande preocupação para os Estados Unidos. Essa ameaça sim é preocupante para a economia americana", afirmou.
Conforme a decisão da OMC, o Brasil tem direito a retaliar os americanos em até US$ 450 milhões em bens podendo atingir outros US$ 450 milhões na área de serviços e propriedade intelectual. Lytha disse que inicialmente serão selecionados os bens a serem incluídos no primeiro valor da retaliação. O cronograma do governo prevê que a análise das sugestões recebidas ocorra até 10 de dezembro para que a lista definitiva seja aprovada pela Camex na reunião de do próximo mês.
A secretária disse que o país está se preparando para começar o processo de retaliação já em janeiro. "Não havendo o desmonte dos subsídios pelo Congresso americano, vamos exercer o nosso direito." Ela informou ainda que as sugestões devem ser encaminhadas por meio eletrônico (no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e por uma cópia em papel. As manifestações devem ser feitas, preferencialmente, por entidades de classe. (Agência Estado)


Da redação - Porto Alegre / RS
Indústrias exportam usina
As indústrias de base voltadas para a produção de equipamentos para o setor sucroalcooleiro estão ampliando as exportações de usinas prontas ("chave na mão") para driblar a baixa demanda por novos projetos "greenfield" (construção a partir do zero) no Brasil atualmente. A crise financeira pela qual as usinas passam levou empresas tradicionais, como a Dedini Indústria de Base, de Piracicaba/SP, e a Sermatec, de Sertãozinho/SP, a buscar clientes no mercado externo. Essas empresas estão fornecendo usinas para países da América do Sul e da África, que deram início a programas de biocombustíveis.
A Dedini acabou de entregar uma usina de álcool para o grupo Alur, no Uruguai, que só produzia açúcar, afirmou ao Valor Sérgio Leme, CEO do grupo. Segundo Leme, a queda das vendas no mercado interno "forçou" a empresa a buscar oportunidades no ext! erior. A empresa também firmou um contrato para fornecimento de uma refinaria de açúcar para a Nigéria. A companhia recebeu recentemente três consultas para a construção de unidades produtoras fora do país. No mercado interno, há poucos negócios para projetos "greenfield". Os pedidos ainda estão restritos à ampliação da capacidade de produção de açúcar das unidades já existentes, por conta dos bons preços da commodity no mercado internacional. "Temos trabalhado apenas com os pedidos em carteira de 2007 e 2008", afirmou Leme.
Segundo o executivo, a empresa também participou de parte dos projetos de implantação de usinas de álcool na Venezuela, que está sendo tocado pela estatal petrolífera PDVSA, e trabalhou na implantação de destilarias em países da África. As exportações da Dedini já representam 10% do faturamento da companhia e deverão aumentar para 15%, considerando o aumento das vendas fora do país. Também atingida pela crise das usinas sucroalcooleiras do país, a Sermatec está participando da construção da usina de álcool que a Odebrecht está erguendo em Angola com parceiros locais, afirmou Antônio Carlos Christiano, presidente da companhia. A empresa está fornecendo um difusor e moendas de cana.
A empresa, com sede em Sertãozinho, embarcou uma caldeira para cogeração de energia para uma usina mexicana, e também para uma unidade na Argentina, de acordo com Christiano. O executivo afirmou que nos últimos meses as exportações da companhia têm respondido por entre 45% e 50% do faturamento total da companhia. Antes, as vendas externas representavam entre 15% e 20%, no máximo. Neste segundo semestre, as indústrias de base voltadas para o setor tiveram pedidos somente para ampliar a capacidade de usinas já em operação. Segundo Christiano, os pedidos para a construção de novos projetos só deverão ocorrer a partir do segundo trimestre de 2010, quando as usinas do Centro-Sul começam a moagem e terão dimensão dos possíveis investimentos. Entre 2005 e 2008, foram anunciados cerca de 200 projetos de novas usinas no país. No entanto, somente metade deles realmente saiu do papel.


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MERCADO DE TI


Da redação - São Paulo / SP
Lucro da Positivo Informática sobe 5% no terceiro trimestre
A fabricante de computadores Positivo Informática anunciou ontem, dia 10/11, que teve lucro líquido de R$ 59,1 milhões no terceiro trimestre, com uma alta de 4,9% sobre o mesmo período do ano passado e de 386,3% sobre o segundo trimestre. No período, a receita líquida atingiu R$ 642,9 milhões, com alta de 26% sobre igual intervalo de 2008. Na mesma base de comparação, o Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 6,6%, para R$ 65,4 milhões. Segundo a empresa, o período foi marcado pela recuperação nas vendas de computadores no varejo, mas que as empresas ainda não estão comprando como antes de iniciar a crise financeira global. "No terceiro trimestre, o mercado brasileiro de computadores apresentou sinais mais consistentes de recuperação, principalmente pela maior demanda do produto para uso doméstico através do mercado de varejo, beneficiando-se da melhoria contínua dos principais indicadores internos de consumo, como confiança do consumidor, emprego e crédito", informou a empresa em comunicado ao mercado. "O mercado corporativo, entretanto, ainda tem apresentado um ritmo mais lento de recuperação em relação aos patamares de 2008." A empresa bateu entre julho e setembro o seu recorde de unidades vendidas - 528,5 mil computadores, ou 21% a mais do que no mesmo período de 2008. O crescimento mais expressivo ante o mesmo período do ano passado foi em notebooks (51%), enquanto o de desktops avançou 6,3%.


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MERCADO WEB

Cingapura / China
Yahoo quer triplicar margens nos próximos três anos
O Yahoo está comprometido em obter uma margem operacional entre 15 e 20 por cento nos próximos três anos ante nível atual de 6%, afirmou a presidente-executiva da companhia, Carol Bartz, ontem, dia 10/11. Bartz descreveu a margem atual de 6% da empresa como "terrível, terrível". O Yahoo vai focar crescimento em mercados do sudeste da Ásia, como Indonésia e Vietnã, afirmou a executiva em evento da Câmara Americana de Comércio de Cingapura. A Microsoft informou em 5/11 que sua parceria em buscas online com o Yahoo não será limitada aos Estados Unidos, mas que será ampliada para ao redor do mundo assim que receber aprovação de autoridades de defesa da concorrência. No início deste ano, Microsoft e Yahoo assinaram parceria de 10 anos em buscas para desafiar o domínio do Google, operação que autoridades nos Estados Unidos e na Europa estão avaliando.


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LOGISTICA & INFRAESTRUTURA


São Paulo / SP
Lucro da ALL no 3° trimestre cai 50,7%
A maior operadora logística com base ferroviária da América Latina, ALL, sofreu queda de 50,7% no lucro líquido do terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, afetada por queda em tarifas e aumento de despesas financeiras. O lucro líquido nos três meses encerrados em setembro somou R$ 57,9 milhões ante R$ 117,4 milhões um ano antes. Nos nove primeiros meses de 2009, a companhia teve lucro R$ 95,4 milhões, recuo de 54,3%.
A empresa informou que as tarifas (yield médio) no terceiro trimestre caíram 6,5% no Brasil como reflexo de "repasse da redução no preço do diesel e maiores volumes de carga de retorno, parcialmente compensado por um aumento no volume de ponta rodoviária... e um preço de frete depreciado no mercado spot (à vista)".
A receita líquida recuou com isso 2%, para R$ 662,5 milhões, enquanto a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 341,2 milhões, queda de 5,3% em relação ao terceiro trimestre de 2008. A margem Ebitda passou de 53,3% para 51,5%.
A empresa classifica o quarto trimestre como "desafiador" no balanço, mas vê 2010 com perspectivas promissoras diante de estimativa de crescimento de 9,3% na safra brasileira de grãos na região de atuação da ALL. A companhia ainda cita produção industrial subindo 6,5% no próximo ano. "Os sinais de recuperação nos yields são bastante positivos para 2010", informa a empresa no balanço. De janeiro a setembro, os yields caíram 2,9% no Brasil.
Os volumes de cargas no terceiro trimestre cresceram 11,4% no Brasil. Mas na Argentina, que representa atualmente 5 por cento da receita da companhia, os volumes tombaram 24%. As despesas financeiras saltaram 57,1%, passando de R$ 134 milhões no terceiro trimestre de 2008, para R$ 210,6 milhões nos três meses encerrados em setembro.
Segundo a empresa, o terceiro trimestre do ano passado contou com um ganho extraordinário de 78 milhões de reais ocasionado por depreciação do real contra o dólar logo após o início da crise mundial. No trimestre passado, a empresa incorreu ainda com gastos adicionais com juros de contratos de aluguel de novos vagões. (Agência Reuters)


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TELECOM & ENERGIA


Rio Janeiro / RJ
Petrolífera de Eike Batista eleva estimativa de reservas de petróleo
A OGX, braço de petróleo do grupo EBX, do empresário Eike Batista, reavaliou suas reservas no país após a inclusão de blocos adquiridos em setembro e dados sísmicos recém-adquiridos de blocos nas bacias de Campos e Espírito Santo. Em relatório elaborado pela consultoria DeGolyer & MacNaughton, que também fez as primeiras estimativas da OGX, os recursos potenciais riscados líquidos da empresa foram elevados de 4,8 para 6,7 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) e os recursos contingentes líquidos foram estimados em 212 milhões de boe. As reservas riscadas são calculadas apenas por meio de imagens das sondas que fazem a sísmica.
A taxa de sucesso também foi revista para cima: 34,5% contra probabilidade média anterior de sucesso de 27%. As projeções não incluem as recentes descobertas da companhia nas bacias de Campos e Santos. O relatório incluiu os recém adquiridos dados sísmicos para cinco blocos que compõem a parte sul da bacia de Campos e para os cinco blocos da bacia do Espírito Santo. Foi também incluída a estimativa preliminar de volumes baseados nas poucas linhas sísmicas disponíveis dos sete blocos adquiridos recentemente na bacia do Parnaíba, no Estado do Maranhão.
Diante das novas projeções, a OGX alterou também o seu cronograma elevando de 51 para 72 poços marítimos e 7 poços terrestres. Para 2010, estão previstas as perfurações de 27 poços, ante 19 da previsão anterior. "Em linha com o aumento substancial dos volumes, a OGX está revisando seu plano de negócios de modo a refletir o escopo adicional de atividades necessárias para suportar o processo de transformação de recursos em reservas provadas e acelerar a produção", informou a OGX.
Cautela e pré-sal - O mercado recebeu com cautela as novas projeções da OGX, que em teleconferência com analistas nesta manhã teve que responder a várias perguntas sobre a metodologia das estimativas. Os analistas questionaram também a qualidade do óleo encontrado e a possibilidade de a empresa encontrar petróleo abaixo da camada de sal na bacia do Espírito Santo. "Os números que estamos anunciando é no pós-sal, não inclui potencial de pré-sal, mas vamos fazer imagens mais profundas para ver o potencial do pré-sal", explicou a analistas o diretor-geral e de Exploração e Produção da OGX, Paulo Mendonça, ex-funcionário da Petrobras. O executivo disse que na bacia do Parnaíba, onde adquiriu sete blocos em setembro e onde já havia sido furado um poço, em 1987, há indícios de gás natural e óleo leve. Os demais poços ainda estão sendo avaliados. A OGX, no início de outubro, encontrou indícios de hidrocarbonetos no bloco BM-S-29, localizado em águas rasas da bacia de Santos. Também no mês passado a empresa anunciou a presença de óleo no poço localizado no bloco BM-C-43, em águas rasas da parte sul da Bacia de Campos, no qual o volume estimado de óleo recuperável se situa entre 500 milhões e 1,5 bilhão de barris. (Agência Reuters)

Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Pão de Açúcar prepara MVNO
O Pão de Açúcar, maior rede de supermercados do país, está se preparando para se tornar uma operadora de telefonia móvel. O projeto, que está sendo finalizado, só depende da regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para sair do papel. Consultado, o Pão de Açúcar confirmou o interesse no negócio. Em nota, o grupo informa que, “no momento certo e condições adequadas, poderá iniciar o projeto“. A ideia da rede é atrair, em uma primeira fase, os clientes de seu cartão Mais a utilizar seus serviços de telefonia. Depois, haverá um esforço na adesão de outros clientes. Atualmente, o grupo possui cerca de 680 mil clientes cadastrados pelo cartão Mais. Para atingir seu objetivo, o Pão de Açúcar terá atrativos. Um deles será transformar em créditos parte do valor das compras realizadas por esses clientes nas suas lojas ou no site. Os créditos poderão ser usados em chamadas telefônicas.


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MERCADO DE LUXO


Londres / Inglaterra
Ásia impulsiona mercado global de luxo
Fortalecido por um aumento previsto de 12% nas vendas de 2009 em relação ao ano passado na China, com expansão de 20% nas vendas online, o setor de artigos de luxo deverá ter neste ano um declínio menor que o inicialmente previsto em todo o mundo. De acordo com o estudo Luxury Goods Worldwide Market, da Bain & Company, as vendas em 2009 deverão diminuir 8%, para 153 bilhões de euros, contra 10% de redução estimada em abril. Para 2010, a expectativa é de um aumento de 1% nas vendas. O setor de luxo continua com desempenho fraco nos mercados desenvolvidos: -16% na América do Norte, -10% no Japão e -8% na Europa em relação a 2008. O estudo prevê, entretanto, que as vendas na Ásia deverão subir 10%. (Agência Reuters)


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