I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 195 | Ano I

Brasília/DF
União banca subsídio de R$ 184 bilhões na dívida de Estados
Quando um banco faz um empréstimo, tem por norma cobrar juros maiores que os que paga ao captar dinheiro. Nos últimos 12 anos, o governo federal tem agido de forma inversa em relação aos Estados: empresta a juros inferiores aos que paga ao mercado. Enquanto os bancos faturam com altos spreads, o governo arca com subsídios - que, desde 1997, já somam R$ 184,5 bilhões, concedidos a 24 Estados e ao Distrito Federal. Esse subsídio ocorre sempre que a taxa Selic, que corrige o que a União deve a bancos e investidores, fica maior que o índice de correção das dívidas que a mesma União tem a receber dos governos estaduais. Para se ter uma ideia de dimensões, o subsídio acumulado - calculado pelo Tesouro Nacional a pedido do Estado - supera os orçamentos anuais somados de São Paulo e do Rio de Janeiro, os dois Estados mais ricos do País. Equivale a 4,5 vezes o orçamento do Ministério da Educação. Se convertido em dólares, é cinco vezes maior que o valor do socorro concedido pelo governo norte-americano a gigante General Motors. A renegociação do final dos anos 90 evitou que Estados quebrassem e estabeleceu duas condições que eles dificilmente obteriam do mercado: juros fixos por 30 anos e um teto para o pagamento mensal, proporcional à arrecadação. Mas os governadores nunca se mostraram satisfeitos e, de tempos em tempos - como agora -, pressionam por mais concessões. O que alimenta a nova onda de lobby é a queda da taxa Selic - acelerada pela crise econômica -, que elimina o subsídio federal. Proporcionalmente, as dívidas estaduais - corrigidas por juros de 6% ao ano, combinados com a variação da inflação medida pelo IGP-DI, na maioria dos casos - acabam ficando caras.
O líder informal desse movimento é o governo de Mato Grosso. Em abril, uma reunião de todos os secretários estaduais de Fazenda aprovou por unanimidade - com a abstenção do Rio de Janeiro e do Espírito Santo - a proposta mato-grossense de exigir uma série de mudanças nas condições dos empréstimos. Em resumo, os Estados querem pagamentos mensais menores, além de corrigir o estoque da dívida por juros mais baixos e por outro índice de inflação, o IPCA. O governo federal, como seria de se esperar, não gostou da ideia. O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, lembrou que a Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe expressamente outra renegociação entre os entes da Federação. (Agência Estado)



Jacarta/Indonésia
Países asiáticos criam fundo de emergência de US$ 120 bilhões
Os dez países da Asean - Associação de Nações do Sudeste Asiático - junto com a China, Coreia do Sul e Japão acertaram ontem à noite a criação de um fundo de emergência dotado com US$ 120 bilhões, no primeiro movimento independente no continente para enfrentar a crise. O fundo anunciado durante a reunião anual do Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD), realizado hoje, dia 5/5, na ilha indonésia de Bali, servirá para ajudar as nações cujos sistemas ameacem colapsar devido à crise. China e Japão fornecerão 32% do dinheiro cada uma, enquanto a Coreia do Sul colaborará com 16% e as nações da Asean porão os 20% restantes. Entre as nações da associação, os países que mais contribuirão serão Indonésia, Cingapura, Tailândia e Malásia, com US$ 4,77 bilhões cada uma. O Japão anunciou a formação de um fundo em separado com 6 trilhões de ienes (cerca de US$ 60 bilhões) com este mesmo fim. O BAD anunciou uma série de medidas para enfrentar a situação econômica durante o fim de semana, entre as quais se conta o aumento de sua atividade de crédito às nações mais pobres da região em US$ 10 bilhões nos próximos 2 anos, para um total de US$ 32 bilhões. (Agência Efe)

Montevidéo/Uruguai
Petrobras é pré-classificada para buscar petróleo no Uruguai

A Petrobras foi pré-classificada para a licitação da prospecção e exploração de petróleo na plataforma continental uruguaia, informou ontem, dia 4/5, a Ancap - companhia estatal de combustíveis do Uruguai. A empresa brasileira terá como concorrentes YPF e Pluspetrol, da Argentina; BHP Billiton, da Austrália; Galp, de Portugal; e PDVSA, da Venezuela. Agora, elas têm até 30/6 para apresentar suas propostas concretas de prospecção. Na primeira fase, um total de 20 empresas havia mostrado interesse e a maioria delas comprou informação e dados do estudo sobre a plataforma marítima que a Ancap encomendou a uma empresa norueguesa, por US$ 8 milhões. Após esses estudos, a área do oceano Atlântico em frente à costa uruguaia foi dividida em 11 blocos divididos em dois níveis, de acordo com a complexidade. Cada um deles será licitado individualmente, para petróleo e gás. Na segunda etapa de pré-classificação, a Ancap levará em conta o plano de prospecção, o custo de exploração e a margem de participação que será oferecida ao Estado uruguaio. Segundo as estimativas dos técnicos da empresa uruguaia de combustíveis, uma vez finalizado o processo, ainda vai demorar pelo menos três anos até que os estudos apontem, com certeza, se realmente existe petróleo e gás na plataforma uruguaia. O Uruguai importa todo o petróleo que consome e, por isso, o preço dos combustíveis é frequentemente afetado pelas oscilações em sua cotação internacional.

Zurique/Suíça
Atingidos pela crise, laboratórios suíços aliviam problemas com a gripe suína Depois de serem afetados pela recente crise financeira, os dois grandes laboratórios suíços Roche e Novartis experimentaram uma súbita melhoria de sua saúde econômica por estarem mobilizados para, respectivamente, produzir mais antiviral Tamiflu e uma vacina contra a gripe suína. Os dois grupos vão conseguir aumentar seu volume de negócios de uma maneira inesperada, mesmo que os analistas questionem a duração desta prosperidade. A Roche produz o Tamiflu, um dos únicos medicamentos antigripais, junto com o Relenza do laboratório britânico GlaxoSmithKline, eficazes contra o vírus de tip A/H1N1, de acordo com a OMS - Organização Mundial da Saúde.
O grupo, que não trabalha no terreno das vacinas, indicou que está reforçando sua produção de Tamiflu, podendo teoricamente aumentar a produção para 4 bilhões de comprimidos anuais, segundo seu porta-voz. O grupo está igualmente pronto para expedir 3 milhões de doses de Tamiflu, além dos 220 milhões de doses já disponíveis no mundo. Também espera autorização da OMS para expedir essas reservas num prazo de 24 horas.
A Roche havia se beneficiado nos últimos anos de pedidos de Estados que buscavam aumentar suas reservas de Tamiflu para estarem preparados ante uma eventual epidemia de gripe aviária, contra a qual o medicamento também é eficaz. Mas com o fim desses pedidos, o volume de negócios do Tamiflu retrocedeu em 68%, a 609 milhões de francos suíços (US$ 534 milhões), no ano passado. "A nova crise sanitária pode trazer impulsos únicos sobre o volume de negócios e se traduzir por uma leve alta dos lucros", indicou Andrew Weiss, analista do banco Vontobel.
Para outro analista, Luc Olten, do Helvea, as previsões de vendas do Tamiflu, de 900 milhões de francos suíços (US$ 792 milhões) em 2009 podem ser consideradas prudentes, já que a Roche vai certamente se beneficiar muito com os efeitos da nova gripe. A concorrente Novartis, por sua vez, pode se aproveitar de sua perícia em termos de vacina, principalmente graças à tecnologia de cultivos celulares, mais eficaz e mais rápida.
A companhia, que foi contatada pela OMS para o desenvolvimento de uma vacina, continua ainda esperando a cepa do vírus para poder prepará-la e produzir a vacina. "Estamos esperando para ver o que nos dizem as autoridades e iniciar assim a produção", afirmou um porta-voz da Novartis. Entretanto, o laboratório mencionou estudos animadores sobre uma vacina que atualmente está desenvolvendo para a gripe aviária, que reforça a resposta imunológica contra o vírus H5N1 e várias de suas variantes, e que poderá servir de base para uma vacina contra a gripe suína. Mas a concorrência dos genéricos nos países emergentes poderá frear os benefícios desta crise sanitária para os dois grandes laboratórios. (Agence France Presse/AFP)

Washington/EUA
New York Times Co. e sindicatos negociam futuro do Boston Globe
Os sindicatos dos funcionários do jornal americano Boston Globe e representantes do grupo editorial New York Times Co., dono do periódico, tentam chegar a um acordo que permita salvar o diário do fechamento. O grupo editorial nova-iorquino deu na sexta-feira aos sindicatos mais um dia para chegar a um acordo, perante os avanços registrados nas negociações. No entanto, a poucas horas de expirar o novo prazo, o New York Times Co. ainda não conseguiu fechar o acordo com nenhum dos quatro sindicatos majoritários dos trabalhadores do Boston Globe, segundo informou o próprio periódico em sua edição digital. O grupo editorial ameaçou fechar essa frente se os sindicatos não aceitarem concessões que gerem uma economia de US$ 20 milhões para poder mantê-la. O Boston Globe, jornal com 137 anos de história, perdeu em 2008 mais de US$ 50 milhões e este ano as previsões apontam para uma perda de US$ 85 milhões se os custos não foram reduzidos significativamente, segundo o New York Times Co. Representantes dos sindicatos disseram que já fizeram ou estão a ponto de fazer as concessões exigidas pelo grupo editorial, mas as negociações se estagnaram porque, de acordo com os sindicatos, o New York Times Co quer mudar parte do texto do acordo. Os funcionários que não têm afiliação sindical no Globe aceitaram fazer várias semanas de cortes em seus salários. A empresa pediu aos trabalhadores com afiliação sindical que façam o mesmo. (Agência Efe)


São Paulo/SP – Da redação
Inadimplência das empresas cresce 50% em março de 2008 para 2009
O nível de inadimplência das empresas teve um forte aumento em março, tanto na comparação entre anos, quanto no cálculo trimestral. Levantamento da Serasa Experian, empresa de verificação de crédito, aponta um incremento de 50,7% no total de empresas com dívidas em atraso entre março de 2008 e março de 2009. Na comparação trimestre contra trimestre, o crescimento é de 33,1%. Em relação a fevereiro, a evolução também é ruim: a taxa de inadimplência teve incremento de 24%. Para os técnicos da Serasa, uma combinação de fatores pode explicar a explosão da inadimplência. A razão mais evidente, a recessão global, implica em dificuldades para as empresas captarem recursos no exterior e venderem para os mercados externos. As recentes turbulências financeiras também levaram a oscilações bruscas do dólar, que surpreenderam muitas empresas com dívidas em moeda estrangeira. A Serasa ainda lembra que as companhias já estavam bastante endividadas no longo prazo, antes da piora da crise mundial (último trimestre de 2008), pois que contavam com um forte crescimento do mercado doméstico. Esse crescimento não se materializou e, pior, o que ocorreu na verdade foi um aumento da inadimplência entre os consumidores, dado o aumento do desemprego. Pelo levantamento, a maior parte das inadimplências dizia respeito a títulos protestados (41,6% no trimestre), seguido por cheques sem fundos (39,3%) e dívidas com bancos (19,1%). O valor médio dos títulos protestados foi de R$ 1.803,09, considerando o período trimestral. Os cheques sem fundos eram, em média, de R$ 1.441,10. No caso das dívidas em atraso com bancos, o valor médio foi de R$ 4.558,11, de acordo com os cálculos da Serasa.

Salvador/BA
Sem estrangeiros, condomínios do Nordeste buscam brasileiros
A crise econômica mundial obrigou estrangeiros que investem em projetos de turismo no Nordeste a mudar o planejamento de seus negócios. No Rio Grande do Norte e na Bahia, portugueses e espanhóis que projetam condomínios de luxo voltados a europeus, decidiram agora focar também o público brasileiro. Segundo a Adit - Associação de Desenvolvimento Imobiliário e Turístico -, que reúne os empresários do setor de construção - de hotéis a construtoras, passando por imobiliárias -, a tática vem se repetindo em todos os grandes empreendimentos estrangeiros na região Nordeste. Com isso, a crise internacional, que se agravou justamente a partir do setor imobiliário, deve retardar a ambição do setor turístico local de transformar o Nordeste do País em território de "segundas residências" de famílias de alto poder aquisitivo da Europa. De acordo com o governo do Rio Grande do Norte, os empreendimentos turísticos no Estado devem sofrer atraso de 12 a 18 meses por conta da situação econômica mundial. Um dos empreendimentos é o Cabo São Roque, previsto para ter mais de 1.300 casas e hotéis de luxo. O jogador inglês David Beckham, atualmente no Milan, da Itália, terá um centro de treinamento no local e veio ao Estado no ano passado para promover o projeto. A administração do resort não respondeu a e-mail da reportagem. Outro megaempreendimento, o Grand Natal Golf, teve que fazer repentinamente um estudo sobre o cliente nacional para compensar a perda de compradores estrangeiros.
Banderas - O resort, projetado para ter até 35 mil casas, é de um grupo espanhol e foi promovido pelo ator Antonio Banderas. Airton Nelson, da representação do projeto no Brasil, diz que a empresa terá dificuldades porque não conhece '100%' o público brasileiro. Devido à crise, os empreendedores desistiram de divulgar os projetos neste ano na feira imobiliária de Madri, segundo o governo potiguar. Na Bahia, os portugueses do Reta Atlântico decidiram adiar por alguns meses o lançamento de uma das fases do resort Reserva Imbassaí, em Mata de São João (67 km de Salvador), devido a um "ambiente psicológico não favorável". Também resolveram fazer imóveis menores e mais baratos para atrair compradores brasileiros. Segundo o português Pedro Dias, o grupo já tinha percebido o desaquecimento do mercado europeu antes de a crise se acentuar, no segundo semestre de 2008. Os imóveis da primeira fase no Reserva Imbassaí tinham preço médio de R$ 1 milhão. Os da segunda sairão em média por R$ 200 mil. O grupo espanhol Qualtas ainda aguarda licenças ambientais para o resort The Reef Club, em Pernambuco, e cogita adiar o lançamento. A empresa diz que precisará "avaliar as condições de mercado".
Sem rota - Para a economia local do Rio Grande do Norte, as dificuldades do setor frustraram a expectativa de um rápido aquecimento na construção civil e no turismo. A ideia de implantar um voo fixo Madri-Natal também acabou adiada, diz a Secretaria do Turismo do Estado. Para Felipe Cavalcante, presidente da Adit Nordeste, os grupos europeus vão ter dificuldade em vender seus produtos imobiliários para o consumidor local. "O brasileiro, de maneira geral, não quer comprar uma casa a 100 km de uma capital, onde não tem nada. Ele quer ficar onde existe movimento, onde há vida noturna." (Agência Folha Online)

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ESPECIAL – Gripe Influenza (Mexicana/Suína)


Cidade do México
Epidemia no México está declinando

O secretário de Saúde do México, Jose Angel Cordova, afirmou que a epidemia provocada pelo vírus A (H1N1) - que vem sendo chamada de gripe suína - está em uma fase declinante, a despeito da propagação para a Europa e América Latina, com pelo menos cinco países registrando novos casos ontem. A China colocou em quarentena mais de 70 mexicanos, enquanto Hong Kong isolou 350 pessoas em um hotel, como precaução, embora nenhum novo caso tenha sido identificado na Ásia. No Egito, a tentativa das autoridades de matar os porcos para evitar eventuais infecções acabou levando criadores de porcos a se confrontarem com os policiais que davam cobertura a agentes que recolhiam os animais para abate. No confronto, 12 pessoas ficaram feridas. No início da tarde de ontem, domingo, dia 4/5, o número de mortes associadas ao vírus se mantinha em 19 no México, enquanto o número de casos humanos contaminados subiu levemente, passando de 473 para 506, incluindo os mortos, de acordo com o secretário Cordova. Ele disse que a "evolução de epidemia está em uma fase declinante". A gripe causada pelo vírus provocou a morte de uma criança nos EUA e se espalhou para 18 países, mas especialistas acreditavam que a disseminação do vírus pode ser ainda mais ampla. O número total de infectados ultrapassou os 800, com a maioria dos doentes concentrada no México, EUA e Canadá, segundo a Organização Mundial da Saúde. Mais cedo, a Organização Mundial de Saúde anunciou que a declaração de que a gripe seria uma pandemia era iminente, mas decidiu não elevar ainda o alerta para a doença.
- A Colômbia confirmou ontem o primeiro caso de gripe na América do Sul, um dia depois de a Costa Rica ter se tornado o primeiro país na América Central com registro da doença.
- Na Espanha, o Ministério da Saúde informou que o número de infectados pelo vírus subiu para 40, o que torna o País o mais castigado pela doença na Europa. O ministério informou que a maioria das vítimas já tinha se recuperado. Todos, com exceção de dois deles, tinham visitado o México recentemente.
- O Reino Unido, Itália e Alemanha também registraram novos casos ontem. Pouco mais de uma semana após a preocupação com a doença ganhar contornos mais profundos, o vírus continua como um mistério imprevisível.
- Na China, autoridades pediram para que mexicanos se identifiquem ao chegar nos voos e sejam isolados de outros passageiros após a aterrissagem, afirmou o embaixador do México para o país, Jorge Guajardo. Nenhum dos cidadãos colocados em isolamento havia apresentado sintomas e a maioria não havia tido contato com pessoas infectadas ou lugares com foco da doença.
- O governo de Hong Kong, que foi criticado por atrasos na adoção de medidas preventivas durante o surto da Sars, isolou o Hotel Metropark, no centro, onde um turista mexicano doente havia se hospedado, isolando no local 350 hóspedes e funcionários. Cerca de meia dúzia de policiais usando máscaras vigiavam o hotel ontem, embora nenhum dos ocupantes do prédio tenha apresentado sinais da doença. "Isto é altamente inconveniente. É o que está afetando as pessoas, pois fomos surpreendidos", disse Kevin Ireland, de 45 anos, que voltava de uma viagem de negócios para Nova Deli, na Índia.
Cientistas alertavam que o vírus poderia sofrer mutações para uma cepa mais mortal. "A influenza é imprevisível", disse Tim Uyeki, do Centro de Controle de Doença e Prevenção dos EUA, que já acompanhou os surtos da Sars e da gripe aviária H5N1. "Há muitas perguntas sem respostas. Este é um novo vírus. Há muitas coisas que não sabemos sobre as infecções humanas com este vírus", comentou. Na circunstância atual, uma das principais dificuldades é a falta de informações do México. Uma equipe internacional e mexicana de especialistas está tentando elaborar um quadro epidemiológico com base nas vítimas e tentando identificar o ponto de início da transmissão. Mas os detalhes demoram para surgir.
O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu cautela sobre o assunto. "Esta é uma nova forma de vírus de gripe e, porque não desenvolvemos uma imunidade a ele, tem o potencial de nos fazer mal". Mais tarde, o presidente trocou informações com seu colega mexicano Felipe Calderón. Pablo Kuri, um epidemiologista mexicano, afirmou que três dos mortos eram crianças e quatro das vítimas fatais eram pessoas com mais de 60 anos. (Associated Press/AP
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INDICADORES ECONÔMICOS


RESUMO DA SEMANA – 27 a 30 de abril de 2009

ICI eleva-se em 8,7% entre março e abril de 2009
O ICI - Índice de Confiança da Indústria - da Fundação Getulio Vargas elevou-se em 8,7% entre março e abril de 2009, ao passar de 77,8 para 84,6 pontos, considerando-se dados com ajuste sazonal.

IGP-M registrou em abril uma variação de -0,15%
O IGP-M - Índice Geral de Preços - Mercado - registrou em abril uma variação de -0,15%. No mês anterior, a taxa foi de -0,74%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de março para abril: IPA, de -1,24% para -0,44%; IPC, de 0,43% para 0,58% e INCC, de -0,17% para -0,01%.


ECONOMIA NACIONAL
Dólar Comercial

Data R$/US$
27/04 2,2165
28/04 2,2037
29/04 2,1838
30/04 2,1770 (Cotação de 10h)
Fonte: BACEN



Indicadores Financeiros
Banco Central anuncia corte da taxa Selic

O Banco Central anunciou, na quarta-feira, dia 29/4, o corte da taxa Selic em um ponto percentual, para 10,25% ao ano, sem viés. Com a decisão, a autoridade monetária reduziu o ritmo do desaperto dos juros, que haviam caído 1,50 ponto na decisão anterior, em março. A medida do Copom - Comitê de Política Monetária -, tomada por unanimidade, levou o juro básico da economia brasileira para o menor patamar da série histórica. Em comunicado divulgado após a reunião, o Comitê explicou que o corte visa "ampliar o processo de distensão monetária" que começou em janeiro.


Setor Público
Setor público não financeiro alcançou superávit primário de R$11,6 bilhões em março
Segundo o Banco Central, o setor público não financeiro alcançou superávit primário de R$11,6 bilhões em março. O Governo Central registrou superávit de R$5,8 bilhões; os governos regionais, R$2,2 bilhões; e as empresas estatais, R$3,6 bilhões. No ano, o superávit acumulado alcançou R$20,9 bilhões (3,01% do PIB), comparativamente a R$43 bilhões (6,46% do PIB) observados no mesmo período de 2008. O segmento das empresas estatais foi o único a registrar elevação de superávit no período, equivalente a 0,05 p.p. do PIB. No acumulado em doze meses, até março, registrou-se superávit de R$95,9 bilhões (3,29% do PIB), 0,14 p.p. do PIB inferior ao valor registrado no acumulado até fevereiro.

Mercado de Trabalho
Taxa de desemprego aumentou pelo terceiro mês consecutivo
As informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, na RMSP - Região Metropolitana de São Paulo -, mostram que a taxa de desemprego total aumentou pelo terceiro mês consecutivo, ao passar de 13,5%, em fevereiro, para os atuais 14,9%. Segundo a pesquisa, o contingente de desempregados cresceu em 154 mil pessoas, maior aumento para o período de toda a série da pesquisa, passando a ser estimado em 1.551 mil pessoas. O resultado deveu-se à eliminação de 93 mil ocupações e à ampliação da força de trabalho da região em 61 mil pessoas. Entre janeiro e fevereiro de 2009, os rendimentos médios reais de ocupados e assalariados cresceram 1,0% e passaram a equivaler a R$ 1.241 e R$ 1.283, respectivamente.


Economia Internacional
PIB dos EUA cai 6,1% no primeiro trimestre de 2009

O Departamento de Comércio dos EUA divulgou na última quarta-feira o balanço do Produto Interno Bruto no 1º trimestre. Segundo a nota, a economia dos EUA se contraiu em um ritmo mais acelerado que o esperado no primeiro trimestre, pressionada por quedas acentuadas nas exportações e nos estoques empresariais. O PIB - Produto Interno Bruto - norte-americano mede a produção total de bens e serviços dentro do País, e recuou 6,1% a uma taxa anualizada, após contração de 6,3% no quarto trimestre. O relatório preliminar do Departamento de Comércio mostrou que os estoques empresarias tiveram queda recorde de US$ 103,7 bilhões no primeiro trimestre, enquanto as empresas buscaram reduzir o volume de bens não vendidos em seus depósitos.

Aumenta o número de americanos que utilizam o auxílio-desemprego
O número total de norte-americanos que recebiam auxílio-desemprego nos EUA subiu em 133 mil na semana encerrada no dia 18/4, para 6,271 milhões, no maior nível desde que o governo dos EUA começou a acompanhar os pedidos, em 1967. Segundo o Departamento de Trabalho dos EUA, a taxa de desemprego referente aos trabalhadores com direito ao benefício e que estão recebendo o auxílio-desemprego aumentou 0,1 ponto percentual, o maior nível em 26 anos.


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

RESUMO do pregão de ontem – 30/4

HOJE – Nas Bolsas da Ásia
Tóquio - A Bolsa de Tóquio ficará hoje fechada por ser feriado no Japão.
Bolsas da Ásia sobem com dados da economia americana
As principais Bolsas da região Ásia/Pacífico fecharam em forte alta nesta segunda-feira com dados dos Estados Unidos da China que indicam um cenário de melhora na economia espalhando otimismo entre os investidores. A impressão de que a gripe A (H1N1) - antes chamada de gripe suína - não é tão grave quanto se pensava anteriormente também ajudou.
- Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve alta de 5,54% e atingiu 16.381 pontos, o melhor nível desde a metade de outubro de 2008, mês em que explodia a atual crise econômica.
- Em Xangai, o índice Shangai Composite subiu 3,3% e fechou em 2.559 pontos.
- Em Taiwan, o índice Taiex ganhou 5,6%, chegando a 6.330 pontos.
- Na Coreia do Sul, o índice Seul Composite avançou 2,1%, fechando em 1.397 pontos.
- Na Austrália, o índice ASX 200 fechou em alta de 3%, a 3.883 pontos.
- A Bolsa do Japão, fechada nesta segunda, volta a operar somente na quinta-feira.
Análise - Nos EUA, produção industrial de abril teve seu melhor resultado desde setembro, reflexo de um aumento de pedidos e de gastos dos consumidores. "Os mercados podem ter dobrado uma esquina", disse Richard Herring, diretor da australiana Burrell Stockbroking. "Há alguns meses, os investidores estavam olhando apenas para as más notícias e agora estão olhando para as boas".
Em Hong Kong, as companhias siderúrgicas tiveram destaque entre os bons resultados do dia. As ações da Angang Steel subiram 16,2% enquanto a Aluminion Corporation of China tiveram valorização de 9,7%. Outro setor que teve forte alta no pregão de de Hong Kong foi o de telecomunicações. Os papéis da Foxconn International Holdings ganharam 17,8% e os da China Mobile, 7,6%. "A tendência é bastante clara: o mercado irá ganhar muito mais a não ser que ocorra um grande pânico, como um espalhamento maior da gripe A (H1N1)", disse Steven Leung, diretor de vendas da UOB Kay Hian.


HOJE – Nas Bolsas da Europa
Madri - O principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, abriu em alta de 22 pontos (0,22%), aos 9.038, enquanto o Índice Geral da Bolsa de Madri, com todos seus setores em positivo, exceto Serviços financeiros, caiu 0,02%.
Frankfurt - O índice DAX 30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em alta de 0,38%, aos 4.787 pontos. O euro subiu hoje nas primeiras horas de cotação em Frankfurt e era negociado a US$ 1,3317, frente a US$ 1,3250 da quinta-feira passada. O Banco Central Europeu (BCE) estabeleceu na quinta-feira o câmbio de referência do euro em US$ 1,3275.
Paris - O principal indicador da Bolsa de valores de Paris, o CAC-40, abriu em alta de 0,3%, para 3.169,44 pontos, frente aos 3.159,85 do fechamento da última sessão.
Roma - O índice S&P/MIB da Bolsa de Valores de Milão abriu em alta de 1,21%, aos 19.409 pontos. O índice geral Mibtel subia 1,04%, para 15.349 pontos.

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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo/SP - Da redação
Lucro do Bradesco recua 9,6% no 1º trimestre, para R$ 1,723 bilhão
O Bradesco anunciou nesta segunda-feira que seu lucro líquido no primeiro trimestre do ano foi de R$ 1,723 bilhão, com queda de 9,6% sobre o mesmo período do ano passado. O resultado operacional foi de R$ 2,371 bilhões, uma queda de 7,7% sobre o primeiro trimestre do ano passado. A carteira de crédito do banco chegou a R$ 214,3 bilhões no período, com queda de 0,5% sobre o quarto trimestre do ano passado e alta de 26,5% sobre igual intervalo de 2008. Segundo o banco, a leve queda sobre o quarto trimestre refletiu "uma queda da demanda no período" causada pela crise financeira global. Os problemas causados pela crise também fizeram o banco ter um aumento considerável em seu índice de inadimplência. No primeiro trimestre, o volume de inadimplência com vencimento superior a 90 dias passou de 3,6% no quarto trimestre do ano passado para 4,3% no primeiro trimestre. Devido a isso, o banco anunciou que ao longo dos três primeiros meses do ano elevou sua PDD (Provisão para Créditos Duvidosos) subiu em quase R$ 1 bilhão: de R$ 1,962 bilhão para R$ 2,920 bilhões - o suficiente para cobrir um índice de inadimplência de 6,6%.


São Paulo/SP – Da redação
Provisão para calote de bancos deve atingir R$ 50 bilhões neste ano

Os bancos brasileiros devem provisionar, ao final de 2009, pouco mais de R$ 50 bilhões em créditos de recebimento duvidoso. É quase R$ 10 bilhões a mais do que o verificado em 2008 e o dobro das provisões para cobrir perdas feitas no final de 2005. A estimativa foi feita por Fabio Barbosa, presidente do Santander e da Febraban - Federação Brasileira dos Bancos. Provisões são recursos que os bancos separam, em seus balanços, para fazer frente aos calotes e aos atrasos dos clientes. Na entrevista, Barbosa disse ainda que, se o Banco do Brasil reduzir agressivamente seu "spread" (a diferença entre sua taxa de captação e a que cobra dos clientes), os bancos privados terão de seguir a tendência. O governo federal mudou a direção do BB nesse sentido, uma vez que a redução dos "spreads" tem sido uma das principais reivindicações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nova Iorque/EUA
Citigroup pode precisar de pelo menos US$ 10 bilhões
O banco norte-americano Citigroup talvez necessite levantar pelo menos US$ 10 bilhões caso a crise global piore, informou ontem o Wall Street Journal. O valor foi obtido a partir dos testes de estresse a que as autoridades dos EUA estão submetendo os 19 maiores bancos do País. O objetivo dos testes é avaliar se as instituições financeiras seriam capazes de sobreviver à crise financeira mundial, se o cenário se agravar ainda mais. O Banco, segundo o jornal, negocia com o Fed - Federal Reserve - e pode reduzir esse valor, caso convença as autoridades de sua estabilidade financeira. Um porta-voz do Citi afirmou ontem que o banco não comentaria se realmente precisa de US$ 10 bilhões. Na sexta-feira, o governo atrasou a divulgação antecipada dos testes de estresse realizados de segunda a quinta-feira, para dar tempo para a agência reguladora discutir os resultados com as instituições. Na semana passada, funcionários do Fed afirmaram que os 19 bancos analisados nos testes, terão de aumentar suas reservas de capital. O BofA - Bank of America - está entre as instituições que teriam de ampliar suas reservas. Se o capital não for ampliado, dizem as autoridades, há a possibilidade de a inadimplência e as perdas de crédito destas instituições, aumentar de forma significativa, segundo os resultados dos testes. Os bancos terão seis meses para levantar capital de fontes privadas, disse o presidente Fed, Ben Bernanke. Caso contrário o governo vai fornecer o capital necessário aos bancos. O Citigroup já recebeu US$ 45 bilhões do governo dos EUA. (Agência Reuters)

Washington/EUA
Falência de banco da Geórgia é a maior de 2009 nos EUA
A FDIC - agência federal de garantia de depósitos bancários - anunciou a maior falência de um banco americano neste ano, o Silverton Bank da Geórgia, que controla US$ 4,1 bilhões em ativos. Essa nova falência eleva para 32 o número de quebras ao longo de 2009 nos EUA, ao passo que foram 25 em todo 2008 e apenas três em 2007. A FDIC indicou não ter encontrado um comprador para o Silverton Bank, que não contava com clientes particulares e apenas fazia transações com outros bancos. As autoridades criaram então, uma nova estrutura que retomou o conjunto de seus ativos e dos US$ 3,3 bilhões de depósitos, e que deve permitir "aos bancos clientes manter os serviços com a menor perturbação possível". O custo deste processo para as contas da FDIC foi calculado em US$ 1,3 bilhão. O Silverton Bank, com sede em Atlanta, tinha 1.400 bancos como clientes em 44 Estados do País, e é o sexto estabelecimento da Geórgia a quebrar neste ano. (Agence France Presse/AFP)

São Francisco/EUA
Megainvestidor diz que Wells Fargo está próximo de se recuperar da crise
O megainvestidor americano Warren Buffett manifestou no sábado, dia 2/5, um forte apoio ao banco local Wells Fargo, do qual sua companhia Berkshire Hathaway é uma das maiores acionistas, ao dizer que se trata de um banco "fabuloso" por estar bem posicionado para se recuperar da crise financeira global. Segundo Buffett, o Wells Fargo - quarto maior banco dos EUA em ativos - é forte o suficiente para conquistar clientes e depósitos, para obter lucro sobre seus ativos e para absorver o problemático banco Wachovia, comprado no final do ano passado. "Wells Fargo estará tão melhor daqui alguns anos que nem parecerá que isso tudo [a crise] ocorreu", disse Buffett na reunião anual de investidores da Berkshire Hathaway, da qual é o presidente e o principal acionista. A Berkshire Hathaway possui 7,2% do Wells Fargo. Essas ações valem cerca de US$ 9 bilhões, e é o segundo maior investimento da companhia, perdendo apenas para sua participação majoritária na Coca-Cola.

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SETOR AUTOMOTIVO

Roma/Itália
Presidente da Fiat diz que Opel seria parceira ideal
O presidente da Fiat, Luca Cordero di Montezemolo, disse que a empresa alemã Opel seria "a parceira ideal" para a casa italiana, após sua aliança com a Chrysler, em entrevista publicada hoje pelo jornal italiano "Corriere della Sera". Na opinião de Montezemolo, ter a Opel como parceira seria "uma extraordinária oportunidade" e significaria para a Fiat "fechar o círculo". "Seriam nossos parceiros ideais, nasceria um grupo muito forte", afirmou o presidente da casa automobilística italiana, que acrescentou que é preciso deixar que "Sergio (Marchionne, diretor-executivo da Fiat) se movimente como sabe". Montezemolo deu essas declarações depois das informações publicadas sobre o interesse da Fiat em entrar na Opel, uma semana antes de se concretizar o acordo com a Chrysler. Sobre esta última aliança, Montezemolo disse que a Fiat, sozinha, "poderia sobreviver, não ser protagonista", e que, portanto, ter se "antecipado à mudança" que vai ocorrer na indústria automobilística mundial, terá "efeitos positivos" para o grupo italiano. "Com a Chrysler hoje. E com algum outro, espero, nos próximos meses", acrescentou. O empresário italiano confessou que sabe que a Fiat está agora "sob o olhar do mundo" e que está consciente de que é "de uma tarefa muito difícil". No entanto, Montezemolo ressaltou que esta é "uma ocasião única". (Agência Efe)

Washington/EUA
Vendas da Chrysler nos EUA caem 48% em abril
A montadora norte-americana Chrysler, que acaba de recorrer à Lei de Falências e anunciar aliança com a italiana Fiat, indicou na sexta-feira, 1/5, uma queda em suas vendas nos EUA de 48% no mês de abril, a 76.682 unidades. Mais cedo, a GM - General Motors - informou venda de 172.150 veículos no mês passado, uma redução de 34%. Ainda assim, apesar das quedas, a maior parte das companhias obteve seu melhor resultado deste ano no mês passado. A americana Ford informou um retrocesso de 31,4%, em ritmo anual, das vendas de veículos novos nos EUA em abril - em março, a queda já havia sido de 41%. Segundo a empresa, no mês passado foram vendidas 129.898 unidades. A montadora japonesa Toyota Motors viu o resultado piorar: queda de 42% em suas vendas, a 126.540 veículos. A Nissan registrou 38% de queda nas vendas (47.190 unidades), enquanto as vendas de Honda Motor recuaram 25%, para 101.029, e as Hyundai 14%, a 33.952 veículos.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília/DF – Da redação
Cooperativas se destacam frente às exportações brasileiras
Segundo a Gerência de Mercados da OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras -, responsável pelo estudo, os reflexos da crise financeira internacional foram observados pelo setor, com queda de 12,25% nos valores exportados, em relação ao mesmo período de 2008, porém com menor retração que os resultados das vendas externas do País, que tiveram diminuição de 19,52%. A análise, que tem como base dados da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior -, mostra que as cooperativas exportaram US$ 668,4 milhões de janeiro a março deste ano, contra US$ 761,7 milhões em 2008. Observam-se ainda menores indicadores nas quantidades comercializadas, 10,23% menos que no primeiro trimestre do ano anterior. Já o valor recebido em reais, pelos embarques do setor ao exterior, atingiu US$ 1,55 bilhão, em consequência da elevação da taxa de câmbio, registrando aumento de 16,87%.
Balança comercial - Seguindo os dados apresentados pela economia brasileira, as importações das cooperativas registram valores menores que as exportações neste trimestre, em comparação ao mesmo período em 2008. No acumulado de janeiro a março de 2009, o saldo atingiu o montante de US$ 584 milhões, com queda de 7,9%. Em 2008, foram importados US$ 127,4 milhões, registrando um superávit da balança comercial de US$ 634,3 milhões, quando comparado a 2007.
Produtos exportados - O complexo soja, que engloba o grão, o óleo e o farelo, apresentou maior participação nas vendas diretas das cooperativas brasileiras, representando 29,49% das exportações totais. Na sequência figuram o setor sucroalcooleiro (24,81%), que corresponde aos açúcares e ao álcool etílico, e as carnes (18,69%). O café, cereais (milho, trigo, arroz e cevada), algodão e leite e laticínios aparecem na sequência, com representações de 13,49%, 4,05%, 3,56% e 1,82%, respectivamente. Líder nas vendas das cooperativas ao exterior, o complexo soja somou um total de US$ 197,1 milhões entre janeiro e março de 2009, crescimento de 7,23% em relação ao primeiro trimestre de 2008, quando foram embarcados US$ 183,8 milhões. Os grãos apresentaram liderança no setor, representando 48% do total (US$ 94,3 milhões). Quanto ao complexo sucroalcooleiro, o destaque ficou para os açúcares, com uma participação de 59% no primeiro trimestre de 2008 (US$ 86,4 milhões) e de 91% em 2009 (US$ 150,9 milhões). As vendas externas desse grupo de produtos registraram crescimento de 13,5%, com um total de US$ 165,8 milhões.
Mercados de destino - A Alemanha aparece em primeiro lugar entre os mercados de destino dos produtos cooperativistas no primeiro trimestre de 2009, com US$ 74,8 milhões, frente a US$ 92,4 milhões em 2008, registrando uma retração de 19%. No mesmo período, foi observado crescimento nas aquisições feitas pela China, que tem como meta dobrar os seus estoques de soja e, logo, elevou os embarques de grãos provenientes das cooperativas em 57,11%. Os Países Baixos, seguindo essa linha, mostraram incrementos nos embarques de soja em grão (+145,56%), farelo de soja (+75,67%) e café verde (+53,12%). A Arábia Saudita também influenciou positivamente no resultados das exportações nesse período, com crescimento de 102,75% frente a 2008, puxado pelas compras de US$ 58,49 milhões (+167,98%). Ao mesmo tempo, a desaceleração econômica provocada pela crise resultou em decréscimos nas importações de outros países como Japão, Rússia, Espanha, França e Itália. Os principais produtos afetados foram: as carnes (-33,09%), os cereais (-76,16%), leite e laticínios (-54,11%), produtos manufaturados (-55,65%) e hortículas (-22,65%).
Principais Estados - Paraná aparece liderando as exportações das cooperativas brasileiras no primeiro trimestre de 2009, com uma parcela de 39,9% do total, um valor absoluto de US$ 267,1 milhões de toneladas, e uma pequena queda de 0,86% em relação ao mesmo período em 2008. Em seguida, aparecem: SP, com crescimento de 15,23%, atingindo US$ 161,1 milhões, frente US$ 139,8 milhões de janeiro a março de 2008; MG, com elevação de 10%, registro de US$ 99 milhões e participação de 14,8% do total; e MT, apresentando exportações de US$ 52,4 milhões e significativo aumento, de 162,2%.
Perspectivas - Para se traçar uma perspectiva do resultado das exportações do setor cooperativista no fechamento de 2009, é preciso aguardar o final do primeiro semestre, quando poderá ser feita melhor avaliação. Mas, num primeiro momento, a expectativa é manter os valores alcançados em 2008, ou seja, um total de US$ 4 bilhões. Quanto aos produtos, espera-se manutenção do ritmo forte registrado pela soja, seguida pelo açúcar, também com recuperação das carnes.
Outras considerações - As atenções são voltadas para os indicadores econômicos no mundo e aos possíveis impactos da crise mundial na atividade interna dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Além disso, as barreiras não-tarifárias, as oscilações nas cotações das commodities e da taxa de câmbio, também tendem a impactar o resultado das relações comerciais das cooperativas ao longo de 2009. Soma-se a isso, custo Brasil, revelado pela infraestrutura insuficiente e a elevada carga tributária, que inibe investimentos. (Fonte: Assessoria de Imprensa OCB)

Brasília/DF
China vira principal comprador dos produtos brasileiros
A China está salvando as exportações brasileiras em meio à recessão global. Em março, pela primeira vez o país foi o principal destino dos produtos nacionais, desbancando a liderança histórica dos EUA. As exportações para China no primeiro trimestre cresceram 62,67% em valor e 41,47% em quantidade, na comparação com o mesmo período de 2008. Os principais beneficiados foram os produtores de soja, celulose, minério de ferro e petróleo. Essas quatro commodities respondem por 76,6% da receita de exportações brasileiras para o país, aponta a Funcex - Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior. "No pior dos mundos, o Brasil está melhor", afirma Miguel Daoud, economista-chefe da consultoria Global Financial Advisor e especialista em China. Com a crise global, o governo chinês decidiu injetar quase US$ 600 bilhões na economia. O objetivo é estimular os negócios e mudar o modelo de economia exportadora para outro, voltado para o mercado interno. Esse pacote já começou a fazer efeito, com repercussões diretas no Brasil. O salto chinês nas compras do Brasil chama ainda mais atenção pelo fato de as exportações brasileiras terem registrado no primeiro trimestre do ano, um recuo de mais de 19% em relação ao mesmo período de 2008. As importações também caíram, mas um pouco mais: 21,6%. Apesar das quedas, a balança comercial brasileira registrou superávit de 9% no trimestre. Estrela do comércio exterior, a China importou US$ 3,395 bilhões do Brasil no primeiro trimestre e foi praticamente o único país que ampliou significativamente, as compras de produtos brasileiros, segundo dados do MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A China respondeu por 47% das exportações para a Ásia, que ultrapassou a América Latina como bloco comercial no primeiro trimestre, segundo o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral. (Agência Brasil)


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MERCADO DE TI


São Paulo/SP - Da redação
Unisys contrata 14 profissionais de tecnologia no Brasil
A Unysis anunciou, no portal MonsterBrasil.com 14 vagas para profissionais de tecnologia da informação. A empresa contrata arquiteto de software com suporte em pré-vendas, gerente financeiro de Bid e executivo de vendas. Para concorrer às vagas, os candidatos devem cadastrar seu currículo no portal da MonsterBrasil. Os detalhes sobre experiência e formação exigidas também podem ser consultados no site.

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LOGISTICA & INFRAESTRUTURA


São Paulo/SP – Da redação
El Al inicia voo direto entre Israel e Brasil

A empresa aérea israelense El Al iniciou hoje um voo direto entre Israel e o Brasil. A primeira aeronave aterrissou em São Paulo na manhã deste domingo. A rota, que contará com 3 voos semanais (domingos, terças e quintas), será operada com um Boeing 777-200 e oferecerá conexões com a Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Peru e Uruguai. O presidente da companhia, Haim Romano, afirmou que o "serviço será uma ponte entre a América Latina e a Terra Santa". O Ministério de Turismo de Israel disse que mais de 31.000 brasileiros visitaram o país no ano passado, o que representou crescimento de 55% sobre 2007. Cerca de 200.000 sul-americanos viajam, anualmente, para Israel.


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MERCADO DE LUXO


Paris/França
Quanto Vale um vinho?
Está aberta a temporada de degustação e especulações sobre os preços dos grandes produtos da região de Bordeaux


Os maiores connaisseurs reúnem-se a cada primavera em Bordeaux, desde o início dos anos 70, para as degustações, conhecidas como campagne primeur. Mas isso nunca aconteceu em meio a uma recessão tão profunda, após um mercado tão borbulhante. Os salários inflados dos anos gloriosos de Wall Street e o dinheiro barato para a população em geral, que formaram uma bolha em imóveis, ações e outros ativos, produziram também, a bolha do vinho.
O sistema en primeur, ou futuros de vinhos, funciona em benefício dos châteaux produtores, rendendo-lhes dinheiro para uma parte do produto enquanto ainda está no barril. Investidores e consumidores têm a chance de comprar vinho a preços com potencial para aumentar substancialmente.
As cotações futuras de vinhos variam amplamente segundo a qualidade da safra. Entretanto isso pareceu mudar depois que um 2005 excepcional, criou uma espiral ascendente dos preços. As safras de 2006 e 2007 foram apenas médias, mas os preços não caíram, mantidos no alto por um excesso de novos ricos perdulários.
Agora, muitos dos especuladores que empurraram as cotações para níveis exorbitantes desapareceram ou passaram de compradores a vendedores, na tentativa de levantar dinheiro para cobrir suas apostas excessivamente alavancadas. E os banqueiros e traders que não pensavam duas vezes para detonar centenas de dólares numa garrafa, agora estão receosos de perder suas bonificações, quando não seus empregos.
Por isso, alguns compradores estrangeiros decidiram não comparecer às degustações deste ano, queixando-se de que os principais châteaux não aceitariam que num mercado tão debilitado os preços devam cair. Alguns negociantes menores, cujas vidas dependem de vender o vinho, incluindo alguns intermediários de Bordeaux conhecidos como négociants, estariam ameaçados de falir.

Foto: Simon Staples
Simon Staples, diretor de vendas dos vinhos finos Berry Bros. & Rudd, em Hampshire, na Inglaterra, afirmou que a distância entre as expectativas de preços sustentadas por mercadores de vinhos e as dos châteaux, sobre o que se espera ser uma safra decente, mas não excelente, foi a maior que ele viu em duas décadas. Ele acrescentou que os châteaux principais esperam cortar em 15% os preços sobre os en primeur de 2007 para mostrar boa fé, "mas cortar o preço em 50% a 60% é a única coisa que vai funcionar". Staples chamou a atenção para o exemplo do Château-Lafite Rothschild, um Bordeaux Premier Cru que subiu de 675 libras, ou US$ 955, a caixa de 12 garrafas, em futuros de 2002, para 4 mil libras a caixa para 2005 - que ele qualificou de "a melhor safra que eu já provei". Mas apesar dos anos seguintes apenas médios, o preço só caiu para 3.500 libras em 2006 e 2.800 libras em 2007. Ele estimou que custa ao château de 10 libras a 13 libras para fazer uma garrafa do vinho.
Tanto a Christie’s como a Sotheby’s, as casas leiloeiras, dizem que as vendas continuam fortes em seus leilões, que têm como tradição oferecer garrafas excelentes.
Foto: Lulie Halstead
E as pessoas não reduziram seu consumo total de vinho, segundo Lulie Halstead, presidente executiva da empresa de pesquisa e consultoria Wine Intelligence. "Mas o que estamos vendo é que as pessoas estão procurando preços um pouco mais baixos", disse. Segundo ela, os consumidores estão "gastando menos em restaurantes e comprando vinhos mais caros para ostentar em casa".
As previsões baseadas no clima durante a temporada de cultivo do ano passado sugerem que o Bordeaux 2008 se classificará como médio para muito bom. Os châteaux deverão divulgar seus preços para a nova safra até o fim de junho, com base em grande parte nos burburinhos das avaliações da semana passada. Staples afirmou que se os principais châteaux decidirem que o mercado não suportará seu preço, eles têm caixa suficiente para simplesmente manter a safra 2008 fora do mercado, retendo-a por até dez anos se for preciso, quando os vinhos estariam prontos para serem vendidos a varejistas e restaurantes. Ele se disse otimista, porém, de que as negociações serão bem-sucedidas.
Há preocupações, entretanto, com os muitos produtores menores de Bordeaux, que precisam da liquidez que as vendas futuras proporcionam. Em particular, os comerciantes de vinhos que dependem de vendas en primeur e os négociants - que agem como intermediários entre os châteaux e o mercado em geral - poderiam ser duramente atingidos.
O crítico americano de vinhos Robert Parker observou a mesma coisa em novembro, prevendo em seu blog que haveria "muitas baixas".
Numa mensagem por e-mail na semana passada, ele também pareceu pessimista. "Em termos de preços de vinhos, mesmo a ponta do luxo está fraca, mas não caiu tanto como imóveis, arte e ações", disse Parker. "Entretanto, a compra de vinhos de ponta se desacelerou consideravelmente, e suspeito que o que se desenrolará nos próximos seis meses derrubará ainda mais os preços."
David Sokolin, um negociante de vinhos finos de Bridgehampton, Nova Iorque, observa outro obstáculo potencial. "Se os produtores cortarem os preços suficientemente para o en primeur de 2008, para movimentar seu produto, eles poderiam solapar os preços da safra 2007", disse ele. Isso prejudicaria comerciantes e investidores que ainda retêm a safra passada, porque seus estoques desses vinhos perderiam valor.
Todos os produtores de Premier Cru, ou os de mais alta classificação - Château Lafite Rothschild, Château Margaux, Château Latour, Château Haut-Brion e Château Mouton-Rothschild - não atenderam a pedidos de entrevistas. Mas Jean-Guillaume Prats, diretor do Château Cos d’Estournel, um Bordeaux Second Cru, reconheceu que os preços caíram nos últimos seis meses. "Isso é verdade para todos os vinhos finos do mundo", disse ele, "e isso é verdade também, para muitos artigos de luxo." Prats sugeriu que os produtores busquem um entendimento com os comerciantes. "A especulação não está na ideia de ninguém neste momento, em nenhuma área", acrescentou. "É bom que o mercado esteja voltando aos fundamentos."
Angélique de Lencquesaing, uma das fundadoras do iDealwine, um site de leilões online em Paris, disse que será difícil produtores aceitarem preços mais baixos. "Na Inglaterra e outros países, as pessoas têm uma visão do vinho como um produto financeiro cujo valor pode subir ou descer", disse ela. "Na França, o vinho é sagrado". (Especial - David Jolly / International Herald Tribune)


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