I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 164| Ano I

Rio de Janeiro/RJ
Gasto do governo federal para remover servidores é de R$ 124 milhões
Nos seis anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Executivo gastou R$ 124 milhões com ajudas de custo e indenizações para remover servidores civis federais. A despesa aumentou cerca de 71% na administração federal direta, em valores nominais, não corrigidos pela inflação. Em termos reais, com correção pela inflação oficial, medida pelo IPCA, a elevação foi de cerca de 31%. Os campeões de gastos foram o Departamento de Polícia Federal e a Receita Federal. Na PF, os gastos em seis anos totalizaram R$ 24,7 milhões, passando de R$ 2,4 milhões no primeiro ano da gestão Lula para R$ 7,3 milhões em 2008. Já na Receita, o valor saltou de R$ 1,7 milhão, em 2003, para R$ 6,4 milhões, em 2008. Ao longo dos seis anos, o total gasto pela Receita foi de R$ 20,5 milhões. Os pagamentos são feitos com base no Decreto 4.004, assinado pelo presidente em exercício Marco Maciel, em novembro de 2001. Ao contrário da legislação anterior, de 1995, esse decreto não estipulou prazo mínimo entre as remoções, o que permitiu, em nome do interesse do serviço público, a auditores da Receita e delegados federais serem removidos em períodos inferiores a até um ano, prazo que a legislação anterior exigia para permanência no cargo. Pelo decreto, o servidor removido recebe um salário base. Faz jus a até mais dois salários, de acordo com o número de dependentes que levará consigo. Recebe as passagens e a despesa com a mudança. No caso da Receita, o pagamento é feito quando há a nomeação para cargos ou exoneração. Assim, houve servidores recebendo indenização superior a R$ 100 mil em período inferior a dois anos. (Agência Estado)

Brasília/DF – Da redação
Crédito escasso freia consumo
O presidente do BC - Banco Central -, Henrique Meirelles, tem dito que a oferta de crédito no Brasil já voltou aos níveis que antecederam o aprofundamento da crise global, em setembro do ano passado. No entanto, uma análise que vá além dos números agregados (divulgados pela instituição todos os meses) mostra uma realidade nada confortável em algumas faixas. Essa é uma das razões que têm levado empresários e analistas a projetar forte desaceleração das vendas do comércio em 2009. No último trimestre do ano passado, as novas concessões de empréstimos para pessoas físicas caíram 4,9% em relação a igual período de 2007, no cálculo livre das influências sazonais. Para as pessoas jurídicas, o recuo foi de 2,5%, segundo o chefe do CNC - Departamento Econômico da Confederação Nacional do Comércio -, Carlos Thadeu de Freitas, que fez o levantamento. O estoque, argumenta, é uma medida imprecisa porque tende a crescer por causa do juro embutido no financiamento. Nessa medição, o BC apontou alta de 2,9% em outubro, 2% em novembro e 0,9% em dezembro. Para Freitas, as restrições vão afetar principalmente as vendas de bens duráveis. Por isso, o economista projeta expansão do comércio entre 3% e 4%, ante 9,1% em 2008. O desempenho, disse, só não será pior por causa do avanço de 2% a 3% da massa salarial, puxado pelo reajuste de 5,7% (em termos reais) do salário mínimo, que favorece as vendas de não duráveis.

Teerã/Irã
Opep descarta discutir novos cortes de produção
A Opep - Organização dos Países Exportadores de Petróleo - não tem a intenção de realizar um novo corte de produção da commodity, afirmou o ministro do Petróleo do Irã, Gholam Hossein Nozari. Nozari, citado neste domingo pela agência oficial de notícias Irna, afirmou que a próxima reunião do cartel, em março, servirá para estudar quais políticas podem ser aplicadas para conseguir uma alta dos preços. "Mas não será tomada qualquer decisão sobre futuros cortes da produção", especificou. A Opep se comprometeu, em dezembro, na Argélia, a reduzir a produção diária de barris de petróleo para tentar estabilizar os preços, que nos últimos meses caíram de US$ 147,27 por barril para o atual patamar, que ronda os US$ 40. A forte baixa afetou especialmente países como o Irã, segundo maior produtor da Opep, que tem uma economia dependente da energia fóssil. No último dia 13, a Opep reduziu sua previsão sobre a demanda de petróleo para 2009, estimando que o mundo consumirá neste ano, 85,1 milhões de barris diários, 600 mil a menos do que em 2008, devido à crise econômica mundial. No relatório mensal da organização divulgado hoje, a previsão ficou, assim, 40 mil barris por dia mais baixa que a estimativa divulgada há um mês. A recessão na economia americana tem como um dos principais motivadores a redução do consumo, o que afeta diretamente o mercado energético. No início do mês passado entrou em vigor um corte de 2,2 milhões de barris na cota de produção da Opep, como forma de tentar conter o declínio do preço da commodity. (Agência EFE)

Omaha/EUA
Berkshire Hathaway tem lucro 62% menor em 2008
A companhia Berkshire Hathaway, que controla uma série de subsidiárias nos setores de seguro e crédito e detém participação em diversas empresas, anunciou hoje que seu lucro líquido em 2008 caiu 62% em relação ao ano anterior, devido a perdas de quase US$ 7,5 bilhões em investimentos e derivativos. O principal acionista da empresa, o multimilionário Warren Buffett, disse na carta que envia anualmente aos acionistas, que este foi o pior ano na história da companhia. Segundo o relatório anual, o lucro líquido da Berkshire Hathaway em 2008, foi de US$ 4,999 bilhões (US$ 3,224 por ação), frente aos ganhos de US$ 13,210 bilhões (US$ 8,548 por título) registrados no ano retrasado. Buffett reconheceu que, durante o ano passado, algumas decisões equivocadas custaram aos acionistas bilhões de dólares, como a compra de uma grande quantidade de ações da petrolífera ConocoPhillips quando os preços do petróleo e do gás natural atingiam níveis recordes. Berkshire aumentou sua participação na ConocoPhillips dos 17,5 milhões de ações que tinha em 2007 para 84,9 milhões de papéis em 2008. Buffett disse que não previu a brusca queda dos preços dos combustíveis, que fizeram os papéis da petrolífera recuarem no segundo semestre do ano passado. (Agence France Presse/AFP e CNN)

Zurique/Suíça
UBS precisa de 2 a 3 anos para voltar a ter lucro
Pode demorar entre dois e três anos para o UBS, maior gestor de riquezas do mundo em termos de ativo, voltar a registrar lucro sustentável, disse seu novo presidente-executivo neste domingo. A edição do jornal suíço NZZ am Sonntag citou Oswald Gruebel dizendo que o UBS terá que cortar mais custos, sem, no entanto, especificar números. Questionado sobre quando a instituição será rentável novamente, Gruebel disse que "se houver apenas fatores que eu posso identificar, eu diria que em dois ou três anos. Mas há o mercado, que eu não posso prever". "À parte disso, há com certeza para mim, um limite de cerca de cinco anos. Depois, ninguém quer um chefe operacional de 70 anos ou mais." O UBS vem lutando para recuperar-se, após uma série de investimentos em ativos norte-americanos de risco, causar baixas contábeis e levar o banco a aceitar ajuda governamental. A instituição nomeou Gruebel, que liderou uma retomada no Credit Suisse, como presidente-executivo na quinta-feira, substituindo Marcel Rohner. (Agência Reuters)

Washington/EUA
Magnata prevê economia "em ruínas" em 2009
O magnata Warren Buffett disse hoje, que a economia americana continuará "em ruínas" em 2009, na carta que dirige anualmente a seus investidores, na qual atribui a crise empresarial às perdas vinculadas aos empréstimos feitos durante a expansão do mercado imobiliário. Um dos mais castigados pela crise é o consórcio investidor Berkshire Hathaway, do qual é o maior acionista e cujo lucro líquido despencou 62% no ano passado. Buffett assinalou que as consequências da bolha imobiliária nos EUA estão agora "sendo sentidas em todos os cantos da nossa economia". O empresário respaldou os esforços realizados pelo Governo para salvar as empresas financeiras, porque "querendo ou não, estamos todos no mesmo barco". Apesar das desvantagens da intervenção direta da Administração na economia, considerou que "a ação imediata do Governo foi fundamental no ano passado para evitar uma ruptura total do sistema financeiro". O empresário, de 79 anos, mesmo assim se mostra otimista e assegura que já conseguiu superar situações piores no passado. (Agência EFE)

São Paulo/SP – Da redação
Crise não afeta setor de vendas diretas
Os efeitos da crise econômica não foram sentidos no mercado de vendas diretas. É o que revela o balanço anual da ABEVD - Associação Brasileira de Vendas Diretas -, confirmando a expectativa do mercado por pouca repercussão da crise no setor. De outubro a dezembro de 2008, o setor obteve crescimento real de 8,7% e movimentou R$ 5,5 bilhões. O setor encerra o ano com um contingente de 2 milhões de revendedores ativos pelo Brasil, superando em 7,2% a marca obtida no ano anterior. No último trimestre de 2008, foram comercializados 444 milhões de itens, incluindo produtos e serviços.

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INDICADORES ECONÔMICOS


São Paulo/SP - FGV
RESUMO DA SEMANA – 20 a 26 de fevereiro de 2009

ICC reduz 1,4% em janeiro
O ICC - Índice de Confiança do Consumidor - da Fundação Getulio Vargas - composto por cinco quesitos contidos na Sondagem de Expectativas do Consumidor - reduziu-se em 1,4% entre janeiro e fevereiro de 2009, ao passar de 95,9 para 94,6 pontos, atingindo o menor nível da série iniciada em setembro de 2005, considerando-se dados com ajuste sazonal.

IGP-M registrou em fevereiro variação de 0,26%
O IGP-M - Índice Geral de Preços - Mercado - registrou em fevereiro variação de 0,26%. No mês anterior a taxa de variação foi de -0,44%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de janeiro para fevereiro: IPA, de -0,95% para 0,20%; IPC, de 0,75% para 0,40% e INCC, de 0,26% para 0,35%.

IPC-S de 22 de fevereiro de 2009 apresentou variação de 0,39%
O IPC-S de 22 de fevereiro de 2009 apresentou variação de 0,39%, taxa 0,20 ponto percentual (p.p.) abaixo da apurada com base na coleta encerrada em 15/02. Este foi o menor resultado apurado pelo indicador desde a terceira semana de outubro de 2008, quando o índice registrou variação de 0,34%.

ECONOMIA NACIONAL
Dólar Comercial

Cotações de fechamento da PTAX
Data R$/US$
26/08 2,3503
27/08 2,3690
*Cotação de 15h30min
Fonte: BACEN

Índices de Preço ao Consumidor
IPC da Fipe desacelera para 0,32% na 3ª prévia do mês

A Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - divulgou na sexta-feira, o IPC - Índice de Preços ao Consumidor -, que teve variação de 0,32% na terceira quadrissemana de fevereiro, na cidade de São Paulo. Na quadrissemana anterior, o índice foi de 0,45%. Dos sete grupos que compõem o IPC, o único que apresentou aceleração entre a segunda e a terceira prévia foi Transportes, de -0,03% para 0,14%. Os grupos que desaceleraram, mas permaneceram com taxas positivas foram: Habitação (de 0,41% para 0,39%); Alimentação (de 0,59% para 0,39%); Despesas Pessoais (de 0,37% para 0,30%); Saúde (de 0,58% para 0,25%) e Educação (de 3,22% para 1,31%). A taxa negativa no segmento Vestuário avançou de 0,29% para 0,40%.

Indicadores Financeiros
Banco Central divulga nota sobre a Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro Nacional

Segundo a nota, com os dados atualizados até janeiro de 2009, a média dos saldos diários da base monetária alcançou R$142 bilhões, apresentando queda de 2,5% em janeiro e mantendo estabilidade relativamente a igual período de 2008. O saldo médio do papel-moeda emitido recuou 4,4% no mês, enquanto a posição de reservas bancárias subiu 3,7%, ainda refletindo a expansão sazonal dos depósitos à vista em dezembro. Os fluxos mensais dos fatores de emissão monetária registraram expansões de R$10 bilhões nas operações do Tesouro Nacional, de R$536 milhões no compulsório sobre depósitos a prazo e de R$306 milhões no depósito prévio para compensação de cheques.

Mercado de Trabalho
PED - Pesquisa de Emprego e Desemprego - tem o pior resultado dos últimos anos

De acordo com as informações da PED - Pesquisa de Emprego e Desemprego - da Fundação Seade e do Dieese, na RMSP - Região Metropolitana de São Paulo -, a taxa de desemprego total aumentou entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, ao passar de 11,8% para 12,5%. Apesar de usual para o período, apenas no início dos anos 1990 verificou-se aumento dessa magnitude. Ainda assim, é a menor taxa para janeiro desde 1996. Segundo suas componentes, a
taxa de desemprego aberto cresceu de 8,3% para 9,2% e a de desemprego oculto reduziu-se de 3,5% para 3,3%. O contingente de desempregados foi estimado em 1.305 mil pessoas, 65 mil a mais do que no mês anterior, resultado da eliminação de 137 mil ocupações e da saída de 72 mil pessoas da força de trabalho da região.
Em janeiro, o nível de ocupação na RMSP diminuiu 1,5%, em comportamento típico para o período. O contingente de ocupados foi estimado em 9.132 mil pessoas, 137 mil a menos do que no mês anterior. Esse resultado deveu-se aos decréscimos nos Serviços (1,7%), no agregado de outros setores, como a construção civil (2,4%) e na Indústria (1,4%, pelo segundo mês consecutivo), uma vez que o nível de ocupação no Comércio pouco se alterou (-0,3%).


Setor Público
Superávit primário do setor público não financeiro alcançou R$ 5,2 bilhões em janeiro

Segundo nota divulgada pelo Banco Central, na sexta-feira, o Governo Central registrou superávit de R$ 4,8 bilhões e os governos regionais, R$ 2,4 bilhões. As empresas estatais, por outro lado, registraram déficit primário de R$ 2 bilhões no mês. No acumulado em doze meses, até janeiro, o superávit primário alcançou R$104,6 bilhões (3,58% do PIB), comparativamente a R$ 118 bilhões (4,06% do PIB) registrados em dezembro de 2008. Os juros nominais apropriados em janeiro atingiram R$ 14,4 bilhões, reduzindo-se R$2,3 bilhões em relação ao mês anterior.

Economia Internacional
PIB dos EUA no 4º trimestre tem maior queda dos últimos 27 anos

Divulgado pelo Departamento do Comércio norte-americano, na sexta-feira, dia 27/02, os números do PIB nos EUA demonstram uma grande revisão para baixo do PIB, no período entre outubro e dezembro do ano passado. No quarto trimestre de 2008, o PIB dos EUA registrou uma queda ajustada de 6,2%, em taxa anual equivalente. O declínio de 6,2% é o pior resultado trimestral desde a queda de 6,4% no primeiro trimestre de 1982. A expectativa dos analistas era de queda de 5,4%.

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MERCADO DE CAPITAIS


HOJE nas Bolsas asiáticas
- Tóquio - O índice Nikkei da Bolsa de Valores de Tóquio caiu hoje no fechamento 288,27 pontos (3,81%), para 7.280,15.O índice Topix, que reúne todos os valores da primeira seção, perdeu 22,12 pontos (2,92%), para 734,59.
- Hong Kong - O índice Hang Seng da Bolsa de Valores de Hong Kong fechou com forte queda de 494,11 pontos (3,86%), aos 12.317,46.
- Manila - O seletivo PSEI da Bolsa de Valores de Manila, nas Filipinas, caiu na abertura 7,63 pontos (0,41%), para 1.864,59.
- Jacarta - O índice composto JKSE da Bolsa de Valores de Jacarta, na Indonésia, abriu em baixa de 8,88 pontos (0,69%), aos 1.276,59.
- Kuala Lumpur - O indicador composto KLCI da Bolsa de Valores de Kuala Lumpur, na Malásia, abriu em baixa de 15,58 pontos (1,75%), aos 875,09.
- Cingapura - O índice Straits Times da Bolsa de Valores de Cingapura abriu em baixa de 49,30 pontos (3,09%), aos 1.545,57.
- Seul - O índice Kospi da Bolsa de Valores de Seul, na Coreia do Sul, abriu em baixa de 18,75 pontos (1,76%), aos 1.044,28. O indicador de valores tecnológicos Kosdaq caiu 1,86 ponto (0,51%), para 361,35.


São Paulo/SP – Da redação
Crise põe em xeque private equity
Às vésperas do estouro da crise financeira mundial, o Pátria Investimentos conseguiu fechar seu fundo de US$ 700 milhões para comprar participação em empresas. Mesmo com o cofre cheio, fez apenas uma aquisição até agora. Não foi por falta de opção. Em meio às turbulências, sua equipe de private equity viu cerca de 200 negócios - em tempos normais, esse número era um quarto disso. Nos últimos três anos, fundos como o Pátria, foram protagonistas de um novo ciclo do capitalismo brasileiro. Graças à abundância internacional de recursos para investimentos, à estabilidade da economia local e à reforma do mercado de capitais, compraram participação em 300 empresas de mais de 30 setores no País, segundo cálculos do Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital da Fundação Getúlio Vargas.
Só em 2007 e no primeiro semestre de 2008, foram investidos mais de R$ 5 bilhões em aquisições. O clima, agora, é de apreensão e espera. Há várias razões para isso. A primeira é a enorme falta de sintonia entre as partes. O vendedor ainda está com os preços do passado na cabeça. O comprador quer pagar menos. Esse descompasso é algo que o tempo resolve, mas existem outras razões mais complexas.
A incerteza macroeconômica é uma delas. Vários gestores, alguns grandes como o GP, também foram pegos de surpresa no meio da crise e não conseguiram concluir a captação de novos fundos no ritmo previsto. Esses gestores não poderão contar com a Bolsa tão cedo como alternativa para sair dos investimentos. O que leva a deixar projetos bons de lado. Estudo feito pela IESE Business School, de Barcelona, e pela consultoria BCG - The Boston Consulting Group - revela que 40% das empresas de private equity do mundo podem desaparecer até 2012. Entre 20% e 40% das empresas que receberam investimentos podem quebrar. Herny Kravis, fundador do KKR, um dos maiores fundos do mundo, disse que a indústria deve se adaptar para encarar o enfraquecimento econômico.
Em outras palavras, significa deixar de pagar caro e de se endividar. Enquanto a oferta de crédito era farta, esses grandes fundos internacionais topavam pagar qualquer preço e chegaram a fazer cheques usando 70% de dívida. Por aqui, a situação é menos dramática, embora exija ajustes. O diretor do Centro de Private Equity da FGV, Cláudio Furtado, calcula que só quatro negócios foram feitos com dívida nos últimos três anos. O maior foi a aquisição, por US$ 1 bilhão, da empresa de petróleo San Antonio pela GP Investimentos. Mais da metade do dinheiro veio de banco. Dias depois, repetiu a estratégia ao selar a compra, por R$ 1,2 bilhão, da Magnesita. A Advent também recorreu a bancos para pagar parte dos US$ 300 milhões pela rede de material de construção Quero-Quero e dos R$ 170 milhões pela rede Frango Assado. Depois de setembro, a festa acabou.

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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo/SP – Da redação
Bancos reduzem à metade previsões de expansão do crédito
Após um 2008 ainda bastante vigoroso para o setor bancário, 2009 promete ser bem mais complicado. Esfriamento na concessão de crédito, risco de aumento na inadimplência, economia em desaceleração: o cenário esperado para este ano não é dos mais animadores para as instituições financeiras. O crédito cresceu ao ritmo de 34% no ano passado, atingindo R$ 977,84 bilhões, segundo levantamento realizado pela Austin Rating com 27 instituições financeiras. Para este ano, os próprios bancos têm projetado crescer menos da metade disso. No último trimestre de 2008, as instituições financeiras já sentiram os primeiros reflexos da crise, com a desaceleração na oferta de crédito.
O Bradesco, por exemplo, prevê crescimento entre 13% e 17% em sua carteira de crédito neste ano. O banco viu sua carteira aumentar 40,8% no terceiro trimestre de 2008 (considerando 12 meses). No quarto trimestre, o ritmo de crescimento em 12 meses diminuiu para 33,4%. Para o Banco do Brasil, a previsão é que o crédito se expanda em aproximadamente 17% em 2009. Em 2008, o crescimento de sua carteira de crédito alcançou 39,9%.
Um dado que se destacou nos balanços dos bancos em 2008, foi o aumento das provisões. Temerosos em relação aos riscos da ampliação da inadimplência, os bancos optaram por fazer elevada provisão adicional para perdas com crédito duvidoso. Em outras palavras, reservaram mais recursos para cobrir eventuais perdas. Com isso, o saldo das provisões cresceu 46% no ano passado - ritmo maior do que o das carteiras de crédito. "Chama a atenção o aumento das provisões no final do ano passado. Mostra no balanço de dezembro a realidade de 2009, que será de [expansão do] crédito menor, maior inadimplência, lucro menor, eventual ajuste de estrutura e demissões. Os números de março vão deixar mais nítida essa realidade", afirma Luis Miguel Santacreu, analista de bancos da Austin Rating.
Apesar de ainda bilionário, o lucro líquido dos bancos teve expansão menos vigorosa em 2008. O estudo mostra que o lucro líquido desses 27 bancos aumentou 7,8%, totalizando R$ 37,29 bilhões. "Se você pegar a trajetória de resultados e comparar o quarto trimestre com o terceiro, houve queda no lucro líquido recorrente por motivos óbvios. A crise internacional encaminhou uma pressão de "funding" [captação] muito grande. A dinâmica do crescimento da carteira de crédito foi diminuída e aumentaram os provisionamentos", diz João Augusto Salles, da consultoria Lopes Filho. "O quadro que se traça para 2009 é de muita incerteza. E isso machucou a margem financeira para os bancos", completa.
Segundo pesquisa divulgada na semana passada pelo Banco Central, os bancos têm razão em se preocupar com a inadimplência. Em janeiro, os pagamentos atrasados há mais de 90 dias, no segmento de pessoa física, alcançaram 8,3% da carteira de crédito dos bancos, sendo esse o maior percentual desde maio de 2002. Em dezembro, a inadimplência estava em 8%; em junho, em 7%. "O primeiro trimestre está sendo assim e nada aponta para que ocorra o contrário disso nos próximos meses. Tem pessoas dizendo que [o crédito] pode melhorar no segundo semestre. Pode melhorar, mas pode piorar também. Há um grau de incerteza muito grande. Qual o problema de 2009? É o desemprego e a inadimplência. Os bancos vão ter de trabalhar mais para emprestar melhor. Já estão sendo muito mais seletivos, exigindo mais garantias e, mesmo assim, estão aumentando o provisionamento", avalia Salles.
Tarifas
Paralelamente, houve uma estagnação das receitas com prestação de serviços (como tarifas e taxas cobradas de contas, cartões e mesmo de fundos de investimento) ao longo do ano passado. Isso ocorreu devido ao impacto das novas regras criadas pelo Banco Central para a cobrança de tarifas, que entraram em vigor no ano passado. De acordo com o levantamento da Austin Rating, a receita de serviços dos 27 bancos pesquisados passou de R$ 52,874 bilhões para R$ 56,835 bilhões - expansão de 7,6%, praticamente igual à inflação e à expansão da base de clientes do negócio bancário.
No caso do Bradesco, a contribuição do setor de serviços bancários para o seu resultado caiu de 29% do total em 2007 para 26% em 2008. Para os ganhos com os serviços bancários voltarem a crescer e conseguirem compensar a esperada perda com o crédito, os bancos terão de apostar no aumento de sua base de clientes, avaliam analistas. Nesse quesito, os bancos não têm muitas restrições, pois o simples fato de abrir uma conta, emitir um cartão e cobrar por esses serviços não traz riscos extras para as instituições financeiras. "O espaço para a expansão do crédito no Brasil ainda é elevado. Mas os bancos estão mais cautelosos em relação ao cenário econômico. A expectativa para 2009 é realmente de um crescimento menor no crédito", afirma Guilherme Ralisch, analista financeiro do Inepad - Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração. "Algum crescimento na inadimplência já tem sido notado. Mas não acredito que haja uma deterioração muito grande nesse sentido", avalia Ralisch.
Bancos pequenos
Os resultados apresentados em 2008 mostraram também, a deterioração da situação dos bancos pequenos, que tiveram mais dificuldades para captar recursos e manter o mesmo ritmo de crédito. Apesar da menor captação, a maioria desses bancos com ação na Bovespa, fechou o ano no azul - BIC, com R$ 321 milhões de lucro; Panamericano, R$ 236 milhões; Daycoval, R$ 300 milhões; Pine, R$ 133 milhões; Indusval, R$ 72 milhões; e Paraná, R$ 84 milhões.

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AGRONEGÓCIO


São Paulo/SP – Da redação
Avicultura brasileira vê recuperação no preço do frango no mercado internacional
A decisão do setor avícola brasileiro em promover um ajuste de produção como forma de não sofrer impactos da crise econômica mundial, com uma oferta do produto maior que as demandas externa e interna, trouxe uma rápida reação do mercado internacional. A principal resposta veio na recuperação dos preços no mercado externo, resultado principalmente, da decisão do setor em reduzir o alojamento de corte em 20% e a meta de atingir um plantel máximo de 400 milhões de frango de corte alojadas no mês. De acordo com o presidente do Sindiavipar - Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná - e diretor do Setor de Abatedouros e Mercado da UBA - União Brasileira de Avicultura -, Domingos Martins, os preços no mercado externo já demonstram uma recuperação. “Hoje, apesar do momento de crise econômica, os cortes específicos de frango no mercado internacional custam entre 150 e 200 dólares por tonelada a mais que no final do ano passado, o que se torna um alento para a avicultura, que vinha entrando nesse período de crise econômica com muita cautela”, informou.
Segundo Domingos Martins, os mercados compradores se mostraram bastante preocupado com a possibilidade de faltar frango devido à decisão brasileira em reduzir a produção. Essa manifestação foi informada durante a Gulfood 2009, feira do setor alimentício que aconteceu nesta semana em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O setor avícola do Paraná esteve presente ao evento com todas as empresas exportadoras associados ao Grupo Unifrango Agroindustrial, representadas na feira. Associada ao Sindiavipar, a Unifrango reúne 19 empresas do segmento avícola do Paraná e responde pela terceira colocação em abate de frango no país, com 1,8 milhão de cabeças abatidas/dia.
Para o presidente do Sindiavipar, a participação das avícolas paranaenses na feira foi bastante gratificante, pois possibilitou o fortalecimento de parcerias já consolidadas e a abertura para novos mercados. Hoje, o Oriente Médio é o principal destino da produção avícola do Paraná. De acordo com levantamento do Sindiavipar, dos dez principais mercados consumidores da carne de frango do Paraná, quatro são do Oriente Médio (Arábia Saudita, Emirados Árabes, Kuwait e Egito), que juntos somaram 30% de participação no volume das exportações paranaenses no ano passado. “A decisão em reduzir a produção avícola brasileira tem preocupado os importadores, que temem uma falta de frango no mercado. Na feira em Dubai eles demonstraram preocupação com o grande mercado brasileiro. No entanto, não há perspectiva dessa falta de oferta de frango, uma vez que o ajuste de mercado caminha de acordo com o desempenho das exportações do produto”, informa Domingos Martins.
Ajuste de mercado
Depois de atuar para reduzir o alojamento de corte em 20% desde novembro do ano passado, a avicultura de corte brasileira decidiu no final de fevereiro, ampliar o seu ajuste de produção, numa recomendação nacional para se atingir um plantel máximo de 400 milhões de frango de corte alojadas por mês. De acordo com o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, a estimativa é de que com esse ajuste da produção, o Paraná diminua o abate de cabeças de frango em aproximadamente 12%, comparado à média mensal obtida no ano passado. A média mensal de 2008 foi de 101.843.663 cabeças, com a avicultura paranaense finalizando o ano com o abate de 1.222.123.962 cabeças. Apesar disso, o estado irá manter-se como o principal produtor de frango de corte do Brasil, respondendo por aproximadamente, 27% da produção nacional.
O pacote pró-ajuste do mercado avícola foi sugerido pela UBA - União Brasileira de Avicultura - e pela ABEF - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango. O presidente do Sindiavipar destaca que o ajuste de mercado se faz necessário para afastar a possibilidade de crise sobre esse importante setor do agronegócio brasileiro, equilibrando a oferta e o consumo de frango no cenário interno. “Nos últimos meses, estamos enfrentando uma diminuição nas exportações de frango do Brasil, em virtude da crise econômica mundial, que traz como consequência a falta de crédito para viabilizar as exportações nacionais. No último mês, a diminuição nas exportações foi de aproximadamente 50 milhões de cabeças de frango, uma demanda que fica para o consumo interno. Então, para equilibrar a oferta e a demanda, tanto no cenário externo quanto no interno, propomos esse ajuste de produção”, explica Domingos Martins.

São Paulo/SP – Da redação
Preços do açúcar estão firmes em NY e SP
Os preços do açúcar estão firmes no mercado internacional e também no mercado interno. Na quinta-feira, dia 26/02, os preços futuros do açúcar fecharam com forte alta nas Bolsas internacionais, como reflexo do quadro de oferta e demanda apertado para a safra 2009/10. O déficit global deverá ser de 9,2 milhões de toneladas, comparado à estimativa anterior, de 3,3 milhões de toneladas. A Índia, segundo maior produtor mundial, deverá importar açúcar neste ano, entre 2 milhões e 3 milhões de toneladas. Na Bolsa de Nova Iorque, os contratos para maio fecharam ontem a 13,90 centavos de dólar por libra-peso, alta de 48 pontos. Na Bolsa de Londres, os contratos para agosto encerraram a US$ 395 a tonelada, alta de US$ 6,70. Em São Paulo, a saca de 50 quilos fechou a R$ 46,64, segundo o índice Cepea/Esalq. Segundo o Cepea, os preços do açúcar cristal seguiram firmes nos últimos dias, apesar da baixa liquidez, com compradores e usinas retraídos. De modo geral, usinas devem iniciar a produção de açúcar branco somente em abril, apesar de o início da colheita da região Centro-Sul ser esperado para a segunda quinzena de março.

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SETOR AUTOMOTIVO


Wolfsburg/Alemanha
Demissões de terceirizados da Volkswagen não atinge o Brasil
A Volkswagen do Brasil informou neste sábado, que as demissões anunciadas pelo presidente mundial da montadora, Martin Winterkorn, não afetarão os funcionários da empresa no Brasil, no setor de produção. Winterkorn disse, segundo a revista semanal alemã "Der Spiegel", que a Volks irá demitir neste ano, 16.500 funcionários, devido à crise no setor automobilístico. O diretor de Assuntos Corporativos da empresa no Brasil, André Senador, explicou que as demissões vão atingir funcionários da produção empregados como terceirizados através de agências.
O diretor informou que não há funcionários no setor de produção da Volks no Brasil empregados sob esse tipo de contrato. Segundo ele, a empresa emprega 1.600 pessoas em regime temporário, e a manutenção desses funcionários em seus postos de trabalho, dependerá da situação do mercado automobilístico mundial e dos rumos da economia. A Volks do Brasil não tem no momento, planos de nenhuma medida semelhante para funcionários temporários no Brasil, disse Senador. Winterkorn disse à "Der Spiegel" que a medida "não é agradável", mas que as demissões são "inevitáveis". Agências de notícias informaram mais cedo que a medida poderia incluir o Brasil.
O presidente da companhia disse não haver "nenhum problema" sobre o quadro de funcionários fixos, mas sinalizou que a Volks pode "rever sobre outras coisas" caso a empresa não possa "seguir adiante". Na Alemanha, a Volkswagen empregava no fim de 2008 cerca de 4.500 temporários. Muitas das demais vagas estão no leste da Europa ou no Brasil. A VW emprega no total, aproximadamente, 330 mil pessoas no mundo.
As vendas do primeiro construtor automobilístico europeu caíram 15% em janeiro e a Volkswagen prevê ainda, um recuo de 10% em 2009. A Volkswagen não exclui a possibilidade de registrar prejuízo no primeiro trimestre em razão da queda dos mercados automobilísticos no mundo.
O presidente da Volkswagen ainda rechaçou que seu concorrente Opel - filial da General Motors na Europa - receba ajuda estatal, pois considera que o Estado não deve se converter em "uma sociedade de resgate para empresas que possivelmente, estão próximas da bancarrota". Winterkorn admite que é "legítimo" que o governo alemão outorgue avais financeiros de forma "pontual" a uma empresa, mas "só durante um tempo de transição". Ele ainda assinalou que não se pode calcular se a Opel está ameaçada pela falta de liquidez, mas afirma que, se a empresa se declarar insolvente, seria algo "lamentável
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VAREJO


São Paulo/SP – Da redação
Varejo pode crescer 7% neste ano
O setor varejista deverá ter um crescimento respeitável em 2009, mesmo com a crise. A expectativa do 38º Relatório Anual da revista Supermercado Moderno é que o incremento na receita das redes varejistas chegue a 7%, caso o PIB cresça 1,8%. Apesar de significativo, o percentual de incremento será menor do que o de anos anteriores. Em 2008, o crescimento do setor varejista foi de 13,6%, segundo a Consumidor Moderno, e de 9,1%, de acordo com o IBGE.

São Paulo/SP – Da redação
Taco Bell prepara desembarque no Brasil
Já faz um bom tempo que o grupo Yum! Brands, dono da Pizza Hut e da KFC, busca crescer fora dos EUA. A série de resultados nada animadores, nos últimos anos, tem obrigado a companhia a procurar resultados fora de casa. Enquanto as operações internacionais lucraram 10% a mais em 2008 e a margem cresceu quase dois pontos, nos EUA o lucro encolheu 6% e a margem registrou um ponto de queda. O interesse nesses mercados é tamanho que a empresa vai arriscar outra vez. Depois da turbulenta entrada da Pizza Hut e da KFC no Brasil, a companhia planeja abrir unidades da rede de comida mexicana Taco Bell na cidade de São Paulo. Num segundo momento se estabeleceria no Rio de Janeiro. A Taco Bell desembarcaria por aqui em parceria com a BFFC - Brazil Fast Food Corporation -, a mesma que já opera duas das principais marcas da Yum! (KFC e Pizza Hut), além de controlar o Bob's e a In Bocca al Lupo Café. Seria, na verdade, um retorno da Taco Bell ao País. Os primeiros estudos da rede para voltar ao Brasil, assim como a visita inicial para tratar do tema com os parceiros, aconteceram no início do segundo semestre de 2008. Com o aprofundamento da crise econômica, as tratativas ganharam força, segundo um executivo do grupo que acompanhou a negociação até o início deste ano. A BFFC nega a informação e a Yum! Brands não se manifestou. O CEO da Yum!, David Novak, apoia a expansão particularmente em dois mercados emergentes: Brasil e China. Como na Ásia os resultados já aparecem de forma vigorosa (as vendas subiram 31% em 2008), estaria na hora de dar mais atenção ao mercado brasileiro. Os negócios na América Latina registraram alta de 12% no ano passado, com destaque para o Brasil.

São Paulo/SP – Da redação
Casa do Pão de Queijo inaugura loja em São Paulo
A Casa do Pão de Queijo abre hoje uma nova unidade em São Paulo, Boavista Shopping, na zona sul da capital. Com essa loja, a rede soma 159 pontos de venda na cidade e 142 em shoppings no país. Essa é a terceira franquia da rede nas mãos do casal Ivo e Sueli Fernandes Locci. Em 2008, a Casa do Pão de Queijo faturou R$ 230 milhões e a expectativa de crescimento para 2009 é de 20%.

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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília/DF – Da redação
Brasil e Canadá discutem cooperação técnica em agricultura
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, recebe a vice-ministra de Agricultura do Canadá, Yaprak Baltacioglu, para discutir assuntos de interesse agrícola em ambos os países na próxima terça-feira, dia 04/3. Na ocasião, o diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, e a vice-ministra assinarão memorando de entendimento para cooperação técnico-científica entre a empresa e o Departamento de Agricultura e Agri-Alimentação do Canadá. O documento contempla o acesso a recursos genéticos, compartilhamento de material e conservação; práticas agrícolas que melhorem o desempenho ambiental, focalizando em mudanças climáticas e assuntos relacionados à água; entre outros temas.

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MERCADO DE TI


São Paulo/SP – Da redação
IBGE comprará 220 mil computadores portáteis para Censo 2010
O Censo 2010, que começou a ser planejado ainda no início de 2007, está entrando em sua principal fase. Após diversas consultas a empresas sobre equipamentos e testes, o IBGE -
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - deve anunciar nas próximas semanas, a abertura da licitação para a aquisição de 220 mil computadores portáteis, entre PDAs e netbooks. Após a licitação, a aquisição dos equipamentos será completada entre agosto de 2009 e fevereiro de 2010, de acordo com o cronograma oficial do Censo. O IBGE ainda não divulgou detalhes sobre as características técnicas dos equipamentos. Sabe-se somente que eles estarão equipados com módulos GPS. O sistema de localização global dos computadores contará com as coordenadas de escolas e estabelecimentos de saúde da área rural, levantadas durante o Censo 2007. Com isso, gerou-se um cadastro com informações sobre essas unidades para integrar e alimentar sistemas de informação de diversos órgãos. O número é justificado pela dimensão do trabalho: em todo o País, são mais de 58 milhões de domicílios. Cerca de 240 mil pessoas serão contratadas e treinadas para realizar o censo e o trabalho será dividido em 280 mil setores, sendo 7 mil postos de coleta de dados informatizados. O orçamento total previsto para o Censo 2009 é de 1,4 bilhão de reais.

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MERCADO WEB


Sunnyvale/EUA
CEO do Yahoo reformula alta diretoria da companhia
A CEO do Yahoo, Carol Bartz, promoveu reestruturação na alta diretoria da companhia com o objetivo de torná-la mais eficiente e ganhar agilidade frente às constantes mudanças do mercado. As informações são do The Wall Street Journal. Com as mudanças, ela pretende tornar mais rápida as tomadas de decisões e simplificar a estrutura para renovar o foco no consumidor. A reestruturação é a primeira medida de mais impacto na empresa da CEO. Carol foi contratada para melhorar os resultados e a reputação da companhia, que perdeu muito terreno nos últimos 11 anos para seu principal rival, o Google. A reorganização pontuou as responsabilidades de cada membro do time de executivos. O CTO Aristotle Balogh, por exemplo, passa a acumular a função de vice-presidente de produtos. Hilary Schneider, que estava à frente dos departamentos de audiência, publicidade e propaganda, será também vice-presidente para a América do Norte. Além das mudanças, a companhia contratou Elisa Steele para chefiar o departamento de marketing. Elisa já foi executiva de Carol Bartz na Sun Microsystems. Com os anúncios, as ações da companhia tiveram uma alta na Nasdaq de 2,4%. (The Wall Street Journal)

Washington/EUA
Sites de cupons crescem com crise nos EUA
A crise econômica tem feito com que os consumidores busquem a internet para economizar. De acordo com um levantamento realizado pela comScore referente ao terceiro trimestre do ano passado, 62% dos entrevistados que diminuíram seus gastos, usaram cupons com mais frequência para economizar, no que foi a terceira estratégia mais usada para enfrentar a crise. Em novembro, segundo dados da Media Matrix, os sites de cupons foram a categoria que mais cresceu, com 32% mais acessos em relação a outubro, ou 35,6 milhões de visitas. Ao mesmo tempo, os consumidores estão encontrando ofertas de maneiras mais convencionais: uma pesquisa realizada em outubro com 2.000 usuárias de internet com mais de 18 anos, 76% responderam que compartilham com as amigas os cupons de descontos encontrados em revistas, malas diretas ou jornais. Nesse mesmo grupo, 66% afirmaram compartilhar cupons online que podem ser impressos e então usados nas lojas. (Agência EFE)

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TELECOMUNICAÇÕES

Washington/EUA
Apple poderá utilizar GPS do iPhone para localizar fotos por geotagging
Muitos celulares já possuem o sistema de “geotagging” por GPS em suas câmeras, mas em nenhum deles esse recurso era mais esperado do que no iPhone da Apple. Rumores noticiados pelo site Engadget prevêem o recurso para breve, tanto no celular quanto no iPod touch. A possível inclusão do recurso no iPhone foi descoberta através do aparecimento de uma janela no novo iPhoto ’09, o aplicativo de gerenciamento de fotos da Apple. De acordo com o site TidBITS , a janela mostra que qualquer câmera poderia se aproveitar do recurso, utilizando o GPS do iPhone. O texto da janela mostra que um possível aplicativo no iPhone poderá rastrear a posição de seu usuário todo o tempo, associando as informações da câmera as do iPhone quando estes forem sincronizados ao computador. O geotagging ou geoposicionamento por rótulos é o processo de adicionar metadados geográficos a diversos tipos de mídia, como fotografias, vídeos, sites ou feeds RSS . Esses dados geralmente constituem coordenadas de latitude e longitude, mas também, podem ser incluídos outros dados como altitude, direção e nomes de locais. Nenhum pronunciamento oficial por parte da Apple foi noticiado até agora a respeito da possível novidade.

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MERCADO DE LUXO

Londres/Inglaterra
Tendências no mercado de luxo mundial
Hermès, Gucci, Tiffany, Chanel, Louis Vuitton e Cartier enfrentam problemas para sustentar suas vendas no Japão. O mercado japonês, que foi a grande “menina de ouro” dos artigos de luxo nos anos 80, agora começa a cair. É verdade que o Japão ainda é responsável por um quarto das vendas desse mercado; contudo, o envelhecimento da população não tem ajudado a manter as vendas em alta. O mercado de luxo japonês, que valeu 10 bilhões de dólares em 2007, caiu 39% desde 1996. Por outro lado, a China e outras economias emergentes mantêm o mercado aquecido – a Louis Vuitton triplicou no mesmo período. (The Economist)

Paris/França
Mercado de celulares de luxo movimentarão US$ 43 bilhões até 2013
Os celulares criados para o mercado de luxo deverão movimentar US$ 11 bilhões no próximo ano, prevê estudo da ABI Research. Comparados a relógios e jóias, os aparelhos desenhados para marcas famosas, como Dior, Prada, Vertu, marca de luxo da Nokia, serão uma das principais fontes de receita para fabricantes. Para se ter uma idéia, as vendas de celulares de luxo deverão movimentar US$ 43 bilhões até 2013. (WNews)

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