I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 138 | Ano I

Fórum Econômico Mundial apresenta panorama sombrio para 2009
O WEF - Fórum Econômico Mundial - apresentou ontem, terça-feira, um sombrio panorama sobre as perspectivas econômicas do planeta em 2009, e advertiu que os governos podem ver o tiro sair pela culatra com seus multimilionários pacotes de resgate financeiro. "As previsões econômicas para 2009 são sombrias para a maioria das economias", assinalou o WEF em seu relatório anual. O documento mostra um quadro pouco animador em todos os âmbitos: mercados voláteis, falta de liquidez, aumento de desemprego e índices de confiança dos consumidores. "Essa situação corre o risco de estimular políticas de investimentos perigosas a longo prazo", assinala o informe, elaborado com consultas feitas com políticos, empresários e acadêmicos. "Os gastos maciços destinados pelos governos para ajudar as instituições financeiras, ameaçam as já precárias situações fiscais de países como EUA, Reino Unido, França, Itália, Espanha e Austrália". "É perigoso não buscar as raízes do problema ou semear novos problemas, cujo impacto não será imediato, mas que se fará sentir com força, mais tarde", argumenta. Mas toda crise é uma oportunidade e "2009 oferece a ocasião de reforçar a política de governo mundial e de construir uma vontade política para restaurar a estabilidade financeira", afirma o Fórum Econômico Mundial. O informe - redigido pela resseguradora Swiss Re, pelo banco Citigroup, pela seguradora Zurich Financial Services e pela sociedade de Bolsa americana Marsh & McLennan - servirá de base para as discussões da reunião anual do WEF, que será inaugurada em 28/1 na cidade suíça de Davos. (Agência France Presse, de Genebra)

Multinacional britânica vai investir US$ 4 bilhões no país
O governo do Estado do Rio divulgou que a BG Group, empresa líder mundial em gás natural, investirá US$ 4 bilhões na exploração e produção de petróleo no Brasil. A maior parte desse valor seria destinada à prospecção nas reservas do pré-sal na área petrolífera de Tupi, na bacia de Santos, no litoral do Rio e de São Paulo. O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) recebeu ontem, o presidente do conselho da empresa britânica, Robert Wilson, e executivos da filial no Brasil para discutir a possibilidade de investimentos em campos de petróleo no Estado do Rio.
De acordo com o governo, foi na reunião que a BG anunciou os US$ 4 bilhões em investimentos nos próximos três anos. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, disse que o grupo considera o Brasil um país de importância estratégica. "Hoje o maior parceiro da Petrobras no pré-sal veio declarar investimentos que representam 25% dos recursos a serem aplicados em Tupi, da ordem de US$ 4 bilhões. Eles também vieram ratificar o credo nas regras e leis brasileiras, dizendo que isso é uma questão essencial para os investimentos estrangeiros", disse Bueno.
Segundo o secretário, os diretores da BG Group disseram que pretendem ter o Rio como principal base das estratégias para o desenvolvimento do pré-sal. Ele disse que 85% dos empregos da indústria naval estão no Rio e que, em breve, entrará em operação um novo estaleiro de construção de plataformas de petróleo. Afirmou também, que há áreas no Estado em que a Petrobras quer construir plataformas. A BG é a principal parceira da Petrobras na exploração da área de Tupi, com 25% de participação. A Petrobras detém 65%, e a portuguesa Galp, 10%. Nos últimos dias, analistas internacionais vêm dizendo que a ExxonMobil, a maior petroleira mundial, deveria procurar uma parceria com a Petrobras no desenvolvimento de Tupi. A empresa americana deveria aproveitar, dizem eles, das supostas dificuldades financeiras da estatal.

Indústrias e agronegócio são os que mais demitem no País
As indústrias de transformação e a agropecuária devem ser os setores que mais demitiram do que contrataram mão-de-obra em dezembro do ano passado, de acordo com as análises preliminares enviadas pelas empresas ao Ministério do Trabalho e Emprego, para serem incluídas no Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados -, às quais a Agência Estado teve acesso.
O ministério, que deve divulgar os dados na próxima semana, ainda não confirma oficialmente, se houve forte redução na oferta de vagas com carteiras assinadas no último mês do ano passado. Fontes do governo, no entanto, estimam que o número de demissões deve superar em cerca de 600 mil o total de contratações no período.
Em novembro, o saldo do Caged já havia ficado negativo, com fechamento de 40,8 mil postos de trabalho formais. Esse foi o primeiro sinal do forte desaquecimento que deve atingir o mercado de trabalho brasileiro no início desse ano. Em novembro, os setores industrial e de agropecuária já haviam reduzido seus quadros, com o primeiro cortando 80,8 mil vagas, e o segundo, 50,5 mil empregos formais. Esses dois segmentos estão entre os que mais dependem de crédito e da demanda do mercado internacional por seus produtos para manter aquecida a sua produção. E como justamente o crédito e as exportações sofreram muito com o agravamento da crise internacional no fim do ano, o fechamento das vagas pode ser interpretado como um reflexo direto da crise.
Tradicionalmente, dezembro é o mês em que ocorrem mais dispensas de trabalhadores do que contratações pelas empresas privadas, ficando em 300 mil a média de empregos fechados. Isso porque as empresas da indústria começam a dispensar em dezembro o pessoal temporário, contratado em geral, a partir de outubro para atender a maior demanda das festas de fim de ano. Mas, se as estimativas das fontes do governo se confirmarem, o saldo negativo de dezembro será o dobro da média. O setor agropecuário também demite mais no fim do ano por causa da entressafra de várias culturas agrícolas.
Varejo - O comércio é outra atividade econômica que utiliza bastante mão-de-obra temporária no último trimestre do ano, mas só costuma acelerar as dispensas no início de janeiro, após o feriado de Natal e dos saldões para limpeza dos estoques. Os serviços também tendem a manter empregos entre dezembro e janeiro, por causa do período de férias e da alta temporada do turismo. Segundo o presidente da CNDL - Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas -, Roque Pellizzaro Júnior, o comércio varejista brasileiro costuma absorver em definitivo cerca de 10% dos empregados temporários entre o fim do ano e início do outro. Mas o empresário alerta que, se a crise se refletir em menos vendas nesse início de 2009, o aproveitamento dos empregados temporários que mais se destacaram no trabalho, será bem menor do que 10%. "Se cair o nível de vendas, não nos restará outra saída a não ser reduzir o nível de contratação", avaliou Pellizzaro.

Pfizer vai demitir até 800 pesquisadores
A norte-americana Pfizer, maior farmacêutica do mundo, começará a demitir hoje até 800 pesquisadores, num reconhecimento tácito de que seus laboratórios não conseguiram se reerguer apesar dos bilhões de dólares injetados nos últimos anos. Até o final do ano, a companhia de Nova Iorque espera eliminar de 5% a 8% de seus 10 mil pesquisadores, de acordo com Martin Mackay, que preside o departamento de pesquisa e desenvolvimento da companhia. Embora os cortes apenas arranhem a força de trabalho total do grupo, de 83,4 mil pessoas, eles atingem o coração do grupo: os laboratórios encarregados de descobrir medicamentos novos e lucrativos. A Pfizer tem o maior orçamento para pesquisa e desenvolvimento em seu setor, de US$ 7,5 bilhões. O grupo enfrenta um momento crucial, com a aproximação do vencimento em 2011 da patente do medicamento Lipitor, de combate ao colesterol, um dos remédios que mais vendem no mundo. O Lipitor responde por um quarto da receita anual da Pfizer, que gira em torno de US$ 48 bilhões. Os investidores estão perdendo a paciência com as medidas anunciadas pelo executivo-chefe da empresa, Jeffrey Kindler, desde que assumiu o posto, em julho de 2006. Há quem clame por uma grande aquisição, para compensar a provável perda de receita com o Lipitor daqui a dois anos. (Agência Dow Jones)

Petrobras exporta volume recorde de óleo em dezembro
A Petrobras informou ontem a tarde, que exportou uma média de 620 mil barris de petróleo por dia em dezembro, o que representa um recorde na história da companhia. No total, a empresa exportou durante o mês 19,234 milhões de barris de petróleo brasileiro, o que lhe garantiu uma receita de US$ 574 milhões no período. O recorde superou em 46 mil barris por dia a marca anterior, obtida em outubro de 2008, de 574 mil barris diários. "A operação, além de agregar maior valor para a Companhia, foi também um desafio em termos volumétricos e de complexidade logística pela necessidade de combinação de diferentes tipos de petróleos em um mesmo embarque", afirmou, em nota, a Petrobras. Segundo a empresa, o volume exportado refere-se aos embarques físicos de petróleo, sendo que as operações financeiras só seriam contabilizadas em semanas seguintes. A ressalva é feita porque os dados de balança comercial da Secex - Secretaria de Comércio Exterior - contabilizam as operações financeiras, diferenciando-se das estatísticas da estatal.

Refinaria Ipiranga muda de nome para Riograndense
A Refinaria de Petróleo Ipiranga S/A, unidade controlada pelo Grupo Ipiranga até 2007, passa a se chamar Refinaria de Petróleo Riograndense S/A a partir desse ano. A alteração estava prevista no acordo de venda do grupo gaúcho para Petrobras, Braskem e Ultrapar, atuais controladores da refinaria. Criada em 1937, a unidade precisou ter seu nome alterado porque a marca Ipiranga, conforme o acordo de compra anunciado em março de 2007, pertence à Ultrapar (Grupo Ultra), que por sua vez a utilizará na rede de postos de combustíveis. Além da alteração da razão social, a identidade visual da companhia, também passará por mudanças. A nova imagem da refinaria deverá ser analisada pelo Conselho de Administração até o final do próximo mês.

Indústria de embalagens já sinaliza efeitos da crise
O indicador de vendas do setor de papelão ondulado, considerado um dos termômetros da atividade econômica por envolver a indústria de embalagens, sinalizou efeitos da crise da economia mundial no País no final do ano passado. Segundo dados preliminares divulgados hoje, pela ABPO - Associação Brasileira do Papelão Ondulado -, as vendas de papelão em dezembro totalizaram 157,2 mil toneladas, uma queda de 4,5% em relação ao mesmo período de 2007. Na comparação com novembro, as vendas do mês passado apresentaram uma queda de 15,5%. A segunda queda consecutiva mensal do indicador na comparação ante igual período do ano anterior, levou o setor a fechar 2008 com expansão de apenas 0,88% nas vendas sobre 2007, somando 2,27 milhões de toneladas. O resultado é inferior à expansão de 1,7% registrada no acumulado de janeiro a outubro de 2008, quando os primeiros efeitos da crise financeira global foram sentidos no setor. O crescimento de 0,88% no ano passado ficou aquém das previsões da entidade, que esperava alta entre 1% e 1,5% no ano. O volume de papelão comercializado em dezembro representa a pior marca do ano, característica tradicional desse mercado. Além disso, a marca de dezembro representa a pior taxa mensal do setor desde fevereiro de 2005, quando foram vendidas 154,8 mil toneladas.

Sony Music Entertainment anuncia acordo de distribuição digital com Wind-up Records
A Sony Music Entertainment e a Wind-up Records ampliam seu acordo de distribuição exclusiva para incluir direitos digitais, anunciam hoje, Thomas Hesse, presidente, Global Digital Business, U.S. Sales, e Corporate Strategy, Sony Music Entertainment e Ed Vetri, presidente, Wind-up Records. Nos termos desse acordo plurianual, a Sony Music Entertainment distribuirá conteúdo digital da lista extensa de artistas da Wind-up por todos os canais comerciais e numa variedade de plataformas digitais, inclusive online e móvel. "Estamos entusiasmados em anunciar a ampliação do acordo de longo prazo com a Wind-up Records. Ao longo dos anos, a Wind-up descobriu, introduziu e estabeleceu, com sucesso, muitos dos artistas mais populares do momento e, ao fazê-lo, conquistou reputação como um dos selos mais respeitados do setor", comenta o Sr. Hesse. (PRNewswire)

Lucro da Cargill cresce 25% com Mosaic
A multinacional norte-americana Cargill anunciou hoje, que o lucro líquido da empresa no segundo trimestre fiscal, encerrado em 30/11, avançou 25% para US$ 1,19 bilhão, contra US$ 954 milhões registrados em igual período do ano passado. A empresa é a líder mundial em agronegócio e uma das maiores empresas dos EUA do setor privado. A companhia informou que o avanço resultou dos ganhos contínuos apurados no segmento de fertilizantes, em especial, com a contribuição "significativa" da Mosaic, empresa da qual a Cargill é a maior acionista. Segundo a Cargill, sem a Mosaic, os resultados da empresa apresentam queda "moderada". A empresa não informa os números sobre a receita. O presidente e chefe executivo da Cargill, Greg Page, afirmou que a empresa está se preparando para o ano de maneira "muito mais cuidadosa" sobre os custos e despesas, assim como sobre as escolhas e riscos no agronegócio que a empresa poderá tomar. Mas, segundo ele, a natureza de seus produtos e serviços, a diversidade dos negócios da companhia e disciplina financeira "podem proporcionar elasticidade às operações". O executivo afirmou que o foco da Cargill está nos fundamentos de mercado e que o gerenciamento de risco permite à companhia "trabalhar de forma segura em meio a condições voláteis". Os negócios da Cargill estão distribuídos por toda a cadeia, desde o segmento de nutrição animal até serviços financeiros. A Mosaic, da qual a Cargill vendeu parte das ações em 2004, através de oferta pública, informou na semana passada que o lucro líquido da companhia mais que dobrou com o aumento dos preços e vendas, um movimento que ocorreu a despeito da redução no volume vendido e do valor dos estoques. Na ocasião, a Mosaic projetou resultados mais fracos no atual trimestre, por conta da rápida deterioração das condições do mercado.

ArcelorMittal Brasil inicia demissões voluntárias
A siderúrgica ArcelorMittal Brasil informou, por meio de comunicado à imprensa, que iniciou um PDV - Programa de Desligamento Voluntário - envolvendo empregados do corporativo da ArcelorMittal Brasil e da área produtiva da ArcelorMittal Aços Longos. Não há até o momento uma definição sobre o número de empregados que podem ser envolvidos. A iniciativa, conforme a empresa, "faz parte do conjunto de ações já anunciadas pela ArcelorMittal no final de 2008, para equilibrar a atual situação de descompasso entre a oferta e a demanda do mercado", em função da crise financeira mundial. O PDV começou a vigorar no mês passado para a parte corporativa e desde ontem envolve o pessoal da produção do segmento de Aços Longos. O prazo para adesão termina no final desse mês.
No final de 2008, a ArcelorMittal confirmou que avaliava a adoção de um programa de antecipação de aposentadorias, conciliado a um plano de demissão voluntária para empregados não ligados diretamente à produção (áreas administrativas e gerais), o que poderia ser iniciado no primeiro trimestre desse ano. O PDV da empresa prevê incentivos financeiros e benefícios temporários como assistência médica, odontológica e seguro de vida no período de dois anos. Ainda conforme a empresa à época, a iniciativa está alinhada com um plano de redução de gastos que incluiria a demissão voluntária, em todo o mundo, de 9 mil empregados das áreas administrativas da ArcelorMittal. Desse total, 6 mil seriam na Europa e 3 mil de outros países onde a empresa está presente. A ArcelorMittal tem atualmente, 326 mil empregados em mais de 60 países do mundo.
A ArcelorMittal foi a primeira siderúrgica a anunciar cortes de produção de aço no Brasil desde o início da crise mundial e, de acordo com o Inda - Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço -, irá reduzir os preços dos produtos no mercado interno em 2009. O corte deverá atingir até 10% nesse mês, equivalente a um desconto de R$ 200 por tonelada.

Varejo de eletroeletrônicos cresce forte em 2008
Mesmo com desempenho muito abaixo das expectativas no final do ano, algumas das principais varejistas de eletroeletrônicos do Brasil fecharam 2008 com forte alta nas vendas. No Magazine Luiza, por exemplo, o faturamento cresceu 25% em relação a 2007, para R$ 3,3 bilhões, mas ficou ligeiramente abaixo das projeções da rede, de R$ 3,4 bilhões. A empresa teve expansão de apenas 4% no último bimestre do ano, contra uma expectativa de crescer 15%. Para o primeiro semestre de 2009, a expectativa é de crescer apenas no ritmo da inflação. Na Ricardo Eletro, quarta maior rede do setor, as vendas subiram 18% no ano passado, para R$ 1,9 bilhão. A empresa diz estar negociando aquisições de redes no Sul, Sudeste e Nordeste.

Varejo de shopping cresce 3,7% em 2008
O mercado de shopping center registrou crescimento real de 3,7% em 2008, de acordo com os números do índice MercadoFlux. O resultado foi considerado bom, embora inferior aos 6,1% registrados em 2007. A crise financeira global teve um pequeno impacto no resultado dos últimos dois meses do ano, mas não o suficiente para reverter o quadro geral positivo observado no ano. Na análise por região, o Rio de Janeiro foi o mercado com maior crescimento em relação a 2007 (4,2%), seguido por Belo Horizonte e São Paulo, com 3% e 2,8%, respectivamente. Em relação aos formatos, o maior crescimento aconteceu nos pequenos shoppings de vizinhança, com expansão de 7,7% na comparação anual.

Mundo Verde abre primeira loja em Portugal
Maior rede especializada em produtos naturais e orgânicos do Brasil, o Mundo Verde abriu sua primeira loja em Portugal. Com 100 metros quadrados, o ponto de venda está localizado no shopping Vila Nova de Gaia, no Porto, e conta com uma equipe de cinco funcionários, sendo uma nutricionista. Cerca de 60% dos 2.500 produtos disponíveis na loja são importados do Brasil e os demais, provenientes de Portugal e de outros países da Europa e das Américas. O investimento para levar a marca para Portugal foi de 250 mil euros (incluindo a montagem da loja) e o investimento necessário para abrir novas franquias ficará em torno de 80 mil euros. A abertura da primeira loja em Portugal marca a entrada da rede Mundo Verde na Europa e dá prosseguimento à internacionalização da rede, iniciada em 2007 por Angola. No Brasil, a rede conta com 140 pontos de venda.

Salton deve receber 15 milhões de quilos de uvas na safra 2009
A Salton começou a receber ontem, as primeiras uvas da safra 2009, na sede da vinícola, em Bento Gonçalves. Até o final de março, quando devem ser encerrados os trabalhos, 15 milhões de quilos de uvas devem ser entregues para vinificação de suco, vinhos e espumantes. A expectativa é de uma safra de alta qualidade. “O clima foi chuvoso na primavera, mas não chegou a prejudicar as variedades. As viníferas brancas floresceram antes das chuvas e as tintas, depois desse período. Por isso, esperamos uma excelente safra”, afirma o engenheiro agrônomo Agliberto Bianchi, responsável pela coordenação da safra. A estimativa, de acordo com Bianchi, é que a Salton receba um total de 7 milhões de quilos de uvas brancas para espumantes, segmento em que a Salton é líder, tanto na produção como na comercialização nacional. Entre as primeiras a chegarem está a Chardonnay, que no ano passado apresentou um crescimento de 220% em relação à quantidade entregue em 2007, somando mais de 1,4 milhão de quilos da variedade, volume esperado para 2009. A Prosecco promete um aumento de 10% em relação a 2008, chegando a 1,2 milhão de quilos. Riesling Itálico e Pinot Noir irão manter as quantidades do ano anterior, com volumes que chegam a 500 mil quilos e 150 mil quilos, respectivamente. “No caso do Pinot Noir, a Salton está recebendo um clone novo, com o cacho mais solto e maior”, explica Biachi. Na região de Bagé, a variedade é colhida acima de 21ºC e destinada ao tinto Salton Volpi Pinot Noir que, lançado no final de 2007, conquistou premiações pela alta qualidade. Na Serra, a fruta é retirada aos 16ºC e tem sua totalidade voltada para a elaboração de espumantes. Na Moscato, a Salton prevê um aumento de 30% em relação a safra 2008. São esperados 1.650 milhão de quilos da uva. Destinada quase 100% para o Salton Moscatel, os estoques do produto já estão garantidos. Em 2008, o espumante nacional se posicionou frente aos importados e conquistou 80% das vendas, saltando de 4,25 milhões de litros em 2002 para 8,035 milhões de litros até novembro - com expectativa de chegar aos 10 milhões de litros até dezembro -, de acordo com o Ibravin - Instituto Brasileiro do Vinho.


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)


Bovespa encerra em alta de 0,36% com Vale e Petrobras
A Bovespa teve uma sessão bastante volátil: abriu em queda, mantendo a realização de lucros de ontem, mas não prosseguiu no movimento. No início da tarde, passou a subir, mas também não teve constância: engatou um vaivém que durou até o fechamento - em alta, sustentada por Vale e Petrobras.
O balanço ruim da Alcoa, ontem, as declarações do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, a negociação do Citigroup com o Morgan Stanley e os temores sobre o que ainda está por vir pesaram a favor da venda de ações. Mas o movimento foi equilibrado por um resultado melhor do que o esperado da balança comercial dos EUA em novembro (déficit de US$ 40,44 bilhões) e pela recuperação de preço do petróleo e dos metais.
- O Ibovespa, principal índice, terminou o dia em alta de 0,36%, aos 39.544,23 pontos. Na mínima, atingiu 38.623 pontos (-1,98%) e, na máxima, 40.323 pontos (+2,33%). No mês, acumula ganhos de 5,31%. O giro financeiro totalizou R$ 3,685 bilhões.

Análise 1 - O petróleo passou a subir ainda no período da manhã, influenciando as ações de energia. A alta foi puxada pelos rumores de que a Opep - Organização dos Países Exportadores de Petróleo - poderá promover um novo corte na produção. Em Nova Iorque, o petróleo subiu 0,51%, para US$ 37,78 por barril. As ações da Petrobras acompanharam a recuperação do óleo e subiram, 0,35% as ON e 0,84% as PN. A tarde, a estatal informou que exportou uma média de 620 mil barris de petróleo por dia em dezembro, o que representa um recorde na história da companhia. A melhora do preço do petróleo acabou desanuviando a pressão baixista sobre os metais básicos, que fecharam em alta, também em função do avanço do dólar ante o euro. Isso favoreceu os papéis da Vale: os ON subiram 2,70% e os PNA, 2,18%.
Análise 2 - O ganho de Vale não foi acompanhado pelas siderúrgicas, que sofreram influência negativa do balanço da Alcoa e também, da previsão de queda do preço do aço feita por um banco estrangeiro em relatório. Depois de a ArcelorMittal ter cotado seus preços dos aços planos em até 10% nesse mês, o movimento deve ser seguido por outras siderúrgicas domésticas, acreditam os analistas. Gerdau PN terminou em baixa de 1,99%, Metalúrgica Gerdau PN caiu 1,59%, Usiminas PNA perdeu 0,41% e CSN ON recuou 1,65%.
Análise 3 - O setor bancário também fechou em bloco em queda, refletindo a fraqueza do segmento nos EUA e após relatório do Morgan Stanley, baixando a recomendação de bancos brasileiros. Bradesco PN cedeu 3,87%; Unibanco Unit, 3,16%; Itaú PN, 3,66%; Banco do Brasil ON, 3,94%. Logo cedo, as bolsas caíram em reação aos números ruins do balanço da Alcoa, que divulgou na noite de segunda-feira, dia 12/1, o valor líquido de US$ 1,2 bilhão no quarto trimestre. O mercado também reagiu às declarações de Bernanke de que o momento da recuperação econômica é incerto e o governo do presidente eleito Barack Obama e o Congresso, terão de adotar mais medidas para reativar a economia dos EUA, com foco no fortalecimento do sistema financeiro.


Dow Jones recua com temor sobre balanço de empresas
O mercado norte-americano de ações fechou o dia de ontem com os principais índices em direções divergentes, o Dow Jones em queda e o Nasdaq e o S&P-500 em alta. Operadores disseram que o Dow Jones foi pressionado pela preocupação quanto aos lucros das grandes empresas no quarto trimestre de 2008, especialmente a General Electric, objeto de relatório pessimista dos analistas do Barclays.
- O índice Dow Jones fechou em queda de 25,41 pontos, ou 0,30%, em 8.448,56 pontos.
- O Nasdaq fechou em alta de 7,67 pontos, ou 0,50%, em 1.546,46 pontos.
- O S&P-500 subiu 1,53 ponto, ou 0,18%, para 871,79 pontos.
- O NYSE Composite recuou 12,19 pontos, ou 0,22%, para 5.538,84 pontos.

Análise - As ações da GE caíram 5,62%, depois de o Barclays rebaixar sua previsão de lucro. As da Alcoa, que havia divulgado resultados do quarto trimestre ontem depois do fechamento, recuaram 5,07%. As do Citigroup chegaram a cair 10% durante o pregão, mas se recuperaram e fecharam em alta de 5,36%, depois de o grupo confirmar os informes de que está negociando a venda de uma participação majoritária na corretora Smith Barney para o Morgan Stanley (cujas ações subiram 0,37%). Já as ações do Bank of America caíram 6,82%, em meio a discussões sobre o mérito da aquisição do Merrill Lynch. No setor de energia, as ações da ExxonMobil subiram 1,80% e as da Chevron avançaram 1,41%, em reação à alta dos preços do petróleo, a primeira em seis dias.


Mercados europeus fecham em queda com dados ruins nos EUA
As principais Bolsas de Valores da Europa fecharam em queda nessa terça-feira, com a crescente preocupação em torno da economia dos EUA.
- Em Londres, o índice FTSE 100 fechou em queda de 0,61%, a 4.399 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX cedeu 1,75%, para 4.636 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 recuou 1,49%, para 3.197 pontos.
- Em Milão, o índice Mibtel encerrou em queda de 1,98%, a 15.219 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 registrou recuo de 1,55%, para 9.057 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 teve desvalorização de 0,53%, para 6.495 pontos.
"Os mercados estão precificando um declínio europeu bem maior que o imaginado até o fim do ano passado, e estão liquidando", disse Peter Dixon, economista britânico no Commerzbank. "E os dados divulgados nas últimas semanas, foram universalmente terríveis fora da Europa", disse.
Análise - Nos EUA, a balança comercial em novembro apresentou déficit de US$ 40,4 bilhões, o menor desde novembro de 2003 (US$ 40 bilhões), informou nessa terça-feira, o Departamento de Comércio do país. No mês anterior, o déficit tinha sido de US$ 56,7 bilhões, o que faz o déficit se reduzir em 28,7% em apenas um mês - o maior índice desde os 34,9% de setembro para outubro de 1996. O forte recuo foi causado pelas importações, que caíram 12% de outubro para novembro - a maior da série histórica -, passando de US$ 208,2 bilhões para US$ 183,2 bilhões. As exportações também tiveram queda, mas menor: de 5,8%, para US$ 142,8 bilhões.


Tóquio avança 0,3%, com iene e Toshiba
A Bolsa de Tóquio fechou em ligeira alta, apoiada por uma leve desvalorização do iene, enquanto os investidores cobriam posições a descoberto com papéis de exportadoras. A atividade de fusões e compras de empresas ficou no centro das atenções depois de a Toshiba anunciar que negocia a compra da divisão de discos rígidos da Fujitsu.
- O índice Nikkei 225 avançou 24,54 pontos, ou 0,3%, para 8.438,45 pontos.


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MERCADO FINANCEIRO

Citigroup confirma negociações sobre fusão com Morgan Stanley
O Citigroup confirmou nessa terça-feira, que está em negociação com o Morgan Stanley sobre a fusão das operações de corretagem. Em um comunicado, o Citi explica que conversa sobre fundir sua corretora Smith Barney com a área de gestão de riquezas do Morgan Stanley. Segundo informações divulgadas ontem, pelo jornal americano "Wall Street Jounal", o Citigroup deve ficar com 49% na joint venture e receber pelo negócio US$ 2,5 bilhões. Citando fontes próximas à negociação, o jornal afirma ainda, que o Morgan Stanley deve comprar a participação total do Citigroup em poucos anos. Segundo a agência de notícias Reuters, analistas têm ampliando sua estimativa de prejuízo para o Citigroup após notícias de que o terceiro maior banco norte-americano poderia divulgar perda operacional de US$ 10 bilhões no quarto trimestre - o balanço está previsto para sair dia 22/1. Combinados os negócios de corretagem das duas instituições, criaria a maior empresa do segmento no mundo. Atrás viria o Bank of America, que comprou o Merrill Lynch em 2008. (Agência Reuters)

Barclays pretende eliminar 2.100 postos de trabalho
O Barclays, um dos maiores bancos do Reino Unido, pretende eliminar pelo menos 2.100 postos de trabalho em suas filias de investimento em todo o mundo - cerca de 7% do quadro de funcionários.
A medida afetará filiais, como Barclays Capital, Barclays Wealth e Barclays Global Investors, disse a "BBC", que se baseou em fontes ligadas à entidade.
"Podemos confirmar, que iniciamos um processo para reduzir o número de pessoas em algumas partes de nossas unidades de gestão e bancos de investimento. Isso tem como objetivo garantir que teremos o tamanho apropriado para as atuais condições do mercado", afirmou um porta-voz do banco.
Na semana passada, o Barclays anunciou a eliminação de cerca de 400 postos de trabalho em seu departamento de informação e tecnologia em Londres e Cheshire (noroeste da Inglaterra).
A redução de postos de trabalho foi iniciada depois de os acionistas do Barclays votarem, em novembro, a favor de uma ampliação de capital de até 7,3 bilhões de libras (8,03 bilhões de euros), procedente de investidores do Golfo Pérsico.
O Barclays, que após a ampliação será controlado em mais de 30% por esses investidores do Golfo, rejeitou a liquidez oferecida pelo governo britânico para aumentar a capitalização dos bancos do país. (Agências Efe e Reuters, de Londres)


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AGRONEGÓCIOS


Stephanes diz que quebra da safra deve superar 5%
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, previu ontem, que a quebra na safra de grãos brasileira será um pouco maior que os 5% previstos pela Conab - Companhia Nacional de Abastecimento - e pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Essa quebra maior deverá ocorrer, segundo ele, em razão das condições climáticas no Paraná, em grande escala, e em menor escala em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Ele destacou, porém, que não houve redução da área plantada, mas admitiu que a diminuição de 6% do uso de fertilizantes é um dos fatores também, para a redução da produção agrícola. Com os preços mais altos dos fertilizantes, os agricultores diminuíram o uso desses produtos.
Ao deixar o Ministério da Fazenda, onde se reuniu com o ministro interino Nelson Machado, Stephanes reconheceu que o desemprego na agricultura preocupa. "O que tem que ficar claro é que sempre que a agricultura vai bem, o emprego vai bem, na área dos pequenos municípios", disse.
Segundo o ministro, o emprego em cerca de 4 mil dos 5,6 mil municípios do País, depende do sucesso da agricultura. "Temos que entender isso, que a agricultura tem um papel dinâmico junto aos municípios brasileiros", afirmou Stephanes. Segundo ele, o governo está trabalhando para manter a agricultura "rodando", mesmo em momentos de dificuldade e crise. Stephanes não soube informar qual é o desemprego previsto para o setor agrícola em 2009.
Ele não deu detalhes da conversa com o ministro, mas destacou que o governo está acompanhando dia-a-dia o quadro do setor, para garantir os recursos para a comercialização da safra. O ministro disse que a situação atual é melhor do que a de 30, 60 dias atrás, mas não significa, segundo ele, que as condições estejam boas. Stephanes afirmou que será necessária a intervenção do Estado em alguns mercados para a comercialização, com o uso de contratos de opções de compra e financiamentos. O ministro disse acreditar que em alguns produtos, como a soja, não seja necessária essa intervenção. Segundo ele, o ministério tem R$ 5 bilhões previstos para utilizar em medidas de intervenção para apoio à comercialização da safra. O ministro disse que, nos próximos 15 dias, os ministérios da Fazenda, Planejamento e Agricultura vão se reunir para definir os recursos para comercialização de cada produto.
Problemas à vista - O ministro citou o café, algodão e o milho na lista dos produtos com problemas para esse ano. Segundo ele, a situação do feijão, soja e arroz está boa. "O feijão e o arroz estão com o mercado bom e o preço bom. O açúcar tem melhorado no mercado", disse ele, após reunião no Ministério da Fazenda. Segundo ele, a situação do café é mais complexa. Mas não deu detalhes das medidas que estão em estudo. "Não temos decisão em relação ao café. O café é mais complexo e difícil, porque a produção dos demais produtos é anual. Quando se planta (o café) é uma estrutura para 25 e 30 anos. A intervenção não é simples", afirmou ele. (Agência Brasil)

Turra afirma que indústria avícola trabalha para evitar demissões
Além do corte de 20% na produção até março, as indústrias avícolas trabalham com medidas para evitar demissões em razão da crise financeira, disse ontem, o presidente da Abef - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango -, Francisco Turra, citando férias coletivas, redução de turnos ou de jornada. Segundo estimativa da entidade, a avicultura responde pela renda de um milhão de famílias no Brasil. A Abef não tem números globais sobre demissões no setor. No Rio Grande do Sul, um dos principais Estados exportadores de carne de frango, a Federação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação calcula que mil funcionários foram dispensados nas últimas semanas, dos quais 80% na avicultura - por causa de demissões em uma empresa - e o restante no setor de lácteos. Na Doux Frangosul, há expectativa de férias coletivas em Montenegro/RS, mas ainda, não foi tomada decisão, conforme a empresa.
Com aumento de 5% nas exportações, as indústrias avícolas esperam manutenção ou até crescimento nas vendas ao mercado interno em 2009, disse Turra. O setor considera que a carne de frango pode ganhar espaço de outras proteínas em momentos de contenção de gastos. A região Sul respondeu por 74,9% do volume de carne de frango embarcado pelo Brasil em 2008, seguida pelo Centro-Oeste (12,7%) e Sudeste (12,3%). O Paraná liderou as exportações com pequena margem sobre Santa Catarina, com 26,8% e 26,7% do volume exportado. O Rio Grande do Sul ficou em terceiro, com 21,1%. Os principais compradores foram Japão, Hong Kong, Arábia Saudita, Venezuela e Países Baixos. O Brasil foi o maior exportador mundial do produto em 2008.
Queda na Produção - Em geral, Turra disse que espera menor ritmo das exportações do agronegócio em 2009. "O agronegócio vai perder fôlego esse ano", avaliou, prevendo que o setor irá sentir a queda na produção. Já o setor avícola espera aumento de exportações e conta com boa oferta de milho, lembrou Turra, por causa do expressivo estoque de passagem (11 milhões de toneladas). A avicultura e a suinocultura consomem aproximadamente, 50% da produção de milho. A Conab - Companhia Nacional de Abastecimento - estima queda de 10,9% na produção de milho da primeira e segunda safras em 2008/09. (Agência Estado)

Preço do etanol sobe em 13 Estados e reduz competitividade no País
O etanol combustível está competitivo no tanque dos carros flex fuel em 16 Estados brasileiros, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, compilados pela Agência Estado, referentes à semana terminada em 10/1. A vantagem é calculada considerando que a potência energética do motor a álcool é de 70% dos motores à gasolina. O número de Estados em que o etanol permanece competitivo é menor que os 18 registrados na semana anterior. A gasolina segue vantajosa em 6 Estados brasileiros, ante 9 no período anterior. Em 5 Estados, é indiferente o uso do etanol ou da gasolina pelo consumidor.Segundo o levantamento, os Estados onde a vantagem do etanol é mais significativa são: o MG (preço do etanol é 47,70% do preço da gasolina - até 70% o etanol é competitivo), SP (54,77%), PR (60,70%), PE (61,44%), ES (61,86%), TO (62,49%) e AL (63,97%). A gasolina continua mais vantajosa principalmente no AP (preço do etanol é 79,82% do valor da gasolina), RO (79,70%), PA (76,25%) e PI (75%). É indiferente utilizar etanol ou gasolina no tanque no Acre, Amazonas, Distrito Federal, Rio Grande do Norte e Rondônia. O levantamento também revela que os preços médios do etanol combustível caíram em 12 Estados brasileiros no período analisado. As cotações subiram em 13 Estados e permaneceram estáveis em dois Estados. As maiores quedas foram registradas no AP (-4,28%), PB (-1,80%) e PA (-0,61%). As maiores altas foram registradas em RO (+1,53%) e SP (+0,84%).

Rentabilidade da pecuária será apenas aceitável
A rentabilidade da pecuária de corte deverá ser apenas aceitável em 2009, sem permitir altos investimentos e reposição satisfatória do rebanho. "Mas (a rentabilidade) ficará longe do desastre que a crise internacional prenunciava", disse o analista José Vicente Ferraz, da AgraFNP. Segundo ele, o preço médio da arroba de boi gordo poderá ficar até um pouco acima do ano passado. Em 2008, o preço médio está estimado pela AgraFNP, em R$ 83. Esse ano, o valor deve alcançar R$ 83,50. No ano passado, a arroba chegou a marcar pico de alta de R$ 98, "que dificilmente se repetirá em 2009", prevê Ferraz, que projeta valor máximo de até R$ 95 esse ano. Ele ressalva que essas expectativas não consideram um aprofundamento da crise, com aumento de desemprego e crônica recessão. "Por enquanto, avaliamos que o mercado de boi gordo deve manter um padrão de preço pago pela arroba, com rentabilidade aceitável ao pecuarista", pondera. O analista observa que, independentemente da crise internacional, a restrita oferta de carne bovina em 2008, deve se repetir esse ano.
Ele explica que desde 2005 até o início de 2007, o setor passou por um processo de abate de matrizes, que provocou redução da oferta de boi. Uma inversão desse processo, que leva de 2 a 3 anos, ainda não se completou porque implica investimentos que a baixa rentabilidade da atividade não tem permitido. "Espera-se que 2010, seja mais favorável", projeta Ferraz. De acordo com ele, a questão da demanda comandará os rumos do mercado, principalmente com o atual cenário de crise mundial. Nesse sentido, Ferraz diz que as perspectivas não são tão negativas, interna e externamente. No mercado interno, na avaliação da AgraFNP, o primeiro trimestre desse ano deve ser de dificuldades, como ocorre tradicionalmente. A procura tende a cair em virtude dos desembolsos do consumidor em despesas, como escola e impostos. Mas os preços não devem despencar porque a queda da demanda se equilibra com a oferta restrita.
Exportação - O quadro tende a apresentar algumas mudanças, mas que não serão suficientes para fazer com que o Brasil perca espaço no mercado internacional. A Rússia, maior cliente brasileiro, deve reduzir sua participação nas compras por conta do agravamento da crise. Muitos importadores ainda não conseguem acessar cartas de crédito e com isso, não concretizam as compras previstas. A queda nas importações russas, no entanto, tende a ser substituída pela abertura de outros mercados. Os exportadores já dão como certa a retomada das importações do Chile, e acreditam em uma aceleração das compras da União Europeia.


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SETOR AUTOMOTIVO

Montadoras do sul do RJ descartam demissão imediata
Em meio ao anúncio das demissões na GM em São José dos Campos/SP, as montadoras do sul fluminense descartaram novas demissões. A fabricante francesa PSA Peugeot Citroën afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não estão programadas dispensas e que vai aguardar para ver como o mercado automotivo vai se comportar para tomar decisões.
A empresa, localizada no município de Porto Real, mantém 700 funcionários, que trabalhavam no terceiro turno, em férias coletivas até meados de abril. Outros 3 mil funcionários voltaram do afastamento forçado dia 5 de janeiro.
O mesmo discurso foi adotado pela Volks Caminhões, em Resende, que também disse não prever novas demissões. A fabricante de caminhões colocou, em meados de dezembro, 5 mil funcionários em férias coletivas. Todos retornaram a partir de 5 de janeiro a seus postos.
Também em férias coletivas estavam os empregados da fabricante francesa de pneus Michelin. A unidade de Itatiaia iniciou o recesso forçado a mil funcionários em 15 de dezembro. No último dia 5 todos retornaram ao serviço.
O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense afirmou não ter recebido notificação de demissões em massa nos últimos dias. Prefeitos da região, representantes dos trabalhadores e do comércio se reuniram para discutir medidas para minimizar os efeitos da crise. Um novo encontro foi marcado para a próxima semana. O medo das demissões teve início em meados de dezembro, quando a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), uma das âncoras da economia da região, anunciou corte de 300 funcionários.
O secretário estadual de Desenvolvimento do Rio, Júlio Bueno, disse que o governo vê com preocupação a situação dos trabalhadores da região Sul Fluminense. De acordo com ele, trata-se de um reflexo da crise mundial que tem afetado especialmente a indústria automotiva. "A economia do Rio é mais inelástica que a do resto do Brasil. O País tem sofrido reflexos da crise, mas no ambiente macroeconômico há uma certa proteção", afirmou Bueno. De acordo com ele, na esfera estadual não há muito o que fazer pelos trabalhadores, já que algum tipo de solução teria de vir, principalmente, do governo federal, como, por exemplo, aumento de crédito.



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COMÉRCIO EXTERIOR

Petrobras exporta volume recorde de óleo em dezembro
A Petrobras informou ontem, que exportou uma média de 620 mil barris de petróleo por dia em dezembro, o que representa um recorde na história da companhia. No total, a empresa exportou durante o mês, 19,234 milhões de barris de petróleo brasileiro, o que lhe garantiu uma receita de US$ 574 milhões no período. O recorde superou em 46 mil barris por dia a marca anterior, obtida em outubro de 2008, de 574 mil barris diários. "A operação, além de agregar maior valor para a Companhia, foi também um desafio em termos volumétricos e de complexidade logística, pela necessidade de combinação de diferentes tipos de petróleos em um mesmo embarque", afirmou, em nota, a Petrobras. Segundo a empresa, o volume exportado refere-se aos embarques físicos de petróleo, sendo que as operações financeiras só seriam contabilizadas em semanas seguintes. A ressalva é feita porque os dados de balança comercial da Secex - Secretaria de Comércio Exterior - contabilizam as operações financeiras, diferenciando-se das estatísticas da estatal.

Exportações de frango registram crescimento de 40% em 2008
A receita cambial com as exportações de frango registrou alta de 40% em 2008, em relação a 2007, com US$ 6,9 bilhões, segundo dados divulgados nessa terça-feira, pela Abef - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos. Em volume, os embarques somaram 3,6 milhões de toneladas, registrando um crescimento de 11%, na comparação com 2007.
Em dezembro as exportações brasileiras de carne de frango somaram embarques de 267 mil toneladas, o que corresponde a uma queda de 11% em relação ao mesmo mês em 2007. A receita cambial no mês totalizou US$ 427 milhões, uma queda de 18% sobre dezembro de 2007. De acordo com a Abef, o setor exportador de carne de frango bateu novo recorde, mas o resultado seria ainda mais positivo, não fossem os impactos da crise financeira internacional, a partir de outubro.
Esse impacto levou a entidade a recomendar uma redução na produção destinada à exportação, para evitar um excesso de oferta. "A crise não é de demanda por alimentos, mas sim de liquidez por parte de alguns importantes mercados compradores. Diante disso, as expectativas apontam para um desempenho menos expressivo em 2009, porém, ainda, com algum crescimento", informa a associação. A Abef prevê que 2009, registre um crescimento de 5% nos volumes embarcados. A entidade destacou, em 2008, a abertura dos mercados da Índia e da China e a inclusão do setor de produção animal entre os contemplados pelo drawback verde-amarelo, que isenta de impostos federais as matérias-primas e insumos utilizados nos produtos destinados à exportação. Em 2009 o setor pretende trabalhar pela abertura de mais mercados como México, Indonésia, Malásia, Jamaica, Filipinas, Senegal e Argélia.

Café mantém fatia de 6,6% na exportação agrícola em 2008
Levantamento do Ministério da Agricultura mostra que o café manteve a participação de 6,6% nas exportações do agronegócio em 2008, em relação ao ano anterior. A receita cambial com embarque de café alcançou recorde de US$ 4,7 bilhões no ano passado, ante US$ 3,7 bilhões em 2007. O agronegócio registrou receita de US$ 71,8 bilhões com exportação no ano passado, ante US$ 58,4 bilhões em 2007. O principal produto na pauta de vendas externas do agronegócio brasileiro foi a soja, com 25% de participação. Mas, o desempenho do café, também pode ser considerado satisfatório. O preço médio de exportação vem se recuperando e alcançou US$ 160,52 no ano passado, melhor resultado desde 1997 (US$ 185,02). Segundo os dados do Ministério da Agricultura, a exportação brasileira de café, em sacas de 60 kg, teve participação de 30,4% no ano passado, em relação ao resto do mundo. O desempenho só é inferior ao ano de 2002, quando a safra foi recorde e o market share brasileiro atingiu 32%.
O consumo doméstico de café está estimado em 18,1 milhões de sacas em 2008. Com isso, o resultado per capita, deve alcançar 5,6 kg, melhor desempenho na série histórica que começa em 1997. A produção brasileira de café no ano passado está projetada em 46 milhões de sacas, só inferior ao ano de 2002 (48,5 milhões de sacas). A produtividade média foi recorde de 21,2 sacas/hectare. O estoque do governo, no entanto, está nos níveis mais baixos da história, em cerca de 500 mil sacas. Em 1997, o estoque oficial era de 11,5 milhões de sacas.
O preço médio recebido pelo cafeicultor em 2008, foi de R$ 260,37 a saca, para o tipo 6, bebida dura, base Cepea/Esalq. A partir de 1997, o resultado só inferior ao ano de 2005, quando a saca teve cotação média de R$ 281,13. Os produtores alegam, no entanto, que os custos de produção subiram acima dos valores recebidos e a atividade não tem sido remuneradora.

Usinas da Índia vão importar menos açúcar
As usinas de açúcar no Estado de Maharashtra, o maior região produtora da Índia, poderão importar menos açúcar demerara do que o previsto, uma vez que o governo, ainda não decidiu se vai permitir a importação isenta de tarifas alfandegárias dessa commodity para a venda interna, segundo as agências internacionais. As usinas podem comprar cerca de 500 mil toneladas nessa safra, que se encerra no dia 30/9, metade do 1 milhão de toneladas estimado em dezembro. A compra é a primeira da Índia em três anos. As usinas de Maharashtra normalmente começam a moagem da cana em 1/11, que dura quatro meses. As usinas pediram permissão do governo para importar açúcar demerara com isenção de taxas aduaneiras e, segundo disse Naiknavare, esperavam uma decisão até o fim de dezembro. As usinas só podem processar o açúcar demerara enquanto estão moendo a cana para fabricar o açúcar refinado. A produção na Índia, o segundo maior produtor de açúcar do mundo, atrás do Brasil, pode totalizar entre 19,5 milhões e 20 milhões de toneladas no ano, até 30/9, menos que 26,4 milhões do mesmo período anterior, disse no mês passado o ministro da Agricultura, Sharad Pawar. A produção de cana-de-açúcar pode cair para 294,66 milhões de toneladas nos 12 meses até 30/6, 14% a menos do que o mesmo período do ano anterior, depois que os produtores mudaram para culturas como a de grãos, segundo o Ministério da Agricultura daquele país.

Brasil exportou US$ 1,48 bilhão em carne suína em 2008
O valor exportado em carne suína no ano passado superou em 20% o de 2007 (US$ 1,23 bilhão), graças principalmente, ao aumento dos preços do produto nos mercados internacionais, segundo a Associação. O aumento do valor compensou a redução do volume embarcado, que caiu do recorde de 606,51 mil toneladas em 2007, até 529,41 mil toneladas em 2008. A Abipecs informou que a redução das vendas externas em volume foi resultado em parte, do bom desempenho do mercado interno, onde o consumo aumentou.
A queda também foi fruto da redução das exportações nos dois últimos meses do ano passado, como conseqüência da retração dos mercados pela crise financeira internacional. As exportações brasileiras de carne suína em dezembro caíram apenas 31,08 mil toneladas, menos da metade do registrado no mesmo mês de 2007 (63 mil toneladas). "A crise financeira global afetou fortemente importantes mercados importadores. As exportações para a Rússia, nosso principal cliente, se limitaram a 11,85 mil toneladas em dezembro de 2008, perante as 36,62 mil toneladas em dezembro de 2007", explicou o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto.
Para Hong Kong, segundo maior mercado, as exportações brasileiras chegaram a 196,17 mil toneladas em 2008, por um valor de US$ 236,1 milhões, com crescimento de 1,84% em volume e de 39,6%, em preço. Já as exportações em direção à Ucrânia, terceiro maior mercado, caíram 9,83% em volume, até 49,36 mil toneladas, mas aumentaram 44,74% em valor, até US$ 135,8 milhões. Os produtores brasileiros consideram que, em 2009, o Brasil poderá abrir os mercados de China, EUA, União Europeia e Japão às exportações de carne suína do país. (Agência EFE)

Brasil exportou 37 mil toneladas de orgânicos
Produtos agrícolas cultivados sem defensivos químicos vêm ganhando o mercado brasileiro e conquistando outros países. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, indicam que em 2008, mais de 13 mil produtores participaram de atividades de fomento à agricultura orgânica, com incentivo ao uso de insumos e processos adequados para a produção sem agrotóxicos. Segundo informações do ministério, em 2007 as exportações de orgânicos somaram cerca de US$ 12 milhões. De janeiro a setembro de 2008, esse valor foi de aproximadamente, US$ 10 milhões. Entre agosto de 2006 e setembro do ano passado, o Brasil exportou 37 mil toneladas de produtos orgânicos. A Holanda respondeu por 32% do total, seguida pela Suécia, com 15%; dos EUA, com 12%; e do Reino Unido, com 7%. Ao todo, as exportações no período equivalem a uma receita de US$ 26,7 milhões. Mais da metade desse valor (56%) corresponde à venda da soja e derivados.


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LOGISTICA & infra-estrutura


Faixa pintada com erro atrapalha motoristas em rodovia federal no Espírito Santo
O motorista que passa por um trecho em obras da BR-101, entre o Espírito Santo e Bahia, tem que ter atenção redobrada para não entrar na contramão. A faixa amarela que divide a pista, de mão dupla, foi pintada na base do improviso. E ficou completamente torta. São sete quilômetros com a faixa cheia de curvas, perto de Ibiraçu/ES. "Nunca vi um negócio desses. É impressionante a falta de respeito com a gente, que trafega nesse trânsito todos os dias", diz o comerciante Fabiano Rosalem. O Dnit - Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - não gostou da "obra de arte". "Ficou ruim, não buscaram empresa especializada", afirma o superintendente do Dnit do Espírito Santo, Élio Bahia. O departamento disse que, até a semana que vem, o trecho terá nova camada de asfalto. Mas, se chover, a obra pode atrasar. Enquanto isso, o jeito é tentar dirigir certo, pela linha torta.


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ENERGIA & Telecomunicações


Empresas de telefonia discutirão violação de sigilo
Depois da denúncia de envolvimento de funcionários de operadoras em um esquema de espionagem, seis empresas de telefonia terão de prestar esclarecimentos aos órgãos de defesa do consumidor do Estado de São Paulo. O secretário estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Antonio Marrey, se reúne hoje, com representantes das companhias para cobrar a elaboração de um plano de combate à quebra ilegal do sigilo telefônico. "Vamos cobrar providências, para que as empresas garantam o sigilo da comunicação telefônica dos consumidores", afirmou Marrey. "Os milhões de assinantes não podem ter seu direito ameaçado." O secretário pretende dar 30 dias para que as operadoras apresentem o plano emergencial, mas o prazo pode ser negociado nessa quarta-feira, com os executivos.
O plano de ação deverá conter medidas, como: o treinamento de funcionários e o endurecimento da fiscalização e do controle das execuções de ordens judiciais de quebra de sigilo. Se, ao fim do prazo, a resposta de alguma das empresas não satisfizer as entidades de defesa do consumidor, o Procon fará a convocação para firmar um termo de ajustamento de conduta. "É fundamental que o setor esclareça como são tratados os dados confidenciais dos consumidores", afirmou Marrey. Foram chamados para a reunião, a partir das 10 horas, na sede da Secretaria, no centro da capital paulista, diretores das maiores operadoras de telefonia fixa e móvel do Estado - Claro, Embratel, Oi, Telefônica, Tim e Vivo. Além de Marrey, participam do encontro o diretor da Fundação Procon de São Paulo, Roberto Pfeiffer, o corregedor nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, promotores e policiais que investigaram o esquema de espionagem.
Operação
A Operação Spy 2, do Gecep - Grupo de Atuação Especial e Controle Externo da Atividade Policial - e do Deic - Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado -, apresentada na última semana, revelou a existência de uma quadrilha que espionou centenas de pessoas por meio da interceptação de ligações. Entre os suspeitos - nove deles já presos - estão policiais, pessoas ligadas à Receita Federal e funcionários de operadoras de telefonia, de bancos e de empresas de cartão de crédito. O próximo passo da Secretaria de Justiça é cobrar esclarecimentos do banco e da operadora de cartão, citados nas investigações. (Agência Estado)

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MERCADO DE TI


Alberto Ferreira não é mais o presidente da SAP Brasil
O executivo Alberto Ferreira não é mais o presidente da SAP Brasil. O executivo, que
assumiu a posição no dia 30 de julho de 2007, passou um ano e meio no cargo. Em comunicado oficial, a SAP afirma que Ferreira deixou a empresa “na busca de novos objetivos em sua carreira, de acordo com seus planos pessoais”. O responsável pela SAP América Latina, Rodolfo Cardenuto, assume interinamente a função, até que um substituto seja encontrado. De acordo com a empresa, não existe prazo para que isso aconteça. Quando foi confirmado para o cargo de presidente da SAP Brasil, o desafio de Ferreira era aumentar o crescimento da companhia no setor de pequenas e médias empresas.

Alfamídia cresce 33% em 2008 e comemora desempenho positivo
A Alfamídia, empresa de Porto Alegre, especialista em treinamentos em Web Design e Tecnologia da Informação e soluções de capacitação, encerrou 2008 comemorando crescimento. No ano passado, a empresa, que ministrou mais de 600 treinamentos, capacitações, cursos e workshops, cresceu mais de 33% em relação a 2007. Mais de 6000 alunos foram habilitados em soluções como: migração tecnológica para Office 2007, In Design, Acrobat, Photoshop, Microsoft Visual Studio, Windows Vista, Windows Server. Para 2009, a empresa espera ampliar o número de alunos diretamente treinados em mais de 20%, além de expandir sua área de licenciamento de apostilas e sistemas.
Em 2008, a Alfamídia licenciou seus materiais e ferramentas de gestão para outros centros de treinamento do país, ofereceu o programa “Parceiro Alfamídia”, que permitiu aos participantes realizar um curso por mês a custo reduzido, além de realizar eventos de lançamento de ferramentas, como Flash e Photoshop CS4, Microsoft Silverlight, e de tecnologias, como Net 3.5 e bancos de dados SQL Server 2008. Como meta para 2009, a empresa espera expandir promovendo os cursos das novas tecnologias Microsoft e Adobe e ampliar sua atuação no licenciamento de sistemas para empresas de Treinamento e áreas de RH de corporações.
Responsável pelo treinamento em empresas como Kimberly-Clark, Maiojama, John Deere, Goodcard, Unimed, a Alfamídia atuou também, em parceria com a Assespro-RS - Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet - e Smed - Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre -, formando 80 estudantes em cursos técnicos de especialização em linguagens Java e PHP ao longo de 2008. Os treinamentos, realizados gratuitamente, em escolas das redes municipal e estadual de ensino, utilizaram material didático desenvolvido pela Alfamídia. Junto com a Distribuidora Pauta Meeting, viajou pelo interior do Rio Grande do Sul, promovendo o treinamento de empresários com o Microsoft Windows Server 2008, gratuitamente.
A empresa gaúcha atingiu também esse ano, a Categoria Silver como Centro Autorizado de Exames Prometric, provedor de testes para certificações, consolidando a liderança da Alfamídia em treinamento para Web Design e Design Gráfico. Mérito como esse só foi atingido por 24 empresas da América Latina. Entre seus planos de expansão para 2009, a Alfamídia pretende focar seus cursos em novas tecnologias e expandir sua área de sistemas, com ofertas para gestão de treinamentos em áreas de RH de corporações.

Segurança da Informação garante 2009 da TI
A Interage, empresa desenvolvedora de soluções de segurança, começa 2009 com a responsabilidade de garantir qualidade tecnológica aos seus clientes e parceiros. Ciente das ameaças virtuais criou as soluções Gatepro, Trevio e Groupware, ferramentas responsáveis pela proteção de dados corporativos e gestão de riscos de informações e tráfego, fundamentais para prevenir a incerteza na segurança das informações corporativas. Mesmo com a crise mundial que atacou o mundo no ano passado, será inevitável que, em 2009, temas como vulnerabilidades, espionagem, vazamento e roubo de informações, entre outros, ganhem evidência.
Para o gerente de vendas da corporação, Cícero Jacobi, essas ferramentas respondem pela tranquilidade empresarial. "A invasão de sistemas corporativos não é novidade, faz com que organizações percam dados importantes e sigilosos, arriscando o negócio por falta de informação e medidas básicas de prevenção. A cultura de segurança deve ser fomentada cada vez mais para certificar que nenhum problema atrapalhe o andamento dos negócios. Por considerar essas soluções pouco visíveis e complexas, muitos empresários ficam negligentes, não compreendendo a gravidade de casos de vazamento de dados", analisa. "Soluções tomadas após a ocorrência do estrago, torna a área de Tecnologia da Informação de algumas empresas mais sensíveis, empregando grandes esforços financeiros, atacando somente o problema e não a origem. A gravidade aumenta quando a empresa não atende requisitos básicos como backup, contingência e continuidade do negócio", completa.
Em 2008, a cada 15 minutos, uma nova vulnerabilidade foi descoberta em páginas da web, segundo dados levantados pela empresa inglesa Sophos. Anexos de e-mails, spam e malwares virtuais serão os principais agravantes no quesito de ameaças corporativas. Muito desses problemas, nem sempre serão percebidos sem uma solução de segurança para garantir o sigilo de dados.

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MERCADO ONLINE


Tempos difíceis levam espectadores da TV para a Web?

Na primeira recessão mundial da era da Internet, os consumidores preocupados com gastos estão demonstrando que já não têm apetite inesgotável por todos os novos aparelhos ou serviços de mídia. Muitos usuários estão tentando eliminar serviços sobrepostos que ofereçam o mesmo velho entretenimento, em um pacote diferente ou para um aparelho diferente. Com iPods, TVs digitais, gravadores de vídeo, computadores multimídia e conexões de banda larga disponíveis em muitos domicílios, os consumidores que estão estudando suas opções, agora encontram uma série de substitutos online efetivos para a TV aberta, via cabo ou via satélite.
Será que 2009 será o ano que começaremos seriamente a perguntar "o que está passando na Internet?" em lugar de "o que está passando na televisão"? Um estudo divulgado essa semana, pela consultoria Deloitte, sobre os hábitos de consumo de mídia, sugere que isso pode ser verdade. A pesquisa, concluída em outubro e envolvendo consumidores entre 14 e 75 anos, constatou que uma maioria dos consumidores já considera que seus computadores pessoais oferecem melhor entretenimento do que os televisores.
Os dados são parte de um estudo em cinco países, que envolveu quase 9 mil consumidores, e encontrou uma mudança nas preferências por entretenimento da TV para a mídia online. No Brasil, os consumidores entrevistados passaram 19,3 horas online para fins pessoais ante 9,8 horas assistindo TV. Nos EUA, a chamada "geração do milênio", formada por consumidores entre 14 e 19 anos, criados inteiramente durante a era da Internet, afirma que computadores oferecem mais entretenimento do que a TV.
Cerca de metade dos norte-americanos da geração baby boom (os nascidos entre 1946 e 1964) concordam que os computadores oferecem mais. E 42% das pessoas da chamada "geração da leitura", com 62 anos ou mais de idade, consideram que os computadores oferecem tanto entretenimento quanto a TV. Nos EUA, a geração do milênio passa em média 18,8 horas por semana online, quase duas vezes mais do que o tempo que dedicam a assistir TV.
De fato, assistir à TV na Web é um comportamento que vai ser contido até que os consumidores possam escolher quando e em que aparelho querem ver um programa específico. Autoridades regulatórias podem fazer mais para ajudar a quebrar o empacotamento de mídia em favor de preços à la carte, que permitam que os consumidores assistam ao que quiserem ver, além de liberarem a programação para a Web. Não se trata de alta definição em uma tela grande, mas de ver ou ouvir o que se quer a um preço difícil de bater. (Agência Reuters, de Londres)

Google ganha espaço de Yahoo e Microsoft em buscas durante o ano de 2008 Yahoo, Microsoft e Ask.com perderam participação para o Google no
mercado norte-americano de buscas em 2008, revela a avaliação da Hitwise. O Google abocanhou 69,5% de todas as buscas feitas nos EUA em 2008, seguido pelo Yahoo, com 19,2% de participação e pela Microsoft, com 5,9% do segmento. O buscador Ask.com ficou em quarto lugar com 3,2% de participação. Em dezembro de 2008, o Google respondeu por 72,1% de todas as buscas online feitas nos EUA, um crescimento de 6,2 pontos percentuais, em relação a dezembro de 2007, quando registrou 65,9% de participação. Já o Yahoo ficou posicionado em um distante segundo lugar, com 17,8% de participação nas buscas feitas nos EUA em dezembro, uma queda de 3 pontos percentuais, em relação a dezembro de 2007, quando respondia por 20,9% das buscas nos EUA. A plataforma da Microsoft se manteve na terceira posição do ranking, mas perdeu espaço - de 7% das buscas em dezembro de 2007 para 5,6% no mês passado - enquanto o Ask.com segurou a quarta posição com 3,4% de participação em dezembro de 2008 - abaixo dos 4,1% das buscas online registrados no ano anterior. O posicionamento do Google reflete sua posição dominante no mercado de links patrocinados. De acordo com um estudo da IDC publicado em dezembro, o mercado de links patrocinados representou 51% dos investimentos em publicidade online nos EUA, no terceiro trimestre de 2008. O Google detinha 54% de participação em buscas patrocinadas e 35%, de todos os investimentos em publicidade online no terceiro trimestre, seguido pelo Yahoo, com 12,6% de participação em links patrocinados e 14% da publicidade online nos EUA, de acordo com a IDC.

Carol Bratz, ex-Autodesk, vai assumir a vaga de CEO do Yahoo, diz WSJ
O Yahoo deverá anunciar oficialmente, nos próximos dias, que Carol Bartz, ex-CEO da Autodesk, aceitou sua proposta para assumir o cargo de CEO, substituindo o co-fundador do buscador, Jerry Yang, segundo o jornal The Wall Street Journal. Especulações envolvendo o nome de Bartz ganharam força no mercado no final da última semana, com fontes de mercado ouvidas pelo próprio jornal dando como certo que o buscador já havia se decidido por Bartz e agora esperava sua resposta.


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MERCADO DE LUXO

Mulheres investem em brinquedos eróticos apesar da crise
Já há algum tempo, Karen Weller vem resistindo à tentação de pedir lattes duplos no Starbucks ou jantar nos restaurantes elegantes de Washington. Mas não conseguiu se controlar e terminou visitando a Dascha Boudoir Boutique, recentemente, para verificar o We-Vibe, um vibrador compacto repleto de superfícies escorregadias e de curvas arredondadas.
Foi o projeto inovador e a embalagem ligeiramente cafona com pintas de leopardo ou o serviço amistoso da loja, que convenceram Weller a desembolsar US$ 145 - e a abandonar os últimos vestígios de seu esforço para controlar os gastos? Ela preferiu não responder, afirmando simplesmente, que o aparelho "parecia ser um luxo digno do preço".As câmeras instantâneas de acionamento fácil, os CDs e as bolsas elegantes, podem estar encalhando nas lojas dos EUA, mas mulheres como Weller, que trabalha como enfermeira em Frederick, Maryland, estão dispostas a gastar sem pensar duas vezes, investindo US$ 100 ou mais, em um patinho de borracha ou esponja de banho com sistema de pulsação, ou ainda, em um batom vibratório ou vibrador de bolso. A fascinação que elas continuam a sentir por essas novidades acionadas a pilha está fazendo dos brinquedos sexuais de luxo, um setor que prospera cada vez mais em meio a uma economia estagnada.
"O índice Dow Jones pode ter despencado, mas as nossas vendas não param de aumentar", disse Josie Morales, sócia do Their Toys, um site criado nove meses atrás, para a venda de brinquedos eróticos, com sede perto de Palm Beach, na Flórida. As vendas, disse Morales, vêm aumentando firmemente, em cerca de 10% ao mês, desde que o site iniciou suas operações. "A última vez em que vi um salto semelhante em nossos negócios, foi logo depois do 11 de setembro", disse Claire Cavanah, fundadora do Babeland, um site e loja que vende equipamentos eróticos, em Nova Iorque. Desde o ano passado, as vendas de aparelhos com preços de US$ 80 ou mais, cresceu em 50%, segundo Cavanah. "As pessoas estão procurando por algo que alivie o estresse e por qualquer coisa que as conecte."Mesmo em uma recessão persistente, "o sexo sempre vende", disse Analena Graham, uma das proprietárias da Dascha, em Washington, onde vibradores de formato cômico, massageadores de pele, decorados com brilhantes e corpetes feitos sob medida, dividem o espaço das prateleiras com óleos aromáticos. "A pessoa pode dizer a si mesma que não precisa mesmo daquele suéter de US$ 400", prosseguiu Graham, "mas já aquele vibrador recarregável, é uma necessidade."Também populares são charutos que pulsam e se transformam em pingentes, e algemas de pérolas que servem igualmente como gargantilhas. As pessoas se dispõem a pagar até US$ 250 por esse tipo de produto erótico, diz Robyn Goodman, diretora de operação da Myla, uma cadeia britânica de lojas de produtos eróticos e sites, nos EUA. "Elas sentem estar adquirindo um produto de luxo, sofisticado, digno de seus boudoirs".
Alguns dos brinquedos sexuais de luxo conseguiram conquistar uma certa aprovação sub-reptícia, e sua transformação em produtos comerciais cotidianos, não deveria causar surpresa em uma sociedade que não se intimida diante de vídeos de exercício que se inspiram nas danças das strippers. Os consumidores parecem gostar das formas esbeltas dos aparelhos, de sua durabilidade e de seus antecedentes ocasionalmente luxuosos. Tanto que nos últimos cinco ou seis anos, importantes nomes do design, como Marc Newson e Tom Dixon, emprestaram seus nomes e seus talentos técnicos a uma série de esbeltos vibradores de alto preço.
A Dra. Judy Kuriansky, terapeuta sexual, sugeriu que um interesse renovado em aparelhos de apelo sensual, costuma derivar em parte dos problemas econômicos. Quando o dinheiro está apertado, algumas pessoas se afastam do sexo, mas muitas outras "farão qualquer coisa para aumentar o nível de intimidade e prazer."Os vendedores alegam que os brinquedos sexuais não foram afetados pela recessão que prejudicou outras áreas do setor de entretenimento sexual, que opera em múltiplos segmentos. "Os negócios caíram cerca de 5% em termos gerais", diz Tony Lovett, editor da Adult Video News, uma revista especializada. "Mas se os consumidores estão gastando dinheiro em alguma coisa, com certeza o fazem em produtos de boa aparência." Apenas dois anos atrás, os fabricantes previam que jamais haveria mercado para um produto sexual de US$ 100, diz Lovett, "mas ficou comprovado que estavam errados."E os fabricantes atuais estão tentando atender o melhor que podem aos gostos mais sofisticados. A Lelo, uma empresa sediada na Suécia, informa que há grande procura pelo Gigi, um vibrador recarregável rosa com forma de uma colher superdimensionada (US$ 109), e pelo Nea (US$ 89), um massageador do tamanho da palma da mão que se declara "repleto de prazer incontido", com formato semelhante ao de um mouse. As vendas desses produtos de design inteligente cresceram em 10% de junho para cá, de acordo com Shaye Saldana, gerente de marketing do grupo.O estilo faz diferença, mas os varejistas dizem, sem piscar os olhos, que, "em tempos difíceis como esses, as pessoas compram brinquedos sexuais por diversão e para relaxar". "Quando o mundo está saindo do rumo", afirmou Cavanah, "é gostoso voltar para casa e encontrar uma cama confortável - e um pouco de intimidade." (Especial do The News York Times)

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