I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 116 | Ano I

Presidente Lula, o governador de Sergipe, Marcelo Déda, e o ministro da Justiça, Tarso Genro, durante abertura do 6º Fórum dos Governadores do Nordeste, em Aracaju/Sergipe. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Lula pede vigor e ousadia para enfrentar crise
A hora é de trabalhar com todo vigor e ousadia. A recomendação foi feita ontem, em discurso na abertura do IX Fórum dos Governadores do Nordeste, no Recife, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que pregou "o máximo de economia em custeio e o máximo de gastos em investimentos com obras públicas" como forma de induzir a economia e reduzir efeitos da crise. Nesse contexto, Lula afirmou que não haverá diminuição das obras da Petrobras "em nem um dólar". A implantação das refinarias de petróleo do Ceará, Maranhão e Pernambuco será mantida. "Vamos continuar fazendo contratos." O presidente observou que poucos países se encontram na situação fiscal do Brasil, daí a necessidade de que o dinheiro disponibilizado não deixe de ser aplicado.
Nesse momento, segundo Lula, as prefeituras e os governos estaduais e federal podem ser os indutores. "Vai depender muito da nossa capacidade e ousadia", reiterou, ao destacar que o crédito será regularizado o mais rápido possível e ao falar da importância do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento. "Precisamos desvendar e tocar obras o mais rápido possível", afirmou. "Temos que fazer operação pente-fino", ver os obstáculos que possam emperrar a implantação das obras. "É hora de trabalhar com todo vigor e ousadia para que dinheiro disponibilizado não deixe de ser aplicado", reforçou.
Para Lula, o debate sobre a crise com a população é um desafio, diante da forma como a sociedade está recebendo a informação sobre o assunto, levando-a a temer e a não consumir. "O trabalhador comum que está pensando em comprar um carro e não tem medo de perder o emprego, porque é concursado, mesmo assim não compra, na medida em que ouve falar tanto em crise e em desemprego. Mesmo com nível de emprego crescendo." Segundo Lula, esse trabalhador não sabe que se perde o emprego porque não se compra. O desafio, segundo o presidente, é como fazer esse debate com a sociedade.
Antes do presidente, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, fez uma explanação sobre a situação da economia e das finanças do País e as medidas adotadas pelo governo, para enfrentar a crise. Ela também defendeu investimentos públicos, observou que gasto nocivo de custeio não significa cortar o Bolsa Família, ou investimento na área de educação, ou saúde e defendeu ações de uma política econômica anticíclica, que definiu como "manutenção e garantia de emprego".
O pré-sal, o PAC e os programas sociais, segundo Dilma, são anticíclicos e devem ter mantidos os seus investimentos. O IX Fórum dos Governadores do Nordeste teve a participação dos nove governadores nordestinos, mais os governadores de Minas Gerais, Aécio Neves, e do Espírito Santo, Paulo Hartung, e dez ministros de Estado.

Produção industrial cai 1,7% em outubro
A crise começou a refletir e fez a produção industrial do país, desacelerar 1,7% em outubro frente ao mês anterior, após crescimento de 1,7% em setembro, informou nessa terça-feira o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foi a maior queda observada em relação ao mês anterior, desde novembro de 2007, quando a indústria apresentara recuo de 2,1%. Segundo o IBGE, houve queda em todas as categorias de uso. O resultado foi influenciado pela indústria automobilística que teve férias coletivas decretadas em várias unidades, em função da crise financeira. "Outubro marca a entrada no novo cenário econômico. Houve uma brusca mudança, e esse efeito aparece, repercutindo na indústria", afirmou o coordenador de Indústria do IBGE, Silvio Sales.
Em relação a outubro do ano passado foi verificada alta de apenas 0,8%, o que indica um quadro de 28 altas consecutivas nesse dado comparativo. É a menor alta nessa comparação desde dezembro de 2006, quando havia apresentado incremento de 0,3%. A taxa desse ano foi influenciada ainda, pelo fato de ter havido um dia útil a mais em outubro de 2008.
No acumulado dos últimos 12 meses, a produção industrial tem crescimento de 5,9%. Em relação ao dado dessa comparação, verificada em setembro, houve queda de 0,9 p.p (ponto percentual) na taxa dos últimos 12 meses. Foi a queda mais significativa desde 2005, quando, entre fevereiro e março daquele ano, a taxa acumulada em 12 meses despencara 1 p.p.
No ano, a indústria tem incremento de 5,8%, em relação ao verificado de janeiro a outubro de 2007. A Pesquisa Industrial Mensal demonstra que houve recuo na produção em 15 dos 27 ramos pesquisados em setembro, na comparação com o mês anterior. A principal influência veio do setor de outros produtos químicos (-11,6%). Também apresentaram queda os setores de refino de petróleo e produção de álcool (-9%), máquinas e equipamentos (-5,2%) e da indústria automobilística (-1,4%).
Por outro lado, os principais resultados positivos vieram das produções de outros equipamentos de transporte (2%) e alimentos (0,7%). Entre as categorias de uso, os bens de capital tiveram queda de 0,5% em outubro. Os bens de consumo semi e não-duráveis, registraram redução de 2,2% na produção. A produção de bens intermediários caiu 3%. Os bens de consumo duráveis apresentaram recuo de 2,8%. Em relação a outubro de 2007, também houve recuo em 15 dos 27 ramos pesquisados, com destaque para outros produtos químicos (-15,9%), refino de petróleo e produção de álcool (-9,6%) e alimentos (-3,6%). Entre as categorias de uso, na comparação com outubro de 2007, houve recuo entre a produção de bens duráveis (- 1,5%) e bens intermediários (-2,4%). A produção de bens de consumo semi e não-duráveis, cresceu 0,6% e os bens de capital tiveram expansão de 15,8%, em relação a outubro de 2007.

Petrolífera chinesa torna-se a quinta maior do mundo

A petrolífera estatal CNPC - China National Petroleum Corporation - já não é somente a primeira da Ásia, mas a quinta do mundo, à frente de gigantes como a BP - British Petroleum - e a Shell. A rede de TV Central China (CFTV) informou nessa terça-feira, citando um ranking internacional elaborado pela revista "Petroleum Intelligence Weekly", que a empresa estatal avançou em 2007 até a quinta posição, enquanto a britânica BP caiu para o sexto lugar e a anglo-holandesa Shell para o sétimo.
A lista da publicação - que põe na liderança a Saudita Aramco - reflete as 50 principais petrolíferas do mundo, e é considerada um dos principais métodos de avaliação do rendimento comparativo do setor. Entre a petrolífera saudita e a chinesa, ficaram a iraniana Nioc - National Iranian Oil Corporation -, a americana Exxon Mobil e a venezuelana PDVSA - Petróleos de Venezuela. Outra novidade desse ano, é que outra petrolífera chinesa, Cnooc - China National Offshore Oil Corporation -, principal do país em jazidas submarinas, também chegou à lista das 50 maiores.
A notícia coincide com um comunicado da CNPC, no qual ela assinala que em 2008 descobriu seis novas jazidas de petróleo e gás, como conseqüência de um plano para se concentrar na exploração. Com essas descobertas, as novas reservas de gás natural comprovadas da CNPC, devem superar os 400 bilhões de metros cúbicos, segundo um comunicado publicado em seu site que não especifica, quais são essas reservas.
Em 2007, as novas reservas de petróleo totalizaram 1,04 bilhões de toneladas, enquanto o número para o gás natural foi de 452,2 bilhões de metros cúbicos. "Os próximos cinco ou oito anos, serão um período crucial para que CNPC se transforme em uma multinacional petrolífera", afirmou a estatal. Quanto à crise global financeira, a CNPC deve controlar seu custo por unidade e as despesas, para assim, aumentar os lucros da exploração. Os investimentos da firma em 2009 se centrarão na busca por mais recursos de gás e petróleo, disse Jiang Jiemin, diretor-geral de CNPC.
No próximo ano a companhia também, deve adquirir firmas que tenham se debilitado pela crise financeira, tanto nos mercados de capital, como nos de recursos. Atualmente, a CNPC está construindo uma refinaria na cidade sudoeste de Chongqing, com uma capacidade de 200 mil barris diários, informou o diário "China Daily". A atual demanda de petróleo da China - segundo consumidor mundial de petróleo, após os EUA - é de 8,5 milhões de barris diários, dos quais, tem que importar mais da metade. (Efe, de Pequim)

Crise deve frear explosão do setor de empresas de capital fechado
Como a maioria dos setores da economia, os fundos de investimento private equity (empresas de capital fechado) e venture capital (novas empresas com perspectivas de crescimento rápido, mas de alto risco), ganharam musculatura inédita no país, recentemente. Até junho havia US$ 26,6 bilhões comprometidos para o país, sendo que 58% do total já investido. O crescimento em relação a 2007 foi de 60%, segundo nova pesquisa do GVcepe - Centro de Estudos de Private Equity da Fundação Getulio Vargas. Em 2007, as empresas do setor tinham US$ 16,6 bilhões destinados ao país.
Mas a crise financeira deve mudar esse cenário. "O impacto na indústria de fundos é sério e negativo", afirma Roger Leeds, presidente do conselho da Empea - Associação das Empresas de Private Equity para Mercados Emergentes. "Depois de perderem muito dinheiro, os investidores institucionais estrangeiros, estão sem apetite para riscos. A situação não melhorará no curto prazo." Isso trará também, mudanças no modelo de negócios. Em vez de compras alavancadas, a tendência é que os fundos comprem empresas financiadas pelo próprio vendedor, que receberá parte da dívida no futuro.
A multiplicação de fundos e gestores, também tende a parar. Os 89 gestores existentes em 2007 chegaram a 120 em junho. O número de escritórios dos fundos de investimento passou de 117 para 175 no período. Apesar de a perspectiva ser de retração, fundos capitalizados vêem boas perspectivas. "É um momento de oportunidade, já que os ativos têm valores mais atraentes com o fechamento da Bolsa a novas aberturas de capital", diz Patrice Etlin, sócio do fundo Advent.
Outros continuam captando recursos. Ontem, a inglesa Actis anunciou o fechamento de um fundo para mercados emergentes de US$ 2,9 bilhões, com US$ 450 milhões para América Latina e Brasil. A TMG Capital, que iniciou captação para um fundo de US$ 400 milhões em janeiro, obteve mais da metade com investidores estrangeiros. "Mesmo com a crise, o capital está lá", diz o sócio Luiz Francisco Viana.



LG demite 500 funcionários na unidade de Taubaté
A empresa de eletrônicos LG anunciou a demissão de 500 funcionários de sua unidade em Taubaté/SP, sendo que 300 tinham contrato temporário. Além disso, 2.200 trabalhadores da mesma fábrica entram em férias coletivas durante um período não informado pela assessoria da empresa. Em nota oficial, a LG informou que as demissões se devem a "retração sazonal do mercado, típica para essa época do ano", e as férias coletivas acontecem "tradicionalmente", na unidade para manutenção das linhas de produção e já foi acordada entre a empresa e os funcionários. Porém, o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté diz que crise financeira internacional, foi a causa das demissões na unidade de Taubaté, que estaria influenciando os resultados da LG. A empresa nega esse motivo. "Deixamos claro que a empresa em momento algum buscou alternativas que evitassem a demissão dos funcionários, que poderiam ter sido negociadas com o sindicato, enquanto entidade representante dos trabalhadores", argumenta o presidente do sindicato, Isaac do Carmo. Além da fábrica em Taubaté, a LG Eletronics Brasil possui também, uma unidade em Manaus/AM e o escritório central na capital paulista, totalizando cerca de 5.000 funcionários, segundo a empresa.

Embraer vende mais seis jatos para a Air Europa
A fabricante brasileira de aeronaves Embraer, vendeu mais seis jatos Embraer 195, para serem utilizados pela Air Europa, uma subsidiária da Globalia. A preço de tabela, o negócio totaliza US$ 237 milhões. Segundo comunicado da Embraer, a encomenda está incluída na carteira de pedidos firmes a entregar, referente ao terceiro trimestre desse ano, como "cliente não divulgado". A Air Europa vai usar os novos aviões, com 122 assentos, em rotas de curto e médio alcance na Espanha, Ilhas Baleares, Ilhas Canárias e Europa. As entregas referentes aos direitos de compra começarão no primeiro semestre de 2010. Após, finalizada a entrega de todas as aeronaves encomendadas, a empresa terá uma frota de 11 jatos Embraer 195.

Walmart espera vender 20% mais no Natal
Crise é uma palavra que não existe no vocabulário do Walmart, terceiro maior supermercadista do mercado brasileiro. A empresa espera vender até 20% mais itens de Natal do que no mesmo período do ano passado. Grande parte dos produtos foi negociada com o dólar baixo, o que garantiu um melhor preço para o consumidor nas lojas. Já no Sam´s Club, clube de compras do Walmart, a expectativa é de aumento de vendas em até 30% nos itens sazonais. O clube, que atende famílias e pequenos comerciantes, oferece economia média de 15% comparado aos preços praticados pelo varejo tradicional e de 6% em relação ao mercado atacadista, segundo a empresa. Nesse ano, os destaques no Walmart na área de não-alimentos, ficam por conta de notebooks, TVs LCD e plasma, home theaters e peças de vestuário.


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ESPECIAL – Santa Catarina


Gasoduto de SC deve ser reparado em duas semanas
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o gasoduto Brasil-Bolívia em Santa Catarina, deve ser reparado em duas semanas. A Defesa Civil pediu que as atividades fossem suspensas por riscos de novos deslizamentos nos locais. Segundo o ministro, o Estado não está recebendo entre 2 e 4 milhões de metros cúbicos de gás. Dezenas de caminhões estão levando gás para o local, diariamente. A tubulação da TBG - Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil - está rompida desde o dia 23/11, prejudicando o envio de gás natural para os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os trabalhos de reparo no gasoduto Brasil-Bolívia, danificado pelas chuvas que atingem o Estado de Santa Catarina, estão interrompidos pela Defesa Civil desde domingo, 30/11, devido ao risco de novos deslizamentos no local, no município de Gaspar/SC.
Em Santa Catarina, o fornecimento foi interrompido para cerca de 140 indústrias e 80 postos de GNV - gás natural veicular. No Rio Grande do Sul, o gás deixou de chegar a 87 indústrias, incluindo uma refinaria da Petrobrás, e 59 postos de GNV.
De acordo com a TBG, até a interrupção dos trabalhos, a empresa já tinha concluído a preparação do terreno, e três tubos estavam prontos para serem soldados. Com a interdição, equipamentos ficaram no local esperando a liberação. Segundo a Defesa Civil de Santa Catarina, uma nova vistoria será realizada nessa terça-feira, para analisar a possibilidade de deslizamentos.
A Defesa ainda acrescentou que a empresa deve entregar um plano de trabalho e outro de emergência - para possível retirada de trabalhadores - para analisar a possibilidade de retomada dos trabalhos. Mas, a assessoria da empresa afirmou não ter recebido informações sobre a elaboração dos planos. Antes da interdição do local, a empresa previa a conclusão das obras em 15/12. Uma nova data de término não foi divulgada pela empresa.
Como alternativa parte da indústria dos Estados está usando GLP - gás de cozinha -, que precisa ser transportado por caminhão e tem maior custo, diz o presidente da SCGás - Companhia de Gás Catarinense -, Ivan Ranzolin. Ainda de acordo com Ranzolin, o setor residencial e comercial de Santa Catarina, pode ser abastecido por mais 25 ou 30 dias, com o gás que ainda resta nas tubulações. Após esse prazo, a região do Vale do Itajaí e todo o sul do Estado devem ficar sem abastecimento de gás natural. A Sulgás - Companhia de Gás do RS - informou na segunda-feira, 1/12, que o abastecimento para 331 residências e 38 estabelecimentos comerciais, está assegurado durante o período do conserto, mas não especificou o número exato de dias. (Agência Folha Online)



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MERCADO de Ações & Futuros

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

Bovespa fecha em alta de 0,75% com recuperação em Wall Street
A Bovespa perdeu ímpeto perto da conclusão das operações e encerrou o pregão com alta moderada, seguindo o bom humor dos mercados em Nova Iorque. O giro fraco de negócios foi inflado por dois leilões para compra de ações de minoritários. O câmbio teve um dia de forte alta e voltou à casa dos R$ 2,40.


- O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, valorizou 0,75% e atingiu os 35.000 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,64 bilhões. Ontem, foram realizados os leilões para compra de ações, de posse dos acionistas minoritários, da Petroquímica União e da Anglo Brazil, o que inflou o volume financeiro de ontem.
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O dólar comercial foi comercializado a R$ 2,409, o que representa um avanço de 3,83% sobre a cotação de ontem.


Análise - O mercado operou ainda, sob o rescaldo da confirmação oficial de que os EUA já estão em recessão desde dezembro de 2007. Os investidores, no entanto, trabalham com expectativas de que o governo americano, finalmente, conceda auxílio financeiro para resgatar as montadoras locais. Ontem, a Ford Motors apresentou um plano ao Congresso dos EUA para se candidatar a receber a possível ajuda de US$ 25 bilhões, previstos para a indústria automobilística.


Bolsa de NY fecha em alta com esperança a montadoras
O mercado norte-americano de ações fechou em alta ontem, recuperando terreno depois da forte queda de segunda-feira. O índice Dow Jones recuperou cerca de um terço do que havia perdido no dia 1/12. "Há muito medo no mercado. As pessoas tendem a buscar a segurança, e as oportunidades surgem, quando todo mundo está do lado do medo. Isso cria uma oportunidade para ações que vinham sendo surradas. Elas estão em níveis extremos de preço", afirmou Mustafa Sagun, do Principal Financial Group.



- O índice Dow Jones fechou em alta de 270,00 pontos (3,31%), em 8.419,09 pontos. A mínima foi em 8.143,51 pontos e a máxima, em 8.437,17 pontos.
- O Nasdaq fechou em alta de 51,73 pontos (3,70%), em 1.449,80 pontos.
- O S&P-500 subiu 32,60 pontos (3,99%), para fechar em 848,81 pontos.
- O NYSE Composite avançou 216,29 pontos (4,25%), para 5.308,95 pontos.

Análise - Entre os destaques do pregão estão as ações das montadoras, que apresentaram seus informes de vendas de novembro, ao longo do dia e no fim da tarde apresentariam planos de viabilidade exigidos pelo Congresso, como condição para a concessão de empréstimos do governo federal. As ações da General Motors, cujas vendas caíram 41% em novembro, em relação ao mesmo mês de 2007, subiram 5,66%. As da Ford, cujas vendas caíram 31%, subiram 5,88%. As ações da General Electric avançaram 13,61%, depois de a empresa anunciar que manterá o pagamento de dividendos em 2009.

A maioria das ações do setor financeiro subiu, depois de o Federal Reserve prorrogar, até o fim de abril do ano que vem, três de seus programas para prover liquidez ao sistema financeiro (Bank of America registrou alta 11,83%, Citigroup subiu 11,94%, JPMorgan Chase teve alta de 9,23%). Porém, as ações do Goldman Sachs caíram 1,16%, depois de o Wall Street Journal afirmar que ele deverá ter uma perda de US$ 2 bilhões no quarto trimestre.




Bolsas européias fecham em alta com bancos e setor de energia
As Bolsas européias fecharam em alta nessa terça-feira. Os papéis do setor bancário se recuperaram após perdas ao longo do dia e as ações do setor petrolífero, também subiram.

- A Bolsa de Londres fechou em alta de 1,41% no índice FTSE 100, indo para 4.122,86 pontos.
- A Bolsa de Paris subiu 2,35% no índice CAC 40, indo para 3.152,89 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt subiu 3,12% no índice DAX, com 4.531,79 pontos.
- A Bolsa de Amsterdã teve alta de 2,48% no índice AEX General, que ficou com 241,34 pontos.
- A Bolsa de Zurique fechou em alta de 0,18%, com 5.537,59 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Milão teve alta de 1,72% no índice MIBTel, que ficou com 14.945 pontos.
- O índice FTSEurofirst 300 - que reúne as ações das principais empresas européias - teve alta de 1,9%, indo para 825,31 pontos.


Análise 1 - "Podemos ter atingido um ponto baixo em novembro, a partir do qual estamos começando a ver uma aceleração de fim de ano - mas que deve ser fraca. Os mercados estão extremamente voláteis no momento", disse à agência de notícias Reuters o estrategista Franz Wenzel, da Axa Investment Management. "A expectativa de que o BCE - Banco Central Europeu - venha a reduzir sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual, ou mesmo em 1 ponto, também dá alguma força ao mercado. Mas a montanha-russa deve prosseguir por algum tempo."


- No setor petrolífero e de energia, as maiores altas ontem, foram as da BP, Royal Dutch Shell e Total, entre 2,6% e 2,9%. O setor bancário, por sua vez, obteve ganhos, com destaque para os papéis do Royal Bank of Scotland (+16,8%). Também subiram as ações do Banco Santander, UBS e Nordea Bank, que obtiveram ganhos entre 3,6% e 9,3%. Já os papéis do HSBC, Barclays e Société Générale, caíram entre 1,4% e 3,4%.
- O setor automobilístico na Europa: as ações da Renault e da Peugeot subiram ontem 9,4% e 9,6%, respectivamente. No setor de mineradoras, as ações da Anglo American, BHP Billiton, Rio Tinto e Xstrata, caíram entre 1,5% e 10,9%, com a queda no preço do cobre.


Bolsas asiáticas sobem com cautela de investidores
As Bolsas da Ásia voltaram a subir nesta quarta-feira puxadas pela cautela dos investidores após a confirmação de recessão nos Estados Unidos. O preço do petróleo também voltou a avançar no continente, assim como o dos papéis de empresas exportadoras do Japão, o principal mercado da regiçao Ásia-Pacífico. Para analistas, as altas recentes têm sido causadas pela fuga dos investidores dos papéis ligados ao mercado americano. "Ações não dependentes das perdas nos Estados Unidos e na Europa são mais procurados pelos investidores que buscam companhias com menores declínios nos lucros", afirmou Takahiko Murai, da Nozomi Securities.


- O índice Nikkei 255 da Bolsa de Tóquio (Japão) fechou o dia com alta de 1,79%, aos 8.004,10 pontos.
- O Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, subiu 2,49%, indo para 13.739,80 pontos.
- A Bolsa de Sydney (Austrália) registrou ganhos de 0,09% no indicador ASX.
- A Bolsa de Xangai (China), a alta foi de 4,01% no indicador Shanghai Composite.
- Somente a Bolsa de Seul (Coréia do Sul) teve perdas, de 0,05% no índice KOSPI.
- O indicador MSCI - que mede os negócios das Bolsas da região Ásia-Pacífico exceto a japonesa-- subiu 1,3%, se recuperando de uma queda de 4,1% na sessão anterior.
- Na região, o preço do barril de petróleo cru subiu US$ 0,78 para US$ 47,74 na primeira alta após vários dias de queda - as piores em mais de três anos e meio. Ontem, o ministro argelino do petróleo e presidente em exercício da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), Chakib Khelil, defendeu a redução dos estoques mundiais de petróleo para estabilizar os preços no mercado.



Análise - "A estabilidade dos preços exige a retirada do excedente dos estoques mundiais de petróleo", disse Khelil. O presidente em exercício da Opep disse que a demanda mundial de petróleo deve diminuir em 200 mil barris diários no primeiro trimestre de 2009 em relação aos três últimos meses de 2008.


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ÍNDICES ECONÔMICOS


IPA e INCC
- A partir de março de 2009, o IBRE/FGV - Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas - atualizará as ponderações do IPA - Índice de Preços por Atacado - e reduzirá de doze para sete o número de capitais pesquisadas para o cálculo do INCC - Índice Nacional de Custo da Construção. O INCC também receberá novas ponderações e terá atualizada sua cesta de itens componentes.



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MERCADO FINANCEIRO


Caixa planeja manter nível de financiamento imobiliário para 2009
O vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, disse nessa terça-feira, que o volume de financiamentos imobiliários do banco, deverá ficar pelo menos, no mesmo nível que
fechará nesse ano. O banco deve concluir 2008 com financiamentos a imóveis na casa dos R$ 22,8 bilhões, o que é seu recorde histórico. "Vamos pelo menos manter o volume, e podemos até aumentar, se tiver demanda", disse Hereda. "A meta no ano que vem é manter a mesma aplicação de recursos e as mesmas condições [de juros e prazos]".
Segundo o executivo, o banco ainda está montando seu orçamento para 2009, e por isso não sabe ainda, qual será o montante destinado para o crédito imobiliário. Porém, os estudos preliminares apontam que o volume será até 20% maior do que o desse ano. "O que seria ótimo, visto que apontam para um crescimento menor da economia em 2009", disse.
Nem mesmo os problemas, enfrentados pelas construtoras que estão reduzindo os lançamentos devido ao medo da redução da demanda, faz Hereda mudar de opinião. "Mesmo que caia o número de lançamentos, há uma alta de financiamento por usados. Sem contar as obras que já estão em andamento, os que serão entregues em 2009 são os que começaram a ser construídos em 2006 ou 2007", lembrou. Hereda ainda disse que não dá para saber se a crise de crédito ocorrida a partir de setembro atrapalhou o desempenho da Caixa no setor imobiliário, uma vez que todas as previsões do banco para o ramo foram batidas - a primeira previsão era que ficaria em R$ 15,4 bilhões, e deverá fechar o ano nos R$ 22,8 bilhões. "O que a gente estava prevendo para esse ano está acontecendo e até superando, então não sabemos se a crise atrapalhou."

FGTS terá linha crédito de R$ 3 bilhões para construtoras
O Conselho Curador do FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - aprovou ontem, uma linha de crédito de R$ 3 bilhões para construtoras em 2009. O Conselho aprovou a compra de debêntures ou cotas de fundos imobiliários que vierem a ser criados pelas construtoras, como forma de repassar os empréstimos, em razão da escassez de crédito no mercado bancário.
O custo nessas operações para as construtoras será de TR - Taxa Referencial - mais 7% ao ano, quando se tratar de projeto de habitação popular. O custo sobe para TR mais 9% ao ano, nos demais tipos de projetos habitacionais. O Conselho autorizou a compra de até 80% do empreendimento por meio dessa linha.
O Conselho Curador do FGTS aprovou também, a redução de juros nos financiamentos habitacionais com recursos do FGTS para as famílias com renda de até R$ 2 mil por mês. O custo dos empréstimos passará de TR mais 6% ao ano, para TR mais 5% ao ano. Para quem tiver conta do FGTS, a taxa de juros cairá para TR mais 4,5% ao ano. A medida, também vale a partir de 2009, considerando imóveis avaliados em até R$ 80 mil.

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AGRONEGÓCIOS


Safra paranaense de trigo tem rendimento médio recorde
Maior produtor nacional de trigo, com 54% do total em 2008, o Paraná deve encerrar a colheita da safra nos próximos dias. O rendimento médio registrado até agora, é de 2.780 quilos por hectare, um recorde, segundo o Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Agricultura do Estado. Na região de Ponta Grossa, a produtividade alcançada é de 3.500 quilos por hectare e na região sul do Estado como um todo, de 3.270 quilos por hectare. Com isso, a produção paranaense de trigo deve superar as 3 milhões de toneladas. A expectativa é de uma colheita de 3,1 milhões de toneladas. Segundo o engenheiro agrônomo Otmar Hubner, o bom resultado deve-se ao clima favorável e ao emprego de tecnologia. No início da safra, os preços do trigo estavam em alta no mercado internacional e as perspectivas eram de boa comercialização da safra. A situação, no entanto, se inverteu com a recuperação da produção do cereal em importantes países exportadores, e a demanda mais fraca por conta da crise.
Levantamento do Deral mostra que, em março de 2008, o preço médio do trigo era de R$ 38,55 por saca. Em novembro, a cotação era de R$ 26,00, abaixo do preço mínimo de garantia do governo, que é de R$ 28,80 por saca para trigo classe pão e tipo 1. Segundo Hubner, em novembro de 2007, o preço médio recebido pelos produtores paranaenses era de R$ 29,98 por saca. Para o técnico, com o atual cenário "é provável que na safra de 2009 haja retrocesso na produção".

Preços do açúcar reagem e podem ajudar usineiros
Apesar da crise financeira internacional, ainda dificultar a situação do setor sucroalcooleiro, as nuvens que pairavam sobre o setor podem ser menos carregadas do que se imaginava. Há um déficit mundial entre oferta e demanda de açúcar, a demanda interna por álcool continua elevada e os produtores já começam a receber mais pela cana-de-açúcar nos dois últimos meses. O cenário é de preços melhores para o açúcar no mercado internacional, o que pode também, puxar os preços internos. Além disso, a demanda interna por álcool vai dar maior suporte aos preços do combustível no mercado interno. Essa é a avaliação de Plínio Nastari, presidente da Datagro, empresa que divulgou a primeira estimativa para a safra 2009/10 na semana passada. Apesar do cenário melhor para os preços, usinas e produtores têm vários desafios a curto prazo, principalmente as empresas que fizeram muitos investimentos com pagamento no curto prazo. "As incertezas da próxima safra não serão agrícolas, mas financeiras", acrescenta Antonio de Pádua Rodrigues, da Unica - União da Indústria de Cana-de-Açúcar. O lado financeiro, certamente será o ponto negativo do setor, diz ele. Sem capital de giro, uma parte das usinas não vai fazer boa manutenção antes do início da próxima safra, e isso pode gerar muitas paradas durante a safra, o que diminui a produção. Nastari concorda com Pádua e diz que o grande problema para as usinas será o capital de giro para iniciar a safra do próximo ano.

Presidente de associação diz que frango pode ficar até 15% mais barato no supermercado
O brasileiro deve ter um Natal com mais carnes de aves à mesa. Segundo o presidente da UBA - União Brasileira de Avicultura -, Ariel Antonio Mendes, o preço da carne de frango deve sofrer redução entre 10% e 15% nos supermercados. Felicidade para os consumidores, tristeza para os produtores. A queda no valor do frango será causada, principalmente, pela redução nas exportações. Grandes importadores do frango brasileiro, como Venezuela, Japão e Rússia, diminuíram suas compras por conta da crise mundial. Cerca de 40% das carnes de aves produzidas aqui são vendidas para outros países. “É uma faca de dois gumes. O consumidor, evidentemente, gostaria de ter um frango barato, a menos de um real, mas isso seria insustentável. Então, tem que haver um equilíbrio para que a população continue tendo frango barato, mas também que não seja de graça”, comentou Mendes. O presidente da ABEF - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango -, Francisco Turra, disse que, em novembro, as exportações atingiram 220 mil toneladas, bem abaixo da expectativa inicial, de 330 mil toneladas. Ele previu que a queda deve se repetir esse mês. O setor acredita que, apesar da crise, que já fez com que as previsões sejam de um “complicado” primeiro semestre em 2009, deve haver crescimento no próximo ano. “Sem a crise, poderíamos crescer 15%, mas ainda somos otimistas, em boa parte, pela entrada de novos mercados, como a China Continental. Também vamos concentrar esforços para entrar em países como Índia, Indonésia, Malásia, México e Nigéria”, disse Turra. Nessa semana, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, chefia uma missão em Pequim, na China, que pode acertar facilidades para a exportação de carnes brasileiras para aquele país. O Brasil deverá mandar para o exterior, até o fim do ano, 3,6 milhões de toneladas de carnes de frango, confirmando sua posição de maior exportador mundial.

Futuro da Agrishow será decidido até 31 de dezembro
A transferência da Agrishow de Ribeirão Preto para São Carlos, só depende do cumprimento de um calendário de ações definido pela Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas -, promotora do evento. Caso o município sãocarlense cumpra as exigências até 31/12, a maior feira nacional do agronegócio mudará de endereço, a partir de 2010. Esse foi o resultado da reunião de segunda-feira, 1/12, entre políticos de Ribeirão Preto e a diretoria da Abimaq, em São Paulo. Firme na decisão, o presidente da Associação, Luiz Aubert Neto, disse que só voltará a negociar com Ribeirão Preto, caso a prefeitura de São Carlos derrape no cronograma, que até ontem, vem sendo cumprido pelo prefeito petista Newton Lima.
Apesar da indefinição, parte dos políticos de Ribeirão Preto já admitem que será difícil manter a feira onde é realizada há 15 anos. O vereador Walter Gomes (PR) é um deles. "A reunião foi boa, mas senti que Ribeirão perdeu a Agrishow". Até mesmo o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB), que na semana passada afirmou a permanência da feira em Ribeirão, admitiu que as negociações demoraram a acontecer.
Mesmo assim, Nogueira pretende se reunir essa semana, com o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, João Sampaio, para discutir o assunto. O deputado ainda tem esperança de reverter o quadro, oferecendo as condições de infra-estrutura exigidas pela Abimaq para a realização da feira. O deputado estadual Baleia Rossi (PMDB) elogiou o projeto de São Carlos, apesar de lamentar a possibilidade de perder a Agrishow. Já a deputada estadual e prefeita eleita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (DEM), admite que o projeto sãocarlense, está adiantado, no entanto disse que a briga não está perdida. "Falei com o Palocci (deputado federal Antonio Palocci, do PT) e ele está do nosso lado".



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SETOR AUTOMOTIVO


Indústria de autopeças reduz previsão de vendas e emprego nesse ano
A indústria de autopeças deverá faturar e empregar menos que o previsto no fechamento desse ano, devido aos efeitos da
crise financeira internacional sobre o setor, segundo pesquisa do Sindipeças - Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos. A estimativa de expansão do faturamento em 2008 caiu de 9,6% para 6,3%, aos R$ 74,4 bilhões. Ante a expectativa de fechar esse mês com 223,7 mil trabalhadores, a alta no nível de empregos será de 3,2%, em relação a 2007 - a projeção anterior era de elevação de 8,3%. Segundo a entidade, o pico de emprego desse ano, foi verificado em setembro, com 231,9 mil profissionais no setor. O levantamento apontou ainda que, em relação às férias coletivas, todas as empresas consultadas vão parar pelo menos 16 dias em dezembro. Conforme o Sindipeças, a pesquisa consultou, no início de novembro, 95 empresas associadas de vários Estados, que representam cerca de 41% do faturamento. O presidente do Sindipeças, Paulo Butori, adverte para a possibilidade de um cenário ainda mais sombrio, e disse que a entidade formou um grupo de trabalho para estudar o que pode ser feito para amenizar os efeitos da retração do mercado. "É preciso ter muita calma e equilíbrio para não tomar decisões precipitadas nem ficar apenas olhando a tempestade pela janela". "O primeiro trimestre do ano que vem será muito difícil." Sobre a intenção de investir, 48% das empresas, informaram que manterão o que havia sido programado para 2009, 46% vão reduzir e 6%, aumentar.

Chrysler pede que Congresso dos EUA aprove empréstimo em breve
A fabricante americana de veículos Chrysler pediu nessa terça-feira, ao Congresso dos EUA, que aprove em breve, um empréstimo para que a companhia possa continuar suas operações e sobreviver a longo prazo. Em declarações à imprensa, o presidente da Chrysler, Jim Press, disse que o empréstimo que o Congresso concederia, evitaria a demissão de trabalhadores da companhia. "Estamos tentando preservar nosso estilo de vida e nossos trabalhos", declarou Press em Baltimore, de onde os EUA exportam 150 mil veículos da Chrysler a cada ano. O setor automotivo está "sob ataque" em diversas frentes, disse o presidente da companhia ao se referir à crise financeira global e a recessão na qual o país está imerso. O diretor não informou sobre o montante que solicitará ao Congresso, mas em audiências em 18 e 19/11, o executivo-chefe da Chrysler, Robert Nordelli, calculou que a firma precisará de aproximadamente US$ 7 bilhões para enfrentar a crise atual. As três empresas tinham como prazo até ontem, para apresentar ao Congresso seus respectivos planos de reestruturação e viabilidade a longo prazo, antes de discutir uma possível iniciativa de resgate para o setor automotivo. Das três companhias com sede em Detroit, até o momento, só a Ford apresentou um plano, detalhado em 33 páginas, que inclui um forte investimento em tecnologia de ponta nos próximos sete anos. (Efe, de Washington)

GM, Ford e Toyota registram queda nas vendas nos EUA
A montadora GM - General Motors - anunciou ontem, queda de 41% nas vendas de veículos nos EUA em novembro. Ford Motor e Toyota, também informaram que as vendas no país continuaram a cair de forma acentuada no mês passado, em meio à desaceleração da economia norte-americana, impactadas pelo desaquecimento da demanda e pelos efeitos do aperto na oferta de crédito. "Todas as montadoras estão divulgando números horríveis e nós não somos exceção", disse o chefe de vendas da GM na América do Norte, Mark LaNeve. As vendas totais da GM nos EUA caíram 41% em novembro, para 154,8 mil veículos, em comparação a 263,6 mil unidades comercializadas no mesmo período de 2007. As vendas de carros da GM caíram 44,1% em novembro, para 58,7 mil unidades, em relação ao mesmo mês de 2007. As de caminhonetes tiveram queda de 39,4%, para 94,618 unidades, na mesma base de comparação.
Ford
Em novembro, a Ford vendeu 122,7 mil veículos leves, o que representa uma queda de 31%, com destaque para o recuo de 38% nas vendas do modelo Focus. As vendas de caminhões e vans recuaram 24% em meio a uma queda de 19% nas vendas de caminhonetes da série F. As vendas de utilitários esportivos (SUV) despencaram 40%. "A economia continuou a enfraquecer e as vendas de automóveis refletem essa realidade", disse Jim Farley, chefe de marketing e comunicações da Ford.
Toyota
As vendas da Toyota nos EUA caíram 34% em novembro, em comparação ao mesmo período de 2007, para 130.037 veículos, informou ontem, a empresa. Esse foi o sétimo mês consecutivo de perdas nas vendas da montadora japonesa. Na mesma base de comparação, as vendas de carros de passeio da Toyota recuaram 32%, enquanto as de SUVs tiveram declínio de 30%. As vendas de caminhonetes caíram 36,1%. (Agência Dow Jones)



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ENERGIA & Telecomunicações


Venda da TIM não tem fundamento
O Grupo Telecom Itália divulgou nota há instantes, sobre rumores veiculados na imprensa em relação à venda da TIM para a Telefónica. O grupo diz que "desmente qualquer negociação em relação a eventuais operações de venda" e que notícias sobre o assunto "não têm fundamento".
Telefónica diz que crescerá na América Latina, mesmo com crise
O grupo espanhol de telecomunicações Telefónica assegurou nessa terça-feira, que continuará crescendo nos próximos anos na América Latina, e que não mudará seus objetivos de rentabilidade e receitas dos próximos anos na região. A companhia, que contava com mais de 150 milhões de clientes na América Latina até o fim de setembro, quer aumentar as receitas na região entre 10% e 13% anualmente, no período entre 2006 e 2010, e elevar lucro operacional entre 12% e 17% por ano no mesmo período. "É possível que o mercado das telecomunicações cresça um pouco menos que o previsto, mas seguirá crescendo", disse José María Alvarez Pallete, diretor-geral da Telefónica para a América Latina, em um encontro com jornalistas. Ao ser perguntado se a companhia se via forçada a revisar para baixo, suas previsões para a região, dado o impacto da crise financeira mundial, o executivo respondeu: "Absolutamente não." Pallete acrescentou que o fator demográfico joga a favor das previsões da empresa para a região. "Uma das fontes de crescimento será a incorporação de novos clientes de telefonia móvel", comentou. Segundo as previsões da Telefónica, 83% da população da América Latina terá um celular até o fim de 2010, ante os 75% do final de junho de 2008. No Brasil, seu mercado mais importante na região, com cerca de 43 milhões de clientes de telefonia celular, a taxa de penetração do serviço subirá para 96,9% em 2011, ante 64,5% em 2007, de acordo com estimativas da operadora.



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COMÉRCIO EXTERIOR


Exportação de etanol aumentou 404% em 2008
O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou nessa segunda-feira, que a empresa comercializou 605 mil metros cúbicos de etanol (o equivalente a 605 milhões de litros) em 2008, com os mercados dos EUA, Europa e Ásia. Isso representou um aumento de 404% em relação ao volume negociado em 2007. A declaração foi dada na abertura do Seminário de Biocombustíveis, promovido pelo Infoglobo, no Copacabana Palace. “Ao fim de 2008, esse resultado se mostra bastante positivo, com o mercado de biodiesel plenamente atendido e funcionando normalmente." Do volume total de etanol comercializado pela Petrobras em 2008, 117 mil metros cúbicos foram destinados à Ásia. Segundo o diretor de Abastecimento da empresa, as exportações brasileiras do biocombustível devem continuar crescendo em 2009, com a diversificação dos mercados. A Petrobras venceu recentemente a primeira licitação para fornecimento de etanol à Costa Rica, de uma carga para entrega em janeiro de 2009 - citou Paulo Roberto Costa, como exemplo dos novos mercados do biocombustível. O executivo também lembrou que 2008 foi um ano importante para a produção de biodiesel no Brasil. Já existem, segundo ele, 72 unidades produtoras registradas na ANP - Agência Nacional do Petróleo - e outras 33 estão sendo analisadas. Atualmente, a Petrobras já produz biodiesel em duas unidades, Candeias e Quixadá. Até o início de 2009, a unidade de Montes Claros, também começará a produzir. Ao fim de 2008, esse resultado se mostra bastante positivo, com o mercado de biodiesel plenamente atendido e funcionando normalmente - acrescentou o diretor da Petrobras.

Insumos caros ainda atrapalham produtividade
O aumento dos preços dos insumos para o produtor brasileiro é um dos fatores que prejudica a produção agropecuária. "Os preços altos dos insumos são principal problema, pois impactam diretamente nos custos de produção", diz o presidente da Abac - Associação Baiana dos Criadores -, Jaime Fernandes Filho. Mas, a atual crise mundial deve fazer com que o consumo de alimentos diminua o que pressiona o preço das commodities. Como o valor dos insumos está relacionado às commodities, seus preços também devem cair. Um levantamento do Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada -, aponta que o sal mineral foi o insumo de maior valorização no ano (96,4%). Outro item que teve forte elevação foram os adubos e corretivos (52,7%). "Para compensar os custos altos, o produtor, muitas vezes, baixa a produtividade", conta Fernandes Filho. E apesar das desvalorizações do bezerro em agosto e setembro, a pesquisa mostra que o animal para reposição (de 8 a 12 meses), também teve aumento expressivo no ano (37,44%).


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LOGÍSTICA & INFRA-ESTRUTURA


Azul quer iniciar venda de passagens na próxima semana e voar no dia 15/12 A Azul Linhas Aéreas pretende iniciar as vendas de passagens na próxima semana, logo que receber autorização da Anac - Agência Nacional de Aviação Civil. A expectativa da empresa é que o primeiro vôo comercial decole no dia 15/12. A companhia aérea definiu duas rotas para começar a operar, entre Campinas/SP e Salvador/BA e entre Campinas e Porto Alegre/RS. A empresa fez nessa terça-feira, o vôo inaugural no país, sobrevoando Campinas e Rio. O preço das passagens ainda não foi divulgado, mas o presidente da companhia, Pedro Janot, disse que a tarifa entre Campinas e Salvador ficará em torno de R$ 260. Ele disse que o objetivo é oferecer passagens 70% mais baratas que a tarifa mais cara da concorrência para determinada rota. "Aumentar a concorrência será bom para o mercado e para a sociedade. O país precisa de competição", afirmou Janot, lembrando que empresas concorrentes como a Gol, já estão reduzindo tarifas nas rotas que a Azul vai operar. As passagens serão vendidas na internet e em pontos comerciais, e poderão ser parceladas em até seis vezes.
A nova companhia começará a operar com duas aeronaves, e iniciará 2009 com outras três em atividade. Em janeiro, estão previstos vôos entre Campinas e Vitória/ES e Campinas e Curitiba/PR. Os cinco aviões serão o modelo Embraer 190, com configuração de quatro poltronas por fileira, ao contrário das seis habituais usadas em aeronaves de maior porte. No final de 2009, a previsão é que 16 aviões estejam operando. Ao todo, a companhia já encomendou 36 aeronaves e tem opção de compra de mais 40. A Azul fechará 2008 com cerca de 900 funcionários, e projeta ter entre 5.000 e 6.000 empregados em 2013.
Crise
Sobre o fato de começar a operar em um momento de
crise na economia mundial, Pedro Janot avaliou que existe o lado positivo e o negativo. "As companhias organizadas tendem a se fortalecer. Mas ao mesmo tempo, o fato de haver uma crise poderá retrair o consumo", observou. Janot prevê, para o mercado como um todo, um primeiro semestre de 2009, mais difícil, que vai espelhar o piso no freio que muitas empresas têm feito a partir do agravamento da crise.
Santos Dumont
Sobre a polêmica de operar novos vôos no aeroporto Santos Dumont, no Rio, o executivo disse que a decisão caberá à Anac, que iniciou consulta pública sobre a questão. O
governo do Rio já se posicionou contra, e defende que o aeroporto tenha apenas vôos da Ponte Aérea Rio-São Paulo e pequenos deslocamentos no Estado, mantendo no Galeão, os principais vôos regionais. A Azul quer que o aeroporto, situado na região central do Rio, abrigue linhas regionais. "O Santos Dumont é complementar à malha do Galeão. Não tem que ser concorrente. Queremos dar a opção de novos vôos, diretos e com freqüência", completou.



Reconstrução do Porto de Itajaí/SC começa ainda, nesse ano
A reconstrução do porto de Itajaí, uma das cidades mais devastadas pelas chuvas em Santa Catarina, deve começar ainda esse ano, informou o ministro Pedro Brito, da secretaria Especial dos Portos. O ministro, que visitou a cidade nessa terça-feira, reiterou que o governo federal destinará R$ 350 milhões para a recuperação do porto - principal fonte de renda na cidade. Segundo o superintendente do Porto de Itajaí, Arnado Schmitt Jr, ainda não é possível estimar o prejuízo total provocado pelas chuvas. O aumento do nível da água do rio Itajaí destruiu integralmente o berço 1, e parcialmente os berços 2 e 3. Apenas o berço de número 4 tem condições de entrar em operação. De acordo com o superintendente, a construção do berço zero – privado -, prevista para ser finalizada no início de 2009, deve ser acelerada e ao menos 200 funcionários já trabalham para que o berço seja finalizado antes do final de 2008. Com a finalização do berço zero e a recuperação do berço 4 - previsto para voltar a funcionar até a próxima semana - o porto irá recuperar 80% da sua capacidade de movimentação de cargas.
Dragagem
Segundo o superintendente, a prioridade para a recuperação do Porto de Itajaí é a dragagem de 3.800.000 m3 de lama e entulho depositados no rio. Para tanto, serão necessárias dragas especiais - inexistentes da região. O ministro informou que já na próxima semana a secretaria Especial dos Portos deverá providenciar as dragas para a limpeza dos cais. A administração dos portos estima que a dragagem custe cerca de R$ 30 milhões. Os deslizamentos de terra alteraram a profundidade do canal do rio Itajaí, impedindo a entrada de navios de grande porte no porto. Antes dos deslizamentos, a profundidade média do canal do rio era de 11,5 metros. Hoje, a profundidade média registrada é de 5,5 metros. O Porto de Itajaí é responsável por cerca de 14.000 empregos diretos. Por dia, o porto movimenta US$ 40 milhões. As cargas destinadas ao porto - maior terminal de carga de congelados do país e o segundo em movimentação de contêineres - serão redirecionadas aos portos de Navegantes/SC, São Francisco do Sul/SC, Paranaguá/PR e Santos/SP, até que o porto tenha novamente condições de operar. (Folha Online, de Itajaí/SC)

British Airways afirmou que negocia fusão com australiana Qantas Airways
A companhia aérea britânica British Airways informou na terça-feira, que mantém negociações com a australiana Qantas Airways sobre uma possível fusão. Em um comunicado divulgado ontem, a British diz que explora a possibilidade de uma fusão com a Qantas através de uma estrutura em que ambas teriam ações listadas em Bolsa. O anúncio da British, chega no momento em que o governo australiano, divulga uma proposta para limitar a participação de grupos estrangeiros no setor a 49%, e para manter a Singapore Airlines fora da rota da Austrália para os EUA, destaca o serviço de notícias econômicas e financeiras MarketWatch.
As duas empresas já operam em um sistema de parceria que envolve 10 empresas do setor aéreo do mundo todo, incluindo a Japan Airlines. A British informou que não há garantia, no entanto, de que um acordo venha a ser obtido e que se pronunciará novamente, quando for o momento certo. A British continua a negociar uma fusão com a espanhola Iberia. A companhia aérea americana
Delta anunciou no fim de outubro uma fusão com a Northwest; o negócio criou a maior companhia aérea do mundo.
A nova Delta voará a mais de 375 cidades do mundo - mais que qualquer outra companhia aérea - e terá mais de 75 mil empregados. O presidente-executivo da empresa, Richard Anderson, disse que a nova empresa "será única e inigualável no que se refere à variedade de oferta e à qualidade de serviço". O processo completo de fusão se estenderá por entre 12 e 24 meses. Enquanto isso, os clientes de ambas as empresas poderão continuar se dirigindo a cada uma delas de forma independente, como fizeram até agora.
O futuro de Qantas é incerto desde o ano passado, quando seus acionistas rejeitaram uma oferta de compra de US$ 4,8 bilhões da APA - Airline Partners Australia. Em julho desse ano, a empresa anunciou o corte de 1.500 empregos, de um total de 36 mil funcionários, em uma tentativa de resistir aos problemas financeiros causados à época pelos altos preços do petróleo - o barril naquele mês chegou ao recorde de US$ 147,27 em Nova Iorque. A situação econômica da British também não é boa; a empresa já anunciou que pode vir a reduzir em 1% suas rotas em 2009, para antecipar a esperada queda no número de passageiros devido à crise. (Reuters)



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MERCADO ONLINE


Brasil chega a 64,5 milhões de internautas

A F/Nazca divulgou a terceira edição do levantamento sobre Internet no Brasil, realizado com apoio operacional do Datafolha. A pesquisa apontou que o país tem 64,5 milhões de internautas com mais de 16 anos, identificados. O relatório se restringe aos usuários com mais de 16 anos pelo fato de utilizar amostragem eleitoral, ou seja, entrevista apenas os que têm idade suficiente para votar. A pesquisa mostra que uma fatia cada vez mais abrangente dos brasileiros, usa a rede mundial de computadores como plataforma ativa de consumo. Do total, segundo o estudo, 55% já incluíram algum conteúdo na rede, 51% citam a busca de informação como principal motivo da navegação e 48%, levam em consideração a opinião de seus pares publicada na Internet antes de efetuar uma compra. Além disso, 26% deles já publicaram opinião e 20% fizeram reclamação online sobre algum produto ou serviço. O estudo apontou ainda, que o ativismo do consumidor com acesso à Internet aumenta quanto maior forem a renda e a escolaridade. Entre os internautas com ensino superior completo, por exemplo, 45% já publicaram opinião sobre produto ou serviço.

Ex-CEO da AOL quer comprar o Yahoo
O ex-Chief Executive Officer da AOL, Jonathan Miller, está em busca de financiamentos que permitam a compra de parte ou de todo o Yahoo, revelaram fontes próximas ao assunto ao
Wall Street Journal. Segundo o jornal, há alguns meses, Miller vem conversando com empresas privadas e busca também fundos de investimento do estado (SWF, do inglês sovereign wealth fund), para tentar fechar um acordo com o Yahoo. Miller acredita conseguir um acordo pagando entre 20 e 22 dólares por ação do Yahoo, o que subiria a oferta anterior, de 28 bilhões de dólares, para 30 bilhões de dólares. O Bloomberg revelou que as ações do Yahoo valorizaram em 16% após o anúncio da possível oferta da AOL. As fontes do Wall Street Journal apontam que Miller já falou com alguns integrantes da diretoria do Yahoo, mas que a questão ainda não foi apresentada oficialmente. Desmentindo boatos, a Microsoft descartou, recentemente, acordo de compra do Yahoo. Na segunda-feira, dia 1/12, as empresas também negaram ter acordo para buscas online.


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MERCADO DE TI

ERP, CRM, virtualização e BI ganham destaque com a crise
A consultoria IDC prevê que a
crise econômica provocará mudanças no cenário de software, criando oportunidades para sistemas que tenham impacto direto sobre vendas, controle de desempenho e de custos. Nesse cenário, o analista da IDC, Julio Pagani, acredita que o segmento de CRM, por exemplo, deverá receber investimentos especificamente em funcionalidades relativas a vendas. O ERP continuará a atrair investimentos, especialmente módulos associados a controle de custos e despesas, como funcionalidades de estoque, compras, gestão de ativos e performance financeira.
De acordo com a IDC, soluções de BI - Business Intelligence - também terão oportunidades de negócios, pois em um momento de crise os gestores precisam de um painel de indicadores para controlar o desempenho. A virtualização, também aparece como tendência, segundo a IDC. Por outro lado, Pagani acredita que, com a crise, os projetos de SOA serão impactados negativamente, bem como as aplicações verticalizadas específicas para determinada indústria. Os projetos relativos à convergência, que englobam a integração de sistemas, também serão postergados, estima o consultor.

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MERCADO DE LUXO


Crise chega ao mercado de vinhos milionários
A crise financeira agora chegou a um novo segmento do mercado de luxo: o preço de alguns dos vinhos mais caros do mundo está em queda. As vendas de vinhos de primeira linha caíram 37% desde o verão europeu. Vinhos como o famoso Bordeaux Chateau Lafite Rothschild 2005, que custa US$ 1.246 a garrafa, viram seu preço baixar 25% entre junho e agosto, de setembro a novembro essa perda já chegou a 37%. Uma caixa com 12 garrafas que custaria normalmente, US$ 15.720 em julho, no auge do verão, agora custa US$ 9.140. Ou seja, apesar do desconto, continua o preço de um carro pequeno. Segundo reportagem da BBC World Service, os produtores tradicionais acreditam que o mercado para vinhos exclusivos, ainda existe. “Nossos clientes estão muito ocupados cuidando de seus financiamentos”, explicou um comerciante.
As vendas de vinhos franceses das regiões de Bordeaux e Borgonha aumentaram nos últimos anos, com o surgimento dos novos milionários na China. Até o agravamento da crise, esses novos consumidores não pareciam nada preocupados em pagar US$ 120 por um gole apenas de vinho. Entretanto, companhias como a BBR - Berry Brothers and Rudd - afirmam que a queda está sendo registrada em todo o mundo. “As vendas dos melhores vinhos voltou para o mesmo patamar do verão do ano passado”, lamentou o diretor de vinhos da BBR, Simon Staples. Ele nega, porém, que os consumidores dos famosos vintage 2005 franceses vão perder dinheiro com vinho estocado em casa. “Eles só vão aumentar em preço com o tempo”, disse.
Um bom exemplo é o que aconteceu com o Lafite Rothchild 1982. Quando foi engarrafado, em 1984, era possível comprar uma garrafa por US$ 450. Agora, quem ainda tiver apetite para tanto, terá de desembolsar praticamente, US$ 30 mil a US$ 38 mil por uma caixa.
Nós, mortais
O efeito dominó da crise nas vendas de vinho, só tem feito bem aos supermercados que vendem as garrafas a preços mais populares. No Reino Unido e nos EUA, pelo menos, os consumidores continuam comprando – simplesmente preferem vinhos mais baratos. Uma pesquisa recente da Associação de Comerciantes de Vinhos e Bebidas Alcoólicas do Reino Unido, mostrou uma queda nas vendas de garrafas de cinco e seis libras (US$ 7,5 e US$ 9), mas mostrou um aumento na mesma medida, na venda de vinhos que custam menos de cinco libras. Os supermercados já pediram novos estoques de vinhos baratos para cobrir a demanda. As prateleiras estão cheias de vinhos que custam US$ 4,5, ou ofertas do tipo três por dez.



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