Edição 964 | Ano V

Brasília / DF

Diário Oficial da União traz normas sobre seguro de garantia estendida

As novas normas sobre venda de seguro de garantia estendida pelos estabelecimentos comerciais estão publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 28. O novo regulamento foi aprovado e anunciado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), na semana passada, e entra em vigor hoje. Entre outros pontos, o texto restringe a venda de seguros em lojas e abre a possibilidade de punições aos estabelecimentos que obrigarem o consumidor a adquirir, junto com o produto, a garantia estendida. A nova legislação também prevê mudanças nas apólices para que os lojistas deixem de ser representantes dos consumidores, como são hoje, e passem a ser considerados representantes das seguradoras.
Com as mudanças, as vendas desses produtos passarão a ser fiscalizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que vai responsabilizar e multar as empresas em caso de irregularidades. A maioria das sanções da legislação prevê multas que variam de R$ 10 mil a R$ 500 mil. As alterações também permitem que as seguradoras respondam solidariamente pelas infrações praticadas por seus representantes. Elas terão ainda de supervisionar os varejistas. Além da garantia estendida, o Conselho regulou outros pontos da venda de seguros em estabelecimentos de varejo. Basicamente, a ideia é evitar que sejam vendidas apólices de valor muito elevado. O teto, em geral, varia de R$ 24 mil a R$ 60 mil. O objetivo é fazer com que essas empresas comercializem produtos mais simples e adequados à população atendida. "Tudo isso está sendo feito para reduzir os problemas que a gente tem observado e, ao mesmo tempo, criar legislação que permita o crescimento e a massificação desse mercado", afirmou na semana passada o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira.

Prepostos e representantes - O Diário Oficial da União (DOU) de hoje ainda traz outras duas resoluções do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP. A Resolução 295 dispõe sobre a atividade de preposto de corretor de seguros e previdência complementar aberta. A Resolução 297 disciplina as operações das seguradoras por meio de seus representantes de seguros. Os dois normativos também abordam a venda de seguros pelo varejo. (Agência Estado)



São Paulo / SP

Novo recorde: brasileiros gastam US$ 2,1 bilhões em viagens ao exterior em setembro

Os brasileiros continuam gastando mais dinheiro no exterior do que os estrangeiros no País. Os brasileiros gastaram US$ 2,1 bilhões em viagens para o exterior em setembro - valor recorde para o mês -, enquanto os estrangeiros que visitaram o Brasil gastaram US$ 505 bilhões por aqui. Assim, o déficit da conta de viagens internacionais ficou em US$ 1,7 bilhão em setembro. O saldo negativo cresceu 31,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foi de US$ 1,2 bilhão. "Havia expectativa de que esses gastos pudessem mostrar alguma moderação no segundo semestre, mas isso não ocorreu. O brasileiro continuou viajando. Isso decorre de fatores como aumento da renda e do emprego", afirmou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel.  De acordo com Maciel, os dados de viagens internacionais mostram valores recordes também para o acumulado em nove meses e em 12 meses. 

Segundo ele, essa conta explica o aumento de 31% do déficit na conta de serviços na comparação entre setembro de 2012 e de 2013. Segundo os dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira, 25, no acumulado do ano até setembro, o déficit da conta de viagens soma US$ 13,8 bilhões - maior do que o registrado no mesmo período de 2012, quando esse número era US$ 11,3 bilhões. Neste ano, até setembro, os brasileiros gastaram US$ 18,9 bilhões no exterior - ante US$ 16,3 bilhões nos mesmos meses do ano passado.

Déficit - A conta de viagens entra dentro do saldo de serviços. Em setembro, os serviços tiveram déficit de US$ 4,529 bilhões. As transações correntes, dentro do qual se inserem os serviços, tiveram saldo negativo de US$ 2,629 bilhões. Já o Balanço de Pagamentos do País (saldo final das movimentações financeiras) registrou déficit de US$ 1,2 bilhão em setembro. (Agência Estado)


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP

Custo da construção sobe 0,33% em outubro

O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) subiu 0,33% no mês de outubro, mostrando desaceleração ante a alta de 0,43% de setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta segunda-feira, 28. A taxa ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções (de 0,25% a 0,44%) e ligeiramente abaixo da mediana, de 0,35%. Até outubro, o INCC-M acumula altas de 7,53% no ano e de 8,08% em 12 meses.

O grupo Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação positiva de 0,68% em outubro, de 0,91% apurada na leitura do mês anterior.
O índice relativo a Materiais e Equipamentos subiu 0,82% neste mês, ante 1,14% em setembro, enquanto o referente a Serviços avançou 0,17% em outubro, ante 0,04% no mês anterior. O índice referente à Mão de Obra, por sua vez, ficou estável no décimo mês do ano. Em setembro, a taxa também havia mostrado estabilidade.

As sete capitais analisadas registraram desaceleração em suas taxas de variação em outubro ante setembro: Salvador (0,35% para 0,28%), Brasília (0,53% para 0,26%), Belo Horizonte (0,28% para 0,20%), Recife (0,46% para 0,25%), Rio de Janeiro (0,52% para 0,33%), Porto Alegre (0,48% para 0,42%) e São Paulo (0,44% para 0,37%).  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)


São Paulo / SP

Só para milionários: empresa de guru do mercado estreia hoje na Bovespa

Megainvestidor Warren Buffet
A empresa do megainvestidor Warren Buffet, a Berkshire Hathaway, vai estrear na Bovespa hoje, dia 28/10. A negociação não será feita por meio de ações, mas de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que são recibos lastreados nas ações da companhia em seu país de origem. Os BDRs do tipo da Berkshire (nível 1 não-patrocinados) podem ser adquiridos por pessoas físicas ou jurídicas com investimentos financeiros superiores a R$ 1 milhão. Também estão disponíveis para bancos, fundos de investimento, administradores de carteira e consultores autorizados pela CVM e entidades fechadas de previdência complementar. BDRs não-patrocinados são certificados que representam ações de empresas estrangeiras que não são registradas como companhia aberta nos órgãos reguladores brasileiros. De acordo com a Bovespa, o lançamento fará da empresa de Buffet a 70ª a negociar BDRs não-patrocinados na Bolsa paulista. Cada papel será cotado em reais e terá preço arbitrado com base no fechamento do dia anterior ao lançamento – ou seja, a última sexta-feira, dia 25/10.

Buffett é dono da Heinz junto com Lemann - A empresa do magnata controla, junto com o grupo de Jorge Paulo Lemann, a fabricante de ketchup Heinz, depois de um negócio firmado em fevereiro deste ano e autorizado em vários países em junho.Buffett é considerado um guru do mercado financeiro. Em maio, quando estreou na rede social Twitter, arrebanhou mais de 10 mil seguidores nos primeiros dez minutos.  (Agência UOL)


São Paulo / SP

Carteira de ações do líder do simulador do mercado de ações valoriza 301,5%

O participante Luiz Fernando Moreira Filho conquistou ganho de 301,5% em sua carteira de ações e manteve a liderança, pela segunda semana seguida, do ranking do Folhainvest, simulador do mercado de ações feito pela Folha em parceria com a BM&FBovespa. Damaris Marta da Silva permanece em segundo lugar, ao alcançar valorização de 276,4%. Morenci Machado, que ocupava a quarta colocação na semana passada, subiu uma posição e agora está em terceiro, com 203,3%. Rodrigo B.L. aparece em quarto lugar, com ganho de 189%. Ele é o primeiro do ranking universitário. Já Elson Costa fecha a lista dos cinco primeiros colocados, com valorização de 180,5%. Na separação por gênero, Damaris Marta da Silva é a primeira do ranking feminino. Ela também ocupa a primeira colocação na região Sudeste. Morenci Machado lidera no Sul, enquanto Luiz Fernando Moreira Filho, no Nordeste. No Norte, Éderson O. P. Rondônia segue em primeiro, com 83,7%. No Centro-Oeste, Alfredo Almeida Costa, com 112%. O vencedor anual da competição ganha uma viagem para a Costa do Sauipe, na Bahia, que é paga pelo Banco Fator. A cada mês, o prêmio é uma passagem aérea doméstica (ida e volta) da TAM. 

RANKING

Posição        Competidor          Valorização da carteira, em %
      Luiz Fernando Moreira Filho 301,5
      Damaris Marta da Silva         276,4
      Morenci Machado         203,3
      Rodrigo B. L.                 189,0
      Elson Costa                 180,5
      Marcos Antônio de Jesus 180,0
      Renato Oliveira         179,6
      Carlos Tulini                 152,9
      Ronaldo Pinheiro         152,4
10º       Leandro Pinto                 145,5
11º       Laercio Marinzek         143,7
12º       Erick Furtado                 138,4
13º       Antonio Ribeiro Junior         137,4
14º       Carlos Fuzimura         127,8
15º       Guilherme da Silva         125,6
16º       Maristela Jesus         120,5
17º       Danilo Borges Ribeiro         120,4
18º       Matheus Cardoso Ferreira 120,2
19º       Pedro Giacon                 116,8
20º       Simone Maria Fones         116,3

(Fonte: FolhaInvest)



HOJE na Ásia:

Ações asiáticas se recuperam após máxima recorde em Wall Street

As ações asiáticas subiram nos pregões de hoje, dia 28/10, com o índice australiano atingindo pico em cinco anos, depois que o fechamento em máxima recorde de Wall Street ajudou a compensar as preocupações com o crédito mais apertado na China. Às 7h26 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 0,75%, recuperando parte da perda de 1,1% da semana passada --a maior em dois meses-- que aconteceu devido a preocupações de que a China pode apertar a política monetária para manter os preços sob controle.
O índice acionário japonês Nikkei saltou 2,19%, recuperando grande parte da queda de 2,7% da sexta-feira, enquanto as ações australianas avançaram 1,02%, fechando em máxima em cinco anos.
O índice de Hong Kong ficou um pouco para trás, registrando alta modesta de 0,48%, e as ações de Xangai fecharam praticamente estáveis, destacando as preocupações com as tentativas da China de frear a inflação ao consumidor e a alta nos preços de imóveis."O foco dessa semana será nos resultados corporativos, nas taxas monetárias da China e na leitura do PMI (Índice dos Gerentes de Compras) no fim da semana", disse o vice-presidente de vendas de ativos da Tanrich Securities, Jackson Wong.

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INDÚSTRIA

Seul / Coréia do Sul

Lucro líquido da Samsung sobe 25,6% no 3º trimestre e bate recorde

A Samsung Electronics anunciou que o seu lucro líquido aumentou mais de 25% no terceiro trimestre de 2013, impulsionado pela venda de chips. No período, o lucro líquido da companhia sul-coreana subiu 25,6% para um valor recorde de 8,24 trilhões de won, frente a 6,56 trilhões de won no mesmo período do ano passado. No mesmo sentido, o lucro operacional subiu 26% entre julho e setembro deste ano, marcando 10,16 trilhões de won, contra 8,06 trilhões de won no segundo trimestre de 2012. As vendas cresceram 13,2%, passando de 52,17 trilhões de won para 59,08 trilhões de won no terceiro trimestre deste ano. "Embora nós esperemos que a demanda aumente no próximo trimestre, devido ao pico de sazonalidade, as questões macroeconômicas e a intensificação da concorrência no mercado permanecerá no quarto trimestre", disse Robert Yi , diretor de relações com investidores da Samsung. Analistas estimam que a Samsung tenha vendido cerca de entre 85 milhões e 89 milhões de smartphones entre julho e setembro.
(Fonte: Dow Jones Newswires)


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AGROBUSINESS


Da redação  São Paulo / SP

Consumidor paga o triplo do valor recebido pelo produtor pelo ovo

Não que seja algo inédito. Mas considerado o valor divulgado pelo Procon-SP na última quinta-feira, dia 24/10, na semana que passou o ovo registrou no varejo de São Paulo um dos maiores diferenciais de preços da história em relação ao que foi recebido na granja pelo produtor. Dados de mercado (Jox) apontam que naquela data o ovo branco extra comercializado a granel nas granjas do interior paulista foi negociado, em mercado fraco, por preços que variaram de R$39,50 a R$44,50 por caixa de 30 dúzias, o que dá um valor médio de R$1,40/dúzia. Pois bem: de acordo com o Procon-SP, nessa mesma data o varejo de São Paulo (supermercados) comercializou o produto com aumento de pouco mais de 2% em relação à semana anterior (na granja o preço caiu), o que fez com que o consumidor paulistano gastasse R$4,33 para 
adquirir uma dúzia do produto. Feitas as contas, constata-se que o valor gasto pelo consumidor foi mais de três vezes superior (diferença de quase 210%) ao recebido pelo produtor.  Como já foi dito, não se trata de ocorrência inédita. De toda forma, a diferença mais recente é 68% superior à registrada 10 semanas atrás, ocasião em que o preço no varejo ficou pouco mais de 120% acima do registrado na granja. E o que explica essa ascensão estratosférica é o fato de, no período, o valor pago ao produtor ter recuado mais de 20%, enquanto para o consumidor, a despeito de algumas altas e baixas muito ligeiras, o preço permaneceu inalterado.  (Fonte: AviSite)



Da redação  São Paulo / SP

Onde a produção de frango fica mais barata?

Abrangendo por ora oito estados – os três da Região Sul, dois do Sudeste, dois do Centro-Oeste e um do Nordeste – o levantamento efetuado mensalmente pela Embrapa Suínos e Aves aponta que no mês de setembro passado o menor custo de produção do frango – R$1,909/kg – esteve no Mato Grosso do Sul, vindo a seguir o Paraná, com um custo 6% superior. Os outros dois estados sulinos, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tiveram um custo muito similar entre si (R$2,136/kg e R$2,137/kg respectivamente), mas superior ao de Minas Gerais (R$2,093/kg) e cerca de 5,5% maior que o do estado vizinho, o Paraná. Em relação ao Mato Grosso do Sul a diferença foi bem mais significativa, próxima de 12%. Também grande produtor de matérias-primas como os dois primeiros colocados, Goiás, curiosamente, ficou na antepenúltima posição. Isso se deve, fundamentalmente, ao custo da ração e do pinto de um dia que, comparativamente ao estado vizinho, o Mato Grosso do Sul, registra diferença adicional de, respectivamente, 17,5% e 95%.  
Mas, neste caso, o grande diferencial no custo do pinto de um dia não se deve a um valor maior em Goiás (aliás, é praticamente o mesmo de Santa Catarina) e, sim, ao baixo valor aplicado ao produto de Mato Grosso do Sul, quase 50% menor, por exemplo, que o registrado em Santa Catarina. O que leva a supor que o custo sul-mato-grossense não é tão favorável como o sugerido. Na ponta da tabela, como seria de se esperar, dois estados dependentes da matéria-prima de outros estados – Espírito Santo e Ceará. Embora estejam a 2 mil quilômetros de distância um do outro, ambos têm custos muito similares e que se encontram pelo menos um terço acima do registrado no Mato Grosso do Sul.  (Fonte: AviSite)



Da redação - Brasília / DF

Produção brasileira de milho aumenta 27,7% em 2012 e supera a de soja

Os dados fazem parte da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) divulgada na última sexta-feira, dia 25/10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo aponta a quebra na safra dos Estados Unidos, maior produtor mundial, como o principal estímulo para o aumento da área plantada brasileira em 1,5 milhão de hectares (10,7%) e os investimentos em tecnologia. O maior crescimento dessa cultura foi registrado no Centro-Oeste, que não sofreu com a seca. O Paraná, maior produtor de arroz, com 23,3% de participação na safra nacional, aumentou a produção em 32,7% na comparação com 2011. Mato Grosso apresentou o maior aumento na produção, 101,5% a mais que no ano anterior e foi o maior produtor da segunda safra de milho (38,3 milhões de toneladas), que superou pela primeira vez a primeira safra (32,8 milhões de toneladas). Apesar da expansão da área plantada em 1,1 milhão de hectares, fazendo a soja ocupar 25,1 milhões de hectares, 36,3% da área plantada no país, o resultado não se refletiu em aumento de produção. Segundo o IBGE, o motivo foi a falta de chuvas regulares na Região Sul, em Mato Grosso do Sul, na Bahia e no Piauí.  Entretanto, a soja continua tendo o maior valor de produção (24,7%), seguida da cana-de-açúcar (19,8%) e do milho (13,2%). 
(Fonte: Agência Brasil)


Da redação - São Paulo / SP

Agricultura em região tropical sem agrotóxicos é impossível

Presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa
 Agropecuária (Embrapa),
Mauricio Antonio Lopes
O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Mauricio Antonio Lopes, afirmou na última, dia 24/10, que é "praticamente impossível" ter uma produção sem defensivos agrícolas em uma região tropical. Fazer agricultura na região tropical sem o uso de insumos como defensivos é praticamente impossível – avaliou, em apresentação no Brazil Summit 2013, organizado pelo grupo The Economist. De acordo com Lopes, é necessário levar em conta que em muitas regiões do país a agricultura é realizada durante o ano inteiro. Fica muitas vezes a percepção de que o Brasil usa muito agrotóxico, quando se compara com países de clima temperado que têm período de produção muito mais restrito. Ele ressaltou que o uso racional é uma preocupação da Embrapa, mas reforçou que a questão é analisada em uma perspectiva mais ampla, levando em conta a região tropical e a natureza da produção. Temos de ter todo o cuidado com o uso racional e inteligente desse recurso – ponderou. Para Lopes, muitas crenças sobre o agronegócio já estão sendo "desmistificadas", como a ideia, segundo ele, de que a agricultura destruiu a Amazônia, o que seria uma visão errada na sua percepção. Nós acabamos de ter uma discussão complexa, que foi o Código Florestal, e eu acho uma discussão muito corajosa por parte do Brasil – ressaltou. (Fonte: Só Notícias)


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TI, WEB e e-COMMERCE

Nova Iorque / EUA

Microsoft, o gigante adormecido da nuvem

Estamos acostumados a pensar em Microsoft como um gigante desajeitado, sobrecarregado com o seu legado da Era PC. Mas pense nisso: que outra empresa no mundo tem uma coleção tão grande de softwares e serviços para oferecer através da nuvem, para não mencionar a infraestrutura de nuvem para entregá-los? A Microsoft tem os recursos para dominar o mercado de cloud. A questão, como sempre, é o quão bem ela pode executar essa tarefa. Brad Anderson, vice-presidente corporativo da divisão Cloud and Enterprise da Microsoft, ajuda a supervisionar uma grande fatia da carteira de nuvem privada e pública: Windows Server, System Center, SQL Server, Windows Azure, e Visual Studio. Conversei longamente com ele e o Editor executivo da InfoWorld, Doug Dineley. Falamos por mais de uma hora na semana passada. Em particular, a nossa conversa centrou-se na conexão entre o Windows Server e o Azure, embora tenho começado pelo compromisso da Microsoft com a sua nuvem pública.

Preparando-se para o domínio - A Microsoft se reorganizou, mudou o nome do da divisão Server and Tools para divisão Cloud and Enterprise. Mas de acordo com Anderson, pouco mudou em termos de responsabilidade, exceto que  o Global Foundation Services passou a fazer parte desse grupo. Estes são os caras que são responsáveis ​​por toda a infraestrutura de data centers da Microsoft, incluindo os data centers Azure. Eu tinha ouvido que a Microsoft estava investindo pesado, mas ainda assim, fiquei surpreso com a escala. "Nós devemos ter sido o maior comprador de servidores em todo o mundo no ano passado", diz Anderson. "A cada seis meses vamos ter que dobrar a nossa capacidade de computação e de armazenamento. Para lhe dar uma ideia, nos últimos três anos passamos mais de 15 bilhões de dólares em cap ex." Isso é um pedaço de uma plataforma de lançamento na nuvem. Além disso, embora o Office 365 esteja fora da alçada de Anderson, ele atingiu a taxa anual 1 bilhão de dólares mais rápido do que qualquer outro produto na história da Microsoft (embora alguns questionem essa afirmação ). Além disso, em junho, o gerente geral do Azure, Steven Martin, afirmou que o número de clientes Azure subiu para 250 mil e foi aumentando a uma taxa de mil por dia. Sem dúvida, muitos deles se tornaram clientes Azure após a  decisão da Microsoft, em meados de 2012, de ofereceer o Azure como IaaS simples (ao contrário 
de PaaS), que Peter Wayner, da InfoWorld,  caracterizou como tendo excelente preço-desempenho, integração com a cadeia de ferramentas do Windows, e abundância de opções open source. "Você pode apostar que um grupo de clientes também vai descobrir o Azure e atravessar a ponte que a Microsoft está construindo entre o System Center e o Windows Server por um lado, e os serviços Azure por outro.

Data Center sem fronteiras - A mensagem principal é que os clientes do Windows Server podem agora usar o Azure como uma extensão de sua infraestrutura de servidor local. "Nós somos a única organização no mundo entregando a consistência entre nuvens privadas e públicas", diz Anderson. "Você pode mover sua máquina virtual para dentro Azure sem mudar uma linha de código, sem alterar seus processos". Anderson também afirma que a tecnologia de desenvolvimento no Azure está sendo portada para o Windows Server.  Ele chama essa abordagem de "cloud em primeiro lugar." Como ele explica: "Nosso princípio de engenharia é  de projeto para a nuvem. Projete para a confiabilidade, escalabilidade, segurança, disponibilidade de um serviço de nuvem pública, e depois pegue o que aprendeu e ofereça para que as organizações executem o memo em seus data centers. Deixe que o resto do mundo se beneficie do que estamos aprendendo no Azure ". Aparentemente, isso se aplica a uma ampla faixa de produtos corporativos da Microsoft, incluindo muitas das melhorias no Windows Server 2012 R2 Hyper-V . Que tipo de casos de uso de nuvem híbrida Anderson está vendo? Os clientes estão realmente "estourando" de sua infraestrutura local para o Azure? "Você tem organizações que estão dizendo ... hmm, talvez eu coloque todos os meus servidores de Web na nuvem pública, mantendo a camada de dados em seu centro de dados privados. Então você poderia dizer que está estourando. Isso é um serviço híbrido executado em um modelo de nuvem híbrida. Estamos vendo muito isso", diz Anderson.

Dar o salto - A Microsoft lançou Azure há dois anos e meio atrás. A participação no mercado de IaaS do Azure pode ser pequena em comparação com a de Amazon, mas em parte isso se deve ao fato de a Microsoft ter empurrado teimosamente o Azure como um PaaS, até que começou a oferecer IaaS no verão de 2012. Com base no backup do Windows Server e serviços de recuperação de desastres oferecidos no Azure, tenho uma sensação de que vamos ver o número de clientes na nuvem da Microsoft crescer rapidamente. Enquanto isso, será interessante ver como a Microsoft vai combinar o Azure com o Office 365 - e até mesmo com o Microsoft Dynamics CRM - para criar soluções completas na nuvem para pequenas e médias empresas. Há um bom potencial aí. A InfoWorld tem martelado Microsoft, no lado do cliente, com críticas negativas do Windows 8 e do Windows Phone. Para os clientes empresariais, os erros significam pouco a longo prazo com o data center movendo-se para a nuvem. Uma estratégia de nuvem híbrida será muito interessante para a Microsoft - poucos podem igualar os recursos por trás de sua infraestrutura de nuvem pública. 
(Fonte: Eric Knorr, InfoWorld/EUA)


São Paulo / SP

Rede social brasileira Widbook abre escritório nos EUA

O Widbook, rede social criada por brasileiros para que autores de livros possam publicar suas obras na internet ou criá-las de modo coletivo, vai inaugurar seu primeiro escritório internacional, em São Francisco, nos Estados Unidos. A empresa tem mais de 60% da sua base de usuários nos EUA e pretende aproveitar a nova localização para firmar parcerias com instituições americanas, como universidades. "A Europa e os Estados Unidos são os nossos maiores mercados. Na Europa já temos uma pessoa para desenvolver o negócio. O caminho é abrirmos um escritório lá também", afirma o sócio Joseph Bregueiro, 29. Segundo ele, em dez meses de operação, a plataforma -que foi desenvolvida totalmente em inglês- tem usuários em mais de cem países e quase 10 mil livros em 90 idiomas na biblioteca. O serviço é gratuito e a companhia ainda não tem um modelo de negócio. "Queremos primeiro perceber como o usuário explora a nossa plataforma. Isso ainda deve demorar um ou dois anos", diz Bregeiro.Por enquanto, a empresa tem se mantido com um aporte que recebeu em janeiro da W7 Brazil Capital. Uma segunda rodada de investimentos está em planejamento. Para Carlo Carrenho, fundador do 
PublishNews, um site de conteúdo sobre o mercado editorial, a iniciativa tem espaço para crescer. "No nosso setor, o editor está perdendo importância. Hoje em dia, com o digital, você não precisa mais de capital para imprimir vários livros ou de acesso a editoras e canais de venda", afirma. Bregeiro afirma que um dos planos da empresa é de que a plataforma seja um trampolim para que editoras descubram novos autores. "Nós temos uma equipe de curadoria e estamos elencando bons livros e autores. Toda semana promovemos a melhor obra." Segundo Carrenho, a iniciativa pode ser mais eficaz para agentes literários. "Hoje em dia, as editoras têm excessos de livros. Mas pode servir para agentes literários ficarem atentos e descobrirem novos talentos." Mesmo pensando em estratégias internacionais -segundo Bregeiro, o escritório de San Francisco tende a ser maior que o brasileiro-, a empresa afirma que tem planos para conquistar mais usuários no Brasil. Segundo o sócio, hoje apenas 10% do fluxo de usuários parte daqui.
(Agência Folha)


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INFRAESTRUTURA e LOGISTICA

Brasília / DF

Infraero terá de explicar cortes em contratos de manutenção de aeroportos

A Infraero terá de explicar em audiência pública na Câmara dos Deputados os cortes nos contratos de manutenção preventiva dos aeroportos sob sua gestão. As medidas foram aprovadas pela diretoria executiva para reduzir gastos de custeio frente à piora da situação financeira da estatal, como revelou reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo na semana passada (14). A empresa projeta um prejuízo operacional de R$ 391,1 milhões em 2013, ante lucro operacional de R$ 594,2 milhões no ano passado. A audiência pública foi aprovada na terça-feira pela Comissão de Turismo e Desporto, a pedido do líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno. O objetivo será detalhar as medidas e debater suas consequências para a operação. "É inaceitável que, para compensar os prejuízos causados por incompetência na gestão financeira da empresa, sua direção tome medidas de contenção de despesas nas áreas que afetam a segurança das pessoas e das operações aeroportuárias, principalmente com a proximidade da realização da Copa do Mundo em 2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016", afirma o parlamentar na justificativa do requerimento.

Aprovadas em agosto, as medidas de contenção foram contestadas internamente por superintendentes da área operacional da Infraero. Em memorando interno, eles criticaram a eficácia das propostas e alertaram para riscos à segurança. "Sobretudo, (as medidas) criam situação de alto risco para os gestores dos processos operacionais que envolvem vidas humanas", diz o memorando. Serão convocados, entre outros, o presidente da Infraero, Gustavo Vale, o diretor-financeiro da estatal, José Irenaldo de Ataíde, e o diretor de operações, João Márcio Jordão. Também serão ouvidos os quatro superintendentes que enviaram à diretoria operacional uma carta pedindo a reconsideração das medidas: Álvaro Luiz Miranda Costa, superintendente de Segurança Aeroportuária; Marçal Goulart, de Gestão Operacional; Will Furtado, de Navegação Aérea; e Anderson Goddard, de Manutenção. "Estamos convocando a diretoria e aqueles que fizeram os alertas. São denúncias graves que precisam ser esclarecidas", disse Bueno. A data da audiência será definida na próxima semana. O presidente da Infraero propôs uma discussão fechada, mas a Comissão optou por realizar o debate em plenário.

De acordo com a Infraero, o desequilíbrio em suas contas é reflexo da concessão dos aeroportos de Brasília (DF), Viracopos (SP) e Guarulhos (SP) à iniciativa privada, em 2012. Os três aeroportos respondiam por 38% da receita da estatal. Agora, a empresa recebe apenas o proporcional à sua participação de 49% e deve arcar proporcionalmente com os altos investimentos nas unidades concedidas. Em resposta ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a Infraero havia informado que as medidas são definitivas. Segundo a estatal, os dados financeiros indicam que enfrenta um crescimento desproporcional de despesas versus receitas. De dezembro de 2012 a agosto deste ano, o custo por unidade operada (Unidade Carga Trabalho, medida por passageiro ou 100 quilos de carga) saltou 24%. Já a receita por UCT cresceu apenas 0,5% no período, para R$ 22,30.  (Agência Estado)

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ENERGIA


Presidente da estatal chinesa no Brasil, Cai Hongxian
São Paulo / SP

State Grid planeja investir R$ 21 bilhões no Brasil

Terceira maior companhia da China e maior elétrica do mundo, a State Grid tem planos ambiciosos para crescer no Brasil. Em entrevista exclusiva ao 'Broadcast', serviço em tempo real da 'Agência Estado', o presidente da estatal chinesa no Brasil, Cai Hongxian, revelou a meta de investir US$ 10 bilhões (cerca de R$ 21 bilhões) no setor elétrico brasileiro até 2015. "É uma meta agressiva", reconheceu. Além de consolidar sua base de ativos no segmento de transmissão, a estratégia inclui crescer em geração e distribuição de energia, com aquisição de ativos e desenvolvimento de novos empreendimentos. Os chineses não estão dispostos, no entanto, a fazer qualquer tipo de negócio no Brasil. Segundo Hongxian, as oportunidades de investimento identificadas aqui são levadas para apreciação da diretoria na China e competem com projetos ao redor do mundo. "Não somos malucos e nem investimos sem nos preocupar com o retorno dos projetos", afirmou o executivo, negando a influência do governo chinês na estratégia no Brasil.
A expansão no Brasil integra um plano maior, de crescimento internacional. Até agora, a chinesa investiu em torno de US$ 16 bilhões em ativos no exterior, adquirindo participações em empresas de países como Portugal e Austrália. Na China, a companhia fornece energia para 1,1 bilhão de pessoas e teve faturamento de US$ 307,9 bilhões em 2012.

Hoje, o Brasil é a maior operação internacional da empresa, com receita de R$ 632 milhões e ativos avaliados em R$ 6,88 bilhões ao final de 2012. A State Grid detém 12 concessões de transmissão e está presente em outras quatro, com 51% de participação. A companhia surpreendeu especialistas logo que entrou no País, comprando sete linhas de transmissão da espanhola Plena Transmissora, no fim de 2010. Hoje, administra uma rede de 6,7 mil quilômetros e está construindo mais 3,9 mil km arrematados em leilões. Para crescer no Brasil, a companhia considera tanto adquirir ativos em operação como disputar leilões de geração e transmissão. Em geração, Hongxian revelou o interesse em investir em projetos hidrelétricos e eólicos. "Não queremos empreendimentos de pequeno porte", disse. Nesse contexto, a companhia tem planos de disputar as concessões das hidrelétricas São Manoel e Itaocara, que o governo pretende licitar no leilão de energia nova marcado para dezembro. A State Grid também já está preparada para disputar o leilão da transmissão de Belo Monte (PA). "São projetos como esse que nos fazem estar aqui", disse. O governo federal ainda não definiu uma data, mas planeja licitar o primeiro tronco do sistema de transmissão de Belo Monte ainda no início de 2014. Segundo Hongxian, a State Grid tem experiência na transferência de grandes blocos de energia entre regiões distantes.

A companhia é líder mundial em linhas de transmissão em ultratensão em longas distâncias e desenvolve projetos com essa tecnologia há mais de cinco anos, o que a credencia para a disputa da transmissão de Belo Monte. Na China, os principais negócios da companhia são justamente os setores de transmissão e distribuição de energia elétrica. 

A expectativa do mercado é de que o próximo grande negócio no setor de distribuição no Brasil seja uma possível venda das distribuidoras federalizadas sob a gestão da Eletrobrás. Hongxian sinalizou o interesse da State Grid pelos ativos, mas ponderou que se trata de uma oportunidade de investimento complexa. "Essa é uma decisão muito difícil. Se para a Eletrobras já é difícil gerenciar esses ativos, diria que seria muito difícil para uma companhia chinesa lidar com isso." Parcerias - Embora tenha capacidade financeira para tocar projetos sozinha, a State Grid planeja firmar parcerias com empresas brasileiras. Nos leilões de transmissão que venceu, a companhia teve como parceiras Copel e Furnas. Essa aproximação tem como objetivo compartilhar tecnologias e facilitar a resolução de questões locais, como licenciamento ambiental. Nem a morosidade do processo decisório das estatais no País diminuiu o apetite da empresa. "Somos uma estatal na China e sabemos como isso funciona", brincou.  (Agência Estado)


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TURISMO  e GASTRONOMIA


Nova Iorque / EUA

Hotéis dos EUA conhecem até alergia dos clientes

Quando Leslie Ciminello chega ao Hotel 1000 em Seattle, ela sabe que haverá leite e cereal a sua espera no frigobar. Melhor dizendo, leite sem lactose e cereal sem glúten. Essa é uma das formas simples, mas muito significativas, para que o hotel continue a tê-la como cliente, já que Leslie, de 33 anos, viaja metade do tempo com a equipe de vendas de uma empresa de tecnologia com sede em Boston. Até onde um hotel iria para manter uma viajante a negócios como Leslie? Bem longe, afirmam especialistas da área e viajantes de negócios que tiram proveito dos benefícios da competição. À medida que a ocupação dos hotéis sai do fundo do poço da recessão e o preço das diárias volta a subir, hotéis de todo o país dão cada vez mais ênfase a serviços personalizados que incluem uma grande lista de vantagens. O objetivo é vencer a batalha pelo cliente assíduo. "O hóspede fiel e engajado traz muito dinheiro", afirma Casey Ueberroth, vice-presidente sênior de marketing do Preferred Hotel Group. "Se você tomar conta daquele cliente, ele continua voltando". 

Leslie Ciminello

De 10% a 15% das empresas são responsáveis por 60% do faturamento, calcula. O cliente assíduo é aquele que fica no mesmo hotel de 15 a 20 vezes ao ano. "Isso é família", considera. Como resultado, os hotéis agora precisam "fazer mais e mais para engajar os viajantes". Leslie, por exemplo, ficou no Hotel 1000 em Seattle, que faz parte do Preferred Hotel Group, 130 vezes em seis anos. No entanto, demorou algum tempo até que ela se tornasse uma cliente assídua. Depois de 25 visitas, o hotel a presenteou — e não foi com pontos de fidelidade. "Você esteve aqui 25 vezes, aqui está sua massagem grátis", reconta que lhe disseram. "Você ficou aqui 60 vezes, aqui está um spa facial ou um pedicure. Às vezes eles até me deixam escolher o que quero. Ninguém mais me daria esse tipo de atenção". Uma pesquisa da Deloitte publicada em janeiro mostra que apenas 8% dos entrevistados afirmaram que ficavam sempre na mesma rede de hotéis. "As pessoas querem coisas que são importantes para elas", reforça Adam F. Weissenberg, vice-diretor de práticas de hospitalidade e lazer da Deloitte.

Público alvo - Para os hotéis, o público alvo são viajantes a negócios que passam mais de 50% do tempo na estrada, uma vez que são capazes de manter quartos sempre cheios. Eles geralmente pagam mais caro, pois as datas não são flexíveis. "O segredo é conquistar o hóspede que se tornará fiel ao hotel", destaca Scott D. Berman, diretor da consultoria pricewaterhouseCoopers. "Os hotéis estão expandindo seus programas de fidelidade, expandindo a oferta de produtos para satisfazer os desejos dos clientes mais fiéis". Apesar do crescimento de mídias sociais como o Facebook e o Instagram, os hoteleiros percebem quem precisam utilizar a tecnologia sem perder de vista as interações sociais e as vantagens necessárias para atrair os viajantes. "Esse é um cenário extremamente competitivo", alerta Paige Francis, vice-presidente de marketing global da Aloft Hotels, parte da Starwood Hotels and Resorts. "Há muitas opções para os viajantes escolherem". 

Antes, os hotéis competiam "com coisas básicas — uma cama ótima, internet grátis, um chuveiro legal", pontua. Agora, eles concorrem com vantagens e serviços que vão muito além do básico — shows de artistas emergentes, design de interiores, serviços personalizados baseados nas necessidades de cada hóspede — essencialmente, diferenciando o produto e o serviço. "Nos hotéis, você só é um bom hóspede enquanto for para lá", pondera Tawny Paperd, diretor de vendas e marketing do Hotel 1000, em Seattle. Hoteleiros afirmam que o dinheiro gasto com marketing costuma ser uma parcela pequena do faturamento total dos hotéis, ou algo em torno de 6% a 9%, e o tipo de marketing pode variar. Portanto, são os fatores intangíveis — incluindo as interações humanas — que são uma parte importante do que torna um hotel diferente do outro. Para conquistar clientes frequentes, os hotéis buscam criar ambientes que preencham o vazio deixado pela família ou pelo lar nos viajantes a negócios. "Criamos um engajamento social: cuidamos de pessoas cara a cara", garante Eric Jellson, diretor de área de vendas e marketing do Kimpton Hotels/Epic Hotel, na Flórida. "Acreditamos que ainda há espaço para o engajamento e o relacionamento pessoal". Por exemplo, afirma: "Quando você não está se sentindo bem, alguém manda um sopa para o quarto. Eles podem estar com saudade da família, então o hotel se torna sua família".

Serviço personalizado - Além do serviço personalizado, os hotéis acrescentaram vantagens para ajudar os viajantes a negócios a manterem o máximo possível de suas rotinas regulares enquanto estiverem viajando. Eles tentam criar locais que atraiam viajantes e pessoas da região, para criar referências positivas no boca a boca. "As pessoas querem sentir que fazem parte da comunidade e querem interagir umas com as outras", diz Paul Pebley, diretor de vendas e marketing da JW Marriott Marquis, em Miami. "Se você for um bom hoteleiro, você conversa o tempo todo com seus clientes". O hotel, que abriu as portas no outono de 2010, possui um estúdio de ioga, uma escola de golfe indoor, mesas de bilhar, pistas de boliche e uma quadra de basquete. O objetivo é criar atividades "que nossos concorrentes não tenham", frisa Pebley. "Não é porque você está viajando que quer perder as aulas de ioga". Quando Chad Mann, de 41 anos, analista de preços de campo sênior da Terremark, a subsidiária da Verizon, sai de Herndon, Virgínia, em uma viagem de negócios, ele afirma que prefere um ambiente que seja silencioso para trabalhar, mas animado para que ele possa interagir com outras pessoas. "Na maior parte do tempo precisamos respeitar a política de viagens da empresa", afirma. Enquanto vivia em Miami entre 2007 e 2011, ele acompanhou a construção do JW Marriott Marquis. "Há tanta coisa pra fazer, mas basta subir e o quarto está silencioso". Viajante frequente, ele é conhecido por nome e às vezes recebe o upgrade para o nível de concierge quando o café da manhã e o lanche são servidos no 39º andar.

Acreditando que as vantagens também atraiam turistas no verão, a Kimpton Hotels liberou o uso de bicicletas de passeio para os hóspedes do país todo. Na primavera do ano passado [no Hemisfério Norte], a rede passou a incluir esteiras de ioga nos quartos. "Estamos todos trabalhando de uma forma mais inteligente para garantir que cuidemos de cada hóspede", destaca Jonathan Raggett, diretor executivo da Red Carnation Hotels, que possui hotéis em Londres, nas Ilhas do Canal, África do Sul e Genebra. O hotel reconhece as preferências e necessidades de cada hóspede, incluindo bebidas prediletas e alergias. "Você precisa de uma estadia sensacional para que os hóspedes retornem", pontua.  (Fonte:The New York Times)


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