Edição 959 | Ano V

Nova Iorque / EUA

Investimento em mercados emergentes exige seletividade maior

Após dois anos difíceis, os fundos de ações de mercados emergentes registraram lucros significativos no terceiro trimestre, trazendo esperanças de que essa classe de ativos que já viu grandes momentos volte à velha forma. Ainda assim, muitos estrategistas e gestores financeiros alertam os investidores para não se empolgarem demais. Para começar, o lucro de 5,2%, em média, desses fundos ainda está muito longe dos registrados no terceiro trimestre por fundos negociados em bolsa e fundos mútuos voltados a ações americanas, europeias e japonesas. Além disso, fatores de grande relevância devem continuar a influenciar economias como as da China, Índia e Indonésia, segundo gestores financeiros. Acredito que tenhamos entrado em um período bem complicado para os mercados emergentes", afirmou Lewis Kaufman, gestor do Fundo de Mercados Emergentes Thornburg, que obteve resultados melhores que 93 por cento de seus concorrentes no ano passado.

Investidores decidem sair de mercados emergentes - Kaufman destacou que, embora a atividade econômica dos mercados em desenvolvimento ainda estivesse crescendo a um ritmo superior ao da Europa e dos Estados Unidos, a diferença está diminuindo. Por exemplo, a diferença entre o crescimento do PIB da China e dos Estados Unidos era de oito pontos percentuais em 2010, de acordo com a IHS Global Insight. Atualmente, a diferença passou a ser de apenas cinco pontos. Ademais, um dos fatores que mais impulsionou a popularidade das ações e de outros ativos de risco dos mercados emergentes – a disponibilidade generalizada de crédito barato no mundo todo – desapareceu.

Hora de comprar? - Embora o Banco Central dos Estados Unidos tenha anunciado em setembro que ainda não estava pronto para reduzir seu programa agressivo de compra de títulos da dívida, ainda se espera que o banco tire o pé do acelerador. Além disso, os bancos centrais de diversos mercados emergentes – incluindo Brasil, Indonésia e Índia – aumentaram as principais taxas de juros em uma esforço para manter a inflação sob controle e para valorizar as próprias moedas. "Os fatores responsáveis por parte do sucesso dos mercados emergentes – investimentos dos países desenvolvidos para alimentar o mercado de exportação dos países em desenvolvimento – começam a perder força", afirmou Edward A. Gray, diretor de ações de valor globais e internacionais da Delaware Investments. "No limite, ficou mais difícil justificar as coisas nos mercados emergentes". Agora há um debate animado sobre se as ações de mercados emergentes têm um bom valor e os investidores especuladores destacam que essas ações são mais baratas que a média, com base em determinados cálculos. Richard Titherington, diretor da equipe de ações de mercados emergentes da Morgan Asset Management, destaca que ao longo dos últimos 20 anos os investidores adotaram a estratégia inteligente de vender as ações quando o indicador Preço/Valor patrimonial (PVPA) era de mais de 2,5 e de comprar quando o PVPA caísse para menos de 1,5. No verão deste ano [ no Hemisfério Norte ], os indicadores dos mercados emergentes ficaram abaixo deste limite e recuperaram força. Atualmente, ações de mercados emergentes são vendidas a cerca de 1,6 vez seu índice de preço/valor patrimonial.

Fundos imobiliários: queda generalizada dificulta vida do investidor - Ainda assim, Mark D. Luschini, estrategista-chefe de investimento no Janney Montgomery Scott, argumenta que as ações de mercados emergentes não são necessariamente baratas com base em outros cálculos. Por exemplo, o índice Preço/Lucro do indicador de Mercados Emergentes MSCI terminou o terceiro trimestre a 11,2, com base nos lucros projetados; esse valor é um pouco mais alto que o P/LPA de 11 registrado pelas ações de mercados emergentes quando chegaram ao auge em maio de 2011. Isso ocorre por que o faturamento dos mercados emergentes se contraiu ao longo dos últimos dois anos. Portanto, em que pé ficam os investidores? Eles precisam ser muito mais seletivos do que antigamente. "Permita-me ser franco: o universo de oportunidades atraentes está se tornando cada vez menor", afirmou Kaufman, do Thornburg. Embora ainda existam bolsões de crescimento nos mercados emergentes, "o problema é que as ações de qualidade estão se tornando cada vez mais raras – e caras".

Investidor elege fundo de curto prazo para economia incerta - O faturamento corporativo das empresas que fazem parte do indicador de Mercados Emergentes MSCI deve crescer 12,8% ao ano ao longo dos próximos cinco anos, de acordo com estimativas da Bloomberg. Alguns setores do indicador – como saúde e produtos de consumo básicos – devem crescer a uma taxa significativamente maior. Ainda assim, o P/LPA já era de 23 no final do trimestre para ações de empresas de saúde nos mercados emergentes e de mais de 24 para empresas de bens de consumo básico, ambos com base no faturamento esperado. Segundo Kaufman, como resultado "nós precisamos nos tornar mais criativos". Por exemplo, um dos principais ativos do fundo de Países em Desenvolvimento Thornburg é a varejista Jerónimo Martins. Uma vez que a sede da empresa fica em Portugal, a ação é ignorada por boa parte dos fundos de mercados emergentes. Contudo, a empresa opera uma grande rede de restaurantes na Polônia.

Procurar os vencedores - David J. Winters, gestor do Fundo Wintergreen, que investe no mundo todo, afirmou que os investidores fariam bem em observar mais que a "tristeza e melancolia" da macroeconomia, concentrando-se nas empresas de mercados emergentes que registram crescimento e balancetes fortes. "Por fim, gostamos dos consumidores de lá", afirmou Winters. "À medida que as pessoas ficam mais ricas nos mercados emergentes, há uma série de coisas que passam a querer, as quais necessitam ou que simplesmente tem que ter". Entre as empresas que fazem parte da lista, estão a Wynn Macau, que opera um grande cassino e resort para uma clientela vinda da China. "Não importa o que aconteça com a China em curto ou mesmo em longo prazo. Há muita gente querendo ir a Macau", afirmou, acrescentando que a ação paga um dividendo considerável de mais de 5%. Arjun Jayaraman, um dos gestores do Fundo de Mercados Emergentes Causeway, afirmou que uma boa estratégia é a abordagem dos halteres. Em outras palavras, disse, "é necessário se expor às partes dos mercados emergentes que apresentam maior crescimento, mas também incorporar os setores mais detonados desses mercados, onde as coisas estão muito baratas". Ele destaca que, embora muitas empresas de bens de consumo básicos com prospectos positivos sejam vendidas a índices de P/LPA que vão de 20 a 25, há inúmeras ações de bancos chineses, como o Bank of China e o China Construction Bank Corp., cujos índices são de apenas 5 ou 6. Gigantes energéticos da Rússia como o Lukoil e o Gazprom estão ainda mais baratos. "A valorização ainda é o fator mais importante", afirmou. Jayaraman acrescentou que o mundo do investimento nos mercados emergentes "se tornou muito heterogêneo".

O mundo emergente está entrando em crise? - Não existe mais um lance único chamado China. Os investidores precisam levar em conta a saúde fiscal de cada um dos mercados. Por exemplo, com menos crédito barato para trazer dólares de investimento, os países com maiores déficits na balança comercial – ou seja, que importam mais bens, serviços e investimentos do que exportam – são mais vulneráveis. Entre esses países incluem-se a Indonésia, a Índia, a Turquia a África do Sul e o Brasil. Entretanto, mesmo nesses casos os investidores não devem simplesmente abandonar os mercados em consequência dos temores relacionados aos fluxos de capital, afirmou G. Rusty Johnson, um dos gestores do Portfólio Harding Loevner de Mercados Emergentes. Seu fundo não vendeu empresas com resultados positivos em posições voláteis em países como o Brasil e a Índia. "Ao invés de vender os garotos podres, estamos comendo pelas beiradas", afirmou.
(Fonte: The New York Times)

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP

Desonerações afetam arrecadação previdenciária

Desde o início de 2012 o governo federal vem desonerando diversos setores — somando 56 no total — a fim de impulsionar a indústria nacional. Contudo, se para o governo a medida tem sido positiva criando, inclusive, novas vagas de emprego, especialistas na área defendem que a ação pode não ser tão positiva quanto as previsões oficiais. Gabriel Leal de Barros e José Roberto Afonso, pesquisadores da área de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia (FGV/IBRE) estimam que a renúncia fiscal deva ficar bem acima da projetada pelo governo, tendo forte impacto na Previdência. “Se olharmos para os números, veremos que um sexto da arrecadação previdenciária já foi, de alguma forma, afetada pelas desonerações. Isso sem considerar o efeito de todas as desonerações deste ano”, ressalta Barros.

Na análise dos economistas, a renúncia previdenciária pode saltar de R$ 12,8 bilhões para R$ 18,7 bilhões neste ano — oito vezes mais que os R$ 2,5 bilhões previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)—, ou, em um ambiente mais otimista, subiria para R$ 17 bilhões. E em 2014 o impacto negativo deve ser ainda maior, pois todas as atividades desoneradas usufruirão dos benefícios durante os 12 meses do ano, fora a gratificação natalina, a qual rendia recolhimento para a previdência, mas não é considerada na nova base.

Segundo Afonso e Barros, o peso das renúncias no ano que vem será da ordem de R$ 34,8 bilhões, em um cenário pessimista, e de R$ 27,5 bilhões, nas análises mais otimistas. “É importante observar que o projeto de LDO que baliza o orçamento para 2014 prevê uma renúncia de apenas R$ 19,3 bilhões”, alerta Afonso. E emenda: “Nem é preciso dizer que esse montante de renúncia representa danos ainda maiores para uma área já deficitária das contas públicas. Ficam claras também quão ilusórias são as bases adotadas para a elaboração e execução do orçamento no Brasil”.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

Nova Iorque / EUA

Pela primeira vez, ações do Google superam US$ 1.000

Pouco após o Google divulgar seus resultados financeiros, que superaram as expectativas do mercado, as ações da empresa superaram o valor de US$ 1.000 cada pela primeira vez no pregão da última sexta-feira, dia 18/10. Como aponta o The Verge, a alta impressionou investidores e confirmou o bom momento da gigante de buscas. Com a alta de cerca de 13% registrada hoje, o Google agora é a terceira empresa do mundo em termos de valor de mercado, perdendo apenas para a rival Appl e a petrolífera ExxonMobil. (Agência EFE)


HOJE na Ásia:

Bolsas asiáticas avançam com forte alta na China

As bolsas asiáticas encerraram o pregão em alta, com destaque para a forte alta na China, onde fatores locais impulsionaram as ações. O índice Xangai Composto avançou 1,6%, para 2.229,24 pontos e o Shenzhen Composto subiu 2,6%, para 1.101,59 pontos. O mercado chinês foi impulsionado pelas ações do setor de proteção ambiental, diante da expectativa de que o governo irá priorizar a limpeza do ar. As ações da Nanjing Cec Environmental Protection atingiram o limite diário de valorização de 10%, as da Hunan Yonker Environmental Protection subiram 7,5% e as da Zhongyuan Enviroment-Protection ganharam 5,0%.
Os papéis de empresas de telecomunicações e de tecnologia também se valorizaram depois de o Conselho Estatal da China dizer no domingo que continuará a aprofundar a reforma econômica. "O governo deve canalizar mais fundos para desenvolver essas indústrias", disse o diretor da área de consultoria de investimentos da Hong Yuan Securities, Tang Yonggang. As ações da Beijing Shiji Information Technology, Shanghai Baosight Software e China National Software & Service avançaram 10%.
Em Hong Kong o índice Hang Seng subiu 0,4%, para 23.438,15 pontos, influenciado pelo lucro recorde do Google no terceiro trimestre. As ações da Tencent Holdings subiram 4,2%, representando mais de dois terços dos ganhos do índice.
Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,6% e alcançou os 5.351,8 pontos. Mais cedo o principal índice da bolsa chegou a subir para 5.366,1 pontos, o maior nível desde junho de 2008. "Nós nos livramos dos principais desafios macroeconômicos com o acordo fiscal nos EUA na última semana e parece que não há muito no horizonte que poderá impedir o rali", disse Michael McCarthy, diretor na CMC Markets.
Agora o foco do mercado deve se voltar para o relatório de produção da BHP Billiton e para o relatório de emprego dos EUA de setembro. As duas informações virão a público amanhã.
Em sentido contrário, a Bolsa das Filipinas fechou em baixa em um movimento de realização de lucros. O índice PSEi recuou 0,2% e caiu para 6.597,56 pontos, depois de atingir na sexta-feira o nível mais alto desde meados de agosto. O Taiwan Weighted também perdeu e caiu 0,3%, para 8.419,32 pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi encerrou o dia no mesmo patamar do último pregão, aos 2053.01 pontos. 

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MERCADO FINANCEIRO

São Paulo / SP

Bradesco tem lucro de R$ 3 bilhões no 3º trimestre

O Bradesco teve lucro líquido de R$ 3,064 bilhões no terceiro trimestre, crescimento de 7,1% sobre o mesmo período do ano passado, informou a instituição hoje, dia 21/10. Com isso, o banco já acumula ganhos de R$ 8,924 bilhões no ano. No 1º semestre, o Bradesco registrou lucro líquido de R$ 5,86 bilhões, o maior da história do banco para o período. Em bases recorrentes, o lucro do segundo maior banco privado do país foi de R$ 3,082 bilhões no período, ligeiramente acima das expectativas do mercado.

Redução da inadimplência - Segundo o relatório divulgado pelo Bradesco o resultado trimestral se deve a alguns fatores, como menores despesas com provisão para devedores duvidosos, em razão da redução dos níveis de inadimplência; maiores receitas com a margem financeira, e maior resultado operacional de seguros, previdência e capitalização. Segundo a análise, o resultado só não foi maior em razão de "maiores despesas de pessoal, reflexo, principalmente, da convenção coletiva". A carteira de crédito expandida cresceu 11% na mesma base de comparação, chegando a R$ 412,56 bilhões no final de setembro deste ano. A inadimplência ficou em 3,6% no terceiro trimestre deste ano, com queda de 0,1 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre de 2012 e de 0,5 ponto percentual em comparação ao segundo trimestre deste ano. As despesas com Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) somaram R$ 2,88 bilhões, baixa de 6,9% sobre o segundo trimestre deste ano.

Banco mantém projeções de crescimento - O Bradesco manteve inalteradas praticamente todas as projeções de crescimento para 2013 divulgadas no segundo trimestre deste ano. A única alteração foi feita em relação à perspectiva de crescimento na margem financeira de juros. O intervalo caiu significativamente de 4% a 8% para 1% a 3%. A perspectiva de crescimento da carteira de crédito do Bradesco foi mantida no intervalo entre 11% e 15% tanto no que se refere a pessoas físicas quanto jurídicas. O crescimento do ganho com prestação de serviços deve ser entre 12% e 16%. A perspectiva de avanço das despesas operacionais ficou no intervalo entre 2% e 6%.  (Agência Reuters)


São Paulo / SP

Banco do Brasil lança caixa eletrônico futurista

O mesmo fascínio que transformou máquinas superinteligentes em personagens de filmes e seriados de TV motivou a equipe de tecnologia do maior banco brasileiro a criar um terminal de autoatendimento que conversa com o cliente. O equipamento, que acaba de sair do laboratório da Divisão de Inovação e Tecnologia de Informação do Banco do Brasil, foi batizado de “Bio 001” por usar o reconhecimento biométrico do rosto, da íris e da voz para identificar cada cliente e autenticar as transações. De acordo com o banco, essa combinação de biometrias em um mesmo terminal é inédita no mundo. O BB e outras instituições já usam a identificação biométrica da digital ou da palma da mão com o objetivo de dar mais comodidade aos clientes. Nesses terminais não é preciso usar cartão nem digitar a senha. A novidade desse novo equipamento é juntar três tipos distintos de análise matemática de dados biológicos. Com a tecnologia, todas as operações poderão ser feitas por comando de voz. A equipe responsável pelo desenvolvimento do terminal, no entanto, acredita que os clientes vão preferir que alguns “dados sensíveis” - como o valor da transação - sejam digitados na tela sensível ao toque em vez de falados.

A equipe - Durante um ano e meio, o projeto do novo caixa eletrônico envolveu, ao todo, 60 funcionários do banco, de publicitários a engenheiros mecatrônicos, conta Germano Alíbio, gerente da equipe. O custo do protótipo ficou em R$ 30 mil, dentro da faixa dos valores dos terminais que são usados hoje, cujos valores chegam a R$ 50 mil caso venham com cofre de dinheiro. Entretanto, esse valor baixo só foi possível porque as empresas internacionais, na expectativa de ganhar um novo mercado, cederam as licenças dos softwares, que giram em R$ 500 mil. De 20 a 30 desses caixas eletrônicos futuristas serão testados a partir do ano que vem nas “agências conceito” do BB e em pontos estratégicos, como aeroportos. O banco ainda precisará fazer o cadastramento biométrico de mais de 60 milhões de pessoas que já são clientes.

O equipamento - O vice-presidente de Tecnologia e Logística do BB, Geraldo Dezena, diz que o novo terminal é muito menos “invasivo” que os disponíveis na praça. Um sensor identifica quando o cliente se aproxima e imediatamente uma câmera faz o reconhecimento facial dele. Os vidros do lado do terminal ficam opacos e, daí em diante, todos os passos são conduzidos por uma atendente virtual, um avatar. Tudo o que ela fala só é ouvido por quem está em frente à máquina, graças ao equipamento de som no teto. Mesmo assim, se tiver alguém muito próximo, a máquina avisa o cliente e pergunta se ele deseja continuar. Se a biometria facial identifica o cliente, a da íris e a da voz servem para autenticar as operações. A máquina está preparada para entender desde uma solicitação de extrato até uma variação menos técnica, como “Quanto de dinheiro eu tenho?”. O vice-presidente diz que os clientes acabarão se acostumando a conversar com a máquina. Para Dezena, a tecnologia do comando de voz será cada vez mais comum. Para o professor de engenharia elétrica da PUC-Rio, Raul Feitosa, a principal vantagem de um sistema biométrico multimodal, como o do BB, é a segurança. “É mais difícil ludibriar do que os correspondentes unimodais.”  (Agência Estado)


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AGRONEGÓCIOS


Da redação - São Paulo / SP

BR X EUA: o que funciona melhor nas granjas brasileiras?

Fazendo um rápido paralelo entre as instalações avícolas brasileiras e as americanas, fica a pergunta: “o que funciona melhor nas granjas do Brasil?”. As granjas dos Estados Unidos servem como modelo para muitas aviculturas do mundo, tanto em tecnologias como em mão-de-obra, por serem pioneiras na atividade industrial em grande escala. Para tentar elucidar esta questão, o AviSite falou, com exclusividade, com o presidente da Tyson do Brasil, Vitor Hugo Brandalize. O assunto também é um dos destaques da edição de outubro/2013 da Revista do AviSite. O executivo, que já trabalhou na atividade avícola dos Estados Unidos e hoje responde pela empresa americana aqui no Brasil, conhece bem as particularidades das duas aviculturas. “Acredito que as principais vantagens das granjas brasileiras são a operacional e a sanitária”, destaca Brandalize. “Os cuidados com que os profissionais e produtores brasileiros tratam de suas aves, tanto nos aspectos de manejo para obtenção de melhores resultados zootécnicos quanto nos 
controles sanitários para a prevenção de doenças, é algo que nos diferencia frente à avicultura mundial”. Segundo ele, este zelo com que o Brasil trata o seu plantel avícola é o que garante a sua maior produtividade e o seu status de livre de doenças de controle internacional, que podem trazer restrições comerciais ao País. No entanto, o presidente da Tyson do Brasil alerta que, por aqui, existem algumas integrações mais antigas, nas quais as granjas não se modernizaram e estão tecnologicamente defasadas, o que restringe a capacidade produtiva dos plantéis. “Além disso, em muitos casos, a escala de produção destas granjas é insuficiente para garantir atratividade econômica tanto para as empresas integradoras quanto para os produtores”, diz.

Clima mais frio exige construção especial  - O clima no Brasil e nos Estados Unidos difere um pouco, principalmente na época do frio. No Brasil não há invernos tão rigorosos e com neve como nos Estados Unidos. E isso influencia na estrutura e no custo do galpão das aves, certo? Dessa forma, Brandalize, comenta que também há diferenças na construção e na preparação das granjas avícolas para nos dois países, para melhor promover o bem-estar e a produtividade das aves. “O principal diferencial realmente é o inverno, já que as temperaturas do verão e os sistemas utilizados para refrigeração são idênticos”, analisa. “Como nos Estados Unidos o inverno é rigoroso, eles utilizam materiais isolantes na forração e paredes rígidas nas laterais para reduzir os efeitos das baixas temperaturas no interior dos galpões. 
Também a estrutura de madeira, com menor espaçamento entre os pés direitos, e o telhado, com maior inclinação, apresentam maior resistência ao peso da neve”. De acordo com o executivo, estes materiais são benéficos também no verão por reduzirem os efeitos do calor. “Porém, na essência, eles são utilizados para controlar o frio”, alerta.  Quanto ao processo de aquecimento em si, Brandalize aponta como principal diferença o combustível utilizado. “Enquanto os americanos utilizam gás ou petróleo, no Brasil são usados fornos de aquecimento à base de lenha na grande maioria das regiões”.  (Fonte: Revista AviSite)

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SERVIÇOS, COMÉRCIO e VAREJO


São Paulo / SP

De camisinha a maquiagem: empresa se especializa em atender alérgicos

Com a chegada da primavera, vêm também as alergias sazonais, típicas da época. Pessoas sensíveis ao pólen sofrem com tosse, espirros e outros sintomas. Assim, pensando no público que tem alergias sazonais e perenes (que duram o ano todo), as irmãs Sarah e Julinha Lazaretti investiram na segmentação de mercado e criaram a Alergoshop, loja especializada em produtos livres de componentes alergênicos que completa 20 anos. Em 1993, Sarah sofria com a dificuldade para encontrar produtos que amenizassem os problemas respiratórios, dermatite atópica e alergias da filha. A alternativa era trazê-los de fora. A conta, é claro, ficava alta com a importação. A enfermeira obstetra percebeu uma oportunidade de negócio e decidiu aventurar-se em uma área desconhecida – o campo dos negócios. Hoje a empresária tem três lojas, faz vendas pela internet e desde o ano passado oferece a opção de franquia (uma loja já foi aberta). De acordo com a sócia e diretora da empresa, Julinha Lazaretti, a linha Total Care, desenvolvida pela própria Alergoshop, composta por produtos para o cabelo, desodorantes e hidratantes corporais, é livre de 105 compostos químicos e de origem animal. A empresária conta que para desenvolver este segmento, foram necessários 
quatro anos de pesquisas feitas com a ajuda de alergologistas, farmacêuticos e cosmetólogos.

Por ser uma loja segmentada, foi preciso, com o passar do tempo, investir no aumento de produtos. Na loja, são vendidos preservativos sem látex, coletores menstruais, capas antiácaro, aparelhos de tratamento do ar (umidificadores, purificadores e desumificadores), máscaras para limpeza, por exemplo. Além desses produtos, a empresa conta com uma linha própria, composta por semijoias, maquiagens, cosméticos, esmaltes, perfumes, acaricida, produtos de limpeza, protetor solar, roupas biofuncionais (vendidas somente nas lojas de São Paulo) e outros itens. Para fabricar esses produtos exclusivos, a Alergoshop desenvolve a fórmula e manda para uma fábrica terceirizada, já que a empresa não tem uma linha de produção.

Irmãs Sarah e Julinha Lazaretti
Vendas - De acordo com Sarah Lazaretti os produtos mais vendidos são as capas antiácaro para colchão e travesseiro, cosméticos, os espaçadores (que melhoram a absorção de medicamentos em aerossol para asma) e acaricidas. Sarah diz que a sazonalidade não tem tanta representatividade, mas que nos meses mais frios, de março a setembro, crescem os problemas respiratórios. Depois, no verão, os problemas de pele se agravam. Assim, alguns clientes necessitam comprar alguns produtos específicos. O investimento no site também tem crescido. Segundo Sarah, as compras online correspondem a 20% das vendas no mês. Na Alergoshop, “os clientes têm de 25 a 50 anos. Quem compra mais geralmente são as mães, que levam produtos pra elas mesmas e para os filhos”, conta a idealizadora. O público-alvo são as classes A e B.

Franquias - Para abrir uma franquia no modelo quiosque, o investimento inicial total é de R$ 113 mil; a taxa de franquia tem o valor de R$ 30 mil; o capital de giro é de R$ 25 mil; a média mensal de faturamento é de R$ 30 mil e a previsão de retorno é de 23 meses. Já para abrir uma loja, o investimento inicial total é de R$ 181 mil; a taxa de franquia custa R$ 40 mil; o capital de giro é de R$ 30 mil; a média mensal de faturamento é de R$ 45 mil a R$ 65 mil e a previsão de retorno é de 36 meses. Em ambos os investimentos, os royalties são de 14% sobre as compras e a taxa de propaganda é de 5% sobre as compras. (Fonte:  IG São Paulo)


Da redação - São Paulo / SP

Rede de franquia trabalha com programa de encaminhamento profissional

A rede de educação Prepara Cursos + Aprenda Idiomas – líder no mercado de ensino profissionalizante – oferece em unidades de todo País o “Programa Mais Empregos”, um facilitador entre empresas que procuram mão de obra qualificada e candidatos que buscam uma colocação no mercado de trabalho. A iniciativa privada e de autoria da rede Prepara Cursos Profissionalizantes é destinada tanto aos seus estudantes como para demais interessados. Nas unidades Prepara Cursos há uma base de currículos já cadastradas de alunos ativos que estão fazendo curso e desejam uma colocação no mercado.
Com os currículos disponíveis nos sistemas de cada franquia, as empresas anunciam suas vagas nos murais das unidades e site do programa sem custo algum. Com isso, os alunos têm total acesso aos processos seletivos e a empresa conveniada ao programa ainda pode utilizar a infraestrutura das escolas para realização de entrevistas e contratações. De acordo com Camilo Carvalho, Diretor de Marketing do Grupo, essa oportunidade de ingressar no mercado de trabalho também é estendida àqueles que não estudam na Prepara. “Abrimos as portas de nossas escolas para que outras pessoas tenham acesso às vagas disponíveis em nossa rede e, havendo interesse em alguma, agendamos a entrevista junto à empresa anunciante. No contato com o candidato diagnosticamos seu nível de qualificação, e se seu perfil estiver abaixo do exigido pelo mercado, ofertamos uma bolsa de descontos para estudar na Prepara”. Outro destaque do “Programa Mais Empregos” é o serviço de orientação profissional, onde todos os candidatos têm direito a uma avaliação gratuita para conhecer melhor seu perfil profissional e então escolher a carreira adequada com o auxílio da rede e seus profissionais. O Grupo Prepara oferece 70 cursos profissionalizantes divididos em áreas como saúde, tecnologia, informática e indústria, e possui mais de 600 unidades em todo Brasil.  (Fonte: Lucky Assessoria)


Da redação - Porto Alegre / RS

Imóveis Crédito Real oferece tablet em negociações iniciadas no 7º Salão do Imóvel RS

A Imóveis Crédito Real preparou uma ação inédita para o 7º Salão do Imóvel RS. A empresa terá oferta de 9 mil imóveis para comercialização durante o evento, o que significa um VGV de R$ 30 milhões. De 24 a 27 de outubro, no Bourbon Shopping Wallig, todas as pessoas que fizerem cadastro de compra ou locação e fecharem negócio até 27 de fevereiro de 2014 ganham um tablet. Já as negociações para administração de condomínios, nas mesmas condições, darão direito a um mês de isenção de taxa de administração.
No estande da Imóveis Crédito Real os visitantes encontram opções de imóveis na planta, novos e usados, casa, terrenos e salas comerciais, além da expertise da administração de condomínios. O 7º Salão do Imóvel RS é um dos três principais do Brasil, e acontece no 4º piso, estacionamento ao lado da Praça de Alimentação do Bourbon Shopping Wallig.
No ano em que comemora 80 anos a Imóveis Crédito Real lançou sua nova marca. Incorporando a palavra ‘Imóveis’ ao nome, apresentando uma nova logotipia  e inaugurando a nova sede na Av. Carlos Gomes. Sob o tema Resolve Mais, a Imóveis Crédito Real atende em seis postos nos principais bairros da cidade: Centro, Auxiliadora, Tristeza, Rio Branco, Moinhos de Vento e Floresta.  (Fonte: Fabulosa Ideia Assessoria)

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COMÉRCIO EXTERIOR



Da redação  - São Paulo / SP

Rússia e Ucrânia estabelecem parceria no mercado agropecuário 

Os departamentos de agricultura e pecuária da Rússia e da Ucrânia pretendem fortalecer os acordos comerciais bilaterais entre os dois países. A decisão abrange cereais, vegetais e as medidas veterinárias e fitosanitárias de segurança alimentar, segundo notícia original divulgada pelo The Poultry Science. O Ministro da Ucrânia, Mykola Prysiazhnyuk afirmou que ambos os lados estão procurando aumentar as exportações e esse é um passo importante para as duas nações. Segundo ele, os vizinhos Ucrânia e Rússia vão continuar a trabalhar em acordos para o setor agrícola, como estabelecido em acordos anteriores. “Em particular, discutimos a cooperação em grãos e em segurança veterinária e fitossanitária no comércio de alimentos”. Nos primeiros oito meses de 2013, um total de US $ 1,2 bilhões em produtos agropecuários foi exportado pela Ucrânia para a Rússia. Um acordo preliminar foi enviado ao Comitê de Cooperação Econômica da União Europeia como forma de garantir a consolidação da parceria. 

Segundo previsões do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), a Ucrânia, historicamente conhecida como “O celeiro da Europa”, deve produzir 29 milhões de toneladas de milho e consumir 9,1 milhões em 2013. Já a Rússia vem trabalhando há tempos para diminuir sua dependência da importância de carnes e precisa de matéria-prima para isso. O USDA estima que, para 2014, a produção russa de carne de frango registre expansão de mais de 16% sobre o ano anterior.

Produção de ovos cresce na Ucrânia - A Ucrânia apresenta um crescimento expressivo na produção de ovos, segundo o Ministro de Políticas agrícolas e alimentos, Mykola Prysiazhniuk. “Também estamos presenciando um aumento da demanda no país e um incremento nas exportações. Já estabelecemos contatos para o fornecimento de ovos em cerca de 20 países”, acrescentou o dirigente segundo nota divulgada pelo World Poultry . A produção de ovos na Ucrânia tem crescido tanto na avicultura industrial (5.2%) como na avicultura familiar (2.4). "Isso mostra que é rentável para os pequenos agricultores investir no setor de agropecuária e que o governo está tentando incentivar isso em todas as formas possíveis", disse Prysiazhniuk, confiante de que o volume de produção de ovos poderá crescer em um futuro próximo.

Segundo dados de analistas internacionais, o crescimento da produção de ovos na Ucrânia entre 2000 e 2010 é de 96%. (Fonte: AviSite)



Da redação - Brasília / DF

Exportações brasileiras de carnes de frango salgadas sobem em setembro

De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações brasileiras de carnes de frango salgadas, em setembro passado, alcançaram um volume de 11,315 mil toneladas. O resultado representa um acréscimo de 14,6% sobre o mesmo mês de 2012. No entanto, os embarques dos últimos 12 meses registram queda de 4,36%, ou seja, 176,033 toneladas versus 184,065 toneladas de outubro a setembro de 2012/13 - 2011/12 respectivamente. Veja a tabela elaborada pela Jox Assessoria Agropecuária.

Exportações Brasileiras de Carnes de Frango Salgadas (toneladas)
Mês             2011/2012      2012/2013
               (a)                 (b)         (a=100)

Outubro        20.510      19.201   93,6
Novembro     19.922      17.287   86,8
Dezembro     15.028      11.764   78,3
Janeiro        19.800      17.327   87,5
Fevereiro      11.540      14.984      129,8
Março        10.182        9.538 93,7
Abril        18.810      18.976      100,9
Maio        19.878      17.954 90,3
Junho          4.574        5.361      117,2
Julho        17.434     16.289 93,4
Agosto        16.517     16.037 97,1
Setembro        9.870     11.315      114,6
Totais      184.065   176.033  95,6
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Secex)

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TI, WEB e e-COMMERCE

Da redação - São Paulo / SP

Confira 3 regras para aumentar a performance dos serviços em nuvem

A computação em nuvem e o alto desempenho deveriam andar de mãos dadas. No entanto, tenho visto muitas implementações de nuvem com os principais problemas de desempenho. Essas questões poderiam ser facilmente evitadas com uma boa dose de planejamento. O que acontece, via de regra, é que as empresas que adotam sistemas baseados na nuvem não pensam muito sobre desempenho. Geralmente estão mais ocupadas com outros aspectos e benefícios da nuvem, como provisionamento e elasticidade. Para obter o melhor desempenho, as empresas que se deslocam para as plataformas de 
computação em nuvem - pública ou privada - devem considerar estas três regras.

Regra 1: A rede deve ser capaz de manter o desempenho da nuvem - As empresas que movem aplicações e dados para a nuvem, ou que constroem novos sistemas em plataformas baseadas em nuvem, muitas vezes não consideram a infraestrutura de rede. Ao confiar nos sistemas que estão ligados através da rede, a rede é tudo. Redes lentas significam sistemas lentos e um desempenho ruim.

Regra 2: Aplicativos não otimizados para plataformas baseadas em cloud raramente têm bom desempenho - Muitas empresas e profissionais de TI acreditam que podem pegarum aplicativo desenvolvido para rodar em uma plataforma local tradicional e colocá-lo em uma nuvem pública, sem uma quantidade significativa de redesign, e tudo vai acabar bem. Mas como podem os aplicativos não otimizados para plataformas baseadas em nuvem serem executados minimamente bem nelas? Os resultados, quase sempre, são maiores custos operacionais e desempenho inferior.

Regra 3: Considere os dados - A maneira pela qual os dados são ligados à aplicação é muito importante para o desempenho na computação de nuvem. Dados que estão intimamente ligados ao aplicativo podem não ser capazes de tirar proveito de muitos recursos para melhorar o desempenho de nuvens públicas. Você deve colocar os dados em seu próprio domínio para fornecer alternativas para um desempenho melhor, bem como a oportunidade de reduzir os custos.

Essas três regras não são complexas ou esgotam o assunto. Os conceitos são baseados nos princípios mais antigos. Em outras palavras, quanto mais as coisas mudam, mais elas permanecem as mesmas.  (Fonte: INFOWORLD/EUA)


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TELECOM


Da redação - Brasília / DF

Mudam regras de regime especial de tributação para banda larga

Uma portaria do Ministério das Comunicações (MiniCom), publicada nesta quinta-feira (17/10) no Diário Oficial da União, simplifica o envio e a análise de projetos submetidos ao Regime Especial de Tributação do PNBL (REPNBL). O documento também altera os percentuais previstos nos projetos para construção de redes de telecomunicações e acrescenta outros quatro equipamentos que poderão receber incentivo fiscal. O diretor de Indústria, Ciência e Tecnologia do MiniCom, José Gontijo, acredita que as mudanças vão resultar em um aumento expressivo no volume de investimentos em redes de telecomunicações. Ele exemplifica que apenas uma empresa revelou que, em razão das alterações, deve submeter mais mil projetos ao REPNBL.
Pelo Regime Especial de Tributação do PNBL, as empresas que tiverem os projetos para construção de redes aprovados pelo MiniCom e, em seguida, forem habilitadas pela Receita Federal, recebem desoneração de impostos federais sobre máquinas, equipamentos, material de construção e mão de obra usados na execução dos projetos. O objetivo é modernizar as redes de telecomunicações do país, diminuir as desigualdades de acesso em diferentes regiões e massificar o serviço.

Mudanças - Uma das alterações da Portaria nº 303 é a que simplifica o encaminhamento dos projetos ao Ministério das Comunicações. A medida extingue qualquer comunicação por meio de papel e deixa de exigir reconhecimento de firmas e autenticação de documentos. Com isso, o processo passa a ser feito exclusivamente por meio de mensagens eletrônicas. A nova norma também altera os percentuais mínimos estabelecidos para  equipamentos e  componentes de redes com PPB e  tecnologia nacional. Eles são usados na construção de redes de acesso óptico, de transporte óptico, de transporte sem fio, de acesso metálico e de acesso móvel. Gontijo explica que essa mudança se tornou necessária em razão de fatores que surgiram ao longo desses sete meses que a portaria está em vigor. “Construímos esses percentuais com base em informações adquiridas junto ao Setor, mas, na hora em que foram sendo submetidos projetos concretos, verificou-se na execução dos projetos que os percentuais estabelecidos precisavam de adequação. Essa alteração vai ampliar o volume de investimentos.” Até o momento, foram apresentados cerca de 600 projetos ao REPNBL, que abrangem um total de 1,4 mil subprojetos (tipos de rede) e representam investimentos da ordem R$ 13 bilhões. Com as alterações promovidas por essa portaria, o Ministério das Comunicações espera ampliar de forma significativa o número de projetos apresentados e recursos investidos em redes de telecom até junho de 2014, prazo final do regime especial.  (Fonte: Agência MiniCom)

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ENERGIA


São Paulo / SP

A nova geopolítica energética mundial

Desde o dia em que a Petrobrás anunciou que o campo de Tupi (hoje, Lula) tinha reservas recuperáveis de 5 bilhões a 8 bilhões de barris de óleo em novembro de 2007, uma nova geopolítica do petróleo foi desenhada. Nesse meio tempo, o gás natural ganhou status de fonte energética do futuro e ajudou os Estados Unidos a reduzirem sua dependência dos países do Oriente Médio. Ao mesmo tempo, o mundo viu a China emergir como a maior importadora de petróleo do planeta, ultrapassando os EUA. Isso explica a recente aproximação dos governos do Brasil e da China no setor de energia.
O advento de novas técnicas de exploração tornou viável o aproveitamento das reservas de petróleo e gás não convencional nos EUA. Desde 2007, a importação americana de petróleo caiu 22,37%, para 10,58 milhões de barris diários em 2012, segundo a petrolífera BP. Isto também ajudou a brecar o declínio na produção americana de óleo, que estava em queda desde 1984. De 2007 a 2012, a produção dos EUA cresceu 29,7%, para 8,90 milhões de barris por dia.

A exploração dos recursos não convencionais também derrubou o preço do gás negociado nos EUA e o descolou da trajetória de preços do petróleo. O Henry Hub, preço do mercado à vista americano, passou de US$ 8,86 por milhão de BTU ( BTU, British Termal Unit, corresponde a 252,2 calorias e é medida usada internacionalmente) para US$ 2,7 por milhão de BTU entre 2008 e 2012, uma queda de 69,5%. Isto tem permitido uma recuperação da atividade industrial americana, atraindo fábricas para o país. “Se a tecnologia dos EUA para a exploração dos recursos não convencionais for viável em escala global, isso cria uma pressão sobre o preço do petróleo no médio e longo prazos”, disse o coordenador do Grupo de Economia de Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GEE/UFRJ), Edmar de Almeida. Os EUA já projetam passar de importadores a exportadores de gás em 2020.

Segundo o especialista em exploração da ZAG Consultoria, Pedro Zalán, importantes descobertas de gás foram feitas em Moçambique, Tanzânia e no Mediterrâneo, próximo a Israel. Isto reforçou o papel do gás como potencial substituto do petróleo. “O gás, entre 30 e 40 anos, será um grande competidor do petróleo, porque é um recurso muito mais abundante e limpo”, disse. Para Almeida, a menor dependência externa reduzirá a liderança energética dos EUA, que atua como uma espécie de “polícia” do mercado para evitar oscilações drásticas no preço do petróleo. Este movimento marca, ao mesmo tempo, a ascensão da China como ator relevante na nova geopolítica energética. O governo americano prevê que a China se torne este mês a maior importadora de petróleo do mundo, fato que aumenta o poder de influência das estatais chinesas e justifica o interesse em projetos como Libra. Novamente, os recursos não convencionais podem ter impacto decisivo no futuro da China. O EIA estima que o território chinês seja o palco da maior reserva global de óleo e gás não convencional, o que poderia reduzir a dependência externa chinesa. Contudo, especialistas têm dúvidas se a experiência americana poderá ser repetida em outros países e se essa exploração é economicamente viável no longo prazo.

As reservas - Outra mudança significativa na geopolítica do petróleo foi a ascensão da Venezuela ao topo no ranking das reservas mundiais, superando a Arábia Saudita. Em 2007, o país era apenas o sexto colocado, com reservas de 99,4 bilhões de barris. Em 2012, a Venezuela já contabilizava 297,6 bilhões de barris de óleo, superando também o Canadá, que caiu de segundo para terceiro lugar. Em contrapartida, Zalán diz que o Canadá vem se consolidando como o grande fornecedor de petróleo dos EUA, tomando um papel que pertencia à Venezuela até a ascensão do Chavismo. 
(Agência Estado)

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AGENDA i-press.biz

Da redação - Rio de Janeiro / RJ

Riocentro recebe maior evento de telecomunicação e Tecnologia da Informação da América Latina

De hoje, dia 21/10, até quinta, dia 24/10, o Riocentro será palco do maior evento de telecomunicações e TI da América Latina, o Futurecom, realizado pelo segundo ano consecutivo no centro de convenções. São esperados 12 mil participantes de 48 diferentes países, dentre eles mais de 250 palestrantes e 3.500 congressistas nos 21 mil m² de evento.
O encontro chega à 15ª edição e terá como foco o Brasil. São esperados operadoras de telecomunicações brasileiras, latino-americanas, o Ministério das Comunicações, CIOs (Chief Information Officers, em inglês, que representam os diretores e/ou superintendentes de Tecnologia da Informação das empresas), clientes corporativos, desenvolvedores e engenheiros do setor. Além da programação de palestras, os profissionais vão poder visitar os estandes das mais de 300 empresas expositoras.

Espaço Inovação FUTURECOM - Durante o evento, serão apresentadas dez soluções inovadoras (hardware, software ou serviço) desenvolvidas por empresas incubadas, startups e de micro e pequeno portes, que estimam faturar R$ 7 milhões em 2013. Os produtos dos participantes da quarta edição do Espaço Inovação FUTURECOM são aplicáveis a empresas do setor de telecomunicações (telefonia fixa e móvel, TV, rádio, internet, etc).  (Fonte: FSB Comunicações)


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