Edição 950 | Ano V

Nova Iorque / EUA

Volatilidade da América Latina assusta empresas globais

O errático desempenho dos mercados latino-americanos nos últimos meses está levando alguns bancos globais a se afastarem de regiões voláteis. Mas, para executivos de bancos de investimento instalados aqui, seu mercado doméstico está em crescimento. Os bancos latino-americanos estão ávidos por ocupar o espaço vazio. Roberto Sallouti, diretor de operações do BTG Pactual, disse que a tendência atual é semelhante à da crise financeira 2008/09, quando muitos bancos globais se afastaram da América Latina, deixando espaço para o crescimento de empresas locais. Embora as economias latino-americanas não estejam tão robustas quanto já foram, a região gerou mais de US$ 1,6 bilhão em tarifas a bancos de investimentos no ano passado, segundo a consultoria de investimentos bancários Freeman Consulting Services, de Nova York. A desvalorização das moedas locais em relação ao dólar barateou os investimentos estrangeiros na região, que é rica em recursos naturais e tem uma classe média crescente. Alguns anos atrás, os bancos americanos e europeus ocidentais dominavam as taxas de administração dos investimentos, arrematando 74% a 79% do mercado entre 2002 e 2006, segundo a Freeman Consulting. 

Em 2007, sua participação caiu para 66% e, no ano passado, ficou em 60%. Muitas empresas ainda preferem bancos globais. Os bancos brasileiros de investimentos vêm tentando reverter isso abrindo filiais em Londres, Nova York e várias capitais asiáticas. Mas a sua rede fora da América Latina ainda "não se compara" à dos bancos globais, segundo André Riva Gargiulo, analista do setor bancário brasileiro na filial paulistana do Grupo Bursátil Mexicano. Por isso, muitas empresas preferem um banco global como principais operadores de ofertas maiores, mas recorrem aos bancos locais em transações voltadas para investidores da própria América Latina, segundo ele.

Apesar dessa desvantagem, dois bancos -Itaú BBA e BTG Pactual- estão fazendo incursões no sentido de deslocar os bancos globais na concorrência por transações acionárias, consultorias para fusões ou ofertas de títulos. Desde o começo do ano, o BTG Pactual tem a maior participação nas ofertas do mercado de ações na América Latina, com US$ 2,96 bilhões, seguido de perto pelo Credit Suisse, com US$ 2,91 bilhões, e pelo Itaú BBA, com US$ 2,89 bilhões, segundo dados da Dealogic. O BTG Pactual e o Itaú BBA estão, cada vez mais, conquistando clientes em outros países. A participação dos bancos brasileiros de investimento nas tarifas arrecadadas no Chile por causa de emissões de ações e títulos subiu de zero em 2009 para 24% neste ano, segundo a Freeman. Na Colômbia, a participação dos brasileiros subiu de zero para 10% no mesmo período.

Esse negócio internacional está indo quase que integralmente para o BTG Pactual e o Itaú BBA. O BTG Pactual está crescendo por meio de aquisições. No ano passado, o banco gastou US$ 600 milhões para adquirir o Celfin Capital, banco chileno de investimento que atua no Peru e na Colômbia. Desde 2012, o Itaú BBA e o BTG atraíram importantes executivos latino-americanos do setor de investimentos que antes estavam em empresas como Morgan Stanley e Merrill Lynch. Embora o Brasil tenha a maior economia latino-americana, ela cresceu apenas 0,9% no ano passado. Já as economias do Chile, Colômbia e Peru têm projeção de crescimento superior a 4% neste ano. Sallouti disse que a expansão na região era "uma tendência inevitável". Mas ele acrescentou que a América Latina, cujos governos costumam proteger os mercados locais, ainda tem um longo caminho a percorrer até alcançar um sistema financeiro unificado.  (Fonte: The News York Times)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP

IPC-S fica em 0,38% na 1ª quadrissemana do mês

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,38% na primeira quadrissemana de outubro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), hoje, dia 8/10,. O resultado ficou 0,08 ponto porcentual acima do registrado na leitura imediatamente anterior, quando o indicador apresentou variação de 0,30%. Das oito classes de despesas analisadas, quatro apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (0,14% para 0,41%), Vestuário (0,86% para 1,05%), Habitação (0,51% para 0,54%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,43% para 0,44%). Apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Despesas Diversas (0,09% para 0,04%) e Comunicação (0,20% para 0,19%). Já os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,11%) e Transportes (0,07%) repetiram as taxas de variação verificadas na última leitura. 
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)



Da redação - São Paulo / SP

IGP-DI acelera em setembro e fica em 1,36%

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,36% em setembro, após avançar 0,46% em agosto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), hoje, dia 8/10. Com o resultado do mês passado, o IGP-DI acumula altas de 3,86% no ano e de 4,47% nos últimos 12 meses. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas do mercado 
financeiro e abaixo da mediana calculada. De acordo com previsões de 33 instituições ouvidas pela AE Projeções, as expectativas eram de 1,31% a 1,72%, com mediana de 1,47%. A FGV informou os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, ficou em 1,90% no mês passado, após avançar 0,58% em agosto. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, cresceu 0,30% em setembro, em comparação com alta de 0,20% em agosto. Já o INCC-DI, que mede o impacto de preços na construção, subiu 0,43% no mês passado, em comparação à alta de 0,31% em agosto.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


Da redação - São Paulo / SP

Preços agrícolas sobem 2,04% em setembro

Os preços dos produtos agrícolas atacadistas subiram 2,04% no mês passado, após alta de 0,36% em agosto, informou hoje, dia 8/10, a Fundação Getulio Vargas (FGV). A inflação industrial atacadista foi positiva. Os preços dos produtos industriais no atacado registraram alta de 1,85% no mês passado, em comparação à alta de 0,67% em agosto. Dentro do Índice de Preços por 
Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 0,42% em setembro, após alta de 0,03% em agosto. Os preços dos bens intermediários subiram 2,01% em setemro, em comparação à alta de 1,01% em agosto. Os preços das matérias-primas brutas registraram alta de 
3,55% no mês passado, em comparação à alta de 0,74% em agosto.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE na Europa:

Crise nos EUA ainda pressiona bolsas europeias

As bolsas europeias recuam mais uma vez diante dos temores com o impasse político nos Estados Unidos, que leva o governo norte-americano ao oitavo dia de paralisação e pode resultar em um calote da maior economia do mundo. No dia 17 deste mês acabam as medidas extraordinárias do Tesouro dos EUA para manter o país pagando suas dívidas. Até lá, republicanos e democratas devem chegar a um acordo sobre o programa de cortes de gastos, principalmente sobre a lei da reforma da saúde, apelidada de Obamacare. "Ninguém seriamente duvida de que os EUA pagarão suas dívidas. No entanto, com poucos sinais de progresso em uma decisão sobre o teto da dívida, é válido considerar o risco de um calote técnico devido ao não pagamento dos juros", disse a equipe de análise do UBS.

Também contribui para o sentimento negativo a queda nas encomendas à indústria na Alemanha, de 0,3% em agosto, na comparação com o mês passado, segundo informou o Ministério da Economia. Analistas consultados pela Dow Jones projetavam uma alta de 1,1%.
Entre outros indicadores divulgados na Europa nos pregões de hoje, dia 8/10, a produção industrial da Espanha caiu 4,0% em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já a França revelou um déficit comercial de 4,91 bilhões de euros em agosto, menor do que os 5,08 bilhões de euros de julho, e a Alemanha anunciou um superávit comercial de 15,6 bilhões de euros em agosto, acima de 15,0 bilhões de euros em julho.
Os investidores também deverão ficar atentos para o pronunciamento do ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, no final da manhã desta segunda-feira, 8. Pouco depois, às 12h45, Jens Weidmann, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), também discursará.

O mercado também avalia o fim de um feriado prolongado na China. O índice de atividade dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços chinês, medido pelo HSBC, recuou para 52,4 em setembro, de 52,8 em agosto. Acima de 50, a leitura indica expansão da atividade em relação ao mês anterior. "O crescimento do setor de serviços da China parece estar se estabilizando em um ritmo mais rápido do que no segundo trimestre", avaliou Qu Hongbin, economista-chefe do HSBC na China. Nesta manhã, as ações de mineradoras se destacam na ponta negativa da Bolsa de Londres. Às 7h45 (de Brasília), Rio Tinto caía 1,47%, BHP Billiton recuava 1,94% e Anglo American perdia 1,25%. Também no pregão londrino, as ações da varejista Marks & Spencer perdiam 1,73% diante de sinais de vendas mais fracas do setor em setembro. O Consórcio Britânico de Varejo revelou que as vendas totais do varejo cresceram 2,4% no mês passado, na comparação anual, contra as altas de 3,6% em agosto e de 3,9% em julho.

Já os papéis da Alcatel-Lucent chamam atenção na Bolsa de Paris com uma alta de 1,45% depois de a empresa confirmar os planos de cortar 10 mil postos de trabalho. A companhia planeja reconduzir suas operações para uma empresa de menor porte e focar em produtos com maiores taxas de crescimento, como na fabricação de roteadores de internet.
Às 7h45 (pelo horário de Brasília), todos os principais mercados europeus operavam em queda: Frankfurt caía 0,07%, Paris recuava 0,32%, Londres perdia 0,70%, Madri declinava 0,44%, e Milão cedia 0,02%. Lisboa destoava do mercado e subia 0,11%. 


HOJE na Ásia:

Ações asiáticas avançam, mas paralisação nos EUA impõe cautela

As ações asiáticas fecharam em alta nos pregões de hoje, dia 8/10, com dados mostrando que a indústria de serviços da China continuou a crescer, aliviando o nervosismo estimulado por temores de default da dívida dos Estados Unidos num momento em que a paralisação do governo norte-americano entra na segunda semana.
O índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão reverteu as perdas iniciais, e às 7h33 (horário de Brasília), avançava 0,55 por cento. O índice chinês CSI300 fechou em alta de 1,36 por cento, no primeiro pregão após feriado público de uma semana.
O aumento na confiança graças ao resultado do Índice dos Gerentes de Compras (PMI) do Markit/HSBC de serviços para a China também ajudou o dólar a sair de perto da mínima de oito meses frente a uma cesta de moedas.
Alguns sinais de esperança vieram à tona em Washington na segunda-feira em relação ao impasse fiscal dos EUA. O presidente do país, Barack Obama, disse que irá aceitar um aumento de curto prazo no limite de empréstimo do país a fim de evitar uma crise.
Mas nada parecido com um avanço real estava em vista antes do prazo de 17 de outubro para elevar o teto da dívida norte-americana. Se isso não ocorrer, a maior economia do mundo pode entrar em default.
O índice japonês Nikkei avançou 0,30 por cento, depois de ter atingido mínima em cinco semanas mais cedo no pregão, embora sua medida de volatilidade tenha subido 0,5 por cento como uma indicação de que investidores não estavam totalmente desprevenidos acerca da situação fiscal nos EUA.


ONTEM no Brasil:

Ibovespa recua pressionado por Vale e OGX

O principal índice da Bovespa fechou em queda no pregão de ontem, dia 7/10, pressionado pela ação preferencial da Vale e pela petroleira OGX e seguindo o tom negativo das bolsas americanas, diante da falta de acordo orçamentário nos Estados Unidos.

- O Ibovespa recuou 0,82%, aos 52.417 pontos. 
- O giro financeiro do pregão foi de R$ 4,8 bilhões, abaixo da média do ano, refletindo a resistência dos investidores em assumir posições mais sólidas.

Análise - O volume negociado na Bovespa tem sido reduzido em outubro, não tendo passado de pouco mais de R$ 5 bilhões por dia, com investidores contendo apostas frente à indefinição sobre o impasse político nos EUA. Em meio aos debates para tirar o governo americano de sua primeira paralisação em 17 anos, que entrou em sua segunda semana, o Congresso americano tem até 17 de outubro para aumentar o limite de empréstimos do país ou abrir caminho para um default. Boehner disse no domingo que os republicanos não concordam "de jeito nenhum" com uma medida para elevar o teto da dívida do país sem impor condições para conter o déficit. No front corporativo, a ação preferencial da mineradora Vale, que recuou 1,6%, foi uma das maiores responsáveis por pressionar o Ibovespa. Contudo, foi a petroleira OGX (-13,04%), controlada pelo empresário Eike Batista, que registrou a maior perda do índice, novamente afetada por especulações de que se prepara para entrar com pedido de recuperação judicial em breve. Além disso, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) rejeitou pedido para que a companhia mantenha três campos de petróleo onde investimentos foram suspensos. A mineradora MMX (-9,02%) e a empresa de logística LLX (-7,27%) seguiram a OGX e também recuaram expressivamente. A ação da Telefônica Brasil (-2,07%) também foi destaque de queda, após analistas do Credit Suisse reduzirem a recomendação para os papéis de "overweight" (desempenho acima da média) para "neutral" (em linha com a média) e cortarem o preço-alvo da ação de R$ 59 reais para R$ 51 reais. Na ponta positiva, o papel preferencial da siderúrgica Usiminas (+3,02%) teve a maior alta do dia. Nesta segunda, o Goldman Sachs reiterou recomendação de compra para a empresa. "Vemos uma crescente valorização para as ações da Usiminas no curto prazo, por acreditarmos que os resultados no terceiro trimestre podem surpreender o mercado positivamente, levantando o potencial das estimativas para 2014", afirmaram analistas em relatório.

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INDÚSTRIA

São Paulo / SP

Nestle e Unilever serão investigadas por suspeita de infração em mercado de sorvetes

As multinacionais Nestlé e Unilever serão investigadas pela superintendência-geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) por suspeita de infração contra a ordem econômica em ações de merchandising no país. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União ontem, dia 7/10. O órgão instaurou processo administrativo diante da denúncia apresentada em 2006 pela fabricante de sorvetes Della Vita Grande Rio Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios. As acusações referem-se à marca Kibon, da Unilever, e à Sorvetes Nestlé. As duas companhias têm 30 dias para apresentar sua defesa. Segundo a superintendência-geral do Cade, as empresas serão investigadas por exercer posição dominante de mercado de forma abusiva, prejudicar a livre concorrência, limitar o acesso de novas empresas ao mercado, impedir o acesso de concorrentes às fontes de matérias-primas, equipamentos e canais de distribuição, impor condições de comercialização a distribuidores e varejistas, entre outras infrações. Procurada, a Unilever informou, por meio de nota, que está "totalmente comprometida com a legislação aplicável" e que faz parte da política da empresa "a cooperação integral com as autoridades antitruste competentes". Em nota, a Nestlé afirmou que "tem como política o total respeito às leis reguladoras do mercado e reafirma seu compromisso de colaborar com a apuração dos fatos pelas autoridades competentes". A empresa afirmou, ainda, que não comenta "assuntos que estão em andamento na esfera administrativa".  (Agência Folha)


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AGROBUSINESS



Da redação - São Paulo / SP

Frango vivo e abatido: evolução relativa de preços no ano 

Graças à forte reação iniciada poucos dias antes do final do primeiro semestre, o frango vivo registra no momento (e há quase um mês) o mesmo preço alcançado no início de 2013 – R$3,00/kg, valor nominal máximo já registrado pelo produto, mas atingido pela primeira vez em 13 de dezembro de 2012 (portanto, há quase 10 meses) e mantido, anteriormente, apenas pelos primeiros 10 dias do corrente exercício. O frango abatido ainda não chegou lá. Após abrir o ano com um valor médio (R$3,97/kg) superior ao alcançado entre o Natal e o Ano Novo passados, viu essa valorização durar apenas um dia. Pois, a exemplo do ocorrido com a ave viva, seus preços logo despencaram. Mas, ao contrário do frango vivo, até agora o abatido não conseguiu voltar ao resultado dos primeiros dias do ano e seu valor máximo desde então (média de R$3,82/kg,atingida ontem, 7) corresponde a 96,22% do primeiro preço de 2013. Isso significa, então, que o frango vivo vem apresentando desempenho melhor que o do frango abatido? De forma alguma: a evolução de preços de ambos vem sendo absolutamente similar. A tal ponto que pode surpreender quem julga que o preço de um produto (o vivo, nas granjas do interior paulista) nada tem a ver com o do outro (o abatido, no atacado paulistano). Demonstrando: entre o início do ano e ontem, o frango vivo registrou preço médio próximo de R$2,43/kg – ou 80,99% do valor registrado na abertura do ano. De sua parte, o frango abatido registra, no mesmo espaço de tempo, preço médio pouco superior a R$3,18/kg – ou 80,24% do valor inicial de 2013. Como se verifica, o valor médio do frango vivo (80,99% do valor de abertura do ano) está menos de um ponto percentual acima do valor médio do frango abatido (80,24% do valor inicial de 2013). Ou, dito de outra forma, a diferença inicial do vivo para o abatido (de 32%) permanece praticamente inalterada (31%) quando a média dos dois produtos é considerada.  (Fonte: AviSite)




São Paulo / SP

Excesso de ovo  provoca queda no preço do produto no mercado paulista

O preço do ovo caiu nas últimas semanas. Os produtores de São Paulo consideram a variação típica da época do ano, provocada pelo aumento da oferta. Agora, eles esperam uma recuperação já que as indústrias de panificação começam a se preparar para o Natal. A cidade de Bastos, no interior de São Paulo, é conhecida como a terra do ovo. O município é responsável por 40% dos ovos produzidos no estado e por 20% de toda a produção brasileira.
Há 43 anos, a família do criador Sérgio Kakimoto escolheu a cidade para montar a granja que hoje tem um milhão de aves e produz cerca de 700 mil ovos por dia. O mês de setembro é sempre de sufoco. Em dias mais quentes, as galinhas produzem mais ovos, o que provocou excesso de produto no mercado e queda de 15% no valor de venda. "Nessa época do ano, quando os preços baixam muito, fica bem próximo do nosso custo de produção. Então nós descartamos parte das aves mais velhas do plantel. Com esse descarte que nós estamos fazendo, nós já vamos equilibrar nossa oferta. Então, com o aumento do consumo dos ovos para a fabricação de panificados para o final do ano, nós esperamos que os preços dos ovos venham a subir nos próximos 20 dias", diz Kakimoto. Embora o mês de setembro não seja tão favorável para os produtores de ovos, o consumo anda em tempos de alta. Se há dez anos cada brasileiro consumia uma média de 130 ovos por ano, hoje esse número subiu para 160. "Nos últimos tempos, nós percebemos que o consumidor descobriu um novo conceito para o ovo. É um alimento rico em proteína, faz bem para a saúde e pode ser consumido desde criança até o idoso e uma proteína de custo baixo", diz Jair da Silva, consultor em avicultura. 
(Fonte: Avicultura Industrial)



Da redação - São Paulo / SP

Projeto de reaproveitamento de efluentes de frigoríficos avícolas recebe prêmio internacional

O projeto Astax – Tecnologias Sustentáveis de Saneamento com Microalgas, desenvolvida pelos alunos Murilo Canova Zeschau, Ariel Rinnert, Lucas Marder e Juliana Pellizzaro, sob orientação do professor Marcio da Silva Tamanaha, do curso de Oceanografia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), foi o vencedor do Premio Iberoamericano a la Innovación y el Emprendimiento na 
categoria Projetos. A entrega será no dia 17 de outubro, no Panamá, durante a XXIII Cúpula Iberoamericana de Chefes de Estado e Governo. O estudo consiste no consiste no reaproveitamento dos efluentes de frigoríficos avícolas para a criação de microalgas que, depois de secas, são incorporadas na ração dos frangos. Esse processo traz benefícios para a criação aviária, uma vez que o composto diminui a mortalidade, aumenta a fertilidade do frango e melhora a qualidade e o aspecto da carne. A tecnologia proposta também traz benefícios para os consumidores porque a carne do frango passa a contar com um carotenóide que é um antioxidante natural. O projeto foi indicado ao prêmio por ter recentemente vencido o Prêmio Santander Universidades na categoria Biotecnologia e Saúde. Por esta premiação, o grupo receberá R$ 50 mil para financiamento da viabilização de seu projeto e mais uma bolsa de estudos na Babson College (Boston/USA). (Fonte: Assessoria de Imprensa da Univali)




Da redação - Porto Alegre / RS

Arroz em casca desvaloriza 2,36% e tendência é de preços estáveis

Desde o mais recente leilão, há três semanas, os preços do arroz em casca no Rio Grande do Sul enfraqueceram. Em setembro, segundo o indicador de preços do arroz em casca ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa, as cotações acumularam queda de 2,36%, para R$ 33,94 a saca de 50 quilos (58x10), à vista, colocada na indústria. Em dólar, pela cotação do último dia 30, uma saca equivalia a US$ 15,31. Nas duas últimas semanas viveu a expectativa de que um novo edital fosse lançado para leilão na próxima semana, mas a retração dos preços manteve o governo fora do mercado, obedecendo ao seu critério de ofertar estoques somente quando as cotações superarem os R$ 34,00. Na quarta-feira passada, o indicador CEPEA fechou em R$ 33,97, com mínima elevação positiva de 0,09%, mas com a saca cotada em US$ 15,46 em função da variação cambial. No mercado livre, a Zona Sul segue com médias mais altas em função de recente movimentação de compra de tradings que devem movimentar cerca de 35 mil toneladas para países da América do Sul e Caribe. Os incentivos que as indústrias gaúchas receberam para adquirir grão de produtores locais vêm fazendo efeito e segurando parcialmente as importações para este destino, todavia, o ingresso de cereal paraguaio pelo Paraná e do Mercosul, pelo Nordeste e Sudeste, registra aumento.

No mercado livre o arroz gaúcho varia entre R$ 33,00 e R$ 34,00, mas com oferta limitada pelo produtor e a indústria comprando apenas o indispensável, pois segue com dificuldade de repassar valores ao varejo e ao atacado. Em Santa Catarina, as cotações médias variam, dependendo da praça, entre R$ 31,00 (Jaraguá do Sul) e R$ 33,50 (Turvo). No Mato Grosso, as praças de Sinop e Sorriso operam com preços referenciais de R$ 46,00 para a saca de 60 quilos (55% acima). Para o Sul do Brasil, a esta altura do ano, uma recuperação mais importante de preços está associada a uma significativa evolução das exportações, o que dificilmente acontecerá face ao cenário internacional. Sendo assim, a expectativa é de que os preços se mantenham até o final do ano entre R$ 32,00 e R$ 35,00, com pequenas oscilações e dependentes do humor do mercado frente à balança comercial, as dimensões da próxima safra, a política cambial o fluxo de oferta dos produtores – demanda da indústria - e, principalmente, às intervenções do governo.

Safra  - A expectativa do setor produtivo, neste momento, está voltada à divulgação pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na próxima semana, do seu tradicional levantamento da safra de grãos. Espera-se que a empresa já divulgue uma primeira prévia da intenção de plantio no País. No Rio Grande do Sul, o Irga projeta um aumento de 2% na área e 5% em produção, por conta da boa recuperação das barragens de irrigação e a previsão de tempo quente e seco para o verão. Ainda assim, as chuvas dos últimos dias e as temperaturas amenas deste início de outubro estão atrasando a emergência do arroz em quase todas as regiões gaúchas, o que poderá alongar o ciclo da safra de 15 a 30 dias. A semeadura gaúcha deve avançar mais significativamente esta semana, em função de um clima mais estável, em que pese a previsão de uma primeira semana de outubro de noites frias e chuvas eventuais.

Em Santa Catarina, muitos municípios já concluíram o plantio. A área deverá permanecer estável em cerca de 155 mil hectares e a produção prevista fica em torno de 1,05 a 1,1 milhão de toneladas. O Mato Grosso recém está planejando a semeadura, que começa em novembro. No próximo sábado, no Parque de Exposições Zé Terra, do Sindicato Rural de Mostardas/RS, acontecerá 10ª Abertura Oficial do Plantio do Arroz, promoção da Federarroz e Associação de Arrozeiros de Mostardas e Tavares. O evento técnico terá palestras sobre sistemas alternativos de cultivo em várzea, irrigação e solos, além de uma palestra do secretário nacional de Política Agrícola, Neri Geller, sobre as expectativas e potencialidades do arroz gaúcho. À noite, um jantar baile reunirá a comunidade local e a cadeia produtiva para a escolha das soberanas da 24ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que acontecerá em fevereiro, em Mostardas.

Dívidas - Na última semana o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou um prazo até o dia 30 de novembro para que os bancos de fábrica, privados e cooperativos encaminhem as 
operações de equalização das dívidas referentes a investimentos junto ao BNDES. Como boa parte dos recursos deste tipo de financiamento foi liberada via linhas de crédito do BNDES, os bancos precisam equalizar as operações. Isso vale para aqueles casos de arrozeiros que conseguiram manifestar formalmente seu interesse no parcelamento oferecido pelo governo federal, que só os bancos públicos aderiram integralmente. Portanto, os produtores que encaminharam interesse, via carta padrão divulgada pelas entidades, têm ainda chance de obter o parcelamento. O setor arrozeiro e, principalmente, a Frente Parlamentar da Agricultura e setores do próprio governo pressionarão os bancos, por meio de suas entidades, por uma flexibilização.

Mercado - A Corretora Mercado, de Porto Alegre (RS), indica preço médio estável de R$ 33,70 para a saca de arroz em casca, de 50 quilos (58x10) à vista, no estado. A saca de 60 quilos do cereal tipo 1, beneficiado (branco) é cotada em R$ 67,00 (Sem ICMS – FOB/RS). Entre os subprodutos, o canjicão segue cotado a R$ 38,50 e a quirera teve leve valorização, para R$ 34,00 (alta de 50 centavos), ambos em sacos de 60 quilos FOB/RS. A tonelada do farelo de arroz também manteve os preços dos últimos 45 dias, em R$ 380,00 FOB/Arroio do Meio/RS.  (Fonte: Assessoria de Imprensa do Irga) 

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MERCADO AUTOMOTIVO

Berlim / Alemannha

Vendas da Volkswagen no mundo sobem 6,8% em setembro

A Volkswagen divulgou hoje, dia 8/10, o segundo melhor resultado mensal de vendas deste ano em setembro de sua principal marca, citando continuação de crescimento na China. A montadora alemã afirmou que as vendas da marca VW se recuperaram após duas quedas seguidas, avançando 6,8% em setembro, para 526.300 carros e utilitários esportivos. "A divisão de carros 
Volkswagen teve um bom desempenho nos mercados mundiais apesar da situação desafiadora", disse o diretor comercial, Christian Klinger. As vendas da marca VW tinham recuado 1% e 0,5% em agosto e julho, respectivamente. No acumulado dos nove primeiros meses de 2013, as vendas da marca têm alta de 3,6%, para 4,36 milhões de veículos, segundo a companhia.
(Agência Reuters)


São Paulo / SP

Brasil entra na rota dos carros de luxo

A nova leva de fabricantes de veículos que chega ao País, numa nova onda de investimentos do setor, coloca o Brasil no mapa da produção de carros da categoria premium, com maior conteúdo tecnológico, segmento hoje atendido em grande parte por importados. Também vai deixar o mercado brasileiro mais próximo do mundial, com os chamados carros globais, produzidos e vendidos 
em várias partes do mundo, com peculiaridades locais. Em menos de 20 dias, três fabricantes alemãs anunciaram investimentos de R$ 1,52 bilhão em novas fábricas (Audi e Mercedes-Benz) e ampliação de instalações (Volkswagen). Os três projetos são para produzir modelos considerados de luxo para o padrão brasileiro. Essa fila foi puxada pela também alemã BMW, que há um ano decidiu instalar sua primeira fábrica local, em Santa Catarina. E não vai parar por aí. Nas próximas semanas, a Land Rover deve anunciar produção local, provavelmente no Rio de Janeiro. A empresa produz utilitários premium. 
No grupo das fabricantes de carros de luxo, só a BMW de fato estreia no Brasil. Audi, Mercedes-Benz e Land Rover já tiveram fábricas locais - instaladas nos anos 90 durante a segunda onda de investimentos no País -, mas fecharam as portas. Naquele período, também chegaram Renault, Nissan, Toyota, Honda, Peugeot e Citroën. "Houve erros estratégicos naquela época", opina Thomas Schmall, presidente da Volkswagen do Brasil.  "Hoje, o País está preparado para o mercado de luxo." Além do programa Inovar-Auto, do governo federal, que taxa as importações e dá incentivos à nacionalização, o executivo cita como atrativos o crescimento da renda dos brasileiros e as boas perspectivas para a economia local. Schmall ressalta ainda a estabilidade 
macroeconômica, que dá mais segurança aos investidores, ainda que o momento atual não seja tão favorável. As vendas de veículos caíram nos últimos dois meses e, no ano, está praticamente empatada com os números de 2012, com 2,78 milhões de unidades.

A projeção da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de um crescimento de 3,5% a 4,5% em relação aos 3,8 milhões de veículos vendidos no ano passado foi revista para 1% a 2%. "Ainda assim teremos recorde de vendas", afirma Luiz Moan, presidente da entidade.
Segundo Moan, "tudo indica um futuro muito bom para a economia brasileira e para o setor automotivo". Ele prevê vendas de 4,5 milhões de veículos em 2017 e produção superior a 5 milhões. As novas fábricas e a ampliação das atuais vão adicionar 1,4 milhão de veículos à atual capacidade produtiva, de 4,3 milhões de unidades. Em agosto, a Honda também anunciou investimentos de R$ 1 bilhão para uma segunda fábrica no País, em Itirapina (SP), inicialmente para a produção de um utilitário compacto premium. Estão em construção no País, para inaugurações em 2014 e 2015, instalações da Fiat (Goiana/PE), Nissan (Resende/RJ), JAC Motors (Camaçari/BA) e Chery (Jacareí/SP).

Os modelos populares - Todas as novas fábricas vão produzir veículos globais. Hoje, poucos produtos têm esse selo, como o novo Fiesta e o EcoSport, da Ford. A maioria dos produtos nacionais é de modelos vendidos só no Brasil, inclusive os campeões de venda Gol (Volks), Uno e Palio (Fiat). Segundo o sócio da consultoria PriceWaterhouseCoopers (PWC), Marcelo Cioffi, para concorrer no mercado internacional, todas as empresas precisam trabalhar com plataformas globais, em busca da redução de custos e maior escala. "Dificilmente hoje uma fabricante terá estratégia apenas local." Cioffi acredita que o aumento da renda e o maior acesso ao crédito vão levar a um crescimento de vendas no segmento de carros mais sofisticados (na faixa de R$ 100 mil), o que não significará o fim dos chamados populares. "O Brasil vai continuar sendo um mercado de carros de entrada, compactos, mas também terá um crescente mercado de carros mais caros." Carros com motor 1.0 representavam 70% das vendas em 2001. Hoje, a participação é de 40%. Nos últimos dez anos, as grandes montadoras direcionaram a produção de veículos mais sofisticados para Argentina e México, quadro que se altera com os novos projetos. Com a produção do novo Golf, a Volks passará a ser, por enquanto, a única a ter um carro global premium e um do segmento de entrada (o compacto up!, que deverá ser feito em Taubaté). Em poucos anos, todos os modelos da marca serão globais, diz Schmall. A Ford promete o mesmo para 2015. 

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SERVIÇOS, COMÉRCIO e VAREJO

Da redação - São Paulo / SP

Felluz apresenta design exclusivo em balizadores

Com a chegada da primavera a utilização das áreas externas das residências começa a aumentar. Para criar um ambiente agradável nesses espaços a iluminação é uma grande aliada. A Felluz apresenta dois balizadores com conceito exclusivo. Os modelos BL22 e BL23 levam design para o jardim. Com linhas geométricas, os lançamentos do catálogo 2013, têm formato moderno e clean e trazem mais leveza para a decoração. Pequenos arbustos e detalhes do paisagismo podem ganhar destaque com a utilização dos produtos. Eles também podem ser utilizados para marcar trilhas e caminhos ou para iluminar escadas. O modelo BL22 tem acabamento em acrílico 18 mm, utiliza uma lâmpada G9 de LED e mede 25cm de altura, por 5 cm de profundidade e 9cm de largura. Os focos de iluminação desse balizador são para frente e para cima.  Com a mesma inspiração o BL23 também tem acabamento em acrílico 18mm, utiliza uma lâmpada E27 compacta e tem medidas de 36x10x19 cm. A luz se direciona para baixo nesse modelo. "A criação desses dois modelos passou pelo desejo de que as pessoas levassem uma peça de design para seus jardins", explica o designer da marca Toni Schimidt. As peças da Felluz primam pelo design contemporâneo, qualidade e praticidade. Com 11 anos de atuação no mercado suas coleções têm como marca a ousadia e inovação. Presente em todo o país, oferece cerca de 100 modelos diferentes de arandelas externas e decorativas, balizadores, pontos de luz e plafons. Cada produto é elaborado com estudo e precisão para que a iluminação seja uma aliada da decoração.  (Fonte: Fabulosa Ideia)

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COMÉRCIO EXTERIOR



Da redação - São Paulo / SP

Desempenho das carnes na primeira semana de outubro

Ao obterem receita média diária de US$69,338 milhões, as carnes registraram aumento de 8,6% sobre a média diária do mês anterior, mas abriram a primeira semana de outubro com pequena redução em relação ao mesmo mês do ano passado. De toda forma, alcançam a melhor média diária dos últimos doze meses. Com relação à carne de frango, não se concretizaram as expectativas de que, superadas as fortes chuvas no Sul (responsáveis pela paralisação do porto de Itajaí, de onde sai a maior parte dos embarques brasileiros), o fraco desempenho de setembro seria superado: o volume diário dos quatro primeiros dias úteis de outubro não chegaram às 12,5 mil toneladas, ficando aquém das 13,2 mil/t/dia de setembro passado e, também, das 14,1 mil/t/dia de outubro/2012.  Mesmo assim, o volume desses quatro dias sinaliza aumento de 2,5% sobre setembro passado, visto que o corrente mês tem dois dias úteis a mais (23 contra 21 em setembro). Já em relação a outubro de 2012 prevalece redução superior a 8%, recuo que se aplica também ao preço médio, ora no menor nível desde agosto do ano passado.   (Fonte: AviSite)


Da redação - Porto Alegre / RS

Preços do arroz deve manter estabilidade

A concorrência da safra norte-americana, que terminou de ser colhida em setembro, além do Mercosul e a falta de competitividade pelos preços internos e a relação cambial, são fatores que ajudaram a enfraquecer a presença brasileira como fornecedor de arroz no comércio internacional. O Brasil é naturalmente um fornecedor do grão no primeiro semestre, aproveitando a 
entressafra estadunidense e a natural curva de queda dos preços internos pela pressão de oferta da safra nacional. Este ano, esta curva não ocorreu, os preços médios se mantiveram altos e, apesar da desvalorização parcial do real frente ao dólar, poucos negócios ocorreram. Em setembro é prevista uma queda importante nos embarques. Para outubro, dois embarques estão 
previstos em Rio Grande, o que só tem ajudado a manter estáveis os preços médios do arroz ao produtor da Zona Sul e reduzir a ociosidade do parque industrial da região.

Atualmente, nem é o problema de preços que afeta o setor, mas especialmente a falta de demanda internacional. Os estoques internacionais aumentaram, a Ásia ampliou sua presença no continente africano, os Estados Unidos entraram no mercado da América do Sul, África e Caribe com força desde agosto, apesar de enfrentarem um sério problema de qualidade – mistura de híbridos, variedades e baixo percentual de inteiros – e alguns países da África, tradicionais compradores do Brasil, adotaram políticas de incentivo à produção interna e aumentaram os impostos sobre a importação retirando a competitividade do arroz brasileiro. Essa demanda, especialmente, voltada a países como a Nigéria, que já foi o maior importador do Brasil, exigirá grande esforço diplomático, uma vez que alguns países estão isentos da taxa. 

Guerra - Por outro lado, a perda de qualidade e competitividade do arroz dos Estados Unidos, onde um volume significativo de produtores está optando por plantar soja e milho, está gerando outros problemas para o Brasil. A USA Rice Federation encaminhou denúncia ao governo estadunidense – um dos que mais oferta subsídios no mundo à produção agrícola – de que o Brasil teria criado subsídios indiretos à exportação de arroz em 2011. Diplomatas norte-americanos acionaram a Organização Mundial de Comércio (OMC) que pediu explicações ao governo brasileiro. As respostas já foram enviadas, negando qualquer tipo de benefício que infrinja as regras do comércio internacional. Além disso, os americanos tentaram impedir que uma carga brasileira de arroz fosse desembarcada na América Central, alegadamente por problemas sanitários. Neste caso a cadeia produtiva e o governo brasileiro agiram rapidamente e resolveram o impasse, garantindo a entrega do carregamento. Ainda assim, está claro que o Brasil começou a afetar e ganhar mercados dos Estados Unidos nos últimos anos, - o que não é uma realidade em 2013 - o suficiente para que os produtores daquele país declarem guerra aos embarques brasileiros. E fica clara, também, a razão pela qual representantes setoriais estadunidenses se fizeram tão presentes em eventos arrozeiros e realizaram tantas visitas técnicas ao Sul do Brasil nos últimos tempos. Para um país que espiona até os telefonemas da presidente Dilma Rousseff, não chega a surpreender este tipo de atitude. De outra banda, os arrozeiros gaúchos têm uma nova guerra para enfrentar em prol das exportações. O Porto de Rio Grande deverá passar por uma ampliação a partir do final de 2013, que poderá bloquear parte do terminal utilizado para embarques de arroz. Além disso, tradings e operadores estão reclamando da falta de infraestrutura do porto e dos terminais para os embarques, o que está afetando também a qualidade dos serviços nas exportações arrozeiras. Até a direção da Federarroz visitou as estruturas, conversou com operadores e agentes de mercado e apresentou sua preocupação na reunião da Câmara Setorial do Arroz do Rio Grande do Sul. (Fonte: Assessoria de Imprensa do Irga)


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TI, WEB e e-COMMERCE

São Paulo / SP

UOL fecha acordo com Virtustream e expande oferta em nuvem

O UOL, por meio do UOL Cloud,  fechou uma parceria exclusiva com a Virtustream, empresa norte americana de software de computação na nuvem, para ampliar sua oferta para o mercado brasileiro. Já no início de 2014, a UOL Cloud, passará a incluir em sua família de produtos, que conta com nuvem pública, soluções para empresas de grande porte, além das pequenas e médias atualmente atendidas. “A parceria com a Virtustream tornará possível a acomodação em um cloudenterprise class de sistemas modernos e de aplicações usualmente presentes em mercados corporativos, como SAP, Oracle, Microsoft, entre outros, além de toda a gama de sistemas legados tradicionalmente executados em ambientes dedicados”, informa o UOL. Para Gil Torquato, CEO do UOLDIVEO, empresa do grupo UOL. “a parceria estratégica com a Virtustream oferecerá os recursos e a tecnologia necessária para garantir que os clientes corporativos sejam capazes de migrar suas aplicações críticas de negócios para a nuvem, sem preocupações com a segurança, conformidade, desempenho ou custo, pagando apenas pelo uso efetivo". A Virtustream também irá fornecer serviços de consultoria para o UOL Coud, agregando sua experiência em implantações complexas de missão crítica na nuvem.  (Fonte: UOL)


Brasília / DF

Dilma manda ministério reforçar segurança após denúncia de espionagem

O Ministério de Minas e Energia (MME) também foi espionado por agências estrangeiras, segundo reportagem veiculada neste domingo, dia 6/10, no programa Fantástico, da Rede Globo. Em nota, o MME, classificou como “grave” o monitoramento de seus sistemas de comunicação e de armazenamento de dados.  Por meio de sua conta no Twitter, a presidenta Dilma Rousseff informou já haver determinado ao ministro da pasta, Edison Lobão, uma “rigorosa” avaliação e o reforço da segurança desses sistemas. De acordo com a matéria do Fantástico, a espionagem de autoridades brasileiras não está sendo feita apenas pelos Estados Unidos. Conta também com a participação da Agência Canadense de Segurança em Comunicação (Csec), que teria mapeado as comunicações de computadores, telefones fixos e celulares do ministério. A reportagem lembra que, de cada quatro grandes empresas de mineração do mundo, três têm sede no Canadá, país que, segundo o ministro da pasta, Edison Lobão, tem interesse sobretudo no setor mineral brasileiro.  Segundo nota do MME, a espionagem “sugere a tentativa de obtenção de informações estratégicas relacionadas com as áreas de atribuição da pasta”.

A presidenta Dilma Rousseff, que também foi alvo da espionagem norte-americana, disse pela rede social que confia na segurança do sistema de dados do MME, mas que a denuncia confirma as razões econômicas e estratégicas por trás dos atos da agência de inteligência canadense. “A reportagem aponta para interesses canadenses na área de mineração”, escreveu. Dilma informou, ainda, que o Ministério de Relações Exteriores vai pedir explicações do governo do Canadá. “A espionagem atenta contra a soberania das nações e a privacidade das pessoas e das empresas”, escreveu. A presidenta ressaltou o fato de que Edward Snowden (o primeiro a fazer as denúncias de espionagens feitas pelos EUA) trabalhava havia apenas três meses na empresa que prestava serviços à NSA e, mesmo assim, teve acesso a todos os arquivos que serviram de fonte para as denúncias divulgadas até agora.

Segundo Dilma, tudo indica que os dados da NSA são acessados pelos cinco governos citados na denúncia - Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, Austrália e Nova Zelândia - e pelas milhares de empresas prestadoras de serviço com acesso a eles. “É urgente que os EUA e seus aliados encerrem suas ações de espionagem de uma vez por todas”, escreveu a presidenta. “Isso é 
inadmissível entre países que pretendem ser parceiros. Repudiamos a guerra cibernética”. Ao chegar nessa manhã ao Senado, onde participa de audiência pública, o ministro Edison Lobão disse considerar “lamentável” o fato denunciado, mas acrescentou que o país já está tomando todas as providências com relação à questão. “Em respeito ao meu ministério, nosso sistema é bom e confiável. Mas teremos que, daqui para frente, melhorar ainda mais, para evitar que fiquem mexendo”, disse o ministro. Lobão não quis fazer avaliações sobre a intenções dos “bisbilhoteiros”. 

Segundo ele, o governo está estudando o prejuízo que o ato de espionagem pode ter produzido. “Estamos em processo de exame, para saber a profundidade de tudo isso”. O ministro avaliou que os leilões públicos não foram objeto da espionagem porque as regras deles são claras e transparentes. Uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Senado está investigando as denúncias de espionagem contra as autoridades brasileiras. A presidenta da comissão, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), disse que o colegiado está com material denso nas mãos. “Vamos conseguir detalhes dessas interceptações e como estão fazendo o monitoramento”. Segundo ela, apesar de a descoberta ser “assustadora”, todos já sabiam da sua existência. A expectativa é que a comissão apresente em dezembro propostas ao governo, tanto para responder à espionagem como para criar mecanismos de proteção aos sistemas de informação. A matéria do Fantástico mostra uma apresentação datada em junho de 2012 sobre como funciona o programa de computador chamado Olympia, ferramenta de espionagem da Csec, que tinha como alvo as comunicações telefônicas e de computadores do MME. Além de identificar números de celulares, a ferramenta identificou também registro dos chips, marcas e até os modelos dos aparelhos usados. A apresentação era dirigida a analistas ligados a agências de espionagem dos cinco países, que constituem um grupo chamado de Five Eyes (Cinco Olhos). Ao final da apresentação, foi sugerida uma operação conjunta com uma equipe de elite dos espiões cibernéticos da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA).  (Fonte: Agência Brasil)




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