Edição 934 | Ano V

Nova Iorque / EUA

Economia emergente entra em queda

A dinâmica do crescimento econômico mundial passou a se inclinar para outra direção. Enquanto os economistas começam a reduzir suas previsões para a China e para outras economias emergentes, a economia americana está se recuperando, o Japão parece ter dobrado a esquina e muitos países na zona do euro talvez estejam escapando das garras da recessão. "A aceleração tal qual está acontecendo está na economia do Primeiro Mundo, não nos emergentes", disse Neal Soss, economista-chefe do Credit Suisse. O crescimento dos Bric -Brasil, Rússia, Índia e China- elevou o padrão de vida nesses e em outros países do Sudeste Asiático, da América Latina e do Leste Europeu. Esses quatro países tiveram um impacto global ainda maior porque também ofereceram novos mercados para produtos de nações desenvolvidas.

Por isso, um declínio no seu crescimento deveria ser preocupante para os Estados Unidos. Mas Jim O'Neill, economista do Goldman Sachs que cunhou o termo Bric há mais de uma década, acha que um dos novos beneficiários da mudança na economia global deverá ser justamente os EUA, que ganhariam com a intenção do governo chinês de passar dos grandes projetos com investimentos governamentais para uma economia alimentada pelo consumo. Isso criaria uma demanda por produtos americanos e, ao mesmo tempo, baratearia matérias-primas para as companhias americanas. A elevação dos salários na China também estimularia a indústria nos EUA. O governo chinês está tentando moderar o crescimento econômico. Ao fazer isso, arca com grande parte da culpa pela desaceleração em outros lugares da Ásia e da América Latina. O preço de commodities como ferro e cobre, que estimulava a produção desses metais nos países em desenvolvimento, agora despenca à medida que líderes chineses restringem os investimentos grandiosos.

O Brasil teve um crescimento em grande parte associado a commodities como soja e minério de ferro. Há dois anos, a economia cresceu 7,6%. Neste ano, no entanto, a previsão é que a cifra ficará em torno de 2,3%. "Muitos observadores simplesmente supuseram que os Bric continuariam crescendo na mesma taxa da primeira década [do século 21], o que era muito improvável", disse O'Neill. Ele disse que, à medida que a China se desloca para uma economia mais baseada no consumo, "os ganhadores e perdedores da nova China provavelmente serão bem diferentes dos ganhadores e perdedores da velha China".

Há temores de que mesmo a recuperação pífia nos EUA, no Japão e na Europa possa descarrilar se os problemas chineses se agravarem. Alguns economistas alertam que os líderes do Partido Comunista talvez não sejam capazes de "desmamar" o país suavemente após anos de desenvolvimento alimentado pelo governo. Os analistas dizem que o atual arrefecimento econômico está levando alguns países emergentes para um ritmo de expansão mais sustentável. Na China, a expansão de 14,2% vista antes do auge, em 2007, dificilmente se repetirá, embora o crescimento esperado para o ano que vem, de 7,5%, continue sendo impressionante.

O Brasil e a Índia têm problemas mais profundos. A Índia não foi afetada pela queda nos preços das commodities, mas a economia sofre com as amarras da corrupção e da ineficiência. No Brasil, muitos economistas dizem que os líderes deixaram de investir em infraestrutura quando o dinheiro estava entrando. Silvésio de Oliveira, produtor de soja em Mato Grosso e vice-presidente da Aprosoja, entidade que reúne produtores de soja e milho no Estado, disse que um "colapso da infraestrutura" elevou o custo do frete e causou o cancelamento de encomendas internacionais. Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central, disse que os problemas do Brasil são semelhantes aos de outras economias em desenvolvimento. "Os novos países 
emergentes não são diferentes dos velhos: uma vez que você chega a um determinado nível de renda, torna-se mais difícil crescer."  
(Fonte: The New York Times)



Da redação - Brasília / DF

ONU pede aos países normas de proteção à privacidade de dados

A alta comissária dos Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), Navi Pillay, apelou hoje (9/09) para que os países adotem normas de proteção à privacidade dos cidadãos. Segundo ela, as denúncias de violação de comunicação envolvendo cidadãos do mundo são uma “uma dramática intrusão" dos sistemas nacionais de segurança. Para a alta comissária, é fundamental a adoção de mecanismos mais eficientes de proteção à privacidade. O pedido de Pillay ocorre no momento em que o Brasil cobra dos Estados Unidos explicações sobre as informações de espionagem 
envolvendo desde a presidenta Dilma Rousseff, assessores e cidadãos brasileiros, até as últimas denúncias de que a Petrobras também foi alvo de 
monitoramento norte-americano. "O largo alcance dos sistemas nacionais de vigilância, por razões de segurança, incluindo nos Estados Unidos e no Reino Unido e seu impacto nas pessoas, continua a gerar inquietação", disse Pillay. Na abertura da 24.ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra, Pillay mencionou a série de violações dos direitos humanos registradas no mundo, principalmente no Oriente Médio. Além da situação na Síria, para a qual ela pediu "negociação imediata", opondo-se a uma intervenção militar externa e à continuação do fornecimento de armas às partes em conflito, Pillay citou sua preocupação com o agravamento das crises no Iraque, no Egito, no Bahrein, na Turquia e na Palestina. Também mencionou o Iraque, que sofreu uma série de ataques a bomba. Pillay criticou o governo de Israel por promover o que classificou como "política de despejos forçados e demolições" nos territórios palestinos.  (Fonte: Agência Brasil)



Da redação - São Paulo / SP

Redução de jornada ainda é tema controverso

“É uma tendência mundial trabalhar menos. A cada ano que avança as jornadas são menores”. A avaliação é de José Pastore, professor titular da Faculdade de Economia e Administração e da Fundação Instituto de Administração, ambas da Universidade de São Paulo (USP), que destaca que segundo os levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 50% da força de trabalho do Brasil já cumpre uma carga de 40 horas semanais ou menos. “Mas, tudo isso está sendo feito por negociação. Setores que não podem fazer, não fazem”, ressalta ao lembrar que enquadrar setores diversificados em uma regra única pode incorrer em aumentos abruptos de custos podendo, inclusive, influenciar em novas 
contratações. Alexandre Furlan, presidente do Conselho Temático de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), concorda. Segundo o dirigente, a redução de jornada desestimula o crescimento das vagas formais. “Na largada você tem um aumento de custos de no mínimo 10% de uma hora para outra, sem a garantia de aumento da produtividade”, destaca. E completa: “Nos últimos dez anos a produtividade da indústria cresceu 4% ao passo que o salário mínimo em dólar cresceu mais de 100%”. 
Os representantes dos trabalhadores discordam. “Se pegarmos uma série histórica veremos que hoje fabricamos o dobro de produtos com metade do número de trabalhadores, seja por conta do avanço da tecnologia, seja pelo aumento de produtividade”, avalia Artur Henrique da Silva Santos, 
secretário adjunto de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT).   (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP

FGV/IBRE divulga Indicadores do Mercado de Trabalho

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas avançou 2,6% em agosto, na comparação com o mês anterior, considerando-se dados com ajuste sazonal. O resultado representa uma acomodação após quedas de 1,3% e 5,7%, em junho e julho, respectivamente, sem alterar a tendência de desaceleração do ritmo de contratações da economia brasileira observada desde abril passado. Os componentes que mais contribuiram positivamente para a alta do IAEmp foram os indicadores que mensuram as expectativas dos empresários em relação à tendência dos negócios e o grau de satisfação atual com a situação atual dos negócios, ambos da Sondagem de Serviços, com variações de 12,8% e 4,4%, respectivamente.
O IAEmp é construído como uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, tendo capacidade de 
antecipar os rumos do mercado de trabalho no país.  Para informações metodológicas adicionais, favor consultar a nota ao final deste press release.

Série Histórica do IAEmp - O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), da Fundação Getulio Vargas, apresentou queda de 2,3% em agosto, na comparação com o mês anterior, considerando-se dados com ajuste sazonal. O resultado sinaliza acomodação após a forte alta observada no mês anterior (7,2%). Expresso em médias móveis trimestrais, o indicador sinaliza uma gradual piora do mercado de trabalho neste segundo semestre de 2013.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados - em quatro classes de renda familiar - da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. A classe de renda que mais contribuiu para a redução do ICD em agosto foi exatamente a que mais havia contribuído para a alta do mês anterior: os consumidores com renda familiar até R$ 2.100,00, cujo Indicador de Emprego (invertido) variou -8,1%.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


São Paulo / SP

Inflação fica em 0,24% em agosto, com alta nos preços dos eletrodomésticos

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou alta de 0,24% nos preços no mês de agosto. O resultado é ligeiramente menor que as expectativas divulgadas na última segunda-feira, dia 30/8, no Boletim Focus, do Banco Central, que apontava para uma inflação de 0,25% para o mês. O resultado aponta uma aceleração dos preços frente a julho, quando a inflação registrada foi de 0,03%.
O resultado mais alto dos itens pesquisados foi dos artigos de residência, que apresentaram preços 0,89% mais altos – com destaque para os eletrodomésticos que ficaram 1,43% mais caros. O resultado é um dos impactos do fim da isenção do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) 
sobre a linha branca.
O setor de Alimentos e Bebidas também teve uma ligeira aceleração, com alta de 0,01% nos preços, após a deflação de 0,33% em julho. O responsável pela leva alta foram os restaurantes: a alimentação fora de casa ficou 0,67% mais cara. Apenas o setor de transportes mostrou deflação, de 0,06%, ainda que a queda nos preços tenha sido inferior à registrada em julho. Neste mês, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre puxaram a queda nos preços com a redução na passagem de ônibus – que já chega a 3,51% neste ano.
Brasília teve maior alta nos preços - Entre as nove regiões metropolitanas pesquisadas, Brasília foi a que teve a maior inflação, com alta de 0,46% nos 
preços – após queda de 0,12% em julho. Em Fortaleza, por outro lado, houve deflação, de 0,11%.


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

São Paulo / SP

Fundos de pensão miram renda variável no exterior

A primeira experiência de aplicação conjunta dos fundos de pensão no exterior vai mirar o mercado de renda variável, com um aporte entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões. A informação foi dada nesta segunda-feira, 9, por Carlos Massaru Takahashi, presidente da BB DTVM, instituição escolhida para ser a administradora local dos fundos. No alvo, ações de empresas em segmentos com pouca representatividade na BM&FBovespa, como saúde, tecnologia de informação, química e consumo. O executivo considera positivo o interesse das fundações em buscar diversificar seu portfólio, com aplicações no exterior. Takahashi enxerga boas oportunidades para os fundos por conta dos sinais de recuperação da economia norte-americana. "Existe uma perspectiva de crescimento", avaliou. O presidente da BB DTVM participou do 34º Congresso Nacional de Fundos de Pensão, promovido pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), na capital catarinense.  (Agência Estado)


HOJE na Ásia:

Bolsas asiáticas fecham em alta com China

Os mercados de ações da Ásia fecharam em alta os pregões de hoje, dia 10/9, com resultados positivos de indicadores da China. Além disso, uma amenização das preocupações sobre a Síria também ajudou as bolsas.
O valor agregado da produção industrial da China teve crescimento de 10,4% em agosto na comparação com o mesmo período do ano passado. Em julho, a expansão anual havia sido de 9,7%, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas. O avanço de agosto superou as estimativas dos analistas do mercado consultados pelo Dow Jones Newswires, que esperavam alta de 9,9%.
O indicador que mede as vendas no varejo da China, por sua vez, registrou alta de 13,4% em agosto em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado foi superior ao verificado em julho, quando obteve avanço de 13,2%.
Impulsionados pelos dados, o índice Xangai Composto fechou em alta de 1,2%, aos 2.237,98 pontos, e o índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, subiu 1%, para 22.976,65 pontos. O índice Shenzhen Composto ganhou 0,5%, aos 1.044,58 pontos.
Sinais consistentes de uma estabilização econômica na China têm sustentado o sentimento na Ásia nas últimas semanas. No início da semana, o aumento das exportações e a inflação moderada impulsionaram as ações regionais. Empresas chinesas listadas em Hong Kong avançaram consistentemente, com o índice Hang Seng China Enterprises avançando 8,9% até agora neste mês.
A Ásia também recebeu de forma positiva os resultados de Wall Street na segunda-feira. Os índices em Nova York fecharam em alta ajudados, em parte, pela esperança de que a ameaça de uma intervenção militar dos EUA no Oriente Médio pode estar diminuindo. Na segunda-feira, a Síria saudou uma proposta russa de abrir mão de suas armas químicas e colocá-las sob controle internacional, embora tenha não indicado se aceitará o plano.
O índice Kospi, da Coreia do Sul, fechou em alta de 1%, aos 1.994,06 pontos. Nas Filipinas, o índice PSEi subiu 1,5%, para 6.089,72 pontos. Já o índice Taiwan Weighted ganhou 0,2% e encerrou o pregão aos 8.208,77 pontos.

Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 subiu 0,4%, para 5.201,20 pontos, após o índice de confiança das empresas subir para seu nível mais alto em dois anos em agosto, quando ficou claro que o país teria um governo conservador. 


ONTEM no Brasil:

Bovespa tem quarta alta seguida por dados positivos da China

A Bovespa teve a quarta alta seguida no pregão de ontem, dia 9/9, à medida que dados fortes da China se sobrepuseram à cautela de investidores com a perspectiva de redução de estímulos do banco central norte-americano e de um ataque militar contra a Síria.
- O Ibovespa teve variação positiva de 0,93 por cento, a 54.251 pontos, no maior nível de fechamento em 15 semanas. 
- O giro financeiro do pregão somou 8,8 bilhões de reais.

Análise 1 - As ações preferenciais das blue chips Vale e Petrobras foram as maiores responsáveis por levantar o índice, mas a bolsa teve um movimento de alta generalizada -- das 73 ações que compõem o Ibovespa, apenas nove recuaram. Os destaques setoriais ficaram com siderurgia e mineração e o setor financeiro. Investidores tomaram novo fôlego para sair às compras após dados do comércio exterior da China ampliarem os sinais de que o país asiático pode ter evitado uma forte desaceleração. "Sendo exportadores de commodities, dependemos da China estar ativa. 
Como havia receio de que a economia estivesse esfriando, as exportações maiores que o esperado chamam a atenção", afirmou o operador Rudimar José Joner Filho, da Banrisul Corretora.

Análise 2 - Segundo operadores, também criou otimismo na bolsa o fato do saldo das apostas de investidores estrangeiros em índice futuro ter ficado positivo recentemente, totalizando cerca de 49 mil contratos na sexta-feira. No entanto, ainda pairam no mercado temores sobre as consequências de um ataque dos Estados Unidos contra a Síria, assim como a redução do programa de estímulos do banco central norte-americano. "Embora uma redução do programa esteja em certo grau precificada, o tamanho dela pode ser uma surpresa", afirmou o estrategista Alexandre Ghirghi, da Método Investimentos.
No pregão, a ação ordinária da Eletrobras teve a maior alta percentual do Ibovespa, tendo chegado a avançar 10,16 por cento durante a sessão. O papel preferencial da empresa subiu 3,22 por cento. Já ação da OGX teve a maior queda, após o empresário Eike Batista ter questionado a validade do exercício da opção concedida por ele à petroleira que o obriga a injetar 1 bilhão de dólares na empresa.
Após o fechamento do pregão, a agência de classificação de risco Fitch informou ter reduzido o rating da petroleira para "C" de "CCC" e disse acreditar que um "default" da OGX é iminente. Também recuaram levemente as ações do Pão de Açúcar, após o empresário Abilio Diniz ter anunciado na sexta-feira um acordo com o francês Casino e renunciado da presidência do Conselho de Administração da varejista.


ONTEM nos EUA:

Wall Street fecha em alta

Wall Street fechou em alta nos pregões de ontem, dia 9/9, com os investidores aproveitando menores tensões sobre aa Síria para comprar, considerando as boas notícias econômicas no mundo: o Dow Jones ganhou 0,94% e o Nasdaq, 1,26%.
- O Dow Jones Industrial Average subiu 140,62 pontos a 15.063,12 unidades.
- O índice tecnológico Nasdaq teve alta de 46,17 pontos a 3.706,18.
- O índice ampliado Standard & Poor's 500 ganhou 1,00% (16,54 pontos) a 1.671,71 unidades.

Análise - "O Congreso não parece pronto para apoiar o plano do presidente (Barack) Obama de atacar a Síria e é pouco provável que ele passe por cima (do Legislativo)", considerou Alan Skrainka, da Cornerstone Wealth Management. "Seria uma grande notícia para o mercado", destacou. "Também houve algumas boas notícias econômicas como as exportações chinesas, mas foi, sobretudo, a crença de que não haverá intervenção militar na Síria que afastou as incertezas" do mercado, acrescentou. O primeiro voto acontecerá na quarta-feira no Senado. Além disso, algumas operações de fusões e aquisições entusiasmaram os acionistas. Contudo, no mercado de títulos, o rendimento do bônus do Tesouro a 10 anos caiu a 2,897% contra 2,938% na sexta-feira à noite e o dos títulos a 30 anos caíram 3,840% contra 3,873%.


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AGROBUSINESS


Da redação - São Paulo / SP

Avicultura do Japão em pleno equilíbrio

A oferta e a demanda do mercado japonês de carne de frango estão bem mais equilibradas em 2013. No entanto, a previsão para o consumo da carne em 2013 e a projeção para 2014 apontam para um total um pouco mais baixo do que o registrado em 2012. A excedente oferta, motivada pelos baixos preços da carne de frango (doméstica e importada), levou o consumo japonês a um recorde histórico em 2012, totalizando 2.165 milhões de toneladas. Os números foram revelados recentemente pelo Gain Report, do USDA, Ministério da Agricultura dos Estados Unidos. O excedente da carne foi se dispersando ao longo deste ano, graças à redução nas importações japonesas, especialmente, de frango in natura do Brasil e dos Estados Unidos.
Em 2012, pela primeira vez na história, o volume de produtos preparados e processados de carne de frango ultrapassou o volume importado de carne in natura, um acontecimento impulsionado pela enorme demanda japonesa por alimentos prontos para preparo e para o consumo.
A produção total de frango no Japão, que também alcançou um recorde inédito em 2012, com 1.325 milhão de toneladas produzidas, já é estimada a recuar em 2013, assim como em 2014, assumindo uma sólida e contínua demanda por carne de frango doméstica, especialmente pelo setor de varejo. O frango de corte representa mais de 90% da produção de aves domésticas do Japão, com o restante sendo representado, principalmente, por galinhas poedeiras. 

O Japão deverá manter a sua produção interna de carne de frango em 2014 para equilibrar os volumes de importações em níveis abaixo ou iguais aos de 2013. Um aumento nas importações de carne bovina dos Estados Unidos já é previsto, o que levará a uma intensa concorrência com a carne suína e a carne de frango importadas. Outro cenário destacado pelo Gain Report para a avicultura do Japão em 2014 é a possível retomada da carne de frango in natura da Tailândia. As autoridades japonesas continuam avaliando e acompanhando o status sanitário da avicultura tailandesa, que se mantém livre da Influenza Aviária.  (Fonte: AviSite)



São Paulo / SP

Preços agrícolas encerram em alta de 1,26% em agosto em São Paulo

O IqPR - Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela agropecuária paulista terminou agosto em alta de 1,26%, segundo levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. 
Conforme a pesquisa, os produtos que tiveram as maiores altas no período foram: carne suína (18,60%), carne de frango (13,18%), leite banana nanica (9,76%), laranja para indústria (9,43%), leite B (8,36%) e trigo (7,48%). Outros produtos tiveram alta mais moderada: arroz (3,86%), algodão (1,55%), ovos (0,91%), amendoim (0,75%), carne bovina (0,31%), café (0,14%) e cana-de-açúcar (0,07%).
As altas das carnes suína e de frango refletem a menor oferta dos produtos, o aumento nas exportações e a maior demanda doméstica, de acordo com os pesquisadores do IEA. No caso do leite, a alta é decorrente da baixa qualidade das pastagens que reduziu a oferta e da valorização das cotações do leite em pó no mercado internacional.
A pesquisa mostrou que os produtos que tiveram as maiores quedas foram: tomate de mesa (17,44%), feijão (15,01%), batata (10,59%) e ilho (6,73%). Já a soja caiu 3,50% e a laranja para mesa, 0,95%. Segundo o IEA, o recuo no preço do tomate se deve à maior oferta do produto em Campinas, que nesta época do ano é a principal região produtora do Estado de São Paulo. Já a cotação do feijão foi pressionada pela maior oferta em função da colheita da safra da seca.  (Agência Valor)



São Paulo / SP

Aquecimento global pode provocar perdas de até R$ 7 bilhões por ano na agricultura

Até 2020, as mudanças climáticas podem provocar perdas de até R$ 7 bilhões por ano na agricultura. Café, soja e arroz são algumas das culturas que podem perder a produtividade, de acordo com um relatório com projeções de como o Brasil irá sofrer os impactos do aumento das médias de temperatura provocadas pelo aquecimento global nas próximas décadas. O estudo, realizado pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), foi apresentado e discutido desde ontem, dia 9/9, durante a Primeira Conferência Nacional de Mudanças Climáticas Globais, em São Paulo (SP). O relatório foi realizado nos últimos seis anos com a participação de 345 pesquisadores. Eles fizeram uma avaliação de tudo o que já foi publicado sobre mudanças do clima no Brasil. Os resultados mostram que o país ficará mais quente e terá uma mudança no regime de chuvas. Segundo Secretária Executiva do PBMC, Andrea Santos, "o Relatório de Avaliação mostra o estado da arte da ciência do clima no Brasil e na América do Sul". A publicação confirma as principais pesquisas de institutos internacionais sobre o aquecimento causado pela emissão de gases de efeito estufa por atividades como geração de energia, transporte e desmatamento. No Brasil, tendências indicam que o clima mudará em diferentes regiões do país. No Sul e no Sudeste, regiões que costumam sofrer com enchentes e deslizamentos, as chuvas se tornarão mais fortes e mais frequentes. Já no Nordeste, a tendência é oposta: haverá uma redução da quantidade chuvas e as secas ficarão mais frequentes.

Caatinga e Cerrado - De acordo com o relatório, biomas como a Caatinga e o Cerrado serão afetados. "A Caatinga tem uma tendência de diminuição de precipitação muito intensa, e o aumento da temperatura poderá chegar a 5,5ºC até o final do século. Isso é realmente impactante", diz um dos autores do relatório, o professor da USP Tércio Ambrizzi. Segundo ele, os ciclos de seca como a enfrentada pelo Nordeste neste ano serão mais comuns. "Nada impede que o Nordeste tenha um ano com excesso de água, mas a tendência ao longo dos anos é de diminuição da precipitação".

Amazônia e desmatamentos - De acordo com o estudo, a área mais ameaçada pelas mudanças na Amazônia será a parte oriental da floresta, mais vulnerável ao clima e suscetível devido à expansão da fronteira agrícola. Há risco de mudança do tipo de floresta na região. A vegetação pode ficar mais pobre, com perda de biomassa, fauna e flora. O relatório, no entanto, não considera o aquecimento global como a principal causa de ameaça à Amazônia. A continuidade do desmatamento traz riscos mais imediatos à floresta do que a alteração na temperatura. Projeções apontam que, se a Amazônia perder mais de 40% da cobertura florestal, haverá uma mudança drástica na temperatura, podendo resultar em um aquecimento regional de até 4ºC. Atualmente, a floresta já perdeu cerca de 17% de sua cobertura. O Relatório de Avaliação Nacional também aponta para incertezas existentes nas pesquisas sobre clima no Brasil. 

Segundo o estudo, há incertezas sobre a quantidade de gases de efeito estufa que serão emitidos no futuro, sobre as mudanças naturais do clima e sobre as limitações dos modelos de computador que simulam a temperatura. Segundo Ambrizzi, essas incertezas mostram que o país ainda tem muito a avançar na pesquisa climática. "Nós temos poucos pesquisadores atuando. Em muitas áreas do Brasil, faltam dados. A gente espera que os tomadores de decisão possam incentivar a pesquisa para diminuir essas incertezas".  (Fonte: G1)

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SERVIÇOS, COMÉRCIO e VAREJO


São Paulo / SP

Dona da Cacau Show compra controle da rede Brigaderia

A holding Cacaupar, dona da Cacau Show, comprou 50,1% da Brigaderia, rede especializada em brigadeiros, criada em 2010 pela empresária Taciana Kalili, de 37 anos. Com isso, a franquia de chocolates ingressa num segmento diferente do que já atua e passa a oferecer produtos para um público “premium”. “A Brigaderia é um produto bastante focado no consumidor premium, é uma marca gourmet. O negócio Cacau Show é mais inclusivo, enquanto a Brigaderia tende a ser mais exclusiva”, define Alexandre Costa, de 42 anos, presidente – e fundador – da Cacau Show, que está completando 25 anos em 2013. 
Os novos sócios não revelam o valor da transação, mas não hesitam em falar dos planos de expansão. A Brigaderia tem hoje 11 lojas e o objetivo é chegar a 200 unidades em cinco anos.“Quando concebi a Brigaderia, sempre tive a vontade de que fosse um novo segmento no varejo e isso nós conseguimos que acontecesse. E quando a gente pensa em varejo, sempre pensa em expansão”, diz Taciana.
As conversas com a Cacau Show começaram há cerca de um ano, depois de um encontro na Bahia. Taciana diz que enxergou na marca uma boa oportunidade para crescer, aproveitando o know-how da rede e sua experiência na administração, gestão e como franqueadora. Apesar da 
sociedade, ambos destacam que Cacau Show e Brigaderia seguem como marcas completamente independentes. A sinergia que pode haver é somente do ponto de vista da administração, para evitar, por exemplo, a sobreposição de custos.

Sobre a holding - Com US$ 50 milhões para investir em novos negócios, a holding Cacaupar pode anunciar a qualquer momento novas parcerias no ramo da alimentação.  “A gente desenvolveu know-how muito grande de logística, movimento de marca, expansão. Outros negócios vão vir”, adianta Alexandre. A Cacau Show tem, atualmente, 1.440 lojas e deve fechar 2013 com mais cem unidades. O faturamento deste ano chegará a R$ 2,2 bilhões. A Brigaderia teve faturamento de R$ 13 milhões em 2012.


Da redação - Rio de Janeiro / RJ

Instituto da Construção atrai mais de 300 alunos em três meses de inauguração

Já conhecida mundialmente por sua beleza natural deslumbrante, a cidade do Rio de Janeiro se tornará ainda mais o centro das atenções mundiais nos próximos anos, já que abrigará dois importantes eventos esportivos: a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. Além de fomentar o mercado turístico, esses dois acontecimentos movimentam diversos outros setores nacionais, ampliando intensamente as oportunidades de trabalho. 
Um exemplo é o mercado da Construção Civil, que abriu um imenso leque de vagas para atuar nas construções de estádios e nas demais obras que 
abrigarão os jogos olímpicos. Além disso, este é um setor que vem crescendo muito na última década e oferecendo condições cada vez melhores aos profissionais que apresentarem um diferencial: a especialização. Foi pensando em todo este cenário que Fábio Perez e Marcelo Amado resolveram abrir uma franquia do Instituto da Construção – escola de cursos profissionalizantes nas áreas de Construção Civil – no Rio de Janeiro.

Fundado em 2011, o Instituto já possui mais de 100 unidades pelo Brasil e foi criado pelo empreendedor David Pinto que, percebendo a falta de profissionais qualificados no mercado brasileiro de construção, resolveu oferecer oportunidades de trabalho para todos que desejam se especializar na área. “Aqui no Rio inauguramos a unidade do Instituto em maio de 2013 e, três meses depois, a escola já contava com mais de 300 alunos matriculados”, afirma Fábio, que antes de abrir a franquia era Diretor de Vendas e Marketing de empresas do setor de Telecomunicações e deixou o cargo para ter seus próprios negócios – além de atuar na franquia, ele também é empresário no ramo de Vestuário.

Apesar de já atuar em outras áreas distintas do mercado da construção, assim como seu sócio Marcelo Amado – que é gerente no setor de óleo e gás - Fábio afirma que eles não encontraram dificuldades para administrar a franquia de cursos profissionalizantes. Isto porque ela oferece justamente um serviço que vem sendo cada vez mais procurado por todos aqueles que almejam mudar de vida, ascender profissionalmente e sabem que a capacitação é um verdadeiro divisor de águas para a concretização de seus objetivos. “A empresa não oferece apenas o diploma, como ajuda o aluno a se direcionar para o mercado de trabalho, de modo que muitos acabam empregados antes mesmo de concluir o curso”, ressalta Fábio.

Outro destaque do Instituto apontado pelo franqueado é que as aulas são ministradas uma vez por semana, no período noturno e com duração de quatro horas, podendo também ser realizado aos sábados, de modo que os alunos não necessitem readaptar sua rotina semanal, além de poderem relembrar melhor, durante a semana, todo o conteúdo dado em sala de aula. Os cursos oferecidos na unidade do Instituto localizada no Rio são: Mestre de Obras, Eletricista Instalador, Pintor de Obras, Instalador Hidráulico, Instalador de Alvenaria Azulejista, Gesso Acartonado, Instalador de Alvenaria Assentador e Revestidor, NR-10 e Decoração de Interiores Residencial e Comercial. Os cursos possuem duração total de 5 a 15 meses dependendo do tema escolhido.  (Fonte: Lucky Assessoria)

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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília / DF

Brasil amplia cota de importação de trigo sem tarifa

O Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu nesta segunda-feira prorrogar, até 30 de novembro deste ano, o prazo para importação de trigo com redução do Imposto de Importação de 10 por cento para zero, com uma cota adicional de 400 mil toneladas, segundo nota do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Com a decisão ontem, dia 9/9, o total autorizado para importação com redução tarifária é de 2,7 milhões de toneladas de trigo, segundo o ministério.
O Brasil normalmente importa, sem tarifas, a maior parte de suas necessidades de países do Mercosul. Para compras fora do bloco comercial, é 
cobrada a tarifa de 10 por cento. Uma vez que os países vizinhos estão sem volumes satisfatórios do cereal atualmente, o governo institui uma cota isenta de taxa para importações extra Mercosul. "O aumento do prazo e a complementação da cota foram motivados pelas atuais condições do mercado brasileiro, com escassez provocada pela quebra da safra no Paraná, o principal produtor nacional, e na Argentina, o principal fornecedor externo do Brasil", justificou o ministério.
A decisão da Camex também levou em conta a redução dos estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e o impacto inflacionário do produto, cujos preços estão em valores recordes no mercado interno pela baixa oferta --colheita da safra nacional está apenas no seu início. "O Conselho de Ministros está acompanhando a evolução do mercado brasileiro de trigo e monitorando seus efeitos na economia, com a preocupação de resguardar também os interesses do agricultor nacional", afirmou o ministério, referindo-se ao impacto que uma cota adicional livre de tarifa teria para os preços do trigo brasileiro.
A Resolução no 11/2013 da Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu inicialmente a alíquota do trigo em grão de 10 por cento para zero, no período de 1o de abril a 31 de julho deste ano, para uma cota de 1 milhão de toneladas. Devido às quebras de safra no Mercosul e no Brasil, o prazo tem sido estendido e a cota, ampliada.  (Agência Reuters)

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TI, WEB e e-COMMERCE


Da redação - São Paulo / SP

ABES lança Banco de Talentos especializado na contratação de estagiários 

Eduardo Cupaiolo, diretor executivo da Bamboo HR
A Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) acaba de fechar uma parceria com a Bamboo HR Talent Solution, consultoria especializada em identificar e desenvolver novos profissionais. O “Banco de Talentos ABES”, como é chamado o projeto, ajudará os associados ABES e seus departamentos de recursos humanos na contratação de estagiários em todas as áreas das empresas. A entidade busca com a iniciativa contribuir para o desenvolvimento de novos talentos para a Indústria Brasileira de Software.
Com o suporte da Bamboo HR, os associados que aderirem ao projeto receberão uma análise sobre o seu perfil e suas vagas serão disseminadas 
junto ao público-alvo. A consultoria fará a gestão do Banco de Talentos ABES, sendo responsável por todas as etapas de contratação e dará apoio à empresa contratante durante o processo de entrevistas pessoais e na aprovação do candidato. “Sabemos da dificuldade da Indústria Brasileira de Software em preencher suas vagas, o que tem prejudicado o crescimento desse setor. Nosso objetivo é ser parceiro dos associados para sanar esse problema. Além de ajudar no processo de recrutamento, será uma ótima oportunidade para gerir novos talentos e apoiar no crescimento do negócio”, revela Carlos Sacco, diretor de marketing da ABES.
Segundo Eduardo Cupaiolo, diretor executivo da Bamboo HR, a iniciativa visa atender às necessidades das empresas de software de atrair e formar jovens talentos para suprir a escassez e a crescente demanda por profissionais no setor, especialmente as pequenas empresas, que não dispõem de programas específicos. Os interessados poderão acessar as oportunidades em vagas de estágio, por meio Portal da ABES: www.abes.org.br, pelo site da Bambo HR - www.bamboohr.com.br, além do perfil da empresa contratante no Facebook. (Fonte: S2Publicom)



Da redação - Porto Alegre / RS

Fabricantes de ERPs focam nas pequenas e médias empresas

Ricardo Kurtz, diretor comercial da Sidicom
Os fabricantes de software de gestão empresarial (ERPs) observam o mercado entrar em novo momento. Após a consolidação, desenvolvedores passaram a encontrar a barreira da saturação das empresas de grande porte. A saída encontrada foi focar nas pequenas e médias (PMEs). Atualmente, as vendas de sistemas para esse nicho de mercado já respondem por 46%, da movimentação total, cerca de R$ 4 bilhões em 2012. 
previsão, segundo a consultoria IDC é de que o segmento cresça a  taxa média anual de 8% de 2012 a 2017. Mas atender a esse público tem suas peculiares. Os sistemas precisam fornecer a eficiência e a agilidade que a empresa necessita e ser simples de utilizar. “Não basta um sistema de gestão ser eficiente e se manter com tecnologia de ponta. Além disso, é preciso que a implantação seja fácil o bastante para que a equipe possa utilizá-lo plenamente”, salienta Ricardo Kurtz, diretor comercial da Sidicom, empresa especializada em ERP para pequenas e médias empresas.
A gestão administrativa e fiscal são as necessidades que mais atraem os gestores a adquirirem o primeiro ERP. Com ele é facilitada a administração 
de compra, venda, estoque, finanças, contas a pagar e controladoria. O sistema é importantíssimo, por exemplo, na adequação às regras do Sped 
(Sistema Público de Escrituração Digital). Há ainda a necessidade de se adequar a novas exigências como nota fiscal eletrônica (NF-e). “O software 
tem de atender o cliente independente da área em que ele atue. Por isso, são configuráveis pelos usuários e podem ser customizados pela equipe de 
desenvolvimento da Sidicom para atender às necessidades do cliente”, diz Kurtz.  (Fonte: Assessoria de Comunicação Gladis Ybarra)



Da redação - São Paulo / SP

Fiesp chama desenvolvedores para criação de software móvel

O Comitê de Jovens Empreendedores (CJE) da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) promove, nos dias 25 e 26 de setembro, o 
Hackathon - maratona de 12 horas para criar um App para mobile gratuito e inovador que atenda empreendedores ligado à diferentes áreas. 
Poderão participar do desafio cientistas da computação, programadores, designers e hackers que já tenha um portfólio publicado. O objetivo da ação 
é fomentar o conhecimento tecnológico e o espírito empreendedor dos participantes para apoiar o empreendedorismo no Brasil. A atividade faz parte 
do 9º Festival de Empreendedorismo da Fiesp, no Anhembi, em São Paulo. As inscrições devem ser feitas pela internet.



Da redação - Porto Alegre / RS

Tecnologia qualifica serviços de saúde

A Medicina não é mais a mesma, evoluiu e, hoje, tem recursos tecnológicos decisivos na hora de salvar uma vida. A telemedicina, móbile health e o 
prontuário eletrônico são alguns exemplos do que já é realidade na tecnologia para saúde. Além disso, a gestão hospitalar também evoluiu. Com 
investimentos em Tecnologia da Informação (TI) os processos de hospitais e postos de saúde são otimizados, evitando desperdício de recursos e 
colaborando com ações planejadas que realmente tragam eficácia à população. Neste sentido os Hospitais, com processos de qualificação e 
acreditação, buscam crescentemente a utilização da TI como fator de diferenciação nos serviços prestados aos seus clientes. “Assim como o setor 
público, que identificou na TI uma forma transparente de disponibilizar informações ágeis dos municípios (prontuários eletrônicos e disponibilidade dos recursos assistenciais) e prestar contas da utilização dos recursos públicos de forma mais eficiente”, destaca Jorge Branco, diretor da JME Informática.

O objetivo principal é simplificar a administração de clínicas, hospitais e postos de saúde, facilitando pontos mais sujeitos a erros devido à burocracia 
dos processos. Prontuário eletrônico único, Telemedicina e os recursos de saúde móvel são alguns exemplos empregados. Os médicos têm a 
disposição sistema único, fácil de acessar e que o coloca em contato direto com a pessoa doente. Já é possível o médico consultar prontuários, fichas 
e agendas e até enviar mensagens de qualquer computador, tablet ou smartphone sem ter um custo alto.  
(Fonte: Assessoria de Comunicação Gladis Ybarra)

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INFRAESTRUTURA e LOGISTICA


Brasília / DF

Governo fecha neste ano leilão de rodovias

Com o esperado sucesso do primeiro leilão de rodovias, marcado para próxima semana, o governo Dilma definiu o calendário para leiloar os outros sete trechos ainda neste ano. O plano é que o último lote de rodovias seja leiloado até 27 de dezembro. Das nove rodovias que vão a leilão, três já estão com data marcada. Das outras seis, quatro estão com estudos finalizados e podem ter os editais publicados assim que o TCU der o aval. Já as rodovias BR-040/DF-MG e BR-116/MG-BA, que tiveram seus leilões adiados no início do ano, gerando as primeiras dúvidas sobre o pacote de concessões lançado em agosto de 2012 pela presidente, dependem de o ministério atualizar os estudos e entregá-los para análise do tribunal. Por isso, elas devem ser as últimas a ir a leilão. "Com relação a rodovias, estamos muito tranquilos", disse o ministro Cesar Borges (Transportes). 

Segundo ele, o governo tem confiança de que haverá disputa nos dois primeiros lotes de rodovias com leilões marcados para 18 de setembro, as 
BR-262/MG-ES e BR-050/MG-GO.  Até sexta-feira, 32 companhias haviam pedido a certidão negativa de débito, documento necessário para entrar no leilão. O ministro aposta que cada lote será disputado por ao menos quatro grupos, o que deve fazer com que os preços tetos estipulados para os pedágios possam cair. O critério para a escolha do vencedor da disputa é o menor valor de pedágio ofertado.

Segundo o ministro, a estratégia do governo foi oferecer primeiro os lotes mais atrativos, onde há menor risco em relação às obras e maior possibilidade de receita. Segundo ele, as empresas que não vencerem esses primeiros lotes vão ter mais apetite para os outros lotes. "Agora é o filé. Mas não é que depois venha a carne de pescoço. É filezinho", afirmou Borges. Para o ministro, as condições dadas pelo "project finance" - em que as garantias reais são dadas pelas receitas da concessão - e a possibilidade de parceria com fundos de pensão de estatais para formar o capital das empresas vão dar condições para que companhias entrem em mais de um leilão.

Segundo o ministro, sem essas condições, os estudos do governo apontam que as companhias privadas só teriam capacidade de participar de 15% a 20% dos negócios oferecidos no programa de concessões. Os fundos se comprometem a injetar até R$ 12 bilhões para serem sócios das concessões. Borges afirmou que os primeiros leilões acabaram cancelados porque havia imprecisões de projeto e críticas à taxa de retorno, que foram resolvidas ao longo do ano. (Agência Folha)


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ENERGIA


Rio de Janeiro / RJ

Brasil teme que espionagem dos EUA afete lance em leilão do pré-sal

A denúncia de espionagem na Petrobras pelo governo dos EUA gerou preocupações de que os norte-americanos tenham tido acesso à estratégia da 
estatal brasileira no leilão do pré-sal, o que poderia afetar os lances realizados pelas companhias na licitação da reserva de Libra, disse uma fonte do governo brasileiro na tarde de onte, dia 9/9. 
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), por sua vez, informou que a denúncia de espionagem não afeta o cronograma nem as regras do certame, uma vez que as informações sobre Libra, a maior área exploratória de petróleo do país, já estão disponíveis para as empresas interessadas no leilão. O governo norte-americano espionou as redes de computadores de empresas como Petrobras e Google, de acordo com documentos vazados da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) exibidos pela Rede Globo.

Em nota divulgada no domingo, o diretor do Departamento dos Serviços de Inteligência dos EUA, James R. Clapper, afirmou que não é segredo para 
ninguém que o país coleta informações sobre questões econômicas e financeiras, especialmente para proteger cidadãos norte-americanos e os 
interesses dos aliados da nação. Mas ele ressaltou que o governo não compartilha segredos comerciais com companhias. A reportagem do programa Fantástico, da Globo, não informou quando a suposta espionagem aconteceu, quais dados podem ter sido obtidos ou o que a agência estava buscando.

Empresas norte-americanas poderiam usar informações confidenciais da Petrobras para preparar suas ofertas no leilão, segundo a fonte, que pediu 
para ficar no anonimato. Isso reduziria a concorrência e os lances ofertados ao governo brasileiro pela exploração da área de Libra, acrescentou. Já o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou à Reuters que, se realmente ocorreu espionagem e os americanos tiveram acesso a informações mais precisas sobre a estratégia da Petrobras no leilão de Libra, seria mesmo um risco ter os lances do leilão influenciados por tais informações. "A história do petróleo sempre mostra que desde sempre ele é muito disputado pelos países", disse Costa, que atualmente é consultor de empresas. "Libra é uma área que não se tem igual no mundo, nesse tipo de leilão, aberto a outras empresas, é algo muito valioso", acrescentou, ponderando que é preciso antes de tudo confirmar se realmente houve espionagem. Segundo ele, a diretoria da Petrobras nunca desconfiou de espionagem porque sempre confiou em uma série de sistema de proteções de que a companhia dispõe.

As regras - Pelas regras da partilha, vencerá o leilão o consórcio que apresentar a maior parcela de óleo destinada à União. Mesmo que não participe do consórcio vencedor, a Petrobras será, por lei, operadora de Libra e terá participação mínima de 30 por cento da área. Como Petrobras será a operadora de qualquer maneira e a partilha reserva ao governo poderes de decisão, as bases do leilão não têm como ser afetadas, afirmou uma segunda fonte, também pedindo para ficar no anonimato. "É diferente de uma reserva em que não se sabe o que há. Nessa, a reserva já é estimada e, além disso, a operação será pelo sistema de partilha, com mais poderes exercidos pelo governo", disse.

Libra será leiloada em um único bloco porque o governo brasileiro teme que uma divisão em lotes poderia criar impasses jurídicos, com a possibilidade de um campo vazar óleo para o outro e a necessidade de acordos de unitização entre empresas, um imbróglio que ocorre quando há interligação entre reservatórios. O programa Fantástico obteve as informações sobre a espionagem dos EUA na Petrobras através de Glenn Greenwald, repórter norte-americano do jornal The Guardian que vem trabalhando junto com o ex-analista da NSA Edward Snowden para expor os programas de espionagem dos EUA no Brasil e no exterior. A denúncia sobre a Petrobras pode complicar ainda mais um impasse diplomático tenso entre os EUA e o Brasil provocado pela suposta espionagem da NSA às chamadas telefônicas e emails da presidente Dilma.

O Road Show - A ANP informou que concluiu neste fim de semana um "road show" internacional para divulgar a primeira rodada do pré-sal. A equipe da ANP apresentou, em Cingapura, Londres, Houston, Tóquio e Beijing informações sobre a área de Libra. Segundo a assessoria de imprensa, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, disse aos potenciais investidores que Libra é uma oportunidade única no mundo, tanto pelo volume estimado -de 8 a 12 bilhões de barris de óleo - quanto pela quantidade de informações disponíveis, pois já existe importante descoberta na área, com óleo produzido e analisado. "Isto quer dizer que o investidor que participar do leilão saberá exatamente qual o óleo contido no bloco e qual o seu valor de mercado", destacou Magda, por meio de nota à imprensa.  (Agência Reuters)


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