Edição 926 | Ano V

Brasília/DF São Paulo/SP

ANÁLISE

Queda da inflação não muda aperto monetário

O Banco Central (BC) está usando a política monetária para mitigar os efeitos da desvalorização do real sobre os preços internos e, assim, continuará fazendo. O Ministério da Fazenda busca recuperar a credibilidade da política fiscal. O objetivo do BC é consolidar a inflação em patamares mais baixos que os atuais. A inflação de julho (0,03%) ajudou a derrubar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses para 6,27%, face aos 6,70% verificados até junho. A autoridade monetária acredita que será possível fechar 2013 com o IPCA abaixo de 5,84%, resultado registrado no ano passado. O número de julho surpreendeu positivamente porque, no início do mês passado, o mercado, de acordo com o Boletim Focus, esperava variação de 0,25%. O governo sabe, porém, que o recuo do IPCA para 0,03% foi provocado em grande medida pela suspensão do reajuste de tarifas de transporte urbano em várias capitais e de energia em alguns Estados. Para que a inflação continue caindo, o BC considera fundamental diminuir os repasses da desvalorização do real à inflação doméstica. O principal instrumento usado para atingir esse objetivo é a taxa básica de juros (Selic), que, portanto, deve continuar subindo nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) - hoje, a Selic está em 8,5% ao ano. Desde janeiro, o real sofreu depreciação de 11% em relação ao dólar (ver gráfico). O BC atribui a isso o aumento da inflação no período. Apesar da queda do IPCA nos últimos dois meses, os produtos intermediários têm registrado alta de preços, provocada pela desvalorização do real. Ao calibrar os juros, o BC mira a inflação ao consumidor e não no atacado, mas, ao manter a política monetária apertada, dificulta o repasse da desvalorização aos preços no varejo (pass through, na linguagem do mercado).

É difícil saber até onde vai o dólar nesse movimento de reposicionamento da moeda americana, decorrente de expectativas de mudança da política monetária expansionista dos Estados Unidos. Não dá para dizer, portanto, se a desvalorização do real provocada por esse fato já se esgotou. O momento, analisam economistas oficiais, é complexo porque a liquidez internacional diminuiu e a volatilidade dos mercados aumentou. O Federal Reserve (Fed), o banco central americano, começa a reduzir, até o fim do ano, a compra mensal de títulos públicos e privados, medida adotada nos últimos anos para injetar liquidez no mercado e tentar reanimar a economia. O problema é que persistem dúvidas sobre a intensidade com que fará isso. Em Brasília, sabe-se que a recuperação dos EUA favorece a economia brasileira. 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está prevendo, por causa da possível retomada americana, aumento do crescimento do PIB mundial de 3,1% em 2013 para 3,8% em 2014 e, no caso do comércio internacional, aceleração de 3,1% para 5,4%. A transição da política monetária americana inspira cuidados, contudo, no Brasil e no restante do mundo, 
acostumados com o excesso de liquidez dos últimos cinco anos. Essa incerteza sobre o que ocorrerá com o dólar desautoriza mudança de estratégia na política monetária no curto prazo. Além disso, na semana passada, o FMI divulgou estudo em que afirma que, mesmo depois da recente desvalorização, o real estaria sobrevalorizado face ao dólar em algo entre 10% e 15%. Isto sugere que, no processo de reprecificação das moedas em relação à moeda americana, o real pode se depreciar ainda mais. 

O BC considera fundamental diminuir os repasses da desvalorização do real à inflação doméstica - Dentro de sua estratégia, o Banco Central considera crucial mitigar, agora em agosto e nos próximos meses, o repasse da valorização do dólar para os preços internos. Esses meses são considerados críticos para o sucesso da política monetária, daí, a justificativa de não se comemorar, com grande animação, o resultado do IPCA de julho. Entre 2011 e 2012, a atual gestão do BC engordou as reservas cambiais em US$ 85 bilhões, um colchão de liquidez importante para suavizar os movimentos de saída de dólar neste momento - na terça-feira, as reservas contavam US$ 374 bilhões. O BC vem atuando no mercado principalmente por meio de swaps cambiais, contratos que equivalem à venda de dólar no mercado futuro, mas está disposto, se a situação apertar, a vender moeda física, como fez em dezembro do ano passado (com desembolso de US$ 5,4 bilhões) e em junho deste ano (US$ 1,7 bilhão). Nesse contexto, há que se considerar o comportamento da atividade econômica. O governo acredita que a economia cresceu, no segundo trimestre, mais do que no primeiro, quando avançou 0,6% sobre o trimestre anterior. Há indícios, entretanto, de que a atividade voltou a ceder nos meses recentes, especialmente em julho. O diagnóstico é o de que o problema, agora, reside na falta de confiança, tanto da parte dos empresários quanto dos consumidores. Os agentes econômicos, na opinião do governo, estariam com uma percepção mais pessimista da economia do que mostra a realidade. No primeiro semestre, o Produto Interno Bruto (PIB), pelo lado da oferta, ganhou terreno, assim como o emprego na indústria. Pelo lado da demanda, o investimento teve um maior protagonismo. Houve um arrefecimento no mercado de trabalho e a evolução do crédito foi um pouco mais moderada que nos anos anteriores, embora ainda cresça a taxas elevadas - o volume total avançou 16,4% nos 12 meses acumulados até junho.

Os agentes econômicos, na opinião do governo, estariam com percepção mais pessimista do que mostra a realidade - A confiança, porém, está abalada. No caso dos consumidores, houve um forte ajuste provocado pela inflação elevada nos primeiros meses do ano. A inflação alta também influenciou negativamente o humor do setor empresarial, assim como a frustração do crescimento do PIB no primeiro trimestre, a decisão da Standard & Poors de mudar o perspectiva de risco soberano do Brasil de estável para negativa, a derrocada do grupo X (do empresário Eike Batista), a onda de manifestações populares e até a forte queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff. No limite, a desconfiança desaguou na expectativa de que o país, por causa da piora das contas públicas, pode sofrer rebaixamento e perder o grau de investimento concedido pelas agências de classificação de risco. Na análise do governo, a percepção está mais pessimista do que indicam os dados. Olhando para frente, a percepção negativa afeta a economia real. Para manter o país em rota de recuperação, é preciso restabelecer a confiança, do contrário, o crescimento do terceiro e do quarto trimestre também será comprometido.Para melhorar a confiança, o governo trabalha em duas frentes. 

No Banco Central, a ideia é restaurá-la por meio do combate à inflação, sendo que o principal instrumento para fazer isso é a taxa Selic. Além do aperto monetário, o BC espera mais arrefecimento do mercado de trabalho nos próximos meses. Isso ajudaria a derrubar a inflação de serviços, que continua elevada. Não se espera, também, a ocorrência de quebra de safras agrícolas, como ocorreu no ano passado. No Ministério da Fazenda, o propósito, para reconquistar a confiança dos agentes econômicos, é melhorar a interlocução com o setor privado, convencendo-o, por exemplo, de que o setor público cumprirá, sem lançar mão de manobras contábeis, a meta de superávit primário das contas públicas estabelecida para este ano (2,3% do PIB). A Fazenda buscou nos últimos dois meses uma aproximação com o mercado. Atendeu à reivindicação pela derrubada do IOF incidente sobre investimento de estrangeiros em renda fixa e operações de derivativo cambial. Além disso, atendendo a outro pleito do meio empresarial, reduziu alíquotas de importação que haviam sido majoradas nos últimos dois anos para proteger a indústria nacional.

Considera-se, em Brasília, que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, protagonizou três acertos na semana passada. O primeiro foi ter desautorizado publicamente o representante do Brasil no Fundo Monetário Internacional, Paulo Nogueira Batista Jr., por ele ter se abstido de votar na reunião que decidiu pela concessão de um novo aporte financeiro à Grécia. Ao tomar essa decisão, Mantega demonstrou autoridade, algo que vinha sendo questionado desde quando surgiram rumores de que estaria demissionário do cargo. Outro acerto do ministro foi ter reduzido as alíquotas de importação de uma centena de produtos. Por fim, ele foi aplaudido por ter deixado claro que o governo não mudará a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para permitir um maior endividamento de Estados e municípios. Também com o objetivo de aumentar a confiança de empresários e investidores na economia, o governo conta com o sucesso dos leilões de concessão ao setor privado, programados até o fim do ano, nos setores de aeroportos, rodovias, ferrovias e petróleo. (Fonte: Canal do Produtor)


São Paulo / SP

Compra de imóvel deve cair de 4 meses para apenas 30 dias

O processo de compra de um imóvel no Brasil pode cair dos cerca de quatro meses para menos de 30 dias com a aprovação de um projeto em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. O texto concentra todos os atos jurídicos envolvendo um imóvel na sua matrícula de registro. De autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), a proposta tem o apoio do governo federal e deverá ser aprovada em breve. A proposta transfere a responsabilidade do comprador para o proprietário do imóvel, que passará a ser obrigado a registrar na matrícula todos os dados envolvendo aquela residência. A responsabilidade também recairá sobre um terceiro que tenha algum litígio com repercussão financeira contra o imóvel. Assim, em vez de o comprador ser obrigado a fazer um verdadeiro périplo pelos cartórios para verificar se o imóvel está bloqueado pela Justiça, consta como espólio ou foi usado como garantia em empréstimo, por exemplo, os dados serão unificados na matrícula do imóvel no Serviço de Registro de Imóveis. A atualização e veracidade dos dados na matrícula ficam a cargo do vendedor e não mais do comprador, que antes precisava percorrer várias cartórios. Em São Paulo, por exemplo, o comprador deve levantar de 40 a 50 certidões para se proteger no futuro e, mesmo assim, não há garantias de que a compra não será questionada na Justiça. 

Na prática, além de reduzir os custos e a burocracia, a proposta, conhecida no mercado como concentração do ônus na matrícula, desestimula os chamados “contratos de gaveta”. Com a concentração de todos ao atos do imóvel na matrícula, ficam valendo somente aqueles ônus que estiveram averbados no registro na hora da assinatura do contrato. “O objetivo é desburocratizar o mercado imobiliário brasileiro, que em função da insegurança jurídica não tem o tamanho que poderia ter”, afirmou Teixeira. Para ele, o mercado brasileiro se desenvolveu de forma “torta”. “Cabe a um terceiro, no caso, o adquirente do imóvel, levantar todas as informações que comprovem que aquele bem não tem nenhum problema envolvendo o seu dono original e outra parte, como instituição financeira ou a Justiça.” 

O secretário adjunto de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, Pablo Fonseca, avaliou que a aprovação do projeto tem potencial para melhorar “enormemente” a segurança jurídica na compra de imóveis, mercado em expansão no País nos últimos anos. Segundo ele, a SPE acompanha com grande interesse a tramitação do projeto. “O credor, ou alguém que tem algum interesse sobre a pessoa que é dona do imóvel, será obrigado a registrar na matrícula que move uma ação contra o proprietário”, explicou Fonseca. “Se não estiver anotado matrícula, o imóvel não seria mais passível de questionamento e o comprador não corre o risco de perder o imóvel.” Para o presidente da Associação Brasileira da Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Octavio de Lazari, os registradores de imóvel e o mercado financeiro são favoráveis à aprovação do projeto. Na avaliação dele, o projeto privilegia a todos compradores, inclusive aqueles beneficiados no programa Minha Casa, Minha Vida.  (Agência Estado)


Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP

OGX anuncia queda de 40,4% na produção de óleo e gás

A OGX, petroleira do grupo de Eike Batista, anunciou nesta quinta-feira, 08, a produção de óleo e gás de julho, que registrou queda de 40,4% em relação ao mês anterior, atingindo a média de 13,7 mil barris. No campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, o tombo foi de 90,7%. O campo, que chegou a ser apresentado como a principal aposta da companhia, com estimativa de reserva de 110 milhões de barris, produziu apenas 900 barris de barris de óleo equivalente (associado ao gás) por dia. No mês anterior, Tubarão Azul já havia decepcionado, com produção de 9,7 mil barris/dia. No início de julho, a OGX surpreendeu o mercado com a informação de que não dispunha de tecnologia capaz de viabilizar investimentos adicionais no Campo de Tubarão Azul e que os três poços em operação poderiam cessar a produção já no ano que vem. Nesta quinta, pouco antes de registrar, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o relatório de produção, a OGX fez outro comunicado ao mercado, esclarecendo declarações de Eike Batista em artigo recentemente publicado na imprensa. No texto, o empresário justificava as expectativas feitas por ele e que animaram investidores a injetar bilhões na petroleira. "Eu não investi na indústria do petróleo sem me cercar daqueles que eu e o mercado entendíamos estar entre os mais capacitados profissionais com que se podia contar", disse, argumentando que prognósticos de certificadoras, como a DeGolyer & MacNaughton (D&M) haviam atestado que "a OGX possuiria recursos aproximados de 10,8 bilhões de barris de petróleo equivalente (incluídos recursos contingenciais e prospectivos)". No esclarecimento ao mercado, a OGX novamente fez referência aos contratos para auditoria dos seus recursos "junto a renomadas certificadoras". E alegou que o volume de reservas anunciado decorreu de um cálculo pouco utilizado na indústria de petróleo: a soma dos recursos potenciais, prospectivos e contingentes. "A soma das quantidades dessas diversas categorias foi realizada pelo então Diretor Geral e de Exploração da Companhia em 2011, a título ilustrativo", diz o texto do comunicado, sem citar o nome do executivo Paulo Mendonça, que ocupava o cargo na ocasião.  (Agência Estado)


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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP

IPC-Fipe registra variação de +0,01% na 1ª quadrissemana de agosto

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo registrou variação positiva de 0,01 por cento na primeira quadrissemana de agosto, com pressão de preços em habitação, após encerrar julho com deflação de 0,13 por cento, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta sexta-feira. Na primeira quadrissemana de agosto, o maior impacto de alta veio do grupo Habitação, que avançou 0,35 por cento, representando 0,1092 ponto percentual do IPC-Fipe do mês, após alta de 0,40 por cento em julho. Por outro lado, o setor de Transportes ainda registrou queda de 0,96 por cento, representando -0,1699 ponto percentual do índice, após recuo de 1,30 por cento em julho, por conta da reversão dos aumentos de tarifas de transporte público devido às manifestações populares. O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos. A divulgação do IPC-Fipe referente à segunda quadrissemana de agosto ocorrerá em 19 de agosto.

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE na Europa:

Bolsas europeias abrem em alta

As principais bolsas europeias abriram nesta sexta-feira em alta após o fechamento no verde de Wall Street e a publicação de bons indicadores da economia chinesa.
Em Londres, o FTSE-100 ganhou 0,29% nas primeiras negociações, a 6.548,36 pontos. Em Frankfurt, o Dax abriu em alta de 0,17%, a 8.332,53 pontos.
Em Paris, o CAC-40 começou o dia ganhando 0,25%, a 4.074,64 pontos, enquanto em Madri o Ibex-35 abriu em leve alta de 0,1%, a 8.680,7 pontos.


HOJE na Ásia:

Bolsas asiáticas fecham em direções divergentes

Os mercados de ações da Ásia fecharam em direções divergentes após a divulgação de dados na China os pregões de hoje, dia 9/8. Em Xangai e Hong Kong, os dados publicados durante a sessão ajudaram a sustentar o mercado. Já na Austrália, a Bolsa de Sydney fechou em baixa depois que o Banco Central do país reduziu as previsões sobre o crescimento econômico australiano.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China subiu 2,7% em julho relação ao mesmo mês do ano anterior, ficando ligeiramente abaixo da previsão de 14 economistas consultados pela Dow Jones, de alta de 2,8%. Mais tarde, durante a sessão, a China informou que sua produção industrial cresceu 9,7% em junho, na comparação anual, contra uma expectativa de 9%, elevando o sentimento positivo.
Na sessão anterior, os dados do comércio desenharam uma imagem positiva do estado da economia da China, ao mostrar uma demanda global melhor do que o esperado para as exportações do país, juntamente com importações em alta. Os dados desta sexta-feira são mais um sinal da potencial estabilidade na maior economia da região.
"Levando em consideração os dados comerciais melhores do que o esperado, há mais razão para ser positivo sobre a economia", disse Zheng Ping, analista da Minsheng Securities.
As ações chinesas fecharam em alta, com o índice Hang Seng, de Hong Kong, subindo 0,7%, para 21.807,56 pontos. Na China continental, o índice Xangai Composto avançou 0,4%, para 2.052,24 pontos, e o índice Shenzhen Composto ganhou 0,2%, aos 996,42 pontos.
O dólar australiano também foi ajudado pelos dados econômicos da China. Conhecida também como Aussie, a moeda australiana tem ficado sob pressão nas últimas sessões, atingindo o menor nível em três anos aos US$ 0,8848 no início da semana. Ao final da sessão na Ásia, a moeda operava em torno de US$ 0,9146.
No entanto, os ganhos da moeda local foram limitados, visto que o Banco da Reserva da Austrália (RBA, na sigla em inglês) reduziu suas expectativas de crescimento econômico e foi vago sobre as perspectivas para as taxas de juros. O índice S&P/ASX 200 perdeu 0,2%, para 5.055,20 pontos.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi terminou em queda de 0,17% aos 1.880,71 pontos. O índice Taiwan Weighted caiu 0,7%, para 7.856,14 pontos, com preocupações sobre o possível fim do programa de estímulo do Federal Reserve, dos EUA. 


ONTEM no Brasil:

Bovespa sobe 3,12%, a maior variação desde 6 de março

A Bovespa teve no pregão de ontem dia 8/8, seu melhor pregão desde março passado - em termos de variação porcentual - por causa de uma reunião de fatores que incluiu balanços corporativos e dados econômicos da China. A ação do investidor estrangeiro na ponta compradora também favoreceu os ganhos generalizados do Ibovespa, onde apenas cinco ações fecharam em baixa. Vale foi um dos principais destaques.
O Ibovespa terminou o dia com valorização de 3,12%, aos 48.928,82 pontos. Foi a maior alta porcentual desde 6 de março passado, quando subiu 3,56%. Na mínima, registrou 47.453 pontos (+0,01%) e, na máxima, 49.230 pontos (+3,76%). No mês, voltou a acumular ganhos, de 1,44%, mas, em 2013, tem perda de 19,73%. O giro financeiro totalizou R$ 7,534 bilhões. Os dados são preliminares.
"Hoje o mercado teve um dia de euforia. Os resultados corporativos, como os da Vale, indicadores chineses e uma questão técnica puxaram a Bolsa", comentou o analista da Spinelli Elad Victor Revi para justificar o comportamento desta sessão.
Vale foi um dos principais destaques do dia. As ações da mineradora dispararam 3,69% na ON e 2,99% na PNA, este último papel com o maior giro individual da Bolsa, de R$ 1,226 bilhão. Vale contou com a boa interpretação de seu balanço pelo mercado. Embora tenha divulgado um lucro abaixo da pior das projeções, de US$ 424 milhões - 84% menor do que no mesmo período do ano passado - a redução de custos e de despesas e a disciplina na alocação de capital foram os pontos positivos do balanço, segundo os analistas.
Os dados da China também ajudaram: o país anunciou superávit menor do que o esperado em julho, de US$ 17,80 bilhões ante projeção de US$ 27,20 bilhões e resultado de US$ 27,12 bilhões em junho. Mas o resultado foi conseguido com um aumento de 5,1% das exportações e de 10,9% das importações, ambos acima das previsões de, respectivamente, 3,2% e 4%.
Com tal resultado, as commodities avançaram pelo globo e favoreceram papéis como os das mineradoras, que subiram fortemente na Europa. No Brasil, a notícia puxou também MMX (+8,02%).
Petrobras também acabou acompanhando o desempenho do mercado e subiu, ainda com a expectativa para seu balanço, amanhã à noite, e favorecida pela notícia de descoberta de petróleo. Petrobras ON, +3,20%, Petrobras PN, +2,46%. A estatal comunicou que comprovou a ocorrência de petróleo no poço 3-SPS-101 (3-BRSA-1179-SPS), localizado na área do Plano de Avaliação da Descoberta de Carioca, no bloco BM-S-9, no pré-sal da Bacia de Santos. As cinco ações que fecharam em baixa foram: BRMalls ON (-1,15%), Marfrig ON (-1,04%), Cemig PN (-0,48%), Pão de Açúcar PN (-0,44%) e CCR ON (-0,12%).


ONTEM nos EUA:

Bolsa americana fecha em alta

Wall Street, ajudada por bons indicadores, conseguiu recuperar seu impulso no pregão de ontem, dia 8/8, e pôr fim a uma série de três sessões consecutivas em queda: o Dow Jones ganhou 0,18% e o Nasdaq, 0,41%.
O índice Dow Jones Industrial Average teve alta de 27,65 pontos a 15.498,32 pontos e o tecnológico Nasdaq subiu 15,11 pontos a 3.669,12 pontos.
O índice ampliado Standard & Poor's 500 subiu 0,39% (+6,57 pontos) a 1.697,48 pontos.
Depois de fechar no vermelho nos três primeiros dias da semana e ter alcançado novos máximos na sexta-feira passada, "é normal observar uma leve recuperação" do mercado financeiro nova-iorquino, disse o analista independente Hugh Johnson.
O otimismo dos investidores foi alimentado por várias informações positivas.
A China, segunda economia mundial, anunciou nesta quinta-feira uma recuperação líquida de suas trocas comerciais em julho, depois de vários meses de queda de suas importações e uma desaceleração de suas exportações.
Outro indicador positivo: os novos pedidos semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos aumentaram levemente na semana passada, porém, menos que o esperado pelos analistas.
O anúncio de um aumento maior que o previsto das vendas mensais do gigante do fast food McDonald's, considerado como um indicador do vigor do consumo norte-americano, foi também uma boa notícia para o mercado, segundo analistas da Charles Schwab.
Não estava prevista nenhuma declaração de dirigentes do Federal Reserve, "o que em si é uma boa notícia, visto o aumento dos temores sobre a desaceleração" das medidas de apoio à economia por parte do banco central, destacaram analistas da Briefing.com.
O mercado de títulos fechou em alta. O rendimento dos títulos do Tesouro a 10 anos caiu a 2,587% contra 2,6% na noite de quarta-feira e o dos de 30 anos a 3,672% contra 3,686%. O rendimento das obrigações evolui em sentido inverso a seus preços.

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MERCADO FINANCEIRO

São Paulo / SP

Lucro do Banco ABC Brasil cresce 17,6%

O Banco ABC Brasil teve um crescimento de 17,6 por cento no lucro líquido no segundo trimestre, ante igual período de 2012, totalizando 64,7 milhões de reais, informou a instituição nesta sexta-feira. Na comparação com os três primeiros meses do ano, o lucro líquido teve crescimento de 7,7 por cento.
A carteira de crédito expandida da instituição cresceu 13 por cento sobre o segundo trimestre de 2012 e 6,7 por cento sobre os três primeiros meses deste ano, para 16,88 bilhões de reais. Já as provisões para perdas com crédito tiveram alta anual de 9,4 por cento, mas sobre o primeiro trimestre houve um salto de 85,5 por cento, para 31,3 milhões de reais.
O crescimento sobre o primeiro trimestre ocorreu apesar do índice de inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias recuou no período de 0,25 para 0,22 por cento. O índice de retorno sobre patrimônio líquido médio, uma referência da rentabilidade de um banco, passou de 14,2 por cento no segundo trimestre de 2012 para 14,6 por cento nos três meses encerrados em junho, enquanto o índice de eficiência foi de 36,9 para 36,4 por cento no período.  (Agência Reuters)

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INDÚSTRIA

Paris / França

Danone compra empresa de iogurtes YoCrunch nos EUA

A Danone comprou a empresa norte-americana de iogurtes YoCrunch, mantendo estratégia de crescer sua participação no mercado de 7 bilhões de dólares. A YoCrunch tem receita líquida anual de 110 milhões de dólares e vem mantendo crescimento de dois dígitos nos últimos anos, informou a Danone, sem informar o valor pago pela empresa. A aquisição segue um acordo entre a Danone e a Starbucks anunciado no mês passado para venda de um iogurte nas lojas da rede de cafés.  (Agência Reuters)


São Paulo / SP

Indústria química quer proteção para fertilizantes

Indústrias químicas e fabricantes de fertilizantes no Brasil, como Vale e Petrobras, buscam proteção tarifária para elevar a atratividade e a taxa de retorno de novos investimentos projetados em US$ 13 bilhões até 2017. A Câmara de Comércio Exterior (Camex) está prestes a decidir, nos próximos 
dias, sobre a restauração da Tarifa Externa Comum (TEC) para 16 tipos de matérias-primas importadas. As sobretaxas, de 4% a 10%, foram criadas em 2001, mas estão suspensas desde 2006, quando passaram a integrar a lista de exceção à TEC, de produtos fora do Mercosul.
Mesmo dividido, o governo acolheu o pedido de análise das empresas para elevar a proteção a produtos nitrogenados, fosfatados e adubos nacionais. A proposta inclui, ainda, a revisão da alíquota da TEC para potássio. Empresas como a nacional Galvani, a canadense Mbac e a sul-africana Anglo American insistem em que a medida não elevará custos no campo nem incidirá nos índices de inflação de maneira significativa. O sindicato das indústrias (Sinprifert) afirma que “somente” 63% das matérias-primas seriam taxadas. A Associação da Indústria Química (Abiquim) estima impacto inflacionário de 0,02%, sem reflexo no preço final da cesta básica. O pedido está sob análise de um grupo de trabalho da Camex desde julho. Os vários ministérios que compõem o colegiado têm interesses e visões distintas, apurou o jornal O Estado de S. Paulo. A Fazenda, por exemplo, tem avalizado uma política contrária ao pedido dos industriais, autorizando redução das tarifas de importação, exatamente para afastar pressões sobre a inflação.

A disputa - Mas há ponderações internas, assim como no Ministério do Desenvolvimento, em relação ao expressivo volume de investimentos em jogo. O governo tem tentado, de várias formas e com diversos programas, atrair capital privado para estimular a atividade econômica. Os Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, entretanto, são contra. Querem evitar uma potencial elevação de custos aos produtores rurais, sobretudo em um momento de pressão do dólar, que baliza boa parte dos insumos. “Vale e Petrobras têm muito peso nessa retomada dos investimentos. E têm força política”, diz uma fonte do governo envolvida nas negociações. A elevação da TEC poderia ser dividida em duas etapas, avalia a Camex. “É algo que podemos fazer”, diz o presidente executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo.
A conta da importação desses produtos é salgada. Em 2012, custou ao País US$ 8,6 bilhões em adubos e fertilizantes. Até junho, somou US$ 4,23 bilhões - US$ 1 bilhão acima de igual período do ano passado. Consultadas, Petrobrás e Vale não se pronunciaram separadamente, mas reencaminharam questões à Abiquim e Sinprifert. Os produtores rurais são contra a medida. E evocam a elevação de 25% dos custos com fertilizantes na comparação com a última safra. “Na soja , em Mato Grosso, subiu de R$ 464 para R$ 580 por hectare em média”, diz o presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Glauber Silveira. “Enquanto o agronegócio tenta correr, o governo engatinha debatendo aumento de custos.”  (Agência Estado)


Da redação - Porto Alegre / RS

Randon tem lucro de R$ 68,9 milhões

A fabricante de implementos rodoviários e autopeças Randon voltou ao azul no segundo trimestre, apoiada em fortes vendas de veículos comerciais, em meio a incentivos governamentais. De abril a junho, o lucro líquido consolidado somou 68,9 milhões de reais, ante prejuízo de 4,7 milhões de 
reais no mesmo período do ano anterior, informou a Randon nesta quinta-feira. "A atual safra agrícola brasileira, apontada como a melhor da história, investimentos na construção civil e infraestrutura e o crescimento do consumo das famílias promoveram também demanda adicional nos investimentos ligados ao transporte", comentou a Randon, em relatório. A produção de veículos comerciais para o mercado brasileiro subiu 46,5 por cento, para 82 mil veículos, enquanto as vendas subiram 21,9 por cento, para 52,6 mil unidades. Apoiada na forte alta nas vendas de veículos pesados, como reboques, e peças, a companhia viu sua receita líquida subir 19,8 por cento na comparação anual, para 1,059 bilhão de reais. Na mesma linha, o resultado operacional da Randon, medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), foi de 151 milhões de reais, alta anual de 129,3 por cento. A Randon ratificou as projeções para o ano feitas no início do exercício, mantendo as metas de receita bruta total de 6 bilhões de reais, receita líquida de 4,1 bilhões de reais e investimentos de 130 milhões de reais. "Trabalhamos com a hipótese de estabilização no ritmo da atividade nos próximos meses do ano", afirmou a empresa, completando que será possível manter bons níveis de produção e volume, o que poderá sustentar a rentabilidade. Na semana passada, a Fenabrave, entidade que representa as revendedoras de veículos, informou que as vendas de caminhões novos no Brasil de janeiro a julho subiram 11,6 por cento ante mesma etapa de 2012, com ajuda do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), programa estatal de financiamento para compra de bens de capital novos com juros menores, e à safra agrícola recorde. 
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Randon)

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AGROBUSINESS

São Paulo / SP

Poupança rural muda e Plano Safra ganha recursos

O governo federal alterou na tarde de ontem, dia 8/8, as regras da poupança rural com objetivo de liberar entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões a mais para o Plano Safra 2013/2014. O plano, anunciado há dois meses, contava inicialmente com R$ 136 bilhões para financiamentos, mas os produtores têm reclamado de dificuldade em acessar os recursos. A legislação determina que 67% da captação da poupança rural seja direcionada para o crédito agrícola, mas sua contratação se dá com taxas livres de mercado. Como os bancos não conseguem cumprir a cota, parte do dinheiro fica parada no Banco Central (BC). Agora, se os bancos emprestarem recursos com as taxas mais baixas previstas no Plano Safra poderão compensar esse prejuízo com a liberação de parte desse dinheiro que está parado para ser emprestado livremente. O objetivo é que o banco ganhe mais de um lado para subsidiar o empréstimo mais barato para o produtor. Segundo o Banco Central, a medida vai melhorar a disponibilidade dos recursos, pois é uma forma de transformar dinheiro de uma fonte cara para uma fonte barata para o produtor. Para viabilizar a mudança, o Conselho Monetário Nacional (CMN) recriou uma engenharia financeira que foi abandonada na safra anterior, que prevê a aplicação de "fatores de ponderação" para definir o valor liberado. A liberação é definida de acordo com o perfil do produtor, se empresarial ou familiar, e se é para investimento, custeio ou comercialização da safra. Sem essa regra, os bancos teriam mais dificuldade para praticar as taxas mais baixas sem ter uma perda financeira, pois captam recursos ao custo da poupança, que é maior. Os juros nessas operações variam de 1,5% a 5,5% ao ano, abaixo do custo de captação da poupança rural.  (Agência Estado)


Da redação - São Paulo / SP

Índice de Preços de Alimentos da FAO cai pelo terceiro mês consecutivo

O Índice de Preços de Alimentos da FAO chegou a uma média de 205,9 pontos em julho de 2013, 4 pontos (perto de 2%), abaixo do valor revisado para junho e 7 pontos (ou 3,3%) menor do que julho de 2012. O declínio em julho, que marcou o terceiro mês consecutivo de queda, foi largamente influenciado pelos menores preços internacionais para grãos, soja e óleo de palma, enquanto as cotações de açucar, carne e derivados dos leite também já estavam baixas desde o mês anterior. O Índice de Preços de Cereais da FAO foi uma média de 227,7 em julho, uma baixa de 8,8 pontos (3,7%) em relação a junho e cerca de 33 pontos (our perto de 13%) menor do que julho do ano passado. A queda significativa reflete principalmente a baixa nos preços do milho, assim como as esperanças renovados devido ao clima de um significativo aumento na produção em diversos países líderes na produção do milho. Os preços do trigo também caíram mas a forte demanda por exportações limitaram o declínio. A variação do preço do arroz foi diversa de acordo com sua origem, com uma queda nos preços do produto tailandês contrastando com alta na cotação do vietnamita.
O Índice de Preços de Óleos/Gorduras da FAO ficou em torno de 191 pontos em julho, baixa de 7 pontos (ou 3,3%) em relação à junho e o mais baixo em três anos. A queda no índice reflete principalmente as reduções nas cotações de óleo de soja e de palma. Os valores do óleo de soja caíram em resposta a ampla disponibilidade para exportação, especialmente na Argentina, combinada com a fraca demanda (inclusive do setor de biodiesel), assim como a previsão de boa safra de soja nos Estados Unidos. O preço do óleo de palma se enfraqueceu principalmente como resultado da combinação de ampla produção e baixa expectativa de demanda de importação, notavelmente na China. Os preços para óleo de colza e girassol também caíram, refletindo a melhora na previsão de colheita para 2013/2014.
O Índice de Preços de Laticínios da FAO foi de 236,3 pontos em julho, uma queda de 2,6 pontos (1,1%). Enquanot os preços em geral estão em queda, o declínio teve uma menor margem do que nos meses anteriores como resultado da menor disponibilidade na Oceania e da estagnação na produção de leite entre outros exportadores, principalmente na Europa, América do Sul e Estados Unidos. Os preços do leite em pó foram sustentados pelo limitado suprimento mas o aumento foi mais do que balanceado por uma queda nos preços dos queijos devido a redução na demanda de importação. O Índice de Preços de Carnes da FAO ficou na média de 173,3 pontos em julho, mais ou menos sem alteração em relação ao nível revisado de junho. Os preços de carnes de aves e de porco foram menores, enquanto as carnes bovina e ovina subiram. De forma geral, esses são sinais de que os preços internacionais para carne estão enfraquecendo em face da reduzida demanda de importação - especialmente dos países asiáticos - refletindo o crescimento de produção e, em alguns casos, um acúmulo de carnes produzidas internamente.
O Índice de Preços do Açúcar ficou em 239 pontos em julho, queda de 3,6 pontos (1,5%) em comparação a junho. Os preços do açucar caíram pelo quarto mês consecutivo, com base na antecipação do grande superávit na produção nas principais áreas produtoras, em especial no Brasil, o maior produtor e exportador mundial de açucar. O declínio nos preços do etanol no Brasil também permitiram um incentivo a conversão maior de cana-de-açucar em açucar em vez de alcool etanol, o que colocou ainda mais pressão na queda dos preços internacionais.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FAO)


Da redação - Porto Alegre / RS

Yara concretiza aquisição do negócio de fertilizantes da Bunge no Brasil

A Yara International ASA fechou a aquisição do negócio de fertilizantes da Bunge no Brasil, marcando um passo importante para as suas ambições de crescimento na região. "Tenho o prazer de anunciar o fechamento da aquisição, que nos permite prosseguir com o importante trabalho de integração, aproveitar a sinergia e se posicionar para novos crescimentos no Brasil. A Yara pretende desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento do agronegócio brasileiro", disse Jørgen Ole Haslestad, presidente e CEO da Yara International.
Com uma capacidade de 32 misturadoras e três unidades de produção, a Yara Brasil está presente em todas as principais áreas de produção agrícola e segmentos do mercado de fertilizantes, além de estar ainda mais preparada para um crescimento continuado no país. “A Yara inicia uma nova etapa no País, em que atuará na consolidação de seu papel como líder também no Brasil e uma referência em excelência na entrega de soluções para a nutrição das plantas. Para isto, contará com uma equipe maior, comprometida em contribuir para o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira e para a produção de alimentos para o mundo”, afirmou Lair Hanzen, presidente da Yara Brasil. A transação está avaliada em US$ 750 milhões e compreende um valor de capital de giro líquido de US$ 385 milhões, além de outros ativos no valor de US$ 365 milhões, sendo o valor do capital de giro sujeito a ajustes pós-fechamento. A partir de 2014 a Yara objetiva sinergias anuais no valor de US$ 50 milhões. A Yara vai consolidar o negócio adquirido a partir de agosto e mensurar todos os ativos e passivos pelo justo valor à data de aquisição. (Fonte: CDI Comunicação Corporativa)


Da redação - São Paulo / SP

Yamasa leva sua tecnologia em máquinas classificadoras para o SIAV

Com equipamentos em granjas de todo o país e mais 25 países do mundo, a Indústria de Máquinas Yamasa também estará no Salão Internacional de Avicultura, o SIAV, evento que aguarda a presença de produtores de ovos e aves do Brasil e de outros continentes. Promovido pela União Brasileira de Avicultura, a Ubabef, o SIAV será um canal de negócios e conhecimento unindo a indústria ao produtor de maneira a promover a cadeia avícola brasileira junto aos mercados interno e internacional. “Por isso, não poderíamos ficar de fora desse importante acontecimento para a avicultura brasileira”, salienta Nelson Yamasaki, presidente da Yamasa. “O SIAV será uma oportunidade para levarmos nosso produto a ainda mais produtores de aves e ovos brasileiros e estrangeiros. Temos tido uma grande acolhida dos avicultores de outros países que, junto ao nosso avicultor brasileiro, têm prestigiado nossa marca, levando-nos a aperfeiçoar cada vez mais os nossos produtos”. Yamasaki e sua equipe estarão recebendo os produtores em seu estande instalado na feira que acontece no Anhembi, em São Paulo (SP), entre os dias 27 e 29 de agosto. Ali, terão como carro-chefe um dos sucessos da marca, a classificadora de ovos férteis YHD-12, equipamento que está 
agradando muito os empresários de incubatórios pelo país. Não é para menos: criada pela divisão de equipamentos da Yamasa para o setor de incubação, a classificadora YHD-12 atende com eficiência o mercado de frango de corte. 

O equipamento faz a classificação automática dos ovos por peso, o que permite a uniformidade dos ovos a incubar. “Também estaremos presentes no SIAV com nossos novos catálogos de produtos, mostrando toda a nossa linha para o setor de postura comercial, com destaque para as classificadoras de ovos de diversos portes e o detector de fissuras em ovos, equipamentos que certamente levarão soluções importantes para os empresários do setor”, acrescenta o presidente da Yamasa, satisfeito com os resultados que vêm sendo obtidos pela empresa nos últimos anos.

A Yamasa é uma das mais tradicionais e reconhecidas empresas do país em equipamentos para avicultura. Nasceu em 1965, no município de Rinópolis, localizado no Oeste Paulista. Ali, na região de maior produção de ovos do Brasil, a empresa começou pelas mãos do pioneiro Yorio Yamazaki. Inventivo e destemido, foi ele quem deu início à produção de máquinas que faziam a limpeza de ovos, uma inovação para a época. Hoje, a Indústria de Máquinas Yamasa possui um portfólio recheado de modernas máquinas que não só higienizam como classificam os ovos por peso, detectam fissuras e impurezas nas cascas, além de embalar o produto em estojos e bandejas.  A empresa atende avicultores de todo o Brasil e de mais 25 países do mundo, entre eles os Estados Unidos, a Rússia, a Espanha, grande parte da América Latina, México, Canadá e Turquia, entre outros. Gerar soluções para a avicultura industrial é o slogan da empresa e também sua vocação.  A Yamasa estará recebendo seus clientes durante o SIAV no estande nº 30.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da Yamasa)

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MERCADO AUTOMOTIVO

São Paulo / SP

VW trará ao Brasil programa global de venda de usados

A Volkswagen implantará no Brasil, em 2014, o programa Das WeltAuto de vendas de veículos usados da marca na rede de concessionárias. O programa, lançado há quatro anos na Alemanha, existe em outros países europeus e até no México, e está em testes nas lojas paulistanas. "Os veículos serão oferecidos em uma área exclusiva no showroom, teremos produtos financeiros, garantia, uma recuperação cosmética, tudo para agregar valor", disse Alexandre Abelleira, diretor nacional de vendas da Volkswagen durante o Congresso da Fenabrave, em São Paulo. A medida é o primeiro passo para ampliar o uso da rede de pós-venda da marca, setor considerado o mais lucrativo da cadeia automotiva. No Brasil, o pós-venda representa apenas 13% de faturamento, mas contribui com 32% do lucro no setor. Em mercados como Europa, Estados Unidos e Japão o serviço significa 18% do faturamento e 65% do lucro. "Queremos acabar com o mito de que revisões custam caro e só com a fidelização do cliente isso pode acontecer. Uma cliente que compra um usado da Volkswagen precisa ter um relacionamento com a marca", disse Abelleira. Ainda segundo o executivo, os principais desafios para as concessionárias são o custo de mão de obra crescente, a complexidade logística, a valorização imobiliária e ainda convencer a parcela de consumidores fiel a oficinas independentes a usar as da marca.
(Agência Estado)

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SERVIÇOS, COMÉRCIO e VAREJO

São Paulo / SP

Bombril aposta em nova linha de bazar para crescer

Para manter o crescimento dos últimos meses, a Bombril diversificou seu portfólio com o lançamento de sua linha para o segmento de bazar, único dentro de limpeza em que ainda não atuava. O anúncio foi feito durante a ABAD (33ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor e 16º Sweet Brazil 
International Expo). Os primeiros produtos são rolos adesivos e luvas para limpeza. No primeiro semestre do ano, a empresa registrou crescimento de 25%, bem maior do que o registrado no mercado que, segundo a consultoria Kantar, foi de 11,2%. “O lançamento faz parte da estratégia de estar presente em todas as categorias do setor de limpeza. Queremos aumentar a amplitude da nossa linha bazar, chamada de ‘PraKasa’, mas sempre trazendo produtos com alto valor agregado. Para isso, já estamos estudando e buscando fornecedores para todas as outras subcategorias que estão dentro deste segmento”, adianta Marcos Scaldelai, diretor comercial, marketing e P&D da Bombril. 

A marca está também ampliando sua linha institucional, voltada para hotéis, restaurantes, catering, indústrias e empresas, além do consumidor final. “Sempre tivemos uma atuação forte no varejo e nunca tivemos foco nos produtos institucionais. Mas com o crescimento da procura por embalagens com tamanhos diferenciados, começamos a pesquisar, procurar distribuidores e aumentamos nosso portfólio ”, diz o executivo. “Entretanto, também cresce no varejo a procura por produtos maiores, que trazem economia para o cliente. Um exemplo é a alta demanda por amaciantes de cinco litros. Estes produtos já são encontrados mercados de atacado e também em grandes redes, como o Extra”, completa ele.Scaldelai credita o constante crescimento da empresa, que fechou 2012 com alta de 16%, enquanto o setor registrou apenas 3,5%, segundo dados da Abipla (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins), aos investimentos em inovação, comunicação e na mudança estratégica da empresa, iniciada em 2011. “A inovação é fundamental para agregar valor a marca. Deixamos de ser uma empresa de commodities e focamos no diálogo com a mulher moderna, além de contemplarmos também os homens já que, com o crescimento delas no mercado de trabalho, eles têm feito mais tarefas domésticas”, explica Scaldelai.Segundo o executivo, a estratégia será mantida nos próximos meses e em 2014. “Queremos continuar sendo uma opção para o cliente frente às multinacionais, com produtos de qualidade, mas que não são nem os mais caros e nem os mais baratos do mercado”, finaliza. (Fonte: Brasil Econômico)


São Paulo / SP

Lucro da Estácio avança mais de 100% no semestre

A companhia de educação Estácio Participações divulgou, na noite desta quinta-feira por meio de comunicado, um lucro líquido de R$ 46,7 milhões no segundo trimestre, alta de 209,3% ante o mesmo período de 2012. No acumulado do primeiro semestre, o lucro chegou a R$ 113,3 milhões, 
crescimento de 106%. O lucro da Estácio no segundo trimestre ficou em linha com as expectativas do mercado. A média das projeções de sete casas consultadas (Bradesco, BTG Pactual, HSBC, Itaú BBA, JPMorgan, J.Safra, Morgan Stanley), apontava lucro de R$ 44,7 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e a receita líquida também estão de acordo com a as estimativas. A companhia reportou Ebitda de R$ 66,6 milhões, número próximo dos R$ 63,5 milhões esperados pelos analistas. A Estácio apurou receita líquida de R$ 443,6 
milhões enquanto a média das projeções de analistas indicava receita de R$ 426,5 milhões. O Ebitda no trimestre teve aumento de 80% na comparação anual, enquanto a margem Ebitda saiu de 10,8% para 15%. No semestre, o Ebitda somou R$ 153,6 milhões, com elevação de 61,9%. A receita líquida de abril a junho foi R$ 443,6 milhões, crescimento de 29,9%. Em seis meses, a receita subiu 27,5%, para R$ 856,7 milhões.  (Agência Estado)

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COMÉRCIO EXTERIOR

Da redação - São Paulo / SP

Exportadores preevem aumento de 7% nas exportações de café este ano

O país deve exportar neste ano 30,5 milhões de sacas de café, um crescimento de 7% em relação a 2012, segundo previsão divulgada nesta quinta-feira pelo Conselho dos Exportadores de Café (CeCafé). A entidade está otimista apesar das vendas externas em julho permaneceram  praticamente estáveis em relação ao mesmo período do ano passado. O Brasil exportou mês passado 2,16 milhões de sacas do grão, aumento de 1,6% em relação a julho de 2012. A queda da cotação internacional do café, no entanto, reduziu o valor das exportações de julho em 22,7% em 
relação ao mesmo mês de 2012, até US$ 339,5 milhões. A queda se deve a redução do preço médio da saca no mercado internacional, de US$ 206,80 em julho de 2012 para US$ 157,29 em julho deste ano. Apesar disso "esperamos uma recuperação no ritmo das exportações entre os meses de agosto e dezembro, o que nos deve permitir fechar o ano com um volume de café exportado perto de 30,5 milhões de sacas", afirmou o diretor do CeCafé, Guilherme Braga, em comunicado. As exportações acumuladas do grão nos sete primeiros meses do ano ficaram em 17,09 milhões de sacas, crescimento em relação as 14,77 milhões de sacas do mesmo período de 2012, enquanto o valor recebido caiu de US$ 3,55 bilhões entre janeiro e julho do ano passado para US$ 3,07 bilhões este ano. Segundo o balanço do CeCafé, a variedade arábica respondeu por 84,8% das exportações brasileiras de café nos primeiros sete meses do ano, seguida pelo café solúvel (10,8%), pela variedade robusta (4,3%) e pelo grão tostado e moído (0,1%). Os principais destinos da exportação nos sete primeiros meses do ano foram Europa, com 53% das importações, seguido pela América do Norte (22%) e Ásia (18%). Os Estados Unidos se mantiveram como o maior mercado entre janeiro e julho, com 20% das importações, seguidos pela Alemanha (17%), Japão (9%), Itália (9%) e Bélgica (6%).  (Agência EFE)

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TI, WEB e e-COMMERCE

Da redação - São Paulo / SP

Totvs abre inscrições para seleção de trainee

A Totvs abriu inscrições para o processo seletivo de seu Programa de Trainee. Os jovens talentos podem se cadastrar até 10 de setembro por meio do site da empresa. A turma terá sete vagas e o treinamento terá início em janeiro de 2014. O programa, segundo a produtora nacional de sistemas de gestão empresarial (ERP), vem se consolidando como porta de entrada de talentos na empresa. O treinamento chega a sua terceira edição totalmente reformulado.   “Buscamos jovens que tenham um alto grau de compatibilidade com a cultura da Totvs, por isso decidimos usar algumas técnicas diferenciadas na seleção dos candidatos”, explica Alexandre Mafra, vice-presidente de Relações Humanas e Infraestrutura Organizacional da companhia.

Os jovens neste ano não passarão por dinâmicas de grupo e testes, mas participarão de um jogo virtual, em ambiente 3D, que só poderá ser acessado por meio de um dispositivo móvel (smartphone ou tablet). Este jogo foi inteiramente montado sob os direcionamentos culturais da Totvs e não tem respostas certas e nem erradas. Outra novidade no processo seletivo de trainees é a realização de uma etapa externa. Durante dois dias, os candidatos passarão por diversas atividades que simulam situações reais do dia a dia da empresa. O objetivo é tirar essas pessoas do ambiente 
corporativo para avaliar competências como inteligência emocional e capacidade para lidar com problemas.  “Queremos mostrar nesse ambiente como funciona de fato a organização e observar como os candidatos são na sua essência. Estamos procurando jovens engajados, hands on, que 
desejem transformar e criar novos modelos, por isso vamos avaliar de perto suas capacidades para lidar com o estresse e a competitividade”.  O Programa de Trainee da Totvs tem duração de um ano e inclui job rotation por diversas áreas da companhia. Durante o treinamento, eles têm a oportunidade de conduzir projetos em contato direto com os executivos da empresa.  Para Mafra, quando um jovem se torna trainee na Totvs, ele adota uma postura de dono. “Eles trabalham com uma visão ampla do negócio em que atuam e com responsabilidade em relação as suas atitudes. 

Procuramos pessoas inovadoras, que tenham o anseio de provocar mudança e surpreender”. Para participar do Programa de Trainee da Totvs os candidatos devem ter graduação concluída entre dezembro de 2011 e dezembro de 2013 nos cursos de administração de empresas, economia, direito, engenharia, marketing, ciências da computação, sistemas da informação e relações internacionais.  O salário é de R$ 4 mil reais, com direto a benefícios como seguro de vida, plano de saúde, previdência privada, vale-refeição e PLR. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Totvs)

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TELECOM

Da redação - São Paulo / SP

Brasil é 6º colocado em receita de banda larga móvel na AL

Apesar da posição de pioneiro em relação aos vizinhos da América Latina no uso de novas tecnologias como o 3G e o 4G, o Brasil ainda tem um caminho a percorrer para ampliar a utilização da banda larga móvel e torná-la uma opção rentável para operadoras e foco de investimentos privados e governamentais. Dados da Informa Telecoms & Media e divulgados pela 4G Americas, associação que reúne fabricantes, operadoras e prestadores de serviços sem fio nas Américas, apontam que o Brasil ocupa a sexta posição entre os países da América Latina na geração de receitas pelo uso de banda larga móvel. Empresas da Argentina, México, Venezuela, Equador e Colômbia dependem menos de serviços de voz e lucram mais com o 3G e o 4G. Na América Latina, dados contribuem, em média, com 27% das receitas das operadoras. Na América do Norte, esse percentual foi de aproximadamente 43%. De acordo com o levantamento, é a Argentina a primeira colocada em negócios com dados, responsável por 41% da receita total, seguida do México e Venezuela, cada um com 35% da receita. O Equador aparece em quarto lugar com market share de 30% e a Colômbia com 25%. O Brasil está na sexta posição com 22% do faturamento, na frente somente do Chile (21%) e Peru (20%). Com receitas abaixo da média do continente, a ampliação da banda larga móvel no Brasil pode sofrer entraves, como a falta de investimentos em tecnologia e 
infraestrutura para novas redes. Na contramão desse cenário, um consumidor cada vez mais ávido por serviços de dados em seu smartphone 3G ou 4G irá exigir cada vez mais das redes locais, que devem estar preparadas para atender essa demanda.  "Os serviços de dados irá superar os de voz em demanda em pouco tempo. O desafio das operadoras é tornar essa migração rentável para garantir os investimentos necessários para o desenvolvimento das redes. O empenho das agências e órgãos governamentais também é fundamental para isso", explica Erasmo Rojas, diretor da 4G Americas para América Latina e Caribe. 

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MÍDIA, MKT e COMUNICAÇÃO

Rio de Janeiro / RJ

Base de TV paga no Brasil sobe 0,16% em junho

A base de assinantes da TV a cabo no Brasil subiu 0,16 por cento em junho ante maio e encerrou o primeiro semestre em 16,96 milhões de domicílios, informou nesta quinta-feira a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Em junho, foram somadas 26,6 mil assinaturas à base de assinantes da TV a cabo no país, afirmou a Anatel, acrescentando que os serviços são distribuídos para aproximadamente 54,3 milhões de brasileiros e estão presentes em 27,8 por cento dos domicílios do país. Segundo a Anatel, o crescimento menor em junho deveu-se ao decréscimo de 44,86 mil assinantes da base do Grupo SKY e à redução das operações de MMDS, com reflexos em várias estados. No relatório sobre TV paga divulgado pela Anatel, a NET/Embratel, do bilionário mexicano Carlos Slim, aparece com 9 milhões de clientes, com adição de 76,34 mil clientes em junho, na liderança do setor.  (Agência Reuters)


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