Edição 907 | Ano IV

Washington / EUA

FMI afirma que só reforma fará Brasil ter crescimento sólido

O segundo semestre será mais "estável" para a economia brasileira. Mas isso não impedirá que o País tenha sua taxa de crescimento revista para baixo pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) nem será suficiente para marcar uma recuperação, na avaliação de instituições internacionais, que alertam que, para voltar a ter uma expansão robusta do Produto Interno Bruto (PIB), o governo brasileiro terá de "remar mais rápido". Na segunda-feira, 08, tanto o FMI como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) confirmaram que a economia passa por uma "desaceleração" e alertaram ainda para a necessidade de que o governo amplie reformas estruturais para garantir que a expansão do PIB possa voltar a ocorrer. Em declarações em Genebra, o número 2 do FMI, Min Zhu, não deixou margem para dúvidas: "Há uma desaceleração no Brasil".

Para ele, as políticas adotadas pelo governo permitirão que haja uma certa estabilização da situação no segundo semestre do ano, evitando uma contração do PIB. "O mercado financeiro tem sido volátil nos últimos tempos e se estabilizou, o que é uma boa notícia. Estamos vendo que o Brasil tomou políticas para estabilizar seu crescimento, o que também é bom", disse Min, subdiretor-gerente do Fundo. "Mas é importante adotar novas políticas. Como um país emergente, o Brasil precisa se preparar para uma queda na demanda doméstica." Min alerta que a volta de um crescimento robusto apenas viria com novas reformas e que, pela atual previsão, a estabilização do segundo semestre não será uma recuperação e não conseguirá compensar o desempenho do início do ano.

Também na segunda-feira, um informe da OCDE revelou um cenário contrário ao que se viu nos últimos quatro anos: países ricos começam a dar sinais de recuperação real de suas economias, enquanto são justamente os emergentes que apresentam freios importantes na expansão do PIB. O Brasil aparece ao lado da Rússia como as únicas duas economias que apontam para uma perda do ritmo de crescimento econômico entre os principais mercados do mundo. Para a OCDE, a expansão econômica nos EUA e Japão está se consolidando e mesmo na Europa a situação dá sinais de se estabilizar, incluindo a Itália. 
(Agência EFE)



Paris / França

OCDE afirma que economia do Brasil e de países emergentes desaceleram

Os países desenvolvidos estão ganhando ritmo enquanto o crescimento nas principais economias emergentes desacelera, afirmou a OCDE. A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris, informou que seu último indicador antecedente composto mensal como um todo subiu para 100,6 em maio, de 100,5 em abril. A ligeira melhora levou a medida, que cobre 33 países membros da OCDE e busca indicar momentos de virada na atividade econômica, para mais acima da média de longo prazo de 100.

No caso do Brasil, o índice desacelerou para 99,1 ante 99,3. "O indicador aponta para melhora moderada do crescimento na maioria das principais economias da OCDE, mas em grandes economias emergentes o indicador aponta para uma estabilização ou desaceleração da força", disse a OCDE em comunicado. O Japão, beneficiando-se de uma forte rodada de estímulo monetário, liderou entre os países desenvolvidos com uma leitura de 101,3, ante 101,1 em abril. A leitura para os EUA ficou inalterada em maio em 101,0, o que segundo a OCDE sinaliza crescimento firme, conforme o banco central do país avalia se reduzirá seu programa de estímulo.

Mesmo a zona do euro, que há tempos luta para sair da crise de dívida, viu melhora com sua leitura subindo para 100,3 ante 100,1. A OCDE destacou uma mudança de tendência na Itália, cuja leitura também subiu para 100,3 ante 100,1. A tendência foi menos encorajadora em economias emergentes. A China perdeu mais velocidade com uma leitura de 99,5, ante 99,6, enquanto a leitura para a Rússia caiu para 98,9, ante 99,2. Na contramão da tendência de economias emergentes, a Índia viu seu índice subir para 97,6 ante 97,5.
(Agência Reuters)


Brasília / DF

Apesar do aumento em junho, preço das carnes dá sinais de esgotamento afirma FAO

Em junho passado, o Índice FAO de preço das carnes apresentou aumento de 3,4 pontos percentuais (+2%) sobre o mês anterior. Mas, ao contrário do que se poderia supor, não atingiu novo recorde, pois o Índice originalmente apontado para maio - 179,3 pontos (2002/04 = 100) – acabou sofrendo redução devido a uma forte queda nos preços da carne suína. Com isso, o Índice de junho apenas retornou aos níveis do segundo semestre de 2012, alcançando 177,1 pontos, o segundo pior resultado de 2013. Segundo a FAO, apesar de o Índice ter aumentado em junho, há sinais de que os preços internacionais das carnes estão começando a perder força em decorrência de reduções na demanda por parte dos importadores.
Isso vem ocorrendo em uma série de países, especialmente asiáticos, onde a produção nacional aumentou e os estoques se acumularam. Neste caso, a FAO faz particular referência à Coreia do Sul e ao Japão.


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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP

IPC-S da 1.ª quadrissemana de julho recua em 6 capitais

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), recuou em seis das sete capitais pesquisadas na primeira quadrissemana de julho ante a última leitura de junho. No geral, o IPC-S desacelerou de 0,35% para 0,23% no período.

Por região, o IPC-S apresentou decréscimo em sua taxa de variação de preços em Salvador (de 0,32% para 0,25%), Belo Horizonte (de -0,10% para -0,26%), Recife (de 0,17% para 0,10%), Rio de Janeiro (de 0,50% para 0,29%), Porto Alegre (de 0,40% para 0,34%) e São Paulo (de 0,43% para 0,23%). O IPC-S avançou apenas em Brasília, passando de 0,31% para 0,37%, no período.


Da redação - São Paulo / SP

IGP-M recua na primeira prévia do mês

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 0,26%, no primeiro decêndio do mês de julho. Para o mesmo período de apuração do mês anterior, a variação foi de 0,43%. O primeiro decêndio do IGP-M de julho compreendeu o intervalo entre os dias 21 e 30 do mês de junho.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou variação de 0,21%, no primeiro decêndio de julho. No mesmo período do mês de junho, o índice variou 0,18%. A taxa de variação do índice referente a Bens Finais recuou de -0,35% para -0,41%. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -2,20% para -5,16%. No estágio dos Bens Intermediários, a taxa de variação passou de 0,36% para 1,05%. A principal contribuição para esta aceleração partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de 0,59% para 1,60%.

O índice referente a Matérias-Primas Brutas registrou variação de -0,05%. No mês anterior, a taxa foi de        0,61%. Os itens que mais influenciaram a trajetória deste grupo foram: minério de ferro (0,62% para -4,64%), soja (em grão) (7,41% para 4,07%) e mandioca (aipim) (0,01% para -1,97%). Com taxas em sentido ascendente, destacam-se: aves (-4,43% para -0,15%), bovinos (-0,47% para 1,33%) e laranja (-14,41% para -4,58%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou, no primeiro decêndio de julho, taxa de variação de 0,04%. No mesmo período do mês anterior, a taxa foi de 0,25%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (0,01% para -0,52%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item frutas, cuja taxa passou de 0,73% para -4,20%.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: 

- Transportes (0,04% para -0,52%);
- Vestuário (1,04% para 0,66%); 
- Habitação (0,51% para 0,49%). 

Os itens que contribuíram para estes movimentos foram: tarifa de ônibus urbano (0,09% para -2,46%), calçados (1,37% para -0,01%) e aluguel residencial (0,47% para 0,19%), respectivamente. 

Em sentido contrário à tendência do índice, quatro classes de despesa apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: 

- Educação, Leitura e Recreação (0,05% para 0,45%);
- Saúde e Cuidados Pessoais (0,41% para 0,47%);
- Despesas Diversas (0,12% para 0,26%);
- Comunicação (0,07% para 0,09%). 

Nestes grupos, destacam-se os itens: passagem aérea (-2,50% para 13,33%), medicamentos em geral (0,03% para 0,21%), clínica veterinária (-0,08% para 0,81%) e tarifa de telefone móvel (0,10% para 0,33%), nesta ordem. 
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou, no primeiro decêndio de julho, taxa de 1,01%. No primeiro decêndio de junho, a taxa foi de 2,40%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,48%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,65%. O índice que representa o custo da Mão de Obra variou 1,50%, no primeiro decêndio de julho. Na apuração referente ao mesmo período do mês anterior, o índice apresentou variação de 4,03%.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)


Rio de Janeiro / RJ

Pequenos investidores querem bloquear bens de Eike Batista

Os acionistas minoritários das empresas do grupo EBX estão se organizando para pedir esclarecimentos e providências sobre as recentes quedas das ações de empresas de Eike Batista. Em comunicado, o grupo afirma que "estão sendo estudadas medidas judiciais e administrativas visando ao bloqueio dos bens do senhor Eike Fuhrken Batista". As empresas controladas pelo bilionário vivem uma séria crise de confiança, e as ações vêm desabando nos últimos meses. A fortuna de Eike Batista teria diminuído mais de 90%.
Os acionistas minoritários estão se organizando sob a alcunha de Unax. Segundo Adriano Mezzomo, advogado que assina o comunicado da Unax, a associação é livre e aberta, e os próprios acionistas têm procurado o grupo para se organizarem. Eles estão recolhendo procurações entre acionistas no Brasil e no exterior para participar das Assembleias de Acionistas.
"Estamos montando um bloco de minoritários para angariar força e representatividade nas assembleias. No momento oportuno, vamos nos apresentar ao mercado para demandar os dados e informações sobre o ocorrido", afirmou o advogado, que preferiu não mencionar quantos acionistas já aderiram ao grupo. "Os sinais emitidos ao mercado eram inversos. Em um dia, os poços [da OGX] têm muito petróleo, e no dia seguinte estão sendo fechados. É preciso apurar o conjunto das circunstâncias", afirmou Mezzomo.
Ele disse que a Unax já entrou em contato com os órgãos reguladores, como a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além de agências de classificação de risco, pedindo investigação e apuração dos fatos sobre a forte queda das ações do grupo EBX. Mezzomo afirmou que eles não tentaram interlocução direta com a EBX, e que o processo para que isso ocorra é a participação nas assembleias.  
(Agências Reuters e UOL)


ONTEM no Brasil:

Analistas devem reduzir projeção para Ibovespa em 2013

Analistas de bolsa devem anunciar nas próximas semanas nova rodada de redução nas previsões para o Ibovespa, em meio à deterioração das expectativas para a economia brasileira e à expectativa de redução da liquidez nos mercados internacionais.
Em meados de junho, o mercado já trabalhava com o cenário de que o Ibovespa fecharia 2013 no vermelho, segundo pesquisa da Reuters, mas num patamar muito superior ao atual, nos 57.500 pontos. Para chegar lá, no entanto, o Ibovespa teria que avançar mais de 25 por cento até o fim do ano, hipótese considerada fora de questão por profissionais do mercado. O índice fechou esta quarta-feira nos 45.075 pontos.

Uma casa consultada pela Reuters na última semana reduziu sua estimativa para o Ibovespa no final de 2013, enquanto outras nove citaram que devem cortar as projeções em breve. "Não tem nenhuma condição de esperar uma recuperação tão grande do índice no curto prazo, o cenário piorou muito desde o início do ano", disse o economista-chefe da corretora Souza Barros, Clodoir Vieira.

A casa cortou para 48 mil pontos a estimativa para o Ibovespa no fim de 2013, segundo ele. Em janeiro, a corretora projetava índice a 67 mil pontos no fim de dezembro. "Hoje, qualquer pessoa em sã consciência colocaria a revisão para baixo. Não estou achando o cenário bom para frente", afirmou o gerente de renda variável da H.Commcor Corretora, Ariovaldo Santos.
A casa deve cortar sua estimativa para o Ibovespa após avaliar a safra de resultados do segundo trimestre, que tem início em meados de julho e se estende até agosto. O Ibovespa acumula queda de 26 por cento no ano até agora, de longe o pior desempenho dentre os principais índices acionários globais, com analistas citando a deterioração das expectativas sobre a economia brasileira para explicar a fraqueza acentuada do mercado doméstico.
Expectativas cada vez menores de crescimento econômico, inflação e juros em alta, além do recente enfraquecimento do real ante o dólar e da onda de protestos pelo país no mês passado, devem pesar nos resultados das companhias e seguir pressionando o Ibovespa no curto prazo.

Somado a isso, o mercado passou a trabalhar com um cenário de menor liquidez nos mercados emergentes após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, ter anunciado semanas atrás que pode começar a reduzir ainda neste ano seu programa de compra de ativos para estimular a economia. "Pensando nos próximos meses, acho que a dinâmica é negativa", disse o estrategista de pessoa física da Santander Corretora, Leonardo Milane. "Como estou com uma visão negativa para o nível de atividade no segundo semestre, acredito que o cenário vai continuar desafiador para os investidores", acrescentou, citando também expectativa de uma fraca temporada de resultados corporativos na segunda metade do ano. "A gente deve revisar o número para baixo, porque estamos com uma tendência de crescimento (do PIB) mais baixo tanto neste ano como no ano que vem", disse o estrategista do segmento de varejo da Ágora e Bradesco Corretora, José Francisco Cataldo.

Fatores negativos específicos a ações com forte peso no Ibovespa --como a desconfiança do mercado com as perspectivas para as companhias do grupo EBX, do empresário Eike Batista, e o tombo da mineradora Vale em meio a preocupações sobre as perspectivas para a economia chinesa-- também contribuíam para projeções piores para o Ibovespa, segundo ele. O BB Investimentos também deve revisar sua estimativa para Ibovespa em 2013, segundo o gerente de pesquisa Nathaniel Cezimbra. "Vamos esperar os resultados das companhias para fazer a revisão, para ver quais as empresas estão sendo mais afetadas e o que está pesando mais", disse ele.

Apesar do cenário negativo, Cezimbra destacou que a forte depreciação da bolsa brasileira poderia abrir espaço para movimentos de compra, mas apenas em caso de melhora do cenário doméstico. "A pergunta que o investidor faz é: será que já não ficou muito barato? Algumas empresas caíram muito, mas o nível de incerteza ainda é muito grande. Se houver melhora no cenário e o risco Brasil ceder um pouco, é possível vermos alguma recuperação branda da Bovespa", avaliou. 


ONTEM nos EUA:

Wall Street fecha em alta

Wall Street fechou em alta nesta segunda-feira, antes do começo da temporada de resultados que começará com a Alcoa: o Dow Jones subiu 0,59% e o Nasdaq, 0,16%.
O Dow Jones ganhou 88,85 pontos, a 15.224,69 unidades, enquanto o Nasdaq subiu 5,45 pontos, a 3.484,83.
O índice ampliado Standard & Poor's 500 avançou 0,53% ou 8,57 pontos a 1.640,46 unidades.
O mercado espera a publicação na quarta-feira das atas da última reunião do Comitê de Política Monetária do Federal Reserve norte-americano para ter mais elementos para interpretar as decisões futuras de política monetária da instituição.
A alta do crédito ao consumo, mais forte em maio que em abril, totalizando 8,3% na projeção anual, também estimulou os investidores. Este indicador mostra a solidez dos gastos de consumo dos norte-americanos, um dos motores da economia dos EUA.
Contudo, os resultados de empresas que determinarão a direção do mercado nos próximos dias, destacou Michael Gayed da Pension Partners.
Já o gigante do alumínio Alcoa aumentou suas perdas líquidas no segundo trimestre, a 119 milhões de dólares contra 2 milhões no mesmo período de um ano antes, mas superou as expectativas do mercado, segundo seus dados publicados no fechamento.
O mercado das obrigações fechou em alta. O rendimento do bônus do Tesouro a 10 anos caiu a 2,645% contra 2,715% enquanto o bônus a 30 anos ficou em 3,643% contra 3,677%.


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MERCADO FINANCEIRO


Da redação - Porto Alegre / RS

Banrisul antecipa recursos para a safra agrícola de verão 2013/2014

O Banrisul antecipou o início dos financiamentos da safra agrícola de verão 2013/2014, com o objetivo de atender à demanda existente em razão do bom momento da agropecuária no Estado. Considerando a excelente safra passada, perspectiva de boas condições climáticas para as culturas deste ano e o preço dos produtos em patamares elevados e estáveis, o produtor gaúcho prepara-se para ampliar a área semeada, necessitando de crédito para o custeio do plantio.  Desde a última quarta-feira, dia 3/7, a rede de agências do Banrisul no Rio Grande do Sul e Santa Catarina passa a receber as propostas de financiamento. Estão previstos financiamentos para agricultores familiares (Pronaf), médio produtor rural (Pronamp) e agricultores empresariais. Os itens financiáveis abrangem o custeio para as culturas de milho, soja, feijão, arroz e demais culturas de verão. Além desses, serão financiados os hortifrutigranjeiros, custeio pecuário, pastagens de verão e linhas de comercialização.  As integradoras e agroindústrias também podem efetuar financiamento por meio do convênio Banriagro. Para esta safra, foram ampliados os limites de crédito de custeio agrícola e pecuário. Para o Pronaf, o valor é de R$ 100 mil; para o Pronamp, de R$ 350 mil. Os agricultores empresariais terão o limite de R$ 400 mil. As taxas de juros de financiamento variam de 1,5% a.a. até 5,5% a.a. Para mais informações, o produtor rural deve procurar a rede de agências do Banrisul.  (Fonte: Assessoria de Comunicação do gioverno do RS)


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INDÚSTRIA


Da redação - São Paulo / SP

Fibria acelera seus planos de diversificação em biocombustíveis e portos

Ao mesmo tempo que mantém o foco na conquista da nota "grau de investimento", se prepara para tomar importantes decisões sobre investir e ampliar negócios nos setores de portos e de biocombustíveis. Até o fim do ano, a Fibria decidirá sobre a instalação da primeira unidade fabril de sua joint venture com a americana Ensyn Corporation no país. Com a aprovação do conselho de administração, o projeto de produção de óleo combustível a partir de biomassa estará operacional no começo de 2015. "Já temos pronto o plano de negócios para o Brasil", disse ao Valor o presidente da Fibria, Marcelo Castelli. "A decisão sobre a primeira unidade será tomada neste segundo semestre."

A parceria entre a companhia brasileira e a Ensyn foi anunciada em outubro do ano passado. Com investimento de US$ 20 milhões, a Fibria comprou uma fatia de 6% no capital da produtora de biocombustível e acertou a constituição de uma joint venture no Brasil, voltada à produção futura de combustíveis líquidos e químicos a partir de biomassa. O acordo garante ainda à Fibria a opção de elevar a participação na Ensyn a aproximadamente 9%, com aporte adicional de US$ 10 milhões.

Nos Estados Unidos e no Canadá, o investimento médio em uma nova unidade gira em torno de US$ 80 milhões. O valor, contudo, não pode ser replicado para um projeto no Brasil sem alguns ajustes. A empresa americana opera, atualmente, cinco unidades em fase comercial na América do Norte e seu planejamento estratégico contempla a instalação de mais 20 fábricas nessa região. Conforme Castelli, também avançaram os planos de expansão do Portocel, terminal portuário localizado em Barra do Riacho (ES) e por onde passa 70% da celulose exportada pela indústria brasileira. A decisão sobre o projeto, que poderá duplicar o tamanho do terminal, será tomada em 2014, mas as conversas com potenciais parceiros já foram iniciadas - hoje a Fibria detém 51% do porto e outros 49% pertencem à Cenibra. "A proposta é atrair outros parceiros, que participem do financiamento mas também acoplem seu negócio", contou o executivo. O projeto de expansão do Portocel prevê a implantação de um quarto berço de atracação - hoje são três, com capacidade anual para 6 milhões de toneladas - e um novo terminal com quatro berços, com capacidade anual para 8 milhões de toneladas. O investimento total está estimado em R$ 480 milhões.

Conforme Castelli, a Medida Provisória (MP) dos Portos reforçou a percepção de que o governo quer a participação da iniciativa privada no setor. "Temos de decidir como será feito. Será uma nova empresa?", disse. Seja qual for o modelo, a Fibria tem claro que o plano é "não fazer sozinho." Em relação ao mercado de celulose, o executivo afirmou que os preços mundiais da matéria-prima deverão sentir apenas em 2014 o impacto do início de operação de duas novas fábricas neste segundo semestre. "Vemos estabilidade até o fim do ano, a depender do câmbio", afirmou. Neste momento, disse Castelli, o mercado segue "apertado". "Há sazonalidade na Europa [com redução das compras de celulose], mas os estoques estão baixos", ponderou.

Com a oferta adicional de 1,3 milhão de toneladas por ano de Montes del Plata, joint venture entre Stora Enso e Arauco, e mais 1,5 milhão de toneladas da unidade da Suzano em Imperatriz (MA), a tendência é a de que os preços da matéria-prima recuem a partir do fim deste ano, segundo analistas e consultorias que acompanham a indústria. Entre esses profissionais, também há expectativa de queda no curtíssimo prazo, diante da temporada de baixa no Hemisfério Norte. O piso para os preços da matéria-prima, contudo, estaria entre US$ 725 e US$ 750 por tonelada. "Deve haver recuo mais adiante, mas não muito significativo, porque os custos da indústria subiram demais", ressaltou Castelli.   (Fontes: Assessoria de Imprensa da Fibria e Ideia Online)


São Francisco / EUA

Aumenta apoio de acionistas para compra da Dell por seu fundador

Um dos importantes grupos de aconselhamento de acionistas da Dell, o Institutional Shareholder Services (ISS) deu seu "selo de aprovação" ao plano e à oferta do fundador da Dell, Michael Dell, para recomprar as ações da companhia e privatizá-la. "A ISS recomenda aos seus clientes que votem a favor dessa transação, que oferece um prêmio de 25,5% sobre o preço das ações, mostrando certamente valor e transferindo o risco da deterioração do negócio de PCs e permitindo à companhia dar continuidade à transformação do negócio proposta pelo grupo", diz uma declaração liberada pela ISS.
Michael Dell, junto com a empresa de investimentos Silver Lake Partners, quer comprar a empresa pagando aos acionistas 13,65 dólares por ação, o que soma 24,4 bilhões de dólares. Ao se tornar uma empresa privada, a Dell poderá fazer a transição do seu modelo de negócios fugindo do mercado debilitado de PCs e ampliando sua atuação na área de software corporativo e serviços sem sofrer a pressão que as empresas públicas enfrentam de Wall Street e seus investidores.

Mas a oferta de Michael Dell tem recebido críticas, especialmente do investidor Carl Icahn, que acredita que a oferta é muito baixa. Icahn fez uma contraproposta para a companhia. Um comitê especial formado por membros do conselho administrativo da Dell disse hoje estar "feliz" com a recomendação da ISS, que veio após informações de que a Silver Lake estaria mudando de idéia sobre o negócio. Os acionistas da Dell precisam votar o aceite ou não da proposta em reunião especial convocada para o dia 18 de julho. "Ao longo de um exaustivo período de 10 meses, o comitê revisou os planos de negócios de Dell e entende que ele busca transformar o modelo de negócios e tem várias alternativas que suportam essa transformação", diz uma declaraçào do comitê do conselho. "Dados os desafios de negócios da empresa, a concorrência intensiva e a deterioração das correntes da indústria, uma venda 13,65 dólares por ação, em dinheiro, oferece o maior e melhor valor que certamente qualquer alternativa".  (Fonte: IDG News Service)

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AGROBUSINESS


Da redação - Porto Alegre / RS

Frango, ovo, milho e inflação em junho de 2013 

Comparativamente aos valores registrados 19 anos atrás (julho de 1994), quando o padrão monetário vigente foi implantado no Brasil, frango e ovo chegaram a junho de 2013 registrando praticamente a mesma relação de preços. Tanto que, de lá para cá, o frango acumula variação de 215,00%, enquanto a variação acumulada pelo ovo foi apenas 1,55 ponto percentual maior – 216,55%. É verdade que o principal insumo dos dois produtos, o milho, chegou a junho registrando variação de preços 17%-18% superior à do frango e do ovo. Mas até essa variação pode ser aceita como desprezível se considerado, por exemplo, que um ano e meio atrás (janeiro de 2012) o preço alcançado pelo milho apresentava evolução 56% superior à do frango vivo, enquanto em relação ao ovo essa diferença chegava a 106%.
Mas se a relação de preços entre milho, ovo e frango apresenta no momento índices de evolução muito próximos, o mesmo não pode ser dito da inflação que – pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas – fechou junho de 2013 acumulando evolução de 412%. Pois esse índice corresponde a uma evolução quase 200 pontos percentuais maior que a do frango e do ovo e pelo menos 150 pontos percentuais superior à do milho. Isso quer dizer que, pelo IGP-DI, frango vivo, ovo e milho deveriam ter alcançado, em junho de 2013, preços de, respectivamente, R$3,08/kg, R$98,78/caixa e R$39,27/saca. No entanto, enquanto o milho (R$27,13/saca) ficou a menos de 70% de seu valor real, frango e ovo (R$1,89/kg e R$61,00/caixa) alcançaram pouco mais de 60% do valor real.


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MERCADO AUTOMOTIVO


Paris / França

Venda global da Peugeot Citroën cai 9,8% no semestre

 As vendas mundiais da Peugeot Citroën caíram 9,8% no primeiro semestre em relação a igual período do ano passado, para 1,46 milhão de veículos, segundo dados divulgados no final da tarde de ontem, dia 8/7, pela montadora. No mesmo período, o mercado automotivo teve crescimento de 3%.  (Agência Dow Jones Newswires)


Frankfurt / Alemanha

Nome Monza reaparece em novo carro conceito da marca alemã Opel

A Opel, subsidiária alemã da General Motors, ressuscitou o nome Monza em um carro conceito. Ele será apresentado durante o Salão do Automóvel de Frankfurt, de 12 a 22 de setembro. Segundo a montadora, a escolha do nome remete ao Opel Monza Coupé, fabricado entre 1978 e 1986. O conceito busca eficiência energética, com formas aerodinâmicas da carroceria, e conectividade, por meio do uso de tecnologia embarcada. Apesar da coincidência do nome, o modelo alemão não tem relação com o Monza vendido no Brasil. Enquanto o carro alemão era a versão cupê do sedã de luxo Senator, o modelo brasileiro era um carro mais simples, que se chamava Opel Ascona na Europa e foi desenvolvido pela General Motors para vários mercados. (Agências EFE e Folha)


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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação - Brasília / DF

Exportações do agro ultrapassaram US$ 100 bilhões na safra 2012/13

O Brasil exportou o montante de US$ 100,61 bilhões em produtos agropecuários durante a safra 2012/13 (entre julho de 2012 e junho deste ano), o que representou crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período da safra anterior. O superávit comercial do setor também atingiu um novo recorde, somando US$ 83,91 bilhões. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira, 8 de julho, pela Secretaria de Relação Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa). “O setor mostra mais uma vez porque é fundamental na economia brasileira. O resultado deve-se ao crescimento das vendas externas dos principais complexos agropecuários, como carnes e sucroalcooleiro, e principalmente de cereais, que aumentaram 115% no período”, afirmou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade. Em relação aos cereais, destaque para o aumento de 211,5% das vendas de milho, que passaram de 8,47 milhões de toneladas na safra 2011/12 para 26,44 milhões de toneladas na temporada 2012/13.

As exportações também bateram recorde no primeiro semestre deste ano, alcançando US$ 49,57 bilhões, incremento de 10,7% em relação às vendas do primeiro semestre de 2012 (US$ 44,78 bilhões). O superávit do período chegou a US$ 41,26 bilhões. “Este resultado confirma o quanto o agronegócio tem sido importante para a balança comercial do Brasil, já que, no período, foi registrado um déficit global de US$ 3 bilhões, o que significa que os demais setores tiveram um déficit de US$ 44,3 bilhões”, explicou o ministro.

Ainda de acordo com Antônio Andrade, nos primeiros seis meses do ano, as vendas somadas de soja em grão, açúcar e milho apresentaram altas significativas, somando US$ 21,67 bilhões, o que significou uma expansão de US$ 4,96 bilhões em relação ao mesmo período de 2012. O resultado deve-se as 13,5 milhões de toneladas de grãos a mais embarcadas no período. Em relação aos principais compradores, destaque para as exportações destinadas à China, que atingiram o montante recorde de US$ 13,02 bilhões entre janeiro e junho deste ano, crescimento de 21,8% em relação aos US$ 10,69 bilhões obtidos no mesmo período de 2012. Com o resultado, a China ultrapassou a União Européia pela primeira vez como maior mercado importador de produtos do agronegócio brasileiro no primeiro semestre do ano.
(Fonte: Assessoria de Comunicação do Mapa)

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TI, WEB e e-COMMERCE

São Francisco / EUA

Microsoft adiciona recursos de Business Intelligence ao Office 365

A Microsoft está adicionando um conjunto de ferramentas de BI (Business Intelligence) ao seu serviço Office 365, incluindo alguns recursos ainda não encontrados em seus softwares “stand-alone”. O Power BI for Office 365 “unifica todo o nosso conjunto de BI e o oferece como um serviço”, disse Eron Kelley, gerente geral de marketing de produto do Microsoft SQL Server. O serviço oferece aos usuários o que Kelly chama de “BI Self-Service”, ou “a capacidade de que o usuário mais próximo do problema de negócios unifique dados e informação”. O serviço será apresentado pela Microsoft durante sua Worldwide Partner Conference (Conferência Mundial de Parceiros, ou WPC) nesta semana em Houston. 

O Office 365 já oferece alguns recursos de BI. O Office 365 ProPlus traz tanto os recursos Power View quanto Power Pivot através da versão online do Excel. Com este novo serviço os usuários terão uma página inicial, fornecida pelo SharePoint, junto com um catálogo de fontes de dados e um conjunto de ferramentas de análise. O Excel serve como o ponto de partida para a análise.
As fontes de dados, escolhidas por um administrador, podem ser obtidas dentro da própria organização, ou de fontes públicas de dados como tabelas da Wikipedia. O usuário poderá carregar uma ou mais fontes de dados em uma planilha online do Excel, e analisá-las através de várias novas ferramentas. Uma delas, chamada Power Query e antigamente conhecida como Data Explorer, permite que o usuário puxe dados externos para uma planilha do Excel. É possível, por exemplo, criar uma planilha do Excel a partir de um feed do Twitter, dividindo o texto das mensagens, data de publicação, localização e nomes de usuário em colunas separadas.

Outra ferramenta, chamada Power Map, pode colocar informações com codificação geográfica em um mapa fornecido pelo Bing Maps. Ela pode resumir de forma visual, por exemplo, quantas mensagens do Twitter se originaram em cada cidade em um país, indicando o número de mensagens através da altura de uma barra sobre cada local no mapa. O Power Map surgiu como um plugin em versão beta para o Excel 2013 chamado GeoFlow.
Quando um usuário cria um relatório, ele pode ser publicado de volta no catálogo de dados da organização, onde outros poderão acessá-lo. A Microsoft está planejando o lançamento de um app móvel do PowerBI para aparelhos com o Windows 8 e iOS. Os relatórios, que são publicados através do Power View, também podem ser exportados em HTML5, além do formato padrão do Power View, que é baseado em Silverlight. 

O Power BI também incluirá um novo mecanismo de busca em linguagem natural. Um usuário pode digitar algo como “Quanta renda o produto X gerou no ano passado” em um campo de buscas e o Power BI retornará um gráfico, baseado em dados existentes, mostrando a renda ao longo dos últimos anos. O mecanismo de busca em linguagem natural “torna as coisas mais fáceis para o usuário comum que não sabe como estruturar corretamente uma busca em SQL”, disse Kelly. O preço do Power BI ainda não foi definido, embora saiba-se que ele será baseado em um modelo por usuário/mês. A Microsoft ainda não informou uma data em que o serviço estará disponível.   
(Fonte: IDG News Service)


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ENERGIA


São Paulo / SP

Equatorial Energia confirma rescisão de compromisso de compra do Grupo Rede

A Equatorial Energia confirmou em comunicado hoje, dia 8/7, que o compromisso de compra do controle do Grupo Rede Energia assinado em conjunto com a CPFL Energia foi rescindido pelo atual controlador do grupo, Jorge Queiroz Jr. O compromisso foi rescindido na sexta-feira, quando em assembleia de credores do Grupo Rede o atual controlador levou à votação o plano de recuperação do grupo vinculado à venda para a Energisa, outra empresa do setor elétrico com interesse em comprar o endividado grupo.
A votação do plano pelos credores foi inconclusiva e o destino da empresa em recuperação judicial, e que tem distribuidoras sob intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), será decidido pelo juiz do processo.
A expectativa é que o juiz receba o resultado da votação na quarta-feira, sem previsão para tomar a decisão final.  (Agência Reuters)

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MERCADO LUXO


Nova Iorque / EUA

Altos lucros impulsionam setor calçadista de luxo americano

A indústria calçadista de luxo depende, até certo ponto, da suspensão voluntária do pensamento racional para uma entrega à ânsia de consumo. Afinal, sapatos de luxo são mercadorias cujos preços o bom senso só pode considerar obscenamente exagerados. Só a partir do final da década de 1990 que os sapatos se tornaram o que são hoje, com varejistas em guerra, afluxo de novos participantes no mercado a cada temporada e pouquíssima resistência aos preços pelos consumidores.  (LEIA NA ÍNTEGRA)


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