Edição 906 | Ano IV

Paris / França

Indicadores antecedentes da OCDE apontam para desaceleração de emergentes

Os países desenvolvidos estão ganhando ritmo enquando o crescimento nas principais economias emergentes desacelera, afirmou hoje, dia 8/7, a OCDE.
A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris, informou que seu último indicador antecedente composto mensal como um todo subiu para 100,6 em maio, de 100,5 em abril.  (Agência Reuters)



Brasília/DF e São Paulo/SP

Com terra mais disputada, futuro reserva carne mais cara ao Brasil

Um dos segmentos mais afetados será o de carne bovina, pois o Brasil terá um padrão de consumo de países de produção reduzida. O consumo da proteína não estará presente todos os dias nos lares brasileiros e a carne de melhor qualidade será para ocasiões especiais. Esse cenário se concretizará com mais intensidade no médio prazo, mas já começa a ser sentido. O preço médio anual da carne bovina gira próximo de R$ 100 por arroba há três anos, mas ninguém ganha com o produto nesse patamar: o pecuarista não consegue uma margem de lucro satisfatória. 

O resultado é uma estabilidade do consumo anual próximo de 34 quilos por pessoa nos últimos anos. A avaliação é de José Vicente Ferraz, diretor técnico da Informa Economics FNP, consultoria que faz um balanço anual do setor há 20 anos por meio da publicação Anualpec, especializada na pecuária. 
Ferraz diz que o brasileiro não ficará sem carne, mas haverá um realinhamento no consumo, com crescimento do frango e, com menor intensidade, do suíno --que, apesar disso, não estarão isentos da alta dos custos, que passam a ser o grande inimigo do setor. 

O desafio é colocar um produto competitivo no mercado e não diminuir a demanda. A pastagem, um fator de pouco custo no passado para a pecuária, perde terreno para outras atividades agrícolas, como grãos, cana-de-açúcar e reflorestamento. Nos últimos dez anos, a pecuária perdeu 7 milhões de hectares e deverá perder outros 13 milhões nos próximos dez, aponta o estudo. Com isso, o valor dos pastos subiu 451% na última década em Rondonópolis, cidade localizada em Mato Grosso, principal Estado produtor do país. Grande parte dos pecuaristas sai do setor e vai para outras atividades com melhores lucratividades. 

A produtividade - A saída é um aumento da produtividade por hectare, o que exige investimentos. Para voltar à margem de lucro da década de 1970, os pecuaristas deveriam produzir dez arrobas por hectare por ano. Produzem quatro. Luciano Vacari, da Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso), diz que o pacote tecnológico existente é bom, mas que o produtor não tem renda para adquiri-lo. Além disso, ao contrário do que ocorre na agricultura, onde o crédito é farto, a pecuária não tem linhas de financiamentos de cinco anos ou mais, como exige a atividade. O setor agropecuário passa por rápidas mudanças e em breve as fazendas, incluindo máquinas e meios de produção, serão controladas diretamente de centros de operação instalados nas grandes cidades, diz Ferraz. Esses novos tempos exigem dinheiro e conhecimento, o que vai retirar boa parte dos pequenos e médios produtores do campo. Quanto ao capital, ele poderá vir de fundos de investimento. No caso do conhecimento, no entanto, não será fácil para o país, tendo em vista o patamar de educação atual, afirma ele.  (Agência Folha)



Nova Iorque / EUA

FRAUDE - Bolha da OGX, de Eike, foi inflada por 55 anúncios de descobertas de petróleo

Em uma campanha exploratória impressionante a OGX protagonizou, em dois anos e meio (de outubro de 2009 a maio de 2012) 55 anúncios de descoberta de petróleo ou declarações de comercialidade (jargão que indica, no setor de petróleo, que uma área pesquisada vai virar um campo produtor). A cada comunicado promissor, o mercado reagia imediatamente e a empresa acompanhava os saltos no gráfico de suas ações. Um levantamento de todas as divulgações feitas pela petroleira de Eike Batista desde sua criação, em 2007, revela que foram mais de 105 comunicados oficiais. Metade deles apontava indícios de petróleo em suas áreas.

Grande parte das descobertas referia-se ao mesmo poço perfurado, apenas em estágios diferentes. A despeito disso, as ações subiam sempre que um desses "fatos relevantes", como são conhecidos os relatórios oficiais, era enviado à Bolsa de Valores e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM, responsável pela fiscalização de mercado). Agora, o mercado financeiro parece dividido entre alternativas ruins: houve incompetência, ingenuidade ou má gestão? "Não é plausível que uma empresa com tantas promessas de sucesso tenha se tornado um fracasso da noite para o dia", diz Ricardo Lacerda, sócio do banco BR Partners.

Alguns comunicados tinham tom eufórico. "A OGX é a prova de que vale a pena apostar na competência dos brasileiros e na riqueza e abundância dos nossos recursos naturais. Esses recentes sucessos vão pavimentar o caminho do nosso robusto crescimento e igualdade social. Viva o Brasil!", escreveu Eike em outubro de 2009, no fato relevante enviado à CVM sobre a descoberta no bloco marítimo da Bacia de Campos BM-C-43. Até junho de 2012, quando teve de revelar o real volume do petróleo que jorrava de sua principal aposta, o campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos - um décimo do que apregoou -, o tom das informações que vinham da OGX era exatamente esse.

Em janeiro de 2010, poucos meses depois de começar a furar os poços, Eike fez uma previsão mais do que otimista num documento ao mercado: "Com os resultados de nossas perfurações até o presente, fomos capazes de revelar uma nova província no sul da Bacia de Campos e quebrar paradigmas (...). Agora nos preparamos para uma nova fase na história da OGX, que buscará atingir a produção de 1,4 milhão de barris por dia em 2019". Ou seja, previa, em dez anos, alcançar o resultado que a Petrobrás obteve somente depois de cinco décadas.Há uma semana, jogou a toalha: a produção em Tubarão Azul deve cessar em 2014, dois anos após retirado o primeiro óleo. Outros três campos foram suspensos três meses após a declaração de comercialidade.A OGX invalidou as projeções divulgadas anteriormente.  (Agência Estado)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP

IPC-S apresenta recuo na primeira semana do mês

O IPC-S de 07 de julho de 2013 apresentou variação de 0,23%, 0,12 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada na última divulgação.
Nesta apuração, seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição para o recuo da taxa do índice partiu do grupo Transportes (0,30% para -0,01%). Nesta classe de despesa, vale destacar o comportamento do item tarifa de ônibus urbano, cuja taxa passou de 2,10% para 0,51%.

Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos:

- Alimentação (0,02% para -0,08%);
- Habitação (0,67% para 0,56%);
- Vestuário (0,59% para 0,18%);
- Saúde e Cuidados Pessoais (0,48% para 0,44%); e 
- Comunicação (0,23% para 0,19%).

Para cada uma destas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: carnes bovinas (0,63% para 0,09%), condomínio residencial (1,71% para 0,87%), roupas (0,82% para 0,41%), medicamentos em geral (0,23% para 0,11%) e pacotes de telefonia fixa e internet (0,55% para 0,74%) respectivamente.

Em contrapartida registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos:

- Despesas Diversas (0,14% para 0,16%); e 
- Educação, Leitura e Recreação (0,23% para 0,35%).

Nestas classes de despesa, os destaques partiram dos itens: alimentos para animais domésticos (-0,18% para 0,22%) e show musical (-1,76% para 0,60%), nesta ordem.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)



Da redação - São Paulo / SP

Indicador Antecedente de Emprego recua em junho

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas recuou 1,3% em junho na comparação com o mês anterior, considerando-se dados com ajuste sazonal. Depois de avançar em maio, o indicador retorna à tendência declinante apresentada em abril, resultado que sinaliza desaceleração do ritmo de contratações de mão de obra nos meses seguintes.
Os componentes que mais contribuiram para a queda do IAEmp em relação ao mês anterior foram os indicadores que mensuram as expectativas dos empresários em relação às tendências dos negócioso e o grau de satisfação das empresas com a situação atual dos negócios, ambos da Sondagem da Indústria de Transformação, com variação de -3,9% e -3,1%, respectivamente. 
O IAEmp é construído como uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, tendo capacidade de antecipar os rumos do mercado de trabalho no país.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE na Ásia:

Bolsas da Ásia atingem mínima de 2 semanas após dados dos EUA

As ações asiáticas caíram nos pregões de hoje, dia 8/7, uma vez que fortes dados sobre o crescimento do emprego nos Estados Unidos aumentaram as chances de o banco central do país reduzir seu estímulo nos próximos meses.
As ações chinesas e o sentimento regional foram afetados pelo plano de Pequim de cortar o crédito para forçar uma consolidação nas indústrias que sofrem com excesso de capacidade uma vez que busca acabar com a dependência da economia a investimentos financiados por dívida barata.
Os empregadores norte-ameicanos acrescentaram 195 mil empregos a suas folhas de pagamento no mês passado, superando as expectativas de 165 mil. Para aumentar o sentimento positivo, os dados de abril e maio foram revisados para cima em um total de 70 mil. A taxa de desemprego permaneceu em 7,6% uma vez que mais pessoas entraram na força de trabalho.
As fortes vendas generalizadas na sexta-feira de Treasurires dos EUA --com o yield de 10 anos sofrendo sua maior alta em um dia em quase dois anos, de acordo com dados da Reuters--aceleraram as perdas que começaram em maio sobre a incerteza em relação ao programa de compras mensais de títulos de 85 bilhões de dólares do Federal Reserve.
A Bolsa do Japão teve queda de 1,40%, Hong Kong caiu 1,31%, Xangai fechou com desvalorização de 2,44%, Seul, Taiwam, Cingapura e Sydney caíram 0,90%, 1,44%, 0,45% e 0,67%, respectivamente.

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AGROBUSINESS



Brasília / DF

Preços globais de alimentos caem em junho com safras maiores

Os preços globais dos alimentos caíram 1% em junho por conta de uma melhora nas perspectivas de oferta, disse a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), elevando suas estimativas para as produções de trigo e milho na nova temporada. Os preços do alimentos dispararam durante o verão de 2012 por conta de uma seca histórica nos EUA, mas perspectivas de uma recuperação na oferta mundial de grãos e previsões de clima favorável estão agora pressionando os mercados. O índice de preços da FAO que mede as mudanças de preços para uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carnes e açúcar recuou pelo segundo mês consecutivo, para 211,3 pontos em junho, menor nível desde fevereiro. "As perspectivas das safras são ainda melhores do que havíamos antecipado no mês passado, enquanto a demanda recuou", disse o economista sênior da FAO, Abdolreza Abbassian. A FAO elevou a previsão para a produção mundial de trigo em 2013/14 em 2 milhões de toneladas, para 704 milhões e a de milho para 972 milhões de toneladas, ante a previsão de 963 milhões de junho.  (Agência Reuters)



Da redação - São Paulo / SP

Pintos de corte: volume mensal continua com crescimento moderado

Os últimos dados divulgados pela APINCO apontam que em maio passado foram produzidos no Brasil 528,640 milhões de pintos de corte, volume que correspondeu a um aumento de menos de 1% sobre o mesmo mês de 2012.
Comparativamente ao mês anterior, abril de 2013, observou-se incremento próximo de 2,5%. Mas essa expansão foi apenas nominal, pois, considerado o número de dias de um e outro mês, o volume de maio acaba sendo ligeiramente inferior ao de abril.

Agora, em cinco meses, o volume acumulado no ano supera a casa dos 2,5 bilhões de cabeças, estando 2,82% acima do que foi produzido em idêntico período do ano passado. É oportuno levar em conta, no entanto, que em 2012, nesses cinco meses, o volume produzido recuou 2,25% em relação aos mesmos cinco meses de 2011. E isto leva à constatação de que, em dois anos, a produção de pintos de corte aumentou apenas meio por cento (2,549 bi entre janeiro e maio de 2011; pouco mais de 2,561 bi no mesmo período de 2013).

Além, no entanto, da expansão da produção vir sendo moderada, o volume acumulado nos últimos 12 meses continua negativo. Ficou próximo de 6,187 bilhões nos 12 meses encerrados em maio de 2012; não vai muito além de 6,077 bilhões em idêntico espaço de tempo completado em maio de 2013. A redução se encontra em 1,78%.  (Fonte: AviSite)



Berlim / Alemanha

UE eleva estimativa para safra de milho para 69,7 milhões de toneladas em 2013

A União Europeia elevou fortemente na semana passada sua previsão para a safra de milho do bloco neste ano, colocando a produção utilizável em 69,7 milhões de toneladas ante os 66,2 milhões estimados no final de maio. A previsão representa um aumento também ante 2012, cuja produção é estimada em 58,3 milhões para os 27 membros da UE antes da adesão da Croácia no bloco, em 1 de julho. Em uma previsão de colheita, o Executivo da UE também elevou sua estimativa para a produção utilizável de trigo comum para 128,9 milhões de toneladas, contra os 127,9 milhões vistos anteriormente, e acima dos 123,8 milhões produzidos pelos 27 membros do bloco no ano passado. Em relação à cevada, o bloco aumentou sua previsão para 58,3 milhões de toneladas ante os 56,6 milhões estimados em maio, e também acima dos 54,2 milhões em 2012.  (Agência Reuters)

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MERCADO AUTOMOTIVO


Berlim / ALemanha

Vendas da BMW sobem 9,45 em junho

Impulsionada pela demanda nos Estados Unidos e na Ásia, a BMW, maior fabricante de carros de luxo do mundo, informou crescimento de 9,45 nas vendas de sua marca principal em junho, chegando a 153.075 carros e veículos utilitários esportivos. Em seis meses, as entregas avançaram 7,7%o, para 804.248 automóveis, informou a empresa com sede em Munique nesta segunda-feira, dia 8/7. O grupo BMW, que também fabrica os veículos Mini e Rolls-Royce, registrou entregas recordes em junho e para os primeiros seis meses do ano. As vendas do grupo no último mês subiram 6,9%, para 184.489 veículos, enquanto as vendas semestrais subiram 6%, para 954.521 unidades.  (Agência Reuters)



Milão / Itália

Fiat eleva participação na Chrysler para 68,49%

A fabricante de carros italiana Fiat disse hoje, dia 8/7, que exerceu uma opção para comprar mais 3,3% da unidade norte-americana Chrysler, ficando mais próxima de seu objetivo de criar a sétima maior montadora do mundo em vendas. A Fiat, que perde dinheiro na Europa, disse que quer ter o controle da lucrativa Chrysler, o que daria a ela acesso a parte do fluxo de caixa da norte-americana para investimentos em novos modelos. A Fiat obteve 20% da Chrysler em 2009 e agora detém 58,5% do grupo dos Estados Unidos, com direito a elevar a participação para 75%, em um processo gradual de três anos, até julho de 2014. A Fiat pode comprar 16,6%o da Chrysler em parcelas de 3,3% da Veba, empresa de saúde dos EUA ligada ao sindicato dos metalúrgicos. Com a aquisição desta segunda-feira, a Fiat exerceu três das seis opções mensais de comprar 3,35, elevando sua participação a 68,49%. A Fiat disse que seu cálculo do valor das ações é de US$ 254,7 milhões. Uma decisão da justiça sobre o preço que a Fiat irá pagar pelas ações ainda está pendente.   (Agência Reuters)

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SERVIÇOS, COMÉRCIO e VAREJO


São Paulo / SP

Abril Educação compra grupo de educação Motivo no Recife por R$ 103 milhões

A Abril Educação anunciou no final da tarde da última sexta-feira, dia 5/7, a compra de um grupo de educação no Recife por cerca de R$ 103 milhões, ampliando atuação da companhia no ensino infantil, onde já tinha anunciado na véspera mais R$ 130 milhões em investimento. A aquisição - que envolve o Colégio Motivo, a livraria Park Carapuceiro Serviços e o Centro Recifense de Educação, todos no bairro de Boa Viagem, na capital pernambucana - ocorreu após a Abril Educação ter anunciado a compra do Centro Educacional Sigma, em Brasília, por R$ 130 milhões.

Segundo a companhia, a compra do Colégio Motivo adicionará 2,8 mil alunos à base da Abril Educação, além dos 5,1 mil previstos no acordo com o Sigma. Com as últimas aquisições, a companhia decidiu criar uma nova unidade de negócios, que passará a centrar-se na gestão destes ativos, afirmou a Abril Educação em comunicado ao mercado. A empresa estimou que a receita consolidada dos dois grupos adquiridos este ano será de R$ 100 milhões, com lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) previsto de R$ 32,5 milhões e margem de R$ 33 milhões.

Com as duas aquisições, o negócio de escolas e cursos pré-vestibulares da Abril Educação passa a incluir as marcas Anglo em São Paulo, pH no Rio de Janeiro, Sigma em Brasília e Motivo no Recife. A receita consolidada estimada para estes negócios em 2013 é de cerca de R$ 270 milhões, "comparável à receita do negócio de sistemas de ensino da companhia", afirmou a Abril Educação.   (Agência Reuters)

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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação - Brasília / DF

Brasil possui número de acordos comerciais compatível com o resto do mundo

Em audiência hoje na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou que “o Mercosul caminha para se tornar um dos blocos econômicos mais importantes do mundo”, disse. Ele mencionou que o comércio no bloco econômico se multiplicou 17 vezes desde a sua criação e destacou que as exportações brasileiras para o Mercosul são concentradas em produtos manufaturados, que correspondem a mais de 80% das vendas.

Sobre a chamada Aliança do Pacífico, bloco que reúne Chile, Peru, Colômbia e México, Pimentel lembrou que o Brasil já tem acordos comerciais com todos eles, à exceção do México. “Temos o acordo automotivo com os mexicanos, que funciona muito bem, e teríamos um acordo comercial mais amplo se não fossem as dificuldades apresentadas por aquele país para isso”, complementou. Pimentel apresentou ainda um comparativo em relação a outros países e considerou que “não estamos defasados em nada”. “O número de acordos comerciais do Brasil é compatível com o resto do mundo”, argumentou. Questionado a respeito da suspensão do Paraguai no Mercosul, o ministro avaliou que foi uma decisão acertada e ponderou que não houve qualquer sanção comercial ou econômica. “Não houve prejuízo para o Brasil. Neste ano, inclusive, nossas exportações para o Paraguai aumentaram em mais de 20%”, acrescentou. Pimentel disse esperar que o retorno do país como membro pleno do bloco ocorra dentro da normalidade.

O ministro aproveitou ainda a audiência para explicar o acordo automotivo entre Brasil e Argentina. O ministro disse que, para o Brasil, “não há qualquer empecilho para o livre comércio”. Ele também sustentou que não há queixas ou restrições por parte da indústria automobilística brasileira em relação ao tema. Sobre as negociações para um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, Pimentel disse que o governo trabalha com o setor privado brasileiro para concluir uma oferta do país ainda neste semestre. “Eu acho que a União Europeia, com a crise econômica que ela atravessa nesse momento, não vai ter condições de fazer uma oferta aceitável para o Mercosul, mas teremos de esperar. A nossa posição é que temos que fazer uma oferta no sentindo de avançar e trabalhar para que, no segundo semestre, isso possa acontecer”, afirmou.  (Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MDIC)

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TI, WEB e e-COMMERCE


São Paulo / SP

Venda de seguro pela internet atrai empresas

Terreno pouco explorado pelo comércio eletrônico no Brasil, a venda de seguros pela internet tem atraído novas empresas, que atuam como corretoras virtuais. Apesar da dificuldade para entrar nesse mercado, que tem como marca a relação pessoal criada entre corretor e cliente, sócios das empresas dizem que em outros países a venda pela internet já está consolidada. Cada empresa diz ter realizado algo em torno de 10 mil vendas.
Mauro Batista, presidente do Sindseg-SP (Sindicato das Seguradoras), diz que, apesar de ainda incipiente, a tendência é que a venda de seguros pela web se consolide com o maior acesso à internet. Como referência, ele cita o mercado inglês, em que cerca de 50% das vendas são feitas pela rede.

No modelo on-line, o cliente preenche formulários com informações como dados pessoais e do veículo (o seguro de automóvel é o mais comum). A partir daí, o sistema apresenta planos e preços de diferentes seguradoras que têm parceria com o site. Rodrigo Caixeta, 34, sócio da Smartia, decidiu entrar nesse mercado em 2010. Ele diz que houve polêmica com as seguradoras no início, quando criou sistema on-line que, na época, realizava apenas cotação.
"Pegamos os sistemas antigos usados por corretoras e criamos um software que colocava isso na internet. No início, todas as seguradoras pediram para tirar." Aos poucos a ideia foi sendo aceita. Agora, são oito empresas que permitem que o usuário faça a cotação e também compre seguros de automóvel no site.

O atendimento - A maior dificuldade apontado pelas corretoras on-line é ganhar a confiança do cliente. Para isso, a maior parte de das equipes está focada no atendimento. No caso da Sossego, por exemplo, são 80 os funcionários dedicados ao atendimento e ao pós-venda. Desses, a maior parte é de corretores, diz Alexandre Jesus, 44, sócio da empresa. O fato de necessitar de uma equipe grande, porém, cria outro desafio, diz Caixeta, da Smartia. Como são necessárias muitas pessoas para realizar o atendimento, o custo de aquisição do cliente é alto e o retorno só vem após três anos de renovação do seguro.

Para Eldes Mattiuzzo, 45, da Bidu, também é necessário se preparar para atender um público que não tinha o hábito de comprar seguros antes da internet. "Dos nossos clientes, 70% estão comprando seguros pela primeira vez. Temos um trabalho de ensinar a eles como a compra de seguros funciona", afirma. Entre as questões que podem causar dúvidas, diz, é a necessidade de vistoria no veículo após a compra. Para quem pensa em comprar seguros na internet, Batista, do Sindseg-SP, recomenda que se faça uma pesquisa anterior sobre a qualidade de atendimento do site. Também recomenda cautela no envio de documentos antes de ter um contato pessoal com a corretora. Também é possível consultar o registro dessas corretoras no site da Susep (Superintendência de Seguros Privados).  (Agência Folha)


Da redação - São Paulo / SP

Profissionais de TI são campeões em novos postos de trabalho

O mercado de trabalho para estudantes em cursos superiores ligados a Ciência da Computação e Tecnologia da Informação está efervescente no Brasil. Segundo o relatório RADAR - Tecnologia, Produção e Comércio Exterior, publicado no último dia 03/07 pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), de cada 100 novos postos de trabalho para profissionais de nivel superior abertos entre 2009 e 2012 no Brasil, 16 foram para profissionais de TI, o que equivale a 49 mil empregos formais. O RADAR publicou cinco estudos feitos pela Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset) do Ipea, que mapeiam as ocupações de nível técnico e superior que mais geraram empregos e tiveram os maiores ganhos salariais entre os anos de 2009 e 2012 em todo o país. O estudo foi produzido pelos técnicos de Planejamento e Pesquisa do Ipea Aguinaldo Nogueira Maciente e Paulo A. Meyer M. Nascimento, e pelo bolsista Lucas Rocha Soares de Assis.

No ranking elaborado pelo Ipea a área de Tecnologia da Informação foi a que mais gerou vagas formais de trabalho entre 2009 e 2012 (49 mil). Em seguida, aparecem Enfermagem (27 mil) e Relações Públicas (20 mil). O trabalho se apoiou nos dados mensais fornecidos pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). As profissões consideradas na pesquisa foram extraídas das famílias ocupacionais da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).

No período analisado, foi gerado no Brasil um total de 304.317 postos de trabalho para profissionais de nível superior, equivalentes a tempo integral (44 horas semanais) para as famílias ocupacionais do grande grupo de profissionais das ciências e das artes.  Ao menos dezesseis a cada cem desses postos de trabalho gerados empregaram analistas de tecnologia da informação, profissão de nível superior para a qual se observou a maior expansão em termos de geração líquida de postos de trabalho no período – depois de feitas as devidas correções para equalizar as diferentes durações de jornadas semanais contratadas.

Em termos salariais, os profissionais de tecnologia de nível técnico (médio) tiveram variação salarial positiva de 11% no período compreendido entre 2009 e 2012. E no nível superior, pesquisadores nas áreas de engenharia e tecnologia tiveram variação de 46,2% positiva em seus salários no mesmo período. Nota irônica fica por conta dos professores de matemática, estatística e informática do ensino superior que tiveram variação de -1,8% em seus salários no período.  (Fonte: ComputerWold)


São Francisco / EUA

Microsoft devolve US$ 14,3 milhões em ações para Steven Sinofsky

A Microsoft chegou a um acordo com o ex-chefe da divisão Windows, Steven Sinofsky, que saiu da companhia em novembro passado, pelo qual vai dar a ele um lote de ações da empresa equivalentes a mais de 14 milhões de dólares, segundo documento entregue à U.S. Securities and Exchange Commission (SEC). Em troca, Sinofsky compromete-se a não falar mal da Microsoft e também a não trabalhar em empresas que sejam suas competidoras diretas. Por esses itens e mais algumas outras cláusulas, Sinofsky vai receber mais de 418 mil ações da Microsoft. No valor de mercado da última sexta-feira, dia 5/7, isso seria equivalente a 14,3 milhões de dólares. O valor poderá ser maior ou menor dependendo da performance da companhia na bolsa, uma vez que pelas cláusulas do acordo, as ações serão liberadas em diversos lotes até agosto de 2016.

Até sua saída repentina, em 12 de novembro de 2012, Sinofsky era um dos principais executivos do Windows. Algumas semanas antes tinha sido um dos responsáveis pelo lançamento do Windows 8, dividindo o palco com o CEO, Steve Ballmer. Embora a Microsoft e Sinofsky digam que sua saída foi decisão mútua, analistas externos acreditam que tem mais na história, como por exemplo um choque entre Sinofsky e Ballmer sobre políticas internas da empresa e as próprias personalidades de ambos.

Quando saiu da Microsoft, Sinofsky deixou um bocado de ações da empresa na mesa, incluindo 220.636 ações que equivaliam à sua parte de bonificação por desempenho no ano fiscal de 2013. Essas ações poderiam ser exercidas em um período de quatro anos, sendo que os primeiros 25% estavam programados para o próximo mês. A questão é que para manter as ações a regra é que o executivo deveria continuar trabalhando na empresa.
Além disso, Sinofsky perdeu também o bônus do ano fiscal de 2012, que representava mais 260.000 ações. O acordo assinado entre ambos, no entando, devolve a Sonifsky uma boa parte desses bônus. "Em troca de manter suas obrigações ligadas ao acordo de saída, a Microsoft vai pagar o valor já garantido antes do ano fiscal de 2013 e 50% das ações previstas para bônus de performance do ano fiscal de 2013", diz o acordo. 


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INFRAESTRUTURA e LOGISTICA


São Paulo / SP

EcoRodovias vende 27,5% da ECO101 por R$ 20,6 milhões

A EcoRodovias vendeu 27,5% da participação na controlada ECO101 Concessionária de Rodovias, por R$ 20,625 milhões, para o consórcio Centaurus Participações. Antes do negócio, a EcoRodovias possuía 80% do capital social da companhia. A participação de 27,5% será adquirida pela Centaurus de forma proporcional e representará 41.250.028 ações, sendo 20.625.028 ações devidamente integralizadas. Conforme fato relevante distribuído na última, dia 5/7, o controle da ECO101 não será alterado e a venda depende de aprovação pelo Conselho de Administração em reunião, ainda sem data definida. A ECO101 possui concessão na rodovia BR-101, no trecho que corta o Estado do Espírito Santo e segue até a Bahia. A Centaurus é composta pela Coimex Empreendimentos e Participações, Rio Novo Locações, A. Madeira Indústria e Comércio, Urbesa Administração e Participações, Tervap Pitanga Mineração e Pavimentação, Contek Engenharia e MMF Empreendimentos e Participações.  (Agência Estado)


São Paulo / SP

Projetos de infraestrutura logística devem receber R$ 9 bilhões do BNDES em 2013

Projetos de infraestrutura logística deverão receber R$ 9 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) neste ano, o que representa aumento de 23,3% sobre os empréstimos do ano passado. A conta inclui os primeiros recursos para o pacote de concessões anunciado ano passado. Para este segundo semestre é esperada uma concentração de leilões de concessão. O vice-presidente do BNDES, Wagner Bittencourt, afirmou à reportagem que alguns procedimentos de análise já estão sendo simplificados. "Vamos atender às metas. O banco não será um gargalo para o desenvolvimento dos projetos de logística do País", declarou o executivo, responsável também pela Área de Estruturação de Projetos do banco.

O Programa de Investimento e Logística (PIL) foi anunciado em agosto de 2012 pelo governo. Pelo cronograma atual, após sucessivos atrasos, os leilões para rodovias acontecerão de 20 de setembro a 20 de dezembro. O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, tem reafirmado que o governo não cogita novo adiamento. Mesmo o leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV) permanece marcado para setembro.

No ano passado, o BNDES liberou R$ 7,3 bilhões para empréstimos em logística, alta de 60% sobre 2011. Aí estão incluídos os empréstimos-ponte para os três aeroportos concedidos à iniciativa privada: Guarulhos, Campinas e Brasília. De acordo com o chefe do Departamento de Logística (Delog) do banco, Cleverson Aroeira, a meta é aprovar os financiamentos de longo prazo desses três projetos ainda este ano. Cronograma - A expectativa é que as concessões de rodovias saiam na frente. Em seguida, Aroeira espera a chegada dos projetos de financiamento para os Aeroportos do Galeão, no Rio, e de Confins, em Belo Horizonte. Por fim, virão os projetos de investimentos em ferrovias e portos.  (Agência Estado)

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TELECOM

Da redação - São Paulo / SP

Mercado de Contact Center atingirá R$ 40 bilhões em 2013 no Brasil

O mercado brasileiro de Call Center, considerando operações terceirizadas e internalizadas, deve crescer 14,13% em 2013, gerando uma receita de R$ 40,4 bilhões, segundo estudo anual “A Indústria do Relacionamento no Brasil”, produzido desde 2004 pela E-Consulting Corp., boutique de estratégia e projetos líder na criação, desenvolvimento e implementação de serviços profissionais em Web, TI, Telecom, Contact Center, Multicanais e Novas Mídias. A pesquisa, realizada com 813 das 1000 maiores empresas brasileiras de diversos segmentos e com as 50 maiores operadoras de Contact Center do Brasil, revela mudança no cenário do modelo das operações. Pelo segundo ano consecutivo, as operações terceirizadas, que devem faturar R$ 14,3 bilhões em 2013 (crescimento de 13,5%), terão crescimento e valor cada vez menor que o das operações internas - que devem registrar crescimento de 14,49%, atingindo R$ 25,7 bilhões em receita.

O estudo mostra que a tendência do aumento da internalização dos contact centers é fruto da valorização do cliente pelas empresas, que passam a encará-lo como seu principal ativo.  “As novas leis focadas do consumidor, a concorrência e a pressão pelo melhor atendimento estão trazendo para as empresas a ideia de que o relacionamento com o cliente ficou muito mais estratégico. Por isso, há uma tendência forte de investimentos maiores em canais qualificados de atendimento e modelos de relacionamento mais diferenciados. Tudo isso para levar excelência na abordagem com o cliente”, prevê Daniel Domeneghetti, sócio-fundador da E-Consulting.

Com este movimento há um aumento significativo em projetos ligados à diferenciação dos serviços oferecidos com a implementação de mais canais (multicanalidade) de atendimento, vendas e comunicação. Em paralelo, serviços de relacionamento em cadeias B2B (Business-to-Business), back-office, automação, helpdesk, recuperação de crédito, promoções, infraestrutura de TI, conectividade e BPO (Business Process Outsourcing) são frentes cada vez mais relevantes no volume de receitas do setor de relacionamento.

Dentro das quatro linhas de ofertas mais importantes ligadas aos serviços de Contact Center, tais como SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), Televendas, Recuperação de Crédito e Novos Modelos de Gestão do Relacionamento com o cliente, o uso dos canais digitais aponta crescimento de 31,69% comparado a 2012. Esta linha, que engloba atendimento em redes sociais, chat, trade, B2B e supply-chain fullfilment, dentre outros, deve movimentar cerca de R$ 6 bilhões neste ano. As áreas tradicionais de SAC e Televendas devem gerar, juntas, R$ 17,62 bilhões, com crescimentos respectivos de 14,13% e 2,26% em cada categoria. Já a Recuperação de Crédito ou Cobrança deve gerar um montante de R$ 8,81 bilhões. Deste valor, R$ 3,15 bilhões são terceirizados. O crescimento das receitas de recuperação de crédito e de novos modelos de gestão do relacionamento com o cliente são os que mais contribuem diretamente para a recuperação da rentabilidade do setor. “Estimamos que o setor continue a crescer, tanto em número de PAs (Posições de Atendimento) terceirizadas – atualmente em 338 mil - como em volume de profissionais, hoje em torno de 656 mil terceirizados. No entanto, a intensidade deste crescimento deverá ser menor à medida em que o setor continua seu processo de amadurecimento e o índice de terceirização vem caindo, relativamente a cada ano, atingindo este ano um índice de 35,8% do total”, ressalta Domeneghetti.

O estudo também revela que, nos últimos anos, vem ocorrendo um movimento de migração dos novos sites para outras regiões do País, saindo principalmente da capital paulista, onde predominam os maiores custos de pessoal, de metro quadrado, de salário, de infraestrutura e de conectividade. Outros centros estão na mira das empresas por conta de custos menores de implementação, gestão e operação enxutas, além de eventuais incentivos fiscais e parcerias estabelecidas com prefeituras e/ou governos estaduais. 
Neste cenário, o setor de Contact Center no Estado de São Paulo já perdeu 5% de representatividade nos últimos anos e poderá reduzir a sua participação em mais de 10% nos próximos anos, enquanto a representatividade do Nordeste aumentou 3,5% desde 2009, atingindo 12,5% em 2013.

Mesmo com este movimento migratório, o Sudeste do País ainda concentra o maior número de operações, representando 58% do mercado. As regiões Sul e Nordeste correspondem, respectivamente, a 19,5% e 12,5% do setor de Contact Center. Com os menores percentuais de participação estão o Centro Oeste e o Norte do Brasil, com 8,7%, e 1,3%, respectivamente. Para o ano de 2013, a projeção é que o número de funcionários totais trabalhando nos Contact Centers aumente em 11,62%, o que corresponde a 1,84 milhão de pessoas empregadas pelo setor. Dessa forma, o setor de Contact Center se configura como um dos maiores geradores de empregos da sociedade brasileira.

Em relação aos cargos encontrados neste segmento, despontam entre os mais bem pagos as posições de Gerente de Tecnologia e Gerente Comercial, com salários base de R$ 9,15 mil e R$ 6,47 mil. Já o cargo de operador de telemarketing configura no estudo como o profissional com a menor remuneração dentro do setor, ganhando, em média, R$ 706 por mês.


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