Edição 898 | Ano IV

Brasília / DF

Balança tem superávit de US$ 1,29 bilhão na semana

As vendas ao exterior de plataforma para extração de petróleo, aviões e etanol puxaram o superávit de US$ 1,29 bilhão na balança comercial da terceira semana de junho, melhor resultado semanal desde maio do ano passado e que deixou o acumulado do mês com um saldo positivo de US$ 1,64 bilhão.  Os dados, divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, mostram que se mantida essa tendência, será a primeira vez no ano que um saldo mensal será melhor do que o verificado em igual mês de 2012. Na terceira semana de junho, as exportações somaram US$ 6,05 bilhões e as importações US$ 4,75 bilhões. O resultado no acumulado reduziu o déficit nas compras e vendas de bens do ano para US$ 3,74 bilhões.

A média diária de US$ 1,07 bilhão nas exportações nas três primeiras semanas de junho é 11,1% superior à média diária dos embarques de junho do ano passado. Esse aumento é explicado pela exportação maior de manufaturados e básicos. Na outra ponta, as importações subiram 4 % na terceira semana ante junho do ano passado, com média diária de US$ 965 milhões.

De janeiro a maio, os desempenhos mensais foram todos piores quando comparados aos mesmos meses de 2012. Apesar de fraca, a balança comercial de maio - com superávit de US$ 758 milhões - foi um sinal claro de recuperação, segundo avaliação feita pelo ministério na época da divulgação.
José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), contudo, discorda do ministério. Excluindo o saldo positivo da terceira semana, junho está se mostrando um mês ruim. "Sem plataforma, aviões e caminhões, o saldo seria próximo de zero, o que é ruim para um mês historicamente de grandes superávits", afirma.

Castro chama atenção para a queda no preço do minério de ferro, que até o fim de maio estava em US$ 108 a tonelada, valor um pouco acima do registrado ano passado. "O preço veio caindo e agora está em US$ 93", diz.
O superávit forte registrado na terceira semana de junho foi considerado "ponto fora da curva" por Fabio Silveira, economista da GO Associados, que mantém a estimativa de saldo positivo de US$ 8 bilhões para o comércio exterior brasileiro neste ano. "A desvalorização cambial recente e o crescimento menor do consumo e do investimento devem fazer o saldo convergir para esse número", diz Silveira.
(Fonte: Assessoria de Comunicação Ministério do Desenvolvimento)

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP

Confiança da Indústria registra queda no mês

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas recuou 1,1% entre maio e junho, ao passar de 105,0 para 103,8 pontos , o menor nível desde julho de 2012. A queda resulta de piora tanto das avaliações em relação ao momento presente quanto das expectativas para os meses seguintes. Após recuperar-se em maio, o Índice da Situação Atual (ISA) cedeu 0,9%, ao passar para 104,8 pontos; o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,3%, registrando 102,8 pontos, nível inferior à média histórica recente. O resultado geral sinaliza que, após a aceleração observada no início do ano, a indústria apresenta um ritmo moderado de atividade na virada entre o primeiro e o segundo semestre.

O quesito que mede o nível de estoques exerceu a maior influência na diminuição do ISA. Houve aumento na proporção de empresas que se consideram com estoques excessivos, de 7,7%, em maio, para 8,2%, em junho; a parcela de empresas que avaliam o nível de estoques como insuficiente diminuiu de 6,2% para 5,7% no mesmo período.

A piora das expectativas em relação à situação dos negócios nos seis meses seguintes foi o principal fator a contribuir para a queda do IE em junho. Com variação de -2,6%, o indicador do quesito registrou a quarta queda consecutiva, para 142,3 pontos, mantendo-se, contudo, acima da média histórica recente (138,9). A proporção de empresas que esperam melhora do ambiente de negócios diminuiu de 53,3% para 47,0% do total. A parcela de empresas prevendo piora também se reduziu, de 7,2% para 4,7%. Após avançar 0,4 ponto percentual (p.p.) em maio, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou 0,2 p.p. em junho, para 84,4%, o mesmo nível registrado em janeiro.   (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE na Ásia:

Bolsas asiáticas fecham majoritariamente em alta

Os mercados de ações da Ásia fecharam majoritariamente em alta nos pregões de hoje, dia 26/6, com as bolsas da Austrália e de Hong Kong recuperando-se após perdas recentes. Entre os destaques positivos, os papéis nas Filipinas atingiram a maior alta porcentual desde 2008, depois de entrar em território de baixa um dia antes. Por outro lado, a crise de liquidez do mercado interbancário da China continua a pesar sobre o pregão em Xangai, apesar de comentários do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) na terça.

- O índice S&P/ASX 200, da Bolsa de Sydney, avançou 1,6%, para 4.731,7 pontos, após uma série de quatro dias de quedas. 
- Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou em alta de 0,2%, aos 1.783,45 pintos, encerrando uma série de cinco dias de baixa. 
- Já na Bolsa de Hong Kong, o índice Hang Seng terminou em forte alta de 2,43% aos 20.338,55 pontos.
- Nas Filipinas, as ações se recuperaram após uma acentuada onda de vendas, saltando mais de 5% nesta quarta-feira. A alta foi puxada por compras em blue chips, que recentemente haviam sofrido fortes baixas.
- O índice PSEi, que havia entrado em território de baixa apenas um dia antes, marcou o maior ganho porcentual em um único dia desde outubro de 2008. O PSEi fechou aos 6.118,94 pontos, alta de 5,7% ante o fechamento de terça.
- Apesar das falas do PBoC, as ações em Xangai continuaram a onda de vendas, com cautela dos investidores. O Índice Xangai Composto encerrou em queda de 0,4%, aos 1.951,50 pontos, uma nova mínima desde 16 de janeiro de 2009, quando fechou em 1.954,44 pontos. 
- O Índice Shenzhen Composto subiu 2,5%, para 901,72 pontos.
- Em Taipé, o índice Taiwan Weighted terminou em alta de 1,6%, aos 7.784,8 pontos, com melhora no sentimento do mercado depois que o governo finalmente aprovou nesta terça-feira a emenda sobre a redução da faixa de imposto sobre ganhos de capital. 

Análise -  As altas de alguns mercados asiáticos ocorreram depois dos avanços em Wall Street, na terça-feira. Os pregões dos EUA celebraram resultados positivos de indicadores que mostraram avanços em encomendas de bens duráveis, vendas de casas novas e confiança do consumidor, apesar da perspectiva de que Federal Reserve pode iniciar, em breve, a reduzir suas compras de bônus, se a economia dos EUA melhorar. A suavização das preocupações sobre a crise de escassez de liquidez do mercado interbancário da China também pode ter influenciado as altas. Na terça-feira, o Banco do Povo da China disse que havia injetado fundos para algumas instituições financeiras nos últimos dias para reforçar a liquidez e pode agir de forma semelhante no futuro. O anúncio seguiu comentários feitos por Ling Tao, vice-diretor da filial de Xangai do PBoC, de que o banco central vai conduzir as taxas de juros de mercado para um "intervalo razoável".



ONTEM no Brasil:

Ibovespa sobe 2%, na esteira de melhora externa

A Bovespa teve um dia de recuperação nesta terça-feira, após declarações de autoridades monetárias terem aliviado temores sobre a possibilidade de aperto de crédito na China e de rápida interrupção de estímulos por bancos centrais. A sessão também foi marcada por forte valorização de empresas controladas por Eike Batista, que colocou à venda ativos de carvão e ouro, além dos de mineração.

- O Ibovespa ainda reduziu os ganhos nos ajustes finais do pregão, para fechar em alta de 2,02 por cento, a 46.893 pontos. 
- O giro financeiro do pregão foi de 6,9 bilhões de reais, abaixo da média diária de 2013, de 7,9 bilhões de reais.

Análise 1 - "Essa alta é pequena perto da necessidade, ainda está longe do ideal", disse Marcio Cardoso, sócio-diretor da Título Corretora em São Paulo. O Ibovespa acumula queda de 12,4 por cento em junho e de 23 por cento no ano. "Você pode até ver entrada para os ativos, porque eles apanharam muito nas últimas semanas, mas dizer que houve mudança de cenário e de perspectivas, não mudou", acrescentou Cardoso, citando preocupações com a economia doméstica. A melhora de humor dos mercados globais ocorreu depois que membros de bancos centrais de Estados Unidos, China e Europa vieram à público para acalmar investidores preocupados com as perspectivas de liquidez global. O Banco Central chinês garantiu que continuará a fornecer dinheiro às instituições que precisam, após dias de agitação que derrubaram as ações globais por temores de crise bancária. "A grande preocupação é com o crescimento da economia chinesa e se eles terão um aperto monetário por lá. Esses comentários hoje trouxeram alívio, sinalizam que eles não terão movimentos muito bruscos por lá", disse o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo Corretora.

Análise 2 - Nesse cenário, o referencial norte-americano S&P 500 fechou em alta de 0,95 por cento, enquanto o principal índice europeu de ações teve valorização de 1,45 por cento.
Por aqui, MMX saltou 17,86 por cento, após notícias de que a mineradora suíça Glencore Xstrata, o banco BTG Pactual e a holandesa Trafigura estão interessados em ativos da mineradora de Eike Batista. Uma fonte ligada ao grupo EBX afirmou à Reuters nesta tarde que Eike também colocou à venda ativos de carvão da CCX e de ouro da AUX.
A CCX, que não faz parte do Ibovespa, acelerou fortemente a alta após a notícia, fechando com valorização de 12,05 por cento, na máxima da sessão. As ações da petrolífera OGX, também de Eike, e da mineradora Vale foram as principais influências positivas para o Ibovespa, seguidas pela siderúrgica Usiminas. Em sentido oposto, pesaram no índice os papéis do banco Santander e da Suzano Papel e Celulose.


ONTEM nos EUA:

Bolsas de Nova York fecham em alta com melhora de dados econômicos dos EUA

As bolsas de Nova York fecharam em alta no pregão de ontem, dia 25/6, ajudadas por dados econômicos melhores que o esperado e pelo alívio das preocupações com a liquidez na China.

- O índice Dow Jones subiu 100,75 pontos (0,69%) e fechou em 14.760,31 pontos.
- O S&P 500 ganhou 14,94 pontos (0,95%), encerrando em 1.588,03 pontos.
- O Nasdaq avançou 27,13 pontos (0,82%) e fechou em 3.347,89 pontos.

Análise - Os indicadores mais esperados de ontem trouxeram notícias positivas. As encomendas de bens duráveis registraram alta de 3,6% em maio, acima da previsão de aumento de 3,2%. A confiança do consumidor medida pelo Conference Board avançou para 81,4 em junho, acima da previsão de 75,5.  As vendas de moradias usadas também superaram a expectativa e subiram 2,1% em maio, para o nível mais alto desde julho de 2008. Já o índice de atividade industrial da região do Federal Reserve (Fed) de Richmond subiu para 8 em junho, de -2 em maio.
Entre outros dados, os preços das residências nas 20 maiores áreas metropolitanas dos Estados Unidos subiram 12,1% em abril ante igual mês de 2012, de acordo com a S&P/Case-Shiller. A estimativa era de avanço de 11,1%. Já o índice de preços das moradias medido pela Agência Federal de Financiamento Imobiliário (FHFA, na sigla em inglês) subiu 0,7% em abril, na comparação com março, abaixo da alta de 1,2% esperada.


ONTEM na Europa:

Ações europeias se recuperam de mínimas de sete anos

Comentários reconfortantes de autoridades de bancos centrais na China e nos Estados Unidos acalmaram os investidores nos pregões de ontem, dia 25/6, e contribuíram para a recuperação das ações europeias das mínimas de sete meses.

- Segundo dados preliminares, o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 encerrou em alta de 1,41%, a 1.129 pontos.

Análise - Na sessão anterior, o índice havia fechado no menor patamar desde o fim de novembro de 2012, prejudicado por preocupações com a liquidez global, depois de o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, sinalizar que irá começar a redução de estímulos no país neste ano, e do aperto de crédito na China.


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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP

Santander Brasil realiza mudança na estrutura administrativa

O Banco Santander Brasil anunciou na tarde de ontem, dia 25/6, uma mudança na sua estrutura administrativa. Em comunicado, a instituição citou a criação da vice-presidência executiva sênior, que será responsável por áreas como canais de atendimento, tecnologia, organização e custos. Para o posto, foi nomeado José Paiva. Paiva é atualmente é membro do Conselho de Administração do Santander Brasil e trabalha há 15 anos na casa. Na nota, o novo presidente da filial brasileira, Jesús Zabalza, disse que a mudança tem como "objetivo fortalecer a governança corporativa e reforçar a estrutura organizacional". As mudanças foram aprovadas em reunião do conselho nesta manhã. A filial brasileira do Santander também anunciou a criação da vice-presidência de comunicação, marketing, relações institucionais e sustentabilidade. Para o posto, foi nomeado Marcos Madureira. O banco explicou que o novo modelo organizacional não é exclusivo do Brasil e outros mercados, como o Chile e o México, têm formato semelhante. "Estou convicto de que, com essas alterações, nosso banco estará ainda mais preparado para alcançar o objetivo de crescimento que almejamos, sempre voltado para a satisfação de nossos clientes e para o atendimento de suas necessidades", disse Zabalza no comunicado.   (Agência Estado)

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INDÚSTRIA


Heitor José Müller, presidente da FIERGS
Da redação - Porto Alegre / RS

Confiança do industrial gaúcho recua pelo quarto mês consecutivo 

A confiança dos industriais gaúchos caiu pela quarta vez consecutiva e somou 53,9 pontos em junho, de um total de 100, atingindo o menor patamar em dez meses. O índice, medido pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), recuou 0,9 ponto em comparação com maio. “Os resultados sinalizam um ambiente, atual e futuro, menos favorável para os negócios. A política monetária contracionista, a instabilidade da taxa de câmbio e a desaceleração do consumo doméstico contribuíram para essa avaliação. Esses fatores vêm somar-se ao quadro estrutural de falta de competitividade do setor no mercado interno e externo”, afirmou o empresário Heitor José Müller, presidente da FIERGS. 

A percepção dos empresários sobre as condições atuais da economia (48,5 pontos) e com as expectativas para os próximos seis meses foram responsáveis pela queda do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS). Para 42,3% dos entrevistados, ocorreu uma piora no cenário econômico brasileiro. Apenas 10,7% fizeram uma avaliação positiva. Os demais afirmaram que não houve alteração nas dificuldades já enfrentadas. Em relação ao Rio Grande do Sul, a situação foi semelhante: 37,5% e 13,1%, respectivamente. 

O Índice de Expectativas registrou 56,7 pontos, expressando otimismo. No entanto, significa o menor valor desde setembro do ano passado e a quarta queda consecutiva. O futuro da economia brasileira é visto de forma positiva por 26,8% dos entrevistados e com pessimismo, por 26,2% deles. O restante não acredita em mudanças. “A baixa confiança poderá se refletir negativamente nas decisões de investimento das indústrias”, destacou Müller. 
Elaborado mensalmente pela FIERGS, o ICEI-RS varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima 50 pontos denotam maior confiança e quanto mais abaixo, pessimismo. 
(Fonte: Unidade de Comunicação do Sistema FIERGS) 



Empresário Eike Batista
Rio de Janeiro / RJ

Reestruturação das dívidas do grupo EBX deve ficar pronta até julho

A reestruturação da dívida do Grupo EBX está prevista para sair do papel até o fim da primeira quinzena de julho. Mas a venda dos ativos pelo empresário Eike Batista deve continuar mesmo depois disso. O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apurou que, além das participações em suas principais empresas, os planos incluem também a venda da empresa de carvão CCX e de ouro AUX, que não entraram no pacote do saneamento da dívida por ainda estarem longe de serem operacionais. Quem acompanha de perto as negociações conta que o desenho final da venda da mineradora MMX, um dos principais ativos de Eike, ainda não está totalmente definido. No páreo, estão a holandesa Trafigura e a suíça Glencore, com possível participação do BTG Pactual, que também assessora o empresário na reestruturação.

A Glencore chegou a fazer uma oferta pelo porto Sudeste, que está conectado à MMX, mas Eike tenta vender o pacote inteiro. Credores que acompanham esses movimentos avaliam que esse ativo poderia render de R$ 2 bilhões (se Eike só conseguir vender o porto) a R$ 5 bilhões (caso o empresário consiga passar adiante o pacote completo). Apesar das negociações terem avançado, a tropa de advogados necessária para fechar o contrato de venda ainda não foi acionada.

A confirmação de que a MMX está à venda pelo grupo trouxe fôlego às ações da mineradora nesta terça-feira na BM&FBovespa. Os papéis fecharam com ganho de 17,06%, no topo da lista das maiores altas do dia no pregão paulista. A alta dos papéis levou a reboque outras empresas do grupo que também estariam à venda, como a CCX (12,05%), a petroleira OGX (6,41%) e a empresa de logística LLX (1,01%).

A notícia motivou ainda uma elevação na recomendação do banco Morgan Stanley para as ações da MMX. "Nós enxergamos queda limitada (do papel) nos níveis atuais. Além do mais, a companhia anunciou que contratou um assessor para explorar possíveis vendas de ativos, o que acreditamos que trará algum suporte para a ação", afirma o relatório do banco.

Na reestruturação, segundo fontes, o grupo de Eike Batista trabalha ainda em outras frentes, como a busca de um parceiro estratégico para a LLX, que tenha capacidade financeira para desenvolver o Porto do Açu. Há ainda a expectativa de uma renovação da carteira de contratos do estaleiro OSX. A intenção é descentralizar as atividades das empresas da petroleira do grupo, a OGX, e também da figura de seu controlador, Eike Batista.

O plano é equacionar o endividamento do grupo, que atravessa uma crise de confiança desde junho de 2012, quando anunciou metas de produção para o poço de Tubarão Azul muito abaixo do prometido inicialmente. Ao fim do primeiro trimestre desse ano, a dívida das empresas ultrapassava a casa dos R$ 10 bilhões apenas contabilizando os principais bancos de varejo, conforme dados dos balanços das companhias.

BNDES. O grupo tem ainda dívidas com o BNDES. A crise das empresas de Eike, entretanto, tem um impacto menor para o banco de fomento, já que o BNDES têm fianças bancárias ou corporativas. No mercado, no entanto, há quem aposte que o esforço de renegociação das dívidas do grupo pode resultar também na saída de Eike do controle dos negócios. Entre alguns investidores, há percepção é de que a falta de transparência no processo têm gerado mais dúvidas em relação à saúde financeira das empresas. 
(Agência Estado)

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AGROBUSINESS


Empresário Carlos Fávaro, presidente da Aprosoja
Da redação - São Paulo / SP

Favaro critica demora na definição dos leilões de Pepro de milho

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Carlos Fávaro, afirmou que a demora do governo na definição dos mecanismos de sustentação dos preços do milho preocupa os agricultores, "que estão comercializando o cereal abaixo do custo de produção". Na opinião do dirigente, a sinalização do governo com o apoio ao escoamento da produção, seja por meio de leilões de prêmio para equalização de preços ao produtor (Pepro) ou de subvenção ao frete (PEP), aliviaria a pressão que a entrada da safra recorde no mercado exerce sobre os preços do milho.
Fávaro lembra que a portaria do Ministério da Agricultura com a proposta de apoio à comercialização do milho foi encaminhada à área econômica do governo, que até agora não apreciou a medida. Ele argumenta que os leilões de opções de venda de 2 milhões de toneladas de milho que estão sendo realizados pelo governo não são suficientes para dar sustentação aos preços e serão importantes apenas para repor os baixos estoques oficiais.

Na avaliação do presidente da Aprosoja/MT, o governo não tem como aumentar o volume de compra de milho por meio dos leilões de opções, porque falta espaço para armazenagem em Mato Grosso. Por isso, diz ele, é importante que o governo defina os leilões de apoio ao escoamento da produção, pois se os preços mantiveram a trajetória de queda nos próximos meses a tendência será de retração nas vendas, o que resultará na estocagem de milho a céu aberto, pois Mato Grosso consome apenas 2 milhões de toneladas das 17 milhões de toneladas esperadas para esta safra.

Pelos cálculos da Aprosoja, os custos de produção do milho estão entre R$ 12 a R$ 13 por saca de 60 quilos, podendo atingir valores maiores no caso dos produtores que investem em tecnologia. Os preços praticados no mercado de Mato Grosso estão na faixa de R$ 11/saca na região do Médio Norte. Fávaro afirma que os preços só não recuaram mais por causa da alta do dólar, pois a melhora na paridade em relação à cotação do cereal na exportação dá sustentação ao mercado interno. Ele disse que até agora os produtores de Mato Grosso colheram 5% da área cultivada e prevê que a pressão baixista deve aumentar nas próximas semanas, na medida em que avance a colheita. Fávaro cobra o apoio do governo, argumentando que os prêmios são necessários em Mato Grosso para compensar a logística precária, "decorrente da falta de investimentos em infraestrutura por parte governo". 
(Fonte: Agronotícias)

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TI, WEB e e-COMMERCE


São Francisco / EUA

Aumenta a procura por certificação profissional em mídia social

As mídias sociais e suas aplicações invadiram o mundo corporativo, mas a maioria das empresas ainda não sabe o que fazer com as novas ferramentas.
De acordo com um relatório da Harvard Business Review,  intitulado “The New Conversation: Taking Social Media from Talk to Action”, 79% das empresas estão usando ou planejando usar canais de mídia social, mas apenas 12% acreditam que estão usando-os de forma eficaz. Um dos motivos é a falta de compreensão e educação dos executivos C-level. Algo que um número crescente de faculdades, universidades e empresas estão trabalhando para corrigir.

Universitários precisam de formação em Negócios Sociais - “Você conversa com os alunos, e muitos deles pensam que sabem tudo sobre mídias sociais”, diz William Ward, professor de mídia social da S.I. Newhouse School of Public Communications, na Universidade de Syracuse.“Mas tente fazer outras perguntas, como: ‘Você promove integração de conteúdo em múltiplas plataformas? Você faz análise eficazes para conhecer melhor a sua comunidade, saber como ela é? Você está usando listas no Twitter ou círculos no Google+ para organizar seus grupos?’ A resposta, na maioria dos casos, será não”, diz Ward. “A mídia social é mais do que apenas ter uma conta do Facebook ou Twitter, e é isso que estamos tentando ensiná-los.”

No ano passado, a Newhouse tornou-se a primeira instituição a cooperar com a empresa de gestão de mídia social HootSuite, em um piloto de um curso de formação e certificação em mídia social chamado University HootSuite.
O programa do curso, disponível para empresas e indivíduos, dá aos participantes acesso a ferramentas e  instrumentos da HootSuite, aulas em vídeo, e 20 webinars de 30 minutos que abordam as melhores práticas e dicas de marcas que já estão presentes nas mídias sociais e, por fim, uma certificação, depois de uma série de exames. Os alunos certificados são adicionados ao diretório de consultores de mídia social da HootSuite.

Emparelhado com o currículo da Newhouse, o curso tem como objetivo preparar os alunos para ingressar em corporações onde poderão promover o uso de mídias sociais para os negócios. “A mídia social chegou e progrediu tão rapidamente que é difícil para qualquer um ser um especialista em tudo”, diz Kirsten Bailey, diretora da Universidade HootSuite, ressaltando que a parceria com a empresa ajudou a instituição de ensino a superar uma das principais dificuldades para a criação de um curso sobre Social Business: a falta de professores confortáveis em ensinar a material. “A equipe da HootSuite está sempre em dia com APIs e upgrades, o que nos ajuda a estarmos sempre informados”, diz Ward.

Outras faculdades e empresas investem na oferta de cursos - O programa piloto foi tão bem sucedido – com 80% dos estudantes o avaliando como “extremamente útil” – que incentivou mais de 80 faculdades e universidades em todo o mundo, incluindo a Columbia Journalism School, a Universidade de Washington e a Universidade de Tecnologia de Sydney, a incluírem  o ensino de técnicas, fundamentos e conceitos atualizados em gestão de negócios e Internet para capacitar seus alunos no uso das redes sociais como ferramenta de negócios. “Falamos como o digital e social estão integrados na estratégia global das empresas, e em como analisar e medir os nossos esforços na mídia digital,” diz Ward. “Discutimos também como usar as mídias sociais dentro de uma organização para melhorar a comunicação e como tudo isso é parte de um conjunto de habilidades que as empresas precisam hoje”.

Entre outras empresas que oferecem treinamentos e certificações estão a HubSpot, o National Institute for Social Media e o Mediabistro. Já entre as faculdades e universidades que já estão capitalizando a tendência estão a UCLA Extension School e a Harvard Extension School, que oferecem um Certificado de Marketing com ênfase em mídias sociais e web analytics. Dezenas de outras faculdades e universidades também estão seguindo o exemplo.

Essas certificações, no entanto, não saem barato: variam de 31 dólares por mês a cerca de 5 mil dólares por mês, segundo Steven Levy, diretor-gerente da BluewaterLabs, uma agência de recrutamento e consultoria, cético sobre o aumento das certificações de mídia social. “Eu comparo as certificações de mídia social com as carteiras de motorista. Você pode ter uma, mas isso não significa que eu queira entrar em um carro com você”, diz. “A certificação pode torná-lo apto para a tarefa, mas não significa que você possa fazer o trabalho bem.” Ward Newhouse, no entanto, diz que qualquer um pode se beneficiar da educação formal para uso da mídia social.

No Brasil, não faltam cursos de pós-graduação em mídias sociais e Social Business, ofertados por instituições de renome como a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM),  a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e muitas universidades públicas e privadas. As empresas já descobriram que as mídias sociais permitem maior interatividade e comunicação direta com o consumidor. Ao mesmo tempo é um instrumento importante no relacionamento com fornecedores e público. Mas a mídia social é uma ótima ferramenta de comunicação para os negócios  até que a comunicação falhe e erro esteja lá para todo mundo ver. E o maior erro que uma empresa pode cometer é entregar a gestão das mídias sociais nas mãos de alguém que não está pronto para a tarefa. Você não quer ser esta pessoa, certo? Então, o que está esperando?  (Fonte: CIO/EUA)


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AGENDA i-press.biz


Da redação - Porto Alegre / RS

ABRH-RS inicia curso de Coaching na próxima segunda-feira 

A capacitação acontecerá entre os dias 1º e 4 de julho, em Porto Alegre. As inscrições estão abertas no site www.abrhrs.com.br.  A Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccional Rio Grande do Sul (ABRH-RS), promove, entre os dias 1º e 4 de julho, o curso de Coaching. Os encontros serão na sede da ABRH-RS (Rua dos Andradas, 1234/1802 – Centro, Porto Alegre/RS), das 18h30 às 22h. As inscrições podem ser feitas pelo site www.abrhrs.com.br. 

Com carga horária de 14 horas, a capacitação objetiva oportunizar a reflexão sobre o papel de coaching e as competências necessárias para a condução desse processo, além de habilitar os participantes a atuarem mais efetivamente nos aspectos humanos e de gestão e na obtenção de melhores resultados organizacionais. A psicóloga especialista em Psicoterapia Psicanalítica, Cristina Amaral ministrará a qualificação. Entre os assuntos a serem abordados estão: experiência de vida (meentoring); competências necessárias para a realização de coaching e feedback; percepção e comunicação: ferramentas fundamentais para o feedback; benefícios, processo e situações que exigem coaching; líder como coach; características de um Coach eficaz; e o processo que visa resultados. 

Mais informações no site www.abrhrs.com.br ou pelo telefone (51) 3254-8222. Outras novidades sobre a ABRH-RS podem ser acompanhadas pelo Twitter: @abrhrs. 

SERVIÇO:
Curso de Coaching 
Quando: Entre os dias 1º e 4 de julho
Horário: 18h30 às 22h
Carga horária: 14 horas
Instrutora: Cristina Amaral
Local: Rua dos Andradas, 1234/1802 – Centro – Porto Alegre
Inscrições: www.abrhrs.com.br
Informações: (51) 3254-8222 ou pelo e-mail formacao@abrhrs.org.br 




Da redação - Porto Alegre / RS

Brasil leva sua maior delegação para WorldSkills 2013

O Brasil participará este ano da 42ª edição da WorldSkills Competition com 37 estudantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e quatro do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). Essa é a maior delegação já formada pelo País para o torneio desde 1983, o início da participação brasileira. Em Leipzig (Alemanha), de 2 a 7 de julho, jovens com até 21 anos de 53 nações enfrentarão provas de habilidades técnicas, individuais e coletivas para executar as tarefas da profissão dentro de padrões internacionais de qualidade.

A comitiva gaúcha é formada por cinco alunos que participarão em quatro modalidades: Design Gráfico (Ricardo Calvi), Impressão Off set (Lucas Cardoso), Mecatrônica (Henrique Baron e Maurício Toigo) e Instalação Hidráulica e a Gás (Pablo Fachin). O grupo embarca nesta sexta-feira (28) para se juntar à delegação brasileira. 

São esperados mais de mil competidores em 46 ocupações, o que fará da WorldSkills 2013 a maior competição já realizada no mundo. Na última edição, realizada em 2011 em Londres, o Brasil participou com 25 competidores. As seis medalhas de ouro, entre elas a de Mecatrônica com a dupla do Rio Grande do Sul, três de prata e duas de bronze, além de dez certificados de excelência, renderam o segundo lugar no ranking da competição. 

A delegação deste ano conta com 26 representantes do Sudeste, oito do Sul, cinco do Nordeste e dois do Centro-Oeste. Eles foram selecionados na Olimpíada do Conhecimento realizada em novembro de 2012 com mais de 600 estudantes que passaram por cursos de aprendizagem ou qualificação industrial, ou formação técnica de nível médio. Em 2012, foram realizadas pelo SENAI mais de 3 milhões de matrículas em cursos que vão desde a iniciação profissional até a pós-graduação em áreas da indústria. A expectativa é chegar a 4 milhões em 2014. 

WORLDSKILLS - Realizado a cada dois anos, é o maior torneio de educação profissional do mundo. Os melhores jovens até 21 anos de mais de 50 países das Américas, Europa, Ásia e África simulam desafios das profissões que devem ser cumpridos dentro de padrões internacionais de qualidade.  Os alunos do SENAI e do SENAC, escolhidos a partir da Olimpíada do Conhecimento, representam o Brasil nesta competição mundial. Na edição de 2011, realizada em Londres, na Inglaterra, o país conquistou o segundo lugar, ficando atrás apenas da Coréia do Sul e à frente de países como Japão, Suíça e Cingapura. A 42ª edição do WorldSkills será realizada em Leipzig, na Alemanha, em julho de 2013. Em 2015, o Brasil será sede da competição, que ocorrerá em São Paulo. 
(Fonte: Unidade de Comunicação do Sistema FIERGS)



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