Edição 895 | Ano IV

Da redação - Brasília/DF e São Paulo/SP

Brasil perde espaço no mercado chinês e saldo comercial recua

Isso mostra que os produtos do país asiático avançam no mercado doméstico. As exportações brasileiras, porém, cresceram menos que as importações totais da China. Com isso, as trocas com a China, o maior parceiro comercial do Brasil, contribuem menos para melhorar o resultado comercial brasileiro. Especialistas avaliam que esse movimento vai prosseguir até o fim do ano.
Segundo dados compilados pela Organização Mundial de Comércio (OMC), a importação total da China de janeiro a maio cresceu 8,2% contra iguais meses do ano passado. As exportações brasileiras para o país asiático, porém, cresceram menos, com alta de 4,9% no mesmo período. Na mesma comparação, as importações brasileiras com origem China aumentaram em 8,3%, enquanto os desembarques totais tiveram elevação de 7,7%. O superávit comercial do Brasil nas trocas com os chineses caiu de US$ 3,8 bilhões, de janeiro a maio de 2012, para US$ 3,5 bilhões nos mesmos meses deste ano. Os dados do comércio brasileiro são do Ministério do Desenvolvimento.

Fabio Silveira, diretor de pesquisa econômica da Go Associados, diz que a pauta brasileira de exportação para a China explica parte do descompasso. "A exportação é concentrada em commodities, que são os primeiros produtos a sentir no preço a queda da demanda internacional e, neste momento, a fuga de dólares aos EUA", diz ele, referindo-se à expectativa de mudança no programa americano de estímulo ao crescimento. "A sobra de liquidez, que até pouco mais de um ano estava direcionada para as commodities, agora está migrando para os títulos americanos", diz Silveira. O efeito, explica, é a valorização do dólar no mercado internacional e a queda do preço das commodities. Os três produtos mais importantes que o Brasil vende para os chineses são soja, minério de ferro e petróleo. Juntos o embarque dos três itens para a China somou de janeiro a maio US$ 15,3 bilhões, o que significa 85% da exportação brasileira para o país asiático.

O mesmo não acontece com as compras brasileiras da China. Entre os produtos adquiridos do país asiático predominam os bens manufaturados. Entre os dez produtos que o Brasil mais vende para os chineses estão material elétrico - como partes de aparelhos de telefonia e televisores -, circuitos integrados, fornos industriais, guindastes e tecidos. Os valores dos dez produtos mais importados da China nos primeiros cinco meses do ano somaram US$ 4,2 bilhões, o que representa 29% do total da importação brasileira com origem no país asiático. Se considerarmos os três principais produtos - celulares, partes de televisão e partes de máquinas -, a fatia é de 16%. "Nós importamos da China o fio e o tecido, o componente e o bem de capital acabado", diz Silveira, sobre a diversificação dos bens. Com pauta de exportação muito mais variada e rica em manufaturados, avalia, os chineses sentem menos a volatilidade do mercado internacional e do câmbio.
"O problema é o possível agravamento do quadro até o fim do ano", diz José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Segundo ele, até agosto, o Brasil deve exportar para a China toda a safra de soja para o ano. No segundo semestre, portanto, cessa a contribuição do grão para o resultado comercial das trocas com os chineses e os embarques brasileiros ficarão mais dependentes do desempenho do minério de ferro.

Castro lembra que na última semana o minério chegou a ser vendido por US$ 110 a tonelada no mercado à vista da China. "Esse preço CIF - que inclui seguro e frete - equivale a US$ 90 a tonelada para embarque no Brasil, que é um preço baixo." Se houver essa queda de preço, é possível que o quadro da exportação piore, já que os volumes vendidos de minério estão até agora com evolução negativa. De janeiro a maio, o volume de venda de minério para os chineses caiu 6% contra mesmo período de 2012. Mas o comportamento do preço compensou essa queda, fazendo a exportação do minério para o país asiático avançar 1,5% no mesmo período. O petróleo, porém, pode amenizar a situação no segundo semestre. De janeiro a maio, a exportação do óleo para a China somou US$ 1,32 bilhão, o que representa uma queda de 35,6% contra iguais meses de 2012.

Com a retomada de parte da produção doméstica, diz Silveira, deverá haver recuperação em relação ao primeiro semestre, como também na comparação com o segundo semestre do ano passado. "Mas será uma melhora modesta e relativa, nada espetacular. Amenizará a queda da exportação para a China, mas não irá virar o jogo." Mesmo que não se agrave muito, o quadro de perda de superávit nas trocas com a China não deve mudar este ano, diz Castro. Os preços das commodities não mostram sinais de que irão se recuperar. Para ele, a importação pode amenizar a queda de superávit. "Um consumo das famílias mais fraco no mercado doméstico, aliado à alta de juros, pode resultar em perda de ritmo nas importações." Silvio Campos Neto, economista da Tendências, tem opinião semelhante. Para ele, a desvalorização do real também pode contribuir para reduzir o ritmo das importações. "Isso pode atenuar a expansão das importações, já que o atual patamar de câmbio torna mais caros não só os bens de menor valor agregado como também os intermediários e os bens de capital." Num horizonte de mais longo prazo, porém, destaca o economista, a tendência é que o custo desse novo patamar de câmbio, se mantido no nível atual, seja absorvido.
(Fonte: Canal do Produtores)


Frankfurt / Alemanha

Brasil vai retomar crescimento robusto

O Brasil será capaz de superar a atual desaceleração econômica e retornará a um crescimento robusto, enquanto segue de olho nas saídas de capital, disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, segundo um diário alemão.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,9 por cento no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período de 2012. Tombini disse que, embora seja improvável ver um crescimento como os 7,5 por cento de 2010, é esperada uma aceleração sobre o atual ritmo. "Uma média de crescimento de 4 a 4,5 por cento é factível", ele disse em entrevista ao diário alemão Handelsblatt. Tombini disse que o país tem sido bem-sucedido em enfrentar as instabilidades das entradas de capital e precisa agora fazer a mesma coisa quando os dólares começam a sair. "Agora é preciso cuidar que as saídas de capital e a normalização não levem a novas instabilidades", acrescentou.
Tombini também disse que o BC segue com foco no combate à inflação.  (Agência Estado)


Nova Iorque / EUA

Moody's reavalia nota de risco do Brasil

O vice-presidente da Moody’s, Mauro Leos, admitiu que a agência de classificação de risco está avaliando a possibilidade de mudança da perspectiva da nota de crédito do Brasil, e sinalizou que pode haver uma piora na perspectiva. Leos deixou claro que a agência não está analisando uma alteração no rating do País. “Estamos discutindo se o outlook positivo reflete as condições atuais do Brasil”, afirmou. Leos deve visitar o Brasil em agosto, mas disse que uma alteração na perspectiva poderia ocorrer de agora até setembro. Segundo ele, não necessariamente uma decisão tem de ser tomada após uma visita ao País.

O Brasil tem rating soberano em moeda estrangeira de longo prazo Baa2, perspectiva positiva, que está dentro da categoria grau de investimento. Em novembro de 2012, a Moody’s reafirmou o rating e manteve a perspectiva do Brasil. A última mudança de rating foi em junho de 2011, quando o País teve sua nota elevada de Baa3 para Baa2, com perspectiva positiva. Leos disse que desde quando houve a reafirmação da nota e da perspectiva do País, no ano passado, as notícias e informações relacionadas ao Brasil têm sido predominantemente negativas, a começar pelo crescimento fraco da economia. “O Brasil está crescendo menos do que esperávamos e este ano o crescimento deve ser menor do que 3%. Se isso ocorrer, será o terceiro ano consecutivo de expansão abaixo de 3%, e isso é muito significativo”, explicou. Após crescer 7,5% em 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil desacelerou para alta de 2,7% em 2011 e de 0,9% em 2012.

Para Leos, o questionamento que está sendo feito agora é se o PIB potencial do Brasil, que ficava na faixa de 3% a 4%, porém mais perto de 4%, pode caminhar para ter um referencial de crescimento potencial mais baixo, perto de 3% ou menos. O vice-presidente da Moody’s reconhece que sua visão em relação ao País era de um cenário melhor para este ano. “Achávamos que o crescimento baixo da economia brasileira tinha a ver com um movimento cíclico. Mas o que antecipamos sobre o País não está acontecendo e não parece mais ser apenas cíclico”, disse.

Protestos - Embora ainda tente compreender as motivações por trás dos protestos da população nas principais cidades do País nos últimos dias, Leos avalia que eles completam o sentimento negativo em relação ao Brasil. “Esse sentimento negativo já estava lá, porque o crescimento está menor, a inflação está maior e há problemas no gerenciamento das políticas”, observou. “Esses protestos servem para reforçar esse sentimento negativo.”

Para ele, as manifestações não parecem estar ligadas a uma insatisfação com a inflação ou a economia, e sim com a qualidade dos serviços aos quais a população tem acesso e insatisfação com a transparência e eficácia do governo. “As demandas até agora não são econômicas”, disse. E cita como exemplo que “a inflação está alta, mas não muito mais alta do que estava há um ano”. Leos afirma que uma das questões principais é saber se os protestos afetarão os objetivos fiscais do governo, o que seria ruim, na sua avaliação. “Como o governo irá reagir a isso é algo que queremos saber”, disse. O executivo da Moody’s explicou que o sentimento negativo que já existe hoje no mercado está relacionado com a credibilidade das políticas do governo e, quando isso ocorre, é necessário que haja um esforço maior para assegurar as políticas, assegurar, no caso do Banco Central, o compromisso de perseguir a meta de inflação de 4,5%. “Isso complica a resposta das políticas e no final fica mais difícil para o Banco Central”, afirmou. 
(Agência Estado)


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INDICADORES ECONÔMICOS



Da redação - São Paulo / SP

Gasto com transporte público sobe mais de 30% entre pobres e cai 15% entre ricos

Uma pesquisa recente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) ajuda a entender por que parte dos manifestantes que se juntaram às passeatas dos últimos dias não faz questão de que o transporte público continue sendo ponto central dos protestos. O estudo mostra que os gastos com transporte público subiram mais de 30% ao longo de seis anos entre as famílias com renda per capita de até meio salário mínimo. Já entre as famílias com renda superior a oito salários mínimos, houve queda de mais de 15%.
Quando se trata de despesas com transporte privado, a situação é oposta: o gasto dos mais ricos nesse item subiu mais de 20%, enquanto o dos mais pobres caiu 20%, como aponta o gráfico abaixo, reproduzido do estudo do Ipea. Apesar de o estudo ser de setembro de 2012, os dados se referem ao período de 2003 a 2009 (último ano em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística realizou a Pesquisa dos Orçamentos Familiares).

É preciso deixar claro que a pesquisa se refere à variação de gastos, não de preços. Uma pessoa pode aumentar ou reduzir as despesas com um bem ou serviço sem que ele tenha ficado mais caro ou mais barato. No caso dos mais pobres, a renda subiu mais que o preço do bilhete (o salário mínimo avançou 132,5% no período, e a tarifa de ônibus, 63,2%, na média das nove regiões metropolitanas analisadas pelo Ipea). Consequentemente, essa população que se locomovia pouco porque não tinha dinheiro nem para o ônibus, passou fazer mais viagens e também a gastar mais.

Outro detalhe: os números correspondem à renda per capita, não familiar. Uma família de quatro pessoas com renda total de dois salários mínimos (hoje R$ 1.356) tem uma renda per capita de meio salário mínimo; portanto, entra para o segmento mais baixo no recorte da pesquisa.

A saída de cada um - Os dados mostram que, para os mais ricos, pode parecer não haver sentido em brigar por um serviço que eles usam cada vez menos. Para a classe média, também. Até as famílias com renda per capita de apenas dois salários mínimos aumentaram mais as despesas com transporte privado do que com o público no período, como aponta o gráfico acima.
“Está havendo um deslocamento de gastos do transporte público para o privado em todas as faixas de renda, com exceção dos mais pobres (renda per capita de até meio salário mínimo)”, resume Carlos Henrique de Carvalho, um dos autores do estudo. Dito de outra forma, um movimento pela redução ou fim das tarifas só manterá adeptos no médio prazo se aqueles que hoje gastam mais com o transporte privado notarem que eles próprios serão beneficiados se o transporte público ficar mais atrativo. Por enquanto, a saída individual gerou ao menos um problema coletivo, que são os congestionamentos, como apontou um outro estudo, também do Ipea. Em São Paulo, onde há 38 automóveis para cada 100 pessoas, o tempo médio de deslocamento entre a casa e o trabalho é de 43 minutos.
(Fonte: Assessoria de Imprensa do Ipea e Blog Achados Econômicos)


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones Newswires, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE na Ásia:

China e Fed derrubam bolsas asiáticas

Os mercados de ações da Ásia fecharam em queda nos pregões de hoje, dia 20/6, em meio a preocupações na região sobre o crescimento econômico da China e a possível redução do programa de compra de bônus do Federal Reserve, dos EUA. "Os emergentes da Ásia estão em situação complicada, entre a política monetária dos EUA e seus próprios problemas", disse o chefe de ações asiáticas Angelo Corbetta, da Pioneer Investments. "E a maioria das balas de prata já foi usada." Os mercados da China recuaram acentuadamente nesta quinta-feira depois que o índice da atividade industrial do país caiu para o menor nível em nove meses. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) preliminar medido pelo HSBC do setor industrial da China para junho ficou em 48,3, em comparação com a leitura final de 49,2 em maio. Qualquer pontuação abaixo de 50 indica uma contração na indústria.

- O índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 2,9%, para 20.382,87 pontos. Na China continental, o índice Xangai Composto perdeu 2,8%, aos 2.084,02 pontos, o menor nível desde 13 de dezembro.
- O índice Shenzhen Composto caiu 3,4%, para 942,06 pontos.
O impacto dos dados foi sentida mais longe, com o dólar australiano mergulhando para o menor nível em 33 meses após a divulgação do PMI.
- O índice S&P/ASX 200, da Bolsa de Sydney, fechou em queda de 2,1%, aos 4.758,40 pontos, o maior recuo porcentual desde maio de 2012.

Análise - Outro fator que também pesou sobre o sentimento dos investidores da China é o aperto de liquidez que tem deixado os bancos nacionais mais cautelosos sobre crédito. As taxas de empréstimos interbancários no país já chegaram a seu nível mais alto em dois anos. "As condições de liquidez permanecem apertadas, ao mesmo tempo em que os últimos dados mostram que a atividade manufatureira da China continua a ter contração, colocando ainda mais pressão sobre a economia", disse o analista Zhang Gang, da Central China Securities.
Os dados da China apenas aceleraram as ondas de vendas, que já haviam começado depois que o Fed encerrou sua reunião de política monetária na quinta-feira. O banco central dos EUA elevou sua avaliação da economia dos EUA e não tomou nenhuma ação imediata. Contudo, a sugestão de um cronograma para começar reduzir seu programa de compra de títulos até o final do ano provocou uma onda de vendas nas ações norte-americanos que continuou na sessão asiática.
Preocupações de que o Fed pode começar a reduzir os estímulo levaram a sessões voláteis e declínios substanciais nas últimas semanas, especialmente no Sudeste Asiático, onde os mercados menores são especialmente vulneráveis aos fluxos de saída de capital. A onda de vendas continuou nesta quinta-feira: o índice PSEi, da Bolsa de Manila, perdeu 2,9%, para 6.326,67 pontos. As ações do índice Taiwan Weighted fecharam em queda de 1,4%, aos 7.898,91 pontos, e o índice Kospi, da Bolsa de Seul, cedeu 2,0%, para 1.850,49 pontos.


ONTEM no Brasil:

Ibovespa cai ao menor nível desde abril de 2009 após Fed

O principal índice brasileiro de ações caiu forte no pregão de ontem, dia 19/6, fechando no menor patamar desde abril de 2009, após o chairman do Federal Reserve dizer que o banco central dos EUA pode começar a reduzir seu programa de estímulos no fim de 2013.

- O Ibovespa perdeu 3,18 por cento, a 47.893 pontos, fechando perto da mínima intradiária, de 47.838 pontos. 
- O giro financeiro do pregão foi de 8,75 bilhões de reais.

Análise - Após o Fed anunciar que manterá o ritmo de compra de bônus em 85 bilhões de dólares por mês, Ben Bernanke disse que o órgão pode reduzir o programa de estímulos ainda neste ano e encerrá-lo no meio de 2014, se as projeções econômicas se confirmarem.
Segundo o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo Corretora em Curitiba, a decisão do Fed pesou no ânimo dos investidores. A perspectiva de menor liquidez global aumentaria a aversão dos investidores a mercados emergentes.
"É natural nesse cenário você ter queda mais acentuada de papéis que são considerados mais arriscados", acrescentou, fazendo referência ao tombo das ações do grupo EBX, do empresário Eike Batista.
A petrolífera OGX, a empresa de logística LLX e a mineradora MMX, todas do grupo de Eike, ficaram entre as principais quedas do Ibovespa, após os fortes ganhos da véspera.
A ação da BM&FBovespa caiu 6,95 por cento, diante da possibilidade de ter de enfrentar concorrência direta da Americas Trading System Brasil (ATS Brasil), que pretende criar uma bolsa de valores no país em 2014.
Apenas 4 ativos do índice terminaram o pregão em alta, liderados pela fabricante de celulose Fibria, que fechou o dia com valorização de 0,67 por cento, enquanto a fabricante Embraer fechou estável.


ONTEM nos EUA:

Nova York fecha pregão em baixa em reação ao comunicado do Fed

As bolsas de Nova York fecharam o pregão de ontem, dia 19/6, nas mínimas da sessão, com baixas maiores que 1%, em reação ao comunicado de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e às declarações do presidente da instituição financeira, Ben Bernanke. O Fed foi mais otimista nas projeções econômicas e Bernanke detalhou um cronograma para o fim das compras de bônus pelo banco central dos EUA.

- Assim, o índice Dow Jones caiu 206,04 pontos (1,35%) e fechou a 15.112,19 pontos, a maior queda em um dia desde o dia 6. 
- O S&P 500 perdeu 22,88 pontos (1,39%), encerrando a 1.628,93 pontos- 
- O Nasdaq recuou 38,98 pontos (1,12%) e fechou a 3.443,20 pontos. 

Análise - Apesar de a política monetária continuar inalterada, a percepção geral é de que o Fed está cada vez mais perto de reduzir as compras de bônus, principalmente porque a instituição revisou a projeção de crescimento para cima e de taxa de desemprego para baixo. Além disso, o presidente do Fed de Saint Louis, James Bullard, juntou-se à presidente do Fed de Kansas City, Esther George, e agora são dois os votos dissidentes.
O banco central americano prevê que a taxa de desemprego pode chegar a 6,5% em 2014, nível estipulado como gatilho para um aumento dos juros. Para 2014, os membros do Fed elevaram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para entre 3% e 3,5%, ante a estimativa anunciada em março que previa aumento de entre 2,9% e 3,4%. A projeção do crescimento do PIB em 2013 é de entre 2,3% e 2,6%.
Para completar, o presidente do Fed afirmou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) acredita que pode começar a reduzir as compras de bônus em 2013 e que essa diminuição continuaria no primeiro semestre de 2014 até uma possível interrupção em meados de 2014. De acordo com Bernanke, essa estratégia de saída dos estímulos não está escrita em nenhum lugar, mas é "consistente" com o consenso dentro do Fomc.
Ele afirmou ainda que as reduções nas compras de bônus podem ser adiadas e, se for preciso, essas aquisições podem voltar a subir. Bernanke afirmou que o BC americano não pisará nos freios por enquanto, mas pode tirar o pé do acelerador.
"O mercado estava buscando por algum compromisso com a manutenção das compras, mas ele (Bernanke) está dizendo que o mercado de trabalho está melhorando", disse Joe Heider, da Rehmann Financial. "Os mercados amam ter certeza, eles não gostam de incertezas."
No noticiário corporativo, as ações de IBM (-1,43%), UTX (-2,07%), Boeing (-1,76%) e Travelers (-2,15%) foram as que mais pesaram sobre o Dow Jones. Já a FedEx fechou em alta de 1,07%, após divulgar o balanço na manhã desta quarta-feira (19).
Na Europa, as bolsas fecharam em baixa. A Bolsa de Londres fechou em queda de 0,40%, Frankfurt caiu 0,39%, Paris perdeu 0,55% e Madri recuou 1%.


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MERCADO FINANCEIRO

Londres / Inglaterra

Santander afirma que gestão de ativos será baseada em Londres

O banco espanhol Santander confirmou hoje, dia 20/6, que a área global de gestão de ativos será baseada em Londres, seguindo o acordo feito no mês passado para a venda de metade da divisão e parceria com empresas de investimentos. O ministro das Finanças da Grã-Bretanha, George Osborne, havia dito a banqueiros na quarta-feira à noite que Londres tinha sido escolhida como centro para o braço de investimento em ativos, que tem sua maior parte instalada em Madri. O banco confirmou o plano, mas não deu mais detalhes. Em maio, o Santander anunciou a venda de 50 por cento da divisão de gestão de ativos com as empresas de private equity Warburg Pincus e General Atlantic. A área tem aproximadamente 600 funcionários, a maioria na Europa e na América Latina. A instituição reportou lucro de 700 milhões de euros com a transação, que avaliou a divisão em 2,05 bilhões de euros. O Santander afirmou que o acordo fornecerá apoio financeiro para a expansão do negócio fora da Europa e da América Latina, onde a maior parte dos 152 bilhões de euros em ativos sob gestão estão alocados. (Agência Reuters)


São Paulo / SP

Com BVA, BC liquida 3 bancos em menos de 2 anos

A liquidação do banco BVA, decretada na noite de ontem, dia 19/6, eleva para três o número de instituições financeiras que tiveram suas portas fechadas pelo Banco Central (BC) em menos de dois anos. Se considerados todos os bancos que tiveram intervenção do regulador desde meados de 2010, o número sobe para seis. Diferentemente do que houve com Panamericano, Schahin e Cruzeiro do Sul, no BVA, não ficou evidente a ocorrência de fraudes contábeis. Antes do BVA, Morada, em 2011, e Cruzeiro do Sul, no ano passado, tinham sido liquidados pelo BC. O destino de Panamericano, Schahin e Matone, porém, foi diferente. Depois de serem socorridos com dinheiro do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), foram passados para outras instituições.
O BVA estava sob intervenção do órgão regulador desde outubro do ano passado. O regime especial chegou a ser prorrogado em 18 de abril por mais 90 dias. Apesar de o prazo encerrar apenas no próximo mês, o BC decidiu liquidar o banco após confirmar, considerando o relatório do interventor, o comprometimento da situação econômico-financeira do banco e a "grave violação" das normas que disciplinam sua atividade.

Estima-se que o passivo total do BVA seja de R$ 4,5 bilhões. No documento divulgado nesta noite pelo BC, foi atestada a existência de passivo a descoberto no BVA e a inviabilidade de normalização dos seus negócios. O liquidante do banco será Valder Viana de Carvalho. A data da liquidação extrajudicial será 20 de agosto de 2012. A liquidação mais recente feita pelo BC, antes do BVA, havia sido a do Cruzeiro do Sul, que tinha um buraco de R$ 3,1 bilhões. Após fracassarem as negociações com o espanhol Santander, único interessado na aquisição, o regulador decidiu liquidar a instituição. O Prosper teve o mesmo destino porque, no fim de 2010, tinha sido adquirido pelo Cruzeiro do Sul.  (Agência Estado)

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INDÚSTRIA

São Paulo / SP

Copel confirma compra de ativos eólicos por R$ 286,1 milhões

A Copel divulgou, na noite de ontem, dia 19/6, que comprou 100% dos ativos de geração do Salus Fundos de Investimento em Participações, sucessor da Casa dos Ventos Energias Renováveis, por R$ 286,066 milhões. A aquisição, anunciada mais cedo sem valores, inclui os parques eólicos Euros IV, Asa Branca I, II e III, Santa Maria, Santa Helena e Santo Uriel, no Rio Grande do Norte, totalizando 183,6 MW de capacidade instalada. "A aquisição atende ao objetivo estratégico da Copel de aumentar a participação no segmento de geração por meio de fontes renováveis em sua matriz energética, possibilitando, assim, a entrada da companhia, de forma efetiva, na geração eólica", informou a empresa em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Copel também divulgou que o conselho de administração aprovou a participação, sob a forma de consórcio, na Usina Hidrelétrica de Baixo Iguaçu, com 30%. Localizado no Paraná, Baixo Iguaçu é o último empreendimento energético previsto para o principal rio do Estado e ficará a cerca de 30 quilômetros da Usina Salto Caxias, a qual pertence 100% à Copel. O leilão para concessão da Usina de Baixo Iguaçu foi em setembro de 2008, porém, o contrato de concessão só foi assinado em agosto de 2012. A usina tem capacidade instalada de 350 MW, com início da operação prevista para abril de 2016.


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AGROBUSINESS

Da redação - São Paullo / SP

Frango vivo permanece distante do que deveria ser um “comportamento padrão”

Os resultados obtidos pelo frango vivo nos dois primeiros meses deste ano possibilitavam supor que, no decorrer de 2013, o produto teria um comportamento de mercado igual ou até superior ao que pode ser caracterizado como “padrão” – neste caso representado pela relação entre preço médio mensal e preço médio alcançado em dezembro de 2012.
Assim, enquanto pela média dos últimos 10 anos o preço de janeiro correspondeu a 94% do valor de dezembro do ano anterior, em janeiro de 2013 chegou a 99%, cinco pontos percentuais a mais. Uma diferença que se perdeu em fevereiro (97% contra a média decenal de 98%) mas, então, era considerada irrelevante. Irrelevante, também foi a queda observada em março. Pois enquanto o padrão apontava para o mês valor correspondente a 92% do preço médio de dezembro, o valor efetivo do mês ficou a 91% do preço de dezembro/12. Mas isso correspondeu apenas à média do mês, pois então a fragilização do mercado já estava deflagrada.

O resultado – por ora circunscrito ao segundo trimestre, mas prosseguindo terceiro trimestre adentro, pois a distância em relação ao padrão permanece muito grande – pode ser mais bem visualizado através do gráfico abaixo. Ou seja: pela média, em abril o frango deveria alcançar cotação média equivalente a 90% da registrada em dezembro; mas ficou mais de 15 pontos percentuais aquém. E em maio, quando já deveria (como seria normal) iniciar o processo habitual de recuperação de preços, continuou em queda. Então, o preço alcançado ficou quase 30 pontos percentuais abaixo do padrão.
Como agora são esperadas novas altas para o frango vivo, a curva de junho corrente irá – enfim – sofrer reversão, a primeira do ano. Mesmo assim a diferença em relação ao padrão será ainda maior que nos dois meses anteriores. No momento, essa diferença se encontra quase 35 pontos percentuais aquém do padrão para o mês. Assim, há um longo caminho a percorrer até que se alcance a recuperação plena.   (Fonte: AviSite)


Da redação - São Paullo / SP

Preços agrícolas no atacado preocupam

Na avaliação do superintendente adjunto de Inflação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), Salomão Quadros, embora itens como arroz, milho, leite, trigo e mandioca pesem menos na composição do IPA-M, índice componente que mede o atacado, chegam mais rápido ao consumidor.
"Houve uma aceleração muito rápida nas matérias-primas agrícolas. Isso vai chegar ao IPC", afirmou Quadros. Por causa de seu peso no cálculo do índice, a soja foi a principal responsável pela aceleração do IPA-M, que passou de uma deflação de 0,20% na segunda prévia de maio, para uma inflação de 0,60% na prévia anunciada ontem.

Puxado pelo IPA-M, a segunda prévia do IGP-M de junho ficou em 0,74%, acima da taxa de 0,01% registrada na segunda prévia de maio e acima também das estimativas de analistas. A soja em grão, no IPA-M, passou de alta de 1,94% na segunda prévia de maio para 9,83%, agora. "A soja tem o maior impacto numérico, mas a novidade é que houve aceleração em outras matérias-primas agrícolas importantes para o IPC", explicou Quadros.

Os efeitos no IPC-M, componente que mede os preços ao consumidor, ainda não chegou. Na segunda prévia deste mês, o IPC-M teve alta de 0,38% em comparação com os 0,31% na segunda prévia de maio. O grupo "Alimentação" apresentou o mesmo resultado da apuração de maio: 0,22%. Na composição, porém, o IPC-M já apresenta alguns sinais da transmissão, destacou Quadros.
Um bom exemplo está na cadeia de panificação. No atacado, o preço do trigo como matéria-prima tinha registrado deflação de 1,96% na segunda prévia de maio. Agora, passou a uma inflação de 2,50%. Para o consumidor, os preços do item "panificados e biscoitos" tinham inflação de 0,43% na segunda prévia de maio e agora passaram para 1,46%. Também pesou na aceleração do IGP-M o INCC, que capta os preços no setor da construção, e registrou taxa positiva de 2,41% na segunda prévia do indicador deste mês, após registrar elevação de 0,68% na segunda prévia de maio.

Segundo Quadros, porém, o avanço no INCC já era esperado, por causa do custo da mão de obra - maio é o mês do reajuste salarial na construção civil de São Paulo. Perguntado sobre os efeitos da valorização do dólar, Quadros explicou que algum impacto já pode estar ocorrendo nos preços da soja. "Mas o IPC ainda está longe de receber esses efeitos", destacou o pesquisador do Ibre/FGV.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV e DCI/SP)

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MERCADO AUTOMOTIVO

Xangai / China

GM descarta investimentos adicionais na Peugeot

A General Motors (GM) negou na tarde de ontem, dia 19/6, que pretenda fazer investimentos adicionais em sua parceira francesa Peugeot Citröen, sujeita ao complicado mercado automobilístico europeu. As duas empresas concordaram, no ano passado, em dividir custos e desenvolver conjuntamente novos veículos na Europa, mas com a venda separada dos automóveis. A montadora francesa registrou prejuízo líquido de 5,01 bilhões de euros (US$ 6,74 bilhões) em 2012. O resultado mostra o desafio que a companhia deve enfrentar nos próximos dois anos e alguns analistas não têm certeza se a Peugeot vai sobreviver sem ajuda financeira. "Não temos nenhuma intenção de investir fundos adicionais na Peugeot neste momento", disse o presidente da GM, Dan Akerson, nos bastidores de um evento em Xangai. "Se alguma coisa mudar, vamos avaliar."  (Agência Dow Jones Newswires)

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SERVIÇOS, COMÉRCIO e VAREJO

Brasília / DF

Anhanguera é multada pelo Cade em R$ 4 milhões

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu nesta quarta-feira dois autos de infração contra o Grupo Anhanguera Educacional pela omissão de informações relevantes ou mesmo entrega de falsos dados para a análise do órgão, que aprovou as compras da Novatec e do Instituto Grande ABC pela companhia no início do ano. Somados, os dois autos impõem multa de R$ 4 milhões. Segundo o conselheiro relator do caso, Alessandro Octaviani, as empresas prestaram informações falsas sobre a participação da família Rodrigues no capital do grupo. De acordo com ele, os documentos apresentados pela Anhanguera não condiziam com a situação do professor Gabriel Mário Rodrigues, fundador da Anhembi Morumbi, e sua filha Ângela Rodrigues, no comando dos negócios da empresa. Em janeiro deste ano, o empresário vendeu os 49% que detinha da instituição que fundou à norte-americana Laureate Education.

De acordo com Octaviani, além das informações incorretas sobre a real participação societária de Rodrigues no grupo, a defesa também alegou que o executivo não lidava mais diretamente com os negócios da companhia, o que teria sido desmentido inclusive por notícias de jornais que retrataram o empresário como o principal articulador das recentes aquisições realizadas pela Anhanguera no mercado educacional. Em abril, o Grupo anunciou sua fusão com a Kroton – que ainda será analisada pelo Cade – em uma operação avaliada em R$ 5 bilhões que criará o maior grupo do setor no País, reunindo cerca de 1,2 milhão de alunos.

O recurso - Apesar de o grupo ainda não ter sido notificado pelo Cade, o vice-presidente jurídico do da Anhanguera, Khalil Kaddiff, adiantou ontem que a instituição recorrerá e levará a questão até mesmo à Justiça, se necessário, para anular os autos de infração. "Vamos discutir até o final, iremos a todas as instâncias. Estamos muito tranquilos porque temos toda a documentação que prova que não houve má-fé e nem enganosidade na prestação das informações", afirmou. Kaddiff reconheceu um erro na declaração preenchida de próprio punho pelo professor Rodrigues, mas alegou que todos os demais documentos enviados pela Anhaguera ao Cade continham os dados corretos sobre a participação acionária do empresário. "Não houve má-fé", completou. 
(Agência Folha)

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COMÉRCIO EXTERIOR

Rio de Janiero / RJ

Vale lidera exportações em 2013 com US$ 10 bilhões

A mineradora Vale tem, mês a mês, consolidado a posição de maior exportadora do Brasil. Em maio, a companhia alcançou a marca de US$ 10 bilhões (preço FOB) exportados no acumulado do ano. No mesmo período, as vendas externas da vice-líder Petrobras totalizaram US$ 4,943 bilhões, uma diferença de mais de 100%. Os dados constam em levantamento mensal divulgado nesta quarta-feira, 19, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). No ano passado, as vendas externas da Vale somaram US$ 25,570 bilhões. A Petrobras, por sua vez, exportou US$ 22,109 bilhões, uma diferença de 15,6% entre elas. Essa distância cresceu neste ano graças, principalmente, à queda de 51,15% nas exportações da Petrobras no acumulado de janeiro a maio. A Vale, por outro lado, registrou alta de 5,33% na receita com exportações no mesmo período. Se por um lado a Vale tem se beneficiado com a alta dos preços do minério, por outro a Petrobras continua a sofrer com a trajetória de queda do volume de óleo produzido em território nacional. Em maio, as exportações da Vale somaram US$ 2,382 bilhões, alta de 9,20% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a Petrobras amargou uma queda de 33,80% em igual período, para um total de US$ 1,276 bilhão. Esses números consideram apenas as operações realizadas pelas próprias companhias e não por controladas que possuam outro CNPJ, caso da BR Distribuidora.

Déficit - Além de ver a concorrente Vale cada vez mais distante na liderança do ranking dos exportadores, a Petrobras também tem sofrido com o crescente déficit comercial, conforme sinaliza o levantamento do Mdic. As importações da petrolífera somaram US$ 18,246 bilhões entre janeiro e maio, resultando em um déficit de US$ 13,3 bilhões no acumulado dos cinco primeiros meses do ano. No mesmo período do ano passado, o déficit somava US$ 4,144 bilhões, fruto de US$ 14,262 bilhões em importação e US$ 10,118 bilhões exportados. A forte alta reflete o aumento das importações de combustíveis por parte da Petrobras para atender a demanda doméstica por gasolina e diesel, por exemplo. A estatal também ampliou neste ano a compra externa de gás natural, de modo a atender à demanda gerada pelas operações de térmicas a gás acionadas para garantir a oferta de energia no País.  (Agência Estado)




Da redação - Porto Alegre / RS

Exportações gaúchas crescem 34,8% em maio 

As exportações do Rio Grande do Sul totalizaram US$ 2,27 bilhões em maio, o que representa um crescimento de 34,8% na comparação com o mesmo mês de 2012. Esse resultado contrasta com a média brasileira, onde houve queda de -6%, e fez com que o Estado aumentasse sua participação na pauta nacional em 3,2 p.p., saindo do 6º para o 3º lugar. O grupo relacionado às commodities foi o principal responsável por esse desempenho positivo, com elevação de 94,7% (US$ 958 milhões), decorrente do aumento expressivo das vendas externas de soja para a China. Pelo lado da indústria, houve uma expansão de 10,6% nas exportações, atingindo US$ 1,29 bilhão, bem acima da média nacional (-8,5%). Apesar desse avanço, o setor perdeu substancial participação na pauta do Estado, passando de 69,3% para 56,8%. "Essa queda na participação da indústria não é um resultado pontual, mas sim uma tendência preocupante que vem se agravando ao longo dos últimos anos. Só haverá uma reversão desse movimento quando uma ampla agenda de reformas for colocada em prática, tornando o processo de exportação menos oneroso e burocrático", afirmou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller. 

Entre os segmentos industriais com maior destaque nos embarques, somente o de Produtos Alimentícios teve retração: -6,5%. Os expressivos resultados positivos ficaram por conta de Metalurgia (580%), que vendeu produtos semimanufaturados de ferro e aço para os Estados Unidos, enquanto Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (28,3%) tiveram aumento nos pedidos da Argentina. Os Produtos Químicos (20,2%) elevaram suas vendas de éteres acíclicos e seus derivados para Holanda e Espanha; e Tabaco (19,6%) enviou mais itens para os Estados Unidos e Bélgica. A China conquistou a primeira colocação entre os destinos dos produtos gaúchos. O país asiático elevou suas compras em 92%, com destaque para soja. Os Estados Unidos garantiram a segunda posição ao reforçar seus pedidos em 69%. O terceiro lugar ficou com a Argentina (41%). Ainda em maio, as importações totais cresceram 3,7% totalizando US$ 1,59 bilhão, em relação ao mesmo mês do ano passado. Os segmentos de Bens de Capital e Combustíveis e Lubrificantes registraram avanços de 40,9% e 31,4%, respectivamente. 
(Fonte: Unidade de Comunicação do Sistema FIERGS) 

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TI, WEB e e-COMMERCE



São Paulo / SP

Brasil deverá liderar investimento em mídia digital na AL em 2013

A mídia digital vai responder por 11,1% de todo investimento em publicidade na América Latina em 2013, atingindo um total de 4,11 bilhões de dólares, dos quais 2,49 bilhões de dólares vão ficar para o Brasil, líder irrefutável na região, já que o segundo colocado, o México, terá uma fatia de 660 milhões de dólares desse total. Os dados são de pesquisa do site eMarketer.
O crescimento do investimento em publicidade digital na América Latina será de 21,5% em 2013, devendo manter crescimento a taxas de dois dígitos até 2017, quando vai representar 8,27 bilhões de dólares. Nesse ano, 59,1% da receita total online da AL será do Brasil, ficando o país à frente dos outros em todo o período.

O investimento total em mídia na América Latina, incluindo todas as categorias, será de 36,97 bilhões de dólares em 2013, o que faz da região uma das três menores em publicidade no mundo. Mas vai registrar a segunda maior taxa de crescimento regional este ano, de 7,5%, perdendo apenas para a Europa Oriental, segundo o eMarketer.

Brazil e México lideram o total de investimentos em publicidade na América Latina, ficando cada um com, respectivamente, 20,21 bilhões de dólares e 458 bilhões de dólares em 2013, diz o eMarketer. O Brasil, no entanto, está bem a frente em crescimento da fatia total dos investimentos da região nas previsões para os próximos anos, especialmente levando em conta que há dois grandes eventos esportivos programados para acontecer no período até 2017. O novo estudo do eMarketer para a América Latina, segundo a empresa, foi revisado em função da expectativa de crescimento menor PIB (Produto Interno Bruto) na região e também flutuações de inflação e taxas cambiais em algumas das grandes economias da região. Na Argentina, por exemplo, o estudo estima uma queda de 6,7% em investimentos em publicidade em dólar.


Da redação - São Paulo / SP

IBM Brasil inaugura centro de suporte focado em soluções de colaboração 

A IBM anuncia a inauguração de um centro de suporte no Brasil, localizado em São Paulo, que será responsável pelo atendimento de ocorrências de softwares de colaboração na América Latina. O centro terá como objetivo auxiliar as organizações no suporte de soluções colaborativas. Além do uso interno, para conectar equipes remotamente motivando o compartilhamento de conhecimento, as soluções podem também ser utilizadas para otimizar contato com fornecedores e clientes, inserindo as empresas no mundo do Social Business, uma tendência no mercado mundial. 

Para motivar a inovação e a competitividade através do compartilhamento de conhecimento, empresas de todo mundo têm adotado softwares colaborativos. Com a globalização e a tendência de conexão remota, que faz com que as corporações tenham equipes cada vez mais distribuídas geograficamente, novos meios de comunicação têm sido desenvolvidos para permitir a interação corporativa. Segundo o CEO Study 2012, 98% dos CEOs citaram inovação através da colaboração como principal prioridade de suas empresas. O estudo também mostrou que 90% dos profissionais trabalham fora da matriz, enquanto 60% estão baseados em lugares diferentes de seus gerentes.

A iniciativa englobará o suporte às principais soluções com foco em colaboração da IBM como, por exemplo, os softwares IBM Connections, IBM WebSphere Portal, IBM Domino e IBM Sametime (aplicativo de mensagens instantâneas). “A experiência da IBM no mercado de Colaboração e o compromisso contínuo com a evolução da plataforma trazem um novo modelo de Social Business, que promove colaboração imediata, independente da localização ou do fuso horário em que a pessoa se encontra”, explica Fábio Scopeta Rodrigues, Diretor do Laboratório de Software da IBM Brasil. O novo centro brasileiro de negócios e apoio a clientes se une aos outros seis existentes no mundo, localizados na América do Norte, Dublin, Japão, China, Índia e Filipinas. (Fonte: Assessoria de Imprensa IBM - In Press Brodeur) 


Da redação - São Paulo / SP

Guia dá dica para varejo incrementar negócios com marketing online

Fazer promoções arrebatadoras com frequência ao mesmo tempo em que se tenta equilibrar a saúde financeira da loja virtual pode não ser uma equação fácil de resolver. Para ajudar os empresários a fidelizarem os clientes e ao mesmo tempo aumentarem suas receitas a ExactTarget anunciou o guia “5 dicas para aumentar as receitas no varejo”. Formuladas em parceria com a iGoDigital, as dicas de melhores práticas passam pelo uso de e-mail marketing personalizado de acordo com o perfil dos clientes, a adoção de ferramentas automatizadas de recomendação de produtos e a utilização dos e-mails transacionais para aumentar as vendas.  O relatório recomenda, entre outras medidas, a adoção de um centro de preferências no qual o consumidor possa detalhar que tipos de comunicação mais lhe interessam, tornando possível uma maior personalização das mensagens.

O grande objetivo é promover ações de marketing que sejam relevantes para cada cliente, evitando disparos em massa que desconsideram diferentes perfis e tornem a comunicação menos efetiva. Um estudo recente da eMarketer revelou que 56% dos assinantes de e-mail marketing nos EUA cancelaram os cadastros porque receberam conteúdo considerado irrelevante.
O guia está disponível para download no site ExactTarget.


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MERCADO LUXO



Paris / França

Dolce e Gabbana são condenados por fraude fiscal

Os estilistas italianos Domenico Dolce e Stefano Gabbana foram condenados nesta quarta-feira em primeira instância a um ano e oito meses de prisão por uma fraude fiscal avaliada em um milhão de euros, informou a imprensa. Eles também foram condenados a pagar 500.000 euros de indenização ao fisco.
A promotoria havia solicitado uma pena de dois anos e seis meses de prisão. 
(LEIA NA ÍNTEGRA)

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Reportagem ESPECIAL



Da redação - São Paulo / SP

Gasto com tributos e papéis na compra de imóvel chega a 8% do total

Quem compra um imóvel deve ficar atento: antes de passar à condição de feliz proprietário será preciso desembolsar uma boa quantia com custos adicionais -impostos, documentos e serviços que oficializam o negócio. Quanto o comprador vai gastar exatamente depende da cidade em que está localizado e do preço da casa ou apartamento.  (LEIA NA ÍNTEGRA)


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