Edição 892 | Ano IV

Da redação - Rio de Janeiro / RJ

Indústria brasileira estará sob exame atento do resto do mundo nesta semana

A oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) da Votorantim Cimentos, empresa que faz parte do grupo Votorantim e tem a precificação de seus papéis prevista para 19 de junho, vai testar o sentimento do investidor estrangeiro em relação ao país. É o que destaca reportagem publicada neste domingo no site do jornal britânico Financial Times. A publicação lembrou que a proximidade da Copa do Mundo, que ocasionou a construção ou renovação de 11 estádios em todo o país, além de empreendimentos para as Olimpíadas de 2016 e outros projetos de infraestrutura que valem bilhões de dólares, lançou luz sobre "um dos setores menos glamourosos do país": a produção de cimento.

Segundo o "FT", o setor estará sobre escrutínio mundial nesta semana em que a Votorantim Cimentos, maior produtora do material no país com participação de 37% no mercado nacional, vai oferecer seus papéis na Bolsa de Valores de São Paulo. A oferta pública inicial das ações, cujo preço deverá ser fixado na quarta-feira, pode levantar até R$ 10,3 bilhões (ou US$ 4,8 bilhões), naquele que deve se firmar como o segundo maior IPO do mundo este ano, segundo a consultoria Dealogic.

A operação será um "teste num momento em que os investidores estão fugindo de mercados emergentes e têm sérias dúvidas sobre o histórico de crescimento brasileiro", previu o "FT". A publicação lembrou que um boom imobiliário ajudou a fazer do Brasil o quarto maior comprador mundial de cimento, atrás de China, Índia e os EUA. E o consumo de cimento por pessoa aumentou 81%, de 2003 para 2012, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). A taxa de crescimento do Brasil, porém, preocupa - no trimestre, a economia do país avançou apenas 0,6%, um freio imposto por problemas estruturais como os altos impostos e os altos custos trabalhistas, que têm impacto direto na indústria. "Com o esfriamento do mercado imobiliário do país, as cimenteiras apostam em projetos de infraestrutura", diz a reportagem do "FT".

A oferta de ações da Votorantim Cimentos, no entanto, vem numa boa hora para a empresa, dizem analistas ouvidos pelo "Financial Times". A dívida líquida da Votorantim Industrial, que reúne a maior parte das empresas do conglomerado, atingiu recentemente R$ 18,4 bilhões. Desde que foi fundada como uma fábrica têxtil, em 1918, a empresa tem diversificado seu negócio com empresas relacionadas a commodities, como metais e celulose, que sofreram com a desaceleração chinesa. O IPO também irá ajudar a Votorantim Cimentos a manter sua vantagem sobre seus rivais, como a Lafarge da França, a Holcim da Suíça e a Camargo Corrêa. "O IPO vai reforçar a posição deles e prepará-los para um ambiente mais difícil no Brasil", afirmou ao "FT" Joe Bormann, diretor-gerente da Fitch.

O braço de cimentos da empresa é considerado pelo mercado como uma das "joias" do conglomerado: suas receitas subiram 18% nos últimos dois anos e representam cerca de 30% das vendas totais do grupo. Alguns participantes da indústria põem em dúvida se a Votorantim tem reputação suficiente para impressionar o mercado. Com preço de oferta entre R$ 16 e R$ 19, a valorização da empresa seria de cerca de 11,5 vezes seu valor, bem acima do estabelecido por rivais europeias. E o desempenho fraco da indústria nos últimos meses pode levar os investidores a apenas observarem de longe o movimento. (Fontes: Financial Times.e Agência OGlobo)



São Paulo / SP

Pesquisa mostra obstáculos que dificultam investimento dos EUA no Brasil

A burocracia e os elevados impostos representam os maiores "obstáculos" para o investimento no Brasil, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira e realizada entre 92 empresas dos Estados Unidos que já operam ou pretendem se instalar no país. A pesquisa foi elaborada pela Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) e situa como terceiro ponto negativo para o investimento a falta de infraestruturas adequadas, citada por 11% das empresas consultadas. A burocracia foi mencionada como maior dificuldade por 33%, enquanto 21% criticou a alta carga tributária.

Apesar dessas críticas, os empresários avaliaram o clima que existe para os negócios no Brasil e 37% disse que o principal atrativo oferecido pelo país é seu forte mercado interno, que para 50% é o grande diferencial entre este país e outros da América Latina. Segundo a Amcham, 40% dos entrevistados já têm algum tipo de relação comercial com o Brasil, enquanto 60% restantes planejam iniciá-la em curto prazo. Das empresas que já operam no país, 89% disseram que pretende expandir seus negócios no Brasil e, delas, 47% estão decididas a fazê-lo nos próximos seis meses.

Os setores de maior interesse são os bens de consumo (10%), construção (10%), agricultura (9%), telecomunicações (8%), logística (8%), petróleo e gás (7%), saúde e biotecnologia (7%), indústria automotiva (7%), transporte e turismo (5%), recursos naturais e energia (5%) e educação (3%).
A pesquisa foi realizada entre a última semana de maio e a primeira de junho e segundo Camila Moura, gerente de Comércio Exterior da Amcham, seu objetivo era "identificar as dificuldades" enfrentadas pelos empresários no Brasil e oferecer uma melhor informação sobre como fazer negócios no país.   (Agência EFE)



São Paulo / SP

Internet ruim tira 'home broker' de casa

As falhas de conexão na internet, problema frequente na vida dos usuários, têm feito o pequeno investidor que aplica em Bolsa via web pelo sistema de "home broker" a buscar alternativas. Quedas de sinal que impedem a conclusão de negócios levam usuários a sair de casa e alugar salas comerciais que oferecem banda larga mais rápida. O custo sobe, mas, para investidores ouvidos pela reportagem, compensa. É a avaliação, por exemplo, do operador Humberto do Prado, que investe para si mesmo e para terceiros.

Depois de perder negócios por causa de problemas com a internet, ele desistiu de trabalhar em casa e apelou para o serviço de um escritório compartilhado, onde tem uma conexão mais rápida. Prado diz que, mesmo com duas conexões da Telefônica (móvel e a cabo), enfrentava problemas de duas a três vezes por mês. Por isso, afirma, o custo de cerca de R$ 1.200 com a nova sala compensa. "Quando a conexão cai, você está cego. Sua ordem de investimento está lá, mas você não sabe o que está acontecendo, não sabe se o preço está caindo ou subindo", diz. "Para evitar prejuízos maiores, a saída era ligar para a corretora e cancelar a operação, sem saber como estava o preço do negócio."

Prado investe em índices futuros na Bolsa de Nova York (que oscilam rapidamente) e diz que não pode se desligar nem por alguns segundos dos indicadores. "Às vezes, em um minuto, eles sobem ou caem 100 pontos. Em 15 ou 20 segundos, posso perder US$ 1.000 por contrato. Não tenho tempo para ficar discutindo com a operadora por problema de conexão e fazer meu trabalho na Bolsa. Ou faço um ou faço outro", afirma o investidor.

Os prejuízos - Morador do Alto da Boa Vista, na zona sul de São Paulo, o operador Pierre Chofard optou por instalar duas conexões de fibra em casa, além de outra móvel. Até mudar de endereço, há seis meses, os problemas eram recorrentes mesmo com serviço de duas operadoras diferentes (Net e Telefônica). "Aqui acontece de tudo. Você está no meio de uma operação, vai fechar o negócio, desliga tudo. Você fica apavorado, o telefone não pega porque é digital. Celular não pega. É terrível." Hoje, Chofard paga dois troncos diferentes para evitar que, quando uma das conexões saia do ar, a outra também fique fora de serviço. "Aumentou o custo, lógico."

Eduardo Tude, presidente da consultoria de telecomunicações Teleco, diz que a saída para quem não pode abrir mão da internet é manter uma conexão a cabo e contar com mais de uma opção. A qualidade nos grandes centros, diz Tude, é boa, mas a conexão doméstica sempre tem possibilidade de falha. A advogada Veridiana Alimonti, do Idec (instituto de defesa do consumidor), afirma que, além do abatimento proporcional no preço da assinatura quando há queda de conexão, o usuário pode recorrer à Justiça por perdas e danos.
"A empresa tem um prazo para fazer o reparo. O problema é ter um serviço que todo mês tem queda", diz. O ideal, de acordo com a advogada, é registrar a queixa na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e recorrer ao Procon ou ao Juizado Especial Cível (antigo Juizado de Pequenas Causas).   (Agência Folha)

_______________________
INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP

IPC-S recua na segunda semana de junho

O IPC-S de 15 de junho de 2013 apresentou variação de 0,43%1, 0,05 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada na última divulgação.
Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Alimentação (0,65% para 0,41%). Nesta classe de despesa, vale destacar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -0,78% para -3,01%.

Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: 

- Vestuário (1,12% para 0,73%);
- Saúde e Cuidados Pessoais (0,60% para 0,53%);
-  Educação, Leitura e Recreação (0,35% para 0,27%);
- Comunicação (0,27% para 0,20%). 

Para cada uma destas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: roupas (1,23% para 0,82%), medicamentos em geral (0,54% para 0,33%), show musical (1,23% para -0,83%) e pacotes de telefonia fixa e internet (1,03% para 0,39%), respectivamente.

Em contrapartida registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos:

- Transportes (0,01% para 0,19%);
- Habitação (0,59% para 0,63%);
- Despesas Diversas (0,01% para 0,05%). 

Nestas classes de despesa, os destaques partiram dos itens: tarifa de ônibus urbano (-0,13% para 1,12%), tarifa de eletricidade residencial (-0,70% para -0,23%) e serviço religioso e funerário (-0,71% para -0,15%), nesta ordem.
A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 22.06.2013, será divulgada no dia 24.06.2013.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


Da redação - Brasília / DF

Aplicações no Tesouro Direto voltam a render acima de 10%

Depois de um ano, os títulos públicos vendidos via internet -modalidade chamada de Tesouro Direto- voltaram a oferecer ao investidor remuneração acima de 10%. Os ganhos haviam caído devido à política de corte de juros do governo. É que o desempenho dos papéis acompanha o juro básico, a taxa Selic, que, em outubro de 2012, chegou a 7,25% ao ano, a mínima histórica e que durou até abril deste ano. Com a retomada dos aumentos da Selic para conter a inflação -os juros subiram gradativamente até os atuais 8% ao ano e há perspectiva de mais elevação nos próximos meses-, os títulos do Tesouro Direto voltaram a render dois dígitos.

Entre os papéis prefixados, cuja rentabilidade é definida no momento da compra, a chamada NTN-F (Nota do Tesouro Nacional Série F -veja glossário nesta página) com vencimento em 2023 oferecia rendimento de 10,75% ao ano, para quem comprava na última sexta-feira, dia 14/6. Esse patamar não era alcançado desde junho de 2012. A LTN (Letra do Tesouro Nacional) com vencimento em 2016 pagava juros de 10,29% ao ano aos investidores na última sexta-feira, retomando o nível de abril do ano passado. Os títulos pós-fixados, cujo ganho é corrigido por algum índice (como o IPCA, que mede a inflação oficial), também estão mais atraentes do que há um ano. A NTN-B Principal (Nota do Tesouro Nacional Série B Principal), mais procurada pelos investidores, oferece juros reais (descontada a inflação do período) de 5,3% ao ano no caso do papel com vencimento em 2035.

As perspectivas - Na avaliação de especialistas, o nível de rendimento dos títulos públicos não deve subir muito além do atual no curto prazo porque a taxa Selic, embora em tendência de alta, não deve voltar a patamares de anos anteriores, em dois dígitos. Estimativas de economistas consultados na última pesquisa do Banco Central apontam o juro básico em 8,75% ao ano no fim de 2013 até dezembro de 2014. "O fato é que a renda fixa não rende mais o que rendia no passado. Nos últimos meses, a maioria dos investimentos de renda fixa perdeu para a inflação. É preciso garimpar por rentabilidade", diz Aline Rabelo, coordenadora do Investmania, rede social de investidores.

Os cuidados - É importante destacar que, no caso do título prefixado, cujo desempenho é estabelecido no momento da aquisição, o investidor que compra o papel agora deixa de aproveitar o cenário de aumento de juros no futuro. O aplicador pode ainda perder dinheiro se vender o papel antes do vencimento. Isso porque, nessa negociação, é feito um desconto definido em razão da Selic do momento. Ou seja, quanto mais alta a Selic, maior será o desconto no preço do título na venda antes do prazo.


____________________
MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

São Paulo / SP

Investidor de Bolsa deve ter sangue frio

A queda de 19% no ano do principal índice da Bolsa brasileira preocupa os investidores de ações -especialmente os pequenos, com menos acesso que os grandes a dados econômicos e sobre a situação financeira de empresas para basear suas apostas. Diante do mau desempenho do mercado acionário local -que acumula a maior queda em 2013 entre dez países emergentes, como México, Rússia e África do Sul-, é preciso manter o sangue frio para evitar prejuízo. Isso porque só perde dinheiro efetivamente quem vende uma ação por um preço menor do que o pago na compra. Assim, mesmo que o papel se desvalorize na Bolsa, se for mantido pelo investidor, não haverá prejuízo.
Além disso, com o tempo, a ação pode voltar a subir, com possibilidade de lucro para o aplicador caso seja vendida na alta, a um valor maior que o de compra. "A Bolsa tem de ser vista como um investimento de longo prazo -pelo menos três anos", afirma o educador financeiro Mauro Calil. "Em um período longo, as ações podem se recuperar de eventuais perdas pelo caminho."
Para quem quer entrar na Bolsa, o nível baixo atual pode ser visto como uma boa oportunidade, com ações baratas e, portanto, com potencial de valorização. O investidor precisa avaliar, porém, se tem perfil para suportar as oscilações do mercado. "Se a pessoa fica arrasada quando olha o saldo de investimentos e verifica que está um pouco abaixo do que antes, certamente não tem perfil para arriscar muito", diz o planejador financeiro Valter Police.
(Agência Folha)


HOJE na Ásia:

Bolsas asiáticas fecham em direções divergentes

Os mercados de ações da Ásia fecharam em direções divergentes nesta segunda-feira, com caça por barganhas e queda no volume de negociações em alguns pregões antes da reunião de política monetária do Federal Reserve Bank, dos EUA. O principal evento programado para esta semana é a declaração do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) sobre a política monetária do banco central dos EUA. As ações em vários mercados regionais superaram um início agitado da sessão e foram consolidando ganhos ao longo do dia em meio a um certo otimismo em relação ao resultado da decisão política do Federal Reserve, especialmente sobre o ritmo de suas compras mensais de títulos. "O resultado mais provável é que o Fed reafirmará que o desemprego continua elevado, vários indicadores cruciais continuam a divergir e a economia dos EUA ainda não está firme. Tudo isso deve levar o Fed a manter a linha do [programa de] estímulo de US$ 85 bilhões, com uma redução a ser reavaliada em três a quatro meses", disse o estrategista Evan Lucas, da IG Markets.

As ações na Austrália fecharam em alta, com os bancos liderando a recuperação após as quedas da semana passada. O índice S&P/ASX 200, da Bolsa de Sydney, subiu 0,7%, para 4.825,9 pontos.

Em Hong Kong, o mercado foi elevado por uma recuperação em incorporadoras imobiliárias, que recentemente haviam sido atingidas por temores sobre um aumento nas taxas de juros dos EUA. A Henderson Land Development subiu 3,6% e a Land Sino ganhou 3,9%, levando o índice Hang Seng para uma alta de 1,2%, aos 21.225,90 pontos.

As ações em Taiwan fecharam em terreno positivo, acompanhando a recuperação na maior parte dos mercados da região após baixas recentes. O índice Taiwan Weighted fechou em alta de 0,7%, aos 7.992,89 pontos. A HTC avançou 2,1% e a Hon Hai cedeu 2,1%. A TSMC terminou estável.

O índice Kospi, da Bolsa de Seul, cedeu 0,3%, aos 1.883,10 pontos, conseguindo fechar acima do nível de sustentação de curto prazo de 1.870 pontos, mas ainda abaixo da marca de 1.900 pontos, um nível que os analistas dizem que é essencial para restaurar a confiança dos investidores. O volume de operações permaneceu relativamente fraco, à medida em que os investidores esperam os comentários do Fed sobre seu programa de relaxamento monetário. A Samsung Electronics continuou seu declínio e terminou em queda de 0,2%, após uma frágil tentativa de recuperação no início da sessão.

O volume de negócios nas Filipinas também foi baixo por causa da cautela antes da reunião do Fed, no entanto as ações fecharam em alta com caça por pechinchas. O índice PSEi subiu 1,6% para 6.339,41 pontos.

Já na China, as ações fecharam em queda, uma vez que as preocupações sobre a desaceleração do crescimento do país pesaram sobre o pregão. Contudo, a caça por barganhas em empresas menores, especialmente, no setor de tecnologia ambiental limitou as perdas. O índice Xangai Composto recuou 0,3%, para 2.156,22 pontos, e o índice Shenzhen Composto subiu 0,2%, para 977,66 pontos.

__________
INDÚSTRIA

Da redação - Brasília / DF

Serviços importados são taxados em até 51% no Brasil

Responsáveis por quase um quarto dos gastos da indústria brasileira, os serviços importados sentem o peso da carga tributária. Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a cada vez em que contrata consultores estrangeiros ou requisita suporte técnico para máquinas e equipamentos, a indústria paga de 41,08% a 51,26% em tributos.
Para a entidade, esse nível de impostos e contribuições prejudica a competitividade da indústria nacional, à medida que aumenta custos, encarece o produto final e, muitas vezes, impede o acesso a novas tecnologias. "Toda e qualquer empresa em ramo tecnológico mais sofisticado precisa importar serviços. Se o Brasil quer indústria mais avançada, precisa reduzir os impostos sobre os serviços", diz o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes.

De acordo com o diretor da CNI, a carga tributária sobre a compra de serviços no exterior afeta principalmente dois tipos de empresas. O primeiro são as indústrias que desenvolvem produtos associados à prestação de serviços, como máquinas e aviões. A tributação aumenta as despesas com a manutenção desses bens, que costuma ser terceirizada no exterior.
"Quando o Brasil exporta um equipamento, também vende serviços como garantia e treinamento. O fabricante nacional paga pelo serviço toda vez que aciona um técnico estrangeiro para trabalhar para ele lá fora", explica Fernandes. Segundo ele, 1% do preço de um avião brasileiro corresponde a serviços embutidos. O segundo tipo de empresa afetado, diz o diretor da CNI, são as indústrias com cadeia de produção globalizada, com etapas de produção executadas em vários países. Nesse caso, inovações desenvolvidas em sistemas abertos, com contribuições de diversas partes do mundo, são prejudicadas por causa da taxação.

Atualmente, seis tributos são cobrados na compra de serviços no exterior: Imposto de Renda retido na Fonte (IRRF); Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), cobrada sobre remessas ao exterior; Programa de Integração Social (PIS); Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); Imposto sobre Operação Financeira (IOF), cobrado nas operações de câmbio, e Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

De acordo com o diretor da CNI, a entidade propôs uma reformulação na tributação de serviços. Uma das medidas é a eliminação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado nas conversões de moedas ao pagar serviços no exterior. Os industriais também querem que a Cide, o PIS e a Cofins incidam apenas sobre o valor efetivamente remetido ao exterior. Hoje, segundo a confederação, as contribuições são calculadas sobre o valor total do serviço, que tem outros impostos embutidos.

A importação de serviços que envolvem transferência de tecnologia representa outro gargalo. Pela legislação, esses serviços pagam impostos mais altos porque envolvem royalties (direitos de uso) adquiridos no exterior. No entanto, diz Fernandes, a Receita Federal não tem feito essa distinção e tem tributado todas as compras de serviços como se houvesse transferência tecnológica. "As compras sem royalties requerem outro tratamento tributário. Acordos internacionais estão sendo desrespeitados", reclama. O presidente da CNI, Robson Andrade, entregou as propostas da CNI ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, em reunião na semana passada. Segundo o ministério, a equipe econômica está analisando as reivindicações, mas não tem previsão de dar uma resposta sobre o assunto.  (Fonte: Agência Brasil)



São Paulo / SP

Presidente da Alpargatas afirma a China pode ser um engano

Com uma nova fábrica em fase de testes em Montes Carlos (MG), que irá produzir em escala industrial dentro de três meses, e a expectativa de aumentar a geração de receita em moedas internacionais, hoje em torno de 30%, a Alpargatas, dona da Havaianas, estuda criar uma operação própria para a marca na Ásia, conta o diretor-presidente da companhia, Márcio Utsch.
"Já exportamos para quase todos os países do Oriente. Alguns deles têm muita relevância, como Filipinas. Agora, desenvolvemos um trabalho para entender estes mercados e decidir qual deles será nosso principal no continente", explicou.  O estudo deve ser concluído no ano que vem, e a tarefa não será fácil. Isso porque, conta o executivo, há um mercado 'aparente' e outro 'endereçado', e não necessariamente ele se encontra nos grandes países da região.  "Na China eliminamos mais da metade da população apenas pelo nível de renda. No país existem chinelos bem mais baratos do que o nosso. Se aqui já é barato, lá é mais ainda, e nosso negócio é marca, não volume", explica.

Outro ponto determinante, conta Utsch, é o clima. "A China registra clima quente quatro meses por ano. São 26 grandes cidades que podem ser um mercado endereçado para a Alpargatas. Mas algumas, ao Norte, são muito frias, e até neva. Isso exigiria, por exemplo, reduzir o tempo de venda. Já Hong Kong é mais quente".  O levantamento irá diagnosticar onde a companhia deve entrar, com que tipo de produto e abordagem de marca, se irá optar por loja própria, franquias ou multimarcas. "É preciso considerar também barreiras tarifárias. A lista de considerações é gigantesca, e o estudo vai dizer se faz sentido ou não. E, se faz, qual deve ser o tamanho da operação.". 

Hoje, a companhia tem operação própria para Havaianas nos Estados Unidos e na Europa, em países como Espanha, Portugal, Inglaterra, Itália e França, que, assim como os EUA, tem uma central de produtos, além de escritório. No hemisfério Sul, a Alpargatas tem operação na Argentina.São 5 mil empregados no exterior. A companhia exporta produtos para cerca de 80 países.

Consolidação da marca - Antes da Copa do Mundo, no ano que vem, a Alpargatas espera terminar seu projeto de extensão da marca Havaianas, que deve passar a estampar outros tipos de produtos, até mesmo vestuário. Além disso, a companhia prevê criar um novo visual para as lojas, com o mote de "espírito de verão". "Iremos ter, logicamente, a Havaianas da Copa, e outros produtos relativos ao evento que devem estampar a marca", diz o executivo. O principal objetivo é divulgar a marca para visitantes estrangeiros, principalmente em pontos turísticos.

Novas aquisições - A Alpargatas está aberta a mais aquisições no segmento de calçados de moda, calçados esportivos e 'luxo discreto', onde se enquadra a Osklen, marca na qual a companhia adquiriu participação de 30% no ano passado. "Olhamos quais são as competências da empresa e se há possibilidade de aportar as nossas. O segundo filtro são sinergias, e o terceiro preço", diz o presidente. O executivo ressalta que não irá investir em segmentos novos. "As novas categorias de produtos serão criadas em negócios onde já estamos hoje".  Além da Havaianas, a empresa é gestora das marcas Dupé, Topper, Rainha, Mizuno, Timberland, Osklen, Sete Léguas e Meggashop no País.

Expectativas - A Alpargatas passou por projetos de reestruturação no decorrer do ano passado, pelos quais, aponta o diretor-presidente, pagou 'preços altos', em áreas como TI e de controle de despesas e custos. Hoje, na visão do executivo, eles brindam a companhia com resultados, que puderam ser observados no primeiro trimestre. "Tudo indica que o segundo trimestre será bom também. Pagamos pedágio no ano passado e andamos agora em estrada asfaltada", conclui Utsch. Embora a economia Argentina não esteja em curva ascendente, Utsch aponta resultados positivos crescentes no país, onde a operação deteriorou a partir de setembro e já representa 10% do negócio.  (Fonte: IG/SP)




Rio de Janeiro / RJ

Petrobrás atinge, em um dia, mais de 20% da meta de desinvestimentos

A Petrobrás anunciou nesta sexta-feira a venda de US$ 2,17 bilhões em ativos e atingiu, em apenas um dia, mais de 20% da meta de desinvestimentos fixada para o período de 2013-2017. O principal negócio foi a formação de uma joint venture entre o banco BTG Pactual e a Petrobrás Internacional Braspetro, para exploração e produção de óleo e gás na África. O BTG, do empresário André Esteves, pagou à estatal US$ 1,525 bilhão pela aquisição de 50% da Petrobrás Oil & Gas, que reúne os ativos da estatal na África, mas não foram informados os blocos exploratórios ou produtores envolvidos na negociação. Atualmente, a Petrobrás só produz petróleo na Nigéria.

No comunicado divulgado ao mercado, a estatal informou que, uma vez concluída a reorganização societária, a operação envolverá as sucursais em Angola, Benin, Gabão e Namíbia, assim como as subsidiárias Brasoil Oil Services Company (Nigeria) Ltd., Petroleo Brasileiro Nigeria Ltd. e Petrobrás Tanzania Ltd. O negócio já estava fechado desde o início do mês, mas foi referendado nesta sexta em reunião do Conselho de Administração, presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A previsão é de conclusão do negócio no fim de junho.

As empresas fizeram declarações apenas por meio de notas. "A operação representa um passo importante para a Petrobrás (...)permitindo a ampliação de sua atuação na África e o compartilhamento dos investimentos requeridos para expansão e desenvolvimento de suas reservas", afirmou a estatal.
"Para o BTG Pactual, a operação representa um passo na geração de oportunidades de investimento no continente africano e no segmento de óleo e gás (...) assim como também manifesta a contínua expansão e diversificação do portfólio de produtos disponíveis para seus clientes", informou o banco.

Foco no pré-sal - A intenção da Petrobrás é reunir recursos financeiros para concentrar esforços na exploração e produção no pré-sal brasileiro. Em abril, a estatal já havia anunciado a venda de participações em blocos exploratórios no Golfo do México, nos Estados Unidos, por US$ 110 milhões. Esteves, que este ano fechou parceria com o grupo EBX de Eike Batista, tem também um braço na OGX, mas as companhias não responderam a questionamentos sobre uma eventual associação entre Petrobrás e OGX na África.

A Petrobrás anunciou nesta sexta também a venda de sua fatia de 49% na Brasil PCH para a Cemig, por R$ 650 milhões. A operação também faz parte da estratégia da Petrobrás de reforçar o caixa para financiar o seu Plano de Negócios 2013-2017, que prevê investimentos totais de US$ 236,7 bilhões.
A intenção da estatal de se desfazer da participação na Brasil PCH foi antecipada em reportagem publicada pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, em março passado. Na época da divulgação do plano de negócios, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, havia dito que a companhia tinha interesse em vender os ativos que não tinham sinergia com o seu portfólio.

Na ocasião, a executiva chegou a dizer que, embora rentáveis, as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) eram ativos menos estratégicos da estatal, indicando a intenção de venda. A Brasil PCH apurou um lucro líquido de R$ 59,2 milhões no ano passado, valor irrelevante nos resultados da Petrobrás. A Brasil PCH opera 13 usinas nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Goiás, que somam capacidade instalada de 291,52 MW. O principal atrativo da companhia são os contratos de venda de energia no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) por 20 anos, cujos preços são mais elevados que os praticados atualmente pelo governo federal nos leilões de energia nova.  (Agência Estado)

_____________
AGROBUSINESS


Genebra / Suiça

FAO afirma que mercado de grãos deve estar mais equilibrado em 2013/14

Em seu relatório semestral “Perspectivas de Alimentação”, divulgado ontem sexta-feira, dia 14/6, em Genebra, Suíça, a Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima que a produção mundial de cereais deve bater novo recorde na safra 2013/14, chegando a 2,46 bilhões de toneladas, um crescimento de 6,5% em relação ao ano anterior. Com isso, os preços internacionais – principalmente do milho e do trigo, duas culturas que tiveram sensível incremento de produção – devem cair. Com relação ao consumo dos cereais, a FAO prevê que deverá ficar em 2,4 bilhões de toneladas, volume 3% maior que o de 2013/14. Maior consumo de milho para alimentação humana e uso industrial nos Estados Unidos será responsável por boa parte desse crescimento.

O fato é que haverá maior equilíbrio entre oferta e demanda no próximo ano safra. Depois de uma situação relativamente apertada e de preços elevados em 2012/13, “boas perspectivas de produção e uma reposição provável nos estoques mundiais poderia pavimentar o caminho para mercados mais calmos e alguma flexibilização dos preços na nova temporada”, diz o relatório.
O relatório da FAO aponta uma alta pouco significativa (1,4%) na produção mundial de carnes, com preços continuando a cair; e um aumento de 2,8%, para 180 milhões de toneladas na produção mundial de açucar. Os preços do leite e lácteos deverão continuar a subir nos próximos meses, levados pelas quedas na produção na Nova Zelândia, o maior produtor mundial.

As importações mundiais de alimentos em 2013 estão provisoriamente estimadas pela agência em US$ 1.090 bilhão, perto do nível do ano passado, porém 13% abaixo do recorde de 2011. Custos mais altos para o pesca e pecuária devem compensar os gastos mais baixos na maioria das outras commodities, especialmente o açúcar.

Sobre o Brasil, a FAO estima que a nossa produção de soja continuará praticamente empatada com a norte-americana; que a liderança nas exportações de milho voltará aos EUA, apesar de um crescimento de 9% na produção local do grão; que os problemas de infraestrutura logística continuarão a limitar nossas exportações de soja; que manteremos liderança no açúcar; e que sofreremos maior concorrência da Índia nas exportações de carne. É que o país asiático deve incrementar suas vendas de carne de búfalo para países vizinhos, no Oriente Médio e norte da África.
(Fonte: Assessoria de Comunicação da FAO)



São Paulo / SP

Preço menor dos grãos puxará crescimento na produção de suínos e aves

A continuidade da queda dos preços dos grãos, especialmente milho, estimulará um avanço na produção de carne suína e de frango no segundo semestre deste ano. "A supersafra norte-americana de milho vem se concretizando e teremos uma boa safrinha do cereal no Brasil. A perspectiva é de continuidade da descompressão sobre os preços ao longo do restante do ano, o que traz um alívio em custo de produção de suínos e aves", afirma o economista da LCA Consultores, Étore Sanchez, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Esatado. Com base nesse cenário, as projeções da consultoria para a produção de aves no País em 2013 são de crescimento de 7% e, para suínos, de 7,2%, compensando boa parte da queda na produção dessas proteínas animais em 2012.

O desempenho das cotações dos grãos também influenciará os preços da carne no atacado. A LCA estima que o Índice de Preços por Atacado (IPA) de suínos caia 7% neste ano e de aves, 13,91%. "O recuo é intenso mas, considerando as altas registradas no ano passado - somente em aves, o IPA aumentou 30% -, o movimento deste ano significará apenas uma normalização dos preços", diz o economista.

Bovinos - O cenário desenhado pela LCA para o setor de carne bovina é um pouco diferente em relação a suínos e aves. "Ainda neste ano veremos um avanço na produção, com elevação de 5% ante 2012. Mas por causa do abate intenso de matrizes, iniciado no fim do ano passado, no médio prazo - entre dois e três anos - veremos um ciclo da pecuária nacional de oferta restrita", declara Sanchez. Já o IPA de bovinos, ao contrário do de suínos e de aves, deve subir 1% em 2013 ante alta de 10% em 2012, em virtude do período de entressafra de boi gordo no segundo semestre. Haverá repasse nos preços da carne devido à utilização de sistemas intensivos de engorda, nos quais o custo de produção é maior em comparação ao do gado criado a pasto, por causa da utilização de rações à base de grãos. "Embora uma redução dos valores dos grãos deva ser observada no custo de produção do setor neste segundo semestre ante o mesmo período do ano passado", ressalta o especialista.

Câmbio e taxa de juros - Questionado sobre os malefícios causados pela escalada do dólar ante o real, Sanchez diz que, no curtíssimo prazo, pode haver alguma pressão nos custos. A LCA, porém, trabalha com um câmbio a R$ 2,05/US$ ao fim do ano. "Haverá uma desvalorização do dólar ante o real até o fim do ano, então a influência negativa será mínima", informa. Segundo ele, existem empresas com hedge de commodities e de câmbio, o que pode ajudar a minimizar a volatilidade do câmbio. Sobre a alta na taxa básica de juros, a Selic, o economista da LCA também não vê impactos negativos no setor. "As taxas de linhas de crédito para o setor - mais especificamente ao produtor - são diferenciadas", lembra.   (Agência Estado)

________________
SERVIÇOS e VAREJO


São Paulo / SP

Mercado de pagamento por celular se aquece

Lojistas, profissionais liberais e autônomos têm novas opções para receber pagamentos por cartão. O mercado de pagamentos móveis está disputado. Só em 2013, Iugu, PagSeguro (serviço do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha) e Unipay lançaram serviços. O pagamento pode ser feito a partir da conexão de um leitor de cartões de crédito no smartphone de quem receberá. Outra modo é a partir de aplicativos em que a transação é feita digitando os dados do cartão e o valor da compra. O taxista Marcello Macedo, 37, ficou com a segunda opção. Instalou no celular o aplicativo da Iugu, ao mesmo tempo em que conseguiu uma máquina tradicional. Ele diz que perdia clientes por não aceitar cartão. Agora, aproxima seu celular de um QR Code (código bidimensional que funciona como o de barras), que abre uma tela de pagamentos. A seguir, insere os dados do cartão do cliente e o valor da corrida.


Para divulgar a novidade, colocou panfletos no carro explicando o funcionamento. "Se isso realmente pegar, prefiro ficar só com esse sistema para não precisar carregar a maquininha, que ocupa metade do porta-luvas." Já Érika Calabianqui, 33, optou pelo leitor de cartões conectado ao celular. Para isso, comprou um smartphone para usar nas vendas de semi joias e roupas que faz de porta em porta. Usuária do sistema da PagPop há cinco meses, diz que a inovação melhorou a sua produtividade. "Antes, fazia uma venda parcelada e precisava de quatro viagens para receber. Hoje, faço tudo em uma visita." Também há a opção para quem trabalha com "delivery". A Pagtel, por exemplo, oferece a possibilidade de o cliente pagar por ligação telefônica, após cadastro na internet ou com atendente.

A segurança - Para ter segurança ao usar esses serviços, Victor Lima, gerente da consultoria Concrete Solution, recomenda que se verifique se a empresa tem um selo PCI (Payment Card Industry Security), que garante padrão internacional de armazenamento de dados. Lima também sugere que se pesquise qual a taxa cobrada por transação e o custo mensal de cada solução antes da escolha. Renato Blum, presidente do conselho de tecnologia da informação da FecomercioSP, sugere que se pesquise em sites de reclamação e nas redes sociais a satisfação dos usuários do serviço.

Cuidados antes de usar:
- Pesquise em sites de reclamação e redes sociais a satisfação dos usuários do serviço
- Como há várias empresas oferecendo aplicativos, pesquise preços; compare tanto o custo mensal fixo quanto a taxa por cada transação
- Verifique se o serviço tem certificação de segurança
(Agência Folha)


__________________
COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação - Brasília / DF

Exportações do agronegócio aumentam 10,1% até maio

As exportações brasileiras do agronegócio, entre janeiro e maio de 2013, foram de US$ 40,39 bilhões. Esse montante representa incremento de 10,1% em relação ao mesmo período em 2012, quando as vendas do setor haviam somado US$ 36,70 bilhões. Nos mesmos meses, as importações do setor aumentaram 1,4%, passando de US$ 6,94 bilhões para 7,04 bilhões. Assim, o saldo da balança comercial do agronegócio foi positivo no período (US$ 33,35 bilhões). As informações são da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa).

O setor de cereais, farinhas e preparações foi o que mais contribuiu para o crescimento de US$ 3,69 bilhões das exportações do agronegócio no período. Houve incremento de US$ 1,65 bilhão nas vendas do setor, em função da expansão nas exportações de milho (+US$ 1,89 bilhão). Em relação ao valor exportado o complexo soja foi o setor que mais se destacou, com vendas de US$ 13,13 bilhões (+4,0% ante 2012). A soja em grão representou 79,0% desse valor, somando US$ 10,38 bilhões e 19,60 milhões de toneladas. As carnes ocuparam a segunda posição no ranking de exportações do agronegócio, alcançando US$ 6,86 bilhões. Esse valor representa incremento de 7,9% ante o mesmo período em 2012.

A Ásia foi o principal destino das exportações brasileiras do agronegócio, alcançando US$ 16,85 bilhões, ou seja, 24,7% superior a 2012. Como resultado, houve aumento da participação da região em quase 5 pontos percentuais. O segundo bloco que se destaca é a União Europeia, com US$ 8,69 bilhões. Houve, no entanto, queda de 5,8% ante o mesmo período em 2012. (Fonte: Assessoria de Comunicação do Mapa)


São Paulo / SP

Complexo soja lidera exportações no ano com receita de US$ 13 bilhões

Apesar dos entraves logísticos e do atraso no início da colheita da soja em Mato Grosso, que provocaram congestionamentos nos portos a partir de abril, o complexo soja lidera as exportações do agronegócio brasileiro, com receita de US$ 13,13 bilhões no acumulado de janeiro a maio deste ano, valor 4% superior ao mesmo período do ano passado. O volume total embarcado recuou 2,6%, para 24,598 milhões de toneladas, e o preço médio subiu 6,7%, para US$ 534 a tonelada.  O destaque foi a exportação da soja em grão, cujo embarque cresceu 5,8% e atingiu 19,602 milhões de toneladas. A receita das exportações da soja em grão somou US$ 10,377 bilhões, valor 11% superior ao obtido nos primeiros cinco meses do ano passado. O preço médio subiu 5%, para US$ 529 a tonelada.

A exportação de farelo recuou 22,4%, para 4,541 milhões de toneladas, enquanto a receita teve leve queda de 1%, para US$ 2,252 bilhões. O preço médio do farelo subiu 27,5%, para US$ 496 a tonelada. No caso do óleo de soja, o volume exportado teve queda expressiva, de 47,1% (para 455 mil toneladas), e a receita recuou 50,2%, para US$ 501 milhões. O preço médio do óleo de soja teve uma retração de 5,8%, para US$ 1.100 a tonelada.
Segundo o levantamento elaborado pela Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), as carnes ocuparam a segunda posição no ranking de exportações do agronegócio. A receita somou US$ 6,86 bilhões e ficou 7,9% acima dos primeiros cinco meses do ano passado. O volume exportado recuou 0,4%, para 2,492 milhões de toneladas, enquanto o preço médio subiu 8,3%, para US$ 2.753 a tonelada.

A carne de frango lidera as exportações de proteína animal, com receita de US$ 3,245 bilhões, valor 6,8% superior ao registrado de janeiro a maio do ano passado. O volume exportado de carne de frango no período recuou 5,9%, para 1,505 milhão de toneladas, enquanto o preço médio subiu 13,5%, para US$ 2.149 a tonelada. A carne bovina teve o crescimento expressivo de 23,8% no volume embarcado, que atingiu 568 mil toneladas. A receita da exportação de carne bovina cresceu 16,1% (para US$ 2,527 bilhões) e o preço médio caiu 6,3%, para US$ 4.451 a tonelada. No caso da carne suína, as exportações recuaram 11,2% em volume (para 198 mil toneladas) e 8,2% em valor (para US$ 529 milhões), enquanto o preço médio subiu 3,4%, para US$ 2.672 a tonelada. Vale destacar que nas carnes de frango e bovina houve aumento das exportações do produto in natura e queda dos industrializados.

O levantamento do Ministério da Agricultura mostra que no acumulado de janeiro a maio as exportações do complexo sucroalcooleiro cresceram 34,5% em valor (para US$ 5,09 bilhões) e 65,7% em volume (para 10,3 milhões), enquanto o preço médio cedeu 18,8%, para US$ 494 a tonelada. O açúcar respondeu por 93% das exportações do setor sucroalcooleiro, com embarques de 9,597 milhões de toneladas, volume 64,2% superior aos cinco primeiros meses do ano passado. A receita cresceu 31,7%, para US$ 4,501 bilhões, e o preço médio recuou 19,8%, para US$ 469 a tonelada. As exportações de etanol cresceram 89,7% em volume (para 700 mil toneladas) e a receita subiu 61,4% (para US$ 584 milhões). O preço médio do etanol caiu 14,9%, para US$ 834 a tonelada.

O Ministério da Agricultura também destaca o crescimento das exportações do segmento cereais, farinhas e preparações, que atingiu US$ 2,906 bilhões (mais 131,7%). O destaque é o milho, cujas exportações cresceram 389,7% em volume (para 8,152 milhões de toneladas) e 432,3% em valor (para US$ 2,322 bilhões). Na pauta de importação do agronegócio destacaram-se as compras de trigo (US$ 1,01 bilhão), que foram 40,7% superiores ao do mesmo período no ano anterior, papel e celulose (US$ 762,48 milhões) e pescados (US$ 626,30 milhões).  (Agência Estado)



Brasília / DF

Brasil espera iniciar exportação de frango ao México em breve

As indústrias brasileiras de frango aguardam para as próximas semanas a abertura efetiva do mercado mexicano, que poderá acrescentar uma demanda de 30 mil toneladas mensais até o final do ano, disse nesta quarta-feira o presidente da associação que representa o setor. "As negociações estão andando muito bem. Esse é um fato novo que pode efetivamente dar uma alavancada em volume e até, naturalmente, em preço, porque valoriza", disse à Reuters o presidente da Associação Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra.

Nos cinco primeiros meses do ano o volume de carne de frango exportado pelo Brasil apresentou um recuo de 5,7 por cento ante 2012, somando 1,584 milhão de toneladas. As autoridades mexicanas anunciaram há cerca de um mês a isenção de tarifas para importações em uma cota de 300 mil toneladas de frango por ano, na tentativa de atenuar o pico dos preços e domar o aumento da inflação no país.

Turra estima que o Brasil possa ficar com cerca de 200 mil toneladas da cota total. Este volume, diluído nos meses que restam em 2013 representaria exportações de cerca de 30 mil toneladas. "Já foi feita a missão, já houve intercâmbio de informações com as autoridades mexicanas. Compradores estão esperando só o sinal verde para entrar", disse ele, explicando que a pendência é a assinatura do acordo sanitário entre os dois países.
Segundo o presidente da Ubabef, outros países que deverão ser incluídos na lista de isenção do México, como Argentina e Chile, não teriam estoques para atender à nova demanda.

O volume extra de 30 mil toneladas representaria um aumento de quase 9 por cento sobre as exportações totais de maio, de 343,9 mil toneladas. Turra aponta ainda uma perspectiva de maior demanda pelo Oriente Médio nos próximos meses. "No próprio Oriente Médio, em função da queda de oferta de outras regiões onde há problema de gripe aviária, como a Ásia, há uma sinalização de aumento de importação de frango brasileiro", disse.
Em termos de receita, as exportações brasileiras vivem um momento positivo, com recorde de 770 milhões de dólares em abril e um valor próximo disso, de 766,4 milhões de dólares no mês passado.  (Agência Reuter)

___________________
TI, WEB e e-COMMERCE

São Francisco / EUA

Balões do Google levarão Internet a áreas remotas

O Google está prestes a conquistar a estratosfera. A empresa anunciou o lançamento de 30 balões de alta tecnologia para levar o acesso à Internet para lugares remotos, em que as pessoas ainda não estão conectadas.
Os balões são projetados para ter 60 metros de altura e voar a uma altitude de 66 mil pés. Os primeiros estão sendo enviados para a Ilha Sul, na Nova Zelândia, este mês, por meio de sistema pioneiro chamado Projeto Loon.
A empresa disse que os balões foram projetados para "conectar pessoas em áreas rurais e remotas, ajudar a preencher lacunas de cobertura e fazer com elas possam ficar online mesmo após desastres." (Agência Dow Jones Newswires)


São Paulo / SP

Data center: Brasil tem perfil para se tornar um hub global?

Apesar do baixo desempenho econômico – em 2012 o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro fechou com crescimento menor que 1% e as expectativas para este ano caminham para algo não muito diferente disso – os analistas de mercado especializados em TIC estão otimistas em relação ao Brasil. É claro que parte dessa análise positiva advém das dificuldades de recuperação econômica na Europa e nos Estados Unidos, mas o país também tem dado sinais de robustez perante outros ilustres investidores, como o são demais membros do BRICs (Brasil, Russia, India e China).

Em 18 meses, saltamos da 7a posição para o 4o lugar na movimentação de produtos e serviços de TI e telecom no mundo, somando US$ 169 bilhões, segundo a IDC. O mercado global somou US$ 3,6 trilhões. “Nas primeiras colocações no consumo de TI e telecom estão Estados Unidos, China e Japão”, afirma Anderson Figueiredo, analista da IDC. “Somamos 5% do mercado mundial de TI e telecom”, acrescenta o analista.

No cálculo geral sobre o mercado brasileiro em 2012, TI movimentou  ,US$ 60 bilhões e telecomunicações US$ 109 bilhões. Os Estados Unidos movimentaram US$ 949 bilhões; China US$ 334 bilhões; e Japão US$ 315 bilhões.  O Brasil, segundo Figueiredo, representa 50% do mercado latino americano, região que, no composto de hardware, software e serviços, vai crescer 7% ao ano até 2014, de acordo com análises da Frost & Sullivan. 
Sem fechar os olhos à realidade econômica da região, a consultoria credita que, com a maioria dos países apresentando crescimento inferior a 3%, os investimentos em TIC podem impulsionar o PIB da região.

Google mania - Outra vantagem: os países vivem um momento positivo, impulsionado por grandes investimentos em data centers feitos diretamente por empresas internacionais ou a partir de aquisições de organizações locais para entrar no mercado. A Google, por exemplo, já oficializou a decisão de construir seu primeiro data center latino americano na cidade de Quilicura, perto de Santiago, no Chile, para atender a toda a região. O empreendimento deve ser inaugurado ainda este ano, com uma previsão de investimentos que deve chegar a 150 milhões de dólares, no longo prazo. A empresa afirma que como o uso da internet na América Latina cresce, as pessoas estão procurando por informação e entretenimento, novas oportunidades de negócios e melhores formas de conectar-se com amigos e família. 
“Estamos construindo esse centro de dados para nos certificar de que nossos usuários na América Latina e no mundo têm o acesso mais rápido e mais confiável possível a todos os serviços da Google”, disse.

Autoestima - À época do anúncio de construção do data center da Google, em setembro de 2012, Carlos Eduardo Calegari, analista sênior do Mercado de Software da IDC Brasil, afirmou que a chegada de um data center de uma empresa mundial em solo nacional, a exemplo da Amazon Web Services (AWS), seria fundamental para a economia. “Temos condições de ter outros centros de dados por aqui, e nosso mercado é maior do que o chileno”, argumentou. Apesar da decisão da Google, as expectativas de tornar o Brasil um hub de data center para a América Latina seguem com euforia, já que a expectativa é que o mercado de serviços de data centers na região continue crescendo, mesmo se a economia não seguir o mesmo ritmo. 

Big data e Cia - A Frost & Sullivan estima que o mercado de serviços de data center – que atingiu um total de US$ 2,3 bilhões em 2012 – cresça 9,6% por ano até 2017 e alcance US$ 3,6 bilhões, na América Latina. E como líder regional em TIC, com 58,5% de participação em serviços de data center em 2012, podendo chegar a 59% até 2017, o Brasil se tornou a “bola da vez”, segundo os analistas. Isso porque lidera demandas altamente dependentes de infraestrutura de processamento e armazenamento, como big data, cloud e mobilidade, que exigem alto desempenho para administrar grandes volumes de informação. “Os investimentos em TI não só estão aumentando, como ajudando as empresas a se posicionar no mercado como provedores de serviços de valor agregado”, diz Mauricio Chede, analista de tecnologia da Frost & Sullivan. 

Terceirização, uma tendência - Outra alavanca para os data centers no Brasil é o fato de que os CIOs, segundo a pesquisa, devem terceirizar processos de tecnologia, aplicações e infraestrutura, o que pode resultar em redução de custos, algo que, segundo a instituição, demonstra um caminho sobre o novo papel do executivo de TI, mais estratégico e alinhado com negócios da empresa. Entre as vantagens financeiras dessa terceirização a pesquisa destaca as chances de transformar CAPEX em OPEX, uma vez que os custos internos de manutenção da infraestrutura de TI estão aumentando devido à complexidade; concentração no core business da empresa, alavancando receitas e novas oportunidades de negócios, agregando valor para os clientes.

Mas o otimismo em relação a possibilidade de o Brasil se tornar um hub regional de data center enfrenta dois grandes problemas: o custo Brasil e a disponibilidade das redes de telecomunicações e de energia elétrica. Essa foi uma das constatações das empresas que participaram do painel “A desintegração do hardware – virtualização e cloud computing”, durante o evento TIC Floripa, patrocinado pela Dígitro, em Florianópolis, no início de maio. Estiveram no debate Luiz Gustavo Schedel, da Websolute; Alex Gilkas, da Locaweb; e Nelson Wortsman, da Brasscom. No centro da discussão, o empenho do Brasil em discutir oportunidades e o projeto de se tornar um hub de data center na América Latina, proposta reforçada, inclusive, pela presidência da república.

Esse novo perfil permitirá ao país, segundo dados da Frost & Sullivan, participar de um mercado global de US$ 84 bilhões, obtendo aproximadamente 10% deste montante. “Porém, é preciso resolver problemas de infraestrutura e vencer barreiras culturais”, disse Wortsman. Outras questões como o medo do CIO de transferir dados e processamento para um terceiro; dificuldade de contratação de serviço de energia elétrica para o data center; custo da conectividade e disponibilidade dos serviços também foram debatidas. “A Eletropaulo, por exemplo, já nos avisou que não terá condições de atender ao nosso crescimento da demanda, no local onde estamos instalados, nos próximos três anos”, disse Alex Gilkas, da Locaweb. A conclusão do debate foi que o País precisa se mobilizar para participar do mercado de data center global como um hub regional, sob o risco de perder, inclusive, o mercado local, mas ainda necessita resolver questões de infraestrutura e vencer receios culturais.   (Fonte: Revista Computerworld)


________
ENERGIA


São Paulo / SP

Halliburton planeja dobrar de tamanho no Brasil

A Halliburton, uma das principais multinacionais de serviços especializados para exploração de petróleo, quer chegar à liderança no mercado de apoio à indústria de petróleo e gás no País na virada de 2014 para 2015. A empresa planeja manter o ritmo de crescimento acima de 100%, como o registrado nos três últimos anos, o que inclui a instalação de um centro de tecnologia, inaugurado nesta semana no Rio. Com isso, a operação brasileira se tornaria a maior da América Latina para a empresa, superando o México."O Brasil é muito importante. Talvez seja o maior mercado de águas profundas do mundo. E tecnologia é chave nisso", disse o presidente de estratégia e desenvolvimento corporativo da multinacional americana, Tim Probert, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

O centro de tecnologia inaugurado nesta sexta-feira, 14, é o 15º da Halliburton no mundo, incluindo unidades nos Estados Unidos. "De vez em quando, gosto de pensar numa mudança no centro de gravidade para o Brasil, quando pensamos no investimento em pesquisa e desenvolvimento em águas profundas", disse o vice-presidente executivo e chefe de operações da Halliburton, Jeffrey Miller. "Elementos-chave para isso estão aqui: unidades de pesquisa, cientistas brilhantes e um mercado de exploração em águas profundas." A previsão da Halliburton é dobrar sua operação de tamanho no Brasil este ano, em relação a 2010, tanto em receita quanto em investimentos, mas os executivos não revelam cifras. No primeiro trimestre, o balanço mundial da companhia registrou prejuízo de US$ 18 milhões e vendas de US$ 6,97 bilhões.

Atualmente, a Halliburton tem 2,7 mil funcionários no Brasil, segundo Probert. São sete bases de apoio País afora, em cidades como Manaus (AM) e Mossoró (RN). Em Macaé, principal base de apoio da Bacia de Campos, no litoral norte do Rio, a companhia constrói duas bases de grande porte, uma de 100 mil metros quadrados e a outra de 120 mil metros quadrados. "Uma delas estará pronta no primeiro trimestre de 2014. A outra começará a ser construída e deverá estar pronta na segunda metade de 2015", disse Harold Mesa, vice-presidente da Halliburton Brasil.

Apesar da capacidade das bases, a Halliburton mantém conversas para uma eventual planta no Porto do Açu, em construção pelo Grupo EBX, de Eike Batista. "Podemos ter uma linha de serviços lá, mas estamos avaliando", disse, sem entrar em detalhes. Nos Estados Unidos, a Halliburton tornou-se a maior prestadora de serviços de fraturamento hidráulico, a técnica de extração de gás natural de reservas naturais que poderá revolucionar o setor global de energia. Apesar disso, os executivos da companhia não veem nessa mudança um desestímulo a investimentos fora dos EUA ou na exploração em águas profundas.

Segundo Miller, a companhia divide seus negócios em três áreas - gás não convencional, exploração em águas profundas e ativos maduros - e todos estão em crescimento. Os executivos lembraram que o Brasil tem oportunidades nas três áreas, incluindo potencial de gás não convencional, ainda que não desenvolvido. "Já temos alguns clientes trabalhando na Bacia do São Francisco. O potencial em gás não convencional é muito alto", disse Mesa.

Ambiente - Na qualidade de prestadores de serviços, os executivos se negaram a avaliar o ambiente regulatório do setor no País. Tampouco revelaram insegurança com a atuação do governo em relação a casos como o vazamento de petróleo da Chevron, na Bacia de Campos, em 2011.
A Halliburton não esteve envolvida em acidentes graves no Brasil, mas era uma das prestadoras de serviços do poço da BP afetado pela explosão da plataforma Deepwater Horizon no Golfo do México, ocasionando um dos maiores vazamentos de petróleo da história. No balanço do primeiro trimestre, o prejuízo foi marcado principalmente por causa de um custo de US$ 637 milhões, reservado para bancar disputas judiciais do caso. "A indústria trabalha duro para garantir que tudo o que fazemos tenha um alto grau de integridade", declarou Probert. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.  (Agência Estado)



-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
i-press.biz - Copyright © 2008 / 2013 - Todos os direitos reservados