Edição 873 | Ano IV


Londres / Inglaterra

Estrangeiros resgatados de escravidão no Brasil são 'ponta de iceberg'

No dia em que o Brasil comemora 125 anos da abolição da escravatura, especialistas ouvidos pela BBC Brasil afirmam que no cenário atual do combate ao trabalho escravo no país, a situação que desponta como a mais preocupante é a dos estrangeiros que chegam ao Brasil em busca de um eldorado de oportunidades. A crescente demanda por mão de obra no país, resultante da expansão econômica na última década, tem exposto imigrantes de várias nacionalidades a condições de trabalho análogas às da escravidão - servidão por dívida, jornadas exaustivas, trabalho forçado e condições de trabalho degradantes.

Segundo Renato Bignami, coordenador do programa de Erradicação do Trabalho Escravo da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em São Paulo, o número de estrangeiros resgatados no Estado vem aumentando. Ele afirma que, desde 2010, quando começaram as operações de combate ao trabalho escravo voltadas exclusivamente para estrangeiros, 128 bolivianos e um peruano foram resgatados no Estado de São Paulo, que concentra o maior contingente de trabalhadores estrangeiros do país.

Todos eles foram encontrados em oficinas de costura ilegais, terceirizadas por confecções contratadas por marcas conhecidas, como Zara, Cori, Emme e Luigi Bertolli. "O número de resgatados está crescendo por causa de dois fatores: por um lado aumentou o interesse dos estrangeiros pelo Brasil, que muitas vezes entram de maneira irregular e se envolvem em condições de trabalho degradantes. Por outro, intensificamos as fiscalizações. Logo, a tendência é encontrarmos cada vez mais estrangeiros de nacionalidades variadas vítimas desse crime", afirma o auditor-fiscal à BBC Brasil.


Haitianos - Ele estima que 300 mil bolivianos, 70 mil paraguaios e 45 mil peruanos estejam vivendo na região metropolitana de São Paulo, a maioria sujeita a condições de trabalho análogas à de escravo. Além dos 128 bolivianos e um peruano resgatados em São Paulo, cerca de 80 paraguaios foram libertados de duas fazendas no Paraná em duas operações desde outubro do ano passado, segundo informações da ONG Repórter Brasil, que investiga o tema há mais de uma década. Mas os imigrantes sul-americanos não são as únicas vítimas da escravidão contemporânea no Brasil. No mês passado, um chinês foi resgatado de uma pastelaria no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, ele sofria agressões físicas e era submetido a condições de trabalho humilhantes. Em dezembro de 2010, uma operação do Ministério Público do Trabalho libertou quatro chineses que eram explorados em uma madeireira na Zona Franca de Manaus. Desde a semana passada, a fiscalização do MTE em São Paulo está apurando pela primeira vez denúncias de exploração de haitianos em oficinas de costura. "Era só uma questão de tempo", diz Bignami. "Esses trabalhadores de países pobres com problemas recentes, como o terremoto no Haiti, acham que o eldorado é no Brasil. Já sabíamos que essa mão de obra estava sendo muito aproveitada pela construção civil, mas para confecção ainda não", afirma o auditor fiscal.

Ponta do iceberg - Na avaliação de Luiz Machado, Coordenador Nacional do Programa de Combate ao Trabalho Forçado e Tráfico de Pessoas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o número de estrangeiros resgatados não ilustra a realidade porque esses trabalhadores têm medo de serem encontrados, o que resulta em poucas denúncias. "É só a ponta de um iceberg", diz Machado. Utilizando os bolivianos como exemplo, ele conta que esses trabalhadores são aliciados ainda na Bolívia, atraídos por falsas promessas de emprego. Eles já chegam à cidade de destino, na maioria das vezes São Paulo, endividados com os custos da viagem e "acabam escravizados, com a liberdade cerceada por meio de dívidas e ameaças". Como entram no Brasil ilegalmente, eles têm medo de denunciar a exploração a que são submetidos e enfrentar a deportação, sem saber que a Resolução Normativa número 93 do Conselho Nacional de Imigração prevê a concessão de vistos de permanência para estrangeiros que estejam no país em situação de vulnerabilidade. "Esse trabalhador não quer ser encontrado", afirma o coordenador da OIT. "A situação no país de origem é tão ruim, que ele aceita a exploração como forma de alimentar o sonho de um dia virar o dono da oficina e ter uma vida melhor".

As inspeções feitas nas oficinas de costura expõem um cenário degradante. Os imigrantes trabalham até 16 horas por dia, de segunda a sábado, amontoados em salas claustrofóbicas. Eles dividem pequenos alojamentos improvisados instalados junto às oficinas, sem condições adequadas de higiene e ganham cerca de R$ 300 por mês, sobre os quais são aplicados descontos ilegais relativos a gastos com alimentação, habitação e também com a viagem feita para o Brasil. Como as denúncias são raras, Bignami diz que a maior parte das 50 oficinas desmontadas até agora no Estado de São Paulo são fruto do serviço de inteligência da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, que trabalha com base em cruzamento de dados e longas investigações.

Mão de obra informal - O setor da construção civil atrai uma boa parte da mão de obra estrangeira, mas é na indústria do vestuário que os imigrantes estão mais sujeitos à exploração. Bignami diz que há décadas a indústria têxtil vem substituindo funcionários contratados por mão de obra precária e informal. Para reduzirem seus custos, as confecções contratadas por grandes marcas terceirizam parte de sua produção por meio das oficinas de costura, na maioria das vezes ilegais. "O fato de (o trabalhador) ser estrangeiro alimenta o sistema, porque se baseia na vulnerabilidade da pessoa, que fica escondida, não reclama", avalia. Até agora, cinco grandes redes varejistas têxteis foram responsabilizadas diretamente por trabalho em condição análoga à de escravo: Lojas Marisa, Pernambucanas, Gregory, Zara e Gep. No total, foram emitidos cerca de 300 autos de infração que resultaram no pagamento de R$ 6,5 milhões em multas e notificações e mais de R$ 1 milhão em rescisões contratuais e indenizações pagas diretamente aos trabalhadores.

Para aumentar a punição dos empregadores que impõem condições de trabalho subumanas, o Estado de São Paulo aprovou em janeiro a lei nº 14.946/2013, que caça o registro do ICMS das empresas infratoras. A legislação foi sancionada pelo governador Geraldo Alckmin, mas ainda precisa ser regulamentada. Uma vez resgatados e com indenizações individuais que podem chegar até R$ 30 mil, o imigrante ganha um visto para permanecer no Brasil e a carteira de trabalho, tendo a opção de procurar um trabalho no mercado formal. As autoridades observam, no entanto, que a maioria desses trabalhadores prefere voltar para casa. "Para os poucos que ficam aqui, procuramos dar apoio, oferecendo aulas de português e cursos profissionalizantes para ajudar na integração", conta Renato Bignami.

Convenção da ONU - Apesar de elogiar as iniciativas do Brasil no combate do trabalho escravo contemporâneo, a ONU vem pedindo ao governo que ratifique a Convenção sobre a Proteção dos Direitos dos Trabalhadores Migrantes e Membros de Sua Família, que prevê mais proteção para trabalhadores estrangeiros. Segundo a ONG Repórter Brasil, o país é o único membro do Mercosul que não é signatário do acordo, em vigor desde 2003. Apesar de ter sido o último país das Américas a abolir a escravidão, o Brasil foi um dos primeiros a assumir a existência de trabalho escravo contemporâneo, em 1995. Desde então vem implementando ações para o seu combate, como a criação dos Grupos Especiais de Fiscalização Móvel - GEFM, formados por Auditores Fiscais do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego e Procuradores do Trabalho, que já resgataram mais de 44 mil trabalhadores, a maior parte no meio rural.

Os empregadores flagrados com trabalho escravo atuam principalmente em setores como pecuária, produção agrícola (soja, algodão, cana-de-açúcar) e carvoeiro. No meio urbano, eles são geralmente ligados à construção civil. Os Estados do Norte e Centro-Oeste são campeões no número de flagrantes. Empresas acusadas de praticar o crime são incluídas na "Lista Suja", um cadastro do governo que tem o objetivo de barrar linhas de crédito e fornecimento de produtos para empregadores infratores.  Um dos principais entraves nos avanços ao combate do trabalho escravo é a demora na aprovação da PEC do Trabalho Escravo, que tramita na Câmara dos Deputados desde 2004. O projeto foi aprovado em segundo turno na casa no ano passado e agora está parado na Comissão de Constituição e Justiça.

O texto prevê a expropriação de propriedades rurais e urbanas onde forem encontradas situação análoga à escravidão. No meio rural, essas propriedades serão destinadas à reforma agrária e, no urbano, a projetos de função social. Na avaliação do fundador da ONG Repórter Brasil, Leonardo Sakamoto, além da demora na aprovação da PEC, o governo falha em políticas de prevenção e reinserção de trabalhadores resgatados. "O governo tem de agir de forma mais eficiente nos municípios pobres, aumentando a oferta de empregos e a conscientização de trabalhadores sujeitos à ação dos aliciadores", diz o jornalista. Ele opina que, no campo da reinserção, mais projetos educacionais devem ser introduzidos com objetivo de qualificar trabalhadores resgatados para evitar índices de reincidência de trabalho escravo, que ficam entre 10% e 15%.  "O trabalhador volta para casa com três meses de seguro-desemprego no bolso, mais verbas rescisórias, mas assim que o dinheiro acaba, ele volta a migrar e acaba escravizado de novo", diz.  (Fonte: Agência da BBC Brasil)



 Humberto Barbato, presidente da Abinee
Da redação - Brasília / DF

Mantega garante que atual proposta de Reforma do ICMS não avançará

O ministro Guido Mantega garantiu ao presidente da Abinee, Humberto Barbato, que, da forma como foi aprovado na CAE - Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal -, o Projeto de Resolução do Senado - PRS nº 01/2013 - que trata da reforma do ICMS nas operações interestaduais -, não avançará. A afirmação do ministro foi feita durante a reunião do Grupo de Avanço da Competitividade - GAC -, realizada na quarta-feira (8), em Brasília. Segundo o presidente da Abinee, Mantega salientou que o governo não aprovará a proposta, uma vez que esta provoca o desvirtuamento do espírito inicial da MP 599, que é o de acabar com a guerra fiscal.

O texto aprovado pela CAE prevê três níveis de alíquotas. Para os Estados das regiões Sul e Sudeste, a Comissão decidiu pela alíquota de 4%. Para as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o Estado do Espírito Santo, o ICMS foi estabelecido em 7%. Para a Zona Franca de Manaus a alíquota ficará em 12%. Ainda durante a reunião do GAC, que também contou com a participação do Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, o presidente da Abinee apresentou dados atualizados do setor eletroeletrônico.

Barbato destacou que, no acumulado dos últimos 12 meses, a produção física da indústria elétrica e eletrônica teve uma queda de 6,5%. No entanto, em março de 2013, comparado com o mês anterior, o setor apresentou crescimento de 16,9%, o que está animando as empresas em relação aos negócios no decorrer deste ano. Ele salientou, também, que, de janeiro a março/2013, as empresas do setor eletroeletrônico abriram 3.350 novas vagas, um número positivo diante da previsão inicial para todo o ano (5 mil vagas). Por fim, Humberto Barbato apresentou dados da balança comercial, que registrou déficit de US$ 8,3 bilhões no primeiro trimestre do ano.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Abinee)

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP

Indicador Antecedente de Emprego registra queda

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), da Fundação Getulio Vargas, recuou 3,0% em abril, a menor variação desde agosto de 2011 (-4,2%), considerando dados com ajuste sazonal. A queda sinaliza um ritmo mais lento de contratações de mão de obra nos próximos meses. Os componentes que mais contribuiram para o recuo do IAEmp em relação ao mês anterior foram os indicadores que medem a expectativa do consumidor em conseguir emprego nos meses seguintes, da Sondagem do Consumidor; e o ânimo empresarial para contratação nos próximos meses, da Sondagem da Indústria, ambos com variação de -4,9%. O IAEmp é construído como uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, tendo capacidade de antecipar os rumos do mercado de trabalho no país.   
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


Da redação - São Paulo / SP
Indicador Coincidente de Desemprego recua em abril
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), da Fundação Getulio Vargas recuou 1,6% em abril, na comparação com o mês anterior, considerando-se dados ajustados sazonalmente. O movimento representa uma acomodação da taxa de desemprego após a alta observada no mês anterior. O ICD é construído a partir dos dados desagregados - em quatro classes de renda familiar - da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. As classes que mais contribuíram negativamente para o recuo do ICD em abril foram a dos consumidores que possuem renda familiar de até R$ 2.100,00, cujo Indicador de Emprego (invertido) variou -3,3%; e dos que possuem renda familiar entre R$ 4.800,00 e  R$ 9.600,00, com queda de 3,0%.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE na Europa:
Londres / Inglaterra - O índice principal da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu nesta segunda-feira em leve baixa de 3,05 pontos (0,05%), para 6.621,93. 
Berlim / Alemanha - O índice seletivo DAX-30 do Bolsa de Valores de Frankfurt, abriu nesta segunda-feira em leve alta de 5,15 pontos (0,06%), aos 8.283,74 pontos. 
Roma / Itália - O índice seletivo da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE MIB, abriu nesta segunda-feira em alta de 0,34%, aos 17.342,73 pontos. O índice geral, o FTSE Itália All-Share, subia 0,27% para 18.397,48 pontos.
Paris / França - O principal indicador da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, abriu nesta segunda-feira em leve baixa de 0,02, aos 3.952,9, frente a 3.953,83 do fechamento da sexta-feira, quando subiu 0,64%.
Madri / Espanha - O principal indicador da Bolsa de valroes de Madri, o Ibex-35 abriu nesta segunda-feira em alta de 0,10%, aos 8.548 pontos.


HOJE na Ásia:

Bolsas asiáticas fecham em direções divergentes

Os mercados de ações da Ásia fecharam em direções divergentes nos pregões de hoje, dia 13/5, após a divulgação de uma série de dados da China e de notícias de que o Federal Reserve, dos Estados Unidos, estaria analisando um estratégia de saída de seu programa de compra de bônus.

Durante a sessão asiática desta segunda-feira, a China divulgou, entre outros indicadores, a produção industrial referente ao mês de abril, cujo resultado ficou abaixo das expectativas. O valor acrescentado da produção industrial da China cresceu 9,3% em abril ante o mesmo mês do ano anterior, em comparação com a alta anual de 8,9% em março, segundo dados do Escritório Nacional de Estatística. No entanto, o resultado ficou abaixo da alta de 9,5% prevista por nove economistas consultados pela Dow Jones.

Segundo analistas, as incertezas sobre a economia ainda estão pesando sobre o mercado. O índice Xangai Composto encerrou o pregão em queda de 0,2%, aos 2.242,07 pontos e o Índice Shenzhen Composto subiu 0,1%, para 972,21 pontos.
Já em Hong Kong, as ações sucumbiram à realização de lucros e também foram pressionadas pelos dados da China. Com isso, o índice Hang Seng caiu 1,4%, para 22.989,81 pontos.

Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 fechou em alta de quatro pontos, aos 5.210,3 pontos, o maior nível de fechamento desde junho de 2008. O recente entusiasmo dos investidores por recursos foi reduzida por novas quedas nos preços das commodities, uma vez que o dólar dos EUA estendeu os ganhos na sexta-feira em relação à moeda local.

O dólar mudava de mãos perto do maior nível em 11 meses contra o dólar australiano depois de ter cruzado a simbólica marca de um para um na sexta-feira pela primeira vez desde junho.
O possível plano do Federal Reserve de reduzir seu programa de compra de bônus também influenciou os mercados na região e contribuiu para o fortalecimento da moeda norte-americana. Segundo o Wall Street Journal, o Fed tem analisado uma estratégia para encerrar seu programa de compra de bônus de US$ 85 bilhões mensais. Embora a instituição não tenha decidido quando isso deve começar, as autoridades do Fed planejam reduzir a quantidade de títulos comprados.

Esta história está fazendo influenciado o mercado e "os investidores estão fazendo uma leitura cuidadosa", disse Yuji Saito, diretor de câmbio do Crédit Agricole em Tóquio. A "história e o fato de (Ben) Bernanke não comparecer a reunião do G-7 criaram uma certa especulação no mercado de que o Fed pode estar pensando seriamente sobre o início no curto prazo de uma estratégia de saída."

O índice Taiwan Weighted terminou em queda de 0,4%, aos 8.248,32 pontos, principalmente com realização de lucros. No entanto, segundo analistas, a notícia do Fed também reduziu o apetite dos investidores por ações.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou em alta de 0,2% aos 1.948,7, em uma sessão com poucas variações. Segundo analistas, é inevitável que o índice deixe de sofrer com o enfraquecimento do iene japonês, que concede aos exportadores do Japão uma certa vantagem competitiva sobre as empresas sul-coreanas. A Bolsa de Manila, nas Filipinas, não abriu por causa das eleições nacionais.


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INDÚSTRIA


Da redação - São Paulo / SP

Preço internacional dos alimentos sobe 1%

Os preços internacionais dos alimentos subiram 1% em abril ante março, impulsionados por uma forte alta dos preços de laticínios, informou ontem a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). O índice de preços de alimentos da FAO, que mede a variação mensal dos preços globais de uma cesta de commodities alimentícias, atingiu 215,5 pontos em abril, aumento de 2 pontos na comparação com março e com abril de 2012. O indicador está agora apenas 9% abaixo do pico atingido em fevereiro de 2011. O índice de preços de laticínios teve aumento de quase 15% ante o mês anterior, para 258,8 pontos. De acordo com a FAO, a alta foi motivada pela forte queda da produção de leite na Nova Zelândia, após período prolongado de seca no país no começo do ano. O indicador que mede os preços de carne marcou 178,7 pontos no mês passado. Esse nível vem se mantendo estável desde o final do ano passado, embora os preços de carne estejam historicamente altos, disse a FAO.



Da redação - Florianópolis / SC
Leite catarinense tem sistema de rastreabilidade inédito no mundo
Em contraponto às denúncias de fraudes e adulteração do leite produzido no Rio Grande do Sul, Santa Catarina exibe um exemplo inédito no Brasil e no mundo em segurança e qualidade na produção e processamento de produtos lácteos: uma cooperativa do oeste catarinense é a única a ter um avançado sistema de rastreabilidade ativa que permite controlar o leite longa vida, caixinha a caixinha, até chegar às mãos do consumidor final. A Coopercentral Aurora Alimentos, um dos maiores grupos agroindustriais do País, com sede em Chapecó, opera desde 2010 o sistema ativo de rastreabilidade, totalmente automatizada e transparente, que permite aos consumidores ter acesso aos dados sobre o processamento, envase e qualidade dos leites Aurora produzidos na indústria de Pinhalzinho. Por meio do código P.A.R. (Programa Aurora de Rastreabilidade), impresso em cada embalagem, as informações dos produtos podem ser consultadas no hotsite www.auroraalimentos.com.br/par. Esse código identifica um único produto com todo o seu histórico, como um RG e, ao digitá-lo, o consumidor pode obter as informações desejadas.

De acordo com o presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster, a criação do código P.A.R. no leite – o “RG do leite” – garante o monitoramento do processo produtivo, além do controle dos parâmetros de qualidade em tempo real. Com a rastreabilidade, as informações são relacionadas a cada caixinha de leite, e não a um lote. Assim, o sistema permite diagnosticar, solucionar e prevenir eventuais problemas com a utilização de uma ferramenta online que expõe minuciosamente as informações e cruza dados ao longo de todos os processos. “Como cidadãos e como cooperativistas apoiamos o máximo rigor das autoridades na fiscalização do processo produtivo de lácteos e na punição das fraudes, pois são crimes contra a saúde de crianças, idosos, doentes e adultos”, resumiu o dirigente, referindo-se aos crimes de adulteração e corrupção de produtos alimentícios ocorridos em território gaúcho. Lanznaster expõe que a rastreabilidade ativa é um sistema de coleta, integração e controle das informações de fabricação de um alimento em todas as suas fases: recepção da matéria-prima, processamento, envase, controle de qualidade e distribuição. O sistema fornece detalhes das etapas de processamento, proporcionando mais transparência, agilidade e confiabilidade, além de reforçar o controle da produção.  



As informações disponibilizadas aos consumidores incluem a origem da matéria-prima, data de produção, unidade produtora, linha de envase 1, ultrapasteurizador, validade do produto, data e horário de início e fim da produção,  volume de leite produzido no mesmo lote, nº do lote de material de embalagem,  fornecedor do  leite, análise de qualidade da matéria-prima e data de realização e aprovação do produto. O sistema que a Aurora adotou foi encomendado à Tetra Pak em 2009, custou 600 mil reais na época e está em uso desde 2010. Atualmente seu emprego foi ampliado para toda a linha de lácteos, incluindo leite em pó, soro em pó, queijos, requeijão, nata e bebidas lácteas.  (Fonte: MB Comunicação Empresarial)



Da redação - São Paulo / SP

Minerva tem lucro líquido de R$ 5,2 milhões no 1º trimestre de 2013

A processadora de alimentos Minerva Foods inverteu prejuízo líquido de R$ 66,7 milhões do primeiro trimestre de 2012 em lucro líquido de R$ 5,2 milhões nos três primeiros meses deste ano. A receita líquida da companhia cresceu 26,6% entre janeiro e março, passando de R$ 944,1 milhões dos três primeiros meses do ano passado para atuais R$ 1,195 bilhão. No primeiro trimestre, o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 100,4 milhões, avançando 30% na comparação com os R$ 77,2 milhões de igual período de 2012. As vendas no mercado interno da Minerva totalizaram R$ 421,8 milhões, alta de 21,9% ante os R$ 346 milhões do mesmo período do ano passado. No mercado externo, as vendas subiram 28,5% no primeiro trimestre, passando de R$ 659,9 milhões para R$ 848,1 milhões. O volume de vendas subiu 27,9%, avançando de 86,5 mil toneladas para 110,6 mil toneladas no período.
(Fonte: Agência CMA)


Da redação - São Paulo / SP

Komatsu Forest está investindo na comunidade brasileira

Komatsu Forest, juntamente com a Fibria, está investindo em treinamento para cerca de 80 pessoas no sul da Bahia, como parte dos esforços para melhorar as oportunidades para os moradores locais obterem trabalho na área florestal. "Achamos que é importante contribuir para que a comunidade local possa beneficiar-se das operações florestais próximas", diz Edson Leonardo Martini, CEO da Komatsu Forest no Brasil. A iniciativa consiste em dois programas de formação diferentes - um em andamento e outro já concluído.

No programa atual, 30 pessoas da área rural do sul da Bahia, com idades entre 18 e 21 anos, começaram um curso que irá prepará-los para o mercado de trabalho da região, que é dominado por indústrias de base florestal. Eles estão sendo treinados na operação e manutenção de máquinas florestais. O programa terá a duração de 18 meses e consiste em teoria e prática. Durante o treinamento os participantes são pagos e recebem benefícios como seguro geral, seguro saúde, alimentação e carteira nacional de habilitação, bem como o transporte gratuito entre as suas comunidades e locais de treinamento.
O outro programa de formação florestal envolveu 47 pessoas - 25 operadores e 22 mecânicos. O curso durou cinco meses e os participantes tinham entre 18 e 32 anos de idade. Aqui também os participantes foram pagos, receberam alimentação e transporte entre suas comunidades e locais de treinamento. Os participantes também receberam os equipamentos de segurança pessoal necessários para trabalhar na indústria florestal.

O curso está sendo ministrado pelo SENAI - Serviço Nacional da Indústria - uma organização dedicada à formação e certificação de trabalhadores em todo o país. Komatsu Forest tem contribuído com o apoio à formação e, juntamente com a Fibria, patrocina o curso ministrado pelo SENAI. A iniciativa faz parte de uma estratégia para fortalecer as oportunidades para as comunidades locais a se envolverem nas operações florestais que dominam a região. "Além disso, é naturalmente importante para as empresas ter trabalhadores qualificados na região", diz Edson Leonardo Martini.  (Fonte: AAB Propaganda)


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AGROBUSINESS


Da redação - Brasília / DF

Produção de grãos chega a 184,15 milhões de toneladas

A produção nacional de grãos do período 2012/2013 está estimada em 184,15 milhões de toneladas, quantidade 10,8% superior à da safra 2011/12, quando atingiu 166,17 milhões de toneladas. Os números são do 8º levantamento da safra, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse resultado representa um incremento de 17,98 milhões de toneladas e se deve, sobretudo, às culturas de soja e milho segunda safra, que apresentam crescimento nas áreas cultivadas de 10,7 e 15,6%, respectivamente. Também, as condições climáticas favoráveis, embora com estiagem e excesso de chuva em algumas áreas, justificam o aumento de produção.

A soja permanece como o grande destaque, com um crescimento de 22,8% sobre as 66,38 milhões de toneladas da última safra e uma produção estimada em 81,53 milhões de toneladas. Também o milho 2ª safra tem bom desempenho, com aumento de 10,4% sobre as 39,11 milhões de toneladas do último ano, chegando a 43,19 milhões de toneladas. Este número supera a produção do milho 1ª safra, estimada em 34,81 milhões de toneladas. O arroz é outro grão que obteve crescimento (3%), ao passar das 11,6 milhões de toneladas para 11,95 milhões de toneladas.

A área total de plantio de grãos cresceu 4,1% em relação à safra passada (50,89 milhões de ha) e chegou a 52,98 milhões hectares. As culturas de soja e milho obtiveram também os melhores desempenhos em área plantada. O aumento da soja foi de 10,7%, passando de 25 para 27,72 milhões de hectares. Já o milho 2ª safra ampliou a área em 15,6%, passando de 7,62 para 8,81 milhões de hectares. Para a realização deste estudo, técnicos da Conab entraram em contato com os profissionais de cooperativas, secretarias de agricultura e órgãos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e privados), além de produtores rurais, entre os dias 22 e 26 de abril.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Conab)



Da redação - São Paulo / SP

Custo do frango tem variação anual negativa pela primeira vez em 14 meses

O levantamento mensal da Embrapa Suínos e Aves aponta que, comparativamente ao mesmo mês do ano anterior e após 13 meses de altas sucessivas (várias delas simplesmente estratosféricas), o custo de produção do frango voltou a apresentar variação anual de preços negativa. O custo levantado para o mês de abril de 2013 ficou em R$1,854/kg, valor 4,1% inferior ao registrado no mês anterior, quando o custo de produção já havia sido inferior a R$2,00/kg. Em relação ao mês do ano passado houve uma redução de 1,66%, resultado negativo observado pela última vez no bimestre janeiro-fevereiro de 2012. Os valores apontados se aplicam ao estado do Paraná e a aviários com climatização positiva. Mas cabem, com algumas diferenças, a várias outras unidades federativas brasileiras.  (Fonte: AviSite)


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TI, WEB e e-COMMERCE


Da redação - São Paulo / SP

Empresa lança serviço de prontuário online na nuvem para médicos

O YepDoc, startup que desenvolve ferramentas para melhorar desempenho de consultórios, lançou a solução Prontuário Online. É um serviço na nuvem que permite a médicos consultar seus prontuários – registros de informações sobre os pacientes, pela internet de qualquer ligar, inclusive por tablet e smartphone. O Prontuário Online vem com a proposta de organizar todas as informações do paciente, como a Anamnese, prescrição de medicamentos, resultados de exames, emissão de atestados, histórico de consultas, entre outros. Esses dados, segundo a empresa, fica em ambiente seguro na nuvem com maior mobilidade e acesso a qualquer hora do dia.  

A nova ferramenta foi desenvolvida pelo YepDoc com o objetivo de atender a uma necessidade relatada pelos próprios médicos. “Ouvimos diversos profissionais que sentiam a necessidade de uma solução online de manuseio simples e rápido, assim como uma folha de papel”, conta Guilherme Pizzini, fundador do YepDoc. De acordo com ele, a maioria dos médicos ainda utiliza o modelo tradicional de prontuário, feito com papel e caneta. 

Dentre as vantagens do serviço de prontuário online em relação ao modelo tradicional estão a segurança do sigilo dos dados, mobilidade, melhor organização e eliminação da necessidade de armazenar os registros em imensas pilhas de papel. Outra vantagem é o rápido acesso aos códigos CID (Classificação Internacional de Doenças) e ao TUSS (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), que ficam disponíveis para consulta dentro da plataforma. A solução será oferecida a um custo mensal de R$ 69,90.

O serviço de Prontuário Online une-se a outras três ferramentas oferecidas pelo YepDoc que tem por objetivo melhorar a gestão de consultórios médicos: Inclusão na Web – criação de um perfil do profissional da saúde no site do YepDoc, permitindo que pacientes agendem a consulta pela internet; Gestão de Agenda – plataforma para organização dos horários das consultas; e o Lembrete de Consulta – recurso que envia mensagens por SMS e email, avisando aos pacientes de que está na hora de retornar ao médico para uma consulta de rotina.



Da redação - Brasília / DF

Receita Federal publica regras para desoneração de banda larga

A Receita Federal publicou na última segunda-feira, dia 6/5, a Instrução Normativa com as regras para habilitação das empresas que apresentarem projetos dentro do Regime Especial de Tributação do PNBL (REPNBL), que desonera de impostos a construção de infraestrutura de banda larga.
A habilitação pela Receita é o segundo passo para que as empresas tenham acesso ao benefício. O primeiro é a apresentação e aprovação dos projetos de construção de rede pelo Ministério das Comunicações (Minicom). Após essa etapa, a implementação do projeto estará desonerada de IPI, PIS/Pasep e Cofins incidentes sobre máquinas, instrumentos, equipamentos novos e materiais de construção. A contratação dos serviços de mão de obra necessários para instalar as redes também será desonerada de PIS/Pasep e Cofins. O REPNBL pretende antecipar, até 2016, R$ 16 bilhões de investimentos em infraestrutura. Mais informações sobre esse assunto está no site do Minicon.   (Fonte: Agência Minicom)




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