Edição 859 | Ano IV


São Paulo /SP

Brasil deve crescer menos que a América Latina em 2013

A região da América Latina e do Caribe deverá crescer 3,5% neste ano, ante alta de 3% no ano passado, mas a expansão ainda ficará abaixo da média de 5% observada antes da crise de 2008 e 2009 ou de 6% em 2010, prevê o Banco Mundial, em relatório semestral publicado ontem, dia 17/4, na Internet. O banco projeta que o Brasil e a Argentina deverão ter crescimento abaixo da média regional em 2013, em torno de 3%, superando, porém, a taxa de crescimento de 2%, em 2012. Segundo o relatório, estão diminuindo os ventos globais favoráveis que facilitaram o crescimento econômico robusto e a inclusão social na América Latina e Caribe na última década. O banco destaca ainda que o novo contexto global — de excesso de liquidez, crescimento mais lento na China, atividade econômica fraca e dívida pública elevada no mundo desenvolvido — aponta para a necessidade de a América Latina fazer mais por conta própria, a fim de voltar às taxas de crescimento semelhantes às taxas registradas na última década. O Banco Mundial prevê também no relatório "América Latina e Caribe enquanto os ventos favoráveis retrocedem: em busca de um crescimento maior" que a Venezuela crescerá 0,1% e a Jamaica terá expansão de 1% neste ano. A economia do Peru deverá ter alta de 6%, a do Panamá, de 9%, e a do Paraguai, de 11%. Já a expansão econômica da Bolívia, Chile e Colômbia deverá ser de entre 4% e 5% neste ano. "Essas taxas de crescimento são boas, mas insuficientes para sustentar o ritmo de progresso social recente que os latino-americanos experimentaram na última década", ressaltou o economista-chefe do Banco Mundial, Augusto de la Torre.

Ênfase política - Ele afirmou que a ênfase política está mudando dos motores externos para motores de crescimento interno, e das preocupações com a estabilidade macroeconômica e financeira para reformas de estímulo à produtividade. "À medida que os ventos globais favoráveis diminuem, a capacidade dos países da América Latina para crescer acima de 3,5% depende essencialmente deles mesmos." O relatório observa que as conquistas da América Latina e Caribe na década de 2000 foram significativas, incluindo a estabilidade macroeconômica, crescimento sólido, redução da pobreza e uma distribuição de renda mais justa. De acordo com o Banco Mundial, o desafio para a política econômica daqui para frente é "preservar e trabalhar sobre os ganhos passados, consolidando os dividendos de um crescimento com inclusão social, e fazer isso sem a ajuda de ventos favoráveis globais".
(Agência Estado)


São Paulo /SP

S&P reduz projeção de PIB do Brasil para 2013 e 2014

A agência internacional de classificação de risco Standard & Poor's Ratings Services reduziu ontem, dia 17/4, a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. A estimativa, que era de expansão entre 2,75% e 3,75% em 2013, passou para um crescimento entre 2% e 3%, devido ao ritmo mais "lento" do que o previsto para a recuperação econômica do País nos últimos meses. Segundo a S&P, o PIB deverá se movimentar neste ano de 3,25% para 2,5% e, em 2014, de 4,0% para 3,25% em 2014. "Os baixos percentuais de crescimento destacam as dificuldades que o País enfrenta para impulsionar os investimentos dos setores público e privado para níveis que sustentem uma maior expansão econômica de longo prazo", justificou a agência, em um relatório que analisa o cenário para o setor de energia elétrica. Na avaliação da agência de rating, o setor energético brasileiro se beneficia principalmente da crescente demanda por energia, da regulamentação favorável e do financiamento de longo prazo e de baixos custos. Na contrapartida negativa, a agência cita os atrasos na construção de usinas de geração e linhas de transmissão, decorrentes de preocupações ambientais e questões administrativas. A agência menciona também a exposição "relativamente alta" do setor a condições climáticas, uma vez que 70% da capacidade instalada total é hidrelétrica. (Agência Estado)


Brasília / DF

Copom eleva Selic para 7,50% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa básica de juros (taxa Selic) de 7,25% para 7,50% ao ano. Segundo comunicado, a decisão, "sem viés" (o que não dá pistas sobre uma nova alta ou um corte), foi tomada por seis votos a favor. Dois votos foram no sentido da manutenção da atual taxa. A última alta da Selic promovida pelo Copom foi feita na reunião de 20 de julho de 2011, quando a taxa subiu de 12,25% para 12,50%. A inflação, informa o comunicado do Copom, foi o que motivou a decisão. "O Comitê avalia que o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, entre outros fatores, contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária. Por outro lado, o Copom pondera que incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com cautela", explica a nota.

A decisão rompe uma sequência de três reuniões do Copom, em que o juro básico da economia brasileira havia sido mantido em 7,25% anuais —menor patamar da história recente, desde outubro do ano passado, quando o BC encerrou um ciclo de cortes iniciado em agosto de 2011. Votaram pela elevação da taxa Selic para 7,50% ao ano os seguintes integrantes do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques. Votaram pela manutenção da taxa Selic em 7,25% ao ano Aldo Luiz Mendes e Luiz Awazu Pereira da Silva.

Reação do mercado - Tanto o setor produtivo quanto o de serviços são contrários à decisão do Copom. A CNI (Confederação Nacional da Indústria) informou, em nota, que reconhece a importância do controle da inflação, mas lamenta que o comitê tenha optado pelo caminho de combate à alta inflacionária com maiores danos à atividade produtiva. Segundo a entidade, o aumento dos juros é "extremamente" prejudicial à indústria, "que já vem sendo atingida por custos crescentes". Já a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo ( Fecomercio-SP), afirma, em nota, que as autoridades econômicas poderiam ter cogitado outro caminho para lidar com a questão, como a retomada dos investimentos públicos, direcionamento de gastos e mudanças nas metas de inflação para números mais realistas.
A entidade destaca, ainda, que o aumento da taxa básica de juros pode ser um obstáculo para a retomada do ritmo de crescimento do País.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) também criticou, em nota, a decisão do Copom. Para a entidade, o aumento era previsível diante da deterioração do quadro inflacionário, mas poderia ter sido evitado caso "tivesse sido adotada uma política fiscal que aliviasse a pressão sobre os preços". Ao contrário da Fecomercio-SP, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) foi neutra em seu posicionamento. "Parece indispensável que o governo procure utilizar a política fiscal como instrumento adicional para o controle da inflação, para evitar que o Banco Central seja obrigado a apertar a política monetária”, aconselha Rogério Amato, presidente da associação, em nota divulgada à imprensa. (Agência Estado)


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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo /SP

IGP-M avança na 2ª prévia

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou, no segundo decêndio de abril, variação de 0,28%. No mês anterior, para o mesmo período de coleta, a variação foi de 0,24%. O segundo decêndio do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou variação de 0,11%, no segundo decêndio de abril, taxa idêntica à observada no mesmo período de coleta de março. A taxa de variação dos Bens Finais recuou de 0,96% para 0,94%. A maior contribuição para esta desaceleração teve origem no subgrupo combustíveis, cuja taxa passou de 1,16% para -0,31%.

A taxa de variação do grupo Bens Intermediários passou de -0,27%, em março, para -0,14%, em abril. O destaque coube ao subgrupo materiais e componentes para a construção, cuja taxa passou de 0,23% para 0,87%.
O índice referente a Matérias-Primas Brutas registrou variação de -0,58%. No mês anterior, a taxa foi de -0,44%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: milho (em grão) (-2,22% para -8,48%), aves (-0,51% para -4,49%) e soja (em grão) (-3,53% para -5,22%). Em sentido oposto, destacam-se: minério de ferro (5,63% para 8,49%), mandioca (aipim) (-8,36% para -2,49%) e café (em grão) (-5,54% para -1,07%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,57%, no segundo decêndio de abril, ante 0,63%, no mesmo período do mês anterior. A principal contribuição para o decréscimo da taxa partiu do grupo Transportes (0,70% para 0,33%) Nesta classe de despesa, cabe mencionar os itens: gasolina (2,82% para -0,35%) e etanol (2,70% para 1,20%). Também foram computados decréscimos nas taxas de variação de outras três classes de despesa: Vestuário (0,69% para 0,08%), Educação, Leitura e Recreação (0,32% para -0,07%) e Comunicação (0,33% para 0,14%). Para a desaceleração desses grupos, contribuíram destacadamente os itens: roupas (0,55% para 0,20%), passagem aérea (-1,56% para -8,51%) e tarifa de telefone residencial (0,76% para -0,26%), nesta ordem.

Em contrapartida, registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Alimentação (1,07% para 1,23%), Habitação (0,35% para 0,49%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,57% para 0,62%) e Despesas Diversas (0,22% para 0,23%). Nestas classes de despesa, merecem destaque os itens: hortaliças e legumes (6,64% para 10,63%), tarifa de eletricidade residencial (-1,75% para 0,16%), medicamentos em geral (0,25% para 0,87%) e serviço religioso e funerário (0,05% para 0,59%), respectivamente.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou, no segundo decêndio de abril, variação de 0,74%. No segundo decêndio do mês anterior, a taxa foi de 0,20%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,57%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,35%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou taxa de 0,91%, no segundo decêndio de abril. Na apuração referente ao mesmo período do mês anterior, o índice variou 0,07%.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)



Da redação - São Paulo /SP

FGV afirma que recuo de preços das matérias-primas começa a chegar ao varejo

A queda nos preços das matérias-primas começou a chegar ao varejo, disse Salomão Quadros, superintendente-adjunto de inflação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), ao comentar os dados do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10). O economista da FGV Salomão Quadros vê retração da inflação. “Os preços de commodities como soja, milho e trigo estão caindo no atacado e isso começa a chegar, aos poucos, ao varejo. Isso barateia as rações para animais e, finalmente, as carnes”, afirmou Quadros.
O IGP-10 subiu 0,18% em abril, após alta de 0,22% no mês anterior. A redução no ritmo de expansão do indicador deve-se à deflação do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP-10 e passou de alta de 0,11% em março para queda de 0,06% em abril.

No IPA, as matérias-primas brutas caíram 0,92% em abril, após baixa de 0,81% em março. O preço do milho em grão caiu 7,83% em abril, após baixa de 2,37% no mês anterior.  A soja, que recuou 5,53% em março, caiu 5,56% em abril. No mesmo período, o trigo passou de queda de 1,52% para baixa de 1,56%. O IPA também captou redução nos preços das carnes. A suína caiu 7,83% em abril, ante baixa de 2,37% em março. A carne bovina, que recuou 0,06% em março, caiu 0,09% em abril. O preço do frango inteiro, depois de subir 3,56% em março, caiu 0,60% em abril. Já o frango em pedaços subiu 0,38% em abril ante alta de 1,81% no mês anterior.

“Essas quedas podem demorar um pouco e poder não ser repassadas inteiramente ao consumidor final, mas estão chegando ao varejo”, afirmou Quadros. A FGV informou hoje que os preços das carnes no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), do IGP-10, caíram 0,8% em abril ante alta de 0,74% em março. Quadros acrescenta que os produtos derivados de grãos também estão em desaceleração. É o caso de panificados e biscoitos, que subiram 1,44% em abril, após alta de 1,62% em março. O mesmo ocorreu com a farinha de trigo, que saiu de alta de 5,29% em março para avanço de 1,44% em abril, disse o especialista da FGV. “Alguns produtos ainda apresentam altas consideráveis, mas essa redução na taxa mensal é importante, mesmo que seja um movimento gradativo”, disse.

O IPC subiu 0,67% em abril ante alta de 0,49% em março. O indicador foi pressionado por alimentação, que subiu de 1,26% em março para 1,4% em abril; vestuário, que tinha caído 0,04% e teve alta de 0,31% em abril; e saúde e cuidados pessoais, grupo que subiu 0,61% em abril, após alta de 0,58% em março. A alimentação segue pressionada por itens como batata inglesa (alta de 13,43% em abril contra 6,72% em março), cebola (21,17% contra 14,27%) e tomate (15,77% contra 8,55%). Apenas o tomate contribuiu com 0,06 ponto percentual para a taxa do IPC de abril. Já a batata inglesa e a cebola contribuíram, cada um, com 0,04 ponto percentual para a formação do IPC, cujo peso é de 30% no IGP-10.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,65% em abril, após alta de 0,37% no mês anterior. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu 0,56% em abril, após alta de 0,41% em março. O custo da mão de obra, que subiu 0,32% em março, avançou 0,73% em abril.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE na Europa:
Londres / Inglaterra - O principal índice da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, iniciou o pregão desta quinta-feira com alta de 0,27%, aos 6.261,18 pontos. 
Frankfurt / Alemanha - O principal índice da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, iniciou a sessão desta quinta-feira com avanço de 0,17%, aos 7.516 pontos. 
Madri / Espanha - O principal índice da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, iniciou as movimentações desta quinta-feira com alta de 0,53%, aos 7.844 pontos. 
Roma / Itália - O principal índice da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE MIB, iniciou o pregão desta quinta-feira com alta de 0,42%, aos 15.449,04 pontos. Já o índice geral FTSE Italia All-Share sobe 0,43%, aos 16.495,90 pontos.
Paris / França - O indicador principal da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, iniciou sua trajetória nesta quinta-feira com avanço de 0,49%, aos 3.616,78 pontos.
Lisboa / Portugal - O principal índice da Bolsa de Valores de Lisboa, o PSI-20, iniciou as movimentações desta quinta-feira com alta de 0,76%, aos 5.744,56 pontos. 



HOJE na Ásia:

Tóquio fecha em queda com nervosismo sobre empresas

Ações na Bolsa de Tóquio fecharam em queda nos pregões de hoje, dia 18/4, uma vez que o nervosismo sobre os resultados de empresas norte-americanas e a instabilidade do dólar beneficiaram as ondas de vendas. Com isso, exportadores de tecnologia, como a Kyocera e a Toshiba, recuaram na sessão e pesaram sobre o pregão.

- O índice Nikkei caiu pela quarta vez nas últimas cinco sessões, perdendo 1,2%, para 13.220,07 pontos.
O dólar também oscilou em relação ao iene, sendo negociado em torno 97,89 no fim da tarde em Tóquio, de 98,11 ienes no fim da tarde em Nova York.

Análise - A participação retornou aos níveis observados após o anúncio de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), superando 4,3 bilhões de ações no valor de mais 3,0 trilhões de ienes. O montante mostra que a forte compra de ações no exterior continua.
Dados do Ministério de Finanças divulgados na quinta-feira mostraram que a compra externa líquida de ações japonesas atingiram um recorde na segunda semana de abril, superando 1,58 trilhões de ienes. O índice Nikkei abriu em queda, influenciado por resultados corporativos decepcionantes do Bank of America e uma queda em ações da Apple.
Por outro lado, vários participantes do mercado ainda encontraram motivos para otimismo.
"Apesar de fracos resultados em várias empresas norte-americanas, o dólar se manteve razoavelmente bem, considerando todos os fatores", disse o gerente geral de equities Hiroichi Nishi, da SMBC Nikko Securities. "O mercado inteiro estava tecnicamente sobrecomprado nesta semana e, essencialmente, à procura de catalisadores para vender", disse o analista Kenichi Hirano, Tachibana Securities.
Entre os pesos pesados, o SoftBank e a Fast Retailing caíram 1,6% e 1,3%, respectivamente, enquanto a Japan Tobacco perdeu 2,5%. Diversas ações de tecnologia perderam terreno. A Kyocera recuou 2,0% e a Toshiba cedeu 3,7%.
A queda da Apple, na esteira de uma fraca previsão de receita feita pelo seu fornecedor Cirrus Logic, dos EUA, atingiu vários de seus fornecedores japoneses.
A Ibiden e a Murata Mfg perderam 2,1% e 2,9%, respectivamente, por causa das preocupações sobre os planos da empresa e as perspectivas de vendas para os dispositivos iPad e iPhone.
Uma reportagem do Nikkei dizia que os reguladores dos EUA planejam suspender a proibição dos voos de passageiros do Boeing 787 Dreamliner ainda este mês. A informação elevou as ações da ANA Holdings e da Japan Airlines. A dupla fechou em alta de 3,6% e 0,8%, respectivamente. As ações da GS Yuasa saltaram mais de 11% antes de fecharem em 5,5%. A empresa tem sido objeto de investigações sobre a causa dos incêndios a bordo do 787 nos últimos meses. "Embora as fontes das chamas ainda não estejam claras, as incertezas sobre as vendas e produção de baterias de Yuasa já recuaram", disse Naoki Fujiwara, gestor de fundos da Shinkin Asset Management.



ONTEM no Brasil:

Ibovespa cai 2,05% com giro de R$ 22,9 bilhões, em dia de futuros

A Bovespa fechou o pregão de ontem, dia 17/4, em baixa, pressionada pelas ações das petrolíferas OGX e Petrobras, numa sessão com o maior giro diário em 10 meses, em meio aos vencimentos de futuros.

- O Ibovespa recuou 2,05 por cento, a 52.881 pontos. 
- O volume negociado de 22,9 bilhões de reais, com o vencimento de opções sobre índice futuro, foi o maior desde junho de 2012.

Análise - "Teve alguns resultados corporativos nos EUA que vieram ruins. O Bank of America veio pior que o esperado, o BNY também veio um pouco abaixo. Isso tudo pesou na bolsa", disse André Perfeito, economista na Gradual Corretora.
O Bank of America encerrou o primeiro trimestre com lucro abaixo do esperado e com queda na receita, enquanto o BNY Mellon, maior banco de custódia do mundo, teve prejuízo líquido de 266 milhões de dólares.
Também pesou nos mercados as quedas nos preços de commodities, que pesaram nas ações da Petrobras, que recuou 2,99 por cento, a 17,17 reais.
A preferencial da Vale chegou a operar em baixa de mais de 3 por cento, mas conseguiu se recuperar e fechar em alta de 0,68 por cento, a 30,99 reais.
A petrolífera OGX, de Eike Batista, desabou 10,7 por cento, a 1,25 real. A empresa informou na véspera que sua produção recuou cerca de 10 por cento em março ante fevereiro por problemas operacionais.
Analistas do Credit Suisse cortaram o preço-alvo da ação, de 2,00 reais para 1,00 real, após os dados de produção. "A última coisa que a OGX precisava neste momento era ser confrontada com problemas de funcionamento. A incerteza já era elevada sobre desempenho da produção dos poços, quantidade de óleo recuperável (...), e posição financeira do grupo do curto e longo prazo", afirmaram os analistas.
O comportamento da ação da OGX contaminou também outros papéis do grupo EBX de Eike. A LLX, de logística, caiu 10,1 por cento, seguida pela mineradora MMX, com perda de 9,5 por cento. Entre os poucos papéis em alta, destaque para a BR Malls que subiu 2 por cento.


ONTEM nos EUA:

Wall Street fecha em queda: Dow Jones -0,94%, Nasdaq -1,84%

A Bolsa de Nova York fechou com perdas o pregão de ontem, dia 17/4, em um mercado decepcionado com os resultados de empresas, em um contexto de preocupação sobre a força da economia mundial.

- O Dow Jones caiu 0,94% e o Nasdaq, 1,84%.
- O índice Dow Jones Industrial Average caiu 138,19 pontos a 14.618,59 unidades.
- O tecnológico Nasdaq 59,96 pontos a 3.204,67 unidades.
- O índice ampliado Standard and Poor's 500 caiu 1,43% (-22,56 pontos) a 1.552,01 unidades.

Análise - O mercado sente o "impacto das dúvidas sobre o crescimento mundial e os resultados decepcionantes de várias empresas", disse Peter Cardillo, da Rockwell Global Capital. Os investidores destacaram o corte das previsões de crescimento mundial do Fundo Monetário Internacional para 2013 e o anúncio de uma desaceleração do crescimento na China no primeiro trimestre.
Além disso, a Bolsa de Nova York acentuou "a queda do apetite pelo risco já registrada nos mercados de matérias primas", explicou Peter Cecchini, de Cantor Fitzgerald.
Em um momento no qual o ouro registrou sua maior queda em 30 anos no começo desta semana, o barril de petróleo voltou a cair mais de dois dólares em Nova York, enquanto a cotação da prata e do cobre continuaram caindo. Neste contexto, o mercado reagiu de forma negativa aos decepcionantes resultados do trimestre do Bank of America, que arrastaram o conjunto do setor bancário, e a cifras abaixo do esperado do Yahoo!
O mercado também sentiu o impacto das vendas de ações da Apple, já que os investidores cortaram suas posições devido às frágeis previsões de um fornecedor da empresa sobre seu volume de negócios. "O mercado pode estar em uma fase de correção técnica esperada há algum tempo" após as fortes altas dos índices nos últimos meses, disse Cardillo.
O mercado das obrigações fechou em alta. O rendimento do bônus do Tesouro a 10 anos caiu a 1,704% contra 1,719% e o do papel a 30 anos a 2,886% frente a 2,903%.


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INDÚSTRIA


West / EUA

Explosão em fábrica de fertilizantes do Texas deixa até 15 mortos até agora

Uma explosão provocada por um incêndio destruiu uma fábrica de fertilizantes e dezenas de casas em uma pequena cidade do Texas, na noite de quarta-feira, matando até 15 pessoas, ferindo mais de 160 e expelindo fumaça tóxica que forçou a retirada de metade da população local. Segundo a polícia, entre cinco e 15 pessoas morreram na explosão em West, uma cidade de 2.800 moradores cerca de 130 km ao sul de Dallas. "Eu nunca vi nada como isso", disse o xerife do condado de McLennan, Parnell McNamara. "Parece uma zona de guerra, com todos os destroços." A explosão, provocada por um incêndio na fábrica West Fertilizer, foi relatada por volta de 20h na quinta-feira (22h no horário de Brasília).  A causa do incêndio é desconhecida, disseram autoridades. O sargento da polícia W. Patrick Swanton disse que os investigadores vão examinar se o incêndio foi resultado de atividade criminosa ou provocado por alguma reação química. Mais cedo, o prefeito de West, Tommy Muska, disse à Reuters que cinco ou seis bombeiros voluntários que estavam entre os primeiros a chegar ao local estavam desaparecidos. Autoridades disseram que as chamas que continuavam dentro da fábrica representavam duas ameaças -- a possibilidade de desencadear novas explosões e a emissão de gases perigosos para a cidade.  (Agência Reuters)



Brasília / DF

CNI diz que alta do juros causa 'danos' à produção

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lamentou nesta quarta-feira que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) "tenha optado pelo caminho de combate à alta inflacionária com maiores danos à atividade produtiva", ao decidir elevar a taxa de juros Selic em 0,25 ponto porcentual. Em nota, a CNI reconhece a importância do controle da inflação, mas lamenta a opção escolhida pelo BC. "A indústria mostra desempenho abaixo do esperado no início do ano, dando continuidade à situação negativa do fim de 2012", destaca a CNI, ressaltando que a alta dos juros é "extremamente prejudicial à indústria, setor de maior capacidade de recuperação e de melhor contribuição para o crescimento da economia, mas que já vem sendo atingido por custos crescentes".

Para a entidade, esse novo ciclo de alta dos juros que se inicia hoje vai afetar a confiança do empresário e comprometer investimentos, "cuja elevação considera essencial para reativar a economia". "A CNI avalia que uma política econômica baseada em aumento dos gastos públicos e alta dos juros tem pouco impacto nas pressões inflacionárias", destaca a nota. Segundo a entidade, essas pressões estão concentradas "nos preços dos alimentos e nos preços dos serviços, estes últimos não influenciados pela concorrência internacional e, portanto, estimulados pela demanda parcialmente aquecida". Ao final, a CNI ainda alerta para outra consequência da alta dos juros, a valorização cambial em razão da maior atração do dólar pelo juro mais elevado. "O resultado dessa combinação de políticas gera o pior cenário, que é inflação alta e crescimento mínimo", conclui a CNI.

Fiesp - O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, classificou como "equivocada" a decisão de elevar os juros. "Da mesma forma que ninguém quer o aumento da inflação, o Brasil não precisa de aumento de juros, mas de aumento de produção", afirmou ele, em nota. De acordo com Skaf, o Brasil não pode abrir mão do controle da inflação, mas deve superar a política econômica do uso exclusivo da taxa de juros. "A nova política econômica deve ousar no sentido de aumentar os investimentos públicos, controlar os gastos de custeio, criar um ambiente favorável ao investimento privado e, de forma corajosa, finalizar as reformas que promovam a desindexação da nossa economia."
Segundo a nota, em 2013 os gastos federais em custeio, excluídos os referentes ao programa Minha Casa Minha Vida, apresentam crescimento real de 20%, enquanto os investimentos caem 1%. "Claramente, aqueles que neste momento e com essa conjuntura econômica buscam restringir o debate à taxa de juros estão defendendo seus próprios interesses, e não o desenvolvimento do Brasil", afirmou Skaf.  (Agência Estado)


Da redação - Rio de Janeiro / RJ

Embraer vende jato Lineage 1000 na China

A Embraer informou ontem a tarde, dia 17/4, que vendeu um jato executivo Lineage 1000 para um cliente na China. A aeronave deve ser entregue em maio. "Este negócio faz com que eleve para 29 a carteira de pedidos de jatos executivos da Embraer na China, sendo seis Lineage 1000, desde que a empresa entregou seu primeiro jato executivo para este mercado em 2004", informou a Embraer em comunicado à imprensa, sem citar o nome do cliente.
O Lineage é o maior dos sete jatos executivos da Embraer e tem alcance de cerca de 8.150 quilômetros, segundo a empresa. A Embraer informou ainda que acertou um memorando de entendimento com a Hawker Pacific, para suporte técnico na região da Ásia-Pacífico, antes da entrada em serviço do jato executivo Legacy 500. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Embraer)



Rio de Janeiro / RJ

Produção de minério da Vale em Carajás encolhe 0,5%

A produção de minério de ferro da Vale em Carajás/PA, no Sistema Norte, encolheu 0,5% no primeiro trimestre. Foram produzidos 21,605 milhões de toneladas métricas entre janeiro e março. A queda registrada no principal sistema de produção da mineradora, aquele com melhor teor de qualidade de minério, contribuiu para a retração de 3,5% na produção total da Vale no período, para 67,536 milhões de toneladas métricas. A retração em Carajás foi acompanhada pela queda da produção nos Sistemas Sudeste e Sul. As produções no Sistema Centro-Oeste e na Samarco Mineração, por outro lado, cresceram no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período de 2012. A produção no Sistema Sudeste encolheu 7,4%, para 24,782 milhões de toneladas métricas no trimestre, variação explicada pela queda de 16,8% na produção em Itabira (6,780 milhões de toneladas). Esta, por sua vez, foi influenciada, principalmente, pelo ROM de baixo teor que alimenta a planta de processamento. O ROM é um termo usado para designar o material retirado de uma mina. "Esse problema será resolvido quando Conceição Itabiritos entrar em operação este ano, pois a entrada em operação de dois novos britadores permitirá que o britador antigo seja transferido para uma seção da mina com minério de melhor qualidade", destacou a Vale. Ainda na Região Sudeste, a produção em Mariana (MG) encolheu 5,2%, para 8,856 milhões de toneladas métricas, impactada por questões relacionadas às licenças para lavra de novas seções da mina. Essa situação resultou em baixa produtividade e à queda no teor de ferro, bem como a custos mais elevados. "Esperamos resolver essa questão no curto prazo", destacou a Vale.

A produção de Minas Centrais, também no Sistema Sudeste, encolheu 1,3% no trimestre, para 9,146 milhões de toneladas, por causa da parada programada para manutenção que permitiu a instalação da quinta linha da planta de processamento de Brucutu. "A situação já está normalizada e não terá impacto no desempenho do segundo trimestre", anunciou a mineradora. A companhia também destacou que as reservas de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), estão próximas da exaustão e a mina será fechada este ano.
No Sistema Sul, a produção teve retração de 3,5%, para 17,039 milhões de toneladas métricas. A queda tem origem, principalmente, na retração de 9,8% na produção de Minas Itabirito. A operação da unidade de Pico B do local foi posta em manutenção durante o primeiro trimestre "para permitir a utilização dos estoques, reduzindo assim as necessidades de capital de giro sem afetar as vendas", segundo a Vale. A mesma razão levará a planta de Pico A a ficar ociosa também no segundo trimestre.

Expansão - A produção no Sistema Centro-Oeste cresceu 9,5% no trimestre e atingiu 1,425 milhão de toneladas métricas entre janeiro e março. O sistema, considerado o menor em termos de produção de minério, mas o segundo melhor em relação à qualidade do produto - atrás de Carajás -, teve o melhor resultado para um primeiro trimestre. Já a produção da Samarco, quando considerada a participação de 50% da Vale na empresa, cresceu 5,1% no trimestre. Foram produzidas 2,685 milhões de toneladas métricas no período. Diante dos números do primeiro trimestre, a Vale manteve inalterada a programação de produção de 306 milhões de toneladas métricas para 2013. O número exclui a produção da Samarco.  (Agência Estado)

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AGROBUSINESS

Brasília / DF

Governo aprova aquisição do frigorífico Bertin pela JBS

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, ontem, dia 17/4, a aquisição do frigorífico Bertin pela JBS, mas exigiu monitoramento das condições do mercado. A incorporação do Bertin, anunciada em 2009, ajudou a transformar o frigorífico da família Batista na maior empresa produtora de carne bovina do mundo. Na época da aquisição, o Bertin era a segunda empresa de carne bovina do Brasil, atrás da JBS. O diretor de Relações Institucionais da JBS, Francisco de Assis e Silva, ressaltou que, além da compra do Bertin, o Cade aprovou a aquisição de 11 frigoríficos em operações menores realizadas pela JBS. O acordo prevê ainda que a JBS deverá informar ao Cade qualquer movimentação de ativos, como locação, arrendamento ou compra, por um prazo de 30 meses.

Esta notificação deverá ser feita ao Cade mesmo que ela não se enquadre nos padrões mínimos de volume financeiro ou de participação de mercado exigidos para que uma operação passe pela avaliação do Cade. Multa de R$ 7,4 milhões - O órgão antitruste também aplicou uma multa de R$ 7,4 milhões porque a empresa não notificou as operações de arrendamento de algumas unidades. No entendimento do Cade, estas operações deveriam ter sido informadas conforme previsto pelo órgão. Segundo o diretor da JBS, o acordo firmado com o Cade prevê que a empresa não recorra desta multa.
Concentração de mercado - Segundo o órgão antitruste, a participação nacional da JBS no abate é inferior a 25%. Contudo, o relator do caso, o conselheiro Marcos Paulo Veríssimo, destacou que o Estado de Mato Grosso é aquele onde há maior concentração de mercado da companhia, em torno de 50%.

Ao analisar o poder de mercado da empresa, o Cade destacou que "não foram localizados indicativos de exercício de monopsônio que viessem a gerar restrições por parte do Cade". Monopsônio representa uma estrutura de mercado em que se tem registro de um único comprador para os produtos de vários vendedores, o que dá vantagem à empresa no momento de negociar a compra. A concentração da JBS é criticada pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) após estudo de instituto local apontar que a empresa detém mais de 40% do abate no Estado, o que compromete a capacidade de negociação dos produtores mato-grossenses, segundo a Acrimat.  
(Agência Reuters)


Da redação - São Paulo /SP

Moy Park é a primeira do setor no ranking de sustentabilidade britânico

A Moy Park, segmento europeu da Seara Foods e maior produtora de alimentos industrializados a base de carne de aves do Reino Unido, é a primeira companhia do setor a ser incluída no Índice de Responsabilidade Corporativa do Reino Unido (CR Index), o principal e mais detalhado comparativo voluntário de sustentabilidade daquele país, elaborado pela Business in the Community, organização internacional que estimula a adoção de melhores práticas de negócios e o fortalecimento das comunidades. O ranking é um marco importante para a Empresa, pois é composto apenas por companhias selecionadas, que demonstram conquistas excepcionais em responsabilidade corporativa.

A Moy Park foi anunciada na categoria Bronze, que significa que a empresa é capaz de mostrar engajamento real com os stakehoders, adota processos efetivos e fornece informações confiáveis – demonstrando tanto gerenciamento responsável do negócio quanto melhorias de desempenho.
A sustentabilidade é um dos pilares da estratégia corporativa do Grupo Marfrig e permeia todas as suas atividades e segmentos de negócio, como a Moy Park. O Grupo tem o compromisso de manter o equilíbrio econômico, social e ambiental, contribuindo com o desenvolvimento da sociedade e a preservação do planeta. “Estamos muito felizes com o reconhecimento recebido por nossas conquistas em responsabilidade corporativa. Nossa inclusão no CR Index é o mais recente reconhecimento público à abordagem responsável de negócios da Moy Park. Não é só a primeira empresa da Irlanda do Norte, mas também a primeira do Reino Unidos em nossa indústria”, comemora Mike Mullan, diretor de Recursos Humanos e Melhoria dos Negócios da Moy Park. “Estou realmente orgulhoso de todos na equipe da Moy Park por sua dedicação, trabalho duro e por manter padrões tão altos para assegurar que continuaremos à frente em nosso setor. Esperamos melhorar ainda mais conforme continuamos a implantar e a investir em práticas de negócio sustentáveis.”

Como é feito o CR Index - O Índice de Resposabilidade Corporativa preparado pela Business in the Community, divulgado anteontem, dia 16/4, no Reino Unido, é o principal e mais detalhado comparativo voluntário de responsabilidade corporativa daquele país. Ele ajuda as companhias a incluírem e melhorarem a responsabilidade corporativa em todas as suas operações ao oferecer uma abordagem sistemática à gestão, mensuração e divulgação dos impactos das empresas na sociedade e no meio ambiente. O CR Index avalia os participantes com base nos seguintes aspectos: estratégia corporativa, gestão da comunidade, gestão do meio ambiente, atuação no mercado, gestão do ambiente de trabalho, impacto ambiental e social.
(Fonte: Assessoria de Imprensa Marfrig)



Da redação - São Paulo /SP

Pimentão é vendido a R$ 15 no Grande ABC

Assim como o tomate, o pimentão virou item de luxo das cozinhas no Grande ABC. O cliente que não dispensa o fruto nas saladas e pratos quentes precisa desembolsar até R$ 15 pelo quilo. Normalmente, o alimento custa entre R$ 4,50 e R$ 6. Os vermelhos e amarelos são os mais caros. Já os verdes, mais baratos, podem ser encontrados por até R$ 7, o quilo. O consumidor que pesquisa para gastar menos já se deu conta de que o valor pago pelo fruto é maior, inclusive, que o preço do quilo da carne bovina de primeira - cotado a R$ 14,67 na pesquisa da semana passada da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

A supervalorização se deve, assim como no caso do tomate, às alterações climáticas. As chuvas em abundância em março prejudicaram o cultivo e a colheita do item in natura. No entanto, o valor do prejuízo na lavoura não foi repassado integralmente pelos produtores. O reajuste acontece entre os atacadistas e os estabelecimentos que vendem para o consumidor final - sacolões e feiras.

A equipe do Diário esteve em Sumaré, uma dos grandes produtores do fruto no Estado, e constatou que lá a caixa com 13 quilos de pimentão custa R$ 32, ou seja R$ 2,46, o quilo. Na Ceasa (Central de Abastecimento) da Craisa, a caixa de 11 quilos custa R$ 120 - R$ 10,90, o quilo. De lá, o item ainda sofre reajustes para chegar à mesa dos moradores da região por até R$ 15. "O pimentão é vendido a preço muito elevado, diferentemente do que comercializamos aqui", constata o agricultor Alfredo Pereira de Oliveira, 59 anos, produtor de pimentão de Sumaré.

Ele, que sempre trabalhou em lavouras de tomate, decidiu neste ano investir toda sua economia em plantação de pimentão. "Foram R$ 37 mil (de investimento). Sem contar o aluguel que pago pela terra, que é arrendada. Com todos esses gastos, só espero ter lucro", cita. Segundo Oliveira, o fruto é muito sensível, assim como o tomate, e precisa de bom adubo, irrigação na medida certa e defensivos agrícolas (produtos utilizados para controlar pragas). "Mesmo assim, nossa margem de lucro é pequena. A caixa com 13 quilos sai por R$ 32, no máximo." Cada pé tem um custo de R$ 3. Oliveira plantou 20 mil pés, o que dá para abastecer 6.000 caixas. O agricultor acredita que, além da grande margem de lucro, as empresas que revendem no Ceagesp ou Ceasa elevam o preço devido aos gastos com frete, lavagem e classificação dos pimentões. "O fruto está valendo ouro", brinca o agricultor. (Fonte: Diário de Grande ABC)


Da redação - São Paulo /SP

Projeto Brazilian Fruit traz compradores internacionais para o Brasil

Durante o próximo mês de maio, o Ibraf (Instituto Brasileiro de Frutas), em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), irá trazer compradores internacionais para o Brasil, por meio do Projeto Comprador, para participarem de rodadas de negócios nas feiras Apas, em São Paulo, e Fenagri, na Bahia. O objetivo é estimular a geração de negócios com compradores dos países-alvo do projeto, entre estes estão Alemanha, Canadá, Emirados Árabes, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra e Jordânia, além de propiciar uma ‘experiência de Brasil’, realizando visitas técnicas e eventos paralelos que destacarão os atributos do segmentos de frutas brasileiras. 

Apas 2013 - Entre os dias 6 e 7 de maio, 70 compradores participarão da primeira rodada de negócios na feira Apas que será realizada no Expo Center Norte, em São Paulo. Para este evento do setor supermercadista e que envolve vários produtos do setor de alimentos e bebidas, foi realizada parceria entre o Ibraf, ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café), Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) e ANIB (Associação Nacional das Indústrias de Biscoitos) com a Apex-Brasil e Apas (Associação Paulista de Supermercados) para trazer compradores de diversos países. A expectativa é que as empresas expositoras da feira e as associadas das entidades parceiras realizem mais de 1.000 reuniões com os compradores internacionais e gerem negócios na ordem de US$ 25 milhões. Além da agenda de negócios na Apas 2013, os compradores terão uma programação paralela, que começa com uma visita ao Museu do Futebol, participação na etapa de São Paulo da Fórmula Indy 300, no dia 5 de maio e finaliza com visitas à lojas de varejo. 

Fenagri 2013 - De 16 e 17 de maio, será a vez da cidade de Juazeiro, na Bahia, receber o Projeto Brazilian Fruit, com dois compradores internacionais que participarão de rodadas de negócio na Feira Nacional da Agricultura Irrigada – Fenagri, realizada em parceria entre o Ibraf, a Apex-Brasil e o Sebrae-BA (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). 
Na ocasião, estarão presentes importadores da Alemanha e Inglaterra, que compram frutas frescas, principalmente manga e uva, e que serão distribuídas para vários países da Europa, além de Taiwan, Cingapura e Malásia. 
Como agenda paralela, os compradores que virão à Fenagri 2013 também farão visitas a empresas exportadoras brasileiras sediadas na região do Vale do São Francisco, uma das principais áreas exportadoras de frutas do Brasil. 
Podem participar das rodadas de negócios empresas exportadoras participantes do projeto Brazilian Fruit. Saiba mais sobre cada evento na ficha técnica: 

Ficha Técnica 

Apas 2013
Data: 6 e 7 de maio
Horário: 15h às 22h
Local: Expo Center Norte - São Paulo
Inscrição: http://goo.gl/ljGF4

Fenagri 2013
Data: 16 e 17 de maio
Horário: 15h às 22h.
Local: Univasf – Juazeiro-BA
Inscrição: http://goo.gl/oFjQW


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COMÉRCIO, SERVIÇOS e VAREJO

Brasília / DF
Cade aprova com restrições fusão Pão de Açúcar-Casas Bahia-Ponto Frio
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou na tarde de ontem, dia 17/4, com restrições, as compras das redes Casas Bahia e Ponto Frio pelo Pão de Açúcar cerca de quatro anos depois dos anúncios das operações. O colegiado acompanhou o voto do relator do caso, Marcos Paulo Veríssimo, que incluiu acordo fechado com a maior varejista do Brasil para a venda de 74 lojas em 54 cidades do país em que foram verificados problemas concorrenciais no varejo de bens duráveis. Os ativos a serem vendidos representam faturamento anual de R$ 900 milhões, disse Veríssimo. O Cade não revelou quantos ativos devem ser vendidos. "Em 54 dos 117 municípios analisados, as concentrações são bastante elevadas, em geral acima de 60% ou por volta desse patamar", disse Veríssimo em seu voto. Além da aprovação, unânime no colegiado, o Cade aplicou uma multa de R$ 1 milhão ao Grupo Pão de Açúcar por informações equivocadas apresentadas ao longo do processo. A aquisição da Casas Bahia foi anunciada em dezembro de 2009 e teve os termos revisados em meados de 2010, enquanto a compra do Ponto Frio ocorreu em junho de 2009. Em julho do ano passado, o Cade aprovou, sem restrições, a tomada de controle do Grupo Pão de Açúcar pelo francês Casino.



São Paulo /SP

Allianz negocia compra de direitos para dar nome a estádio do Palmeiras

A Allianz, maior seguradora da Europa, está em negociações para comprar os direitos para dar nome ao novo estádio do Palmeiras, em construção em São Paulo, no que pode ser o primeiro grande acordo de patrocínio de futebol no país, sede da Copa do Mundo em 2014. A empresa alemã, que atualmente detém os direitos de nomeação de estádios na Alemanha, Austrália, Inglaterra e França, disse em comunicado à Reuters nesta quarta-feira que as negociações com o Grupo WTorre, construtora responsável pelas obras do estádio, estão "em um estágio avançado." O estádio, que deve ser concluído até o fim deste ano, será a sede de jogos do Palmeiras, assim como de concertos e outros eventos. O rival Corinthians, que está construindo seu próprio estádio, que deve receber o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014, também está à procura de compradores dos direitos de nomeação do local. Uma porta-voz da Allianz no Brasil se recusou a comentar sobre o tamanho potencial do negócio, dizendo que os termos permanecem em discussão. Segundo a mídia local, a Allianz está oferecendo 300 milhões de reais para ter os direitos de nomeação do estádio do Palmeiras nos próximos 20 anos.  (Agência Reuters)


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TI, WEB e e-COMMERCE


São Paulo /SP

Bancos brasileiros investem R$ 20 bilhões em TI em 2012

Os bancos brasileiros continuam entre os segmentos da economia que mais investem em TI no País. No ano passado, o setor aplicou 20,1 bilhões de reais nessa área, com aumento de 9,5% em comparação com os 18,3 bilhões de reais desembolsados em 2011, somando gastos com modernização do parque e manutenção da infraestrutura instalada.  Para 2013, a estimativa do segmento é de investimentos da ordem de 22 bilhões de reais, com aumento entre 10% e 11%. As projeções são de pesquisa divulgada nesta quarta-feira (17/04) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Realizada em parceria com a Booz&Company, o estudo traz uma radiografia de como tecnologia bancária evoluiu no Brasil e como está aceitação dos canais virtuais, como internet banking, incluindo dados do mobile banking.  

De acordo com o levantamento, os bancos respondem atualmente por 15% dos gastos com TI no Brasil. Dos 20,1 bilhões de reais aplicados em 2012, foi a área de software que mais destacou, tendo representado por 37% do montante total aplicado pelo setor, ante 33% em 2011. Já hardware, representou 40% dos investimentos em 2012, ante 41% em 2011. Os gastos com telecom também caíram de 23% para 21% no ano passado. 

Segundo Luis Antonio Rodrigues, diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da Febraban, que também é gerente de TI do Banco Itaú, as instituições financeiras estão a cada ano que passa comprando mais software do mercado para atender às demandas de negócios de suas operações. 
Os investimentos em soluções de terceiros aumentam 18% ao ano, o que significa que o setor está desenvolvendo menos aplicações internamente. Rodrigues cita como exemplo disso, a compra de pacotes de aplicativos prontos, que em 2008 representavam apenas 5% dos gastos com software e que hoje têm uma fatia entre 10% e 15%. 

Espera pela nuvem segura - Apesar de os bancos estarem comprando mais software de terceiros o setor ainda não está predisposto a contratar serviços na nuvem pública. Rodrigues diz que as instituições estão operando com cloud privada, mas olham com cautela os ambientes compartilhadas do mercado.
“Precisamos de parceiros que ofereçam mais segurança para usarmos cloud pública”, informa o executivo. Ele acredita que a chegada de novos players de nuvem ao Brasil, como a Amazon Web Services, vai ajudar a melhorar a prestação desse serviço no País. A regulamentação também precisa evoluir, segundo Rodrigues. O diretor de TI da Febraban e Itaú acredita entre 1 e 2 anos essas arestas serão aparadas. Na sua avaliação, cloud traz oportunidades para setor melhorar a eficiência operacional e reduzir custos. Ele ressalta o modelo permite que as instituições fiquem mais focadas em seu negócio. “Faz mais sentido eu ir para cloud pública que usar a privada”, conclui o executivo.  


São Paulo /SP

Usuários de mobile banking triplicam no Brasil

O crescimento vertiginoso das vendas de smartphones no Brasil está impulsionando o avanço do mobile banking no País. Dados divulgados nesta quarta-feira (17/04) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelam que o volume de transações por meio dos dispositivos móveis aumentou 333% ano passado. Em 2012, foram realizadas 823 milhões de transações por esse canal, ante 190 milhões de operações registradas no ano anterior.
O número de usuários de mobile banking cresceu 2,7 vezes, segundo pesquisa realizada pela Febraban em parceria com a Booz&Company. O estudo que traz uma radiografia sobre o uso de TI nos bancos brasileiros entre 2008 e 2012, revela que atualmente existem 6 milhões de correntistas utilizando smartphones. Em 2011 esse número era 1,6 milhão de contas.

Apesar desse avanço, apenas 2,3% fazem de fato movimentações financeiras pelo mobile banking. Ou seja, a maioria utiliza o canal para consultar saldo e extrato. Para Luis Antonio Rodrigues, diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da Febraban, essa taxa é significativa, considerando em 2008 a fatia do banco móvel era 0,04%.

Já o internet banking representou 39% dos 35,7 milhões de transações realizadas pelos bancos em 2012, apontado como o meio virtual preferido dos clientes. O volume de transações por esse canal subiu 23,7% no ano passado em comparação com 2011. Mas ainda assim, a web responde só por 20% das movimentações financeiras, enquanto que os ATMs processam mais de 50% das operações. Rodrigues afirma que os bancos têm o desafio de investir mais nesse serviço para aumentar a experiência do usuário e tornar o internet banking mais amigável. Ao mesmo tempo em que aumenta o volume de acessos ao mobile banking e internet banking, cai preferência dos clientes pelos ATMs, com participação de 26% do número de transações em 2012, ante 27% em 2011. 

Os POS (máquinas usadas pelo varejo) reduziram de 13% para 12% a fatia no volume de transações financeiras, enquanto o call center respondeu por 4% das operações. Já a fatia da agência diminuiu de 12% para 11% sua representação nas transações no ano passado. Com o aumento do acesso ao banco pelos canais virtuais, as instituições registraram uma redução do custo por transação, que passou de 0,27 centavos para 0,25 centavos em 2012. Em 2008, esse valor estava em 0,30 centavos. Rodrigues observa que essas quedas refletem no comportamento do usuário que prefere usar mais os meios virtuais que os tradicionais para acessar o banco. Essa tendência sinaliza que o call center e a agência terão de mudar o seu papel e focar mais no relacionamento com os clientes.   (Fonte: ComputerWorld)


São Francisco / EUA
SanDisk eleva meta para 2013 após alta de 11% na receita trimestral
A SanDisk elevou sua projeção de receita para este ano e disse esperar preços mais altos para seus chips de memória NAND, que são utilizados em smartphones e tablets. As declarações da vice-presidente de Finanças, Judy Bruner, a analistas numa teleconferência trimestral nesta quarta-feira ajudou a reverter perdas no papel da SanDisk após a companhia anunciar resultados trimestrais que decepcionaram Wall street, apesar de superarem as expectativas.

A SanDisk disse que espera um equilíbrio "saudável" entre demanda e oferta neste ano. Mas a empresa também reafirmou planos para elevar sua oferta de NAND em menos do que a média da indústria, estratégia que deve ajudar a sustentar os preços, mas pode limitar a alta de embarques da companhia.
Judy disse à Reuters em uma entrevista separada que crescimento mais lento da oferta neste ano vem após crescimento num ritmo mais rápido que o resto da indústria em 2012. "Neste ano, estamos crescendo menos do que o resto da indústria. Mas com o tempo, eu acredito que vamos manter nossa participação", disse ela.

A SanDisk elevou sua meta de receita para 2013 para uma faixa entre 5,6 bilhões e 5,75 bilhões de dólares, ante uma faixa anterior de 5,3 bilhões a 5,6 bilhões de dólares. A receita trimestral da empresa cresceu 11 por cento na comparação anual para 1,34 bilhão de dólares. Analistas, em média, esperavam receita de 1,3 bilhão para o primeiro trimestre. O lucro líquido foi de 166 milhões de dólares, ou 0,68 dólar por ação, ante 114 milhões de dólares, ou 0,46 dólar por ação, um ano antes. O lucro por ação não-GAAP foi de 0,84 dólar, ao passo que analistas esperavam 0,79 dólar.  (Agência Reuters)


São Francisco / EUA

Mark Hurd, da Oracle, deseja boa sorte à SAP

Como co-presidente da Oracle, Mark Hurd é o encarregado de vender uma variedade cada vez maior de novos produtos de software e de hardware, como a máquina de base de dados Exadata e as Fusion Applications, enquanto tenta descobrir como manter a vasta base instalada da empresa feliz e diminuir a concorrência de fornecedores como a SAP. Hurd falou com o IDG News Service sobre uma variedade de tópicos, durante uma entrevista na conferência Collaborate, em Denver.  O que se segue é uma transcrição editada dessa conversa.

IDGNS – A Oracle disse ter mais de 400 clientes das Fusion Applications, disponíveis desde Outubro de 2011. Essa taxa de adoção das Fusion Applications está de acordo com as expectativas da empresa?
Mark Hurd - Pensamos nisso em diferentes categorias. Não costumamos pensar nas Fusion Apps como uma única coisa. Pensamos mais nestes vários pilares. Se vamos para a HCM [gestão de capital humano], estamos muito bem. Em termos de nuvem, de ofertas SaaS, estamos ganhando todos os negócios internacionais no HCM. Acreditamos que temos uma grande equipe, um produto que está amadurecendo, temos muitas referências para continuar, etc. Na automação de vendas, temos um concorrente mais difícil. Fizemos uma série de aquisições no espaço social. Estamos integrando as soluções adquiridas na automação de vendas.

IDGNS – A Oracle fez um compromisso de longo prazo para as suas outras linhas de produtos, como Siebel e PeopleSoft, através do programa Applications Unlimited. Mas o objetivo final é eventualmente mover todos os clientes para as Fusion Applications?
MH - Nós ainda não anunciamos qualquer intenção nesse sentido. A nossa visão é que vamos ter clientes Siebel durante muito tempo. Estamos falando de milhares e milhares de clientes. A Fusion é uma solução modular. Posso ser um cliente PeopleSoft e ter acesso ao recrutamento, ou obter acesso ao “workbench” de compensação, ou de gestão de desempenho. Não estamos levando todos para um tipo de estratégia de substituição, estamos dando ao cliente a escolha final. Acho que haverá um espaço PeopleSoft no Oracle OpenWorld 2020.

IDGNS – A grande reclamação sobre a força de vendas da Oracle é que ela é agressiva. Mencionou no seu discurso na Collaborate que está tentado tornar a vida mais fácil para os clientes. Pode detalhar um pouco esses planos?
MH - Estamos contratando muitos mais vendedores. Parte da razão para isso é porque achamos que precisamos de mais cobertura. Em segundo lugar, estamos tornando-os mais especializados. Sentimos como é importante um vendedor saber muito sobre HCM e sentir-se confortável em falar com um chefe de [recursos humanos], em vez de vendedor de aplicações genéricas. Temos agora [vendedores] apoiados por pessoas mais técnicas e achamos que é bom para os clientes ao mesmo tempo. Dizem que os vendedores da Oracle são agressivos. Isso não é necessariamente uma coisa má. Não queremos que as pessoas sejam passivas, queremos que elas trabalhem com o cliente e o ajudem a atingir seus objetivos. Uma das coisas que fizemos muito na Oracle foi a mudança de territórios [de vendas], e esse tipo de coisas. Nós estamos mudando essa ciltira. No próximo ano estaremos trabalhando muito para conseguir a continuidade e consistência nas relações de vendas. Isto é muito importante para nós. Estamos a dispendo muito tempo com isso.

IDGNS – A SAP deixou claro querer ganhar quota de mercado das bases de dados à Oracle com a sua plataforma HANA, especialmente através da substituição da Oracle pelas implementações SAP ERP (“enterprise resource planning”). Sentem-se ameaçados pelo HANA?
MH - Se sou um CIO e penso no que é bom para mim, não acho que [a migração para o HANA] esteja na lista. Acho que o que fica na lista é: posso inovar? Posso ajudar a melhorar a experiência do cliente para a minha empresa? Acho que tem de haver uma missão mais clara do que vamos substituir. É preciso haver algum valor agregado. Você vai eliminar o seu principal ERP e alterar a infraestrutura, com o risco de que ela se desfaça, o risco de que não funcione? A nossa visão sobre a SAP tem sido principalmente, que se eles querem gastar o seu tempo e dinheiro indo atrás das bases de dados, ótimo. Eu já ouvi pessoas falarem sobre o sucesso que eles deveriam ter com a sua estratégia de middleware. [A SAP disse que o HANA é o produto de maior crescimento na sua história.] Há um monte de pessoas que querem fazer um monte de coisas. Se esse é o seu aspecto mais inovador, boa sorte para eles. (Fonte: IDG NEWS SERVICE)


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INFRAESTRUTURA e LOGISTICA

São Paulo /SP
Proteste denuncia TAM por prática abusiva contra brasileiros
A Proteste pediu providências contra a suposta prática abusiva da TAM na oferta de passagens aéreas, por meio de um ofício enviado ontem, dia 17/4, ao Departamento de Proteção ao Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça. Ontem, um usuário do Facebook denunciou que os preços dos bilhetes no site em inglês eram até 600% mais baratos que no site em português.

Segundo a Proteste, quem comprou passagem mais cara e conseguir provar que o equivalente no site em inglês estava mais barato, pode pedir o reembolso. “Sempre que isso acontece, prevalece o menor valor, e os consumidores podem tentar uma reparação”, explica Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da associação. A companhia aérea informou, em nota, que ocorreu um erro no sistema de disponibilização de tarifas, causando uma grande diferença nos preços, para iguais trechos, nos sites do Brasil e do exterior. "O erro foi temporário e já foi corrigido, graças ao alerta de nossos clientes. Vale ressaltar, porém, que a TAM trabalha com o conceito de composição dinâmica de preços, tanto no mercado brasileiro quanto no exterior".

Ainda segundo a companhia, "o que determina o valor das passagens é a demanda de cada perfil de passageiro e a oferta disponível, o que pode variar de acordo com cada mercado. Por isso, o site da TAM possui versões para cada país em que a empresa opera, obedecendo às legislações locais". A empresa informou que cada uma das versões só permite compras com cartões de crédito emitidos no país selecionado pelo cliente".

A Proteste, contudo, argumenta que o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor não permite estabelecer valores diferentes para a mesma aquisição de serviço. Para a associação, a prática da TAM "repete o que as multinacionais costumam fazer com os brasileiros: tratamento diferente, com desrespeito aos direitos, o que não ocorre lá fora". Ainda segundo a Proteste, a prática mostraria que num mercado competitivo, a empresa é obrigada a baixar seus preços para ter clientes, que no Brasil se tornariam reféns de poucas companhias aéreas.

Um levantamento da entidade mostrou que a mesma passagem para o trecho de Brasília para São Paulo, com partida às 17h54 e chegada ao aeroporto de Congonhas às 19h28 custava, no site em português, R$ 663. Já no portal em inglês, o preço era de US$ 89,57 (R$ 179), uma diferença de 270%.
(IG/SP)



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