Edição 857 | Ano IV

Da redação - Brasília / DF

Governo Federal prevê crescimento de 4,5% e salário mínimo de R$ 719,48 em 2014

O salário mínimo deverá passar para R$ 719,48 no próximo ano. O valor consta no Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014, enviado nesta segunda-feira (15) pelo governo ao Congresso Nacional. Pela proposta, o mínimo terá reajuste de 6,12% no ano que vem. O projeto também prevê um crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 e inflação oficial também de 4,5% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2013, a economia brasileira deverá se expandir em 3,5% e a inflação prevista é de 5,2%, segundo o projeto.  As informações foram apresentadas pela secretária de orçamento do Ministério do Planejamento, Célia Correa, em entrevista coletiva em Brasília. O projeto será encaminhado, agora, ao Congresso Nacional. Até hoje o governo não publicou o decreto de programação financeira do orçamento de 2013. Nos últimos anos, isso tem resultado em controle de gastos. O orçamento demorou a ser aprovada pelos parlamentares.

Juros em 7,25% e dólar a R$ 2,04 - Apesar da perspectiva de que o Banco Central volte a reajustar os juros básicos da economia na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o documento indica manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 7,25% ao ano pelos próximos três anos, até o fim de 2016. Além disso, o projeto de LDO para o ano que vem espera que a taxa de câmbio médio seja de R$ 2,04 por dólar. Para 2013, a estimativa é para o câmbio é de R$ 2. A meta de economia para pagar juros da dívida (o chamado superavit primário) será de 3,1% do PIB em 2014, ou R$ 164,4 bilhões. O abatimento poderá ser de até R$ 67 bilhões do PAC e desonerações. De acordo com o documento divulgado há pouco pelo Planejamento, o governo federal não terá a obrigação legal de compensar resultados a menor de Estados e municípios. A projeção de dívida líquida é de 30,9% do PIB no final de 2014 e de 33,4% em 2013.

Orçamento de 2013 'atrasou' no Congresso - O Orçamento deste ano foi aprovado pelo Congresso Nacional com quase três meses de atraso, no dia 12 de março. A votação deveria ter ocorrido no ano passado, mas ficou pendente por causa da polêmica em torno da votação de vetos presidenciais a pontos da Lei dos Royalties do Petróleo. Após demora na aprovação pelo Congresso, a sanção do Orçamento teve um atraso de cerca de uma semana devido a um erro na redação final envolvendo os valores das dotações para capacitação de pessoal. Segundo o relator da matéria, senador Romero Jucá (PMDB-RR), o atraso foi apenas uma questão burocrática, sem relação à votação ou às discussões sobre o Orçamento.  (Fontes: Agências Brasil e Valor)


Washington / EUA

Brasil deve conter gargalos de infraestrutura

Chefe do FMI, Christine Lagarde
O Brasil pode usar a política monetária - subir juros - para conter a crescente inflação, mas a prioridade do país deve ser desatar os nós que travam a produção e a exportação, disse a chefe do FMI, Christine Lagarde. Já a "guerra cambial", bandeira constante do país no Fundo Monetário Internacional, é um temor que se dissipa - e nunca chegou a guerra, expressão que ela atribui ao excesso de "paixão" de Guido Mantega ao falar. Primeira mulher a comandar o FMI, Lagarde, 57, recebeu o jornal brasileiro e o mexicano "El Universal" ontem, véspera da reunião ministerial do Fundo, para falar de crise, crescimento lento e do peso da organização que lidera, em reforma.

A seguir, suas principais respostas: 

Após cinco anos de crise, as coisas parecem melhores, mas a recuperação patina - sobretudo na Europa - e o cenário é pior do que se esperava nos mercados emergentes, onde a China acaba de registrar desaceleração no PIB. O que falta para a retomada engrenar e qual o rumo a tomar?
CHRISTINE LAGARDE - Estamos em uma recuperação em três velocidades. Há um grupo de países que avança mais rápido, e inclui os emergentes e os países de baixa renda, com situações individuais; um segundo que surpreendeu positivamente, como os EUA e a Suécia, e já consertou parte das áreas que não estavam tão bem; e um terceiro claramente atrás --essencialmente a zona do euro. O Japão é uma incógnita.
Dito isso, há crescimento. O que precisa ser feito, em primeiro lugar, é estabelecer a cooperação entre os diferentes países e grupos. Entre os emergentes e os de baixa renda, eles têm de aproveitar a situação atual para refazer os "amortecedores" que usaram, se proteger de choques eventuais e assegurar que os fluxos de capitais que recebem sejam bem administrados e o setor financeiro seja regulado de forma apropriada, para não correr o risco de bolhas.
No caso dos EUA, há uma clara necessidade de um rumo fiscal de médio prazo, e menos de consolidação fiscal [cortes] imediata. E a zona do euro precisa continuar as reformas que tem feito, sobretudo no setor da união bancária europeia --é essencial prevenir situações como a do Chipre, e garantir a confiança entre os bancos e a comunidade financeira para que os empréstimos interbancários se recuperem e o crédito chegue à economia real, além de reformas estruturais.
Juntos, o que mais precisam fazer é completar a reforma do setor financeiro. Muito ainda precisa ser feito, por exemplo, no mercado de derivativos [onde a crise começou], que ainda carece de transparência e supervisão. O mesmo também se aplica ao "shadow banking" [operações no sistema financeiro que não são feitas via banco], que tem crescido inclusive na China. E o sistema de resolução precisa ser implementado em todos os lugares, sobretudo para as instituições transnacionais --as diretrizes ainda não foram implementadas por todos.
A segunda questão é a dos desequilíbrios no mundo, entre países como superávit precisando mudar levemente o formato de crescimento --é o caso da China, que precisa se apoiar não só em exportações, como no consumo e no investimento interno.

A sra. citou os mercado emergentes e o crescimento mais acelerado. Não é bem o caso do Brasil, onde, apesar dos incentivos e do corte de juros, o crescimento foi apático, e aumenta o temor de inflação. Qual a sua avaliação da atual política econômica brasileira?
Lagarde - Embora o crescimento tenha sido baixo ultimamente, ele tem melhorado, e prevemos que 2013 será um ano melhor -- embora estejamos revisando para baixo, ligeiramente. Também acreditamos que o Brasil usou de forma eficaz todas as ferramentas de política fiscal e monetária que poderia para melhorar a situação.
As preocupações com a inflação podem ser tratadas de forma sensata talvez com um pouco de política monetária [aumento de juros], o que provavelmente deve estar em consideração. Essa é uma forma de lidar com a inflação.
A questão é que há muito ainda a ser feito [no Brasil] sobre os gargalos, sejam portos, aeroportos, rodovias... O fornecimento e escoamento de mercadorias é limitado por esses gargalos em praticamente todo o país, e é um grande país.
O aprimoramento da infraestrutura poderia melhorar muito a situação do país, e é isso que sugerimos que seja priorizado. A previsibilidade do ambiente de negócios também é importante. Eu adoro esportes, e vocês terão a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos -- isso é a justificativa perfeita para melhorar a infraestrutura e os transportes.

O governo brasileiro tomou uma série de medidas fiscais para estimular a indústria local, ao passo que o Brasil tem criticado as pressões da moeda e a chamada "guerra cambial" [o aumento do dinheiro em circulação nos países ricos, que baixa o valor de suas moedas]. Esse paradoxo tem custo político internacional para o país?
Lagarde - Todo mundo sempre presta muita atenção ao que diz meu colega, o ministro Guido Mantega [Fazenda], e às vezes ele fala com tanta paixão que usa palavras fortes. O que ele chama de "guerra cambial" ["currency wars", em inglês] eu chamo de preocupação cambial ["currency worries"], e entendo que esse temor exista. Vi também que ele recentemente disse não estar preocupado com os fluxos de capitais [externos], o que é um bom sinal de que o mercado brasileiro está absorvendo esse capital naturalmente, e as ferramentas de controle estão sendo usadas. Mas eu vejo esse discurso de guerra se dissipando. E as preocupações têm de ser tratadas por todos - EUA, Europa, Banco do Japão, Banco da Inglaterra, todos os bancos centrais relaxaram juros para incentivar o crescimento.

A sra. falou em metas factíveis, ao comentar a meta mexicana. Voltando o foco para o FMI: a reforma do sistema de cotas [que aumentará o peso e a voz dos países emergentes, em detrimento dos ricos] é factível? O arcabouço atual, visando 2014, é realista?
Lagarde - Claro que é factível! A reforma de cotas decidida em 2008, com todos os chefes de Estado presentes, foi aprovada. Mas a reforma de governança, que é uma parte menor, é a que detona a implementação da reforma das cotas, e para ela ainda não temos nossa meta de 85% de aprovação, porque falta um país grande [faz um gesto de "este aqui", em alusão aos EUA].

Com o impasse político atual nos EUA, onde isso não é prioridade, é factível?
Lagarde - É prioritário para os membros do FMI aceitar que é crítico para o ambiente multilateral e a estabilidade global ter todos os integrantes [do Fundo] na mesma página. Acho que a mensagem entre os integrantes é que falta pouco --digo isso porque os EUA já comprometeram uma quantidade significativa de dinheiro com as novas regras. Eu estou fazendo tudo o que podia, mas é uma entidade pilotada pelos países-membros.

Que riscos traria um adiamento?
Lagarde - Mais atrasos, mais irritação de um ou dois membros em particular [alusão ao Brasil, que manifesta descontentamento com a lentidão]. Precisamos agora é de uma discussão amigável e, espero, avanço entre os membros para atingir os 85% de aprovação [para a reforma de governança].

O FMI pode perder relevância? Os países dos Brics [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] acabam de fechar um acordo para terem seu próprio fundo...
Lagarde - Os europeus têm seu banco, e o Leste da Ásia também tem seu acordo. Esses arranjos intergovernamentais e regionais são totalmente compatíveis com o FMI. Eu não vejo o FMI perdendo energia, pois temos quase 70 anos de experiência em lidar com crises. Acho que quanto mais [arranjos] melhor, mas tem de haver cooperação. O FMI fornece fundos, desenha programas. Isso vai continuar. A ligação entre arranjos regionais e o FMI funciona. Há reconhecimento de que muitas vezes faz mais sentido operar na região, sem escalar a questão globalmente.

Qual o próximo passo para o FMI? A organização recuperou sua relevância nos últimos anos, sobretudo por causa da crise. Por outro lado, para a reunião de Primavera nesta semana, não temos tantas expectativas como no ano passado, talvez por a situação ser melhor...
Lagarde - No ano passado tínhamos o foco em levantar fundos para o FMI, porque achei que não tínhamos o suficiente. Acho que neste ano está um pouco melhor, mas também acho que precisamos demais de cooperação. Não há outro fórum global em que todos os países-membros -- não só os Brics entre si, ou as economias avançadas entre si --prestam contas umas às outras. É este o rumo que quero dar, o de prestação de contas, no qual o Fundo presta contas aos membros e os membros prestam contas uns aos outros. Se qualquer economia for mal, qualquer setor financeiro tiver problemas, isso tem efeito globo afora. As economias estão interligadas, os sistemas financeiros também. Acordos regionais são bons, podem ajudar, mas é preciso assegurar que haja coordenação, cooperação e prestação de contas entre os países - e isso é mais difícil.  (Agência Folha)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP

IGP-10 recua em abril

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou 0,18%, em abril. A taxa apurada em março foi de 0,22%. Em abril de 2012, a variação foi de 0,70%. A variação acumulada em 2013, até abril, é de 1,12%. Em 12 meses, o IGP-10 variou 7,45%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou -0,06%, em abril. Em março, a variação foi de 0,11%. Os Bens Finais registraram taxa de variação de 0,86%, em abril, ante 1,18%, em março. Contribuiu para esta desaceleração o subgrupo combustíveis, cuja taxa passou de 2,71% para -0,29%. O índice relativo a Bens Finais (ex), calculado sem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, não registrou variação. No mês anterior, este índice apresentou variação de 0,01%.
O índice do grupo Bens Intermediários registrou variação de -0,26%. No mês anterior, a taxa havia sido de -0,17%. Três dos cinco subgrupos apresentaram desaceleração, com destaque para o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de -1,01% para -1,20%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou variação de -0,64%. No mês anterior, foi registrada variação de -0,53%.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas registrou variação de -0,92%. Em março, a taxa foi de -0,81%. Contribuíram para a desaceleração do grupo os itens: milho (em grão) (-2,37% para -7,83%), aves (-0,74% para -3,88%) e mandioca (aipim) (-4,37% para -7,60%). Em sentido inverso, destacaram-se os itens: minério de ferro (4,92% para 7,68%), café (em grão) (-6,58% para -1,88%) e leite in natura (0,78% para 2,67%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,67%, em abril, ante 0,49%, em março. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. O principal destaque partiu do grupo Habitação (-0,43% para 0,64%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -8,16% para 0,48%.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Alimentação (1,26% para 1,40%), Vestuário (-0,04% para 0,31%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,58% para 0,61%). As maiores contribuições para estes movimentos partiram dos itens: frutas (1,07% para 5,44%), roupas (-0,23% para 0,55%) e medicamentos em geral (0,11% para 0,74%), respectivamente.
Em contrapartida, registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Transportes (0,91% para 0,33%), Educação, Leitura e Recreação (0,44% para -0,06%), Comunicação (0,43% para 0,30%) e Despesas Diversas (0,34% para 0,29%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens: gasolina (3,55% para -0,15%), passagem aérea (-3,49% para -13,43%), tarifa de telefone residencial (1,11% para -0,13%) e clínica veterinária (1,76% para 1,00%), nesta ordem.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em abril, taxa de variação de 0,65%, acima do resultado do mês anterior, de 0,37%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,56%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,41%. O índice que representa o custo da Mão de Obra variou 0,73%, em abril. Na apuração referente ao mês anterior, o índice variou 0,32%.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

Nova Iorque / EUA

Ouro sofre pior queda desde 1980 e é cotado a US$ 1.361,10

O ouro desabou 9,3% em Nova Iorque ontem, dia 15/4, sua pior queda desde 1980, e fechou cotado a US$ 1.361,10 a onça. Dados decepcionantes sobre o crescimento da China provocaram uma baixa generalizada na cotação das matérias-primas. No fechamento da primeira sessão da semana na Bolsa Mercantil de Nova York, os contratos mais negociados de ouro, os de vencimento em junho, caíram US$ 140,3 a onça (queda jamais vista em três décadas) para fechar em seu nível mais baixo desde fevereiro de 2011.
Com isso, o metal precioso deu continuidade às fortes perdas da semana passada, quando recuou cerca de 5%. Agora, acumula uma queda superior a 20% desde que atingiu o recorde histórico de US$ 1.888,70 em agosto de 2011.  Depois de ter sofrido desvalorização em janeiro e fevereiro deste ano, em março o ouro foi considerado o melhor investimento, com alta de 3,5%. No ano passado, o ouro teve o melhor retorno entre os investimentos mais populares. Balizado pelo câmbio e pelo avanço do preço no mercado internacional, o metal registrou retorno de 15,26%.  (Agência EFE)


HOJE na Europa:
Londres / Inglaterra - O indicador principal da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu a sessão desta terça-feira com a perda de 0,44%, aos 6.315,85 pontos. 
Frankfurt / Alemanha - O principal indicador da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, abriu o pregão desta terça-feira com a perda de 0,50%, aos 7.674 pontos. 
Madri / Espanha - O indicador principal da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, abriu a sessão desta terça-feira com a perda de 0,57%, aos 7.966 pontos. 
Roma / Itália - O principal índice da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE MIB, iniciou o pregão desta terça-feira com queda de 0,41%, aos 15.565,42 pontos. Já o indicador FTSE Italia All-Share cede 0,39%, aos 16.618,46 pontos. 
Paris / França - O principal índice da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, iniciou o pregão desta terça-feira com queda de 0,39%, aos 3.696,01 pontos.
Lisboa / Portugal - O índice principal da Bolsa de Valores de Lisboa, o PSI-20, iniciou o pregão com a perda de 0,6%, aos 5.843,40 pontos.



HOJE na Ásia:

Bolsas asiáticas fecham em direções divergentes

Os mercados de ações da Ásia fecharam em direções divergentes nesta terça-feira, marcados pelo movimento de caça por barganhas, desencadeado após quedas no início da sessão e na segunda-feira. Ao mesmo tempo, as mineradoras e os produtores de ouro apresentaram um desempenho fraco em meio à recente queda dos preços das commodities.
"Creio que é a história do crescimento da China que está pesando sobre as commodities", disse Lorraine Tan, diretora de pesquisa na Ásia, da S&P Capital IQ em Cingapura. "O importante é ver uma recuperação (em compras chinesas de commodities) no segundo trimestre. Se isso parecer fraco, ficaremos preocupados com as perspectivas e a demanda."
Ações de produtores de ouro asiáticos caíram acentuadamente, acompanhando o grande movimento do metal na segunda-feira. A Newcrest Mining caiu 5,1% em Sydney, após recuar 8,2% na segunda-feira. Em Hong Kong, a Zhaojin Mining Industry perdeu 3,4% e a Luk Fook Holdings International cedeu 3,2%.
Puxadas para baixo, em parte, pela queda na perspectiva de crescimento na China, as commodities também atingiram as ações de recursos em toda a região. A BHP Billiton caiu 0,5% em Sydney e a PetroChina perdeu 1,9% em Hong Kong.
O fraco desempenho do setor de materiais levou o índice S&P/ASX 200, da Bolsa de Sydney, a uma baixa de 0,3%, aos 4.950,8 pontos.
As ações na China compensaram perdas provocadas inicialmente pelos fracos dados econômicos e, consequentemente, pela queda de preços de commodities. O índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, recuou 0,5%, para 21.672,03 pontos, enquanto o Xangai Composto avançou 0,6% para terminar a sessão com 2.194,85 pontos. O índice Shenzhen Composto avançou 1,1%, para 909,95 pontos.
Segundo especialistas, as incorporadoras imobiliárias foram o centro das atenções nesta terça-feira, pois os investidores apostam que a fraca recuperação econômica pode levar Pequim a amenizar seus esforços para controlar o aumento de preços no mercado imobiliário, ou pelo menos decidir contra a criação de mais restrições.
A Bolsa de Seul terminou o pregão em terreno positivo com busca por barganhas. O índice Kospi Composto avançou 0,1%, para 1.922,21 pontos, após dois dias de baixas. "O Kospi teve um início fraco por causa dos dados da China e dos EUA", disse o analista Bae Sung-young, da Hyundai Securities, acrescentando que, mais tarde, o índice se recuperou com a caça por barganhas.
O índice Taiwan Weighted recuou 0,4%, para 7.730,77 pontos, seguindo as perdas nos mercados regionais. No entanto, segundo o analista Mars Hsu, da Grand Cathay Securities, as ações locais estão reduzindo algumas perdas anteriores, tendo em vista que o movimento de caça por barganhas está surgindo após recentes quedas do mercado local. Nas Filipinas, o índice PSEI caiu 0,75%, terminado o pregão com 6.786,33 pontos.



ONTEM no Brasil:

PIB da China decepciona e Bovespa fecha no menor nível em 9 meses

O principal índice da bolsa brasileira encerrou a segunda-feira no menor nível desde julho de 2012, após dados da economia chinesa decepcionarem os mercados e pressionarem as cotações de commodities e ações de empresas ligadas ao setor.
O Ibovespa recuou 3,66 por cento -- maior queda diária desde 22 de setembro do ano passado--, a 52.949 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 9,97 bilhões de reais, inflado pelo vencimento de opções sobre ações que movimentou 2,48 bilhões de reais.
A econômica da China desacelerou inesperadamente no primeiro trimestre, com expansão de 7,7 por cento ante mesmo período de 2012, ante crescimento de 7,9 por cento no quarto trimestre de 2012 e abaixo da expectativa de expansão de 8,0 por cento, segundo pesquisa Reuters.
A queda do Ibovespa se acentuou ainda mais no fim do pregão seguindo as bolsas dos Estados Unidos, que ampliaram as perdas após explosões na Maratona de Boston e no Museu e Biblioteca Presidencial JFK nesta segunda-feira, causadas por bombas, segundo disseram altas fontes de segurança nos EUA à Reuters.
Em Wall Street, o índice Dow Jones perdeu 1,79 por cento, enquanto o S&P 500 perdeu 2,3 por cento.
"Começamos o dia com notícias da China, e isso pode ser considerado ruim uma vez que a expectativa era de crescimento de 8 por cento no PIB. Isso influenciou as bolsas e as commodities porque o mercado fica com receio de que um crescimento mais fraco vai ter impacto mundial", disse Ariovaldo Santos, gerente de renda variável da H.Commcor.
O operador na Renascença DTVM Luiz Roberto Monteiro ressaltou também que o PIB da China abaixo do esperado prejudicou ações de peso na bolsa paulista. "A China pesou nas commodities, e as commodities pesaram na Vale", disse.
Todas as 69 ações que compõem a carteira do Ibovespa encerraram o dia em baixa, com destaque para a ação preferencial da Vale, de maior peso no índice, que recuou 6,47 por cento e encerrou no menor nível de fechamento desde primeiro de outubro de 2009, a 30,80 reais. O papel ordinário da mineradora perdeu 6,13 por cento, a 32,46 reais.
Já a preferencial da Petrobras recuou 4,06 por cento, a 17,23 reais, enquanto a ação da petrolífera OGX, do grupo EBX de Eike Batista, registrou a maior queda do Ibovespa, de 12,9 por cento, atingindo uma nova mínima histórica de fechamento, de 1,35 real.
A mineradora MMX, também do grupo EBX, caiu 9,41 por cento, a 1,83 reais, enquanto a empresa de logística do mesmo grupo LLX recuou 5,88 por cento.
A ação do Banco do Brasil fechou em queda de 1,76 por cento, a 27,85 reais, depois que a Superintendência de Registro da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu, nesta segunda-feira, por 30 dias a oferta pública inicial de ações da BB Seguridade, por uso de material publicitário irregular.


ONTEM nos EUA:

Wall Street sofre forte queda

A Bolsa de Nova York registrou uma forte queda nesta segunda-feira, em um mercado nervoso com o fraco desempenho da economia chinesa e com as explosões na maratona de Boston: Dow Jones perdeu 1,79% e Nasdaq, 2,38%.
O Dow Jones Industrial Average recuou 265,86 pontos, a 14.599,20 unidades, e o índice tecnológico Nasdaq cedeu 78,46 pontos, a 3.216,49.
O índice ampliado Standard and Poor's 500 baixou 2,30% (-36,49 pontos), a 1.552,36 unidades.
Wall Street abriu em baixa, em sintonia com os mercados de matérias primas, uma tendência que afetou desde o ouro até o petróleo, disse Peter Cardillo, da Rockwell Global Capital.
Na segunda-feira, a cotação do ouro registrou a maior queda em 30 anos, enquanto os preços do petróleo perderam mais de dois dólares, tanto em Londres como em Nova York.
Esta tendência negativa se explica pelos "dados econômicos sombrios na China, que indicam que o crescimento será menor que o esperado, explicou Cardillo.
Pequim, segunda maior economia mundial, informou nesta segunda-feira uma desaceleração do crescimento para 7,7% em ritmo anual no primeiro trimestre, contra a previsão de 8% dos especialistas.
A atividade manufatureira na região de Nova York registrou uma desaceleração maior que o esperado, enquanto o índice de confiança dos construtores caiu, reforçando os temores dos investidores sobre as perspectivas do crescimento mundial.
A Bolsa de Nova York ampliou suas perdas após as explosões na maratona de Boston (Massachusetts) na tarde desta segunda-feira.
"Os investidores temem que se trate de um ataque terrorista", o que poderá provocar um novo período de incerteza, disse Cardillo.
O mercado de obrigações fechou em alta. O rendimento dos bônus do Tesouro a 10 anos caiu a 1,702%, contra 1,721% na sexta-feira. O papel a 30 anos foi a 2,882%, contra 2,918%.


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INDÚSTRIA

Rio de Janeiro / RJ
Usiminas elegerá conselho em clima de indefinição
A Usiminas realiza hoje, dia 16/4 uma assembleia geral extraordinária para eleger seu Conselho de Administração, com sete candidatos indicados pelo grupo controlador (Grupo Nippon, com 29,4%; Ternium/Tenaris, com 27,7%; e Fundo de Pensão Usiminas, com 6,7%). Como existem 13 vagas, estão indefinidas seis. Os acionistas minoritários poderão indicar também um candidato, "observada a legislação aplicável e a efetiva participação dos acionistas na referida assembleia", como chama a atenção o comunicado ao mercado divulgado nesta segunda-feira, 15, pela siderúrgica.  Um grupo de minoritários tentará eleger Julio Sergio Cardoso, da Celesc, como representante, conforme informou a Agência Estado na última sexta feira, 12, e ainda tenta negociar a adesão de Benjamin Steinbruch, da CSN (detentora de 14,3% do capital ordinário e 20,69% do preferencial da Usiminas). Sem o voto do executivo, a eleição de Cardoso será muito difícil, pois seria necessária a adesão de 80% dos minoritários.

A CSN está impedida de indicar diretamente um candidato por decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que entende a sua participação na Usiminas como interferência de concorrente nos negócios da siderúrgica mineira. A substituição do Conselho de Administração da Usiminas foi necessária após a renúncia de Nobuhiko Ikura, diretor-presidente da Nippon Steel USA. Como ele foi eleito por meio de voto múltiplo, a sua saída significou o desmanche de todo o conselho.  Para atrair a atenção dos minoritários para a necessidade da tomada de posição na AGE, um grupo formado em janeiro deste ano por minoritários de várias empresas, o Grupo de Governança Corporativa (GGC), se articulou com o fundo de investimento Geração Futuro L Par, dono de 5,42% das ações preferenciais da Usiminas. Em seu nome, entraram com um Pedido Público de Procuração, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no qual convocam os minoritários para a assembleia.   (Agência Estado)



Da redação - Porto Alegre / RS
Celulose Riograndense fecha contratos que totalizam mais de R$ 300 milhões
Cumprindo o objetivo de priorizar a contratação de fornecedores locais para atender ao projeto de ampliação da sua planta fabril em Guaíba e em consonância com o preconizado pelo Governo do Estado, a Celulose Riograndense fechou dois grandes negócios na última semana, totalizando um investimento de R$ 314 milhões. A primeira das contratações foi com a gaúcha COESUL - Construtora Extremo Sul Ltda., que atua no mercado de obras corporativas de infraestrutura. O contrato de R$ 64 milhões prevê a terraplenagem, canalizações subterrâneas, arruamento, pavimentação e demolições necessárias para o projeto de ampliação. As máquinas já começaram a operar e o trabalho tem previsão de se desenvolver ao longo de oito meses. “Essas atividades são fundamentais e predecessoras para a mobilização das demais empresas no canteiro de obras, preparando o terreno, implantando os acessos e instalando as redes de água, esgoto, elétrica e incêndio, essenciais para a continuidade do projeto”, diz o diretor-presidente da empresa de celulose, Walter Lídio Nunes. 
De acordo com o Gerente Comercial da Coesul, Heleno Woloszyn, “Trata-se da maior obra no segmento de infraestrutura em andamento no Estado”. Ele informa, ainda, que o pico de utilização da mão de obra por parte da Coesul ocorrerá entre os meses de junho e julho deste ano, quando 300 trabalhadores estarão em atividade.

Alguns números (macros) do contrato:
- terraplenagem (aterro) = 180 mil m³
- material britado = 190 mil toneladas
- pavimentação com blocos intertravados = 41 mil m²
- piso industrial (pavimento de concreto) = 66 mil m² (±22 mil m³)
- consumo de aço = 800 toneladas 

A Coesul foi responsável, entre outras, pelas obras de instalação das plantas industriais da John Deere (Montenegro), Parque Eólico (Osório), Vonpar (Porto Alegre e Arroio do Meio), Masisa (Montenegro), e entorno viário da Arena do Grêmio. 

Pátio de Madeira - Já a contratação do pátio de madeira que atenderá a fábrica atual e a nova linha de produção de celulose foi fechada com a também gaúcha Demuth Máquinas Industriais Ltda., vencedora da concorrência com outras duas grandes empresas multinacionais. O contrato de R$ 250 milhões representa a maior linha individual do mundo para fábricas de celulose. A Demuth conta com uma equipe de 650 funcionários e suas operações industriais são feitas em instalações próprias, sendo a primeira localizada em 10 mil metros quadrados de área construída na cidade de Novo Hamburgo e a segunda, e mais recente, em 33 mil metros quadrados na cidade de Portão. 
De acordo com o presidente da Demuth, Fredo Demuth, a sua empresa trabalhará com fornecedores gaúchos na fabricação e na montagem dos pátios contratados. O presidente da Celulose Riograndense ressalta que “Além de priorizar o ganho social, priorizando formação de mão de obra e fornecedores locais, estabelecemos como requisitos fundamentais para a escolha do pátio uma solução que contempla baixa emissão de pó e de ruído”. Walter Lídio refere-se ao fato de que a Demuth, que já forneceu pátios de madeira para outros grandes projetos, tem um conhecimento acumulado de 30 anos nesta especialidade e prioriza a tecnologia para a melhor solução sob o ponto de vista ambiental. Além dos 650 trabalhadores que já fazem parte da equipe da Demuth em Novo Hamburgo e Portão, a empresa contratará, ainda, mais 500 pessoas para a realização da obra estimada para os próximos 24 meses.  
(Fonte: Assessoria Imprensa Celulose Riograndense) 


São Paulo / SP

Fabricantes de smartphones preparam ofensiva 4G no Brasil

O serviço de telefonia móvel de quarta geração deve demorar para decolar no Brasil, mas as fabricantes smartphones se preparam para lançar mais opções de aparelhos com as altas velocidades de conexão à Internet oferecidas pelo 4G. Companhias como BlackBerry, LG, Samsung, e Sony Mobile lançarão novos modelos nos próximos meses, buscando adiantar-se às tendências de consumo de aparelhos que virão quando as redes 4G crescerem. As operadoras tem enfrentado um cronograma apertado de implementação do 4G, dificuldades de obter licenças para instalar equipamentos e a alta frequência de 2,5 gigahertz (GHz), que exige mais antenas do que frequências como a de 700 MHz, utilizada no país pela TV aberta analógica. Além disso, há uma baixa diversidade de smartphones compatíveis com o 4G na frequência de 2,5 GHz que já podem ser comercializados no país.

Apenas 11 modelos estão homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), segundo dados da autarquia até meados de abril, ante mais de 370 modelos de terceira geração (3G) de alto desempenho. Mundialmente, há 260 aparelhos no padrão LTE - o mais amplamente utilizado para o 4G - já disponíveis. "Ainda é recente o 4G, então não é esperada uma avalanche de modelos de smartphones... mas durante o ano vamos ter mais lançamentos, e nesse momento vão ser dispositivos mais sofisticados", disse Bruno Freitas, analista da IDC. A empresa de pesquisas prevê que neste ano devem ser vendidos no Brasil cerca de 600 mil smartphones habilitados para conexão 4G, volume quase quatro vezes maior do que em 2012, embora devam representar apenas 2% dos cerca de 28 milhões de smartphones estimados para 2013.

Governo e operadoras têm insistido que o 4G estará operacional e segundo as exigências para as Copas das Confederações, em junho, e da Copa do Mundo, em 2014, mas a Fifa tem criticado a implementação dos serviços. De qualquer forma, num primeiro momento de menor demanda, os aparelhos atualmente homologados, que em sua maior parte devem começar a ser vendidos a partir de maio, devem ser suficientes para abastecer o mercado, dizem especialistas. "Acho que para começar é um bom número, já que na faixa de 2,5 GHz a escala não é muito grande em outros mercados", disse Erasmo Rojas, diretor para América Latina da 4G Americas, com sede nos EUA, que representa operadoras e fornecedores. O governo exige que apenas seis cidades, as sedes da Copa das Confederações, sejam atendidas inicialmente --Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador, representando cerca de 18 milhões de pessoas.

Isso deixa de fora, por exemplo, São Paulo, um dos maiores mercados do Brasil, com mais de 11 milhões de pessoas, embora o município deva ser atendido por algumas operadoras no começo. A 4G Americas trabalha com um cenário no Brasil de 900 mil a 1 milhão de assinaturas de serviços 4G até o fim de 2013, disse Rojas, em um universo de mais de 60 milhões de conexões de banda larga móvel no ano passado, pelas contas da Anatel.Desse total para 4G, a expectativa é que 400 mil a 500 mil conexões sejam de smartphones, enquanto o restante será relativo a modems e outros dispositivos, segundo dados da empresa de pesquisa Informa usados pela 4G Americas. O Ministério das Comunicações recentemente publicou uma portaria desonerando smartphones produzidos no país para produtos cujos preços não excedam 1,5 mil reais no varejo --valor muitas vezes superado por dispositivos mais sofisticados, como no caso do 4G.

Novos modelos - A sul-coreana Samsung, maior fabricante de smartphones do mundo, afirmou que terá mais aparelhos 4G no segundo semestre além dos quatro modelos já homologados, segundo o gerente sênior de produtos, Ricardo Araújo. "Estamos avaliando a introdução desses (novos) produtos no mercado brasileiro, mas temos um plano (...) muito agressivo de ampliação da linha 4G no segundo semestre", disse à Reuters. Os smartphones da empresa são fabricados no Brasil. Enquanto isso, a canadense BlackBerry planeja lançar mais dois modelos compatíveis com o 4G brasileiro em 2013, além do Z10, com tela sensível ao toque e do Q10, com teclado físico, disse à Reuters o diretor-geral para o Brasil, João Stricker. A também sul-coreana LG, que já tem dois aparelhos 4G homologados pela Anatel, prepara-se para lançar nas próximas semanas o Optimus G, produzido no Brasil, além de mais dois ou três modelos compatíveis com a frequência de 2,5 GHz ainda neste semestre, afirmou o gerente geral de produtos e estratégia da LG Electronics do Brasil, Raphael Rocha. A Sony Mobile programa inicialmente dois smartphones 4G no Brasil, sendo um o Xperia ZQ, já homologado e em fase de pré-venda. O outro aparelho deve chegar "em breve", de acordo com a diretora de marketing para o Brasil, Ana Peretti. Globalmente, a marca Sony Mobile lançou cinco modelos 4G em 2012. A Motorola Mobility não quis entrar em detalhes sobre quantos lançamentos fará no Brasil neste ano, mas segundo o diretor de marketing, Rodrigo Vidigal, haverá novidades no curto prazo. A empresa já homologou o modelo Razr HD para conexão 4G. A Nokia tem dois aparelhos 4G homologados pela Anatel e o mais recente modelo iPhone da Apple é compatível com a frequência 700 MHz que o governo quer licitar no começo de 2014. Ambas preferiram não comentar o assunto. (Agência Reuters)


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AGROBUSINESS



Da redação - São Paulo / SP

Plano Safra 13/14 deverá trazer R$ 3 bilhões para avicultura

O Plano Agrícola e Pecuário do Brasil para o novo ano-safra deve ter ao menos 3 bilhões de reais em linhas de créditos para a indústria de carne de frango nacional, disse nesta sexta-feira o presidente da entidade que reúne o setor. Os financiamentos deverão viabilizar reformas e modernizações nos aviários e equipamentos da indústria, que viveu grave crise no ano passado com o salto nos preços de grãos, acrescentou ele. "O novo plano deve trazer ao menos 3 bilhões de reais para o setor. Pelos nossos cálculos, é o necessário para o setor fazer a reconversão (modernização), especialmente, em aviários no Sul, a principal região produtora", disse o presidente da União Brasileira da Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, em conferência com jornalistas.
O novo plano de safra, para o ciclo 2013/14, a ser anunciado em maio, apresenta as linhas de crédito e volume de recursos que o setor agropecuário terá disponível para custeio e comercialização na temporada que se inicia em junho.

Segundo Turra, os recursos deverão ser utilizados para melhorar as instalações e também equipamentos e sistemas de inovação, com vistas a reforçar a produtividade do segmento. "Isso é uma necessidade até por causa das missões técnicas, como as que vêm do Japão e outros importadores, e encontram aviários defasados", explicou Turra.Turra reuniu-se nesta manhã com o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e os executivos das principais empresas do setor, incluindo BRF, JBS e Marfrig, para discutir a situação do setor.
A indústria pediu a Coutinho o apoio junto ao governo para a liberação dos créditos acumulados de PIS/Cofins e outros tributos federais nos últimos anos, que totalizam 3 bilhões de reais somando o volume referente as empresas associadas. "Queremos a devolução de ao menos 50 por cento deste total, e sugerimos que isso seja liberado mediante comprovação de investimento produtivo, inovação tecnológica e pesquisa", explicou. A Ubabef calcula que, com cerca de 1,5 bilhão de reais, o setor já seria capaz de gerar 50 mil empregos.

Segundo Turra, o presidente do BNDES ainda sinalizou que o banco de fomento vai estudar formas para que todo o setor, incluindo as empresas pequenas e médias, também tenham acesso a financiamentos com juros e prazos compatíveis com a atividade avícola. O executivo lembrou que, no ano passado, em meio à crise, o setor viu suas margens caírem com o aumento dos insumos, tendo de repassar os custos. Isso puxou os preços da carne de frango nos mercados nacional e internacional. O Brasil é o maior exportador global de carne de frango.

Mercado externo - As exportações de carne de frango totalizaram 1,93 bilhão de reais no primeiro trimestre, com alta de 9,2 por cento ante igual intervalo de 2012. O volume embarcado no período, no entanto, caiu 7,5 por cento, para 901 mil toneladas. Mas Turra afirmou que o acompanhamento semanal das vendas externas indica que o volume embarcado começa a melhorar já a partir de abril, em linha com a perspectiva de aumento moderado das exportações da indústria de carne de frango neste ano.  (Agência Reuters)




Da redação - São Paulo / SP

Ovo sofre a primeira baixa em quase 100 dias

Campinas, 15 de Abril de 2013 - Após quase 100 dias em que as cotações do produto apresentaram altas ou períodos de estabilidade (até chegarem ao maior valor nominal já registrado, mantido por longos e provavelmente inéditos 63 dias), o ovo sofreu ligeira baixa, a quinta de 2013. Cotado a R$59,00/caixa no encerramento de 2012, o ovo sofreu quatro baixas quase sucessivas logo nos primeiros oito dias do ano. Mas então estabilizou-se e já na segunda quinzena de janeiro (época normalmente imprópria para aumentos de preços) entrava em uma escalada de altas que só cessou no sábado de Carnaval, 9 de fevereiro. Desde então e até a última sexta-feira, 12/4, os preços do produto permaneceram inalterados.
O recuo observado ocorreu no sábado, 13, e decorre de aumentos na oferta do produto, situação que - a exemplo do que ocorre com o frango - pode ser atribuída às temperaturas mais amenas do outono. No caso do ovo, porém, o processo que resulta no aumento da disponibilidade tem curta duração, pois a luminosidade decrescente do período leva a uma queda natural da produtividade das poedeiras. Em outras palavras, ainda que no transcorrer da segunda quinzena de abril (que começa amanhã) possam ocorrer novos retrocessos (coincidentemente ou não, a atual queda acontece na mesma ocasião daquela observada há um ano), a reversão pode acontecer antes da chegada de maio e estender-se até o final do primeiro semestre. Pelo menos foi isso que ocorreu no ano passado. E já que (como mostra o gráfico abaixo), 2013 vem sendo uma cópia quase fiel do ano que passou, nada impede que idêntico comportamento seja observado nos dois meses e meio que faltam para o encerramento da primeira metade do ano.   (Fonte: OvoSite)


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MERCADO AUTOMOTIVO

São Paulo / SP

Hyundai tem 5 mil candidatos a 700 vagas em Piracicaba

O gerente-geral de Assuntos Corporativos, Relações Governamentais e Recursos Humanos da Hyundai Motor Brasil, Ricardo Martins, revelou que a montadora cadastrou 5 mil candidatos para 700 vagas a serem criadas no terceiro turno da fábrica em Piracicaba, no interior de São Paulo. As contratações serão feitas entre julho e agosto e o terceiro turno da unidade da Hyundai terá início até setembro, antes de a fábrica completar um ano de operação no Brasil. A produção começou em outubro e a inauguração da fábrica em novembro de 2012. "Fizemos os anúncios há pouco mais de uma semana e já temos mais de 5 mil currículos. Daremos preferência aos moradores de Piracicaba, com mais de 18 anos e segundo grau completo", disse Martins, nesta segunda-feira, 15, em um seminário da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil). "Os funcionários serão treinados no primeiro e no segundo turnos."

Com as novas contratações, o número de funcionários chegará a 2,7 mil. "Com o terceiro turno poderemos cortar as horas extras", declarou o executivo. A capacidade de produção da fábrica dos três modelos do HB20 - hatch, sedã e crossover - está mantida em 150 mil unidades, de acordo com ele.
"Para Piracicaba o futuro é enorme, pois temos área, temos como expandir, mas não temos novos projetos e nem fomos comunicados disso pela matriz. A meta é consolidar a produção", afirmou o executivo, ao ser indagado sobre a possibilidade de nacionalizar a produção do hatch médio i30.

No complexo industrial da Hyundai de Piracicaba, a sul-coreana investiu US$ 600 milhões e atualmente produz 34 veículos por hora nos dois turnos de trabalho. Além da fábrica do HB20, fornecedores empregam 3 mil funcionários nas unidades próximas ao parque fabril. "O modelo já tem 76% de conteúdo nacional, apenas motor e transmissão são feitos na Coreia", explicou Martins.
O executivo avaliou que o clima tenso entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte e a possibilidade de um conflito na região não irão prejudicar a importação dos sistemas, já que fábricas da montadora em outros lugares do mundo - na China, República Checa, Rússia e Estados Unidos - poderiam suprir a demanda. "Se houver um problema, não pararemos a produção."
(Agência Estado)

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COMERCIO, SERVIÇO e VAREJO

São Paulo / SP
Lançamentos da Gafisa somaram R$ 308 milhões no 1º trimestre
Os lançamentos do grupo Gafisa chegaram a 308 milhões de reais no primeiro trimestre, uma participação de 10 por cento do ponto médio das projeções da companhia para o ano e em um período no qual a companhia relançou a marca Tenda em seu novo modelo de negócios. Este patamar está "em linha com a proporção história de lançamentos nos primeiros trimestres de cada ano", disse a Gafisa, em comunicado. A companhia pretende lançar de 2,7 bilhões a 3,3 bilhões de reais em 2013.

Os lançamentos totais recuaram 34 por cento na comparação anual. A Tenda contribuiu com 113,7 milhões de reais no período, 37 por cento do total. Já os segmentos Gafisa e Alphaville representaram 27 por cento e 36 por cento do Valor Geral de Vendas (VGV), do período, respectivamente. As vendas contratadas do primeiro trimestre de 2013 totalizaram 205 milhões de reais, queda de 50 por cento quando comparadas ao mesmo período de 2012. "Do total das vendas do primeiro trimestre, 35 por cento vieram de lançamentos, enquanto vendas de estoque representaram os 65 por cento restantes", informou a Gafisa.

As vendas consolidadas sobre oferta (VSO) atingiram 5,7 por cento, ante 10,4 por cento no primeiro trimestre de 2012, refletindo a concentração de vendas de estoques nas vendas contratadas. Excluindo os distratos, o VSO no primeiro trimestre foi de 16,7 por cento. No primeiro trimestre, o estoque consolidado a valor de mercado caiu em 119 milhões de reais ante o quarto trimestre, a 3,5 bilhões de reais.  (Agência Reuters)




DJ brasileiro Alan Liao
São Paulo / SP

DJ transforma furgão em temakeria e fatura R$ 300 mil

Nos quatro anos em que morou em Nova Iorque, o DJ brasileiro Alan Liao tinha o hábito de comer na rua. O cardápio ia de cachorro quente a churrasco grego (kebab) nos veículos cercados por turistas e engravatados. Foi aí que veio a ideia de criar um restaurante sobre quatro rodas no Brasil. Não que isto seja novidade por aqui. Há bons anos, as Towners rosa-choque viraram fonte de renda de vendedores em inúmeras esquinas. Mas transformar um carro em restaurante, sem descuidar da higiene e visual, é um desafio. Ainda mais se a especialidade for comida japonesa, que precisa ficar longe do calor. Alan comprou um furgão e contratou um engenheiro de alimentos para fazer o desenho industrial do veículo. Precisava de energia para manter os ingredientes do temaki resfriados. A solução foi alimentar baterias por meio de um teto solar, revestido com garrafa PET, capaz de manter a geladeira da van funcionando por até 30 horas. Na falta de sol, hélices instaladas no carro aproveitam a energia gerada pelo vento.

“Seria impossível criar um negócio móvel se dependêssemos dos pontos de energia espalhados pela cidade de São Paulo”, explica o empreendedor de 26 anos. Com o projeto pronto, ele procurou um profissional que adapta ambulâncias para finalizar o restaurante. “Ele nunca tinha feito isso, e acabou dando certo”. A temakeria móvel estava pronta. Há um ano e dois meses, Alan começou a estacionar na porta de baladas e eventos em São Paulo, e também em praias do litoral norte paulista na alta temporada, onde o movimento é até dez vezes maior, segundo ele. Há poucas semanas, passou a trabalhar em dois turnos, vendendo uma média diária de 250 temakis, de segunda a sábado. De dia, próximo a centros empresariais, e de madrugada, onde há agitação. 

O DJ faz questão de mostrar a higiene de seu negócio: nada de jogar resíduos ou água suja na rua. Para isso, ele instalou uma caixa d’água de 100 litros para preparar a comida, e outra para o descarte. “Coletamos os resíduos e a água é armazenada para ser dispensada em esgotos adequados”, conta. 
Com dois funcionários no período diurno e três no noturno – foi preciso um segurança para botar ordem nos boêmios e baladeiros – Alan ainda se divide entre as funções de empresário e DJ, o que rouba boas horas de seu sono.
Mas a jornada dupla tem um objetivo claro. “Minha intenção é dobrar o faturamento da empresa em 2013”, diz o microempresário. A receita bruta anual do negócio foi de aproximadamente R$ 300 mil, mesmo valor do custo total do projeto. Para clonar um segundo veículo, que deve ficar pronto este ano, ele calcula desembolsar cerca de R$ 200 mil.

O DJ afirma já ter recebido 150 emails com propostas para abrir franquias pelo Brasil, mas acha cedo para arriscar em uma expansão. “Prefiro esperar para estar mais estruturado”. Regras - A Prefeitura de São Paulo, por meio de nota, informa que a atividade de comércio ambulante, qualquer seja a categoria, só poderá ser exercida mediante a emissão, pela respectiva Subprefeitura, do Termo de Permissão de Uso (TPU). Os ambulantes que exerçam a sua atividade através de veículos automotivos, devem solicitar, além do TPU, a regulamentação da atividade perante a Secretaria Municipal de Transportes.
Além disso, vendedores devem apresentar comprovante de participação no Curso de Manipulação de Alimentos e Práticas de Higiene, coordenado pela Vigilância Sanitária Municipal.  (Fonte: IG/SP)


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COMÉRCIO EXTERIOR



Da redação - Belo Horizonte / MG
Exportação mineira de carnes movimenta US$ 234,8 milhões no primeiro trimestre
As exportações mineiras de carnes, no primeiro trimestre de 2013, somaram US$ 234,8 milhões, aumento de 20,2% em relação à receita obtida no período correspondente do ano passado, informa a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Segundo a assessora técnica Márcia Aparecida de Paiva Silva, as vendas externas de carne bovina responderam pelo maior montante do grupo, referente a US$ 97,2 milhões, variação positiva de 37% na comparação com o primeiro trimestre de 2013. Os principais destinos das exportações de carne bovina (Rússia, Hong Kong e Israel) elevaram as suas compras em 23,3%, 41,0% e 50,9%, respectivamente, o que contribuiu para o crescimento da receita cambial mineira.

As exportações de carne de frango e suína foram incrementadas em 22,5% e 20,2%, respondendo pelo montante de US$ 87,9 milhões e US$ 30,2 milhões, respectivamente. A receita de vendas de carne bovina, de frango e suína respondeu por 91,7% do montante exportado por todas as carnes. Na pecuária, Márcia Silva destaca ainda o bom desempenho dos embarques de animais vivos. No primeiro trimestre de 2013, a receita de exportação desse segmento subiu 1.754,9% em relação ao período correspondente do ano anterior e atingiu US$ 3,6 milhões. “Os embarques de bovinos lideraram as vendas externas desse segmento e foram destinados exclusivamente a Angola”, acrescenta.

De acordo com a assessora, o grupo carnes responde por 14,7% das exportações do agronegócio mineiro, ocupando a segunda colocação atrás do café. Já o complexo sucroalcooleiro está na terceira posição, 14,3%, e produtos florestais ocupam o lugar seguinte, com 9,8%), todos com crescimento da receita de vendas. Os dados do primeiro trimestre deste ano também mostram a perspectiva de recuperação das vendas externas de frutas e derivados, que cresceram 11,7% e atingiram US$ 1,2 milhão. Márcia Silva dia que as exportações desse segmento foram lideradas pelos embarques de limão que tiveram receita de US$ 884,4 mil. O aumento de 404,6% das importações do Reino Unido contribuiu para a expansão das vendas da fruta.

Recuo do café - Para Márcia Silva, o bom desempenho desses setores ajudou a reduzir o quadro negativo das exportações do agronegócio mineiro em geral entre janeiro e março de 2013. O desempenho da receita global do setor no período (US$ 1,6 bilhão) foi 13,3% inferior ao registrado no primeiro trimestre do ano passado. Esta retração foi muito influenciada pelas vendas externas de café e derivados (52,3% das exportações do agronegócio mineiro), que entre janeiro e março deste ano foram de US$ 833,0 milhões, cifra 25,1% menor do que a registrada em idêntico período de 2012. A redução das compras dos principais países importadores de café, a exemplo de Alemanha, Estados Unidos, Japão e Itália, contribuiu para esse resultado. As cotações internacionais também estão enfraquecidas: entre o primeiro trimestre de 2012 e 2013, o valor da tonelada do produto embarcado passou de US$ 4,76, para US$ 3,26, redução de 31,6%.

Já as vendas externas exclusivamente de março mostram resultados positivos para as exportações do agronegócio estadual em comparação ao mês anterior, com expressiva participação do café. A receita de vendas registrou crescimento de 12,5%, chegando a US$ 532,7 milhões, com as vendas externas de café e derivados apresentando expansão de 10,8% e o montante de US$ 272,0 milhões. “Esse resultado foi impulsionado pelo aumento das importações dos Estados Unidos, Japão e Bélgica (respectivamente, segundo, terceiro e quarto principais destinos)”, ressalta a assessora. Márcia Silva ainda destaca o comportamento das exportações do complexo soja. A receita de vendas desse segmento cresceu 1.454,7%, comparando-se fevereiro e março de 2013 e atingiu US$ 29,1 milhões. O aumento de 1.455,0% das exportações de soja em grão contribuiu para esse bom resultado. 

Exportações /MG – janeiro a março 2013 Janeiro a março de 2012:

Total: US$ 1,6 bilhão (- 13,3%)
Frutas e derivados: US$ 1,2 milhão (+11,7%)
Café: US$ 833,0 milhões (-25,1%)
Grupo Carnes: US$ 234,8 milhões (+ 20,2%)
Bovina: US$ 97,2 milhões (+ 37,0%)
Frango: US$ 87,9 milhões (+22,5%)
Suína: US$ 30,2 milhões (+20,2%)
Animais vivos: US$ 3,6 milhões (+1.754,9%)
(Fonte: Assessoria de Imprensa da SAA/MG)




Da redação - São Paulo / SP

Embarques de frango recuaram 7,5% no trimestre inicial do ano

Mesmo tendo correspondido ao melhor resultado de 2013, as exportações de carne de frango de março passado ficaram 12% aquém das alcançadas um ano atrás, em idêntico mês. Mas o resultado negativo – ressalte-se – não se deve a um retrocesso dos embarques (tanto que o volume do mês ficou muito próximo da média dos últimos 12 meses – 320.388 toneladas) e, sim, ao excepcional resultado alcançado em março de 2012, mês em que se exportou o segundo maior volume de toda a história do setor. Por conta disso e ainda porque no primeiro mês de 2013 também houve redução dos embarques, o volume acumulado no primeiro trimestre do ano, pouco superior a 900 mil toneladas, apresenta redução próxima de 7,5% - um volume que, por sua vez, sinaliza exportação anual da ordem de 3,6 milhões de toneladas, 8% a menos que em 2012. Normalmente, porém, o menor volume exportado é registrado no primeiro trimestre. E isto considerado, mais o fato de que no último quinquênio (2008/2012) os embarques do período corresponderam, na média, a 23,62% do total anual, o total anual sobe para cerca de 3,815 milhões de toneladas, resultado ainda negativo (-2,6%) em relação ao ano passado.
Aparentemente, não será fácil reverter essa perspectiva, mesmo porque o volume exportado nos últimos 12 meses apresenta resultado não muito diferente dessa projeção: perto de 3,845 milhões de toneladas que, por sua vez, correspondem a uma redução de cerca de 3,5% sobre idêntico período anterior.  (Fonte: Avisite)


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TI, WEB e e-COMMERCE


Da redação - São Paulo / SP
Hackers promovem ataque "força bruta" contra blogs WordPress
Hackers não identificados dispararam um ataque "força bruta" em larga escala contra blogs e sites WordPress que atingiu o pico neste domingo. Os especialistas de segurança alertam todos os donos de blogs e sites WordPress para que mudem imediatamente suas senhas para passwords mais complexas. Muitos sites, infelizmente, ainda utilizam a senha padrão "admin" em seus sites. Segundo o site Antebellun, os ataques neste final de semana já partem de mais de 90 mil diferentes endereços IP atingindo servidores em todo o mundo.  "Os atacantes tentam utilizar em torno de 1000 combinações mais comuns de usuário e senha como admin, password ou admin e P@ssw0rd", diz o blog da Antebellun. A intenção é conseguir acesso para abrir uma "porta dos fundos" (backdoor) e instalar um script malicioso que permita assumir remotamente o controle dos sites e utilizá-los posteriormente para novos ataquesde descoberta de senha contra outros blogs WP. "Ao que parece uma botnet está sendo usada para lanças o ataque", diz Matthew Prince, CEO da CloudFlare. O motivo do ataque é desconhecido, mas várias empresas de segurança acreditam que o objetivo é utilizar a força da rede de blogs WP e seus servidores que são capazes de gerar grandes volumes de tráfego para construir uma botnet ainda mais poderosa que permita desencadear um ataque futuro monstruoso de DDoS (negação de serviço). A CloudFlare registrou mais de 60 milhões de ataques até agora. 
Em seu blog, um dos fundadores do WordPress, Matt Mullenweg, alerta para o problema e recomenda com urgência mudar a senha para uma ainda mais forte utilizando letras, números e caracteres especiais. Segundo Mullenweg, com mais de 90 mil IPs reunidos no ataque, os hackers poderiam fazer um ataque por segundo com um IP diferente durante 24 horas ininterruptas.


São Francisco / EUA

Linux estará presente em 80% das companhias em 5 anos

O Linux deu saltos significativos no ambiente corporativo nos últimos dois anos e sinaliza que continuará crescendo dentro das empresas. Enquanto a receita geral de servidores subiu apenas 3,1% e de servidor com Windows somente 3,2% no quarto trimestre de 2012, o ambiente de código aberto avançou 7,12% no mesmo período. Já Unix a participação de Unix na pizza, caiu 24,1%. Os dados fazem parte de um relatório global sobre o uso de Linux nas empresas, divulgado pela Linux Foundation. Realizado em parceria com o Yeoman Technology Group, o estudo abordou companhias que faturam acima de 500 milhões de dólares ao ano e empregam menos de 500 funcionários.

Ajuda da nuvem - "Estamos vendo o crescente aumento de Linux nas empresas, especialmente nas mais importantes áreas de negócio", afirma Amanda McPherson, vice-presidente de marketing e desenvolvimento de serviços da Fundação Linux. Ela informa que estão surgindo desenvolvimento do Linux para colaboração em vários setores. A executiva diz que usuários corporativos consideram a plataforma de Linux dominante para a computação em nuvem. Entre as companhias entrevistadas, 76% disseram que adotam servidores Linux para aplicações de cloud computing e 74% planejam manter ou aumentar adoção do sistema de código aberto para futuras iniciativas de nuvem. Quando se trata de novas aplicações e implantações de serviços, mais de 75% das corporações entrevistas informaram que a plataforma de desenvolvimento adotada nos últimos dois anos foi Linux. Em parte, o crescimento de Linux tem sido puxado pelo aumento das aplicações de nuvem e Big Data. A pesquisa aponta que o uso da plataforma para cargas de trabalho críticas subiu dramaticamente nos últimos anos, tendo registrado uma expansão de 73% em 2013, segundo a Linux Foundation.

Mais treinamento - O que está levando o aumento dos investimentos em no Linux? A percepção sobre gerenciamento é considerada o maior fator de adesão ao sistema de código aberto. Entre as entrevistadas para o estudo, 95% disseram que Linux hoje é mais estratégico para a organização do que era em anos anteriores. De acordo com o relatório, as preocupações sobre Linux caíram. Uma das razões para o aumento da tecnologia nas empresas é o crescimento também da quantidade de talentos treinados na plataforma, diz a Linx Foundation. O aumento de mão de obra especializada é resultado do incremento de programas de formação apresentados ao mercado ao longo dos últimos anos pela comunidade Linux. Como reflexo disso, a entidade afirma que elevou o número de usuários da plataforma nas organizações.
(Fonte: PC World)


Da redação - Brasília / DF

Start-Up Brasil abre inscrição para novos empreendedores de TI

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Secretaria de Política de Informática (Sepin/MCTI) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), torna público o edital de inscrições de empresas recém-criadas de TI para o Programa Start-Up Brasil. 
A medida foi publicada na edição desta segunda-feira (15/04) do Diário Oficial da União (D.O.U.). O formulário para o envio de propostas será liberado no dia 25/4, no site do programa. Os editais têm por objetivo apoiar projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) de empresas emergentes de software, de serviços de tecnologias da inovação ou que se proponham a serviços de TI como elementos de seu esforço de inovação, com até três anos de constituição. Podem se inscrever startups do mundo todo.
As propostas aprovadas serão financiadas com recursos de aproximadamente 14 milhões de reais, oriundos do FNDCT/Fundos Setoriais, sendo 7 milhões de reais em 2013 e 7 milhões de reais em 2014, a serem liberados de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira do CNPq.
O prazo para a submissão das propostas da primeira rodada é 31 de maio e os resultados serão divulgados no site do CNPq e no D.O.U. a partir de 25 de junho. A data limite de envio para a segunda rodada é 19 de novembro e os resultados serão divulgados a partir de 16 de dezembro. Os interessados devem apresentar as propostas nos termos estabelecidos e em conformidade com o regulamento da chamada. O apoio será realizado por meio da concessão de bolsas de fomento ao desenvolvimento tecnológico de acordo com as necessidades apontadas por cada projeto.  
(Fonte: Assessoria de Comunicação do MCTI)


Da redação - São Paulo SP

IBM Global Financing lança aplicativo para financiamento de tecnologia por meio de dispositivos móveis 

A IBM Global Financing (IGF), braço de leasing e financiamento da IBM, que atua através do Banco IBM no Brasil, anuncia hoje um novo aplicativo móvel para financiamento de tecnologia por meio de dispositivos móveis, que ajudará os parceiros de negócios IBM nas negociações com clientes, dando a eles mais flexibilidade para oferecer financiamento em qualquer lugar e em poucos minutos. O aplicativo pode ser instalado em aparelhos de plataformas Blackberry, iOS, Android e Windows, e poderá  ser utilizado para contratos a partir de R$ 11.500,00. A tecnologia é baseada na ferramenta Rapid online Financing, o ROF, solução que permite ao parceiro credenciado IBM efetuar desde uma simulação até o fechamento de um contrato de leasing de forma rápida e fácil. “Estamos fortalecendo a presença do Banco IBM por meio de canais para dar suporte às vendas no segmento de pequenas e médias empresas. Com a nova solução, os parceiros de negócios IBM podem ajudar – com mais facilidade e em minutos – seus clientes a adquirirem o financiamento para implantar tecnologias avançadas como análise de dados, cloud computing e de social business, por exemplo.”, conta o diretor de IGF Brasil, Felippe Melo.

Hoje, é possível adquirir hardware, software e serviços de TI através de pacotes simples e flexíveis de leasing ou financiamento a partir de R$11.500,00, alguns começando com taxas reduzidas, próximas a 0%. Para transações até R$ 350 mil, a análise de crédito é feita em minutos. Para valores superiores, o prazo é de até 48 horas. Em novembro de 2012 a IBM Global Financing disponibilizou, por meio de seus parceiros de negócios, US$ 4 bilhões em financiamento de negócios para as pequenas e médias empresas.
O Banco IBM atua no Brasil há 20 anos e é parte integrante da IBM Global Financing, a maior financiadora do mercado de tecnologia de informação (TI) do mundo, liderando o setor de financiamentos de TI desde sua criação, em 1981. Atualmente IGF possui mais de US$ 38 bilhões em ativos, oferecendo a 125 mil clientes e parceiros de 55 países a possibilidade de financiar as soluções tecnológicas necessárias para manter a competitividade e crescer no mercado.  O aplicativo está disponível para instalação através do site: http://tinyurl.com/igfapp-br 
(Fonte: Assessoria de Imprensa IBM - In Press Brodeur) 


Da redação - Porto Alegre  RS

3yz vence a 4ª Copa TargetTrust 

A 4ª edição da Copa TargetTrust de futebol 7, realizada domingo, 14, no MCM Esporte, em Porto Alegre, teve como campeã a 3yz Marketing Digital, estreante no torneio. O torneio reuniu 33 equipes formadas por colaboradores de empresas de Tecnologia da Informação (TI) das cidades de Montenegro, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Gravataí, Canoas e Porto Alegre. Ricardo Lima, organizador do evento entregou à equipe campeã o troféu, brindes e o cheque, da premiação em dinheiro. Feliz com a conquista, Roberto Sirotsky, Capitão da equipe, enalteceu a dedicação do time e vontade de vencer: “Pensamos sempre na vitória. O medo de perder tira a vontade de vencer. Foi sensacional e muito merecido pelo grupo”, disse Sirotsky.
Na segunda colocação, a Kinghost também recebeu troféu. “Nos preparamos no decorrer do ano, mantivemos o foco em ter sempre uma equipe forte, preparada”, declarou Victor Correa, Capitão da equipe Kinghost. Na terceira colocação ficou a Progress Informática e os integrantes da equipe receberam medalhas. Também foram premiados o goleiro menos vazado, Eduardo Nunes e o goleador do campeonato, Vinícius Gonçalves. A TargetTrust ainda sorteou um curso no Centro de Treinamento. Rafael Garbinatto poderá escolher o curso de sua preferência do portfólio da TargetTrust. Também participaram da Copa: Neogrid, IBM, TI Petrobras, SKA, Redehost, Grupo Aplub, GVDasa, Tecnocred, Ibrowse, TI Hoepers, Sispro, Gmit, API, Quantiza, Gruppen Dell, SADIG, Perseus, Dueto, Gruppen Microsoft, DBC, DB Seller, Accera, Zero Defect, Reweb, GetNet, Grupo Processor, Cigam, Cybersul, Accenture e E-sales.
(Fonte: Assessoria de Comunicação Gladis Ybarra) 


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INFRAESTRUTURA e LOGISTICA

Governador do Paraná Beto Richa

Da redação - Curitiba /  PR

Richa anuncia R$ 132,2 milhões, a fundo perdido, para estradas rurais

O governador Beto Richa anunciou um investimento de R$ 132,2 milhões para melhoria de estradas rurais por meio do programa Caminho das Pedras. Não haverá contrapartida financeira dos municípios. A iniciativa foi apresentada na última sexta-feira, dia 12/4, em Foz do Iguaçu, durante encontro de Richa com prefeitos. “O programa vai pavimentar diversas estradas e possibilitar um caminho mais seguro e um novo processo de desenvolvimento dos nossos municípios”, afirmou Beto Richa. Ele ressaltou que serão gerados cerca de seis mil empregos diretos durante o processo das obras e que os recursos serão dos orçamentos das secretarias da Infraestrutura e Logística e da Agricultura e Abastecimento.

Contrapartida financeira - Richa destacou ainda que não haverá contrapartida financeira das prefeituras. Os municípios realizarão a terraplenagem e a contratação das empresas que farão a colocação das pedras poliédricas. “Com este novo investimento, estamos dando todo o apoio para melhorar a infraestrutura e a vida das famílias do campo. Este programa também é fundamental para agilizar e baratear o escoamento da produção paranaense”, afirmou o governador.

Melhoria de vida - O evento de Foz do Iguaçu reuniu prefeitos de todas as regiões. No mesmo encontro, o governador anunciou a liberação de R$ 150 milhões, a fundo perdido, para municípios com menos de 50 mil habitantes investirem em projetos que impactem na melhoria de vida nas cidades. O encontro foi acompanhado por administradores municipais de todo o Estado, pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni, e deputados federais e estaduais.

Calçamento - O programa Caminho das Pedras será executado pelas secretarias estaduais da Infraestrutura e Logística e da Agricultura e Abastecimento. O principal foco é no calçamento de estradas rurais, que receberá R$ 114,2 milhões. Cada contrato será de, em média, seis quilômetros de estradas rurais. O programa prevê ainda R$ 6 milhões para a construção de mais de 150 pontes de concreto, com recursos da Secretaria de Infraestrutura e Logística. “Este programa já atendeu mais de 100 municípios. A nossa intenção é chegar aos 399 até o fim de 2014”, destacou o secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.

Diesel - Outros R$ 8 milhões serão liberados para a compra de 3,3 milhões de litros de diesel para abastecer o maquinário a ser utilizado pelos municípios para a melhora de estradas.

Cabeceiras - Nos convênios, os municípios ficam encarregados pela construção das cabeceiras e o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) fornece as vigas e o apoio técnico. "Já fui prefeito de cidade pequena e sei o quanto este apoio ajuda no desenvolvimento das nossas comunidades", disse o deputado estadual Ademar Traiano, líder do governo na Assembleia Legislativa. (Fonte: Assessoria de Comunicação do Governo do Paraná)


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TELECOM

Da redação - São Paulo / SP
Telefônica Vivo lança plano de 3G compartilhado para pós-pago
A poucos dias da liberação do serviço 4G nas cidades que sediarão a Copa das Confederações, a Telefônica Vivo anunciou o lançamento do MultiVivo, serviço de internet móvel que permite a clientes da base de pós-pago da operadora acessar a rede 3G ou 3G Plus com apenas um plano de internet que pode ser compartilhado para até seis dispositivos móveis, como smartphones, tablets e notebooks. Na prática, o cliente pode escolher planos de 500Mbps e 3Gbps, mas o serviço precisa ser contratado primeiro de um smartphone e 29 reais mensais serão pagos por cada aparelho. Se serviços de voz e SMS forem inclusos no pacote, o valor passa a ser 49 reais por aparelho e o diferencial, segundo a companhia, é que o usuário paga apenas uma fatura.

Para Paulo Cesar Teixeira, CEO da Telefônica Vivo, a medida vai aumentar a base de assinantes móveis. “A estimativa é que os atuais assinantes com diversos dispositivos e com planos de internet tenham um desconto de 35%”, ressalta. Mas, segundo Teixeira, a operadora não perderá receita, “pelo contrário, queremos atrair usuários que ainda não contratam serviços de internet móvel”, declarou. Questionado sobre a possibilidade de aumento no tráfego de dados na rede móvel, ele afirmou que a prestadora tem investido em infraestrutura e preparado a rede para suprir essa demanda. “As pessoas estão multiconectadas e 90% do consumo de mídia está nos dispositivos móveis. Os smartphones contribuem para 38% desse total”, afirmou Christian Gebara, diretor de estratégias e novos negócios da Telefônica Vivo, ressaltando que no Brasil o número de tablets cresceu 171% em 2012, e que em 2017 o número pode ser superior ao de PCs, mas a conexão à internet por esses dispositivos é um gargalo para as operadoras móveis, pois acontecem por Wi-Fi ou rede fixa.  A expectativa da companhia é que em 3 anos, 100% da base de assinantes pós pago adquira o plano. “Temos mais de 40% em market share em pós-pago no Brasil”, ressaltou o CEO.

Liderança - A operadora ressaltou que é a única da América Latina a lançar esse tipo de serviço, que já é ofertado por algumas operadoras globalmente, como Verizon, AT&T, SK Telecom e Telia. Segundo o gestor isso consolida a prestadora em serviços de internet no Brasil. “Todos os nossos produtos são baseados em internet, pois investimos bastante em infraestrutura”, declara Gebara. O diretor de estratégias e novos negócios acrescentou que a operadora registrou 91 milhões de acessos móveis em março, e fechou 2012 com uma receita superior a R$ 39 milhões, e no índice de ISC, de satisfação de usuários móveis, a companhia está na liderança em relação aos concorrentes e a nova oferta, portanto, pode consolidar a companhia localmente. “Esse é um diferencial e os consumidores esperam por isso”, declarou Teixeira. Sem divulgar detalhes, o gestor acrescentou que a oferta também fará parte dos planos da companhia com 4G, que também será incluso dentro dessa oferta. “O 4G está andando e vamos cumprir o prazo da Anatel. Ainda não vamos divulgar detalhes da operação, apenas no dia 30, em uma nova coletiva de imprensa”, alfinetou Teixeira. (Agência IPNews)

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ENERGIA



São Paulo / SP

Eólicas deixarão de operar 1,3 MW por falta de conexão

A falta de conexão com o sistema de transmissão impedirá que 1,3 mil megawatts de usinas eólicas entrem em operação em 2013, disse a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo. De acordo com a apuração da entidade com base em informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e nas interações com os associados, a fonte deverá fechar 2013 com uma capacidade instalada de 5,9 mil MW, dos quais 4,6 mil MW serão capazes de efetivamente disponibilizar as suas ofertas ao sistema. Se confirmado, esse número significa um crescimento do volume de energia eólica concluído, mas que não pode ser escoado para os mercados consumidores. Segundo Elbia, usinas eólicas somando 622 MW estavam prontas ao final de 2012 nessa situação, uma vez que as obras de transmissão previstas para realizar a conexão com o sistema estão atrasadas - vale lembrar que a agência reguladora reconheceu o direito dos donos dessas usinas receberem a remuneração pelos ativos, ainda que a energia não estivesse chegando para os consumidores. A receita anual desses projetos "parados" foi estimada pela Aneel em R$ 300 milhões.

Segundo a executiva, o parque gerador eólico encerrou o ano de 2012 com 2,5 mil MW de capacidade instalada, dos quais 1,9 mil MW estavam gerando energia. Dos 2,5 mil MW, 1,3 mil MW são oriundos dos projetos contratados no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa) e os outros 1,2 mil MW são relativos aos empreendimentos contratados nos leilões de energia nova. Elbia destacou que o fator de capacidade dos projetos eólicos em operação, ou seja, a relação entre a capacidade instalada e aquilo que foi gerado efetivamente, foi de 33% em 2012, sendo que as usinas que comercializaram suas ofertas no leilão tiveram um fator de 54%. "Existia um mito no setor de que a energia eólica não era uma fonte confiável. Os dados mostram que a energia eólica é confiável e contribuiu para o sistema em 2012, quando os reservatórios foram afetados pelo atraso das chuvas", disse Elbia. O presidente do conselho de administração da entidade, Otávio Silveira, afirmou que o fator de capacidade de 54% dos projetos contratados no leilão superou a média da geração de energia esperada para os empreendimentos. "Os ventos de 2012 foram muito bons", disse o executivo, que também citou que a competição dos leilões obrigou os investidores a construírem os projetos que otimizaram ao máximo a produção de eletricidade.

Redução dos encargos - O atraso na entrada em operação dos projetos eólicos significa que os consumidores pagarão uma conta mais alta do Encargo de Serviço do Sistema (ESS), usado para cobrir os custos do despacho termelétrico fora da ordem de mérito. Nos cálculos da associação, a geração eólica em 2012, que alcançou o volume recorde de 771 MW médios em outubro, evitou o pagamento de R$ 1,6 bilhão de ESS, dos quais R$ 500 milhões apenas em dezembro. Se os 622 MW parados tivessem gerado energia, a economia teria sido maior, de R$ 500 milhões, elevando a redução do ESS para R$ 2,1 bilhões. Embora com efeito reduzido, a executiva disse que a geração eólica contribuiu para economizar um pouco de água nos reservatórios das hidrelétricas. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o maior do País, a fonte contribuiu com 0,35 ponto porcentual para o nível dos reservatórios no fim de dezembro de 2012. Ou seja, sem as usinas eólicas, os reservatórios nas duas regiões fechariam o ano em 28,51%. Com as usinas eólicas, as hidrelétricas fecharam em 28,86% de capacidade total.
No Nordeste, aonde boa parte das usinas eólicas estão localizadas, o impacto verificado foi maior. Se os projetos eólicos não existissem, o nível dos reservatórios das hidrelétricas da região fecharia em 27,64%. Porém, o porcentual verificado ao final do ano passado foi de 28,86%, o que indica que a contribuição das eólicas para a região foi de um aumento dos reservatórios em 1,22 pontos porcentual. "Isso ocorreu porque a fonte tem uma pequena participação na matriz, mas já é uma sinalização do que pode ocorrer quando atingirmos uma capacidade instalada de 8,83 mil MW em 2017", argumentou Elbia.   (Agência Estado)




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