Edição 846 | Ano IV


São Paulo / SP
Investimentos entre países dos Brics são escassos, aponta relatório da Unctad
Juntos na sigla, os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão bastante separados quando se trata de apostar dinheiro um na economia do outro. De cada U$ 100 que esses cinco países têm aplicado no exterior, apenas US$ 2,5 estão nos demais membros do próprio grupo. O Brasil tem US$ 0,03 centavos a cada US$ 100. Os dados fazem parte de um estudo sobre o Investimento Estrangeiro Direto (IED) dos e nos Brics, divulgado Na tarde de ontem, dia 25/3, pela Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (Unctad).
Hoje, dia 26/3, e amanhã, dia 27/3, os chefes de Estado dos cinco países reúnem-se em Durban, na África do Sul. A expectativa é que o encontro ajude a turbinar os negócios dentro do bloco, que em 2030 abrigará três das quatro maiores economias do mundo, segundo projeção de janeiro da PricewaterhouseCoopers. 

Participação relevante - Os Brics já abrigam 20% de todo o fluxo de IED mundial – em 2000, essa proporção era de 6%, aponta o relatório da Unctad. Em 2012, esse volume atingiu US$ 263 bilhões, o triplo de dez anos antes. 
O Brasil foi o segundo maior destino, com 25% do total aplicado no grupo no ano. O bloco também se tornou um investidor mais expressivo: de 1% em 2000 (US$ 7 bilhões), o IED vindo de países dos Brics passou a representar 9% do fluxo total global (R$ 126 bilhões).

O relacionamento intra-grupo, entretanto, é bem menos expressivo. No total, os Brics aplicaram nos Brics US$ 28,6 bilhões em 2011, 2,5% do IED total do grupo, ante 0,1% em 2003. Esse investimento estava concentrado na China, que abocanhou US$ 13,6 bilhões, quase a metade (47%). O Brasil, destino de 4,3% (US$ 1,2 bilhão), é o último da fila. Fora a África do Sul, que em 2011 tinha 19,6% de seu estoque de IED em outros Brics, os demais países destinam parcelas inferiores a dois dígitos. Mesmo a China, que tinha 87% de seu IED em países em desenvolvimento em 2011 – acima da média de 52% dos Brics – aplicava 2,2% nos membros do grupo naquele ano. O Brasil e a Rússia dividiram a última posição, com 0,3%.


Segundo Masataka Fujita, chefe do braço de Tendências e Assuntos de Investimento da Unctad, os Brics tendem a investir mais em suas regiões, em centros financeiros offshore e nos países desenvolvidos. No caso brasileiro, a posição geográfica e a pequena tradição de investimento no exterior reforçam o descolamento do resto do grupo. “O Brasil tem uma história recente [de IED] e não é estranho que esse recurso esteja localizado mais próximo dos países vizinhos. Se os brasileiros se tornarem mais investidores, irão (aplicar) mais longe do Brasil”, diz Fujita ao iG . “Compare com a China: está mais próxima da Rússia, da Índia e da África do Sul. O Brasil está mais distante de qualquer um desses países.”

Faltam acordos - Ex-secretário de Comércio Exterior e sócio da Barral M Jorge Consultores Associados, Welber Barral lembra que o Brasil não possui acordos recíprocos de investimento com nenhum país. O consultor acredita que a próxima reunião dos chefes de Estado pode resultar em oportunidades para mais operações em moedas locais, mas se mostra cauteloso com a promessa de criação de uma instituição financeira comum para o bloco. “A criação de um banco com essas características demanda tempo e uma série de ajustes técnicos.”  Fujita é cético no que toca ao estreitamento das relações entre o Brasil e os demais membros do grupo – e dos Brics como um todo.
“Depende de o Brasil querer aumentar as relações com os demais membros, econômica e politicamente. No momento atual, não está muito claro se o Brasil quer ou não”, diz Fujita, que duvida também do real interesse do bloco 
em criar o prometido banco comum. “Neste momento eu não vejo nada disso.”
Crise oportuna - A crise econômica iniciada em 2008 foi uma importante oportunidade para que os Brics se tornassem destinos mais atrativos, segundo o estudo da Unctad. A queda no fluxo de investimento para esses 
países em 2009 foi menor do que no destinado aos países desenvolvidos – 30% e 40% respectivamente – e a retomada foi mais rápida.
A nova onda de incerteza na zona do euro lançada pela instabilidade econômica no Chipre, além da forma como a União Europeia tem lidado com a situação, devem ampliar essa janela para o países em desenvolvimento, avalia Marcus Vinícius de Freitas, coordenador do curso de relações internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). “Com certeza isso favorece os países que buscam implementar uma confiança maior no seu sistema de investimento, e de economias que oferecem maiores níveis de retorno”, diz.

Mas, enquanto o regime democrático e a existência de marcos regulatórios – algumas das premissas básicas para atrair investimento, segundo Freitas – ajudaram a tornar o Brasil um dos principais destinos do IED mundial, a 
burocracia e algumas mudanças nas regulações constituem obstáculos importantes, avalia. “O que o impede o Brasil de receber mais são entraves burocráticos e algumas derrapagens legislativas ou em decisões [do governo]”, diz o professor da Faap, apontando para mudança no marco regulatório do pré-sal, de um regime de concessão para o de partilha. “Essa alteração faz com que as pessoas fiquem desconfiadas quanto à confiabilidade das instituições do futuro. Mas isso em teoria.”
O País também tem tido uma participação mais tímida do que o possível como investidor no exterior, avalia Barral. “Quanto ao IDE brasileiro no exterior, seu crescimento tambem é importante, mas proporcionalmente inferior ao dos demais Brics, sobretudo China e Índia. Faltam incentivos, sobretudo tributários e de funding, para que o IED brasileiro cresça mais rapidamente.”
Com isso, o Brasil tem deixado passar outra oportunidade aberta pela crise econômica. Assim como tornou os emergentes mais interessante como destino, ela também barateou ativos empresariais em outros países, o que 
poderia ter sido aproveitado pelos brasileiros para ampliar a internacionalização de seus negócios. “Seria um momento importante para as empresas brasileiras no sentido de melhor integrar sua cadeia de suprimentos”, diz Freitas. A compra da americana Heinz pela brasileira 3G Capital em parceria com a Berkshire Hathaway, também dos EUA, foi “algo pequeno”, avalia ele. “Os produtores de café do Brasil deveriam ter comprado as empresas alemãs que são as maiores exportadoras de café do mundo.” (Fonte: IG/SP)


São Paulo / SP
Projeção de câmbio para fim de 2013 é mantida em R$ 2,00 pela pesquisa Focus
A mediana das projeções para a taxa de câmbio no final de 2013 segue em R$ 2,00 nas estimativas dos analistas consultados na pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central e divulgada nesta segunda-feira. Quatro semanas antes, estava nos mesmos R$ 2,00. Para o fim de 2014, a mediana segue em R$ 2,05. Na mesma pesquisa, o mercado financeiro manteve a previsão para a taxa média de câmbio em 2013 em R$ 1,99. Para 2014, a projeção caiu de R$ 2,05 para R$ 2,04. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa de dólar médio estava em R$ 2,00 neste ano e R$ 2,04 no próximo. Para o fim de março, a estimativa passou de R$ 1,97 para R$ 1,98. Para abril, segue em R$ 1,98.O mercado financeiro também manteve a previsão de déficit em transações correntes em 2013. A pesquisa Focus mostra que a mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente este ano segue em US$ 65,0 bilhões. Há um mês, estava em US$ 63,10 bilhões. Para 2014, a previsão de déficit nas contas externas subiu de US$ 70,4 bilhões para US$ 70,5 bilhões, ante US$ 68,35 bilhões há quatro semanas. Na mesma pesquisa, economistas reduziram a estimativa de superávit comercial em 2013 de US$ 14,00 bilhões para US$ 13,00 bilhões. Quatro semanas antes, estava em US$ 15,20 bilhões. Para 2014, a projeção recuou de US$ 14,50 bilhões para US$ 13,30 bilhões. Há quatro semanas, essa estimativa estava em US$ 15,60 bilhões.
A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, foi mantida em US$ 60,00 bilhões para 2013 e para 2014, mesmos valores de quatro semanas atrás.  (Agência Estado)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
INCC-M recua em março
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou, em março, taxa de variação de 0,28%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,80%. No ano, o índice acumula variação de 1,47% e, nos últimos 12 meses, a 
taxa registrada é de 7,25%. 
O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,42%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,59%. O índice referente à Mão de Obra registrou variação de 0,14%. No mês anterior, a taxa foi de 1,00%. O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Materiais, Equipamentos e Serviços
No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, o índice correspondente a Materiais e Equipamentos registrou variação de 0,50%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,57%. Dos quatro subgrupos componentes, dois 
apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: materiais para instalação (1,42% para 1,12%) e equipamentos para transporte de pessoas (0,90% para -0,03%). A parcela relativa a Serviços passou de uma taxa de 0,69%, em fevereiro, para 0,13%, em março. Neste grupo, vale destacar a desaceleração do subgrupo aluguéis e taxas, cuja variação passou 0,67% para 0,04%. 

Mão de obra
O grupo Mão de Obra registrou variação de 0,14%, em março. No mês passado, a taxa havia sido de 1,00%. A desaceleração foi consequência do fim do reajuste salarial ocorrido em Belo Horizonte, onde a taxa passou de 6,27% para 0,08%. Em Salvador, Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo as taxas apuradas refletem pequenas oscilações de mercado.

Capitais
Cinco capitais apresentaram desaceleração: Brasília, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e São Paulo. Em contrapartida, Salvador e Rio de Janeiro registraram aceleração. 
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)


ONTEM no Brasil:

São Paulo / SP
Bovespa fecha no menor patamar desde julho do ano passado
A Bovespa fechou em baixa pela quinta sessão seguida no pregão de ontem, dia 25/3, e novamente no menor patamar desde julho passado. As incertezas geradas pela situação do Chipre permearam as ordens de vendas que, no pregão doméstico, foram disseminadas por todos os setores. Vale foi um dos destaques negativos, enquanto Oi e Gol lideraram as perdas do índice.

- O Ibovespa terminou o dia com baixa de 0,67%, pela primeira vez no patamar de 54 mil pontos este ano. 
- O índice fechou em 54.873,12 pontos, ainda o menor nível desde 26 de julho do ano passado (54.002,72 pontos). Na mínima, registrou 54.648 pontos (-1,08%) e, na máxima, 55.450 pontos (+0,37%). Nesses cinco dias 
no vermelho, acumulou perda de 3,7%. No mês, a baixa é de 4,44% e, no ano, de 9,97%. 
- O giro financeiro totalizou R$ 6,082 bilhões, o menor do mês. Os dados são preliminares.

Análise - Os investidores até estavam mais aliviados pela manhã, com o acordo para ajudar a solucionar a crise do Chipre acertado na madrugada de hoje, no limite do prazo possível. Mas o temor de que o acordo possa ser 
estendido a outro país europeu em crise acabou deixando os investidores receosos. Aqui, mais do que o cenário externo, a falta de apetite por ativos domésticos está inibindo uma recuperação do Ibovespa. Vale foi hoje um dos destaques de baixa, com rumores sobre a criação de uma nova tributação para o setor. A ação ON caiu 1,33% e a PNA, 1,69%. Bradespar, acionista da empresa, também recuou, 1,97%.
Ainda no setor, MMX ON recuou 2,88%. Os papéis do grupo X, no entanto, operaram com muita volatilidade na sessão, sendo que OGX ficou entre altas e baixas durante todo o dia. Acabou encerrando o pregão em +0,88%. 
OSX, por sua vez, despencou 13,73%. Petrobrás ON perdeu 0,71% e a PN ficou estável. Oi ON recuou 6,27% e Gol PN, 5,84%, as duas principais quedas do índice.


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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP
Carteira de crédito da Caixa cresce 43% até fevereiro
A Caixa Econômica Federal acelerou ainda mais o crescimento de sua carteira de crédito no começo de 2013 e a expansão deve ser liderada por maiores concessões para infraestrutura, disse o vice-presidente de finanças do banco.
No final de fevereiro, o estoque de financiamentos do banco estatal havia crescido 43% em 12 meses, nível superior aos 41,8% de crescimento registrado em 2012. "Vamos fechar o primeiro trimestre com números muito 
positivos, especialmente em crédito", disse Márcio Percival.
Segundo o executivo, diferente do que tem acontecido nos últimos anos, quando o carro-chefe das concessões foram empréstimos habitacionais —a principal linha do banco— e para financiamento ao consumo, desta vez o 
plano é que a infraestrutura lidere.
No ano passado, Caixa e Banco do Brasil foram os líderes na concessão de empréstimos, especialmente para financiamento ao consumo, atendendo orientação do controlador, o governo federal, de ampliar os empréstimos 
para tentar acelerar a economia, enquanto os rivais privados desaceleraram de olho na inadimplência.
De acordo com Percival, o crédito da Caixa para infraestrutura representa 10% de sua carteira comercial e a intenção é de que esse percentual cresça, embora ele não tenha mencionado quanto. Dos R$ 70 bilhões que a Caixa pretende emprestar para este segmento em 2013, cerca de R$ 45 bilhões já estão em fase avançada de negociação, disse Percival. Em 2012, a Caixa emprestou R$ 36 bilhões neste segmento.
Na última sexta-feira (22), o executivo reuniu-se com empresários da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) e disse que a demanda do setor por financiamentos tem aumentado, refletindo a 
expectativa de maior crescimento econômico do país neste ano.

Banco de investimentos - Para Percival, a liberação de recursos da Caixa para o setor deve ganhar fôlego na segunda metade do ano, quando espera que seu banco de investimentos já esteja funcionando. Com ele, a Caixa pretende montar outras estruturas de financiamento, além dos empréstimos bancários diretos, como project finance. "Estamos aguardando autorização do Banco Central, para julho, no máximo", disse Percival.
Entre os alvos dos financiamentos, estão os leilões de concessão de rodovias e de ferrovias, previstos para acontecer nos próximos meses.
Para o executivo, ter bons números de crescimento do primeiro trimestre será um bom argumento para apresentar a investidores em maio, quando a Caixa pretende fazer uma captação internacional de até US$ 2,5 bilhões. "Será 
uma forma de desfazer esse mal estar criado por causa da Moody's", disse Percival. Na semana passada, a agência de classificação de risco cortou o rating de emissor de longo prazo da Caixa para "Baa2", citando a erosão de suas posições de capital depois de anos de rápida expansão do crédito.
(Agência Reuters)


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AGROBUSINESS

Da redação - São Paulo / SP
Demanda por ovos cresce antes da sexta-feira santa
Com o feriado na próxima sexta feira, os compradores já iniciaram uma procura maior por ovos, antecipando seus pedidos. Como as ofertas vem sendo bem equilibradas, o mercado terá problemas para ser atendido prontamente. E também é válido lembrar principalmente aos produtores, mesmo com o final da Quaresma, o mercado entrará em um período forte do mês que é o seu início.

Cotações - Segundo o índice do OvoOnline, a caixa com 30 dzs do ovo tipo Extra branco granel custa R$ 70,80 em SP e R$ 72,00 no RJ. Em MG, R$ 80,00, informa o Agridata. No varejo, o preço médio da dúzia de ovos nos 
supermercados de SP e RJ é R$ 4,50 e R$ 4,85, respectivamente. Em MG, o valor é de R$ 4,80. (Fonte: Mercado do Ovo)


Da redação - São Paulo / SP
Arrendamento do frigorífico de Xaxim: Coopercentral Aurora iniciou alojamento de aves para reativar abate em abril
A Coopercentral Aurora Alimentos iniciou na segunda quinzena de fevereiro o alojamento de aves a campo para restabelecer a base produtiva – formada por cerca de 800 aviários  –  que fornecerá a matéria-prima (aves adultas) para abate e processamento no Frigorífico de Xaxim.  Essa indústria – que pertence à Massa Falida do antigo Grupo Chapecó e até meados de dezembro era operada pelo Frigorífico Diplomata – foi arrendada em dezembro passado pela Cooperativa Central por prazo inicial de três anos.

O presidente da Aurora, Mário Lanznaster, informou hoje que, com o início do alojamento, o abate será retomado em 15 de abril, com cerca de 60.000 frangos por dia, crescendo até atingir, em dezembro, a capacidade máxima 
instalada de 238.000 cabeças/dia. A reativação da indústria sofre um transtorno causado pelo arrendatário anterior, a Diplomata, que inadimpliu o pagamento da energia elétrica para a fornecedora Iguaçu Energia, de Xanxerê. Em consequência, o serviço foi suspenso e apenas 30% das necessidades de energia da unidade estão sendo supridas. Como se trata de dívida da arrendatária anterior, as duas empresas – Iguaçu Energia e Aurora – buscam uma solução.

O presidente Lanznaster disse que, apesar dos percalços, a Aurora manterá a decisão de investir 60 milhões de reais neste semestre para recolocar em pleno funcionamento a unidade industrial de abate e processamento de aves de Xaxim. Os investimentos físicos somam 20 milhões de reais e estão representados pela aquisição de duas linhas de evisceração de aves, recuperação de equipamentos e instalações do abatedouro, além de outras melhorias. O juiz da 3a Vara Civil de Chapecó  Marcelo Volpato de Souza já nomeou técnico para avaliar e atestar a necessidade desses investimentos. Outros 40 milhões, em forma de capital de giro, são necessários para financiar a retomada da operação industrial, o alojamento de frangos e a aquisição de matérias-primas e dos demais insumos para produção.

Por outro lado, a Aurora iniciou o processo administrativo de recrutamento, seleção e admissão tendo como prioridade os cerca de 2.200 empregados que trabalhavam para a ex-arrendatária da planta industrial, o Frigorífico Diplomata. As admissões para a indústria serão paulatinas porque manterão sincronia com a reativação da produção avícola à campo, explica o vice-presidente Neivor Canton.

A Cooperativa Central habilitará a base produtiva de campo que fornecia  matéria-prima para a ex-arrendatária, formada por 600 avicultores com, aproximadamente, 800 aviários. Os técnicos da Aurora visitarão esses 
estabelecimentos rurais para transmitir as orientações técnicas e os padrões de produção avícola. Com isso, iniciará o processo de organização da produção para que o abate e o processamento sejam retomados e atinjam, plenamente, a capacidade instalada de 280 mil aves por dia, em dois turnos. As ações para 
reestruturação da base produtiva começam, imediatamente, para alojamento de pintinhos e início efetivo do abate em 15 de abril, tornando possível atingir a plena capacidade industrial em junho de 2013. O mix de produtos será formado, inicialmente, por cortes e salgados de frango.

O diretor de agropecuária Marcos Antônio Zordan confirmou que a Aurora pretende acolher em seu sistema de integração todos os criadores de aves que atendiam o Frigorífico Diplomata. Todo o conjunto produtivo pertencente à Massa Falida da Chapecó Alimentos foi arrendado, o que inclui, além do 
abatedouro, as seguintes estruturas: fábrica de rações (capacidade de produção mensal de 32.000 toneladas ou  60 toneladas/hora), incubatório (capacidade de produção de pintinhos de 4 milhões por mês), setor de 
congelamento da unidade industrial (420 toneladas por dia), armazéns (capacidade de armazenagem de 1.200 toneladas) e granjas-matrizes (alojamento para 200 mil matrizes). (Fonte: MB Comunicação)

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SERVIÇOS e VAREJO

Da redação - São Paulo / SP
Ovos de chocolate 6,42% mais caros em 2013
Se depender dos preços dos ovos de chocolate, a Páscoa será menos generosa este ano. Os produtos ficaram 6,42% mais caros se comparados com os vendidos no ano anterior, acima da inflação acumulada pelo IPC/FGV entre março de 2012 e fevereiro de 2013, que foi de 6,04%.
Entre as sete capitais pesquisadas, o produto registrou maior aumento médio em Porto Alegre, 8,35%, seguido por São Paulo, que teve alta de 8,15%. Já a cidade de Belo Horizonte ficou com o menor índice de reajuste, 4,03%. No Rio de Janeiro, o preço médio do produto aumentou 6,06% comparado à variação observada em 2012.
André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia (FGV/IBRE), responsável pelo levantamento, alerta que apesar dos aumentos às vésperas da Páscoa, é praticamente impossível evitar comprar ovos de chocolate. 
Contudo, dá a dica: “Se tal gasto é inevitável nesse período do ano, é preciso controlar o impulso consumista e abusar da pesquisa de preços para economizar e presentear parentes e amigos”. Para Braz, a maioria dos 
consumidores aguarda até a véspera da data no intuito de aproveitar as promoções de última hora. Mas, segundo ele, o consumidor deve fazer suas compras com atenção, já que é maior a probabilidade de sobrar apenas aqueles produtos mais caros ou levemente danificados. “Vale pesquisar e comprar um pouco antes da Páscoa para ganhar na qualidade e no preço”, conclui.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


São Paulo / SP
Alta no preço de alimentos chega a 34% no ano
Apesar de o País colher neste ano uma safra recorde de 185 milhões de toneladas de grãos, os preços dos alimentos foram o principal foco de pressão inflacionária nos últimos 12 meses. Daqui para frente, o comportamento dos preços do tomate, da batata, do arroz e do feijão será o fiel da balança na decisão do Banco Central (BC) de aumentar os juros básicos para que a inflação não supere o teto da meta de 6,5% prevista para este ano.
Em 12 meses até março, os preços dos alimentos ao consumidor descolaram da inflação em geral e subiram mais de 30%. Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)-15 subiu 6,43% até março, os preços das frutas, 
verduras e legumes acumularam altas de 33,36% e os dos cereais, que incluem arroz e feijão, de 34,09%, revela um estudo feito pelos economistas da Universidade de São Paulo (USP), Heron do Carmo e Jackson Rosalino. Eles 
usaram os dados do IPCA-15, uma prévia do IPCA, o índice de referência para o sistema de metas de inflação.

No caso dos alimentos semielaborados e industrializados, a alta também foi na casa de dois dígitos no mesmo período, de 16,50% e de 11,44%, respectivamente. Já os preços dos serviços privados, que variam ao sabor do 
mercado, exceto aqueles regidos por contatos, subiram 8,82% em 12 meses até março. "Poderemos ter uma melhoria da inflação dos alimentos por causa da supersafra, mas existe um pedaço importante da inflação, que reúne cereais de consumo doméstico, legumes, frutas, que está ao sabor do clima", diz Heron. Só o tomate mais que dobrou de preço nos últimos 12 meses, com alta de 105,87%. A trajetória dos preços de outros alimentos foi semelhante. A batata, por exemplo, ficou 86,51% mais cara em 12 meses até março, a 
farinha de mandioca subiu 140,57% e a cebola, 58,83%.

Heron explica que o que provoca o estrago no índice de inflação é o tamanho da variação dos preços desses produtos, não o peso que eles têm isoladamente no indicador. De toda forma, o grupo alimentação e bebidas 
respondeu no mês passado por 24,3% do IPCA. Desse total, a alimentação no domicílio, onde são computados os gastos com os ingredientes para o preparo das refeições, representou 16% e a alimentação fora do lar respondeu 
pela diferença (8,26%).

Dobradinha - A soja e o milho, basicamente lavouras de exportação e com efeitos indiretos no abastecimento doméstico das carnes, porque são usados como ração animal, respondem neste ano por 70% da safra. A produção 
recorde está sendo sustentada pela soja, cuja safra cresceu 23,6% neste ano, segundo a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab). No caso do milho e o do arroz, a alta na produção foi de 4,36% e 3,9%. Já no feijão da primeira safra, que está em fase de colheita, há queda de quase 6% na produção em relação à safra anterior.
Para o sócio da RC Consultores, Fabio Silveira, a supersafra já está ajudando a segurar a inflação. Ele observa que os preços no atacado, tanto dos alimentos cotados no mercado internacional, como soja, milho, café, açúcar, como aqueles voltados para o consumo doméstico, como arroz e feijão, estão desacelerando no atacado. Além disso, a recente desoneração dos oito grupos de produtos da cesta básica deve contribuir para atenuar preços.
"Projeto para este ano um IPCA de 5,5% e alimentação vai ficar em torno de 6%. Os alimentos vão devolver muito preço daqui para frente, pois a inflação dos alimentos está em 12%.""Olhando para frente, esperamos uma 
volta importante nos preços dos alimentos", diz Elson Teles, economista do Itaú Unibanco.  (Agência Estado)


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TI, WEB e e-COMMERCE

São Francisco / EUA
Google luta para mostrar preocupação com privacidade
O Vale do Silício odeia receber ordens. Seu lema extraoficial seria "é melhor pedir perdão do que permissão". Em março, porém, o Google recebeu uma ordem. Na conclusão de uma investigação de dois anos sobre se o projeto 
de mapeamento do Street View violou proteções de privacidade, autoridades disseram à empresa para se reformular. De novo.

O Google repetidamente redefiniu como as pessoas se comunicam e adquirem conhecimento no século XXI, e foi repetidamente acusado de quebrar as regras no processo. A empresa diz ter levado a sério seus erros no caso e 
que já mudou. Nunca mais, afirmaram eles, um engenheiro de nível intermediário poderá fazer qualquer coisa como o que ocorreu no Street View: iniciar um programa para coletar dados secretamente de milhões de redes Wi
-Fi sem criptografia no mundo todo, sem que seus chefes tenham qualquer ideia.

Para se certificar disso, uma coalizão de 38 estados americanos indicou inúmeras medidas específicas para o Google tomar, de educar seus engenheiros a educar seus advogados. Seja lá o que o Google estivesse fazendo antes para aprimorar seus controles de privacidade, não era suficiente, afirmaram os estados. "Não há razão para acreditar que eles não irão cumprir todos os termos deste acordo", argumentou Matthew F. 
Fitzsimmons, o procurador-geral assistente de Connecticut que trabalhou no documento. Jill Hazelbaker, porta-voz do Google, declarou: "Trabalhamos duro para melhorar nossas práticas".

Esperança na privacidade - Alguns especialistas em privacidade acham que o programa tem boas chances de sucesso. "Isso me dá um lampejo de esperança de que, daqui para frente, a cultura do Google irá incluir mais privacidade desde a programação", afirmou Joseph L. Hall, principal tecnólogo do Center para Democracia e Tecnologia. "Então eles poderão fazer as coisas de forma inovadora sem precisar implorar perdão mais tarde." Mesmo assim, é difícil fazer mudanças numa empresa de tecnologia extremamente bem-sucedida. Executivos do Vale do Silício lembram-se bem demais do caso da Microsoft, que comandava o futuro na década de 1990 – da forma como Google, Facebook e Amazon parecem comandar hoje. Então o governo dos Estados Unidos processou a empresa e quase a levou à falência. A imagem da Microsoft, e seu momento, nunca se recuperaram. "O Google está tão preocupado quanto, se não mais preocupado, com a percepção pública do que com pagar algumas multas", garantiu Ryan Calo, professor de Direito na Universidade de Washington que estuda questões de privacidade. "Os leigos verão o acordo como uma prova de culpa."

Espírito de startup - Larry Page, cofundador e presidente do Google, deixou claro recentemente que quer que a empresa de 31 mil funcionários tente funcionar como uma startup, o que significa assumir riscos e fazer as coisas rapidamente. Esse foi o tipo de postura que levou à violação do Street View. 
"Os estados estão tentando forçar uma cultura de privacidade, torná-la parte do DNA do Google", disse Timothy J. Toohey, especialista em privacidade do escritório de advocacia Snell & Wilmer. "Mas as agências reguladoras e os procuradores gerais não são tecnólogos, e fica muito difícil dar prosseguimento a isso." Dentro do Google, o problema do Street View foi visto mais como uma questão de gestão do que de privacidade, segundo pessoas informadas sobre a investigação que não estavam autorizadas a falar publicamente. A empresa percebeu, segundo essas pessoas, que precisava de um controle mais claro sobre o que seus engenheiros estavam fazendo – e restrições mais rígidas sobre quais engenheiros recebem acesso a certos dados. Houve também uma percepção, entre os executivos do Google, que essas penalizações de privacidade são importantes – no mínimo por seus riscos à reputação. Eles sabem que a empresa só pode aguentar um certo número de ataques diante da opinião pública, e o problema fica mais grave a cada novo ataque, disseram ex-executivos do Google sob condição de anonimato.

Em 2010, quando o caso do Street View apareceu publicamente, o Google nomeou Alma Whitten, engenheira com experiência em segurança computacional, como sua diretora de privacidade para produtos e engenharia. Desde então, a empresa somou cerca de 350 funcionários à sua equipe.
O Google também acrescentou novas regras para funcionários. Por exemplo, eles precisam fazer treinamento em práticas de privacidade e participar de palestras sobre o assunto, e engenheiros que supervisionam novos produtos devem manter documentos, revisados por auditores internos, detalhando como o produto lida com dados de usuários.

Segundo Hazelbaker, a porta-voz do Google, a empresa também contratou especialistas em privacidade e endureceu o controle. O Google declarou estar considerando questões de privacidade no início do desenvolvimento de 
produto. Mesmo assim, os críticos mais ferozes do Google preveem que os negócios não vão mudar. "As pessoas que se preocupam com privacidade têm de agradecer que os procuradores estaduais estejam tentando fazer seu trabalho, mas é difícil imaginar que esse último acordo fará muita diferença no comportamento do Google", disse Gary L. Reback, advogado do Vale do Silício que representou empresas apresentando queixas antitruste contra o Google – 
todas em vão. "Esta é a terceira vez que a empresa promete educar seus funcionários, incluindo uma ordem da Comissão Federal do Comércio, sempre sem sucesso."   (Fonte: The New York Times)

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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA

Da redação - São Paulo / SP
Apagão logístico ameaça economia brasileira
O caos da infraestrutura logística brasileira foi escancarado para a sociedade nesta semana, em razão, das quilométricas filas de caminhões carregados de grãos, como, por exemplo, milho e soja, na entrada do porto de Santos/SP. “O resultado financeiro que seria gerado para a economia brasileira fruto da safra recorde de grãos está sendo sequestrado pela falta de armazéns, rodovias ruins, malha ferroviária reduzida, falta de hidrovias, e portos saturados”, afirma Cesário Ramalho da Silva, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB). Para a Rural, de pouco adianta a evolução tecnológica do agro brasileiro, que produz cada vez mais em menos área, e com menos insumos, num espiral de ganhos de produtividade, se não for possível transportar o que é produzido de maneira competitiva dentro das fazendas. “Com a infraestrutura logística falida, a supersafra que era para ser motivo de alegria ganhou contornos negativos. Se a capacidade de armazenagem do País fosse 
melhor, por exemplo, o produtor não precisaria vender a produção toda de uma vez, o que faz entupir rodovias e portos”, ressalta Ramalho. 

Segundo a Rural, os efeitos perversos da logística ruim não se restringem apenas ao agro. “Além do corte na renda do produtor, e nas margens das empresas, o consumidor sofre com produtos mais caros e danificados, e o 
País perde divisas, com desdobramentos negativos também para a geração de emprego”, explica Ramalho. A realidade é que o apagão logístico tem o poder de mudar a lógica do agro e da economia brasileira. “Simplesmente não estamos conseguindo comercializar [interna e externamente] o que produzimos bem. Se o agro está deixando de ser competitivo, imagine os outros setores. Nosso futuro não pode ficar parado no engarrafamento”, acentua Ramalho.  (Fonte: SRB)


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MERCADO LUXO

Dublim / EUA
Gravação de Elvis é leiloada por US$ 85 mil
Uma gravação original do primeiro sucesso do cantor Elvis Presley, "That's All Right Mama", foi vendida por US$ 85 mil em um leilão realizado em Dublin, na Irlanda, segundo informaram fontes locais. (LEIA NA ÍNTEGRA)




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