Edição 844 | Ano IV


Da redação - Brasília / DF
Governo prevê que alíquota do ICM de 4% atinja 83% das transações até 2016
Dentro de três anos, 83% de todas as transações interestaduais com bens e serviços estarão sendo taxadas pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com alíquota de 4%, se a proposta enviada pelo governo ao Congresso for aprovada, informou ontem, dia 12/3, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa  Com esse dado, Barbosa procurou rebater a crítica de que o governo adiou a implantação da unificação da alíquota interestadual do ICMS ao ampliar de oito para 12 anos o prazo de transição. "A transição será rápida", afirmou.

2025 - Os restantes 17% das transações interestaduais - aquelas realizadas entre os Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste com os Estados das regiões Sul e Sudeste, menos o Espírito Santo - terão alíquota de 4% somente em 2025, de acordo com a proposta. Os dados foram apresentados por Nelson Barbosa, durante audiência pública realizada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Atualmente, as alíquotas interestaduais são de 12% e 7%. O Estado do Espírito Santo é enquadrado nas mesmas regras válidas para os Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Questionamento - Na audiência pública, os secretários de Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi, e de Minas Gerais, Leonardo Colombini Lima, questionaram a ampliação do prazo de transição de oito anos para 12 anos e a exclusão do Estado do Amazonas da alíquota interestadual de 4%. "Se o Amazonas ficar com 12% e o restante dos Estados com 4% esqueçam, pois todas as empresas irão para lá", disse Calabi. "O Amazonas já têm benefícios fiscais federais e ele pode até ter uma alíquota do ICMS diferenciada, mas não aceitamos os 12%", reforçou Lima. Calabi disse que essa questão não foi discutida anteriormente com os demais Estados.

Protesto - O secretário de São Paulo protestou também contra a exclusão do gás natural da alíquota única de 4%. Pela proposta do governo, o gás natural será tributado com 12% para não prejudicar o Estado do Mato Grosso do Sul, por onde o gás boliviano ingressa no país.

Sem consenso - Durante a audiência pública ficou evidente para os senadores que a proposta de reforma do ICMS apresentada pelo governo não reflete um consenso entre os Estados. "Vamos ser sinceros, não temos um consenso [sobre a unificação da alíquota] dentro do Confaz [Conselho Nacional de Política Fazendária]", disse Claudio Trinchão, coordenador do órgão, que reúne os secretários estaduais.

Contra - Todos os secretários de Fazenda do Norte, Nordeste e Centro-Oeste que estavam presentes na CAE disseram que seus Estados não aceitam a unificação da alíquota em 4%. "Manter a assimetria das alíquotas é um ponto essencial", disse o secretário de Pernambuco, Paulo Henrique Câmara. "A reforma é um desastre para as três regiões [Norte, Nordeste e Centro-Oeste]", reforçou o secretário de Fazenda do Ceará, Mauro Benevides Filho. "Temos que manter a diferenciação de alíquotas, pois ela é necessária", acrescentou. A proposta desses Estados é ter uma alíquota de 7% para os seus produtos e de 4% para os produtos com origem nas regiões Sul e Sudeste. 

Fundo de compensação - Eles protestaram também contra o que chamaram de "falta de segurança" com o fundo de compensação das perdas e com relação aos recursos orçamentários que o governo pretende destinar ao fundo de desenvolvimento regional. A proposta do governo prevê que apenas 25% dos recursos deste fundo virão do Orçamento. Os outros 75% serão financiamentos em condições favorecidas. "Queremos inverter isso, com 75% de recursos orçamentários", disse o secretário de Pernambuco.

Possível - O secretário-executivo do Ministério da Fazenda observou que o governo nunca disse que sua proposta contava com o apoio do Confaz. "É impossível chegar a um acordo no Confaz", disse. "A União procurou estruturar um consenso possível", afirmou. Segundo Barbosa, 20 Estados ganharão com a reforma. Ele disse que um estudo feito pelo Confaz estimou a perda anual com a reforma em R$ 15,4 bilhões a partir de 2025. Nesse cálculo, no entanto, não está considerada a exclusão do Amazonas e do gás das novas regras.

Sem condições - Diante das divergências entre os secretários, alguns senadores questionaram a possibilidade de acordo. "O que vemos aqui é quase um dissenso total", afirmou o senador Waldemir Moka (PMDB-MS). "Não tem condição política nenhuma de aprovar isso [a reforma]", acrescentou. O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) questionou a data de 26 deste mês para votar a proposta, fixada pelo presidente da CAE, Lindbergh Farias (PT-RJ). Ele considerou o prazo muito apertado. Lindbergh garantiu que manterá a data e pediu pressa para as negociações entre os Estados.Hoje, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), discutirão a reforma do ICMS e outras questões federativas, como a mudança do indexador das dívidas renegociadas pela União e o Fundo de Participação dos Estados (FPE), com os governadores. (Fonte: Assessoria de Imprensa da OCEPAR/SESCOOP-PR)

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INDICADORES ECONÔMICOS

São Paulo / SP
Produção industrial cresce em 9 de 14 regiões em janeiro
A produção industrial subiu em nove das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em janeiro, na comparação com dezembro. Os dados constam da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional (PIM-PF Regional), divulgada nesta quarta-feira.
Na série com ajustes sazonais, o Estado do Paraná teve o melhor desempenho entre as regiões, com alta de 11,3% em janeiro na comparação com dezembro, seguido por Ceará (9,3%) e Rio Grande do Sul (7,1%). Em São Paulo, que possui o maior parque industrial do país, a produção aumentou 1,6% no período. Na outra ponta, o Estado de Goiás teve o pior desempenho, com baixa de 4,9% em janeiro ante dezembro, já descontados os efeitos sazonais. O Pará veio em seguida, com queda de 3,1% na produção industrial local, e Bahia (-2,1%). Entre dezembro e janeiro, a indústria nacional cresceu 2,5%, na série que desconta os efeitos sazonais.

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE na Europa:
Londres / Inglaterra - O indicador principal da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu a sessão desta quinta-feira com alta de 0,2%, aos 6.494,64 pontos. O barril de petróleo Brent para entrega em abril iniciou as movimentações desta quinta-feira em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres e valia US$ 108,61, US$ 0,09 mais que no fechamento da sessão anterior. 
Frankfurt / Alemanha - O indicador principal da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, iniciou as movimentações desta quinta-feira com alta de 0,58%, aos 8.017 pontos.  O euro abriu nesta quinta-feira em alta no mercado de divisas de Frankfurt e era cotado a US$ 1,2955, frente aos US$ 1,2947 da sessão anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou ontem o câmbio oficial do euro em US$ 1,2981.
Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, iniciou o pregão desta quinta-feira com alta de 0,5%, aos 3.855,22 pontos.
Madri / Espanha - O principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, iniciou o pregão desta quinta-feira com alta de 0,5%, aos 8.545 pontos.
Roma / Itália - O indicador principal da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE MIB, iniciou as negociações desta quinta-feira com avanço de 0,94%, aos 15.893,46 pontos. Já o índice geral FTSE Italia All-Share ganha 0,91%, aos 16.928,34 pontos.
Lisboa / Portugal - O índice principal da Bolsa de Valores de Lisboa, o PSI-20, iniciou a sessão desta quinta-feira com lucro de 0,12%, aos 6.074,26 pontos. 


HOJE na Ásia:
Bolsa de Tóquio fecha em alta
Bolsa de Tóquio fechou em terreno positivo no pregão de hoje, dia 14/3, com um novo enfraquecimento do iene ante o dólar. Além disso, as imobiliárias - como a Mitsui Fudosan e a Mitsubishi Estate - se juntaram a Fast Retailing e lideraram o mercado de maior após a Câmara Baixa do Parlamento japonês aprovar os indicados do governo para chefiar o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).
- O índice Nikkei subiu 1,2%, para 12.381,19 pontos, quebrando uma sequência de dois dias seguidos de queda.
- O volume geral manteve-se forte, embora em seu menor nível desde 21 de fevereiro, no total de 2,86 bilhões ações. O valor das operações ficou em pouco mais de 2 trilhões de ienes.

Análise - As ações receberam um impulso inicial uma vez que o dólar retomou a sua ascensão, reafirmando a marca de 96 ienes. Um resultado mais forte do que o esperado sobre as vendas no varejo dos EUA beneficiaram as bolsas na quarta-feira, ajudando a levar o índice Dow Jones ao nono dia consecutivo de ganhos, sua maior série em 16 anos.
O Nikkei também se beneficiou da decisão da Câmara Baixa do Parlamento do Japão que votou pela aprovação dos três indicados do governo para a liderança do Banco do Japão. O indicado a presidência do BoJ, Haruhiko Kuroda, e dois candidatos à vice-presidência, Kikuo Iwata e Hiroshi Nakaso, devem aguardar a confirmação final na sexta-feira com a votação da Câmara Alta. "Parece que a história do relaxamento monetário permanece intacta", disse o estrategista de ações Nicholas Smith, da CLSA. "O fato de que o mercado vendeu nas duas sessões anteriores pode ter mostrado que os jogadores estavam nervosos sobre o processo de nomeação, e que precisavam ser um pouco convencidos de que as coisas realmente vão mudar no banco central."
A Fast Retailing liderou todos os pesos-pesados, recuperando de três sessões seguidas de perdas. Nesta quinta-feira, a empresa ganhou 2,5%. As principais incorporadoras continuaram a subir, mesmo quando o Nikkei desacelerou no meio da sessão. Com a chegada da nova liderança do BoJ, os investidores esperam um efeito de valorização dos ativos. A Mitsui Fudosan ganhou 5,3%, enquanto a Mitsubishi Estate subiu 5,0% e a Sumitomo Realty & Development avançou 3,8%. A construtora Sekisui House fechou em alta de 3,1%. Os exportadores blue chips terminaram o dia em terreno positivo com o enfraquecimento do iene. A Nikon subiu 4,2% e a Tokyo Electron ganhou 1,4%. A Nippon Steel & Sumitomo Metal perdeu 2,7% após a empresa afirmar no dia anterior depois do mercado encerrar as atividades que vai fechar um de seus fornos, o seu primeiro fechamento em duas décadas.


ONTEM no Brasil:
Bovespa fecha abaixo de 58 mil pontos puxada por Vale e OGX
A Bovespa ignorou o sinal positivo das bolsas norte-americanas, sustentado após um dado forte de vendas no varejo, e fechou em queda. Vale e OGX pesaram sobre o Ibovespa, com quedas superiores a, respectivamente, 3% e 9%, enquanto Petrobras subiu e ajudou a amenizar o sinal vermelho.
- O Ibovespa terminou o pregão de ontem, dia 13/3, com desvalorização de 1,41%, aos 57.385,90 pontos. Na mínima, registrou 57.286 pontos (-1,59%) e, na máxima, 58.411 pontos (+0,35%). No mês, voltou a acumular perda, de 0,07% e, no ano, baixa de 5,85%. 
- O giro financeiro totalizou R$ 7,656 bilhões.

Análise - "A queda de Vale e OGX e o exercício de opções sobre ações na próxima segunda-feira explicam o movimento da Bolsa neste pregão", comentou um operador da mesa de renda variável. "Petrobras, com rumores sobre aumento da gasolina, deu uma ''segurada'' no índice", acrescentou.
Os boatos de que o Brasil sofreria algum tipo de rebaixamento na perspectiva de sua nota de risco pela agência de classificação S&P fez o Ibovespa ampliar a queda no meio da tarde. A S&P, no entanto, negou qualquer movimento nesse sentido. E a Moody''s também reafirmou suas notas para o Brasil. O sinal amenizou logo após o desmentido, mas a Bovespa voltou a bater mínimas com a piora da Vale.
Ontem, o governo da Argentina sinalizou que a mineradora brasileira pode perder a concessão do projeto Potássio Rio Colorado, na província de Mendoza, depois que a Vale anunciou a suspensão de investimentos do mesmo. "A empresa violou a segurança jurídica e as leis da Argentina e de Mendoza, em particular, que outorgou a permissão de concessão. E, se não a exploram, vão perdê-la", ameaçou o ministro do Planejamento da Argentina, Julio De Vido.
A Vale informou também que pretende discutir com a YPF o futuro da sociedade em um investimento de exploração de gás na Argentina. O projeto de gás tinha como foco fornecer energia para a produção de potássio da Vale no país.
O investimento estava em reavaliação pela mineradora brasileira desde que o governo argentino anunciou a estatização da petroleira YPF. As duas companhias perfuravam em uma área conhecida como Las Lajas, na província de Neuquém. Vale ON tombou 3,94% e PNA, 3,72%.
OGX teve uma queda bem mais pronunciada, de 9,20%, depois que várias instituições reduziram sua recomendação para a ação. O desempenho de OGX contaminou outras empresas do grupo de Eike Batista, que também estiveram na lista de maiores quedas em decorrência de uma realização de lucros recentes. MMX ON caiu 10,08% e LLX ON, 5,84%.
Petrobras foi exceção no pregão desta quarta-feira ao subir praticamente o dia todo. Nos ajustes, entretanto, a ação ON virou e terminou em queda de 0,24%. A PN avançou 0,11%. A alta foi puxada pela possibilidade de novo reajuste no preço da gasolina no segundo semestre.


ONTEM nos EUA:
Dow Jones fecha no azul pelo 9° pregão consecutivo e estabelece nova máxima
As bolsas norte-americanas encerraram no azul os pregões de ontem, dia 13/3, com o Dow Jones registrando variação positiva pela 9° sessão seguida e atingindo novo recorde, impulsionadas por dados surpreendentes de vendas no varejo que sugerem melhora na economia. O rali do Dow tornou-se a série mais longa para o índice de blue chips desde 1996.
- O índice Dow Jones teve variação positiva de 0,04%, para 14.455 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,13%, para 1.554 pontos. 
- O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,09%, para 3.245 pontos.
- O volume de negociações, no entanto, foi baixo. Grandes oscilações foram contidas nos últimos dias à medida que investidores consolidam posições após um forte avanço nos três primeiros meses do ano. Ainda assim, investidores têm reagido a demonstrações de fraqueza comprando mais ações, o que tem ajudado a alimentar o avanço recente do mercado.
- O índice S&P opera ao alcance de sua máxima histórica de fechamento de 1.565 pontos e distante cerca de 1% de sua alta recorde intradia de 1.576 pontos —ambas estabelecidas em 2007.

Análise - "Eu acho que logo veremos o S&P 500 em máximas históricas. Não acho que já tenhamos chegado a um pico, e ainda há força para alimentar a ascensão do mercado", disse o estrategista-técnico da C&Co/PrinceRidge em Nova York, Ari Wald.
"Vamos ver uma correção de cerca de 10% em breve? Não de forma iminente. Ainda não vimos uma divergência de comportamento, em que participantes do mercado tornam-se mais seletivos sobre quais ações comprar", completou.
Os papéis da IBM e da Boeing registraram os maiores ganhos entre os incluídos no Dow Jones. A ação da IBM avançou 0,7%, para 212,06 dólares, enquanto a ação da Boeing também subiu 0,7%, fechando a 84,75 dólares.
Sinais de fortalecimento na economia e a política monetária acomodativa do Federal Reserve, banco central norte-americano, ajudaram as ações a acelerar seu avanço recente. O Dow acumula alta de 10,3% no ano, e o S&P, de 9%.

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INDÚSTRIA

Frankfurt / Alemanha
ThyssenKrupp nomeia ex-CEO da Henkel como presidente do Conselho
A ThyssenKrupp AG disse ontem, dia 13/3, que seu Conselho de Supervisão indicou o ex-presidente-executivo da Henkel, Ulrich Lehner, como novo presidente do Conselho. Ele assumirá o lugar de Gerhard Cromme, que inesperadamente anunciou na semana passada que deixará o cargo no começo do mês, após ter sofrido acusações sobre investigações de cartel e um fracassado projeto multi-bilionário nas Américas.  (Agência Reuters)

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AGROBUSINESS

São Paulo / SP
Lucro da JBS dispara no 4° trimestre, mas fica abaixo do esperado
A JBS, empresa de processamento de proteína animal, teve lucro líquido de R$ 66,4 milhões no quarto trimestre, alta de 160% em relação a igual período do ano anterior, informou a empresa ontem, dia 13/3. Contudo, o resultado, que ficou abaixo da expectativa de analistas, recuou 82% na comparação com o terceiro trimestre. De acordo com a empresa, o resultado foi influenciado pela expansão do volume de carne comercializado a partir do Brasil e também pelo início das operações de aves no país. Além disso, informou a empresa, o ajuste nos preços da carne bovina e de aves nos Estados Unidos e a entrada no mercado canadense também foram fatores que contribuíram para o desempenho da JBS. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que mede o desempenho operacional da companhia, totalizou R$ 1,17 bilhão no quarto trimestre, alta de 24,5% em relação ao mesmo período de 2011. Os analistas apontavam em média R$ 282 milhões de lucro líquido e R$ 1,15 bilhão de Ebitda. Conforme o previsto pela empresa, a receita da companhia no ano atingiu R$ 75,7 bilhões, com um crescimento de 22,5% em relação ao ano anterior. "Os resultados financeiros de 2012 foram positivos, mas é importante destacar o desempenho operacional de nossos negócios e também o processo de consolidação realizado pela companhia após anos de crescimento expressivo", disse em comunicado. A companhia realizou forte processo de expansão, elevando sua capacidade de abate, mas vem anunciando que agora espera consolidar investimentos recentes.  (Agência Reuters)


Da redação - Brasília / DF
CNA pede menos imposto sobre frete de fertilizantes
A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, trabalha pela isenção da cobrança do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) para o transporte de fertilizantes. Kátia esteve reunida ontem, dia 13/3, com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland de Brito.
De acordo com a presidente da CNA, a isenção reduziria em 5% o custo de produção por hectare. A senadora solicitou ainda a manutenção em 0% da Tarifa Externa Comum (TEC) para a importação de fertilizantes. 
O pedido da Confederação rebate de frente a proposta da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que queria a elevação da TEC para 6%. “Se essa proposta de elevação for aprovada, haverá aumento de pelo menos 8% no custo do fertilizante”, justificou Kátia. (Fonte: Assessoria de Imprensa da CNA)

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MERCADO AUTOMOTIVO

São Paulo / SP
Mercedes-Benz terá novo presidente no Brasil
O atual vice-presidente global de marketing da Mercedes-Benz Automóveis, Philipp Schiemer, vai assumir a presidência da Mercedes-Benz Brasil a partir do dia 1º de junho, informou a empresa ontem, dia 13/3. Schiemer sucederá Jürgen Ziegler, atual presidente, que será realocado dentro do grupo Daimler. Sua nova posição, no entanto, ainda não foi anunciada. Schiemer irá coordenar todas as operações da marca no País, inclusive a fabricação dos motores, câmbios e eixos utilizados nos produtos. A Mercedes-Benz do Brasil conta atualmente com mais de 14.000 colaboradores e tem unidades de produção de veículos comerciais em São Bernardo do Campo (SP), Juiz de Fora (MG), e Campinas (SP). Formado em economia pela University of Cooperative Education de Stuttgart, na Alemanha, o futuro presidente da Mercedes no Brasil é alemão e tem 48 anos. De acordo com a Mercedes, ele trabalha há 20 anos no setor automotivo, 14 desses no Brasil, onde desempenhou papéis em todas as linhas de produtos da marca: caminhões, ônibus, vans e automóveis. "Acreditamos que o Brasil continuará crescendo nos próximos anos. Portanto, nosso lema é: pisar no acelerador! Por essa razão, estamos muito felizes em ter Philipp Schiemer, comprovado especialista em sua área de atuação, e com vasta experiência internacional, à bordo", afirmou Andreas Renschler, membro do Conselho de Administração do Grupo Daimler.  (Agência Estado)

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COMÉRCIO, SERVIÇOS e VAREJO

Roma / Itália
Italiana Enel lucra 79% menos e corta dividendos
A concessionária italiana Enel teve uma queda de 79% no lucro líquido em 2012, para 865 milhões de euros, de 4,11 bilhões de euros um ano antes. A companhia também informou que cortou os dividendos do ano passado em 42%, para 0,15 euro por ação, em comparação com 0,26 euro por ação no ano anterior. O resultado foi prejudicado por uma despesa de 2,58 bilhões de euros com a redução do valor de ativos da unidade espanhola Endesa. (Agência Dow Jones)

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COMÉRCIO EXTERIOR

São Paulo / SP
Embarques de carnes seguem em expansão
A balança comercial do agronegócio brasileiro apresentou um superávit de US$ 5,01 bilhões em fevereiro, de acordo com dados da Secex compilados pelo Ministério da Agricultura. As exportações do setor alcançaram US$ 6,30 bilhões, crescimento de 5,7% em relação ao mesmo mês de 2012. Já as importações somaram US$ 1,29 bilhão, queda de 1,3%. O segmento de carnes foi o que mais se destacou, com vendas de US$ 1,25 bilhão - cerca de US$ 183,45 milhões a mais do que no mesmo mês de 2012 -, e respondeu por 19,9% das exportações do agronegócio no mês.

Somente a comercialização de carne de frango rendeu US$ 582,79 milhões, 15,2% mais do que o montante de um ano atrás. O resultado se deve ao aumento do volume vendido (de 270,13 mil toneladas para 276,10 mil toneladas) e do preço médio, que passou de US$ 1.872 milhão para US$ 2.111 milhões por tonelada. As exportações de carne bovina avançaram 23,4%, para US$ 449,12 milhões. No caso da carne suína, o aumento foi de 13,2%, a US$ 108,25 milhões.

Já os embarques do complexo sucroalcooleiro (açúcar e etanol) cresceram 16% e somaram US$ 1,01 bilhão. As negociações de açúcar responderam por 86,4% do valor (US$ 868,36 milhões). Em contrapartida, os problemas logísticos que dificultam o escoamento da safra de soja no país já se refletem na receita do complexo (que inclui, além da commodity em grão, o farelo e o óleo), com um recuo de 40% no acumulado do primeiro bimestre deste ano sobre igual intervalo de 2012, para US$ 1.283 milhão.

Parte da queda da soja é explicada pelo forte aumento das vendas de milho do país, depois que uma seca de grandes proporções reduziu drasticamente a safra 2012/13 do grão nos Estados Unidos (maior fornecedor mundial da commodity). No primeiro bimestre de 2013, houve uma elevação de mais de 4,5 milhões de toneladas, ou 404%, nas exportações de milho brasileiras. Puxadas pela commodity, as vendas de cereais, farinhas e preparações totalizaram US$ 508,1 milhões no último mês, ante os US$ 14,8 milhões de fevereiro de 2012.

O principal destino das vendas externas do agronegócio brasileiro em fevereiro foi a Ásia, com um total de US$ 1,93 bilhão em produtos enviados para o continente, aumento de 23,6% em comparação ao mesmo mês de 2012. Individualmente, os EUA foram os maiores compradores, com US$ 1,21 bilhão.
(Agência Valor)

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TI, WEB e e-COMMERCE

São Paulo / SP
HP passa a disputar mercado de serviços em nuvem no Brasil
Os CIOs brasileiros que estão avaliando a adoção de cloud computing passam a contar com mais um prestador de serviços na hora de escolher o seu fornecedor. É a HP que lançou no dia 12/3, no País sua plataforma de cloud computing. Batizada de Enterprise Cloud Services – Virtual Private Cloud  (ECS/VPC), a nova plataforma estava em teste desde o início de 2013 e agora entra em operação comercial com a proposta de entregar uma oferta diferenciada aos clientes corporativos. 
Segundo a HP, o seu serviço é o primeiro de nuvem híbrida do País. Assim os clientes podem criar serviços de cloud pública e privada, de acordo com suas necessidades. O serviço contempla soluções de infraestrutura (IaaS) software (SaaS) e plataforma (PaaS) pelo modelo de serviço. O ECS/VPC será suportado pelos dois data centers da HP no Brasil, localizados nas cidades de Barueri e São Bernardo do Campo, na região da Grande São Paulo.
A plataforma faz parte do serviço global de nuvem da HP, que atualmente é oferecido nos Estados Unidos, Canadá, Europa e Ásia. “O Brasil passa agora a fazer parte desse mapa”, conta Luciano Corsini, vice-presidente e country manager da HP Enterprise Services no Brasil.

Apoio aos CIOs - Corsini informa que o ECS/VPC tem a missão de ajudar os executivos de TI em todas as etapas de migração para nuvem, desde o aconselhamento do projeto, passando pela redefinição da operação, transformação das aplicações até o gerenciamento. Como ex-CIO da Visanet, Corsini afirma conhecer bem as dores que os líderes de TI estão sentindo no processo de mudança para nuvem. Ele observa que os gestores ainda têm muitas dúvidas sobre os benefícios desse modelo.

Ao mesmo tempo, os gestores de tecnologia estão sendo pressionados pelas áreas de negócios e usuários a darem respostas rápidas sobre os projetos de cloud. Todos querem ter acesso às aplicações a qualquer hora pelos mais variados tipos de dispositivos não importam onde estejam.   “O CIO está vivendo um grande dilema porque a mudança para nuvem não é fácil”, constata Corsini “Nosso objetivo é ajudá-lo a trilhar esse caminho de forma mais suave, sem correr riscos”, diz o executivo.

Inicialmente, a plataforma ECS/VPC contará com soluções de armazenamento, plataformas e projetos de desenvolvimento. Rodrigo Martineli, diretor de Estratégia e Alianças da HP Enterprise Services informa que em breve o serviço entregará ofertas para recuperação de desastre e de colaboração com aplicações SharePoint e Lync da Microsoft. O público-alvo que a HP espera atrair com sua oferta de nuvem são empresas de todos os portes. Corsini e Martineli garantem que a solução atende os pequenos negócios. Porém, reconhecem que esse segmento é muito sensível a preços. Eles dizem que tudo vai depender da escala.  


São Paulo / SP
Dell aposta em consumerização e anuncia no Brasil nova linha de equipamentos
A fronteira cada vez mais cinza do uso da tecnologia digital para trabalho e vida pessoal, que na linguagem de TI convencionou-se chamar de consumerização, está por trás da nova linha de desktops, tablets, notebooks e ultrabooks conversíveis anunciados ontem, dia 13/03, em São Paulo, pela Dell. "Nossa proposta é sermos pioneiros em consumerização", diz Raimundo Peixoto, diretor-geral da Dell no Brasil. Raymundo Peixoto explica que a estratégia da empresa, iniciada há quatro anos, é de posicionar-se não como um fabricante de PCs, mas sim como uma "empresa fornecedora de tecnologia ponta-a-ponta". "Estamos chamando nossos produtos, não mais de PCs, mas de  'end user computing' e focando em toda a cadeia de uso de TI, do consumidor final ao corporativo, e incluindo nesse portfólio um leque de tecnologias de hardware, software e serviços ", diz Peixoto.

As novidades incluem o ultrabook híbrido XPS 12, conversível, que utiliza um recurso diferenciado para inverter a tela e transformar-se num tablet; e o Latitude 10, primeiro tablet Dell com Windows 8 e o único do mercado a ter baterias removíveis e intercambiáveis (com até 20 horas de duração). A linha de notebooks Inspiron também tem novidade, com modelos que podem ser configurados com tela comum ou tela touchscreen (pagando um valor diferencial de 300 reais, segundo a empresa). Junto com a mobilidade vem a nova geração de desktops da Dell, máquinas "all-in-one" com tela touch de 23 polegadas para mercado doméstico (Inspiron 2330) e corporativo (Optiplex 9010). Todos os equipamentos são Windows 8, acompanhando o movimento assumido pela empresa de manter parceria estreita com a Microsoft.

A empresa aposta na tendência inexorável da consumerização e quer atender o desejo dos usuários de ter máquinas "mais bonitas, mais simples e mais seguras" para casa e trabalho, com a necessidade dos diretores de TI das empresas de gerenciar a segurança das informações nesses equipamentos.
O tablet Latitude 10, por exemplo, terá três versões - Lite, Standard e Security - sendo que a terceira inclui recursos de segurança corporativa como leitor de smartcard e leitor biométrico. Já o ultrabook conversível, diz Carlos Rabello, gerente de marketing para o consumidor final da Dell, foi preparado para encarar vida dupla entre trabalho e casa: "ele é feito em fibra de carbono; tem tela recoberta com Gorilla Glass e recebeu isolamento térmico para evitar que, ao ser usado no colo, tenha transferência de calor que interfira no resfriamento da CPU.

As máquinas já estão disponíveis para compra no site da Dell. Os preços são premium: o ultrabook conversível XPS 12 tem preço inicial de R$ 4,99 mil e o tablet Latidude 10 custa R$ 2.299 na versão mais simples, Lite. As máquinas domésticas "tudo-em-um" Inspiron 2330 custam no modelo básico R$ 3 mil, enquanto que o equipamento corporativo, Optiplex 9010 será vendido por preço inicial de R$ 4,14 mil.


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MÍDIA, MKT e COMUNICAÇÃO

Nova Iorque / EUA
Samsung é campeã em publicidade de smartphones nos Estados Unidos
No segmento de smartphones, a Samsung foi a companhia que mais gastou com publicidade e marketing nos Estados Unidos em 2012. Segundo dados da consultoria e empresa de pesquisa Kantar Media (citados pelo Wall Street Journal ontem), a sul-coreana gastou US$ 401 milhões com propaganda no ano passado, contra US$ 333 milhões da rival Apple. Nem sempre foi assim. Em 2011, a Apple gastou três vezes mais que a Samsung com publicidade (US$ 253 milhões, da Apple, contra US$ 78 milhões da Samsung). A resposta da sul-coreana foi mais investimento em marketing – em todo tipo de mídia (televisão, outdoors, internet e impressos).

À medida que a diferença tecnológica entre o Galaxy e o iPhone diminui, o marketing passa a ter mais influência na escolha dos consumidores, diz a matéria do Wall Street Journal. Esse cenário justificaria porque a Samsung está gastando mais. Apesar disso, com o iPhone 5 a Apple ultrapassou a Samsung em vendas nos Estados Unidos pela primeira vez no quarto trimestre de 2012, segundo dados da ComScore. O iPhone também é a marca de telefone mais forte nos Estados Unidos, segundo a empresa de análise de publicidade Ace Metrix. A Samsung está em segundo lugar. Já no segmento tecnologia, a sul-coreana aparece como a marca mais forte.

O novo Galaxy vem aí - Amanhã a Samsung fará o lançamento do novo smartphone da família Galaxy – o S IV – em um evento em Nova York. A campanha de marketing prévia está forte. No dia 25 de fevereiro a empresa fez a divulgação da data do evento e desde então está tentando criar mistério com uma série de vídeos sobre o Galaxy S IV. Nos vídeos (veja abaixo), o personagem Jeremy é um menino encarregado de guardar a caixa que traz o novo Galaxy e seus segredos. Até agora, o primeiro tem 2,7 milhões de visualizações no YouTube. O segundo, 718 mil.

Segundo reportagem da Reuters, com a intensa campanha de marketing que precede o lançamento do novo Galaxy, a Samsung corre o risco de ter exagerado na promoção de seu novo modelo, alertam analistas. A tese: os consumidores podem se decepcionar se o S IV oferecer melhorias pontuais e não novos recursos deslumbrantes. Um dos rumores do novo aparelho é a função que acompanha o movimento do olho humano para rolar a tela.
O sucesso do novo aparelho depende da capacidade da Samsung de evitar falhas na produção. O texto cita uma situação vivida pela empresa depois do lançamento do Galaxy S III, em maio passado:  um problema de produção dos invólucros do smartphone fez a Samsung perder dois milhões de unidades em vendas. “Pode ser que volte a haver gargalos de suprimento devido à escassez de componentes, mas creio que qualquer interrupção venha a ser muito breve, porque a Samsung está apostando mais no S IV do que apostou no predecessor, e tem um plano de segurança para evitar imprevistos desse tipo”, disse Greg Noh, analista da HMC Investment and Securities, à Reuters. Analistas preveem que o novo modelo venda 10 milhões de unidades em 30 dias.  (Fontes: Agência Reuters e Wall Street Journal) 


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