Edição 840 | Ano IV


São Paulo / SP
Economia vai crescer mais em 2013 graças ao consumo
As condições para o crescimento da economia brasileira são melhores este ano do que em 2012 e a expansão deverá ser amparada pelo consumo das famílias, disseram representantes de entidades patronais ontem, dia 6/2, após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, afirmou haver otimismo baseado na perspectiva aquecida para o mercado de trabalho. "O crescimento este ano vai ser baseado em consumo porque a massa salarial e a renda estão crescendo, o desemprego está baixo e crédito está alto", disse, citando que essa avaliação foi consensual no encontro.

A expectativa da CNI é de um crescimento econômico de 3,5% este ano, em sintonia com a perspectiva de Mantega, que trabalha com um cenário de 3% a 4% de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. Apesar do otimismo, Andrade disse que para atingir esse crescimento o governo precisa ampliar as desonerações tributárias, flexibilizar o mercado de trabalho, regulamentar a terceirização e investir em infraestrutura. 

A senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura, disse que o ministro cobrou empenho dos congressistas para aprovar proposta que propõe a unificação e redução das alíquotas interestaduais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS).
"O ICMS é uma preocupação do governo para melhorar a competitividade da economia", disse Kátia, após o encontro. Questionada se o encontrou serviu para o ministro vender otimismo aos empresários, a senadora por Tocantins rebateu: "Ninguém aqui é imaturo."

Além de CNI e CNA, Mantega recebeu também representantes da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Confederação Nacional do Comércio (CNC), Confederação Nacional do Transporte (CNT) e Confederação Nacional da Saúde (CNS). No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu apenas 0,9%, apesar de inúmeras medidas de estímulo adotadas pelo governo. Em 2011, o crescimento foi de 2,7%.  (Agência Reuters)


Brasília / DF e São Paulo/SP
CNI e Fiesp avaliam como acertada a decisão do Copom
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que o fraco desempenho da economia em 2012, com crescimento de apenas 0,9%, justifica como acertada a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de manter a taxa Selic em 7,25% ao ano. Para a entidade, entretanto, combater a inflação com a elevação dos juros põe em sério risco a recuperação da atividade econômica sinalizada neste início de ano. "Na visão da CNI, o uso da política monetária como único instrumento de combate à inflação coloca em sério risco a retomada da atividade econômica em curso", cita nota divulgada nesta noite pela confederação. O presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, também classificou como acertada a decisão do Copom em manter a taxa de juros em 7,25% ao ano. "O Brasil não precisa de aumento de juros, mas de aumento de produção. Aqueles que nesse momento e com essa conjuntura econômica ainda defendem aumento na taxa de juros não estão interessados no desenvolvimento do País, mas no ganho fácil que vem do rentismo", disse Skaf em comunicado. Para o dirigente, o Brasil precisa de mais produção, menos impostos, menos juros, menos burocracia, melhoria de infraestrutura, redução no preço do gás, ampliação do crédito, câmbio mais estável acima de R$ 2,00 e logística eficiente.  (Agência Estado)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Brasília / DF
Copom mantém Selic em 7,25%
O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou na noite de ontem, dia 6/3, que vai manter a taxa básica de juros (Selic) em 7,25%. Segundo nota, a decisão, por unanimidade, foi tomada com base na "conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação", sem viés. Foi a terceira vez seguida que o Copom não mexeu na taxa básica de juros, depois de uma sequência de dez cortes. A manutenção da Selic era esperada pelos economistas. Por meio de nota, a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) apoiou a decisão. "Com a incerteza dos rumos da inflação, a FecomercioSP acredita que a atitude do Copom refletiu o papel que cabe ao Banco Central que é o de defender a estabilidade da moeda. Para a federação, na ausência de outros mecanismos eficazes para o exercício dessa função, só resta a condução cuidadosa da taxa de juros", informou a entidade. A próxima reunião do Copom está marcada para 16 e 17 de abril. A ata da reunião de ontem, dia 6/3, será divulgada pelo BC na quinta-feira da próxima semana, dia 14/3.


ANALISE  |  Da redação - São Paulo / SP
Alta da inflação não deve promover alta da Selic
Mesmo em meio a uma guerra inflacionária — o IPCA-15, prévia do IPCA do IBGE, acumulou 6,18% nos últimos 12 meses — o presidente do Banco Central do Brasil (BC), Alexandre Tombini, não parece disposto a promover a alta da taxa básica de juros, a Selic. José Júlio Senna, pesquisador do FGV/IBRE, especialista em política monetária, acredita que o BC recorrerá a uma estratégia de mostrar sangue frio. “Eles deverão aguardar a dissipação dos efeitos das perdas de safra (principalmente grãos) sobre as taxas anuais de inflação. Com sorte, a taxa anual de crescimento de preços ficará em 5,6% a 5,8%, em 2013. Se isso se confirmar, o BC entenderá que o resultado foi bom, independentemente de concordarmos ou não”, salienta. Para o economista, o governo, através de medidas pontuais, tem agido de modo a influenciar alguns preços diretamente. “São medidas como o controle de preços da gasolina, desonerações tributárias, política de redução de tarifas públicas, postergação de aumentos de tarifas (ônibus urbanos, por exemplo), etc. Teremos mais disso, provavelmente”, opina. Porém, Senna também alerta, não se trata de um combate permanente à alta de preços. “O juro básico deveria ser usado, a despeito de ser possível prever recuo das taxas anuais de inflação, no segundo semestre”. Já quanto à política de câmbio que, segundo ele, parece estar bem definida, a ideia é evitar grades oscilações, para cima ou para baixo. “Câmbio aproximadamente estável a R$ 2,00 por dólar parece ser o desejável”, conclui Senna.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE na Ásia:


ONTEM no Brasil:
Ibovespa tem maior alta em mais de sete meses
O inesperado reajuste no preço do diesel impulsionou as ações da Petrobras e patrocinou o forte avanço do principal índice acionário da Bovespa no pregão de ontem, dia 6/3, colocando fim a uma sequência de três pregões de perdas.

- O Ibovespa fechou em alta de 3,56%, a 57.940 pontos. Foi o maior ganho diário desde 27 de julho de 2012, quando o índice subiu 4,72%.
- O giro financeiro da sessão foi de R$ 9,21 bilhões, acima da média diária –só as ações da Petrobras responderam por mais de um quarto do volume total negociado na bolsa.

Análise - "Como nos velhos tempos, Petrobras levou o mercado como um todo para cima", disse o gerente de renda variável da corretora H.Commcor, Ariovaldo Santos. "Mas ainda é muito cedo para falar numa reversão de tendência para o mercado."
A ação ordinária da Petrobras saltou 15,16%, a R$ 16,41 – foi a maior alta diária do papel desde 10 de março de 1999. A preferencial subiu 9%, a R$ 18,05, na maior valorização diária de fechamento desde 10 de dezembro de 2008.
A disparada dos papéis ocorreu após a estatal surpreender o mercado com um reajuste de 5% no preço do diesel nas refinarias, motivando diversos analistas a revisar para cima suas estimativas para a petrolífera. "Isso (aumento do diesel) foi um catalisador para motivar um ajuste nos preços das ações, que ainda estão muito aquém do que a Petrobras poderia estar valendo", disse o sócio-diretor da AZ Investimentos Ricardo Zeno, no Rio de Janeiro.


ONTEM nos EUA:
Dow Jones fecha em nova máxima com dados positivos de emprego
Dois dos três principais índices acionários norte-americanos encerraram no azul os pregões de ontem, dia 6/3, com o Dow Jones atingindo mais um recorde - ajudados por dados de emprego no setor privado.

- O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 0,30 por cento, para 14.296 pontos. 
- O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,11 por cento, para 1.541 pontos. 
- O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,05 por cento, para 3.222 pontos.

Análise 1 - Melhora em dados sobre o mercado de trabalho deram um tom mais positivo à sessão, impulsionando a confiança entre investidores antes da divulgação, na sexta-feira, de dados mais abrangentes sobre emprego nos Estados Unidos. Os empregadores do setor privado do país contrataram mais do que o esperado em fevereiro, reforçando as esperanças de que o crescimento no emprego estava melhorando no período, apesar de impostos mais altos e de cortes profundos de gastos governamentais. Os dados desta quarta-feira foram anunciados após leituras igualmente fortes sobre os setores imobiliário e de serviços, que contribuíram para o avanço do Dow Jones a máximas históricas na véspera e levaram o S&P 500 a se aproximar de seu nível recorde de fechamento.

Análise 2 - A manutenção dos estímulos do Federal Reserve, banco central norte-americano, e preços razoavelmente atraentes de papéis quando comparados a outros ativos têm impulsionado as bolsas de valores. "Quando você atinge uma máxima recorde, gera introspecção sobre a possibilidade de que os preços estejam altos demais, mas não espero uma queda porque as razões que motivaram o avanço ainda estão em vigor", disse o estrategista-chefe de mercados da Ameriprise Financial em Boston, David Joy. "O mercado tem a oportunidade de avançar até que haja evidência de que esses fatores vão acabar", completou. Os setores de energia e matérias-primas lideraram as altas - ambos têm performance fortemente ligada às expectativas de crescimento da economia. O papel da Newmont Mining subiu 3,7 por cento, para 40,01 dólares, enquanto a ação da U.S. Steel cresceu 3,9 por cento, para 20,76 dólares. Já o papel da Freeport-McMoRan Copper & Gold registrou o maior avanço percentual entre os componentes do Dow Jones, subindo 4,1 por cento, para 32,84 dólares.

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MERCADO FINANCEIRO

Da redação - Brasília / DF
Poupança tem melhor fevereiro desde 1995
Os depósitos feitos em cadernetas de poupança em fevereiro superaram os saques em R$ 2,32 bilhões, no melhor resultado para o mês desde 1995. Os dados da chamada captação líquida foram divulgados ontem, dia 6/3, pelo Banco Central (BC).  O resultado mostrou que a poupança continua sendo um investimento importante e atrativo, mesmo com as alterações no rendimento promovidas pelo governo no ano passado. Nos primeiros dois meses do ano, o resultado da poupança - depósitos menos retiradas - atingiu R$ 4,62 bilhões e também é recorde de acordo com a série histórica da autoridade monetária iniciada em 1995, superando o melhor resultado anterior atingido em 1997 de R$ 4,25 bilhões.

Novas regras da poupança - Pelas novas regras da poupança, anunciadas pelo governo federal no começo de maio, sempre que a taxa básica de juros (Selic) ficar em 8,5% anuais ou menos, muda o rendimento dos depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012. A mudança vale tanto para poupanças que já existiam e para as que foram abertas a partir de 4 de maio de 2012. O dinheiro que já estava nas poupanças antigas continua rendendo conforme as regras anteriores. O que muda para essas contas antigas são os novos depósitos. Esses já entram na regra nova. Com os juros em 8,5% ou menos ao ano, a "nova" poupança rende 70% da Selic, mais a TR (Taxa Referencial). Para os depósitos feitos antes de 3 de maio de 2012, nada muda. Nesse caso, o rendimento continua sendo o antigo, de 0,5% ao mês (ou 6,17% ao ano), mais a variação da TR. Os bancos têm de informar o rendimento da poupança em blocos diferentes no extrato. Um dos blocos informará o rendimento dos depósitos feitos até 3 de maio de 2012. Os outros deverão trazer o rendimento dos depósitos feitos depois de 4 de maio de 2012. Para calcular quanto vai ganhar, o poupador deverá sempre considerar a Selic vigente no dia em que ele efetuou o depósito.  
(Fonte: Assessoria de Comunicação do BC) 

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INDÚSTRIA

Brasília / DF
Saab inicia nova ofensiva para oferecer o caça Gripen
Dois meses depois de a indústria americana de aviação Boeing lançar nova ofensiva para fechar a venda de caças à Força Aérea Brasileira (FAB), em um negócio de mais de US$ 4 bilhões, a cúpula da sueca Saab desembarcou no Brasil esta semana para uma série de contatos com autoridades, com o objetivo de mostrar as vantagens comparativas do seu modelo Gripen. Está também no páreo a francesa Dassault Aviation, fabricante do modelo Rafale, que deve agendar uma visita ao País nas próximas semanas. Diretor-geral das campanhas Gripen, o executivo Eddy de La Motte disse que veio informar às autoridades o novo cenário criado com as megacompras fechadas em fevereiro pelos governos da Suécia e da Suíça, no montante de US$ 7,5 bilhões, para fornecimento do mesmo modelo que está sendo negociado com o Brasil. Para ele, o perfil técnico da presidente Dilma Rousseff e as vantagens comparativas da Saab melhoraram as chances do Gripen, mas o futuro é uma incógnita. "Sabemos que o processo é longo e complexo, mas estamos pontos para a maratona", observou. Ele disse não ter certeza de como a presidente Dilma vai decidir, mas alegou ter os argumentos muito fortes. "A relação preço do produto, custo operacional e cooperação para uma parceria duradoura e vantajosa para os dois lados tornam nossa proposta muito competitiva", observou. "O que estamos propondo é o menor custo de aquisição,o menor custo de operação e a melhor cooperação industrial, ou seja, uma parceria perfeita neste momento", enfatizou.

Concorrência - O governo brasileiro abriu em 2009 concorrência internacional para compra de 36 caças, com o objetivo de modernizar a obsoleta Força Aérea Nacional. O País praticamente fechou negócio naquele ano, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a anunciar a opção pelo Rafale, após ter se encontrado com o então presidente Nicolas Sarkozy. Mas um relatório do comando da Aeronáutica pôs o negócio por terra ao atestar que os modelo Gripen e Boeing, nessa ordem, tinham melhores vantagens comparativas. A crise mundial e a chegada de Dilma ao governo em 2011 embolaram de vez a escolha e os três concorrentes passaram a disputar o negócio a ferro e fogo. Lanterna na disputa, a Saab viu suas chances melhorarem desde então. O Gripen é disparado o modelo mais barato - estimadamente metade do preço cobrado pelo Rafale francês, o mais caro dos três. Tem também o custo de manutenção e de operação mais baixo - US$ 4,7 mil a hora de voo, contra US$ 16 mil do Rafale e US$ 11 mil da Boeing. Mas carrega a desvantagem de ter apenas um motor e pouco tempo de teste efetivo no mercado aeroespacial militar em comparação com as concorrentes.
(Agência Estado)

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AGROBUSINESS

São Paulo / SP
Vendas de máquinas agrícolas sobem 15% em fevereiro vs janeiro
As vendas de máquinas agrícolas registraram um crescimento de 15% em fevereiro ante o mês anterior, e de 26,9% em comparação com o mesmo período do ano passado, informou ontem, dia 6/3, a Anfavea, associação que representa o setor. As vendas em fevereiro somaram 6.208 unidades. No acumulado do 1º bimestre, o setor teve vendas de 11.607 unidades, um aumento de 24,7% na comparação anual. Já a produção cresceu 20,2% em fevereiro sobre janeiro, para 7.374 unidades, e avançou 7,2% no comparativo anual. No bimestre, a produção caiu 1,1% para 13.507 unidades. Em relação às exportações, a indústria registrou envios de 989 unidades em fevereiro, um avanço de 21% sobre janeiro, mas uma queda de 29% sobre fevereiro de 2012. Em valores, as vendas externas de máquinas agrícolas corresponderam a US$ 255,5 milhões no mês passado, uma expansão de 27,5% sobre janeiro e 2,8% sobre fevereiro de 2012.  (Agência Reuters)

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MERCADO AUTOMOTIVO

São Paulo / SP
Produção de veículos no Brasil cai 17,9% em fevereiro
A produção automotiva no Brasil foi de 229.274 unidades em fevereiro, dado que representa uma queda de 17,9% em comparação com janeiro e um avanço de 5,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, informou nesta quarta-feira a principal associação do setor. Somente no segmento de automóveis leves saíram das linhas de montagem 212.358 unidades, 19,4% a menos que no mês de janeiro e um aumento de 4,3% em relação a fevereiro de 2012, segundo os dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A produção acumulada no primeiro bimestre chegou a 508.606 veículos, número que representa um aumento de 18,4% comparado com o mesmo período do ano anterior. As vendas de veículos foram de 235.109 unidades em fevereiro deste ano, o que significa uma queda de 24,5% em relação a janeiro e de 5,8% em comparação com o mesmo mês de 2012. No primeiro bimestre do ano as vendas chegaram a 546.562 unidades, um avanço de 5,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.
As exportações do setor somaram US$ 1,1 bilhões em fevereiro, uma alta de 12% em relação a janeiro e um retrocesso de 3,8% na comparação anualizada. Nos dois primeiros meses do ano as exportações somaram US$ 2,1 bilhões, uma queda de 4,9% em comparação com 2012. (Agência EFE)


Tóquio / Japão
Toyota fará maior reforma administrativa de sua história
Após passar os últimos quatro anos lutando contra uma série de crises, a Toyota sinalizou que está pronta agora para uma ofensiva. A montadora anunciou nesta quarta-feira a sua maior reformulação administrativa desde que o descendente da família fundadora da empresa Akio Toyoda assumiu a presidência em 2009. As medidas vão abrir a maior fabricante mundial de automóveis para diretores de fora pela primeira vez nos 76 anos de história da companhia, ao acelerar uma mudança de gestão das fileiras de executivos e racionalização da tomada de decisão da organização. 

A Toyota disse que a reorganização foi introduzida para capacitar melhor a companhia para lidar com o crescimento sem comprometer seus valores fundamentais de alta qualidade e serviço ao cliente, o que foi colocado em risco no início do mandato de Toyoda durante um recall massivo. Alguns analistas avaliaram os movimentos favoravelmente, especialmente a decisão de ter unidades da montadora concentradas em produtos específicos, e uma decisão de apontar Takeshi Uchiyamada como presidente da empresa. Uchiyamada é visto como uma força condutora de inovação técnica que cumpre as necessidades dos tempos.

Entre os diretores de fora da companhia que foram nomeados para integrar o conselho da Toyota está Mark Hogan, ex-principal executivo da General Motors, que já comandou uma joint venture entre a GM e a Toyota.
A montadora anunciou também mudanças de cargos executivos nas suas companhias filiadas na América do Norte e na América do Sul, que entrarão em vigor em 1º de abril. Steve St. Angelo, que está baseado em São Paulo, será presidente da Toyota do Brasil e supervisionará todas as filiadas da montadora na América Latina e Caribe.

O movimento da Toyota - a maior companhia do Japão em termos de receita - de incluir diretores de fora no seu conselho representa uma mudança significativa, não apenas para a montadora, mas também para o setor corporativo japonês. As grandes companhias japonesas têm sido, historicamente, relutantes em trazer executivos de fora para seus conselhos, um postura que, segundo muitos especialistas em governança corporativa, levou a uma gestão prejudicial e a uma série de escândalos corporativos nos últimos anos. As mudanças administrativas serão votadas em uma reunião geral anual de acionistas da montadora em junho.  (Agência Dow Jones)


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COMÉRCIO EXTERIOR

Da redação - São Paulo / SP
Volume das exportações de carne de frango registra alta de 3,3% em fevereiro
Levantamento feito pela União Brasileira de Avicultura (UBABEF) indica que as exportações brasileiras de carne de frango registraram alta de 3,3% nos volumes embarcados durante o mês de fevereiro, em comparação ao mesmo período do ano passado, totalizando 291,1 mil toneladas. Em receita, o resultado foi ainda melhor, de 15,9%, segundo o mesmo comparativo, com US$ 626,7 milhões no segundo mês de 2013. No acumulado do ano, os embarques de carne de frango atingiram 582 mil toneladas, compensando em parte a queda das exportações de janeiro (que foi de 11,6%), mas ainda registrando saldo negativo em 4,7% na comparação com os dois primeiros meses de 2012.  Já em receita o resultado é positivo em 3,8%, com total de US$ 1,2 bilhão no período. De acordo com o presidente executivo da UBABEF, Francisco Turra, usualmente os primeiros meses indicam o comportamento que o setor terá no decorrer do ano.  Entretanto, 2013 tem se mostrado atípico nesse sentido, com resultados bastante diferentes em janeiro e fevereiro. “Não há estabilidade e é notável a forte oscilação de resultados na comparação de desempenho dos dois primeiros meses deste ano.  O ponto importante e fundamental é que, em meio a essas oscilações, temos mantido nossa fatia de mercado, em especial entre os maiores importadores da carne de frango do Brasil”, destaca Turra.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da Ubabef)

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TI, WEB e e-COMMERCE

Da redação - São Paulo / SP
Brasil apresenta plano estratégico de TI na CeBIT
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) também está presente na CeBIT 2013, em Hannover, na Alemanha. Em uma palestra na International Business Area (IBA), ontem (05/03) Virgílio Almeida, secretário de Política de Informática da pasta, apresentou ao público um panorama dos investimentos e incentivos que o Brasil oferece às empresas dispostas a investir em tecnologia de informação e comunicação (TIC).  “Até 2015 o País vai investir  US$ 250 milhões no Projeto TI Maior (Programa Estratégico para Software e Serviços de Tecnologia de Informação), que propõe o incentivo a setores de importância estratégica na economia brasileira”, citou o secretário. Além de investimentos financeiros estão previstos o apoio à pesquisa e leis de incentivo. Segundo Almeida, O TI Maior definiu dez setores como de importância estratégica na economia brasileira. São eles as áreas de saúde e educação, óleo e gás, energia, grandes eventos esportivos, agronegócio, finanças, mineração, segurança e defesa, mídia e comunicação e cloud computing. 

O projeto TI Maior é somente parte de uma estratégia mais abrangente para alavancar os negócios no País, que já é o sétimo mercado mundial de TIC. Segundo levantamentos parciais, o Brasil movimentou 233 bilhões de dólares em 2012, sendo 123 bilhões de dólares em TI e 110 bilhões de dólares em comunicação, uma tendência crescente se avaliadas as estatísticas apresentadas pelo secretário. O Brasil não deseja apenas atrair investimentos estrangeiros mas, também, posicionar suas empresas no mercado externo. Iniciativas neste sentido são, por exemplo, a representação do Ministério no Vale do Silício, nos Estados Unidos. Os chamados “Hubs Internacionais” promovem iniciativas de integração e parcerias, propiciando assim uma inserção internacional.

Mercado internacional - Para Ruben Delgado, presidente da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), o mercado de TI se consolida mais a cada participação na feira de Hannover. “Essa estratégia começou a ser desenvolvida na CeBIT 2012. Atualmente o Brasil se firma a cada ano como um player mundial. O País já possui identidade internacional e uma estratégia definida para este mercado”, explica Delgado, que vê com otimismo a participação das empresas brasileiras no evento deste ano. “Temos que ver o Brasil e a sua marca “Brasil IT+” como uma loja que está se inserindo cada vez mais neste grande shopping que é o mercado mundial de TI”, resume. Na próxima sexta-feira, dia 8/3, o Brasil estará em destaque na IBA durante um encontro de CEOs europeus e latino americanos que debaterão sobre e-commerce e m-commerce no País. O objetivo deste encontro, organizado pela Lateinamerika Verein  (associação empresarial de informação para empresas alemãs com interesses na América Latina) e pela Deutsche Messe AG (promotora da CeBIT), é discutir as oportunidades de negócios no mercado brasileiro de comércio eletrônico.


Nova Iorque / EUA
Vendas globais de PCs caem 1,3% em 2013
As vendas de PCs em todo o mundo caíram em 2012, algo que não ocorria em mais de 10 anos, e espera-se que a tendência continue neste ano, segundo previsão da empresa de pesquisa IDC, divulgada na segunda-feira, dia 4/3. As vendas mundiais de computadores estão projetadas para cair 1,3% este ano, disse a IDC em um comunicado. Apesar de representar uma queda, o número seria uma ligeira recuperação em relação a 2012, quando as vendas de PCs caíram 3,7%. A empresa de análises citou a crescente adoção de tablets e a não realização de upgrades em PCs (porque as pessoas não querem migrar para o Windows 8) como as principais causas da queda. O Windows 8, lançado em outubro passado, não conseguiu ajudar o mercado de PCs no quarto trimestre de 2012 e essa tendência continuará, disse a IDC.

O novo sistema operacional da Microsoft é otimizado para o toque, mas a falta de máquinas táteis e os preços elevados interferiram na demanda do quarto trimestre do ano passado. A demanda de computadores que se aproveitam dos recursos do Windows 8 continuará limitada, o que prejudicará as vendas no primeiro semestre de 2013, segundo a IDC. No entanto, a empresa de análises projetou um crescimento positivo para o segundo semestre, com uma maior aceitação do Windows 8 e o abastecimento de PCs voltando ao normal. Vale lembrar que o suporte para o Windows XP termina no final deste ano, o que pode levar algumas empresas a atualizar suas máquinas, segundo a IDC.

A Intel está apoiando o conceito de ultrabooks, uma nova categoria de notebooks finos e leves com características de tablets, como uma maneira de "rejuvenescer" o mercado de PCs. A empresa tem investido milhões de dólares no desenvolvimento de componentes para ultrabooks, tais como telas sensíveis ao toque, com o objetivo de diminuir o preço desses laptops.
As vendas de computadores em mercados emergentes irão crescer 0,6% em 2013, e diminuirão em mercados maduros 4%, segundo a IDC. 
(Fonte: Computerworls / EUA)

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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA

Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Cade aprova fusão Azul-Trip, mas impõe fim de compartilhamento de voo com TAM
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira a fusão da Azul com a Trip Linhas Aéreas, com a exigência de que a Trip elimine, gradualmente, até o fim de 2014, o acordo de compartilhamento de voos (code share) que tem com a concorrente TAM. Também foi determinado que a Azul-Trip opere com eficiência mínima de 85% nos slots (horários de pouso e decolagem) no aeroporto de Santos Dumont/RJ.  O relator do caso no Cade, conselheiro Ricardo Ruiz, salientou que a união entre as duas companhias aéreas tem como resultado "uma empresa com mais capacidade de questionar as líderes", ou seja, Gol e TAM. Mas, para isso, seria necessário que fosse desfeito o laço operacional existente entre a Trip e a TAM. "Azul e Trip serão autônomas do ponto de vista operacional", disse Ruiz na leitura do voto. A união foi anunciada em maio do ano passado, criando uma terceira grande empresa de transporte aéreo no Brasil. Na ocasião, as companhias informaram que o acordo não envolve desembolso de dinheiro e que os atuais sócios da Azul terão 66% da holding e o restante ficará com os acionistas da Trip. Segundo o dado mais recente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as duas empresas tinham participação de 16,4% no mercado doméstico em janeiro deste ano.  (Agência Reuters)

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TELECOM

Da redação - São Paulo / SP
América Móvil investe R$ 1 bilhão na instalação de cabo submarino no Brasil
A América Móvil, controladora Claro, Embratel e NET, anunciou investimentos de 1 bilhão de reais no Brasil na instalação no Brasil do cabo submarino AMX-1, que conectará sete países e 11 pontos de destino.  “O anúncio é estratégico para o grupo, pois vai permitir atender novas demandas que irão surgir por conta de eventos internacionais de grande porte como Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016”, afirma Ángel Alija, diretor de Operações da América Móvil. O AMX-1 irá fornecer conectividade internacional e doméstica de alta velocidade para permitir que clientes da operadora acessem novos serviços como, por exemplo, aplicações em 4G, transmissão de TV em alta definição (HD), banda larga com ultra velocidades, nuvem corporativa entre outros. Com 17,5 mil quilômetros, o novo cabo submarino estará instalado em rota que sai da América do Norte, atravessa a América Central e chega ao Brasil em três pontos: Fortaleza (Praia do Futuro), Salvador (Praia da Pituba) e Rio de Janeiro (Praia do Recreio). Além de contornar a maior parte da costa brasileira, o cabo submarino interligará Miami e Jacksonville (Estados Unidos), Barranquilla e Cartagena (Colômbia), Puerto Plata (República Dominicana), Cancun (México), San Juan (Porto Rico) e Puerto Barrios (Guatemala).


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ENERGIA

Nova Iorque / EUA
Exxon investirá US$ 190 bilhões nos próximos cinco anos
A Exxon Mobil planeja investir US$ 190 bilhões durante os próximos cinco anos em oportunidades de exploração e desenvolvimento, à medida que a demanda energética continua a crescer. "Um nível sem precedentes de investimento é necessário para desenvolver novas tecnologias energéticas para expandir a oferta de combustíveis tradicionais e promover novas fontes de energia", afirmou o presidente-executivo da empresa, Rex W. Tillerson. A empresa disse que planeja mais do que dobrar sua área de exploração em uma série de locais comprovados e emergentes, como a Rússia, que alimentarão seu estoque nos próximos anos. A produção de petróleo bruto e outros líquidos deverá aumentar 4%, em média, por ano, entre 2013 e 2017, enquanto a Exxon inicia a produção de 28 projetos de petróleo e gás, 24 dos quais são projetos de líquidos, ou ligados a líquidos. A empresa afirmou também que 22 grandes projetos iniciarão produção durante os próximos três anos, incluindo a expansão do projeto de areia betuminosa Kearl, em Alberta, no Canadá, e o projeto de exportação de gás natural liquefeito em Papua Nova Guiné. A Exxon Mobil disse que espera que grandes projetos em fase inicial produzam um milhão de barris de óleo equivalente nos próximos cinco anos.  (Agência Dow Jones)

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MÍDIA, MKT e COMUNICAÇÃO

Nova Iorque / EUA
Séries para a web já incomodam redes de TV
No piloto de televisão que o ator Cheyenne Jackson gravou recentemente, ele faz o papel de um jovem e agressivo âncora cuja ascensão ameaça um colega mais velho em um noticiário de TV. É uma metáfora cabível para o próprio setor. Isso porque, apesar de Jackson já ter gravado pilotos para as redes ABC, NBC e USA anteriormente, esta foi sua primeira vez gravando um programa para uma nova ameaça a essas emissoras: a Amazon.com.
Quando a Amazon avalia o mercado de televisão, vê oportunidades - e não está sozinha nessa avaliação. A TV via internet, que até recentemente não tinha qualidade para disputar espaço com os veículos tradicionais, é hoje o novo front na guerra pelo limiar de atenção dos espectadores americanos. A Netflix entrou na onda com o drama de US$ 100 milhões House of Cards e outras quatro séries neste ano. A Microsoft está produzindo programação para o console de videogame Xbox com a ajuda de um ex-executivo da CBS. Companhias como AOL, Sony e Twitter, provavelmente, vão fazer o mesmo.

Na verdade, as companhias estão criando novas redes de televisão via canais de banda larga. Isso está provocando novas rivalidades - entre elas mesmas, como ocorre entre Amazon e Netflix, e também com as grandes, mas vulneráveis, redes de transmissão aberta. "Estes são os primeiríssimos testes de laboratório de um experimento muito grande", disse Jeff Berman, presidente da BermanBraun, empresa de mídia que produz programas para NBC, HGTV, AOL e YouTube. 

A competição apenas começou. A Amazon está fazendo episódios pilotos para seis comédias e cinco programas infantis. Em algum momento do segundo trimestre deste ano, ela colocará os episódios em seu serviço Amazon Prime Instant Video e pedirá que seus clientes digam de quais eles gostaram e de quais não, e depois encomendará temporadas inteiras de alguns deles.
A Netflix, por sua vez, encomendou temporadas inteiras de seus programas sem antes ver os pilotos. Reed Hastings, presidente da Netflix, disse na semana passada que House of Cards, o thriller político com Kevin Spacey e Robin Wright, foi um "grande sucesso" para a companhia. Seu próximo programa, uma série de horror chamada Hemlock Grove, do diretor de cinema Eli Roth, estreia em abril. As duas empresas estão encomendando programas de TV porque têm milhões de assinantes em planos de assinatura mensais ou anuais. Embora os programas possam dar prejuízo, executivos como Hastings dizem que ter conteúdo exclusivo - algo que não pode ser visto em nenhum outro lugar - aumenta a probabilidade de os assinantes atuais continuarem pagando e de novos se inscreverem.

Efeito na TV a cabo - A proliferação de programas é geralmente vista como uma coisa boa pelos espectadores, que têm mais escolhas sobre o que assistir e quando, e por produtores e atores, que têm mais lugares para serem vistos. Mas a tendência pode suscitar preocupações em companhias de cabo, com a evasão de assinantes que decidem que há coisas suficientes para assistir online. Ao mesmo tempo, a ascensão de programas só para a internet pode tornar os espectadores mais dependentes da banda larga por fio. (Em muitos casos, ambas as conexões são fornecidas pela mesma empresa).
Diferentemente das primeiras tentativas da televisão de internet, esses programas se parecem com os da TV tradicional. Isso ocorre, em parte, porque mais espectadores estão assistindo a conteúdo de internet em aparelhos de TV de tela grande, e principalmente porque as companhias envolvidas estão gastando muito dinheiro com isso. Cada piloto de comédia da Amazon custa à empresa mais de US$ 1 milhão, segundo pessoas envolvidas em sua produção, o que é menos do que os US$ 2 milhões investidos num piloto de comédia para transmissão aberta, mas mais do que é tipicamente investido em pilotos para TV a cabo.

Analistas dizem que esperam mais investimentos em TV no futuro, incluindo de companhias que não ganham dinheiro com assinantes. O YouTube, por exemplo, ganha dinheiro com anúncios, e não com assinaturas. Mas ele pagou a dezenas de produtores externos para criarem canais - assim, o site tem conteúdo profissional próprio. Uma lógica similar está estimulando canais a cabo a produzirem mais dramas e séries que possam chamar de seus. Isso coloca um dilema, é claro: excesso de TV de boa qualidade para assistir e falta de tempo para isso. "Os espectadores consideram um pouco estressante organizar e administrar todas suas amadas opções de TV", disse Christy Tanner, presidente do TVGuide.com, que realizou uma pesquisa na qual as pessoas disseram "parecer trabalho" e "ter medo de perder alguma coisa" durante essa tarefa. Mas o número de empresas se acotovelando na TV está crescendo - provando uma vez mais a máxima de quase 20 anos de que o "conteúdo é rei". A DirectTV, a maior distribuidora via satélite dos Estados Unidos, está planejando introduzir seu primeiro programa feito em casa, um suspense intitulado Rogue, no mês que vem.   (Fonte: The New York Times)



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