Edição 833 | Ano IV


Brasília / DF
Pacote de concessões que será apresentado hoje terá lucro de até 15%
As taxas de retorno do programa de concessões do governo brasileiro podem alcançar até 15% sobre o valor investido. A novidade será anunciada hoje pelo governo Dilma, em Nova York, a grandes empresários interessados em investimentos no país. As taxas foram elevadas depois de reclamações do setor privado, de que os lucros previstos nos planos do governo eram baixo demais para garantir os investimentos. A intenção de rever os modelos por falta de interesse nos leilões foi antecipada pela Folha no começo do mês. Nas concessões de rodovias, o ministro Guido Mantega (Fazenda) vai anunciar que a taxa de retorno dos investimentos pode chegar até 15% ao ano --a anterior era de 5,5%. Se chegar a 15%, vai se aproximar dos ganhos de concessões dos anos 1990, apontadas por integrantes do atual governo como responsáveis, por exemplo, pelos altos valores de pedágios em rodovias como a Dutra (SP-RJ) e ponte Rio-Niterói (RJ).

O governo aposta, porém, que a mudança vai atrair mais concorrentes, evitando exatamente a cobrança de valores elevados de pedágio. Nas ferrovias, a taxa de retorno pode chegar a 12,5% ao ano, contra 6,5% anteriormente. O aumento das taxas de retorno de investimento foi possível porque o governo aumentou o prazo de concessões e as condições de financiamento dos projetos. A taxa de retorno para a concessão ao setor privado do TAV (Trem de Alta Velocidade) vai passar de 6,32% para 11,57% ao ano. Os novos percentuais estão sendo divulgados no "road show", excursão para tentar atrair investidores, que começa hoje em Nova York e deve passar por Londres e Tóquio.

O ministro Guido Mantega (Fazenda) vai apresentar um programa de investimento em infraestrutura e energia num total de R$ 470 bilhões. Vai destacar que o governo decidiu lançar as concessões ao setor privado por avaliar que a estrutura atual não é suficiente para garantir competitividade ao país. A presidente aposta nas concessões para reverter o clima negativo da economia, que começou o ano com atividade ainda em ritmo lento. O governo já considera um bom resultado um crescimento de 3% em 2013 e acredita que os investimentos em infraestrutura terão impacto real em 2014, ano da eleição para presidente, quando seria possível crescer 4%. (Agência Folha)




São Paulo / SP
Serasa Experian estima que economia brasileira cresceu 0,9% em 2012
A atividade econômica do país cresceu 0,9% em 2012, de acordo com cálculo da Serasa Experian. Em dezembro, a economia teve expansão de 0,3%, ante novembro, feitos os ajustes sazonais. Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 2,7% e, em 2010, 7,5%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado oficial de 2012 será divulgado na próxima sexta-feira, dia 1º de março.
“O ano de 2012 foi marcado por um cenário internacional desfavorável, sobretudo durante o primeiro semestre, pela inadimplência em alta e pela baixa propensão à realização de investimentos produtivos. Neste ambiente, as medidas tomadas pelo governo visando dinamizar a atividade econômica (desonerações fiscais, reduções de juros, etc) apresentaram baixo poder de impacto, frustrando as expectativas de um crescimento mais vigoroso no ano passado”, avalia a Serasa, em nota.
Do ponto de vista da oferta agregada, o setor de serviços foi o único que registrou expansão em 2012 (alta de 1,6%), garantindo certa sustentação à atividade econômica. Por outro lado, as quedas registradas pela atividade industrial (-0,7%) e pela agropecuária (-1%) pesaram sobre a evolução da economia no ano passado.
Pelo lado da demanda agregada, o principal responsável pelo fraco desempenho da economia em 2012 foram os investimentos, que recuaram 3,6% no ano passado. Já os gastos de consumo, tanto das famílias quanto do governo, com altas de 3,1% e de 3,6%, respectivamente, conseguiram evitar um desempenho que poderia ter sido bem mais fraco da atividade econômica.
Já o setor externo, com exportações evoluindo à taxa bastante próxima à das importações (zero para as exportações e 0,3% para as importações) geraram efeitos que praticamente se compensaram mutuamente sobre a atividade econômica. (Agência Valor)



São Paulo / SP
Cade aprova joint venture entre Deep Sea e BTG Oil
A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a formação de joint venture entre a BTG Pactual Oil & Gas Empreendimentos e Participações S.A. e a Deep Sea Supply Plc. A operação consiste na aquisição, pelo BTG Oil & Gas, de 50% do capital social de duas subsidiárias integrais brasileiras da Deep Sea (Deep Sea Navegação e Deep Sea Serviços). A Deep Sea Supply Plc é uma holding do Chipre, listada na bolsa de valores de Oslo, com empresas de administração de embarcações sediadas no Chipre, Noruega, Cingapura e Brasil. Parecer técnico do Cade informa a que a Deep Sea é armadora e administradora de embarcações AHTs e PSVs (de apoio a plataformas de petróleo). A Superintendência Geral do Cade considerou que "a presente operação não acarreta prejuízos ao ambiente concorrencial, uma vez que a sobreposição horizontal é pequena e a integração vertical não suscita preocupações". Por ser considerado um caso simples, a operação não terá de ser apreciada pelo plenário do Conselho. O Parecer Técnico nº 46, de 21 de fevereiro, destaca também que "a frota inicial da joint venture será de 15 embarcações. Posteriormente, a joint venture irá adquirir seis contratos de construção de navios de um terceiro". (Agência Estado)

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INDICADORES ECONÔMICOS

São Paulo / SP
Mercado reduz projeção da inflação e do câmbio para 2013
A projeção de inflação medida pelo IPCA para 2013 caiu pela segunda semana seguinte, de 5,70% para 5,69%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa estava em 5,67%. Para 2014, a projeção segue em 5,50% há 15 semanas. A projeção de alta da inflação para os próximos 12 meses caiu de 5,53% para 5,49%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 5,53%. Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA em fevereiro de 2013 subiu de 0,42% para 0,43%, acima do 0,40% previsto há um mês. Para março de 2013, passou de 0,42% para 0,43%. Há quatro semanas, estava em 0,40%.

Os economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central mantiveram a previsão de que a taxa básica de juros (Selic) fique nos atuais 7,25% ao ano até o fim de 2013. Para o fim de 2014, a mediana das projeções segue em 8,25% ao ano há nove semanas. Já a projeção para a Selic média em 2013 segue em 7,25% ao ano. Para 2014, segue em 8,25% ao ano, ante 8,04% há quatro semanas.

PIB e inflação - A projeção de crescimento da economia brasileira em 2013 avançou de 3,08% para 3,10%, na pesquisa Focus. Para 2014, a estimativa de expansão caiu de 3,65% para 3,60%. Há quatro semanas, as projeções eram, respectivamente, de 3,10% e 3,65%. A projeção para o crescimento do setor industrial em 2013 subiu de 3,00% para 3,10%. Para 2014, economistas preveem avanço industrial de 3,50%, mesmo da pesquisa anterior. Um mês antes, a Focus apontava estimativa de expansão de 3,10% para 2013 e de 3,70% em 2014 para o setor.

A projeção para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2013 caiu de 5,18% para 5,17%. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, a expectativa passou de 5,21% para 5,20%. Quatro semanas atrás, o mercado previa altas de 5,19% para o IGP-DI e de 5,26% para o IGP-M. Para 2014, a projeção para o IGP-DI segue em 5% há 29 semanas. Para o IGP-M, segue em 5,20% há duas semanas. Quatro semanas antes, estava em 5,18%. A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2013 subiu de 5,30% para 5,32%. Há um mês, a expectativa dos analistas era de alta de 4,96% para o índice que mede a inflação ao consumidor em São Paulo.

Câmbio - A projeção para a taxa de câmbio no final de 2013 recuou nas estimativas dos analistas. Para o fim deste ano, a mediana das projeções caiu de R$ 2,02 para R$ 2,00. Quatro semanas antes estava em R$ 2,07. Para o fim de 2014, segue em R$ 2,05. Há quatro semanas estava em R$ 2,09
Na mesma pesquisa, os analistas do mercado financeiro reduziram a previsão de taxa média de câmbio de R$ 2,01 para R$ 2,00 em 2013. Para 2014, a projeção passou de R$ 2,05 para R$ 2,04. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa de dólar médio estava em R$ 2,06 neste ano e no próximo
Para o fim de fevereiro, a estimativa caiu de R$ 1,99 para R$ 1,98. Para março, passou de R$ 2,00 para R$ 1,98. 

Por outro lado, os analistas elevaram a previsão de déficit em transações correntes em 2013. A pesquisa Focus mostra que a mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente este ano subiu de US$ 62,65 bilhões para US$ 63,10 bilhões. Há um mês, estava em US$ 61,96 bilhões. Para 2014, a previsão de déficit nas contas externas caiu de US$ 68,73 bilhões para US$ 68,35 bilhões. Na mesma pesquisa, economistas mantiveram a estimativa de superávit comercial em 2013 em US$ 15,20 bilhões. Quatro semanas antes, estava em US$ 16,75 bilhões. Para 2014, a projeção segue em US$ 15,60 bilhões. Há quatro semanas, essa estimativa estava em US$ 16,00 bilhões.
A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, foi mantida em US$ 60,00 bilhões para 2013 e para 2014, mesmos valores de quatro semanas atrás. Para 2014, o indicador passou de 4,95% para 5,00%, mesmo valor de quatro semanas atrás. Economistas reduziram ainda a estimativa para o aumento do conjunto dos preços administrados - as tarifas públicas - para 2013 de 3,40% para 3,25%. (Agência Estado)


Da redação - São Paulo / SP
Confiança do consumidor cai em fevereiro
A confiança do consumidor caiu pelo quinto mês consecutivo em fevereiro. É o que revelou nesta terça-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao divulgar o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que mostrou queda de 1,4% neste mês ante janeiro, após cair 0,7% em janeiro contra dezembro, na série com ajuste sazonal. Com o resultado, o desempenho do indicador, que é calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), foi de 117,9 pontos para 116,2 pontos de janeiro para fevereiro. "Nos últimos três meses, a diminuição da confiança dos consumidores vem sendo influenciada em maior magnitude pela diminuição da satisfação com a situação atual do que das expectativas em relação aos meses seguintes", informou a FGV, em nota oficial.

O ICC é dividido em dois indicadores. O Índice de Situação Atual (ISA) mostrou queda de 2,3%, ao passar de 131,9 para 128,9 pontos, o menor nível desde abril de 2010 (126,2). No mês anterior, o ISA havia caído 1,2%. Já o Índice de Expectativas (IE) caiu 0,8%, de 110,5 para 109,6 pontos, o menor desde fevereiro de 2012 (108,3 pontos). Em janeiro, o IE havia caído 0,7%.
"No que tange aos temas pesquisados, a queda do ICC nos últimos meses tem sido influenciada principalmente pelos quesitos relacionados à situação econômica local, tanto nas avaliações sobre o momento presente quanto nas expectativas para os meses seguintes", segundo a FGV. O levantamento abrange amostra de mais de 2.000 domicílios, em sete capitais, com entrevistas entre os dias 31 de janeiro a 23 de fevereiro.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

São Paulo / SP
Bolsa brasileira tem a 2ª maior queda do mundo em 2013
A Bolsa de Valores de São Paulo acumula uma queda de 7% em 2013, o segundo pior desempenho em um ranking dos principais índices de ações de 80 países, elaborado pelo blog Achados Econômicos, com base em dados da Bloomberg. Apenas o mercado da Jamaica teve uma queda maior, de 7,68%. O primeiro do ranking é a Venezuela, que acumula uma alta de 31,27% em 2013. Se considerarmos o acumulado em 12 meses, a Venezuela continua na liderança, com alta de 354%, enquanto o Brasil tem o quarto pior desempenho, com queda de 14,25%. Com resultado pior estão Marrocos (-23,44%), Ucrânia (-31,09%) e Chipre (-60,29%).

Em dólares - Esses números se referem à variação dos principais índices de ações de cada Bolsa, em moeda local. Servem para dar uma ideia de como está o mercado do ponto de vista da população desses países, mas não dos investidores internacionais. Para os estrangeiros, a situação é outra. Aqueles que investiram nas ações do Ibovespa (índice de referência da Bolsa de São Paulo) há um ano e venderam os papéis hoje perderam não 14,25%, que foi a queda das ações em reais, mas 26%, o que inclui também a queda da moeda brasileira. Já os que investiram no início do ano, agora perdem não 7%, mas em torno de 4%, pois o real subiu desde então, conforme a tabela abaixo, elaborada pela consultoria Economática. Existe uma pequena diferença entre os números do gráfico e os da tabela porque o primeiro foi construído com base nas cotações desta segunda-feira, às 10h30, enquanto a segunda se refere ao fechamento dos mercados na última sexta-feira.

Petrobras e vale pesam - O analista de investimentos Pedro Galdi, da corretora SLW, explica a queda das ações.

Por que a Bolsa brasileira está com o segundo pior desempenho do mundo neste ano?
Nossa bolsa foi vítima do índice Bovespa. É o índice que o mercado elegeu como referencial e tem uma formação um pouco perigosa, porque as commodities têm um peso muito grande nele, com a Vale e a Petrobras. A Petrobras está sofrendo uma ingerência brutal do governo. Ela tem que comprar combustível por um preço e vender mais barato aqui dentro.
Com a Vale acontece o que tem ocorrido com as mineradoras do mundo afora. Os governos querem morder mais royalties. No Brasil, vão querer dobrar os royalties e criar taxas adicionais. O investidor acaba ficando com muita incerteza e foge. Como essas duas empresas têm participação grande no Ibovespa, o indicador cai de forma geral. O nosso índice tem uma formação enganosa.

Qual a tendência do Ibovespa em 2013?
Toda bolsa reflete o cenário econômico. Nós vamos ter melhora quando os indicadores mostrarem que a economia está se recuperando.
Por enquanto, a gente está em um momento de incerteza, com inflação, juros e câmbio. Estamos numa sinuca. Se aumentar juros para combater a inflação, a economia desacelera. Se mexer no câmbio, afeta as exportações. Não tem muito o que fazer. A inflação pode cair por si só, pois acabou o período de aumento de mensalidade escolar, a energia vai cair de preço, e os alimentos tendem a subir menos. (Fonte: Economática)


HOJE na Europa:
Bolsas europeias operam em baixa por instabilidade na Itália
As principais Bolsas da Europa operavam em forte baixa nesta terça-feira em consequência da incerteza política provocada pelas eleições legislativas na Itália, onde a esquerda venceu, mas sem maioria clara.
Em Milão, índice FTSE Mib registrava queda de 4,43%.
A Bolsa de Londres operava em baixa de 1,40%, enquanto Frankfurt perdia 1,17% e Paris recuava 2,79%.
Na Ásia, a situação da Itália também afetou o mercado. A Bolsa de Tóquio fechou em queda de 2,26%.


HOJE na Ásia:
Bolsas asiáticas fecham em queda
Os mercados de ações asiáticos fecharam em queda, influenciados em parte pelos resultados inconclusivos das eleições parlamentares na Itália, que despertaram preocupações sobre uma possível renovação da crise na Europa. Além disso, as bolsas locais também foram afetadas por notícias da região.
Na Austrália, o índice S&P ASX /200 caiu 1%, para 5.003,60 pontos, depois de recuar até 1,5% no começo da sessão. Empresas de bens de consumo reverteram os fortes ganhos obtidos na segunda-feira, com a Woolworths, a Wesfarmers e a Coca-Cola Amatil terminando a sessão em queda entre 1,2% e 2,2%.
As empresas que trabalham com recursos naturais também apresentaram fracas performances: a BHP Billiton, a Rio Tinto e a Fortescue Metals recuaram entre 0,9% e 3%.
Além do pessimismo trazido da Itália, o clima em Sydney ficou ainda mais negativo por causa de uma série de resultados decepcionantes de lucros corporativos. A Atlas Iron e o QBE Insurance Group caíram 3,4% e 2,2%, respectivamente, depois de anunciar seus últimos números.
Apesar das notícias dos mercados estrangeiros, as ações na China foram influenciadas por informações locais, levando o índice Xangai Composto a uma queda de 1,4%, para 2.294,34 pontos, após o editorial de um jornal estatal afirmar que a política monetária de relaxamento do país está chegando ao fim. O índice Shenzhen Composto avançou 1,3%, para 943,33 pontos.
O artigo do China Securities News desencadeou a venda de papéis de bancos locais, com o Industrial and Commercial Bank of China e o China Construction Bank terminando o pregão em queda de 1% e 0,9%, respectivamente, em Xangai.
As vendas na China continental também influenciaram Hong Kong, onde o índice Hang Seng caiu 1,3%, para 22.519,69 pontos.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi caiu 0,5%, para 2.000,01 pontos, uma vez que estrangeiros passaram a ser vendedores líquidos após uma onda de compras que durou seis sessões seguidas. O índice foi puxado para baixo por ações de montadoras. Entre as piores performances, a Samsung Electronics recuou 0,2% e a Hyundai Motor perdeu 0,5%. Mas os ganhos em ações domésticas evitaram que o índice caísse ainda mais, com a CJ CheilJedang avançando 2,2%.
As bolsas de Taipé e de Manila foram afetadas principalmente pelas notícias vindas da Europa, levando o índice Taiwan Weighted a cair 0,8%, para 7.880,90 pontos, e o índice PSEi, das Filipinas, a recuar 1,4%, para 6.630,67 pontos. Foi a maior queda do PSEi em um único dia desde 17 de dezembro.


ONTEM no Brasil:
Ibovespa tem leve queda, pressionado por tombo de OGX
O principal índice brasileiro de ações terminou o pregão de ontem, dia 25/2, em leve queda, com o tombo da petrolífera OGX ofuscando o forte avanço da siderúrgica Usiminas na sessão. O Ibovespa cedeu 0,14 por cento, a 56.617 pontos. A sessão foi instável - o índice oscilou entre alta de 0,8 por cento e queda de 0,49 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 7,5 bilhões de reais.
OGX pressionou o índice, ao registrar sua pior queda diária de fechamento desde 28 de junho de 2012. O papel caiu 8,91 por cento, a 3,27 reais.
O tombo ocorre após as fortes oscilações com as ações na semana passada, em meio a rumores de que o controlador Eike Batista estaria negociando a venda de participação na petrolífera para a Petronas, da Malásia.
Em resposta aos rumores, a OGX informou na noite de sexta-feira que mantém permanente contato com vários investidores sobre oportunidades de negócios, mas que no momento não há nenhuma negociação consumada.
"A empresa adquiriu uma volatilidade muito grande na bolsa", disse o analista Lucas Brendler, da Geração Futuro. Segundo ele, o papel deve continuar suscetível a movimentos bruscos, pelo menos até a empresa conseguir entregar os resultados esperados. Ainda no setor de petróleo e gás, a preferencial da estatal Petrobras perdeu 1,17 por cento, a 16,95 reais.
Por outro lado, as ações preferenciais da Usiminas ajudaram a limitar o recuo do Ibovespa, com alta de 6,82 por cento, a 9,87 reais. Segundo operadores, rumores não confirmados sobre um possível novo reajuste de preços pela siderúrgica foram os responsáveis pela disparada de Usiminas.
As preferenciais da mineradora Vale, que divulga o balanço do quarto trimestre na quarta-feira, avançaram 0,53 por cento, a 34,28 reais, num respiro após as quedas recentes. Investidores também reagiram bem aos resultados trimestrais de Telefônica Brasil e Duratex, com as ações subindo 3,26 e 2,38 por cento, respectivamente.


ONTEM nos EUA:
Dow Jones fecha em baixa de 1,55%
O índice Dow Jones Industrial, o principal de Wall Street, fechou nesta segunda-feira em baixa de 1,55% e perdeu o patamar dos 14 mil pontos devido ao temor a uma situação de ingovernabilidade após as eleições italianas. Segundo dados provisórios, esse indicador, que reúne 30 das maiores empresas americanas, perdeu 216,4 pontos, para 13.784,17. Já o índice seletivo S&P 500 caiu 1,83%, e o indicador da bolsa eletrônica Nasdaq recuou 1,44%.

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MERCADO FINANCEIRO

Da redação - São Paulo / SP
BTG Pactual recebe autorização para resseguradora
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) aprovou início de operações de unidade de resseguros do banco de investimentos BTG Pactual, segundo portaria publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União. No texto, a Susep aprovou a transformação do tipo societário da unidade, de sociedade empresária limitada para sociedade por ações, com capital social de 100 milhões de reais. A autorização foi publicada uma semana depois que o BTG Pactual, maior bando de investimentos independente da América Latina, divulgou que encerrou o quarto trimestre com lucro líquido de 854 milhões de reais, numa queda em relação ao 1,05 bilhão obtido um ano antes.


Brasília / DF
Lucro do BNDES despenca 9,6% em 2012 e atinge R$ 8,2 bilhões
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve lucro de R$ 8,2 bilhões em 2012, queda de 9,6% em relação ao ano anterior, informou nesta segunda-feira a instituição de fomento, citando fraco desempenho das bolsas de valores e instabilidade dos mercados financeiros.
Segundo o banco, a queda no lucro também pode ser atribuída em parte a uma forte base de comparação com 2011, quando a instituição registrou receita não recorrente de R$ 881 milhões com recuperação de créditos, enquanto em 2012 houve despesa de R$ 320 milhões com provisão para risco de crédito.
A provisão ocorreu em meio a um crescimento de 26% nas operações de crédito e repasse (renda fixa), que somaram R$ 9,5 bilhões. Os desembolsos, conforme o banco anunciou no final de janeiro, somaram R$ 156 bilhões e cresceram 12% sobre 2011. O BNDES informou que os recursos foram distribuídos em 990 mil operações, para 261 mil pessoas físicas e jurídicas, números recordes.
As operações de renda variável, que têm historicamente contribuído de forma expressiva para o lucro do Sistema BNDES, refletiram em 2012 o impacto da crise financeira nas empresas nas quais o banco tem participação. No exercício de 2012, houve redução de 4,2 bilhões de reais no resultado bruto de renda variável, que somou, aproximadamente, quase R$ 1 bilhão. Em 2011, o resultado foi de R$ 5,2 bilhões.
O BNDES registrou uma inadimplência de 0,06% em 2012, o mais baixo da história do banco e abaixo dos 0,14% de dezembro de 2011.

Índice de Basileia - O índice de Basileia do banco terminou 2012 em 15,4%, acima dos 11% exigidos pelo Banco Central. Os ativos totais do sistema BNDES somaram R$ 715,5 bilhões no ano passado, crescimento de 14,5% sobre 2011. O saldo da carteira de crédito e repasse atingiu R$ 492,1 bilhões, dos quais 79,5% correspondiam a créditos de longo prazo. O braço de participações da instituição, BNDESPar, teve lucro de R$ 298 milhões de reais em 2012, sofrendo impactos com queda na receita de proventos, em especial dividendos, redução no resultado de equivalência patrimonial e provisões para perda de valor de ativos em empresas da carteira da empresa.
(Agência Reuters)


São Paulo / SP
UBS conclui compra da Link Investimentos por R$ 195 milhões
O grupo de serviços financeiros suíço UBS anunciou ontem, dia 25/2, que concluiu a aquisição da Link Investimentos, corretora independente que lidera há 11 anos o ranking de derivativos da BM&FBovespa (com 16% de participação no mercado), por R$ 195 milhões. A partir de agora, a Link passa a se chamar UBS Brasil Corretora. O acordo havia sido fechado em abril de 2010, mas apenas neste mês o governo assinou decreto para aprovar o negócio. O aval permite também a formação de um novo banco de investimentos.

Segundo o grupo, esta transação fortalece o UBS Brasil e amplia sua plataforma no País, permitindo a oferta de serviços de gestão de recursos, de assessoria financeira e de corretora, com atuação nos mercados de futuros, opções, de balcão, renda variável, títulos públicos e privados e commodities local e internacional. O objetivo do UBS é se tornar referência em "wealth management" (gerenciamento de riquezas) e "investment banking" (banco de investimentos) no mercado brasileiro.

O presidente da Link Investimentos, Daniel de Barros, contou que três fatores impulsionaram o negócio. "Procuramos estar numa empresa grande para poder continuar competindo. Além disso, levamos em conta a integração das clearings da BM&FBovespa e a futura competição entre bolsas no Brasil" disse Barros. O executivo disse ainda que a corretora quer ser líder de mercado, em especial agora que há a possibilidade de trabalhar em ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) como banco de investimento. "Acreditamos que as atividades de IPOs serão bem melhores do que o ano passado, mas vai depender de como o mercado vai perceber que o Banco Central está focado em reduzir a inflação", avaliou. No momento, o UBS tem quatro ofertas no pipeline (em fase de preparação), incluindo IPOs e follow-ons (ofertas subsequentes). Considerando outras atividades, como fusões e aquisições, o total de operações nas quais o banco está trabalhando soma 25
.
No ranking de ações da Bolsa, a Link alcançou a segunda colocação no ano passado, negociando R$ 316,8 milhões - o equivale a 8,9% de participação no mercados. Para o presidente do UBS Americas, Robert McCann, a expansão no Brasil é uma "prioridade estratégica" para o UBS. "Um dos maiores e mais importantes mercados emergentes oferece excelentes oportunidades de crescimento para nossa empresa, clientes, colaboradores e acionistas", disse.
Lywall Salles, presidente do UBS Brasil, disse que a Link construiu uma história de sucesso no Brasil "e sua aquisição foi uma excelente ação para reforçarmos nossa presença local". O executivo ressaltou que o UBS é um dos mais bem capitalizados bancos do mundo, já que no Basileia III conta com índice de 9,8% (ante os 7% exigidos pelo novo acordo). O Basileia é um indicador de capitalização e mede quanto o banco pode emprestar sem comprometer seu capital.  (Agência Estado)

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INDÚSTRIA

São Paulo / SP
Venda de implementos rodoviários recua 15,9%
As vendas da indústria de máquinas e equipamentos rodoviários no mercado interno apresentou recuo de 15,94% em 2012 em relação o ano anterior. No mesmo comparativo, foram comercializadas 160.414 unidades no ano passado, ante 190.823. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).
Apenas no mês de dezembro foram emplacados 13.815 implementos, volume praticamente estável frente aos 13.739 em novembro, mas que representa uma queda de 18,2% sobre os 16.905 comercializados em dezembro de 2011.
A maior queda em 2012 ocorreu no segmento de leves (carroceria sobre chassis), de 17,90% ante 2011. Foram emplacadas 107.871 carrocerias, frente a 131.382 um ano antes. Nesse grupo, a maior diminuição ficou com carrocerias do tipo basculante, com vendas 30,98% menores em 2012. O segmento compreende também implementos do tipo graneleiro, baú de alumínio, betoneira e tanque, entre outros.
No segmento pesado (reboques e semirreboques), a queda nos emplacamentos foi de 11,60%, ao passar de 59.441 em 2011 para 52.543 unidades no ano passado. Na categoria, que enquadra implementos do tipo porta contêiner, canavieiro, tanque inox, entre outros, a maior queda foi verificada nos equipamentos do tipo especial (-24,37%).
De acordo com a Anfir, o desempenho das vendas em 2012 é justificado pela alteração nas regras de financiamento e pelo crescimento econômico do País abaixo do esperado. Segundo o presidente da entidade, Alcides Braga, a mudança na taxa de juros do programa Finame PSI, de financiamento de máquinas e equipamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), levou mais tempo para ser absorvida pelo mercado.
(Agência Estado)


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AGROBUSINESS

Da redação - São Paulo / SP
Produção inicial de 2013 de frango pode ter ficado novamente aquém do milhão de toneladas
Os dados do mês ainda não foram divulgados. Mas é possível estimar que, em janeiro passado, pela segunda vez nos últimos 23 meses, a produção brasileira de carne de frango ficou aquém do milhão de toneladas.
Depois de alcançar 950 mil toneladas em fevereiro de 2011 (volume determinado pelo menor número de dias do mês), desde o mês seguinte, março de 2011, a produção brasileira de carne de frango permaneceu acima do milhão de toneladas. Voltou a ficar aquém desse volume em dezembro passado quando, considerada a produção diária, retrocedeu a um dos menores volumes dos últimos 36 meses. A dose pode ter-se repetido no primeiro mês de 2013. Na ausência de números, para calcular o possível volume do mês basta retroceder no tempo a um momento em que a produção de pintos de corte foi similar à de novembro e dezembro de 2012 – meses de onde saíram os frangos abatidos em janeiro de 2013. E o que se constata é que produção similar foi obtida no bimestre setembro-outubro de 2008, gerando no mês seguinte (novembro de 2008) volume de carne da ordem de 998 mil toneladas.
Naturalmente, inúmeras variáveis influenciam o resultado agora efetivamente registrado, incluindo-se entre elas o volume de frango inteiro exportado que, ao aumentar, puxa para baixo o peso médio do frango.  Como, em janeiro de 2013, o volume de frango inteiro exportado foi quase 30% maior que o de novembro de 2008, é bem provável que isso tenha ocorrido. Neste caso, o volume total de carne de frango do mês ficou ainda abaixo das 998 mil toneladas. (Fonte: Avisite)


São Paulo / SP
Produtor aproveita a entressafra da cana para renovar o canavial em SP
O produtor Marcelo Ravagnani irá investir 25% a mais em relação ao ano passado para aumentar a área plantada na propriedade em Batatais, na região nordeste de São Paulo. O agricultor deve gastar uma média de R$ 6 mil por hectare para renovar a parte do canavial que perdeu rendimento. O agricultor está começando o plantio de 190 hectares de cana, que é um terço do total da extensão da fazenda. O planejamento para renovação da área começou na mesma época no ano passado. A cana foi plantada com objetivo de servir de muda para o novo canavial. Os 30 hectares foram tratados principalmente contra pragas. A cana é retirada do canteiro e levada para a lavoura, um trabalho que exige cuidado para evitar perdas.
A terra recebe calcário, gesso e fósforo antes das mudas serem plantadas no local definitivo. As raízes que ficaram da safra anterior são misturadas pelos tratores e servem de adubo. A época e o clima são ideais para o plantio da cana, que só será colhida daqui a 18 meses, no fim da safra de 2014. A expectativa do agricultor é conseguir produtividade de 60 toneladas por hectare. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), no ano passado foram renovados 1,3 milhão de hectares de canaviais, com investimento de R$ 6 bilhões. (Fonte: Canal Rural)


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SERVIÇOS e VAREJO

São Paulo / SP
CVC retorna as origens para colocar a 'casa em ordem'
Beth, Adauto, José Carlos, Arley... É pelo primeiro nome que Guilherme Paulus, fundador da maior agência de turismo do País, a CVC, refere-se aos principais franqueados da marca. O executivo, que estava no conselho de administração desde que vendeu 70% da companhia ao fundo de private equity Carlyle, em 2010, voltou ao comando da empresa no início do mês. O motivo foi a saída repentina do presidente Xiko Lopes, que ficou pouco mais de um ano à frente do negócio. A familiaridade de Paulus com a rede de franqueados pode ajudar em um trabalho que a CVC está tendo dificuldade em terminar: a uniformização dos contratos com seus parceiros comerciais.
Desde que assumiu a empresa, o Carlyle aplicou à CVC pílulas do receituário clássico do private equity: profissionalização da gestão, formalização de contratos, aceleração do crescimento e preparação para uma oferta pública de ações, que pode servir de porta de saída para o fundo recuperar os cerca de R$ 700 milhões que aplicou na companhia. No entanto, muitas das tentativas de dar um novo ritmo ao negócio esbarraram em dificuldades no ano passado, segundo fontes de mercado.

Para começar, a entrada de Lopes, no início de 2012, foi marcada por uma debandada de executivos, alguns dos quais se abrigaram em concorrentes, como a rival Flytour. Acostumados a uma relação de camaradagem com os únicos dois presidentes que a CVC havia tido em 40 anos de história - Paulus e Valter Patriani -, a equipe se espantou com o estilo mais distante de Lopes, impressão que se espalhou para os franqueados, que sempre se consideraram "crias" do fundador, já que originalmente eram empregados da CVC. "Foi como se, de repente, tudo o que o Guilherme havia feito não valesse nada", diz um funcionário. Junto com os problemas de clima, os executivos tiveram de lidar também com um mercado de turismo mais fraco. O crescimento já não era o mesmo a que se estava historicamente acostumado no setor. A CVC, que vinha de expansões anuais de 10% a 15% na última década, viu o faturamento avançar 7% em 2012. A empresa foi afetada pela concorrência de agências online, como Viajanet e Decolar.com, e pelo aumento do endividamento da classe C. "O ano de 2013 também promete ser difícil - e vamos ter de nos adaptar", diz Paulus.

O retorno do fundador à presidência, embora programado para não durar muito, é visto por fontes como uma forma de acalmar os ânimos dos funcionários. A longa relação de Paulus com os franqueados também deverá ajudar a acelerar o processo de organização das 742 lojas exclusivas da CVC. "Havia vários tipos de contrato, na minha época tudo era negociado no fio do bigode", lembra o fundador. "Agora, o contrato será padronizado, será um sistema de franquia." Paulus diz que a renegociação dos contratos está adiantada, mas define o processo como "difícil".

Segundo fontes de mercado, a demora em concluir essas negociações teria motivado a saída de Lopes. "Não importa o que eles digam, foi esse problema com os franqueados que motivou a mudança", diz uma fonte do setor de turismo. No entanto, outra fonte da CVC contou ao Estado que o Carlyle foi pego de surpresa pelo pedido de demissão, apesar de o clima já não ser dos melhores. Procurado para comentar o assunto, o fundo não respondeu aos pedidos de entrevista da reportagem.

Para compensar a desaceleração em seu crescimento, a CVC está apostando em novas opções de pacotes, incluindo a retomada de viagens rodoviárias. A companhia pretende montar pacotes ao redor do calendário de campeonatos de futebol, para transportar as torcidas organizadas. Além disso, prepara-se para um aumento do fluxo internacional de turistas, especialmente para Miami e Paris. No entanto, a expansão que antigamente era comum pode ser uma meta irreal para os dias atuais. "A tendência do setor é crescer menos. As famílias que compraram carro, geladeira e televisão estão endividadas e precisam cortar gastos em algum lugar", diz Leonel Rossi, vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav). "Muitos vão deixar de viajar para pagar as contas."

As agências online são outra pedra no sapato da CVC. No Brasil, esse mercado soma entre 8% e 10% da receita do setor de turismo, bem abaixo dos 40% a 45% dos Estados Unidos, afirma o fundador da Viajanet, Bob Rossato. Em 2009, ano de fundação da Viajanet, o site vendeu R$ 55 milhões. No ano passado, a receita foi de R$ 400 milhões. "A classe C já tem computador e sabe comprar online. É uma tendência irreversível", diz Rossato.
Para Paulus, porém, o foco da CVC ainda é a rede de franquias - apesar da agência ter colocado no ar, em outubro, um novo site de vendas. "Nossa tradição é a venda de pacotes completos com serviço. Não podemos mudar do dia para a noite", diz. Franqueados como Beth, Adauto, José Carlos e Arley agradecem. (Agência Estado)

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COMÉRCIO EXTERIOR

Da redação - Brasília / DF
Frigoríficos brasileiros são habilitados pela China para exportar carne suína e de aves
A China comunicou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a decisão de habilitar seis frigoríficos brasileiros a exportarem carne suína e de aves para o país. Em visita ao Brasil no ano passado, uma missão chinesa visitou 20 frigoríficos e, desses, optou por habilitar um de carne suína e cinco de carnes de aves. O início do comércio com os estabelecimentos depende do envio de documentos solicitados pelas autoridades chinesas.
De acordo com o Mapa, as visitas para habilitar frigoríficos são um procedimento corriqueiro de outros países. Antes da visita do ano passado, eram autorizados a exportar para a China 24 estabelecimentos de carne de aves, oito de bovinos e cinco de suínos. O país oriental, no entanto, mantém atualmente embargo à compra de carne bovina brasileira em função da suspeita de um caso da doença da vaca louca no Paraná.
Para que o processo de exportação das seis empresas habilitadas tenha início, a China pediu para que o Brasil envie, nos próximos dias, a lista dos nomes dos veterinários encarregados de assinar o certificado sanitário emitido pelo estabelecimento exportador. O lado chinês, assim que receber o documento, se prontificou a anunciar o início das exportações por meio de uma publicação no site oficial daquele país. Dos frigoríficos habilitados, o de suínos fica no Rio Grande do Sul e três de aves em Santa Catarina. São Paulo e Mato Grosso do Sul tiveram um frigorífico de aves autorizado cada.
(Fonte:  Agência Brasil) 

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TI, WEB e e-COMMERCE

São Paulo / SP
Concorrente do Buscapé, Zoom caminha para gerar R$ 1 bilhão em vendas
Atualmente, o brasileiro BuscaPé concentra a maior parte das buscas para comparação de preços no Brasil, mas outra empresa nacional quer abocanhar parte desses acessos. O Zoom, projeto da holding Mosaico Negócios de Internet iniciado em novembro de 2011, espera gerar R$ 1 bilhão de faturamento para os lojistas parceiros neste ano, aumento de 100% em relação ao ano passado.
A estratégia do novato para atrair audiência é prover aos usuários conteúdo didático sobre produtos por meio de vídeos, testes e guias. Outra aposta é no chamado social commerce, conceito que leva em conta o relacionamento entre pessoas na hora de fazer uma compra na internet. Neste caso, o site disponibiliza, por exemplo, ferramentas para o usuário pedir ajuda aos amigos em redes sociais na hora de definir uma compra. “Nosso foco é o apoio à compra”, diz Adriano Lopes, que comanda o Zoom desde agosto do ano passado.
A ideia é esclarecer o consumidor sobre assuntos como novas tecnologias de maneira independente das fabricantes e varejistas e, assim, impulsionar as buscas por meio do site. Além disso,a empresa também possui serviços como o alerta de preços, que avisa o usuário cadastrado quando um produto atinge determinado valor em algum dos varejistas parceiros. 
Atualmente, o Zoom ocupa o número 195 no ranking nacional de audiência na internet, segundo a lista feita pela Alexa, enquanto concorrentes que estão há mais tempo no mercado ocupam posições superiores. O Buscapé, por exemplo, é número 30 da lista e o Uol Shopping é o centésimo quinto.
Outra do site e na mobilidade, e para começar a marcar presença em smartphones e tablets o comparador de preços prepara um aplicativo que será lançado até agosto deste ano, de acordo com Lopes.
Atualmente, o site agrupa ofertas de 500 lojas parceiras. Lopes, que foi um dos responsáveis pelo lançamento da Americanas.com e tem 12 anos de experiência em e-commerce, foi nomeado presidente com o objetivo de impulsionar as parcerias e estreitar relações com as grandes empresas.
O Zoom não é o único negócio da Mosaico. A empresa, que tem como sócios os empreendedores José Guilherme Pierotti, Guilherme Pacheco e Roberto Malta e também a Globo Comunicação e Participação, detém três outras companhias de internet: ClickOn ( de compras coletivas), Mundi (buscador de viagens) e Gazeus (de games). Os três sócios, que fundaram o Mundi e são gestores da Mosaico, já tiveram outro negócio na área de comparação de preços: o BondFaro, vendido para o Buscapé em 2006.
(Fonte: Brasil Econômico)


Londres / Inglaterra
Gartner recomenda revisão dos planos de combate à DDoS nas companhias
Um quarto dos ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS) em 2013 será baseado em aplicativos, de acordo com o Gartner. Crackers enviarão comandos direcionados a aplicações para atingir a unidade de processamento central (CPU) e a memória - tornando a aplicação indisponível. A empresa de análises tem estudado novos métodos de ataques usados por cibercriminosos para atingir serviços financeiros e setores de e-commerce, e prevê que eles serão amplamente disseminados durante esse ano. O analista da Gartner, Avivah Litan, disse: "no ano passado vimos um novo nível de sofisticação em ataques organizados contra empresas em todo o mundo, e eles vão crescer em termos de sofisticação e eficácia em 2013." Ele acrescentou que "uma nova classe de ataques DDoS e de manobras de engenharia social foram lançadas contra bancos norte-americanos no segundo semestre de 2012, e isso vai continuar neste ano, a medida que atividades criminosas organizadas se aproveitam das fraquezas de pessoas, processos e sistemas."

O Gartner identificou algumas das principais tendências criminosas de 2013 e as potenciais garantias e soluções para empresas sob risco de ataque. Essas tendências serão apresentadas em uma conferência em Londres no próximo mês. A companhia afirma, por exemplo, que ataques DDoS a banda larga estão se tornando regra e continuarão "a causar estragos" em organizações despreparadas, em 2013. O Gartner disse que ataques DDoS lançados contra bancos dos EUA no ano passado, por vezes adicionaram até 70 Gbps de tráfego "lixo" nas redes dessas empresas.

Até a recente onda de ataques, a maioria dos DDoS em nível de rede consumia apenas 5 Gbps de largura de banda, disse o Gartner - mas os níveis mais recentes tornaram impossível para os clientes dos bancos e outros acessar seus sites. "Para combater este risco, as organizações precisam rever suas configurações de rede e rearquitetá-las para minimizar o dano que pode ser causado", disse Litan. "As empresas que têm uma presença crítica na web e não podem pagar pelas interrupções relativamente prolongadas no serviço online devem empregar uma abordagem em camadas que combine múltiplas defesas do DOS."

Além disso, o Gartner recomenda a implantação de um centro de atendimento ao cliente e de software de prevenção da fraude para ajudar a pegar os fraudadores que cometem crimes por meio de engenharia social, ou usam identidades roubadas. A empresa diz que os clientes também devem ser educados sobre as melhores práticas de segurança para ajudá-los.
(Fonte: Computerworld/Reino Unido)


Da redação - São Paulo / SP
Exame para certificação de segurança da CompTia ganha versão em português
A CompTIA, que fornece certificações para os profissionais de tecnologia da informação (TI) em todo o mundo, passa a oferecer uma versão em português do exame para obtenção de seu selo CompTIA Security+. Segundo a entidade, a certificação CompTIA Security+ credencia profissionais experientes na área da cyber segurança, um dos campos de crescimento mais rápido da TI. Mais de 230 mil especialistas no mundo todo já receberam esse título. 
"O setor de TI no Brasil está crescendo em ritmo acelerado e o número de pessoas com acesso à internet também está aumentando", afirmou Terry Erdle, vice-presidente executivo de certificação de habilidades da CompTIA.
Ele argumenta que a versão em português da CompTIA Security+ se justifica pelo avanço do mercado brasileiro de TI. O execuivo observa que o setor está em ritmo acelerado de expansão, aumentando também o acesso à internet . Esses fatores, segundo ele, intensificam a necessidade de uma forte vigilância de cyber segurança.

O executivo ressalta que os profissionais que já receberam essa certificação aprenderam a aplicar seu conhecimento de conceitos de segurança, ferramentas e procedimentos para reagir a incidentes. Eles também têm conhecimentos para prever riscos de segurança e de se proteger contra eles. 
Antes de realizar o exame CompTIA Security+, os profissionais precisam obter o certificado CompTIA Network+ ou ter pelo menos dois anos de experiência em rede técnica com ênfase em segurança. O teste contém 100 questões, que devem ser respondidas em 90 minutos. Para ser aprovado, o candidato precisa atingir uma pontuação de, no mínimo, 750 em uma escala de 100-900.
Além da nova versão em português, o exame da CompTIA Security+ está disponível em inglês, alemão, japonês, coreano, mandarim simplificado e mandarim tradicional. Para mais informações, acesse CompTIA Certification.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da CompTIA)


Da redação - São Paulo / SP
LG compra sistema operacional móvel da HP WebOS
A LG acaba de anunciar a compra do sistema operacional WebOS, que pertencia à Hewlett-Packard. As informações são do CNET. O WebOS é um sistema operacional que muitos viram como grande promessa, mas que foi mal administrado pela HP. Inicialmente aclamado como o possível salvador do Palm, o sistema foi deixado pra trás pela empresa, e muitos acreditaram em sua “morte” efetiva. A intenção da LG não é utilizar o OS em smartphones - já que tem seu foco no Android - mas sim em Smart TVs, ou “Televisões Inteligentes”. Com o acordo, a LG obtém o código fonte para o WebOS, documentação relacionada, equipe de engenharia e sites relacionados ao OS. A empresa também recebe licenças da HP para o uso de seus produtos com WebOS e patentes obtidas da Palm. Os termos financeiros do acordo não foram divulgados. "Isso cria um novo caminho para a LG oferecer uma experiência de usuário intuitiva e serviços de Internet por meio de uma variedade de dispositivos eletrônicos de consumo", disse Skott Ahn, presidente e diretor de tecnologia da LG Electronics Inc. (Fonte: Assessoria de Imprensa da LG Brasil)


Da redação - São Paulo / SP
UOL Host passa a tarifar serviços de cloud por hora
Para ampliar os negócios com aplicações na nuvem, o UOL Host passou a oferecer aos seus clientes um modelo mais flexível de tarifação de suas ofertas. Agora, os clientes do UOL Cloud podem optar por pagar apenas pelo tempo de uso dos serviços. Segundo o prestador de serviços, o novo modelo de cobrança atende principalmente empresas que precisam ampliar ou reduzir a capacidade dos seus servidores conforme a demanda como durante uma campanha publicitária ativa. Os clientes podem também reduzir seus recursos em períodos de menor pico, como fim de semana ou feriado.
O valor da tarifa dos serviços de nuvem custam partir de 14 centavos a hora. Juntamente com o novo formato de tarifação o UOL Hoste criou novas funcionalidades que facilitam na hora de contratação das ofertas,  acompanhar e controlar o consumo dos seus servidores. Os clientes podem ainda se apoiar nos novos recursos para observar e controlar valores gastos em tempo real, instalação de aplicativos e backup e até alternar entre as diferentes capacidades do servidor. (Fonte: Assessoria de Imprensa da UOL)

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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA

Da redação - Brasília / DF
Governo prepara novas concessões
Ao encerrar seu mandato, em dezembro de 2014, a presidente Dilma Rousseff quer ter colocado na rua um volume de projetos capaz de zerar o déficit de infraestrutura no Brasil, estimado em R$ 500 bilhões. Para isso, vai contar com a ajuda da iniciativa privada. Estão no forno novas concessões e, em alguns casos, Parcerias Público-Privadas (PPPs). O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, pretende apresentar em março ao Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte (Conit) um novo conjunto de concessões em rodovias e ferrovias. Para isso, está em curso uma pesquisa sobre os principais pontos de origem e destino de cargas no País. Um simulador vai indicar onde haverá gargalos, e isso vai definir o grau de prioridade daquele empreendimento. Um segundo grupo de novos projetos será selecionado em 2014.

Em rodovias, deverão integrar a próxima rodada as BRs 251 e 365, nos trechos que ligam Salinas (MG) a Montes Claros (MG) e ao Triângulo Mineiro, a BR 364 entre São Simão (GO) e Rondonópolis (MT) e o trecho paranaense da BR 163.
Em ferrovias, estão em estudo as ligações ferroviárias entre Lucas do Rio Verde (MT), na região produtora de grãos, e os portos de Santarém (PA) e Porto Velho (RO). Também são analisadas a ligação entre Figueirópolis (TO) e Barreiras (BA), que vai integrar a Ferrovia Norte-Sul à Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), e uma linha entre Estreito (MA) e Eliseu Martins (PI), que vai unir a Norte-Sul à Transnordestina.

Hoje, dia 26/2, Figueiredo participa, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, de uma apresentação a investidores em Nova York sobre as oportunidades de negócios em infraestrutura no Brasil. É possível que sejam anunciados novos instrumentos de financiamento para o setor, em estudo pelo governo.  (Fontes: Agências Brasil e Estado)


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ENERGIA

Da redação - São Paulo /SP
Escoamento integrado de etanol tem 22% de obras concluídas
O governo federal estima que 23% do sistema de escoamento integrado de etanol em Goiás, Minas Gerais e São Paulo esteja concluído até o próximo dia 30/4, conforme o balanço do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), divulgado nesta sexta-feira pelo governo. De acordo com o documento, a meta inclui o início da operação do trecho Ribeirão Preto/Paulínia até 30 de março e das obras do trecho Uberaba/Ribeirão Preto até 30/4. Na avaliação do governo federal, o andamento do projeto é considerado ´adequado´. Até o fim de dezembro passado, o status do empreendimento era de 22% de realização. Com previsão de conclusão em 30 de dezembro de 2018, o projeto integra a movimentação de álcool nos Estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, permitindo o escoamento do biocombustível por porto marítimo. A obra inclui a construção de instalações para coleta, armazenamento e transporte por dutos. O investimento previsto para o período de 2011 a 2014 é de R$ 3,4 bilhões. Após 2014, R$ 2,4 bilhões devem ser destinados ao projeto. Entre os empreendedores estão Lógum/Petrobras (20%), Copersucar (20%), Cosan (20%), Odebrecht Transport Participações (20%), Camargo Corrêa S/A (10%) e Uniduto (10%).



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