Edição 821 | Ano IV


São Paulo / SP
Governo precisa corrigir 'tropeços' para país crescer mais
O economista Antonio Delfim Netto garante que mantém seu aval a Dilma Rousseff. Mas passou a criticar o que classifica como tropeços do governo petista. O ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento criticou o modelo de concessões à iniciativa privada que fixa rentabilidade do investidor. Segundo ele, isso leva o mercado a responder "com a porcaria que cabe em sua taxa de retorno". Também na manhã de ontem, o governo anunciou mudanças nas regras para as concessões de projetos de infraestrutura. Melhorou as condições para os investidores, mas manteve o critério de taxa de retorno --embora a tenha aumentado. Para Delfim, o "truque fiscal" para cumprir a meta de superavit primário gerou um efeito de catastrofismo, que "permitiu que se generalizasse a ideia de que o governo não sabe o que está fazendo". Ele também é contra a recente tentativa do Banco Central de apreciar o real e os incentivos do governo à formação de oligopólios. 
Mas o economista, que é colunista da Folha, elogia a continuação da política de redistribuição de renda pelo governo Dilma, que, para ele, vai na direção certa e só precisa fazer algumas correções.

O senhor adotou um tom mais crítico em relação ao governo. O que o levou a isso?
Antonio Delfim Netto - Não mudou o tom coisa nenhuma. Eu acho que a política do Lula era boa. Considero a Dilma uma tecnocrata de altíssima qualidade. Tudo o que ela está fazendo está na direção certa. Começando com aquela intervenção na poupança, a redução dos juros, a redução do custo de energia. O que eu digo é o seguinte, a minha mudança... Chamei a atenção para uma coisa que foi exagerada, a operação quadrangular entre Tesouro, BNDES, Caixa Econômica. Aquilo diminui a credibilidade da política. Você não precisava do superavit primário de 3,1% [do PIB]; com 2% você fazia o serviço. Os investidores parecem estar menos confiantes no governo. O governo não tem conseguido produzir leilões capazes de atrair a iniciativa privada. Tenta fixar coisas que não podem ser fixadas simultaneamente.
Você pode fixar a qualidade da concessão. E depois fazer um leilão competitivo em que é determinada a taxa de retorno. Esse é o modelo ideal. Ou você fixa a taxa de retorno e o mercado vai responder com a porcaria que cabe dentro da taxa de retorno. O governo não pode é fixar as duas coisas ao mesmo tempo. Se ele não se afastar desse modelo, a qualidade dos serviços não será a desejada.

E a infraestrutura do país continuará com problemas?  Sim, nossa infraestrutura continuará em dificuldades.

Isso impacta o crescimento? Não há razão para o Brasil não poder crescer entre 3,5% e 4% neste ano. Mas vai depender do nível de investimento. Se você conseguir concessões com qualidade razoável e taxa de retorno adequada, vai atrair o investimento privado.

O que mais o governo pode fazer para recuperar a confiança do setor privado? Há medidas como a desoneração da folha de pagamento junto com a relativa desvalorização do real que estão produzindo efeitos importantes na estrutura produtiva e na própria exportação. Mas, quando o governo faz uma intervenção intempestiva no câmbio, aquelas pessoas que tomaram o risco de acreditar na política de desoneração e de câmbio entram em estado de estresse.

O sr. se refere à intervenção do BC [para valorizar o real?  É. Essa ideia de que corrigir cinco centavos no câmbio muda a expectativa de inflação é absurda. Produziu algum efeito terrível físico? Não. Mas produziu uma dificuldade na credibilidade do governo. Não se pode estressar mais o setor industrial.

O sr. também tem criticado os incentivos a setores escolhidos por meio do BNDES: É verdade, acho que essa não é uma política das mais inteligentes, formar oligopsônios [em que poucas empresas, de grande porte, compram determinado produto] e oligopólios com recursos do Tesouro, porque é óbvio que não são instrumentos eficientes no processo competitivo. São contra a competição. Mas isso vem de muito tempo. Não tem nada a ver com a Dilma.

Vem do governo Lula? Sim, vem do governo Lula. Tanto quanto sei até hoje, essa não é uma coisa que termine bem.

Como termina? Com mais inflação.

A inflação hoje é um risco? Não acredito. A inflação vai flutuar um pouco. O BC continua com os instrumentos, tem autonomia. É um erro imaginar que não opere. Como é um erro imaginar que o governo não saiba administrar essa política econômica.

O que tem acontecido de melhor no país? O lado bom é que as instituições estão muito mais fortes do que sempre estiveram. O Brasil é o emergente que tem as instituições mais sólidas, como prova esse julgamento do STF [do mensalão]. E, mesmo que tenha crescido pouco, temos crescido reduzindo a desigualdade. A redução da desigualdade é tão importante quanto o crescimento. E estou convencido: se o governo corrigir essas pequenas coisas, vamos crescer entre 3,5% e 4%. Se não corrigir, vamos ter um crescimento menor. Mas não significa que o Brasil vai entrar em estagnação. Simplesmente vai ter crescimento menor.

Mas isso não seria ruim? É claro que um crescimento maior é melhor, desde que acompanhado desse aumento de igualdade de oportunidade. Este é o ponto central: estamos construindo uma sociedade mais decente, dando à economia de mercado o que falta a ela, que é a redução da flutuação no nível de emprego e o aumento da oportunidade de igualdade. Não há razão para esse catastrofismo que se apropriou do país. O erro do truque fiscal produziu esse efeito. Permitiu que se generalizasse a ideia de que o governo não sabe o que está fazendo. Duvido que o governo repita esse erro.
(Agência Folha)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
Inflação da baixa renda sobe 0,98%% em janeiro
A inflação percebida pelas famílias de baixa renda acelerou no mês de janeiro, segundo a fundação Getulio Vargas (FGV). É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (C usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. O indicador subiu 0,98% no mês passado, após mostrar alta de 0,76% em dezembro. Com o resultado, o índice acumula alta de 7,03% em 12 meses.
A taxa do IPC-C1 em janeiro ficou abaixo da inflação média apurada entre as famílias mais abastadas, com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR). Este indicador mostrou alta de 1,01% em janeiro. Mas a taxa de inflação acumulada em 12 meses no IPC-C1 foi maior que a apresentada para o mesmo período pelo IPC-BR, que subiu 5,95% no período.

Quatro das oito classes de despesas componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: 

Alimentação (1,40% para 2,48%)
Despesas Diversas (1,50% para 4,98%)
Educação, Leitura e Recreação (0,35% para 2,31%)
Transportes (0,34% para 0,42%).

Para estes grupos, os itens de destaque foram: hortaliças e legumes (3,53% para 21,29%), cigarros (3,18% para 9,79%), cursos formais (0,00% para 8,91%), tarifa de ônibus urbano (0,07% para 0,85%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram decréscimo os grupos Habitação (0,42% para -0,49%), Vestuário (0,90% para 0,10%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,42% para 0,19%). Nestas classes de despesa, as principais influências partiram dos itens: tarifa de eletricidade residencial (0,72% para -5,24%), roupas (1,25% para -0,36%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,33% para -0,30%), nesta ordem. O grupo Comunicação repetiu a taxa de variação da ultima divulgação, 0,03%.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE  na Ásia:

Tóquio / Japão
Bolsas asiáticas sobem com otimismo sobre recuperação
A perspectiva de recuperação econômica global sustentou ativos de risco desde as ações asiáticas até commodities industriais nesta quarta-feira, enquanto a perspectiva de um novo presidente a favor de afrouxamento monetário para o Banco do Japão, banco central do país, levou o iene para o menor nível em três anos.
A queda do iene impulsionou as ações japonesas para o maior nível desde outubro de 2008, com o índice Nikkei avançando 3,77%. As ações australianas subiram 0,78%, liderando seus pares regionais.
-  O índice MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão tinha leve alta de 0,04%, seguindo ganhos superiores a 1% dos índices Standard & Poor's 500 e Nasdaq durante a noite devido a dados mostrando que o setor de serviços dos Estados Unidos ampliou uma expansão de três anos em janeiro.
Na Ásia, os investidores têm sido rápidos em realizar lucros à medida que os preços se aproximam de suas máximas, mas analistas e operadores dizem que quedas devem ser vistas como uma chance de voltar a comprar no mercado posteriormente.
- O índice da Bolsa da Coreia fechou em queda de 0,10%, a Bolsa de Taiwan terminou com ganho de 0,25%, enquanto o índice referencial de Xangai avançou 0,06%. Cingapura subiu 0,12%.

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MERCADO FINANCEIRO

São Paulo / SP
Banco Rural terá que pagar R$ 110 milhões a ex-funcionários da Vasp
O Banco Rural e uma empresa do grupo, a Rural Agroinvest, perderam um recurso na última segunda-feira, dia 4/2, no STJ (Superior Tribunal de Justiça) numa ação em que foram condenados a pagar cerca de R$ 110 milhões a ex-funcionários da Vasp. O banco queria incluir a massa falida da Vasp na ação e foi derrotado. A empresa área teve sua falência decretada em 2008 e deve R$ 1 bilhão a 4.200 funcionários. O Rural, segundo a Justiça, ajudou o ex-dono da Vasp, o empresário Wagner Canhedo, a tirar R$ 38 milhões do grupo em 2004. À época, já havia uma decisão judicial de que todos os bens de Canhedo deveriam ser usados para pagar dívidas trabalhistas, segundo o advogado Carlos Duque Estrada. Para contornar o veto, de acordo com o advogado, Canhedo simulou um empréstimo no banco e pagou com 71.600 cabeças de gado. O gado, porém, não foi entregue. O resultado da operação foi a retirada de R$ 38 milhões do grupo de Canhedo. A juíza Elisa Andreoni escreveu em decisão que "a fraude é inconteste". Esse valor corrigido atinge hoje cerca de R$ 110 milhões. O Rural diz que não havia veto à venda, que o gado foi entregue e que vai entrar com novos recursos na Justiça. O banco informa que já tem reservado o valor a ser pago caso perca a ação.  (Agência Folha)

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INDÚSTRIA

Nova Iorque / EUA
Michael Dell aposta fortuna para fechar capital de sua empresa
Michael Dell chegou a abandonar o controle cotidiano da companhia de computadores que leva seu nome - experiência de resultado não muito positivo, e que terminou rápido. Mas agora ele está apostando boa parcela de sua fortuna pessoal para reverter a crise na empresa. A Dell fechará seu capital em uma transação de US$ 24,4 bilhões comandada por Dell e que incluirá capital do grupo de capital privado Silver Lake e um empréstimo da Microsoft, anunciaram as partes envolvidas ontem, dia 5/2. Fechar o capital da Dell não é ideia nova: Michael Dell declarou em conferência com investidores em junho de 2010 que já havia pensado na hipótese. Ao fechar negócio agora, a companhia do bilionário pode concentrar suas atenções em reverter a crise, adotando como foco os serviços e hardware de informática para empresas, seguindo o exemplo da IBM. A tarefa não será fácil para uma empresa que construiu sua reputação produzindo computadores, mas cuja sorte mudou para pior e agora deseja concorrer contra rivais de maior porte como a Hewlett-Packard e a IBM. "Trata-se de uma oportunidade de ser mais flexível na gestão da companhia, para Michael Dell. Isso não muda o fato de que, no mercado de computadores, eles enfrentem desafios mais sérios que os do passado", disse Shebly Seyrafi, analista da FBN Securities.

Histórico - Michael Dell criou a empresa em 1984, quando ainda universitário, com capital de apenas mil dólares, e a conduziu ao topo do setor de computadores. O slogan da companhia em sua publicidade de TV, "dude, you're getting a Dell", tornou-se um dos mais conhecidos bordões do começo dos anos 2000, nos Estados Unidos. O sucesso inicial da empresa valeu ao fundador fortuna suficiente para que ele criasse uma nova companhia, a MSD Capital, que emprega 80 pessoas em três cidades e cuida só de investir seu dinheiro em atividades que variam de ações a imóveis.

A revista Forbes o inclui no ranking dos 50 homens mais ricos do planeta, com fortuna estimada em US$ 16 bilhões. No entanto, boa parte de seu sucesso ainda está ligado à empresa que fundou e da qual não conseguiu se afastar.
A primeira vez que ele saiu do cargo executivo máximo da Dell foi em 2004, quando seu braço direito Kevin Rollins assumiu como presidente-executivo. A companhia estava em boa fase quando Rollins assumiu, mas as vendas e os serviços a clientes decaíram dentro de três anos, e houve uma percepção geral de alívio entre investidores quando Dell reassumiu o controle em janeiro de 2007. Mas nos seis anos após Michael Dell ter reassumido a liderança, a participação de mercado da companhia caiu ainda mais, e isso prejudicou a ação da empresa. A Dell, que tem mais de metade de sua receita atrelada às vendas de PCs e servidores, tem constantemente cedido market share para a HP e a Lenovo, e luta com o restante da indústria com a queda na demanda por computadores pessoais. (Agência Reuters)


Estocolmo / Suécia
Stora Enso cortará capacidade após lucro abaixo do esperado
A produtora finlandesa de celulose, papel e papelão Stora Enso informou que planeja reduzir a produção de papel e cortar 600 empregos após divulgar resultados abaixo do esperado e projetar uma desaceleração para o primeiro trimestre. A companhia afirmou que fechará duas máquinas de papel na Suécia, equivalentes a 3,4 por cento da capacidade total de papel de imprensa da Europa, para driblar a demanda em queda. O lucro operacional da empresa no quarto trimestre subiu 6 por cento ano a ano, para 155 milhões de euros (210 milhões de dólares), mas ficou abaixo da previsão média de analistas, de 162 milhões de euros. A Stora Enso estima que o lucro operacional no atual trimestre caia cerca de um terço em relação ao período anterior, em função da fraqueza dos mercados de papel e madeira serrada.  (Agência Reuters)

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AGROBUSINESS

São Paulo / SP
Crescimento Mundial da Produção de Ovos
A produção mundial de ovos deve atingir um recorde de 65,5 milhões de toneladas em 2013, apesar da redução na taxa anual de crescimento. A expansão anual, entre 2000 e 2010, foi em média acima de 2%, passando de 51 para 63,8 milhões de toneladas. Porém, desde então o crescimento anual esta girando em torno de 1% e, considerando a continua pressão sobre os custos de produção e de consumo, provavelmente a tendência deverá permanecer neste patamar. Esta estimativa foi publicada no "The Poultry Site" em janeiro deste ano. O estudo demonstra um crescimento (2000/10) de 52,6; 25,96; 31,40; 11,60 e 50%, respectivamente para os continentes Africano, Americano, Asiático, Europeu e Oceania. A Ásia e a América deverão contribuir, respectivamente, com 58,61 e 20,15%, contribuindo com quase 80% da produção mundial. Nas Américas os principais países são os Estados Unidos, México e Brasil, que juntos representam quase que 64% da produção total de ovos. A estimativas se referem a produção total de ovos, incluíndo os ovos de reprodução que são disponibilizados para o mercado de consumo. Globalmente, considera-se que estes ovos representam 5% do total, embora a proporção tenha um estreita dependência do tamanho da industria de produção de frango. No caso do Brasil e Estados Unidos estas proporções são, respectivamente de 15% e 12% do total de ovos disponibilizados para consumo.

No caso do Brasil, a estimativa de produção, incluíndo todas as fontes (comercial, colonial e resíduos de incubação) seria de quase dois milhões de toneladas e, considerando os 15% provenientes de resíduos de incubação, teríamos uma produção de ovos para consumo estimada em 1,7 milhões de toneladas.  O consumo percapita anual esta ao redor de 8,5 kg, abaixo da média das Américas. O artigo completo em Inglês pode ser obtido através no link Labex Korea(Fonte: The Poultry Site)


Porto Alegre / RS
RS projeta aumento da produção gaúcha de frango em até 2%
A Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) projeta um aumento de produção de frango no Rio Grande do Sul em 2013 de 1% a 2%, acompanhando estimativa da União Brasileira de Avicultura (Ubabef). De acordo com José Eduardo Santos, diretor executivo da Asgav, a perspectiva de estabilidade após um ano de crise indica que ainda há um sinal de alerta no setor, especialmente com o risco de nova escalada nos preços de milho e farelo de soja, principais custos do setor. "O mercado de grãos vai determinar o ritmo da produção", afirmou. Não se projeta, no entanto, uma crise como a ocorrida de 2012.
Apesar da perspectiva de que os insumos continuarão pressionando os custos, a associação ainda trabalha com a ideia de manutenção dos preços do produto final neste ano. Só em 2012 a elevação chegou a 25%, e nova alta dependerá do impacto do aumento do diesel no frete. "O governo dá de um lado, mas tira do outro", disse Nestor Freiberger, presidente da entidade. Segundo ele, a redução da energia elétrica não será percebida pela indústria, porque o combustível pesa mais nos custos de produção.
Em 2012, o abate de frangos no Rio Grande do Sul caiu 7,16% ante 2011, para 774,2 milhões de aves. O alojamento também recuou no período, 0,5%, para 792 milhões de cabeças, de acordo com a entidade. A produção de aves inteiras e cortes caiu 6,71% na comparação com 2011, para 1,529 milhão de toneladas. Somente no Estado, o setor registrou crescimento de 4,8% na comercialização de frango inteiro e cortes, resultado, segundo a entidade, de uma mudança na política tributária do Estado, que garantiu competitividade em relação à produção de Santa Catarina e Paraná. A Asgav voltou a cobrar do Ministério da Agricultura uma política de retenção de milho no mercado interno, para garantir o abastecimento em anos de forte exportação. Segundo Nestor Freiberger, a proposta é de que o governo acione um dispositivo de compra para garantir que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tenha um estoque regulador mínimo para diminuir a especulação.  (Agência Estado)


Da redação - Curitiba / PR
Novus destaca tecnologias para melhorar desempenho de gado de corte
Sustentabilidade, Sistemas alternativos de alimentação, Melhora Genética, Utilização de forragem, Bem-estar animal e Função ruminal efetiva são destacados entre os maiores desafios da indústria de carne bovina por 20 lideranças da cadeia produtiva internacional durante o I Global Beef Roundtable, organizado pela Novus Internacional, nos Estados Unidos. 
Em Denver, o grupo visitou a empresa Leachman Cattle of Colorado, líder em genética e também o Centro de Desenvolvimento de Pesquisa Agrícola e Centro de Educação (ARDEC) na Universidade Estadual do Colorado. No dia seguinte, o grupo visitou os escritórios da CattleFax e da Associação Nacional dos Pecuaristas para uma série de apresentações informativas sobre as tendências da indústria de carne bovina.

Com o objetivo de promover uma discussão sobre os desafios na produção de carne bovina e as necessidades para enfrentar estes desafios, a empresa reuniu, nos Estados Unidos, nutricionistas, gestores de confinamento, representantes de empresas de alimentos e fornecedores de alimentação de vários países para apresentar seus diferentes pontos de vista. Segundo os especialistas que participaram do debate, para enfrentar estes desafios e oportunidades, o mercado precisa de melhorias na tecnologia de aplicação mineral, na digestibilidade da forragem, na eficiência do rúmen, na saúde e bem-estar dos animais, além de avaliação e compreensão dos antagonistas.  Como confraternização, o grupo participou do National Finals Rodeo que aconteceu em Las Vegas.

Desafios e oportunidades para a pecuária brasileira - O encontro foi importante não apenas para uma maior reflexão sobre o mercado mundial, como também para entendermos melhor o nosso papel neste cenário e como podemos contribuir com desafios da atividade, destacou o médico veterinário e gerente de Bovinos da Novus do Brasil, Valdecir Taffarel. Para o mercado brasileiro, o especialista aposta no uso de tecnologias como minerais orgânicos e óleo essencial na nutrição de gado de corte para melhorar o desempenho no campo. “Uma dieta bem balanceada com uso de minerais orgânicos quelatados com metionina protegida pode ajudar a melhorar o ganho de peso. Da mesma forma, óleo essencial encapsulado tem demonstrado uma ferramenta eficaz para aumentar a eficiência alimentar”. 
Incrementar ganho de peso e conversão alimentar dos animais são destacado pelo especialista entre os principais desafios e também oportunidades da pecuária de corte brasileira. Para ele, este desafio pode ser superado através de melhorias em tecnologias, como aplicação mineral, eficiência do rúmen, saúde e bem-estar dos animais, além de maior avaliação e compreensão dos antagonistas. “Estas tecnologias tem o potencial de contribuir decisivamente para um avanço na produção de carnes no Brasil”, disse Taffarel.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Novus)

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SERVIÇOS e VAREJO

São Paulo / SP
O plano da Riachuelo para crescer 70 anos em 4 anos
Nos próximos quatro anos, a Riachuelo promete repetir o que ela fez em suas quase sete décadas de existência: abrir 170 lojas. Este é exatamente o número de pontos de venda que a varejista tem em operação hoje. Para cumprir sua meta de dobrar de tamanho até o final de 2016, a companhia espera manter um ritmo de pouco mais de 40 inaugurações por ano. “Temos 44 contratos de lojas assinados para 2013. Mas para que todas elas saiam do papel, os shoppings precisam cumprir seus prazos de inauguração”, diz Flávio Rocha, presidente da Riachuelo.
A companhia investirá R$ 450 milhões por ano até 2016. O montante será aplicado na abertura de lojas, logística, tecnologia e também na construção de novas fábricas. Para este ano, a empresa espera inaugurar mais uma unidade fabril. O local escolhido foi Fortaleza (CE). Do total de R$ 1,8 bilhão que a companhia deve aplicar no período, metade virá de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Para o empresário, a expansão acelerada só está sendo possível devido à queda da informalização no setor. “O governo tem apertado o cerco contra as empresas informais. E, claro, a competição pelos consumidores ficou mais justa para as companhias legais, que pagam seus impostos”, afirma.
Como na maioria das grandes varejistas, os serviços financeiros seguem ganhando espaço na Riachuelo. Desde 2010, a Midway, financeira do grupo, passou a oferecer aos clientes seu cartão próprio com as bandeiras Visa e Mastercard.
A base total de cartões (que também incluiu os plásticos sem bandeira de cartão de crédito) chegou a 21,2 milhões em setembro de 2012 (último dado dilvulgado pela companhia), sendo que deste total 458,5 mil unidades foram emitidas no terceiro trimestre do ano passado. “Já temos 1,6 milhão de unidades de cartões com bandeiras”, afirma Flavio Rocha. O plano da Riachuelo é emitir um milhão destes cartões de crédito a cada 12 meses. O ticket médio do plástico chegou a R$131,16 no terceiro trimestre de 2012, crescimento de 5,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Perspectivas - O empresário acaba de ser eleitor presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), cargo no qual deve permanecer nos próximos dois anos. Para o executivo, as perspectivas para o segmento varejista são muito boas. “Mas os lojistas não podem contar apenas com o incentivo à demanda, pois este tipo de crescimento não se sustenta no longo prazo”, afirma. Segundo dados do IDV, a expectativa é que as vendas de fevereiro cresçam 6,1% e as de março avancem 6,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado. (Fonte: Brasil Econômico)


São Paulo / SP
Grupo Don Pepe planeja entrar no RJ
Uma das redes de gastronomia de maior sucesso no país, o Grupo Don Pepe chega aos 30 anos de atuação com o desafio de levar o segredo de suas cozinhas para além do estado de São Paulo. Hoje formado por 20 restaurantes que movimentam cerca de R$ 60 milhões anuais, a companhia projeta para os próximos anos a entrada no mercado carioca, praça que tem as melhores condições econômicas no país atualmente, segundo o empresário Andrea Conte, fundador e sócio do Grupo Don Pepe ao lado de Alan Vila Espejo.
Diferente da maioria dos que atuam no ramo gastronômico, Conte diversificou sua rede de restaurantes e serve atualmente a seus clientes de massa a comida japonesa. Entretanto, os grandes diferenciais do grupo são a gestão semelhante a uma empresa que é praticada por seus donos e centralização da distribuição de todos os produtos usados nos restaurantes.

Enquanto grande parte da concorrência é gerenciada por familiares, sem adotar uma estratégia de negócio, o Don Pepe profissionalizou sua atuação e hoje conta com áreas internas iguais à de uma grande companhia, com departamentos de marketing e pessoal, e a introdução de um plano de carreira para seus 700 funcionários. “Tenho que ter um contato muito próximo com minha equipe. Se um funcionário não está bem, todo o restaurante vai mal”, diz o empresário, ao comentar há chefes em sua rede de restaurantes que iniciou a carreira no grupo como ajudante de cozinha. “Temos essa política de formar profissionais”.

Além dessa iniciativa, foi montada uma central de distribuição de onde saem todos os produtos utilizados nos restaurantes, de guardanapos e latas de refrigerantes a toneladas de massas, que são produzidas no mesmo local. “Dessa forma meu custo reduz muito pois eu diluo as despesas pelas 20 casas do grupo”, diz Conte. Agora, o grande desafio do empresário será levar sua expertise no ramo gastronômico para o Rio de Janeiro. Ainda não há uma previsão para a expansão ocorrer, mas Conte se diz “tentado” com o mercado carioca e que já faz planos para atuar no estado vizinho. “Como empresário, tenho que pensar antes de gastar e em São Paulo está tudo muito caro. E todos os paulistas que investiram no Rio de Janeiro se deram bem. Estou muito focado nesse plano”, afirma. Segundo o sócio do Don Pepe, propostas já foram feitas para a rede levar um de seus restaurantes para a Bahia. Entretanto, Conte diz que o mercado baiano ainda não está apto para o investimento.

Nova casa - Nesse primeiro semestre, o empresário afirma que será de avaliações sobre o atual tamanho da rede. Recentemente, o Grupo abriu uma unidade da cantina Don Pepe di Napoli na cidade de Santos com investimento de R$ 800 mil e está prestes a inaugurar a primeira padaria da rede, que se chamará Padoca di Napoli na capital paulista com verba de R$ 1 milhão. Essa será a décima bandeira do grupo. “Após a abertura da padaria farei uma avaliação sobre toda a rede pois foram vários investimentos nos últimos anos”, comenta. Essa expansão também inclui a compra em meados do ano passado do restaurante Mercearia do Francês, que conta com três unidades em São Paulo.Além deste, Conte investiu também na abertura de um restaurante de comida japonesa ao lado do chefe Adriano Kanashiro. Neste empreendimento, entretanto, o principal incentivador foi o filho do empresário, Francesco Conte, que fica mais à frente do negócio que o próprio pai. A iniciativa tem os seus motivos: preparar o sucessor de uma das maiores redes de restaurante sob gestão familiar do país. (Fonte: Brasil Econômico)

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COMÉRCIO EXTERIOR

São Paulo / SP
Segundo semestre de 2012 foi fechado com volume de pintos de corte menor que o do primeiro
Em meados de janeiro chamamos a atenção para o fato de que a produção de pintos de corte do 2º semestre de 2012 teria sido igual ou até o inferior à do 1º – o que, em qualquer caso, seria ocorrência inédita. Pois prevaleceu a segunda probabilidade: aparentemente pela primeira vez na história da moderna avicultura, o volume de pintos de corte produzidos na segunda metade do ano passado foi menor que o registrado nos seis primeiros meses do exercício. Quem mais contribuiu para o resultado negativo foi a produção de dezembro, inferior aos 500 milhões de cabeças originalmente previstos por grande parte do setor. O volume efetivo – perto de 497,8 milhões de pintos de corte – representou queda de 9,5% em relação a dezembro de 2011. Neste caso, aliás, os resultados de um e outro dezembro foram opostos, pois enquanto em dezembro/11 foi registrada a maior produção de pintos de corte daquele exercício (e de todos os tempos), um ano depois o volume produzido esteve entre os menores de 2012.
O efeito disso foi a produção, no segundo semestre de 2012, de pouco mais de 3 bilhões de pintos de corte, volume quase 6% menor que o do mesmo período de 2011. Comparativamente ao semestre anterior, o primeiro de 2012, a redução foi pequena, inferior a 0,2%. Mas – repetindo – isso aparentemente nunca havia ocorrido antes e retrata as dificuldades enfrentadas pelo setor no período. Como resultado final, a produção anual de pintos de corte também não foi muito além dos 6 bilhões de cabeças, recuando 3,81% em relação a 2011. E aqui - considerando que em 2011 foram alojadas no País pouco mais de 50 milhões de matrizes de corte, volume que em condições normais de produtividade permite produzir cerca de 6,9 bilhões de pintos de corte – conclui-se que o setor utilizou menos de 90% da capacidade instalada
(Fonte: Avisite)

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TI, WEB e e-COMMERCE

Nova Iorque / EUA
Twitter compra empresa que acompanha comentários sobre TV nas redes sociais
O Twitter anunciou na noite de terça-feira a compra da empresa Bluefin Labs, para seguir a tendência dos usuários que utilizam smartphones ou tablets para comentar nas redes sociais os programas de televisão que estão assistindo. Criada no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a Bluefin permite medir a quantidade de pessoas que estão comentando sobre transmissões de TV nas redes sociais Twitter, Facebook e outros fóruns em tempo real. A empresa, fundada em 2008, também registra se as pessoas conectadas estão fazendo comentários favoráveis ou desfavoráveis.
"As capacidades científicas de dados da Bluefin e os conhecimentos de televisão nos ajudarão a criar inovadores produtos publicitários e novas experiências de consumo na emocionante interseção do Twitter e a televisão", disse o diretor de operações do Twitter, Ali Rowghani. A Bluefin informou na segunda-feira que durante o SuperBowl foram registrados 30,6 milhões de mensagens públicas no Twitter e comentários no Facebook sobre o evento, 3,9 milhões deles vinculados aos anúncios publicitários. (Agence France Presse / AFP)


Da redação - São aulo / SP
IBM aumenta apostas em PMEs com novas soluções para Big Data e nuvem
A IBM apresentou ao mercado novos produtos para Big Data e computação em nuvem voltados para pequenas e médias empresas (PMEs) e mercados emergentes. Entre as novidades estão soluções da linha SmartCloud Storage Access e Power Systems. Ao todo a empresa está lançando oito servidores Power Systems, três novos modelos da família PureSystems e novos softwares para  os sistemas de armazenamento. Com os novos produtos, IBM espera que a PMEs aumentem a  capacidade de criar serviços em nuvem com mais velocidade e consigam analisar grandes volumes de dados com eficiência para acelerar a tomada de decisões. 
Responsáveis por quase metade do PIB mundial, as PMEs têm grande dificuldade para adotar Big Data e computação em nuvem devido ao custo dos sistemas e ao déficit de competências, sem poder qualificar seus serviços de forma a torná-lo mais competitivo em relação às empresas que possuem orçamentos mais elevados. 
A IBM anunciou ainda dois novos sistemas PowerLinux – 7R1 e 7R2 – que também rodam em processadores Power 7+ e são direcionados para cargas de trabalho Linux; e os novos Power Systems 750 e 760, que fornecem uma plataforma de consolidação com escalonamento e provisionamento automático de Big Data e cargas de trabalho em nuvem. Já na área de storage, o IBM SmartCloud Storage Access é um novo pacote de software que permite às organizações estabelecerem nuvens privadas de armazenamento seguro. O software conta com um portal de autoatendimento que possibilita a qualquer usuário criar uma conta, configurar o volume de armazenamento necessário e fazer upload de arquivos pela nuvem sem o auxílio de um administrador de TI. (Fonte: Assessoria de Imprensa da IBM)

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MÍDIA, MKT e COMUNICAÇÃO

Paris / França
França acorda sem jornais com greve de distribuidores
Os jornais franceses não chegaram hoje, dia 6/2, às bancas devido a uma greve na empresa encarregada da distribuição Presstalis. Vendo que não podia garantir a distribuição com a paralisação convocada pelo Sindicato Geral do Livro e da Comunicação (SGLCE-CGT), os editores franceses decidiram não imprimir os diários, que estão disponíveis apenas pela internet. Apenas o "Le Parisien" conseguiu chegar aos pontos de distribuição, ao contrário da versão regional da publicação da capital, "Aujourd'hui en France". A greve acontece simultaneamente às negociações pelo plano social da Presstalis, que deve suprimir 1.250 empregos de 2.500 funcionários.  (Agência EFE)



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