Edição 819 | Ano IV


São Paulo / SP
Brasil é o quinto país que mais contrata
As contratações no Brasil tiveram em 2012 o melhor desempenho dos últimos três anos. Segundo o International Business Report (IBR), 42% das empresas que atuam no País admitiram trabalhadores no ano passado, acima dos 40% verificados em 2011. O contexto geral é de otimismo, apesar de situações pontuais, como o aumento do desemprego em áreas específicas da indústria.
O mercado de trabalhado aquecido colocou o Brasil como o quinto país que mais contratou no ano passado, entre 44 economias pesquisadas pela Grant Thornton - ao todo, foram entrevistadas 12,5 mil empresas. "O nível de desemprego no Brasil está tão baixo que as empresas estão com dificuldade para contratar mão de obra", afirmou Paulo Sérgio Dortas, sócio diretor da Grant Thornton Brasil.

Entre os motivos que mantêm o mercado de trabalho aquecido, ele cita o fortalecimento das classes emergentes - que mantém a demanda por bens e serviços em alta - e as grandes obras de infraestrutura. Vale lembrar que a taxa de desocupação atingiu no ano passado o nível mais baixo da história, apesar do crescimento econômico decepcionante - o mercado acredita que Produto Interno Bruto (PIB) tenha crescido apenas 1%. Em dezembro, a desocupação foi de 4,6%, a mais baixa desde março de 2002, quando teve início a nova metodologia da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, a desocupação média foi de 5,5%.

Em 2012, a maior quantidade de contratações foi na Índia (62%), seguida pela Turquia (60%). Na frente do Brasil, também ficaram dois países latino-americanos: Peru (57%) e Chile (43%). "Peru, Chile e até a Colômbia vêm aparecendo como importantes receptores de investimentos dos estrangeiros. Isso se explica por dois grandes motivos. O primeiro é a estabilidade econômica desses três países: os níveis de inflação estão bem inferiores ao brasileiro, por exemplo. O outro motivo é que alguns desses países estão crescendo num ritmo maior do que o Brasil", disse Dortas. "Isso, de certa forma, é preocupante porque esses países não tinham tradição de aparecer nessas pesquisas", afirmou. Na parte de baixo da tabela, nenhuma surpresa. As últimas posições foram ocupadas pelos países europeus afetados pela crise: Grécia (-38%) e Espanha (-24%).

Reajuste - A intensa disputa pela mão de obra também deve fazer com que boa parte das empresas brasileiras conceda reajustes acima da inflação na comparação com outros países. Segundo o levantamento, 29% das companhias no País devem dar reajuste real. Esse número só é maior na Tailândia, onde 42% das empresas pretendem conceder ganho acima da inflação. "O Brasil tem uma disputa grande pela mão de obra. Uma parte desse aumento real no salário se justifica pela necessidade de reter o talento. Quando existe uma escassez de mão de obra, há uma tendência de as empresas serem mais agressivas na concessão de aumentos salariais", afirmou Dortas.

A tendência, na avaliação do executivo, é que o mercado de trabalho continue aquecido neste ano, justamente por causa das obras de infraestrutura. "A grande questão que fica é onde é que vamos achar esse povo para trabalhar", disse Dortas, sobre a necessidade de ingresso de mão de obra estrangeira qualificada no País.

A pesquisa também coloca o Brasil como o sexto maior em "otimismo empresarial" para os próximos 12 meses. As empresas que atuam nos países emergentes, porém, demonstram insatisfação com a situação da infraestrutura. Na área de transporte, por exemplo, 26% das empresas no Brasil afirmam que as deficiências do setor prejudicam o crescimento da economia. Esse indicador só é maior na Tailândia (36%), na Índia (39%) e no Vietnã (42%).  (Agência Estado)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
IPC-FIPE acumula alta de 5,61% em 12 meses
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que fechou janeiro com uma inflação de 1,15%, acumula alta de 5,61%, de fevereiro de 2012 até janeiro de 2013, período de 12 encerrados no primeiro mês de 2013. É o que mostram dados publicados na página da fundação na manhã desta segunda-feira. Na comparação em 12 meses terminados em novembro, a Fipe mostra que os gastos com Alimentação lideraram a lista das maiores altas no IPC, acumulando avanço de 12,06%. Já Despesas Pessoais, com 11,58%, vieram em seguida, acompanhadas do grupo Educação (7,98%). De acordo com a fundação, o grupo Saúde acumula elevação de 5,93% no acumulado em 12 meses até janeiro, enquanto Vestuário, de 2,39%. O conjunto de despesas de Habitação acumula alta de 2,22% em 12 meses encerrados em janeiro. Entre os grupos, Transportes foi o que teve a menor taxa acumulada no período analisado, de 0,13%, segundo a Fip (Fonte: Assessoria de Imprensa da Fipe)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE na Europa:
Londres,  / Inglaterra - O índice geral da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu nesta segunda-feira em baixa de 12,03 pontos (0,19%), aos 6.335,21.  O barril de petróleo Brent para entrega em março abriu nesta segunda-feira em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 116,51, variação de US$ 0,25 em relação à última sessão.
Berlim / Alemanha - O índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu nesta segunda-feira em baixa de 0,1%, aos 7.825 pontos. O euro abriu nesta segunda-feira em baixa no mercado de divisas de Frankfurt, cotado a US$ 1,3625, frente a US$ 1,3693 da sexta-feira. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na sexta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3664.
Madri / Espanha - O principal índice da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, abriu nesta segunda-feira em baixa de 49,50 pontos (0,60%), aos 8.183, enquanto o Índice Geral da Bolsa de Madri retrocedia 0,58%. 
Roma / Itália - O índice seletivo da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE MIB, abriu nesta segunda-feira em baixa de 0,49%, aos 17.233,83 pontos. O índice geral, FTSE Italia All-Share, caía 0,43%, para 18.198,15 pontos. 
Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, abriu nesta segunda-feira em leve alta de 0,09%, aos 3.776,88 pontos, frente aos 3.773,53 do fechamento da sexta-feira passada.

HOJE na Ásia:
Tóquio / Japão - A Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de segunda-feira em alta de 0,62%. O índice Nikkei ganhou 69,01 pontos, a 11.260,35 unidades, o maior nível desde abril de 2010.

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INDÚSTRIA

São Paulo / SP
Shell planeja investir US$ 33 bilhões este ano
A Royal Dutch Shell vai ampliar os investimentos em exploração este ano, apesar da perspectiva incerta da economia global, com o objetivo de encontrar e desenvolver novos recursos e voltar ao ranking dos maiores produtores mundiais de petróleo e gás até 2018. A Shell, que é listada em Londres, disse que planeja US$ 33 bilhões em investimento, aumento de 10% em relação ao ano passado. Boa parte do orçamento será destinada a projetos caros e de alto risco para elevar a produção em áreas como o Ártico e o Casaquistão.
(Agência Estado)

São Paulo / SP
HP fechará unidade na Alemanha até outubro
A Hewlett-Packard (HP) fechará uma unidade na Alemanha até o fim de outubro como parte do plano de reestruturação. A unidade fica em Ruesselsheim, sudoeste de Frankfurt. A HP prevê cortar 850 postos de trabalho. A medida não vai afetar as outras grandes operações na Alemanha, maior economia da Europa, segundo a empresa. 


Porto Alegre / RS
Veto à compra de ativos da Doux pela BRF preocupa preocupação
O veto do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) à aquisição de ativos de produção e ao abate de suínos da Doux Frangosul em Ana Rech pela Brasil Foods (BRF) gerou apreensão entre representantes do setor no Estado. O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do Rio Grande do Sul (Sips), Rogério Kerber, disse que a grande preocupação se refere à continuidade da produção na unidade. “Não estamos comentando a decisão em si, pois se trata de um assunto restrito às empresas, mas ficamos apreensivos com a situação da unidade, pela sua importância econômica e social. É preciso que sua produção seja garantida.”
Em nota, a assessoria de imprensa do Cade, informou que o conselheiro-relator do caso, Elvino de Carvalho Mendonça, fixou um prazo para a venda de todos os ativos a terceiros e aplicou multa por intempestividade à BRF, pois a operação, firmada em 4 de agosto de 2011, só foi notificada ao Cade em 14 de setembro de 2012. A lei estabelece o prazo de 15 dias úteis para a notificação.

O presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, Valdecir Folador, considerou que, caso o veto seja mantido, o processo produtivo da unidade pode ser prejudicado. “Nos preocupa a questão social, com a manutenção da unidade em funcionamento, pois, caso contrário, como iremos nos desfazer de um volume de produção que abate 3 mil suínos ao dia?”, questiona. Apesar da preocupação, o dirigente diz que, em um primeiro momento, os produtores não devem sentir os reflexos da decisão: “Acreditamos que, se não for a BRF para administrar, terá que ser outra empresa. É uma situação muito delicada”, avaliou.Folador informa que a unidade de Ana Rech trabalha com 700 produtores integrados e conta com um rebanho de matrizes de 33 mil cabeças.

O presidente da Fetag, Elton Weber, espera um pronunciamento oficial por parte da BRF, para só então emitir opinião sobre o veto. “Ainda não recebemos nada oficial da companhia, mas sabemos que a unidade de Ana Rech está arrendada para a BRF e que o negócio não está fechado totalmente. Caso a situação se mantenha, é preciso buscar nova empresa para administrar, e sabemos que há interessadas”, garantiu. A JBS, que acabou ficando com as duas plantas de aves da Doux, em Montenegro e em Passo Fundo, havia demonstrado interesse, mas acabou abandonando o negócio após o ingresso da BRF. A assessoria de imprensa da BRF informou que a empresa não definiu quando irá se pronunciar sobre a decisão do Cade.

Desde 2011, a Brasil Foods assumiu a gestão da operação de suínos - incluindo pagamento a integrados e fornecedores - da Doux no Brasil, e os ativos da companhia no segmento foram dados em garantia pela Doux à BRF. Segundo o Cade, em 16 de outubro de 2012, a BRF assinou um Acordo de Preservação de Reversibilidade da Operação (Apro). “O relator considerou que, tendo em vista a data de realização da operação e o tempo decorrido desde a assinatura do Apro, não havia mais razão para que os ativos da Doux permanecessem em posse da BRF”, explicou o órgão regulador da concorrência no comunicado. Em agosto do ano passado, o Cade já havia determinado que a companhia alterasse o contrato de empréstimo para a planta de suínos de Ana Rech. Com a medida, a BRF ficaria impedida de absorver os ativos da unidade, restando como alternativa sua venda. Isso porque o órgão havia imposto um Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) à BRF, proibindo a compra de ativos em 14 mercados, entre eles, o de suínos. (Agência Estado)

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AGROBUSINESS

Da redação - Curitiba / PR
BRDE reserva R$ 150 milhões para o Show Rural
A edição de 2013, que começa hoje, dia 4/2, e vai até o dia 8/2, marca os 25 anos do evento e contará com a participação do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A instituição financeira projeta firmar R$ 150 milhões em novos contratos de financiamento com os empreendedores que visitarão o local. O banco público de fomento oferecerá em seu estande linhas de crédito especiais para atender projetos de investimento nos setores agrícola, pecuário e agroindustrial. As taxas de juros variam e começam em 1% ao ano, com prazos de pagamento que chegam a até 15 anos. Produtores, cooperativas, empresas e indústria com bases rurais podem ser atendidas em planos de modernização de lavoura ou criação animal e conservação de recursos naturais. Também aqueles que querem investir em irrigação e armazenagem, outros que sonham com tratores, máquinas e implementos novos, e, ainda, os que projetam realizar em suas propriedades a chamada agricultura de baixo carbono, com a integração de lavoura, pecuária e floresta num sistema de manejo que traz menos impacto à natureza e garante a diversidade da produção e boa lucratividade.

O Show Rural é considerado uma das maiores vitrines de tecnologias do agronegócio do mundo e tem como principal objetivo a difusão destas tecnologias, que visam aumentar a produtividade de pequenas, médias e grandes propriedades rurais.  Por conta disso, o BRDE dá atenção total ao evento. Tanto que, nos dias 5, 6 e 7 de fevereiro, os diretores da instituição financeira no Paraná, Jorge Gomes Rosa Filho (presidente em exercício e diretor Financeiro) e Nivaldo Assis Pagliari (diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos) assinarão contratos com mutuários, receber autoridades, entre elas o governador Beto Richa, e visitantes para debater as linhas de atuação do banco e os planos para seguir atendendo as necessidades geradas pelas demandas de setor produtivo do Estado. 

História - Em seus 51 anos de história, o BRDE se consolidou nos estados onde está presente (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul) como grande parceiro do homem do campo. Em terras paranaenses fomentou de forma consistente o nascimento, desenvolvimento e consolidação das cooperativas agroindustriais e, até hoje, caminha lado a lado dessas que se tornaram as principais empresas do Estado. A força do cooperativismo construída com apoio irrestrito do BRDE fixou e fixa famílias em zonas rurais, garantindo emprego e renda ao interior. O banco, também, nunca deixou de apoiar diretamente o produtor em seus projetos de investimento. Do melhoramento do solo à compra de máquinas e equipamentos, a instituição financeira oferece linhas de crédito de longo prazo e com juros baixos.


Da redação - São Paulo / SP
JBS conclui aquisição de ativos do frigorífico Independência
A processadora de alimentos JBS informou, há pouco, que foi concretizada hoje a aquisição de ativos do frigorífico Independência, que pertenciam de BNY Mellon Serviços Financeiros Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S/A, na qualidade de agente fiduciária de credores detentores de notas (bonds) emitidos pelo Independência International. De acordo com comunicado, veiculado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), estes ativos haviam sido dados como alienação fiduciária a referidos credores. Os Ativos incluem quatro unidades frigoríficas em Nova Andradina (MS), Campo Grande (MS), Senador Canedo (GO) e Rolim de Moura (RO); dois curtumes em Nova Andradina (MS) e Colorado D'Oeste (RO); e dois centros de distribuição e armazéns em Cajamar (SP) e Santos (SP). A aquisição foi realizada mediante a alienação de 22.987.331 ações ordinárias de emissão da companhia mantidas em tesouraria. (Fonte:  Agência CMA)


Da redação - São Paulo / SP
Milho de alta produtividade chega a render mais que soja
A alta do preço do milho depois da quebra de safra nos Estados Unidos dá a chance de o produtor paranaense ter um lucro superior ao da soja, por hectare, na colheita de verão. Estimativa do consultor Beto Xavier, da corretora de cereais Betoagro, aponta que o agricultor pode conseguir até 40% mais dinheiro em caixa com o milho do que com a soja nos próximos dois meses, desde que com um plantio de alta tecnologia. Ainda, a rotação de culturas garante uma renovação maior do solo, o que beneficia também a soja. Xavier aponta a necessidade de colher 180 sacas de milho por hectare para que o lucro seja superior ao de 55 sacas por hectare de soja. Porém, a média no Paraná é de 120 sacas por hectare, segundo a Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado (Seab). Para chegar ao resultado 50% maior na safra de verão é necessária alta adubação, sementes de alto potencial e plantio na época correta.

Pelas contas do consultor, o produtor que entregar a safra de milho nos meses de fevereiro e março pode conseguir preço de até R$ 28 por cada uma das 180 sacas, o que rende R$ 5.040 por hectare. Ele estima um custo em R$ 2,4 mil, o que dá R$ 2.640 de lucro. No caso da soja, Xavier afirma que 55 sacas por hectare a R$ 59 geram receita de R$ 3.245, ao gasto de R$ 1,4 mil. Neste caso, o lucro é R$ 1.845. "É preciso lembrar que isso vale apenas para produção (de milho) de alta tecnologia", diz.

Na região de Londrina, a Integrada Cooperativa Industrial informa que agricultores de Mauá da Serra, Apucarana e Tamarana têm condições de contar com 180 sacas por hectare de milho no verão. Isso em áreas acima dos 700 metros do nível do mar e que facilitam o plantio de maior qualidade, segundo o gerente técnico da Integrada, Irineu Baptista. "É uma estimativa (do consultor) dentro da realidade, sem contar que o preço da soja deveria já ter caído nesta época, o que não aconteceu." Tão relevante quanto a lucratividade para Baptista é a necessidade de se usar o plantio do milho como rotação de cultura à soja. Ele considera pequena a previsão para a safra de verão na região de Londrina porque a maioria dos produtores plantou soja em 100% do espaço, quando 20% deveria ficar para o milho. "Eles poderiam manter uma rentabilidade boa por causa desses preços e aumentariam a matéria orgânica do solo, o que beneficia a próxima safra de soja."

Liquidez - Engenheira agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, Juliana Yagushi faz a ressalva de que a média da produção de milho no Paraná é de 120 sacas por hectare, com preço de janeiro fechado ontem em R$ 25,84. Isso equivale a uma receita de R$ 3,1 mil por hectare, ao custo de R$ 2.317. O lucro, na média do Deral, é de R$ 783. Para a soja, ela usa média também menor, de 50 sacas por hectare, ao preço de janeiro de R$ 58,91. O rendimento é de R$ 2.945, com custo de R$ 1.773 e lucro de R$ 1.172. "Mas para quem produz 180 sacas, realmente seria mais lucrativo", diz.
Ela afirma ainda que a plantação de soja é mais resistente do que a de milho e tem maior liquidez, ou seja, é facilmente vendida. "Hoje é que o milho tem esse mercado de exportação, principalmente depois da quebra de safra nos Estados Unidos. Resta saber se vai se manter." Segundo a engenheira agrônoma, a média de preços do milho foi de R$ 15,40 por saca em 2010, de R$ 22,41 em 2011 e de R$ 23,52 no ano passado, quanto teve pico de R$ 27. "Acredito que não deve cair ao nível de 2010, mas ficar parecido com o de 2012. Depende da previsão da colheita nos EUA, que sai até junho." No entanto, o gerente técnico da Integrada afirma que o milho passou, sim, a ser um produto de alta liquidez. Baptista diz que, além da exportação, há demanda interna crescente pela necessidade do farelo para a indústria pecuária. "Soja é considerada dinheiro na mão, mas o milho hoje tem um giro muito rápido e aumenta a produtividade do solo", conta. (Fonte:  Folha Web)

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SETOR AUTOMOTIVO

Da redação - São Paulo / SP
Carros importados ficam até R$ 200 mil mais baratos com novas regras
Com mudanças nas regras de importação de veículos, por conta do programa Inovar-Auto do governo, algumas montadoras foram beneficiadas com redução de tributos sobre seus importados e, assim, repassaram este desconto ao preço final de alguns modelos. Recentemente, a Toyota diminuiu o preço de seu sedã japonês Camry. No ano passado, o carro de luxo custava R$ 161 mil; hoje, o valor está em R$ 146.650. A Porsche anunciou redução em vários modelos. No caso do Panamera Turbo S, o desconto foi de 17,4%. Já o 911 Carrera S foi de R$ 639 mil para R$ 549 mil (queda de 16,9%). Nesta semana, a Chrysler entrou na lista e anunciou mudanças nos preços de três importados. Entre eles, o jeep Cherokee Sport passou por uma reestruturação de 17% em seu preço, passando de R$ 119.900 para R$ 99.900. Das montadoras pesquisadas, três reduziram os preços de alguns de seus modelos. (Fonte: InfoMoney)

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SERVIÇOS e VAREJO

Da redação - São Paulo / SP
Preço de ovo de Páscoa sobe menos que a inflação
Os preços dos ovos de Páscoa subiram menos do que a inflação neste ano, segundo os fabricantes de chocolate. A indústria vai colocar no mercado cerca de 100 lançamentos para a data, que devem chegar às lojas e supermercados depois do Carnaval. De acordo com a indústria, os produtos estão 5% mais caros na comparação com 2012. O aumento no preço do cacau e do açúcar e o reajuste dos salários dos trabalhadores da indústria foram os maiores motivos da alta.Para efeito de comparação, no ano passado, o IPCA, o índice oficial de inflação do país, acumulou alta de 5,84% entre janeiro e dezembro. Na Páscoa de 2012, o aumento no preço dos ovos tinha sido bem maior, de até 9%, ante uma inflação acumulada de 6,5% em 2011.

Páscoa em março afeta vendas, dizem fabricantes - O acirramento da competitividade no setor e a expectativa mais modesta de vendas para este ano explicam, em parte, o fato de as empresas terem decidido não aumentar demais os preços. Assim como nos últimos anos, os fabricantes focaram seus lançamentos em produtos premium (especiais e feitos para presentear), licenciamentos de personagens infantis e sabores diferenciados.
"O foco da empresa é ser competitiva. A alta foi basicamente o repasse de gastos com dissídio da mão de obra e aumento nos preços dos insumos, como cacau e açúcar", diz Ricardo Bassami, gerente de marketing da Nestlé.
A empresa prevê estabilidade no volume de vendas neste ano na comparação com 2011. O faturamento, porém, deve acompanhar a alta de 5% dos preços. O gerente de marketing da Garoto, André Barros, prevê estabilidade nas vendas da empresa. Isso deve acontecer em parte porque a Páscoa será em março, mês ainda de calor forte no país, o que tende a afetar as vendas de chocolate. "Além disso, o fato de Páscoa acontecer muito cedo pega muitos consumidores ainda comprometidos com as contas de começo de ano", diz.

Setor acompanha crescimento da economia - A estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) é que neste ano a produção fique próxima às 18 mil toneladas de 2012. As vendas também deve estacionar em 800 mil unidades, ou subir modestamente. "Esse cenário está em linha com o crescimento modesto da economia do país", diz o vice-presidente da área de chocolates da associação, Ubiracy Fonseca,  referindo-se à projeção de crescimento de 1% para o PIB em 2012, feita pelo Banco Central. As empresas que estão mais otimistas são aquelas que atuam com lojas próprias. A Kopenhagem prevê aumento de 15% no faturamento nesta Páscoa, e a Brasil Cacau, que tem promovido uma intensa ampliação de pontos de venda, espera alta de 160%. Na Cacau Show, a estimativa é de um aumento de 29,2%. O Brasil hoje é o terceiro maior produtor mundial de chocolates, atrás de Estados Unidos e Alemanha. O país ultrapassou recentemente a França e o Reino Unido. Ainda assim, o consumo anual per capita de chocolates no Brasil, de 2,2 kg por ano, é bastante inferior ao registrado em outros países. Na Alemanha e na Suíça, por exemplo, o consumo anual per capita é de 12 kg por ano. (Fonte: UOL/SP)


Da redação - São Paulo / SP
Resultados do terceiro trimestre do BT Group cresce
O lucro antes de impostos aumentou 7%, quando as previsões eram de 1%, e a receita caiu 6% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse declínio corresponde às expectativas, e representa melhoria na comparação com o trimestre anterior, em que o declínio foi de 9%. Os resultados da BT Global Services, unidade dedicada a prestar serviços de TI e serviços de comunicação para empresas em todo o mundo, registrou crescimento em seu primeiro trimestre sob a liderança de Luis Álvarez Satorre, que ocupa o posto desde primeiro de outubro do ano passado. O montante dos pedidos no trimestre foi de 1,9 bilhões de libras, comparados a 1,3 bilhões no trimestre anterior. A BT Global Services é a unidade de negócios a que pertence a organização brasileira da BT e onde trabalham 600 funcionários. O investimento de 2,5 milhões de libras em fibra está começando a dar frutos. A rede de fibra óptica da BT é a primeira no Reino Unido em número de localidades conectadas (superando a Virgin Media), e a unidade de negócios BT Retail já tem mais de um milhão de clientes utilizando fibra. Dissemos que os resultados do terceiro trimestre melhorariam as tendências indicadas no segundo, e essas expectativas foram realizadas.


Da redação - São Paulo / SP
Berkley inova mais uma vez e desenvolve Gerência Comercial específica para Transportes 
A Berkley, por ser reconhecida como uma empresa de nicho, está desenvolvendo novos recursos para atender as demandas do mercado por meio de especialização.  Suzana Kayo, profissional com 7 anos de experiência no setor, é a gerente comercial responsável pelo desenvolvimento desta nova posição no segmento de Transportes na Regional São Paulo.
Conforme o superintendente de Transportes da Berkley, Sidney Cesare, o objetivo é estar mais próximo dos corretores para ouvir suas necessidades, entender suas dificuldades e trazer soluções de forma ágil, devido à especialidade da função. “Além dos especialistas comerciais, possuímos em nossa estrutura equipe técnica de subscritores, focados na manutenção, prospecção de contas e controle dos processos”, informa Sidney.
Para 2013 foi estimado um crescimento de 35% para o setor, juntamente com uma estratégia agressiva de aceitação em Transportes para embarcadores (nacionais e internacionais) com parcerias no atendimento, sinistro, e subscrição.  "Após consolidação de nossa base e  realinhamento da carteira, estamos preparados para o atendimento dinâmico e diferenciado que o mercado nos pediu", reafirma o superintendente. Para negócios desta área, a companhia tem como diferenciais um moderno sistema eletrônico de averbação; atendimento nos principais portos e aeroportos no Brasil e exterior; assistência 24 horas em estrada em todo território nacional, assim como agilidade na contratação, emissão e liquidação de sinistros. (Fonte: Agência DPI - Assessoria de Imprensa da Berkley International do Brasil Seguros)

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TI, WEB e e-COMMERCE

São Paulo / SP
Bahia, Ceará e Pernambuco são os que mais investem em TI no Brasil
O Nordeste brasileiro começa a se destacar nas compras de TI no Brasil. Estudo realizado pela IDC revela que três estados daquela região lideram o ranking dos “Top 5” em crescimento de investimento em tecnologia da informação. São: Pernambuco, Ceará e Bahia, classificados respectivamente em primeiro, segundo e terceiro lugar em volumes de gastos em hardware, software e serviços no ano passado. Os três estados registraram crescimento de 15% nos investimentos de TI em 2012 em comparação com 2011. O quarto colocado é Rio de Janeiro e o quinto o Rio Grande do Sul. Esses dois últimos apresentaram aumento de 14,7% nas encomendas de TI no ano passado. Os dados fazem parte do estudo Brazil IT Opportunity Map desenvolvido pela IDC e finalizado em setembro/2012, que analisou as vendas de hardware, software e serviços por região e também a distribuição dos investimentos por verticais. A consultoria de pesquisas não revelou os valores dos investimentos dos estados. Para o analista da IDC Brasil, Anderson Figueiredo, os três estados nordestinos se destacaram no estudo em razão do aumento de investimentos pelos governos locais em tecnologia da informação.  No caso de Pernambuco ele cita o exemplo do Porto de Suape, que está passando por ampliação e pressiona as companhias a modernizem seus sistemas de infraestutura de TI.   “Pernambuco, Ceará e Rio de Janeiro são os que mais vão comprar TI em 2013”, prevê Figueiredo. Ao olhar para o Rio de Janeiro, ele observa que, além de todo processo de transformação que o estado fluminense está passando para sediar as Olimpíadas de 2016, a região está recebendo muitos investimentos em TI como da Petrobras e de indústrias do setor que decidiram instalar centros de pesquisas e desenvolvimento lá. No ano passado, por exemplo, EMC e a Microsoft anunciaram instalação de laboratórios e unidades de P&D na capital carioca.  (Fonte: Computerworld)


São Paulo / SP
Sebrae seleciona ideias de startups na Campus Party
O empreendedorismo - tema recorrente de palestras na feira de tecnologia Campus Party - ganhou um espaço de destaque nesta edição do evento, que terminou ontem, dia 3/2. Cientistas da computação, programadores e desenvolvedores de jogos participaram da Maratona de Negócios, uma iniciativa da feira em parceria com o Sebrae, com o objetivo de orientar jovens empreendedores a tirar suas ideias de startups do papel - em especial, projetos que possam ser úteis na Copa do Mundo de 2014. 

Dos 100 projetos avaliados, 36 foram selecionados para serem apresentados a investidores e especialistas em tecnologia. As equipes vencedoras que quiserem abrir suas empresas também terão consultoria exclusiva de técnicos do Sebrae. Entre as ideias selecionadas está a de Daniel Bronzeri Barbosa, de 36 anos. Ele desenvolveu o aplicativo Voo do Dragão, que tem a função de auxiliar os turistas portadores de deficiência física a encontrar lugares acessíveis. Quando o estabelecimento tiver boas recomendações (feitas pelos usuários), a equipe entra em contato com o estabelecimento para fazer uma certificação (por meio do "selo do dragão"). Assim, o aplicativo terá um catálogo de sugestões certeiras para essas pessoas. Hotel ou restaurante com cardápio em braile, rampa na porta e atendente que interpreta a Língua Brasileira de Sinais (Libras), por exemplo, seriam grandes candidatos a ganhar o selo. Locais que falham no aspecto acessibilidade são potenciais fontes de receita para Barbosa, já que ele pretende prestar consultoria para estabelecimentos que ainda não seguem a legislação. O time que desenvolve o app está vinculado ao Movimento Superação, grupo que trabalha para defender os direitos das pessoas com deficiência. Durante a maratona, Barbosa descobriu também uma nova forma de ganhar dinheiro com seu aplicativo: vendendo espaço publicitário.

Regra básica - O Voo do Dragão explora algo que, na visão de especialistas, é fundamental na era online: um nicho de usuários muito bem definido. Do mesmo modo que lançar na web um concorrente para a Amazon, por exemplo, pode ser um tiro no próprio pé, criar um aplicativo para o qual já existam concorrentes pode ser um erro. Só a App Store, loja de aplicativos do iPhone e do iPad, tem 775 mil aplicativos disponíveis. Mostrar para o usuário que vale a pena baixar um deles não é tarefa fácil. 
Entre os projetos avaliados está também um aplicativo, desenvolvido por um grupo de Recife, que serve de guia turístico e outro que promete facilitar as chamadas de emergência, para a polícia e corpo de bombeiro. Neste caso, em vez de ligar para o número, que eventualmente pode ser esquecido, o usuário aperta apenas dois botões. Mas nem só de aplicativos funcionais e de utilidade pública vivem os empreendedores da Campus Party. Pelo contrário. Há muitas ideias inusitadas e que têm como único objetivo proporcionar diversão. É o caso do projeto de Heldith Oliveira, de 24 anos, e Lincoln Dias, de 21. Inspirados em uma empresa de marketing digital britânica, a Captive Media, eles estão desenvolvendo um game interativo para ser jogado por homens, no banheiro. A brincadeira funciona assim: um sensor óptico capta a direção para a qual a urina vai e transfere esse movimento para uma tela, que está à frente do homem, com um jogo interativo.

A ideia parece maluca, mas, observando a experiência americana, os jovens acreditam que o empreendimento possa render receita no Brasil. O plano da dupla é oferecer de graça a instalação do Dudiz (como o jogo está sendo chamado) em casas noturnas, bares, hotéis e fechar parcerias com marcas de bebidas alcoólicas, camisinhas e outras que fazem parte do universo masculino. O modelo de negócio é baseado na venda de espaço publicitário para essas empresas. A Captive, por exemplo, tem entre os clientes a Smirnoff. Para a Copa do Mundo, os brasileiros do Dudiz pretendem desenvolver um jogo com o mascote do evento, o Fuleco. (Agência Estado)


Da redação - São Paulo / SP
Amazon Web Services baixa em 30% preço de serviço em nuvem no Brasil
A Amazon Web Services  (AWS) anunciou uma redução agressiva nos valores de todos os serviços Cloud EC2 on-demand que utilizam Linux. O corte de preços passaram a valer desde o dia 1/2, para todas as regiões. Na América do Sul, onde a companhia opera com dois data centers no Brasil, localizados no estado de São Paulo, a queda dos servidores na nuvem é de 30,4%.
Segundo o prestador de serviços, a redução de preços é resultado do crescimento dos serviços e aumento da eficiência operacional da empresa. Desde 2006, quando a AWS foi lançada, a companhia já realizou 26 reduções de preço, para tornar tornar a adoção da cloud mais acessível aos clientes. 
A redução se aplica em todos os tipos de instâncias das famílias M1 (Primeira Geração Padrão), M2 (High Memory), M3 (Segunda Geração Padrão) e C1 (High-CPU). O corte de preços nos servidores Cloud EC2 variam em torno de 10% a 20% em outros mercado. Os preços para da família M3 nas regiões aonde elas acabaram de ser liberadas já refletem a economia de escala anunciada hoje. A AWS planeja oferecer a linha M3 na América do Sul nas próximas semanas. Para as empresas que utilizam a nuvem da AWS para desenvolver aplicações globais, a empresa também está diminuindo o custo de transferência de dados entre regiões em até 83%. Entretanto, o prestador de serviços ressalta que o envio de dados de entrada tem custo zero. Assim, essa diminuição de preços se aplica nos valores de saída para outra região. Nesse caso, a economia para clientes do Brasil é de 36%.

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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA

Da redação  - Brasília / DF
DNIT e Antaq falaram sobre viabilidade do corredor multimodal do São Francisco
Representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) afirmaram aos participantes do seminário sobre o Corredor Multimodal de Transporte do rio São Francisco - encerrado na última sexta-feira, dia 1/2, em Salvador (BA) - que os órgãos têm desenvolvido estudos no rio São Francisco e que os dados deles resultantes irão facilitar os trabalhos de revitalização da hidrovia. Ambos os órgãos compõem o Grupo de Trabalho Interministerial criado em novembro de 2012 para avaliar o projeto do Corredor.
O diretor de infraestrutura aquaviária do DNIT, Adão Magnus Proença, afirmou que o Departamento realizará estudos de viabilidade técnico-econômica e ambiental (EVTEA) em todas as hidrovias do país. "Queremos ter um real conhecimento das hidrovias para que a partir disso se desenvolvam todos os projetos necessários para operação e perenização dessas vias. Pretendemos fazer com que a hidrovia do São Francisco seja viável durante 95% do ano", disse. Segundo Proença, a ordem de serviço para a realização do EVTEA do São Francisco está em vias de ser assinada e o prazo para sua conclusão é de um ano. Arthur Yamamoto, especialista em regulação da Antaq, afirmou em sua participação no seminário que a agência tornará público em fevereiro o Plano Nacional de Integração Hidroviária. "A partir de um acordo de cooperação com a Universidade Federal de Santa Catarina foi elaborado um banco de dados georeferenciado e desenvolvido um sistema de análise logística dos rios. Esse sistema proporcionou a geração de relatórios executivos específicos, inclusive para o São Francisco. Fizemos projeções para até 2030 do potencial de cargas e usos da hidrovia, levando em consideração sua integração com rodovias e ferrovias", disse.

De acordo com Yamamoto, o Plano contribui para que tomadores da decisão, inclusive investidores privados, tenham dados para viabilizar a hidrovia do São Francisco. "As informações que vamos disponibilizar ainda neste mês servem para convencer os setores público e privado de que vale a pena investir na hidrovia porque há potencial de carga e de retorno econômico. O Plano inclusive indica a localização de áreas propícias para a instalação de terminais públicos ao longo do rio, que devem se integrar a outros modais", acrescentou. "A Codevasf tem o compromisso institucional de desenvolver o Vale do rio São Francisco e tem dedicado esforços para que a o hidrovia, que é um vetor de progresso, opere em todo o seu potencial. Os trabalhos do DNIT e da Antaq são muito animadores", avaliou o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Elmo Vaz.

Seminário - O seminário sobre o Corredor Multimodal de Transportes do rio São Francisco foi realizado pelo Banco Mundial e pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) nos dias 31/1 a 1/2, em Salvador (BA). "Alcançamos nossos objetivos com este encontro. Agora pretendemos avançar nos estudos e em breve realizaremos outros seminários. Pretendemos integrar aos debates sobre o Corredor Multimodal o maior número possível de atores sociais e institucionais", disse ao final do evento Ralf-Michael Kaltheier, líder do projeto no Banco Mundial. O seminário recebeu o apoio de Ministério dos Transportes, Ministério da Integração Nacional, Agência Nacional de Transportes Aquaviários, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e Governo do Estado da Bahia. O objetivo do projeto do Corredor Multimodal de Transporte do rio São Francisco é ampliar, integrar e articular as estruturas hidroviária, rodoviária,  ferroviária e portuária da bacia hidrográfica. Os estudos para a execução do projeto foram contratados pela Codevasf e são realizados por técnicos do Banco Mundial

Infraestrutura e economia - Durante o seminário, o Banco Mundial apresentou dados sobre a estrutura de transporte e o fluxo de produtos na região de influência do Corredor. Nas análises do Banco, 38% do preço do milho para o produtor no Oeste da Bahia, por exemplo, referem-se a custos logísticos; para o caroço de algodão, o percentual é de 35% - nessas análises foi considerado como destino desses produtos o próprio mercado nordestino. Nos Estados Unidos, o custo logístico médio é de 8,2%.

De acordo com dados da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), o mercado de soja, farelo de soja, óleo, milho, pluma e caroço de algodão, gipsita e calcário deve crescer em média 3% ao ano até 2035 em regiões de influência do Corredor, o que dobrará o fluxo de cargas em relação às quantidades atuais e exigirá mudanças nas estruturas de transporte. Na avaliação do Banco Mundial, o Corredor Multimodal do rio São Francisco tem potencial para reduzir custos logísticos no fluxo de cargas de regiões como o Oeste baiano em pelo menos 15%, consideradas as atuais condições de navegação e infraestrutura na área do rio São Francisco. Analistas do Banco afirmam que os ganhos poderiam ser ampliados significativamente, além dos 15%, com a implantação de melhorias sugeridas em relatório recente da instituição.

O custo do milho, por exemplo, poderia ser reduzido, em média, de R$ 200 para R$ 170 por tonelada em uma rota hipotética do Oeste baiano até João Pessoa (PB), nas atuais condições de navegação da hidrovia. O custo do trecho rodoviário no Corredor, no entanto, ainda representaria 74% do frete total, dado que o percurso compreende 1.200 km de rodovia e 600 km de rodovia. Por esta razão o projeto propõe o estabelecimento de novas rotas ferroviárias, entre elas um ramal entre Petrolina (PE) e Salgueiro (PE).
Além de melhorias e ampliações na estrutura ferroviária, em estudos preliminares o Banco sugere a construção e a pavimentação, no Piauí e na Bahia, de 1.545 km de rodovias, a revitalização e o aumento da capacidade de outros 1.331 km e ações de ajuste em mais 1.974 km (instalação de pontes e sistemas de drenagem e correção de problemas de superfície). Também são indicadas a instalação de terminais hidroviários de diferentes portes em Carinhanha (BA), Remanso (BA), Bom Jesus da Lapa (BA) e Barra (BA), depois da necessária execução de um programa de dragagem, derrocagem e sinalização que garanta navegação no São Francisco durante todo o ano.

A bacia do rio São Francisco cobre uma área de aproximadamente 640 mil quilômetros quadrados e abrange Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e o Distrito Federal. O principal meio de transporte de carga na região é o rodoviário. O elevado peso dos veículos de carga leva à rápida degradação das rodovias, o que aumenta os custos totais de produção. Além disso, diversos estudos indicam o transporte hidroviário como mais seguro, ambientalmente sustentável e economicamente eficiente. O trecho do rio que vai de Pirapora (MG) a Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), de aproximadamente 1.300 km potencialmente navegáveis para fins comerciais, é eixo de grande atividade econômica e deverá crescer com a implantação do corredor. A melhoria da navegação permitirá a otimização, por exemplo, do transporte de produtos como soja, milho e caroço de algodão do Oeste da Bahia para Juazeiro e Petrolina, e desses locais, por rodovia e ferrovia, para os principais portos nordestinos e para pontos de distribuição interna.
(Fonte: Assessoria de Comunicação  da CODEVASF)


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