Edição 803 | Ano IV


Nova Iorque / EUA
Brasil aumenta investimentos em startups cruciais de tecnologia


Nos últimos anos, as startups brasileiras começaram a atrair empresas importantes de capital de risco do Vale do Silício. Nesse processo, contudo, segmentos promissores da tecnologia foram ignorados. Embora as empresas privadas estejam investindo prontamente em e-commerce e outras áreas badaladas, campos como nanotecnologia, robótica e tecnologia da informação – considerados fundamentais para transformar a economia brasileira, baseada na exportação de commodities e dependente do consumo – estão caindo no esquecimento.

Ao invés de deixar o financiamento das inovações apenas para empresas privadas de investimento, as autoridades brasileiras decidiram há vários anos entrar em cena e apoiar empresas recém-criadas. E, em 2007, o banco brasileiro de desenvolvimento, o BNDES, deu início ao Criatec I, um fundo de capital de risco com o objetivo de investir, ao longo de 10 anos, 100 milhões de reais em startups. Empresas estrangeiras de capital de risco foram convidadas a fazer investimentos a posteriori. Até hoje, nenhuma fez.
O Brasil, por sua vez, intensificou esforços para promover o crescimento da tecnologia. O banco concedeu recentemente uma nova verba de 186 milhões de reais à Ícone Investimentos. O BNDES tem fornecido a maior parte do capital, recebendo também contribuições de bancos públicos regionais.

O governo tomou as rédeas dos investimentos, mas não por falta de interesse de empresas de capital de risco privado. Nos últimos dois anos, a Redpoint Ventures, a Accel Partners e a Sequoia se tornaram ativas aqui, assim como Peter Thiel, Dave McClure e investidores europeus e israelenses. Mas o BNDES acredita que ainda há uma enorme lacuna no que diz respeito ao financiamento de empresas recém-criadas. "Eles estão investindo com tudo em modelos já difundidos de empresa, as 'copycats'. Não estão investindo de fato nas inovações tecnológicas", disse Robert E. Binder, cuja empresa privada, a Antera Gestão de Recursos, coadministra o fundo inicial Criatec com a Inseed Investimentos, de São Paulo.

A inovação é uma questão urgente no Brasil, dizem os economistas. De acordo com o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento Industrial, neste ano, até setembro, o país teve um déficit comercial 38,7 bilhões de dólares em bens de alta tecnologia, um aumento em relação ao ano passado. A economia do Brasil é altamente vulnerável às incertezas econômicas do resto do mundo, o que se reflete nas estatísticas de crescimento registradas no terceiro trimestre de 2012 no país. As iminentes mudanças demográficas também preocupam. Em 2030, a população do Brasil deve cair e ficar cada vez mais velha, o que periga sobrecarregar os recursos do governo.

As empresas de capital de risco que investem no movimento das startups no Brasil veem a Criatec como bem-intencionada. Para Eric Acher, sócio fundador da Monashees Capital, ela é uma "ótima experiência de aprendizagem no que diz respeito ao foco em inovação". Anderson Thees, da Redpoint Ventures, também elogiou o fundo. "Eles provavelmente estão investindo em ótimas oportunidades logo que elas surgem", disse ele. No entanto, esses e outros fundos de capital de risco ainda não se aliaram ao Criatec para viabilizar investimentos. Por exemplo, o Criatec procura por empresas de desenvolvimento de tecnologia e com produtos de propriedade intelectual clara que podem ser licenciados ou retidos, disse Thees.
"O Vale do Silício não está tão interessado nisso", disse ele.

Acher concordou: "Eu não acho que o Vale do Silício esteja à procura das inovações tecnológicas do Brasil no momento", acrescentando que o retorno ainda não justifica o nível de risco envolvido. O BNDES já esperava tal aversão ao risco quando criou o Criatec. "Nem mesmo os fundos brasileiros mostraram interesse em empresas recém-criadas", disse Eduardo Rath Fingerl, um dos criadores do fundo. "Nós sabíamos que a iniciativa teria de vir inteiramente do BNDES."

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) sempre teve um papel importante na ascensão do Brasil. Formado em 1952, o banco de desenvolvimento começou financiando projetos de infraestrutura. O alcance e o tamanho do banco cresceram consideravelmente na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que achava que o Brasil precisava de multinacionais de marcas famosas para ganhar respeito no exterior.
Em 2003, o banco desembolsou 11,7 bilhões de dólares, mas em 2010, esse número havia subido para 96,3 bilhões. Ele concedeu empréstimos subsidiados para a maioria das grandes empresas brasileiras, incluindo a gigante do petróleo Petrobras e a mineradora Vale. O banco também apoiou empresas estrangeiras, incluindo um investimento de três bilhões de dólares para que a American Airlines comprasse aviões da fabricante brasileira Embraer.

A supremacia do BNDES no Brasil tem atraído críticas no país. Alguns argumentam que as prioridades do banco do governo – que incluem o financiamento de fusões e aquisições – estão equivocadas. Alguns afirmam que esse tipo de investimento deveria ficar com o setor privado. "O crédito de longo prazo ainda é um problema no Brasil", disse o economista brasileiro Mansueto Almeida. No entanto, "o Brasil de hoje é muito diferente do país há 20 anos. Temos mercados de capitais muito ativos". O Criatec, no entanto, é um dos menores e menos controversos programas do banco. Para Almeida, o BNDES "está tentando fazer a coisa certa" com essa alternativa. "Isso é exatamente o que se espera de um banco de desenvolvimento."

O histórico do Criatec I tem registrado avanços lentos. A Usix Tecnologia, uma empresa de tecnologia especializada em segurança no mercado de seguros que recebeu apoio do Criatec, foi adquirida pela Ebix, de capital aberto, em 2010. O fundo também apoiou empresas promissoras, como a Amazon Dreams, que desenvolveu técnicas patenteadas para produzir açaí e outras bagas com teor mais alto de antioxidantes. Alguns investidores estrangeiros estão começando a se interessar pelo portfólio da Criatec. A Intel Capital, divisão de capital de risco da fabricante de chips Intel, está avaliando a empresa de soluções de negócios com inteligência geográfica Geofusion. A informação é de uma pessoa que está a par das negociações e que pediu para não ter o nome citado, já que a negociação ainda estava em curso.

Neste ano, a Kleiner Perkins Caufield & Byers mostrou interesse na empresa de pesticidas agrícolas Bug Agentes Biológicos, mas disse que a startup precisava primeiro ter uma receita de 10 milhões de dólares. Agora, a empresa está discutindo uma parceria estratégica com a Sistemas Biológicos Bio-Bee, de Israel. Mas tais acordos em potencial também indicam que as empresas estrangeiras de capital de risco ainda não estão cortejando as startups menores. "Todo mundo quer encontrar empresas com receita de 10 milhões a 15 milhões de dólares, mas simplesmente não existe um fluxo de negócios desse porte", disse uma pessoa familiarizada com os planos de expansão da Kleiner Perkins. Ela também pediu para não ter o nome citado, já que as negociações eram privadas.

Com base em estimativas de 2012, apenas uma empresa apoiada pela Criatec I, entre os 33 negócios nos quais investiu, vai cruzar a fronteira dos 10 milhões de dólares em receita. A receita da Amazon Dreams, por exemplo, ainda é insignificante, apesar da febre do açaí nos Estados Unidos.
O BNDES também criou o fundo para ajudar acadêmicos que têm ótimas ideias, mas que não têm tanto êxito na obtenção de financiamentos junto ao setor privado quanto os empresários. "O Brasil tem inúmeras mentes brilhantes", disse Rath Fingerl, que se aposentou do BNDES no ano passado, mas "a grande dificuldade é aproximar as comunidades científicas das empresariais".

O fundo também tem limitações. Por exemplo, o banco tem poder de veto sobre as decisões da maioria das empresas, mesmo sendo um acionista minoritário. No entanto, parece bastante flexível ao procurar por coinvestimentos. A influência política do BNDES nas empresas do Criatec "é totalmente negociável", disse Marcio Spata, chefe do fundo Criatec no banco de desenvolvimento. "Estamos sempre abertos a mudar os nossos direitos" para atender a ofertas adequadas. Eduardo Klingelhoefer de Sá, chefe do departamento de fundos do BNDES, disse: "Ficaríamos muito felizes com a aproximação de investidores privados, já que nossos riscos seriam reduzidos".
(Fonte: The New York Times)


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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
RESUMO DA SEMANA - 10 a 14 de dezembro

Prévia do IGP-M indica aceleração - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou, no primeiro decêndio do mês de dezembro, taxa de variação de 0,50%. Em novembro, no mesmo período de apuração, a taxa foi de -0,19%.

IPC-S inicia o mês com alta em seis capitais - O IPC-S de 07 de dezembro de 2012 registrou variação de 0,63%, 0,18 ponto percentual (p.p.) acima da taxa divulgada na última apuração. Seis das sete capitais pesquisadas registraram acréscimo em suas taxas de variação.

Confiança de Serviços de Pernambuco segue em queda - O Índice de Confiança do Setor de Serviços em Pernambuco, calculado pela Fundação Getulio Vargas, recua 12,8% entre novembro de 2011 e novembro de 2012.

Confiança da Indústria recua em Pernambuco - O Índice de Confiança da Indústria de Pernambuco (ICI-PE) recuou 1,4% entre novembro e outubro de 2012, ao passar de 114,8 para 113,2 pontos. No mesmo período e base de comparação, o ICI da Indústria de Transformação Nacional (ICI-BR) registrou variação de -0,8%, para 101,7 pontos.

Comércio Varejista
Vendas no varejo crescem 0,8% em outubro - Em outubro, o comércio varejista variou 0,8% no volume de vendas e 1,1% na receita nominal na comparação com o mês anterior (com ajuste sazonal). É o quinto mês consecutivo de crescimento do volume e o oitavo com elevação da receita. A média móvel trimestral registrou taxas de 0,4% para o volume e de 1,1% para a receita.

Índices de Preços ao Consumidor
IPC da Fipe registra variação de 0,70% na primeira quadrissemana de dezembro - Na primeira quadrissemana de dezembro de 2012, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,70% na cidade de São Paulo, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O índice apresenta alta na comparação com a última quadrissemana de novembro (0,68%). Nas sete classes de despesas que compõem o IPC da Fipe, os resultados apurados foram: Habitação (0,34%), Alimentação (0,92%), Transportes (0,19%), Despesas Pessoais (1,84%), Saúde (0,42%), Vestuário (1,77%) e Educação (0,14%).

Economia Internacional
Preços ao Produtor americano tem queda de 0,8% em novembro - O Índice de Preços ao Produtor (PPI) dos Estados Unidos caiu 0,8% em novembro, segundo o Departamento de Trabalho americano. Em outubro, o índice registrou queda de 0,2% e em setembro, alta de 1,1%. Os gastos com energia tiveram queda de 4,6% e com alimentos alta de 1,3%.

IPC americano registra queda de 0,3% em novembro - O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) americano registrou queda de 0,3% em novembro, com base sazonal ajustada, segundo o Departamento de Trabalho americano. Em outubro, o índice apontou variação de 0,1%. O gasto com energia caiu 4,1% e com alimentos subiu 0,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice apresenta inflação de 1,8%.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

Da redação - São Paulo / SP
Taxas reduzem ganhos de fundos de investimento mais populares
Bancos costumam oferecer aplicações financeiras muito parecidas entre si, principalmente para a faixa mais popular dos clientes. Os fundos de investimentos do tipo DI ou de Renda Fixa são a melhor ilustração disso.
Em ambos os casos, os bancos usam o dinheiro do investidor para comprar títulos emitidos pelo governo (“pedaços” da dívida pública), devolvem uma parte dos juros pagos pelo Estado (após tirar a parte do Imposto de Renda) e cobram uma taxa (a chamada taxa de administração) pelo serviço prestado.
É justamente nessas taxas de administração que o investidor deve procurar o diferencial entre os bancos. Uma providência inicial do poupador é verificar o valor inicial mínimo exigido para aplicar em seu fundo: se ficar abaixo de R$ 1.000, provavelmente o ganho da aplicação já está perdendo para a poupança. E são poucas as chances de que essa característica mude em 2013. 
(Agência UOL)

HOJE - Fechamento:

Tóquio / Japão
Bolsa de Tóquio fecha em alta, após vitória da oposição
A Bolsa de Tóquio atingiu a máxima em oito meses, após a grande vitória do Partido Liberal Democrático (PLD), de oposição, neste domingo, e também de seus aliados, provocando o enfraquecimento do iene, o que beneficiou os exportadores e elevou ações de empresas do setor de serviços públicos, a exemplo da Tokyo Electric Power. O índice Nikkei subiu 0,94%, aos 9.828,88 pontos.
O volume de negócios foi bastante robusto, totalizando 2,85 bilhões de ações comercializadas, superando a marca de 2,7 bilhões de ações pelo terceiro pregão seguido. O volume de negócios também subiu para 1,53 trilhão de ienes (US$ 18,2 bilhões). A atividade sobre as duas sessões anteriores foi elevada em razão do fim da rolagem da dívida trimestral, para dezembro, dos contratos de Nikkei futuros, na quinta e sexta-feira passadas. De acordo com pesquisas feitas neste domingo, o principal partido de oposição, juntamente com o partido New Komeito, venceram mais de dois terços dos 480 assentos nas eleições para a Câmara Baixa, permitindo efetivamente que o PLD e seus aliados retomem o controle do governo.
"A vitória expressiva significa que a coalizão pode aplicar um programa de relaxamento quantitativo, por intermédio do Banco do Japão (BoJ, o banco central do país), em abril, disse o estrategista de equity da CLSA, Nicholas Smith. "A combinação de uma urgente reconstrução e a fixação do teto da dívida para cinco anos demonstra que um poderoso pacote de estímulo fiscal é iminente. Planos que tenham credibilidade estão em movimento a fim de enfraquecer o iene", acrescentou o estrategista.
As ações de empresas exportadoras, no geral, subiram por conta do iene mais fraco, a exemplo da Fanuc, cujos papéis avançaram 1,4%, e da Komatsu, que ganhou 2,3%. A Honda Motor subiu somente 0,4%, enquanto a Canon e Nikon perderam, respectivamente, 0,6% e 0,4%. A peso-pesada Fast Retailing foi a grande responsável pela alta do Nikkei, ganhando 2,9%. As ações da Tokyo Electric Power tiveram o melhor desempenho do setor, subindo 33%. Outras usinas nucleares terminam a sessão em alta. A Toa Valve Engineering avançou 5.3% e a Okano Valve Mfg subiu 13%. 

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MERCADO FINANCEIRO

Da redação - São Paulo / SP
Banco Itaú BMG Consignado inicia hoje
O Banco Itaú BMG Consignado começa a operar hoje, dia 17/12. O contrato definitivo que formaliza a criação da instituição foi assinado na última quinta-feira, dia 13/12, em cerimônia com a presença do presidente do BMG, Antonio Hermann Dias Menezes de Azevedo, e o presidente do Itaú, Roberto Setúbal. Segundo o comunicado divulgado pelo BMG, o objetivo é o de que o Itaú BMG Consignado se torne o maior banco privado do segmento no País. "Essa associação une o Itaú, a marca de maior prestígio do País, com o BMG, que detém o pioneirismo e a liderança privada no crédito consignado. O nosso know how e a força do Itaú nos levam a almejar a liderança no setor", ressalta, em comunicado, o presidente do BMG, Antônio Hermann. O novo banco, que inicia as atividades com mais de 1,6 mil correspondentes e 30 mil agentes bancários em todo o Brasil, conta com um capital social de R$ 1 bilhão, sendo que 70% desse valor de aporte do Itaú e os 30% restantes são do BMG. Nos próximos cinco anos, o Itaú BMG Consignado projeta conquistar uma carteira superior a R$ 30 bilhões no segmento de crédito consignado.
O novo banco compartilhará os canais de distribuição com o BMG e ficará responsável pelo financiamento de 70% dos créditos consignados originados nesses canais. Os 30% remanescentes serão contratados diretamente pelo Banco BMG. Em outubro, em apenas 48 dias de análise, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu o aval para a associação entre o Itaú Unibanco e o Banco BMG para a criação da instituição financeira voltada para o crédito com desconto na folha de pagamento.
(Fonte: Assessoria de Imprensa do Itaú)

Brasília / DF
BB já liberou R$ 12 milhões em Crédito Acessibilidade
O Banco do Brasil informou que já liberou R$ 12 milhões em desembolsos da linha Crédito Acessibilidade, isenta de IOF e que tem taxa de juros de 0,57% ao mês para quem recebe até cinco salários mínimos ou 0,64% mensais para quem recebe mais de cinco e até 10 salários mínimos. O banco estatal é a única instituição financeira com linha para financiamento de bens de tecnologia assistiva com recursos do microcrédito. O crédito permite financiar, por exemplo, aparelhos auditivos, órteses, próteses e cadeiras de rodas. O financiamento pode ser de até 100% do valor do bem ou serviço, com limite máximo de até R$ 30 mil por pessoa e prestações debitadas diretamente na conta corrente. O prazo é de quatro a 60 meses e a primeira prestação pode ser paga em até 59 dias. É possível comprar equipamentos para si mesmo ou para ajudar alguém que necessite. Em novembro de 2011, o governo lançou o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Viver Sem Limite. Entre as ações definidas, está a disponibilização de tecnologia, moradia e aquisição de equipamentos. (Agência Estado)

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INDÚSTRIA

Da redação - São Paulo / SP
Faturamento do setor cresce 5% em 2012, mas produção cai
Em coletiva de imprensa realizada no dia 13/12, em São Paulo, o presidente da Abinee, Humberto Barbato, acompanhado de diretores da entidade, apresentou os dados do setor eletroeletrônico em 2012 e as perspectivas para 2013. Segundo os números divulgados, o faturamento da indústria eletroeletrônica, neste ano, crescerá 5% na comparação com 2011, totalizando R$ 145 bilhões, o que frustra as expectativas iniciais das empresas do setor, que previam alta de 13%.

Barbato ressaltou que boa parte do faturamento foi composta pelas importações. “Isto fica evidenciado pelos dados do IBGE sobre a produção física do setor (-8)%, que apontam uma clara queda na nossa capacidade produtiva e que as empresas tiveram que importar para se manter no mercado”, disse. De acordo com os dados da Abinee, a balança comercial do setor atingiu o déficit de US$ 33,4 bilhões em 2012, 3% superior ao registrado em 2011 (US$ 32,5 bilhões). O resultado é fruto de exportações, que atingiram US$ 7,8 bilhões, e de importações de US$ 41,2 bilhões.

“Esperamos que as medidas adotadas pelo governo possam amenizar o déficit do setor eletroeletrônico no próximo ano”. Segundo ele, esta redução do saldo negativo da balança comercial deverá acontecer mais na área elétrica, onde encontra-se a maior parte dos segmentos contemplados pela desoneração da folha de pagamentos.  Barbato destacou, entretanto, que, apesar de o governo estar mais receptivo à indústria, a conjuntura internacional não oferece perspectivas tão otimistas.

Segundo os diretores da área de telecomunicações da Abinee, Paulo Castelo Branco e Aluizio Byrro, o segmento, que cresceu 14%, apresentou desempenho abaixo das expectativas iniciais, de 35%. Segundo eles, a área de infraestrutura de telecom está crescendo acima do segmento de aparelhos celulares.
Já a área de informática ficou estagnada (0%) em 2012. O diretor da área na Abinee, Hugo Valério, destacou alguns fatores que podem ter contribuído para este desempenho: endividamento do consumidor, perda de confiança diante da crise e uma consequente retração de investimentos. Outro fator foi a desvalorização do Real frente ao Dólar, que surte efeitos na área de informática, altamente dependente das importações de componentes.

Segundo o diretor de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica (GTD), Newton Duarte, a área teve crescimento de 18%, mas segue com preocupações no que se refere à balança comercial. “Até alguns anos, tínhamos superávit, mas este quadro se alterou. Perdemos capacidade exportadora e, no mercado interno, temos uma indústria madura, capaz de, mas que tem sofrido com a invasão de importados, principalmente, de produtos asiáticos”. Durante a coletiva, o vice-presidente do Sinaees-SP, Dorival Biasia, destacou o quadro de negociações salariais deste ano, que apesar das dificuldades foram positivas.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Abinee)


Toronto / Canadá
ArcelorMittal reduz participação em Mary River
A ArcelorMittal está reduzindo sua participação em Mary River, um grande projeto de minério de ferro no Ártico canadense, que custará 4 bilhões de dólares canadenses. A empresa disse ter concordado em ceder uma parte de sua participação de 70% no projeto em Baffin Island à sua parceira Nunavut Iron Ore. Com o negócio, as duas companhias terão participações iguais na Baffinland Iron Mines Corp., que controla a mina. "A ArcelorMittal e a Nunavut Iron Ore fecharam um acordo no qual a Nunavut aumentará sua participação na Baffinland Iron Mines Corporation de 30% para 50%", afirmou a ArcelorMittal em comunicado. Sob os termos do acordo, a Nunavut aumentará também sua participação do financiamento para o desenvolvimento do projeto de minério de ferro Mary River da Baffinland. Com produção anual de 18 milhões de toneladas e rota marítima direta para transportar a commodity, o Mary River será capaz de abastecer toada as necessidades da Europa, superando potencialmente produtores de minério de ferro, como a Vale e a BHP Billiton. A mina recebeu aprovação do governo federal no início da próxima semana e a construção do projeto poderá começar já em julho. A mina poderá iniciar produção em 2017. (Agência Dow Jones)


Porto Alegre / RS
Ambev finaliza maltaria no norte do RS
A Ambev anunciou que vai finalizar em breve a fase de testes da nova maltaria na cidade de Passo Fundo. O investimento na fábrica foi de mais de R$ 120 milhões e a capacidade inicial de produção de malte será de 110 mil toneladas por ano, que deve operar com capacidade plena a partir de janeiro. A maltaria de Passo Fundo deverá abastecer as cervejarias das regiões Sul e Sudeste. A Ambev disse ainda que já projeta uma ampliação na maltaria. O novo investimento na unidade será de R$ 100 milhões, mas ainda não tem data definida. (Agência Estado)

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AGROBUSINESS

São Paulo / SP
Indústria da laranja quer criar marca de suco brasileiro
Da crise nascem as oportunidades. A indústria brasileira de suco de laranja - leia-se Cutrale, Louis Dreyfus e Citrosuco/Citrovita - está levando o ditado a sério ao buscar alternativas para reverter as constantes quedas de consumo da bebida em todo o mundo. Por isso, estuda a criação de um consórcio entre governo, produtores de laranja e processadoras de suco para conceber a primeira marca de suco de laranja brasileiro 100% natural para abastecer o mercado interno. A ideia é obter no início isenção fiscal para a bebida, que terá preço mais competitivo frente aos néctares de multinacionais, compostos por suco, água e açúcar. "Vai estimular a competitividade do mercado e melhorar a qualidade das bebidas. Quem quiser vender algo natural, vai poder comprar das nossas indústrias", explica Christian Lohbauer, presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (CitrusBR).

Segundo a proposta, seriam necessários investimentos de R$ 20 milhões anuais, por cinco anos, em ações de marketing para fortalecer a marca genuinamente brasileira. A proposta está em discussão e poderá dar um fôlego para o setor, ao tirar 150 mil toneladas de laranja dos estoques por ano. "Já apresentamos a ideia ao governo, ao BNDES e queremos levá-la aos produtores, que são fundamentais no processo", diz Lohbauer. Segundo o executivo, viabilizar esse diálogo por meio do Consecitrus é fundamental. É justamente no Consecitrus que está um dos entraves do setor. A entidade, criada no início do ano, nasceu com o intuito de estabelecer o diálogo entre os elos da cadeia ao buscar preços mais equilibrados para a laranja.

Mas a Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus) e da Federação de Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp) - acabaram saindo da mesa de negociação antes mesmo da criação do estatuto, por divergências. No mês passado, as entidades entraram com pedido de impugnação do Consecitrus, acatado pelo Conselho de Defesa Econômica (Cade), o que vem protelando as conversas. Lohbauer explica que isso prejudica principalmente o produtor, que vê sua laranja cair e apodrecer, enquanto ações judiciais atrasam a busca por soluções . "Não conseguimos ter um diálogo com o produtor de laranja brasileiro, que é um solitário. Quem fala por eles são entidades jurássicas, porque o próprio produtor não toma a frente e se representa", diz. 
Segundo Lohbauer, o setor tem problemas muito antigos e o que mais aflige é que a situação não esta melhorando. Para ele, ao tentar bloquear as buscas por soluções, as entidades pioram o cenário. "O resultado será um salve se quem puder. Isso é tão evidente, que chega a ser assustador que o pessoal deixe a coisa como está", diz.  Se viabilizado, o projeto de construção de uma marca própria deverá amenizar a problemática situação pela qual passa a citricultura brasileira.

Segundo Lohbauer, neste ano, 40 milhões de caixas caíram dos pés e foram perdidas, graças às constantes quedas no consumo mundial do suco, somados ao aumento dos estoques da bebida, que já bateram as 600 mil toneladas. "Se nada for feito rápido, no próximo ano, os produtores poderão amargar ainda mais perdas", alerta. Em outra frente de combate à crise, um estudo com os 10 países que mais compram o suco brasileiro está identificando as razões pelas quais o consumo da bebida cai. "Já estamos apresentando os primeiros resultados para a indústria e baseados nisso, deveremos criar uma campanha mundial em prol do suco", explica Lohbauer.
Segundo ele, o intuito é contar com a participação de toda a cadeia produtiva na campanha.Nesse movimento pela recuperação do mercado, Lohbauer considera fundamental trabalhar a imagem da bebida. "É um produto natural, saudável e não essa mistura maluca de sabores e aromas artificiais que colocam no mercado".  (Fonte: Brasil Econômico)


Da redação - São Paulo / SP
Carne de frango acumula maior valorização na parcial de dezembro
Considerando-se as carnes bovina, suína e de frango, negociadas no atacado da Grande São Paulo, a de frango é a que acumula maior valorização na parcial de dezembro, segundo informações do Cepea. As valorizações da carne de frango estiveram atreladas aos reajustes do frango vivo, que ocorrem desde o início de agosto - entre meados de setembro e de novembro, porém, os valores se mantiveram praticamente estáveis. Nas últimas semanas de novembro, os preços voltaram a subir de forma expressiva, resultado, principalmente, da diminuição da oferta, decorrente da redução do alojamento. Considerando-se a média estadual de preços no atacado de São Paulo, o frango inteiro congelado teve alta de 1,2% entre 6 e 13 de dezembro - o quilo da carne foi comercializado na média de R$ 3,86 nessa quinta-feira, 13. O quilo do frango inteiro resfriado fechou na quinta a R$ 3,84/kg, alta de 1,3% em sete dias. (Fonte: Assessoria de Imprensa do Cepea-Esalq)

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SETOR AUTOMOTIVO

São Paulo / SP
Montadoras acirram batalha por consumidores em 2013
Entre as quatro maiores montadoras, que juntas respondem por 70% da venda de automóveis e comerciais leves no País, duas ganharam participação no mercado e duas perderam. No período de um ano, contado até novembro, a Fiat, líder em vendas, melhorou seu desempenho em 1,09 ponto (para 23,2%) e a Volkswagen em 0,73 ponto (21,2%). Já a GM perdeu 0,82 ponto (17,6%) e a Ford, 0,32 (8,9%). A fabricante que mais cresceu foi a Nissan - 1,1 ponto -, passando a responder por 2,9% das vendas. Marcas que só importam foram as maiores perdedoras, em razão da alta do IPI em 30 pontos porcentuais para carros sem conteúdo local, em vigor há um ano. A mais prejudicada foi a Kia, que saiu de uma fatia de 2,33% em 2011 para 1,17% neste ano.

A briga pelo consumidor vai esquentar em 2013, quando é esperado crescimento de 3,5% a 4,5% nas vendas totais, para novo recorde de quase 3,9 milhões de veículos, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Para alguns analistas, como o diretor da A.T.Kearney, David Wong, essa projeção é otimista. "Com muita sorte a economia brasileira deve crescer até 3% e o mercado de carros, entre 2% e 3%", prevê. Vários executivos do setor também apostam em alta de 2%, ainda assim com a manutenção do corte do IPI, previsto para acabar dia 31. O benefício, em vigor desde maio, já não tem o mesmo apelo ao consumo, mas seu fim pode significar alta média de 10% nos preços. "O mercado pode estar acomodado com o preço baixo, mas não com o alto", avalia Ricardo Pazzianotto, da PWC.

Uma preocupação extra será a ociosidade nas fábricas. Todas as montadoras estão ampliando a capacidade produtiva e novas fábricas começam a entrar em operação. "O excesso de capacidade passará de 814 mil veículos neste ano para mais de 1,1 milhão em 2013", calcula Pazzianotto. Ele projeta uma ociosidade de 25% na capacidade produtiva, prevista em 4,57 milhões de automóveis e comerciais leves, para uma produção estimada em 3,4 milhões de veículos desse segmento. Neste ano, as fábricas operaram com 80% da capacidade instalada. O setor vai encerrar 2012 com produção de cerca de 3,36 milhões de veículos (incluindo caminhões e ônibus), queda de 1,5% em relação a 2011, a primeira baixa em dez anos. O presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, que esperava alta de 2%, creditou o desempenho à queda da exportação, que será 21% inferior ao volume de 2011. "No ano todo mantivemos expectativa de reação, especialmente a partir da desvalorização do real, mas não ocorreu".  (Agência Estado)

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SERVIÇOS e VAREJO

Brasília / DF
Mercadante insiste em 100% dos royalties para a educação
O Congresso deve votar nos próximos dias em regime de urgência se aprova ou não os vetos da presidente Dilma Rousseff ao projeto de mudanças no regime de exploração de petróleo. Um dos itens do projeto original e ao qual o Congresso se opôs é o que destina a totalidade dos recursos de contratos que vierem a ser firmados à educação. ''O petróleo é uma riqueza não renovável. Dificilmente meus netos terão acesso ao petróleo. Temos de olhar para o futuro do Brasil. Precisamos deixar uma herança pós-petróleo. Educação é o maior problema estrutural do país'', afirmou o ministro. O ministro era um dos integrantes da delegação da presidente Dilma Rousseff que esteve na Rússia para uma visita oficial de três dias, encerrada no sábado, quando a comitiva presidencial regressou ao Brasil.

Debate nacional - ''O Brasil precisa fazer esse debate, não é um problema só do Congresso. O que aconteceu com alguns dos países que são grandes produtores e exploradores de petróleo? Não são modelos civilizatórios, não diversificaram suas economias. E alguns têm os piores indicadores de desenvolvimento humano'', argumenta Mercadante. O ministro contrasta esse modelo com o da Noruega, que, assim como o Brasil, fez uma descoberta tardia de jazidas petrolíferas. ''A Noruega criou um fundo soberano, vincularam investimento a um projeto de longo prazo, criaram uma poupança de longo prazo.''

Sistema de urgência - Na última quarta-feira, o Congresso votou amplamente a favor do regime de urgência sobre o veto da presidente ao texto reformulado pela Câmara e pelo Senado que impunha uma redistribuição dos recursos gerados pela exploração petrolífera, causando com isso perdas a Estados produtores. Pelo sistema de urgência, o assunto pode ser apreciado no plenário antes de outros projetos a serem votados pela Casa. Dilma afirmou que não pretende influenciar o voto de ninguém.
Pelas contratos em vigor atualmente, a maior parte dos royalties é destinada aos Estados produtores. Se as regras mudarem, como quer o Congresso, grandes produtores, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, sairiam perdendo, daí ambos aprovarem os vetos de Dilma.
A proposta de Dilma era manter inalterados os contratos já firmados, mas destinar 100% dos recursos de contratos ainda a serem firmados para a educação. Mas a proposta do Congresso propunha redistribuir até os recursos dos contratos em vigor atualmente.

'Continuar lutando' - Dias antes dos comentários de Mercadante, a presidente Dilma Rousseff , em conversa com jornalistas, havia demonstrado ceticismo em relação à possibilidade de fazer com que o Congresso não derrubasse seu veto, argumentando: ''Não tenho mais o que fazer''. E disse ainda torcer para que cada um ''vote com sua consciência''. O ministro da Educação afirmou que pretende seguir negociando com o Congresso, valendo-se da ''força dos argumentos''. ''Vamos continuar lutando por 100% para a educação'', afirmou. (Fonte: BBC)


São Paulo / SP
Anhanguera vai frear aquisições no ano que vem
Depois de incorporar a Uniban, a previsão da Anhanguera Educacional é pôr o pé no freio das aquisições no próximo ano. A ordem da companhia é fazer compras "seletivas", que consumirão no máximo R$ 40 milhões. Só a compra da Uniban, firmada em setembro de 2011, porém "digerida" ao longo de 2012, exigiu um desembolso de R$ 510 milhões da companhia."(O valor separado para aquisições) é pequeno para o nosso padrão, é um trabalho muito focado. Estamos olhando para empresas com resultados positivos e em regiões estratégicas", explica o presidente da Anhanguera Educacional, Ricardo Scavazza.
A empresa diz que existe a possibilidade de garantir a expansão orgânica, uma vez é dona de bandeiras populares de ensino, como UniABC, Anchieta e Universidade de Guarulhos. De acordo com Scavazza, agora é a hora de a empresa "explorar a capacidade" das aquisições já feitas. Mesmo sem fazer nenhuma compra relevante, a Anhanguera Educacional acredita que será possível atingir a marca de 600 mil matriculados alunos em 2016, nos cálculos do diretor financeiro da companhia, José Augusto Teixeira. Esse número representaria alta de 39% em relação ao patamar atual, de cerca de 430 mil estudantes.
A postura mais conservadora da Anhanguera se justificativa pelo objetivo de reduzir o nível de endividamento para até uma vez a razão de dívida líquida sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Atualmente o nível é de duas vezes o Ebitda, número considerado saudável, mas que a empresa quer diminuir. "Somos conservadores", diz o presidente da empresa. (Agência Estado)

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COMÉRCIO EXTERIOR

Brasília / DF
Ministério da Agricultura faz ofensiva contra embargos
Depois de anunciar ontem o terceiro embargo à carne bovina brasileira, o Ministério da Agricultura vai iniciar uma ofensiva para esclarecer Japão, África de Sul e China de que o episódio de 'vaca louca' detectado no Paraná é um caso atípico, sem riscos à saúde humana. A descoberta da doença motivou o veto dos três países. Ontem, a China comunicou ao governo brasileiro que proibiu a importação de carne bovina do país, como antecipou o Valor PRO. Com isso, se juntou ao Japão, primeiro país a decretar o embargo, no último sábado. Além desses dois mercados, o Ministério da Agricultura admitiu que os sul-africanos também levantaram barreiras nos últimos dias.

A estratégia do governo brasileiro para reaver os três mercados será deflagrada nos próximos dias. O Ministério da Agricultura informou que enviará missões oficiais para Japão, África do Sul e China a fim de dar mais detalhes sobre o caso de 'vaca louca'. Os três países já receberam informações do governo brasileiro sobre o tema e outros esclarecimentos serão prestados.
"É natural que, ao tomar conhecimento por meio da imprensa, a reação de alguns países seja de cautela", reconheceu ontem o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz. Em sua defesa, as autoridades brasileiras têm afirmado que se trata de um caso atípico e que na semana passada a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) manteve o risco de ocorrência da doença no país como "insignificante". Contudo, persiste a desconfiança no mercado internacional em decorrência da demora brasileira em revelar o caso, já que a morte do animal foi em 2010.

Apesar da reação do ministério, as barreiras levantadas até aqui representam apenas 0,7% das exportações brasileiras de carne bovina, em volume. Entre janeiro e setembro, o país embarcou 896,6 mil toneladas para todo o mundo. Juntos, Japão, África do Sul e China contribuíram somente com 6,7 mil toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Em receita, os três países somaram US$ 28,6 milhões de um total de US$ 4,9 bilhões, ou seja, menos de 1%. Dos três países, a China é o mais relevante. Nos primeiros nove meses deste ano, o país asiático importou 5,1 mil toneladas de carne bovina brasileira. Os chineses estão no ranking dos 20 maiores importadores do Brasil. No mesmo período, Japão e África do Sul tiveram uma participação pouco expressiva, de apenas 1,1 mil toneladas e 545 toneladas, respectivamente, segundo os dados Abiec.

Na contramão dos países 'pouco expressivos' que levantaram barreiras à carne bovina, a Rússia não deve criar dificuldades adicionais (ver matéria acima). Quanto a Egito e Irã, também não há nada confirmado. Os dois países costumam seguir as decisões da União Europeia nesse campo. Como o bloco informou na quarta-feira que não pretende erguer barreiras contra o Brasil, o temor diminuiu. Juntos, Rússia, Irã e Egito absorvem quase metade dos embarques de carne bovina do Brasil, que atende a cerca de 20% do consumo conjunto do trio, segundo o Barclays. Entre janeiro e setembro de 2012, os países compraram 357,7 mil toneladas do Brasil.  (Agência Valor)

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TI, WEB e e-COMMERCE

São Paulo / SP
O que vai acontecer com a nuvem em 2013
O tempo para explorar a nuvem se esgotou, de acordo com os analistas da indústria. 2013 será o ano em que as empresas precisarão implementar uma série de estratégias da nuvem para colocar certas cargas de trabalho na nuvem pública e mantem outras cargas de trabalho na nuvem privada. Aqui estão 10 previsões para o que veremos acontecer na computação em nuvem em 2013.

1 - As nuvens hibridas vão fazer sucesso
À medida que as empresas se concentrarem na análise dos aplicativos apropriados para a nuvem pública ou para a nuvem privada, os executivos de TI rapidamente chegarão à conclusão de que uma abordagem de nuvem híbrida faz mais sentido. “Estou convencido de que 2013 será o ano da infraestrutura da nuvem hibrida”, conta Tracy Corbo, analista de pesquisa chefe da Enterprise Management Associates.

2 - Nos EUA, concorrentes da Amazon começarão a cair
Especialistas dizem que muitas empresas que entraram no mercado de nuvem pública no modelo infraestrutura-como-um-serviço (Iaas) não sobreviverão a 2013. “É muito difícil jogar o jogo da Amazon”, conta John Treadway, vice-presidente da Cloud Technology Partners. “As margens são pequenas. Se você não oferecer um valor diferenciado, você provavelmente irá fracassar”.

3 - A gestão da nuvem híbrida será chave
Se as empresas passarem para as nuvens públicas, então será crítico que os executivos de TI sejam capazes de administrar tanto as partes públicas quanto privadas da infraestrutura geral da nuvem. Nos EUA, felizmente, existem empresas que podem ajudar, começando com a RightScale, que tem oferecido gestão de integração a nuvem desde 2006. O mesmo deve acontecer em outros mercados.

4 - As corretoras e integradoras de nuvem serão mais demandadas
O IDC prevê que até 2015, quase 1 dólar de cada 6 gastos em pacotes de software, e 1 dólar de cada 5 gastos em aplicativos, serão consumidos através do modelo Software-como-Serviço (SaaS). Então, quem lida com a integração de todos esses aplicativos? As corretoras de serviços de nuvem. E quem desenvolverá a segurança e a auditoria nesses aplicativos? Quem criará links B2B com parceiros utilizando os mesmos aplicativos? Os integradores de nuvem. Startups surgirão nesse mercado.

5 - O Big Data ficará ainda maior
Big Data – a análise de vastas quantidades de dados não estruturados – e o poder ilimitado da computação na nuvem são uma combinação perfeita. Os principais fornecedores estão pulando no trem do Big Data como evidenciado pela compra da Vertica e da Autonomy  pela HP, a compra da Netezza pela IBM e a compra da Greenplum pela EMC. 

6 - As redes definidas por software (SDN) vão evoluir
Em Julho, a VMware gastou 1 bilhão de dólares na startup SDN Nicera. No mês passado, a Cisco pagou 1,2 bilhões de dólares pela Meraki, que fornece sistemas de rede que podem ser administrados a partir da nuvem. O que isto significa? “Todos esses acontecimentos apenas apontam para a compreensão eventual de que a rede definida por software está caminhando em direção a uma nova definição de rede que evoluirá em 2013”, conta o CTO da Terremark, John Considine.

7 - As opções de segurança da nuvem hibrida irão aumentar
À medida que empresas começarem a adotaras nuvens hibridas, espera-se que os fornecedores aumentem a oferta de segurança de duas formas – produtos de segurança tradicionais baseados na aplicação para acesso local, e de  segurança-como-um-serviço para fortalecer a segurança para todos os dispositivos móveis. O IDC prevê que durante os próximos três anos as aplicações hibridas somarão 60% de todos os departamentos de TI. O IDC também prevê que o mercado irá crescer para 3,3 bilhões de dólares até 2016.

8 - Os serviços baseados em IaaS crescerão
As ofertas padrão de infraestrutura-como-um-serviço crescerão no mundo para incluir coisas como otimização-como-um-serviço ou equilíbrio de carga-como-um-serviço. “Não é uma questão de ser capaz de fazer isso internamente. É uma questão de descobrir se é mais barato e mais eficiente fazê-lo na nuvem”, conta Tracy Corbo da Enterprise Management Associates.

9 - Interrupções ocorrerão
Apesar dos esforços dos fornecedores de serviços de nuvem, esteja preparado para interrupções.  “Não dará para evitá-las diante de todas as operações que irão ocorrer nessas infraestruturas. Não será possível testar todos os contingentes”. Isso significa que será papel das empresas tomar a iniciativa dos planos de backup.

10 - A gamificação impulsionará as vendas e o serviço ao cliente
A Gartner prevê que até 2014, 70% de todas as empresas da Fortune 2000 terão, pelo menos, um aplicativo baseado na nuvem que utilize a teoria de jogos para influenciar o comportamento dos funcionários ou clientes. A gamificação é o conceito de aplicar os fundamentos da criação de jogos para aplicativos que não tenham relação com jogos para torná-los mais divertidos, envolventes e viciantes. Aplicações no mundo dos negócios objetivam impulsionar as vendas, encorajar a colaboração e o compartilhamento de informações entre os funcionários e parceiros, e aumentar a satisfação do serviço ao cliente. Líderes de mercado incluem a Badgeville, BunchBall, Crowdfactory, Gamify.it, Hoopla, Kudos, ObjectiveLogistics e  Rypple (uma empresa da salesforce.com).  (Fonte: COMPUTERWORLD/EUA)

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TELECOM

São Paulo / SP
Claro dá início à operação de rede 4G no Brasil
A Claro anunciou o início das operações de sua rede 4G em Recife, se tornando assim a primeira operadora a oferecer a tecnologia (que chama de "4GMax") no Brasil. Além da capital pernambucana, as cidades de Campos do Jordão, Paraty e Búzios, onde desde agosto operavam redes em caráter experimental, também contam com o novo serviço.
Vantagens do 4G - Redes 4G prometem acesso móvel à internet em velocidades muito superiores às atuais redes 3G, e em alguns casos até mesmo às conexões de banda larga doméstica. Em testes com a rede experimental da Claro em Campos do Jordão, interior de SP, conseguimos velocidade de download de até 52 Mbit/s, e até 14 Mbit/s no upload. O equivalente a uma conexão doméstica a cabo de  "7 Mega" (7 MB/s).
Mas estes números foram obtidos em uma rede experimental praticamente vazia, com apenas meia dúzia de aparelhos conectados a uma antena a alguns metros de distância. Os números no "mundo real", com milhares de aparelhos conectados a uma antena no centro de uma cidade, cercada por prédios, podem ser bem menores. Aparelhos - Para tirar proveito da nova rede, é necessário ter um aparelho compatível. Dois deles já estão disponíveis no mercado nacional, o RAZR HD, da Motorola, e o Galaxy S III 4G, da Samsung. A Claro comercializa o RAZR por R$ 649 e o Galaxy S III por R$ 999, ambos atrelados ao plano Claro Ilimitado 200 4G. A empresa também oferece modems para acesso móvel em um notebook ou desktop. O modelo Huawei E392 sai por R$ 320 no plano Claro Internet 5 GB.

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MERCADO DE LUXO

Veneza / Itália
Dono da Diesel patrocina reforma de ponte
O presidente da região do Veneto, Luca Zaia, demosntrou uma grande felicidade pelo patrocínio do dono da grife Diesel, Renzo Rosso, para a reforma da Ponte Rioalto, ponto turístico da cidade de Veneza. 
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