Edição 801 | Ano IV


Da redação - São Paulo / SP
Seis municípios concentram 25% da geração de renda do país
Seis municípios concentram cerca de 25% de toda a geração de renda do país. São Paulo fica no topo da lista, com 11,8% de participação no PIB (Produto Interno Bruto) nacional, seguido por Rio de Janeiro (5%), Brasília (4%), Curitiba (1,4%), Belo Horizonte (1,4%) e Manaus (1,3%). Juntas, as seis capitais representam 13,5% da população. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), fazem parte de uma pesquisa que avaliou o PIB dos municípios brasileiros em 2010. Os dados são de 2010, mas foram divulgados somente agora. No total, o Brasil registra 5.565 municípios.

Novidade em relação ao ano anterior é Manaus
Em relação à mesma pesquisa de 2009, a novidade fica por conta de Manaus, que entrou para a lista dos municípios brasileiros que concentraram grande parte da geração de renda em 2010.
Em comum, segundo o IBGE, os municípios têm a maior concentração da atividade de serviços, exceto Manaus, cuja economia apresenta maior equilíbrio entre as atividades de indústria e de serviços. 

Maior PIB per capita é de São Francisco do Conde/BA
São Francisco do Conde, na Bahia, é o município com maior resultado per capita (PIB dividido pelo número de habitantes), com R$ 296.884,69. Esse valor é 15 vezes a média nacional, que foi de R$ 19.766,33 em 2010.
O município abriga a segunda maior refinaria de petróleo em capacidade instalada de refino do país. Porto Real (RJ) e Louveira (SP) ocupam a segunda e a terceira posição, respectivamente.

Menor PIB per capita é de Curralinho, no arquipélago do Marajó/PA
Já o menor PIB per capita em 2010 (R$ 2.269,82) foi verificado no município paraense de Curralinho. Localizado no arquipélago do Marajó, o município sustentava-se, segundo o IBGE, pela transferência de recursos federais: a administração pública participou com 61% do valor total.
Sobem exploradores do minério de ferro; descem produtores de soja
Segundo o IBGE, as principais mudanças de participação do PIB entre municípios em 2010 estão ligadas aos produtos agrícolas e minerais.
Os baixos preços dos produtos agrícolas impactaram principalmente os municípios produtores de soja, causando perda de participação no país, enquanto os altos preços dos produtos minerais, principalmente do minério de ferro, resultaram em maior participação dos municípios exploradores dessas atividades.

Maior queda - São Salvador do Tocantins/TO; maior alta: Catas Altas/MG
Considerando-se o ranking de participação de todos os municípios do país no PIB total, a maior perda de posição de 2009 para 2010 ocorreu em São Salvador do Tocantins (TO), que passou da posição 2.616 para 4.295. A queda foi causada pelo encerramento das obras de uma usina hidroelétrica no município vizinho de Paranã. O maior ganho de posição (de 2.973 para 1.119) foi registrado no município de Catas Altas (MG), onde as operações de extração de minério de ferro têm crescimento contínuo desde 2006. Em 2010, o alto preço do minério provocou aumento substancial da produção, segundo o IBGE.  (Fonte: Assessoria de Imprensa do IBGE)


Washintong / EUA
Fed amplia estímulos com novo enfoque para apoiar crescimento
O Federal Reserve, banco central norte-americano, ampliou suas medidas de estímulo à economia ontem, dia 12/12, expressando decepção com o ritmo da recuperação no emprego enquanto controversas negociações orçamentárias nos EUA elevam a incerteza sobre as perspectivas. A autoridade monetária substituiu um programa de estímulo mais modesto que vence no final do ano por uma nova rodada de compra de Treasuries que vai aumentar seu portfólio de ativos. O Fed se comprometeu a adquirir US$ 45 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA, além dos US$ 40 bilhões  em ativos hipotecários que começou a comprar em setembro. Em uma decisão surpreendente, o Fed também estabeleceu bandas numéricas como guias para sua política monetária, em uma medida que não era esperada antes do início do próximo ano.

O Fed disse ainda que deverá manter os juros oficiais quase zerados enquanto o desemprego permanecer acima de 6,5%, as projeções de inflação entre um e dois anos forem menores do que 2,5% e as expectativas de inflação no longo prazo permanecerem contidas. A autoridade monetária norte-americana notou que o desemprego se mantém elevado e que a inflação está abaixo do objetivo de 2%. "O comitê ainda teme que, sem afrouxamento suficiente, o crescimento econômico pode não ser forte o bastante para gerar melhora sustentável nas condições do mercado de trabalho", afirmou o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed em comunicado.
Autoridades também repetiram uma promessa de continuar a comprar bônus até que as perspectivas para o mercado de trabalho melhorem significativamente. Uma queda na taxa de desemprego para 7,7% em novembro, frente aos 7,9% registrados em outubro, foi gerada sobretudo por trabalhadores que deixaram a força de trabalho, e, portanto, não chegou perto de satisfazer essa condição.

Sob o programa "Operação Twist", que expira no final deste mês, o Fed estava comprando 45 bilhões de dólares em Treasuries com prazo mais longo com os recursos captados na venda de dívida com prazos mais curtos. A nova rodada de compra de ativos pelo governo anunciada ontem será financiada essencialmente por meio da criação de mais dinheiro, expandindo o portfólio de 2,8 trilhões de dólares do Fed. O chairman da instituição monetária, Ben Bernanke, discutirá a mais recente decisão da autoridade monetária em coletiva de imprensa às 17h15 (horário de Brasília).

Mirando a recuperação - O Fed praticamente zerou as taxas de juro em dezembro de 2008 e comprou cerca de 2,4 trilhões de dólares em bônus em esforços para reduzir os custos de financiamento e desencadear uma recuperação mais forte da economia dos EUA. Apesar dessas tentativas agressivas e não convencionais, o crescimento econômico norte-americano segue morno. O Produto Interno Bruto (PIB) avançou a uma taxa anualizada de 2,7% no terceiro trimestre, mas parece agora estar desacelerando de forma acentuada. Segundo levantamento da Reuters divulgado nesta quarta-feira, economistas esperam que a economia registre expansão de apenas 1,2% no último trimestre do ano. O setor corporativo adotou uma postura defensiva, temendo um arrocho na política fiscal à medida que políticos em Washington debatem possíveis soluções para evitar uma combinação de 600 bilhões de dólares em aumentos de impostos e cortes de gastos que passam a valer automaticamente no início de 2013. Bernanke alertou que essa combinação, conhecida como abismo fiscal, levaria a economia a uma nova recessão. Membros do Fed vão divulgar uma nova série trimestral de projeções econômicas e de juros às 17h (horário de Brasília) de ontem, podendo indicar mais uma rodada de revisões para baixo nas perspectivas de crescimento. Em setembro, o Fed estimou que a economia norte-americana cresceria de 2,5% a 3% em 2013, mas mesmo esse ritmo modesto começa a parecer otimista. Pesquisa da Reuters mostrou uma estimativa de crescimento de 2,1% no ano que vem.

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
IBRE divulga Sondagem de Investimentos de novembro
A edição do bimestre Outubro-Novembro de 2012 da Sondagem de Investimentos da Fundação Getulio Vargas consultou as empresas industriais brasileiras a respeito dos investimentos em capital fixo realizados no ano corrente e esperados para 2013. As empresas também informaram sobre tendências observadas e previstas para pessoal ocupado e vendas. Colaboraram nesta edição da pesquisa 936 empresas, responsáveis por vendas de R$561 bilhões. 

Avaliações em relação a 2012 - As avaliações feitas pelas empresas industriais em relação a 2012 mostram piora do ambiente dos negócios na comparação com o ano anterior: 43% das empresas afirmaram ter investido mais em máquinas e equipamentos e 28% reportaram redução dos investimentos. Em 2011, estas parcelas haviam sido de 54% e 20%, respectivamente. Em relação às contratações, 37% das empresas informaram ter aumentado o contingente de mão de obra em 2012, parcela inferior aos 43% registrados no mesmo período do ano passado. A proporção de empresas que cortaram postos de trabalho aumentou de 15% em 2011 para 23% este ano. Quanto ao faturamento, 54% das empresas apontaram crescimento das vendas reais em 2012, 8 pontos percentuais (p.p.) a menos que no ano passado; e 24% reportaram redução do faturamento em 2012 (15% em 2011).

PREVISÕES PARA 2013
Apesar do fraco desempenho recente do setor industrial e das incertezas em relação à economia mundial, as previsões para 2013 não podem ser qualificadas como pessimistas. Nas projeções para os quesitos Investimentos e Faturamento, houve ligeira melhora em relação às previsões realizadas no ano passado e uma melhora expressiva em relação às avaliações sobre o que ocorreu em 2012. Para o emprego, no entanto, as previsões são menos favoráveis que as feitas no ano passado. 

Investimentos - A parcela de empresas que programam aumentar os investimentos em capital fixo em 2013 ficou em 50% do total, enquanto 15% projetam redução. O resultado supera largamente as proporções das avaliações em relação a este ano (43% e 28%, respectivamente) e são um pouco melhores que as previsões feitas em outubro-novembro do ano passado em relação a 2012: 50% e 17%, respectivamente.
As previsões para a evolução dos investimentos no ano seguinte foram também realizadas de forma quantitativa, ao serem enquadradas em faixas de crescimento (ou redução). Entre as empresas que preveem investir mais, a faixa mais citada foi a de crescimento entre 5,1% e 10%, apontada por 32% das empresas (36% em 2012). Crescimento superior a 20% foi projetado por 26% das empresas, proporção 6 pontos percentuais superior à do ano anterior; evolução positiva entre 10,1% e 20% foi prevista também por 26% dos informantes (24% em 2012). Entre 0,1% e 5%, 16% projetaram crescimento, uma menor incidência em relação aos 20% do ano passado.

Pessoal Ocupado - As expectativas para contratações pela indústria em 2013 tornaram-se menos favoráveis este ano em comparação com as previsões feitas no bimestre outubro-novembro do ano passado para este ano: a parcela de empresas pretendendo contratar diminuiu de 36% para 32% e as que programam demissões aumentou de 10% para 12%.  Em relação ao ocorrido em 2012, 37% das empresas reportaram aumento do pessoal ocupado e 23%, diminuição.

Faturamento - As previsões para o faturamento em 2013 são mais favoráveis do que as feitas no ano passado. A parcela de empresas que preveem crescimento real das vendas no ano seguinte (descontada a inflação), passou de 69% em 2012, para 71% em 2013. A proporção de empresas que projetam diminuição do faturamento no ano seguinte passou de 8% para 6%.  O resultado observado em 2012 foi bem pior que as previsões feitas no ano passado: 54% das empresas registraram aumento e 24%, diminuição do faturamento. Entre as empresas que projetam aumento do faturamento, 44% acreditam numa taxa de crescimento na faixa entre 5,1 e 10%, com 42% no ano passado. Em seguida, vem a faixa de crescimento entre 10,1 e 20%, projetada por 28% das empresas, contra 29% em 2012. Crescimento entre 0,1% e 5% foi previsto por 17% das empresas (23% em 2012); e 11% projetam crescer mais de 20%, um aumento de 5 pontos percentuais em relação ao ano passado.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


São Paulo / SP
Inadimplência do consumidor tem 5ª queda em seis meses
O índice de inadimplência do consumidor apurado pela Serasa Experian caiu 0,1% em novembro ante outubro, mas avançou 13% sobre um ano antes, informou a empresa de análise de informações de crédito ontem, dia 12/12. Mesmo pequena, a queda na comparação mensal foi a quinta nos seis últimos meses, o que a Serasa credita à baixa taxa de desemprego e à queda dos juros. "Contudo, o endividamento ainda elevado dos consumidores e o comprometimento de renda igualmente alto continuam sendo os principais entraves para que a queda da inadimplência ocorra de forma mais acentuada", afirmou a empresa. As dívidas não bancárias - cartões de crédito, financeiras, lojas e concessionáias -, os protestos e os cheques sem fundo puxaram a queda do indicador, enquanto as dívidas com bancos impediram uma retração maior.  (Agência Reuters)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE - Fechamento:

Tóquio / Japão
Ações asiáticas atingem novas máximas antes de Fed
As ações asiáticas subiram nos pregões de hoje, dia 13/12, sustentadas pelo fortalecimento dos mercados acionários globais, esperanças de acordo nas negociações orçamentárias nos EUA e expectativas de mais estímulo do Federal Reserve, banco central norte-americano, quando terminar a reunião de dois dias mais tarde.

- O índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 0,73%, para o maior nível em 16 meses. O índice tem atingido máximas em 16 meses sucessivas desde 5/12.
- O índice Nikkei do Japão subiu 0,59% para encerrar na máxima em quase oito meses, liderado por ganhos nas ações de tecnologia e outros exportadores devido ao iene mais fraco.
- O índice de Seul encerrou em alta de 0,55% a bolsa de Taiwan avançou 1% enquanto o índice referencial de Xangai ganhou 0,39% e Cingapura subiu 0,75%.
- As ações australianas avançaram 0,17%, depois de se aproximar do maior nível em 17 meses, à medida que preços mais altos de commodities sustentaram o setor de recursos básicos.

Análise - "Não há dúvida sobre isso, a liquidez do Fed norte-americano é um bom guia para os preços", afirmou o chefe de pesquisa commodity do Mirae Asset Securities, em Hong Kong, Henry Liu. Embora as ações do continente chinês tenham continuado pressionadas, o mercado em Hong Kong avançou 0,80%, para o maior nível em 16 meses, apoiado por otimismo de investidores externos sobre a China.
Na China, "é difícil ter uma ideia clara do que está acontecendo, mas você pode deduzir que os investidores domésticos continuam relativamente pessimistas", afirmou um gerente de fundos de Hong Kong. O Fed deve anunciar uma nova rodada de compra de títulos como parte dos esforços para apoiar a frágil recuperação econômica do país, ameaçada por conflitos políticos sobre o orçamento governamental. O banco central parece certo tanto para ampliar suas compras de dívida hipotecária como substituir outro programa de estímulo com um novo período de criação de dinheiro.


ONTEM - Fechamento Bovespa, NY e Bolsas Europeias

São Paulo / SP
Bovespa fecha sessão em baixa mesmo com novo estímulo do Fed
A Bovespa descolou dos mercados internacionais e encerrou o pregão de ontem, dia 12/12, no vermelho, com ajustes em torno dos vencimentos de opções sobre o Ibovespa - principal índice de ações da Bolsa paulista - que inflaram o volume financeiro do dia. A notícia de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) ampliou seu programa de estímulos à economia chegou a impulsionar as ações brasileiras.
- Mas o Ibovespa perdeu fôlego na reta final do pregão e fechou em queda de 0,25%, a 59.474 pontos.

Análise - As ações preferenciais da siderúrgica Usiminas e da petrolífera Petrobras foram as principais influências negativas para o Ibovespa, com quedas de 3,95% e 0,7%, respectivamente. Os destaques foram a preferencial da mineradora Vale, que subiu 0,52%, e a ordinária da empresa de comércio eletrônico B2W, dona dos sites Submarino, Americanas.com e Shoptime, com alta de 7,1%.
Nesta semana, a B2W informou que sua controladora comprou um total de 2,2 milhões de ações no mercado em novembro, ampliando sua participação na varejista para 61,81% do capital.  Inflado pelo vencimento de opções, o volume financeiro da Bovespa foi de R$ 22,39 bilhões, o maior giro desde 13 de junho - quando o mercado movimentou o valor recorde de R$ 35,78 bilhões. "A decisão do Fed animou os mercados, mas a nossa Bolsa sofreu influência do vencimento", afirmou o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, em São Paulo.


Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA fecham quase estáveis após Fed alertar sobre "abismo fiscal"
As Bolsas dos EUA fecharam praticamente estáveis nos pregões de ontem, dia 12/12, anulando a maior parte dos ganhos do dia após o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Ben Bernanke, reiterar que política monetária não será suficiente para compensar os danos do "abismo fiscal". Suas declarações se seguiram ao anúncio de um novo plano de estímulo do Fed, que brevemente elevou o S&P 500 a uma máxima em sete semanas.
- O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, recuou 0,02%, para 13.245 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,05%, para 1.428 pontos. 
- O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,28%, para 3.013 pontos.

Análise - A medida do Fed, a mais recente tentativa de impulsionar a economia dos EUA, vai substituir um programa mais modesto que expira no final deste mês por uma nova rodada de compra de "treasuries", ampliando o portfólio da autoridade monetária. A ação é conhecida como QE ("quantitative easing"). Em declarações após o anúncio, Bernanke disse esperar que os mercados não tenham de despencar para que se chegue a um acordo para resolver o abismo fiscal.
"Inicialmente, a adição de QE era certamente favorável. Eu acredito, no entanto, que o que ficou aparente na coletiva de imprensa é que ainda há um nível de incerteza em relação à estratégica de saída e a eficácia da atual política monetária", disse o vice-presidente sênior do BB&T Wealth Management, Bucky Hellwig. "Ele reiterou o fato de que a política monetária tem suas mãos atadas quanto a lidar com a seriedade do abismo fiscal", disse Hellwig. A ação do Wal-Mart foi a que mais exerceu peso sobre o Dow Jones, perdendo 2,8%, para US$ 68,94, após o governo indiano anunciar um inquérito sobre a companhia.

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INDÚSTRIA

São Paulo / SP
Eldorado inaugura fábrica de celulose em Três Lagoas
A Eldorado Brasil, empresa controlada pela holding J&F, inaugurou oficialmente ontem, dia 12/12, as operações da fábrica de celulose construída em Três Lagoas/MS. A unidade tem capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas anuais de celulose branqueada de eucalipto e demandou investimentos de aproximadamente R$ 6,2 bilhões. A caldeira de recuperação da fábrica iniciou operação em meados do mês passado, mas somente na semana passada a unidade começou a produção comercial de celulose. A cerimônia realizada ontem em Três Lagoas confirmou as expectativas da Eldorado de iniciar a oferta de celulose para o mercado global a partir de dezembro. O planejamento da diretoria da Eldorado é destinar aproximadamente 90% da produção local para o mercado externo. A Ásia deve ser o principal destino, com aproximadamente 45% do volume, e outros 40% devem ser enviados à Europa. As Américas responderão pelo volume restante.
A unidade sul-mato-grossense é a primeira etapa de um plano ambicioso da Eldorado, de construir outras duas unidades de produção até 2021. Com isso, a companhia alcançaria capacidade total de 5 milhões de toneladas por ano, levemente abaixo da capacidade de 5,25 milhões de toneladas anuais da líder do setor, a também brasileira Fibria.  (Agencia Estado)


Da redação - São Paulo / SP
John Deere é eleita uma das 100 mais inovadoras do mundo
O ranking “Top 100 Global Innovator 2012” da agência avalia e homenageia aquelas companhias que criaram mais postos de trabalho, obtiveram os melhores desempenhos financeiros e investiram mais em investigação e desenvolvimento no ano anterior. "Inovação para nós é criar produtos e serviços que resolvam problemas reais e agreguem valor a nossos clientes e a nossa empresa", diz Samuel R. Allen, presidente e diretor executivo da John Deere. As 100 empresas são nomeadas de acordo com uma série de índices financeiros e conforme o desempenho em quatro áreas-chave: volume total de patentes, porcentagem de êxitos, influência e alcance global do portfólio.
Segundo Allen, a John Deere considera a inovação um fator de diferenciação, fundamental para a estratégia do negócio e para o crescimento sustentável da empresa. "Começamos a inovar há 175 anos com a invenção, pelo nosso fundador, John Deere, de um arado autolimpante. Investimos em inovação para ajudar nossos clientes a continuarem sendo altamente produtivos. Um exemplo é o aumento da nossa infraestrutura nos últimos seis anos. Passamos de um único centro de pesquisa na América do Norte para cinco centros globais de tecnologia e inovação”, afirma.

Sobre a John Deere - A John Deere é líder mundial no fornecimento de serviços e produtos avançados e está comprometida com o sucesso dos clientes, que cultivam, colhem, transformam e enriquecem a terra para enfrentar a crescente demanda mundial por alimentos, combustíveis, habitação e infraestrutura. Desde sua fundação, em 1837, a John Deere tem oferecido produtos inovadores de alta qualidade, contribuindo para a construção de uma tradição de integridade.  (Fonte: CDI Comunicação Corporativa)

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AGROBUSINESS

Da redação - Brasília / DF
Ministério atualiza processo de registro de estabelecimentos avícolas
Para simplificar procedimentos, diminuir entraves e esclarecer definições, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atualizou a Instrução Normativa (IN) 56/2007, dando celeridade ao processo de registro de estabelecimentos avícolas de reprodução e comerciais. Dentre as mudanças na norma, publicadas no Diário Oficial da União (DOU) na última sexta-feira, 7 de dezembro, está a exclusão da obrigatoriedade do uso de telas de proteção nos galpões do tipo californiano clássico ou modificado utilizados em granjas de postura comercial de ovos para consumo. A alteração baseou-se em estudo realizado pela Embrapa, que demonstrou a inviabilidade técnica de colocação da tela nesses tipos de galpões.
Esses estabelecimentos, entretanto, deverão seguir um padrão de manejo de biossegurança e realizar vigilância com colheita de amostras, visando a detecção precoce da entrada de doenças avícolas em seus plantéis. Isso porque esses estabelecimentos, juntamente com os que não se adequaram aos procedimentos de registro, representam um maior risco para a entrada e disseminação de doenças avícolas, por não terem implementado procedimentos mínimos de biossegurança. O modelo dessa vigilância diferenciada será definido até março de 2013, pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA).
Além disso, o Mapa reduziu a quantidade de documentos necessários para o registro. Conforme previsto pela IN 56/2007, granjas de reprodução devem apresentar a documentação para a Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento da sua unidade federativa e as comerciais para os órgãos estaduais de defesa sanitária animal.
A normativa de registro surgiu da necessidade de prevenir a entrada e a disseminação de doenças no plantel avícola nacional, sendo implantadas medidas de biossegurança nos estabelecimentos avícolas para que riscos, seja para sanidade avícola ou para a saúde pública, sejam mitigados.
Consequentemente, busca-se diminuir prejuízos econômicos e sociais acarretados pela ocorrência de um foco de doença. A IN, ainda, atende a uma necessidade de aprimorar os controles sanitários oficiais, uma vez que é crescente a demanda por alimentos de origem animal seguros para abastecer os mercados interno e externo. (Fonte: Assessoria de Imprensa do Mapa)


Da redação - São Paulo / SP
Nova alta aproxima frango vivo paulista dos R$3,00/kg 
Obtendo a terceira alta de cinco centavos do mês, o frango vivo foi comercializado ontem no interior paulista por R$2,95/kg. Em Minas Gerais onde, já no último sábado, o produto chegava aos R$3,00/kg, as negociações também foram desenvolvidas em ambiente extremamente firme, mas a cotação permaneceu inalterada. Como o momento é de grande demanda e o produto disponível, além de escasso, se encontra, na maioria dos casos, com um peso aquém do que é considerado normal, há condições para novas altas. Aliado a isso, o simples fato de esta última alta ter ocorrido em uma terça-feira, dia normalmente de poucos negócios, antecipa que nesta semana o frango vivo irá alcançar os R$3,00/kg em São Paulo e, com certeza, ultrapassar esse valor em Minas Gerais. Comparada com a cotação registrada há um ano, nesta mesma época, o frango vivo obtém agora um valor 34% superior. Embora o ganho seja expressivo, apresenta evolução aquém da apresentada pelos custos que – como mostraram ontem dados da Embrapa Suínos e Aves – registraram no ano e até 30 de novembro incremento de, aproximadamente, 40%. (Fonte: Avisite)


Da redação - São Paulo / SP
SP libera R$ 19 milhões para a Defesa Agropecuária
O governador Geraldo Alckmin autorizou a liberação de R$ 19 milhões para investimentos nos prédios, equipamentos e informatização da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O anúncio foi feito nesta terça, em Campinas, quando o governador também lançou a Guia de Trânsito Animal Eletrônica (e-GTA). Outros R$ 7 milhões foram liberados para o programa Melhor Caminho, dedicado à execução de obras em trechos de estradas rurais.
Alckmin também entregou 165 veículos 0km para a CDA e adiantou que em fevereiro chegarão à Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) 136 veículos 0km, para as atividades do Programa Microbacias II.
O pacote de benefícios teve ainda a entrega de tratores e implementos agrícolas para a Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (Apta), para a área de pesquisa. Os produtores rurais de Jarinu, Atibaia e região receberam ainda novas mudas de morango. "É uma boa maneira de trabalharmos em múltiplas áreas em benefício da agricultura de São Paulo", disse o governador.
(Fonte: Assessoria de Comunicação do Governo do Estado de SP)

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SETOR AUTOMOTIVO

Rio de Janeiro / RJ
Nissan poderá ter centro de pesquisa de R$ 400 milhões
A montadora de veículos Nissan planeja investir entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões em seu centro tecnológico no Brasil, disse ontem o presidente da empresa no País, François Dossa. Segundo ele, a empresa ainda não decidiu onde instalará o centro e deve bater o martelo em 2013. Dossa disse ainda que a expectativa da empresa elevar as vendas da marca em 15% no próximo ano, na comparação com 2012.
O desempenho é bem superior à previsão da Nissan para a indústria automotiva no Brasil no mesmo período, de alta de apenas 2% nas vendas. "Será um crescimento muito bom, ainda que não tão forte quanto o de 2011", frisou. "Não tenho informação, mas acho que o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) vai voltar para o que era antes e isso deve ter um impacto sobre o mercado", disse o executivo após participar do seminário Rio de Janeiro: The Gateway to Invest in Brazil (Rio de Janeiro: a Porta de Entrada para o Investimento no Brasil).
Dossa disse que a Nissan espera fechar 2012 com salto de 67% em suas vendas no Brasil, contra um mercado que deve crescer 5%, segundo a associação do setor (Anfavea). A maioria das vendas é proveniente de importações da unidade mexicana da montadora, já que a marca atualmente só produz alguns modelos compartilhando uma fábrica no Paraná com a aliada Renault. A Nissan está investindo R$ 2,6 bilhões ais na construção de uma fábrica de automóveis em Resende (RJ) com capacidade para 200 mil veículos por ano a partir de 2014. Perspectivas. Com a expectativa do fim do incentivo tributário, as montadoras brasileiras estão com previsões bem mais modestas de evolução nas vendas no ano que vem. A americana Ford anunciou recentemente que espera crescimento de 2% a 4% nas vendas de veículos no Brasil em 2013.  (Agências Estado e Reuters)

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SERVIÇOS e VAREJO

Nova Iorque / EUA
Avon vai cortar 1,5 mil empregos no mundo
A Avon anunciou na tarde de ontem, diua 12/12, que vai cortar cerca de 1.500 empregos globalmente e que vai sair dos mercados da Coreia do Sul e do Vietnã, como parte de um plano de recuperação anunciado em novembro.
No mês passado, a maior vendedora direta de cosméticos do mundo cortou seus dividendos em quase 74% e anunciou medidas para reduzir centenas de milhões de dólares em custos nos próximos anos, conforme a companhia continua a enfrentar dificuldades em seus mercados principais.
A companhia estima que a última etapa de reestruturação vá custar entre US$ 80 milhões e US$ 90 milhões antes de impostos, dos quais entre US$ 50 milhões de US$ 60 milhões devem ser registrados no quarto trimestre de 2012. Custos mais elevados de produtos, taxas de câmbio desfavoráveis e dificuldades em mercados como Brasil, Estados Unidos e Rússia continuaram a representar desafios para a Avon no terceiro trimestre, quando a empresa informou uma queda acentuada no lucro do período.  (Agência Reuters)

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COMÉRCIO EXTERIOR

Da redação - Brasília / DF
China deve elevar exportações em 8% em 2013
"O comércio exterior da China vai expandir lentamente em 2013, uma vez que fatores que dificultam a recuperação econômica global podem não desaparecer facilmente, enquanto o crescimento econômico da China vai se estabilizar", afirma o relatório publicado no China Securities Journal. Crescimento - As exportações da China cresceram 7,3% nos primeiros 11 meses de 2012 ante o ano anterior, enquanto as importações cresceram 4,1%, mostraram dados oficiais. O governo prevê crescimento de 10% para as exportações e importações combinadas este ano. Economia - A economia da China pode crescer 8% em 2013, com a produção industrial em expansão de 10,5%, informou a agência. A economia está no caminho para expandir em torno de 7,7% em 2012, ultrapassando o objetivo oficial de 7,5%. Fontes disseram à Reuters, na semana passada, que o governo provavelmente assumirá a meta de crescimento de 7,5% em 2013. IED - A China poderia ver aumento anual de 3% em Investimento Estrangeiro Direto (IED) no próximo ano, para 116 bilhões de dólares, acrescentou o relatório.

Vendas no varejo - As vendas no varejo da China devem crescer 14,6% em 2013, acelerando de 14,2% neste ano, graças ao aumento da renda que o governo estimula com reformas e medidas de urbanização, de acordo com as previsões.  (Fonte: Agência Brasil)

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TI, WEB e e-COMMERCE

São Paulo / SP
Na Black Friday brasileira, preços subiram em vez de cair
Uma pesquisa mostra com números o que os órgãos de defesa do consumidor suspeitavam pelas reclamações feitas por pessoas que compram em sites de comércio eletrônico. Na Black Friday brasileira, os preços das mercadorias subiram em vez de cair de cair. Nos dias 21 e 22 de novembro, período que antecedeu a megaliquidação que tenta repetir a fórmula de sucesso do varejo dos Estados Unidos, houve um reajuste de preços, em média de 8,5% na comparação com o período imediatamente anterior, de 12 a 20 de novembro. No dia da Black Friday propriamente dito, que foi 23 de novembro, a alta foi de 0,06%, em média. Os números fazem parte de uma pesquisa feita pelo Programa de Administração de Varejo (Provar) e da Felisoni Associados com a Íconna, empresa que desenvolveu o software para captar os preços de produtos idênticos nas lojas de comércio eletrônicos, a fim de apurar a inflação na internet.

A pesquisa foi realizada com uma dúzia de grandes lojas virtuais, que também têm lojas físicas no comércio tradicional. Foram pesquisados os preços de 1.728 produtos, entre eletrodomésticos, eletrônicos, bebidas, aparelhos de imagem e som e itens de informática. Claudio Felisoni De Angelo, presidente do Conselho do Provar e responsável pela pesquisa, frisa que o levantamento coletou preços de produtos idênticos e não considerou itens similares na avaliação. "Pelos resultados obtidos, pode-se dizer que não houve, de fato, promoção sob a chancela da marca Black Friday", observa o especialista em varejo. Ele lembra que o evento tradicional do varejo americano é marcado por reduções entre 40% e 50% nos preços das mercadorias.

A pesquisa mostra também que o único momento em que os preços recuaram foi depois da Black Friday, entre os dias 26 e 30 de novembro. Nesse período, houve uma queda de apenas 0,29% nos preços médios desse conjunto de produtos em relação ao dia do evento. Um recorte mais detalhado da pesquisa, levando em conta o movimento dos preços por número de itens e não a média, mostra que 600 produtos, ou 34,7% do total, tiveram os preços majorados antes do dia da megaliquidação no período avaliado a partir de 12 de novembro.

Já na data do evento os resultados são ainda mais eloquentes. Apenas 48 itens, ou 2,8% do total de produtos pesquisados, tiveram redução de preço. Nesse mesmo dia, 88 produtos, ou 5,1%, tiveram os preços majorados. Enquanto isso, a grande maioria (92,1%) ou 1.592 dos itens ficaram com preços estáveis. É que parte deles tinha tido aumentos antes da promoção.
Felisoni diz que os resultados dessa pesquisa mostram o quanto o consumo é emocional. "O varejo é o que parece, e não aquilo que realmente é." E ele alerta para que os consumidores tenham mais cautela, especialmente neste momento que antecede o Natal, marcado pela corrida às compras tanto em lojas físicas como nas virtuais.

Arranhão - Para os representantes do comércio virtual, o episódio da Black Friday brasileiro, que resultou na notificação da Fundação Procon-SP de sete grandes varejistas cobrando explicações sobre preços, não atrapalha as vendas online de Natal. "O consumidor está cada vez mais esperto", diz Maurício Salvador, presidente da ABComm, associação dos varejistas online. Na dúvida, a entidade lançou uma cartilha para os internautas, chamando atenção para as armadilhas. Uma delas, é desconfiar de descontos superiores a 15%. Cris Rother, diretora do e-bit, empresa especializada no setor, faz avaliação semelhante sobre os efeitos da Black Friday. Mas, pelo andar das vendas, ela acha que a receita do Natal, estimada em R$ 3,25 bilhões, não vai se atingida. E o crescimento esperado de 25% deve ficar em 20%.


Da redação - São Paulo / SP
Cisco investirá US$ 6 milhões para promover empreendedorismo no Brasil
Como parte de sua estratégia para fomentar a inovação e o empreendedorismo no Brasil, a Cisco anunciou ontem, dia 12/12, investimento de US$ 6 milhões no fundo de venture capital Monashees Capital, que foca em empresas de internet e educação online.  A intenção da Cisco é acelerar a introdução de novas tecnologias e fornecer vantagem competitiva por meio de investimentos iniciais nas rápidas inovações tecnológicas. Além disso, a empresa quer apoiar o desenvolvimento de pequenas e médias empresas de alto crescimento nos setores de tecnologia, mídia digital e telecomunicações. Em abril, a Cisco anunciou que direcionaria mais de R$ 1 bilhão ao longo dos próximos quatro anos no Brasil. Essa movimentação incluía o investimento em fundos de venture capital em alta tecnologia para fomentar o desenvolvimento de novas empresas brasileiras de tecnologia e empreendedorismo. A Monashees representa o segundo desses investimentos, após o primeiro de US$ 15 milhões na Redpoint e.ventures feito julho. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Cisco)


São Paulo / SP
Joint venture entre EMC e Lenovo renderá produção local de servidores
Em agosto deste ano, EMC e Lenovo estabeleceram uma joint venture para reforçar a presença no mercado de servidores e storage nas pequenas e médias empresas (PMEs). A estratégia começou pela China e está desembarcando no País, afirma o presidente da EMC Brasil, Carlos Cunha. 
“Por meio da aliança, a Lenovo vai começar a fabricar servidores em solo nacional em 2013, assim como já vem acontecendo na China”, explica. O executivo afirma que a única maneira de manter-se competitivo na área é estabelecer fabricação local. De acordo com ele, no mercado chinês a Lenovo é líder no segmento de servidores e PCs e no Brasil está entre a quinta e a sexta colocada. “A Lenovo já conta com uma fábrica no Brasil e tem investido pesado por aqui, especialmente após a compra da CCE. Ela será um forte parceiro para que possamos atingir a meta de ampliarmos a penetração com storage e servidores no Brasil em PMEs”, comenta Cunha. Como para da movimentação para ampliar a participação nesse segmento, a EMC está trabalhando com quatro distribuidores no Brasil: Officer, Avnet, Ação e Indra. “Estamos chegando ao mercado, mas precisamos de mais”, afirma Cunha.


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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA

São Paulo / SP
Passagens aéreas devem ficar 2,4% mais caras em 2013
Os preços das passagens aéreas devem iniciar em 2013 um movimento de alta em termos reais. É o que projeta a equipe da Tendências Consultores. Segundo estimativas da consultoria, os bilhetes devem ter elevação de 2,4% em termos reais (já desconsiderada a inflação estimada para o ano). Caso a projeção se confirme, será a primeira alta real do preço das passagens desde 2008. “Esse quadro de alta real nas passagens deve se manter nos próximos anos”, diz Cláudia Oshiro, responsável pelo estudo. Em termos nominais, a alta nos preços deverá chegar a 8,1%. Para 2012, a Tendências estima alta nominal de 3,9% nas passagens e retração de 1,3% em termos reais.
A mudança de cenário para 2013 está baseada, principalmente, pelo esforço das companhias aéreas em recompor suas margens , devendo, entre outras coisas, reduzir o número de acentos oferecidos, ao mesmo tempo em que a demanda deve crescer.

Do lado dos custos, a maior contribuição para o aumento das passagens em 2013 deve vir da desvalorização cambial, com impacto nos gastos com leasing, manutenção das aeronaves e preços dos combustíveis. A Tendências estima dólar a US$ 2,10 em dezembro de 2013 e preço de querosene de aviação (QAV) em leve alta de 1,8%. Para 2012, o combustível deve ter alta de 18%. “Outro fator de pressão nos custos das companhias aéreas é a tendência de contínua pressão salarial, dada o elevado peso que a folha de pagamentos representa no custo das aéreas”, diz Cláudia. Nos últimos três anos, os trabalhadores do setor aéreo tiveram ganho real de 4,3% nos salários, de acordo com dados do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), contra 10% da média da economia brasileira.

Já as projeções para a demanda apontam para retomada em 2013, após crescimento mais fraco em meados deste ano. A Tendências espera alta de 7,8% para voos nacionais e de 0,8% para os internacionais em 2012. Para o ano que vem, a alta deve ser de 6,5% para os domésticos e de 6,8% para os internacionais. (Fonte: iG São Paulo)

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ENERGIA

São Paulo / SP
BNDES endurece regras para financiamento de geradores de energia eólica
Os aerogeradores financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) por empresas vencedoras do próximo leilão de energia eólica, a ser realizado na próxima sexta-feira (14), deverão atender regras mais rígidas sobre conteúdo nacional de seus componentes.
Na sexta, a EPE realiza o leilão para compra de energia para 2017 (A-5), com predominância de usinas de energia eólica. Dos 525 projetos inscritos, 484 são de energia eólica, que poderão gerar 11.879 megawatts.

A partir de 1º de janeiro de 2013, os fabricantes de aerogeradores deverão atender ao menos três das quatro regras: fabricar torre com pelo menos 70% das chapas de aço fabricadas no país ou concreto armado de procedência nacional, fabricação nacional das pás em unidade própria ou de terceiros, montagem da nacelle (parte principal do equipamento) em unidade própria no Brasil e montagem do cubo (peça que envolve a nacelle) no país, com fundido de procedência nacional.

Até então, o banco cobrava 60% de nacionalização sobre projetos eólicos. Agora, será sobre máquinas e equipamentos eólicos que compõem o aerogerador. Por falta de cumprimento da medida anterior, cinco empresas fornecedoras dos equipamentos foram descredenciadas neste ano pelo BNDES Vestas, Suzlon, Acciona, Clipper e Siemens. Com a nova regra, elas poderão voltar ao banco como fornecedoras e receber os pagamentos.

Segundo comunicado divulgado na noite de ontem, dia 12/12, pelo banco, ao aderir às regras, os fabricantes de comprometem a ampliar de maneiro progressiva os componentes locais de seu processo produtivo, com cumprimento de todas as etapas até janeiro de 2016. O objetivo, segundo a direção do BNDES, é garantir mais atividade industrial no Brasil, incentivando a geração de emprego, receita e renda.

O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, considerou positivas as mudanças anunciadas pelo BNDES, mas observou que com mais restrições, os preços dos equipamentos tendem a aumentar.
"Isso já era esperado, os fabricantes já estavam negociando há algum tempo com o BNDES, ninguém foi pego de surpresa, é um dado positivo para o setor, mas vai impactar o preço", disse Tolmasquim.

Ele disse que os investidores acompanharam as negociações sobre conteúdo nacional entre o BNDES e os fabricantes desde que o banco descredenciou mais da metade dos fornecedores em atividade no Brasil.
"Na verdade, eles eram mais montadores do que fabricantes, importavam muita coisa, agora sim a indústria eólica vai crescer", disse. "A tendência é depois o preço cair novamente, com o surgimento de mais fornecedores."

A presidente-executiva da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), Élbia Melo, afirmou que as novas regras foram desenhadas em comum acordo com os fabricantes já credenciados pelo BNDES - GE, Wobben, WEG, Alstom e Impsa - e que o setor está preparado para atender às exigências. "As empresas descredenciadas, inclusive, iniciaram medidas para atender ao conteúdo nacional exigido e poderão voltar a negociar pelo BNDES", disse.

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TELECOM

São Paulo / SP
Brasileiro paga o maior tributo por minuto de ligação no celular
O minuto de celular no Brasil é de longe o mais tributado na América Latina, segundo pesquisa da consultoria Deloitte a pedido da GSMA (Associação do Sistema Global de Comunicação Móvel). Brasil aprova na ONU propostas para reduzir "roaming" internacional Segundo o relatório lançado nesta semana, o custo reduz o consumo de telefonia móvel, apesar da popularidade do serviço no país . A carga tributária sobre os serviços de telefonia móvel (pós e pré-pago) no país é de 37%, em média. Já na República Dominicana, segundo colocado, é de 27%.

Individualmente, o Brasil é o país com mais conexões de telefonia móvel, com 48% do total das linhas. Fechou o segundo semestre de 2012 com 260,4 milhões, mais de três vezes e meia o total do México, segundo colocado.
Esses números credenciam o país como o quarto maior mercado do mundo em linhas de celular, atrás de China, Índia e EUA. No entanto, segundo o relatório, o consumo médio de minutos está longe do topo na região.
A média brasileira é de 120 minutos ao mês, longe da do líder México, de 200 minutos.

O principal vilão apontado é o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços), aplicado pelos Estados. "O imposto no Brasil não é feito de uma forma clara para o cliente", diz Eduardo Levy, presidente do Sinditelebrasil (sindicato das operadoras). Embora as alíquotas estaduais variem de 25% a 35%, a fórmula como o imposto é calculado adiciona um acréscimo entre 33,3% e 54% do valor do serviço à conta final. "Não vou dizer que é um assalto, mas é um absurdo."

Segundo o relatório, a tributação da telefonia no Brasil pode ser equiparada à alta carga aplicada pelo governo ao tabaco e ao álcool para desencorajar o consumo. "Entretanto, a aplicação desse raciocínio no contexto dos serviços móveis que geram impacto social positivo não parece apropriado", afirma a entidade. Em 2011, o impacto total do setor de telecomunicações na economia foi de US$ 177 bilhões. O cálculo considera desde impostos pagos e empregos criados a acréscimos na produtividade de atividades empresariais como o m-banking e comunicação máquina-a-máquia (como as maquininhas de cartão de crédito).

O estudo conclui: a telefonia e banda larga móvel tem sido tratadas como "oportunidades significantes" pelos governos da região para promover uma inclusão social na América Latina, porém, "políticas que criam barreiras ao consumo e desencorajam o investimento no setor aparecem inconsistentes com esses objetivos". (Agência Folha)

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MERCADO DE LUXO

Da redação - São Paulo / SP
Venda de carros importados despenca em novembro
As vendas de carros das marcas sem fábrica no Brasil - as mais afetadas pelas medidas do governo para restringir as importações - fecharam novembro com o pior desempenho do ano, e a décima queda consecutiva nos emplacamentos, comparativamente a igual período do ano passado.
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MÍDIA e MKT

Rio de Janeiro / RJ
OGX, de Eike Batista, muda comunicação para melhorar imagem
A OGX, empresa de petróleo e gás do grupo de Eike Batista, alterou sua estratégia de comunicação ao mercado financeiro para se afastar da imagem de que promete mais do que faz. Em vez de promover todo indício de descoberta de óleo e provocar o ânimo dos investidores, irá se ater mais aos fatos e menos às projeções, disse o diretor Financeiro da empresa, Roberto Monteiro.

Apenas no futuro, quando a empresa tiver uma carteira de áreas em produção mais consolidada e ganhar corpo, passará, então, a informar o mercado sobre acontecimentos de curto prazo, como fazem as petroleiras de maior porte. O passo mais firme nessa mudança de rumo será dado no próximo ano. Ainda no primeiro semestre, a OGX irá contratar uma empresa para auditar as reservas provadas. A ideia é recolher as informações ao longo do semestre para, em seguida, lançar o primeiro relatório de reservas provadas, que poderá sair até junho ou se estender para o semestre seguinte. "A data de corte será o primeiro semestre", explicou o diretor da petroleira. A partir daí, a OGX lançará relatórios de reservas provadas a cada seis meses.

O primeiro documento já incluirá os ativos da bacia de Santos, onde a petroleira de Eike atua desde novembro, quando adquiriu 40% do bloco BS-4 da Petrobrás e passou a ser sócia de Queiroz Galvão, dona de 30% da área e operadora, e da Barra Energia, proprietária dos demais 30%. Apenas para colocar adiante este investimento, a OGX irá gastar de US$ 100 milhões a US$ 130 milhões no próximo ano, do total de US$ 1,2 bilhão que pretende investir em 2013.

Por enquanto, não há previsão de recorrer ao mercado financeiro para reforçar o caixa e fazer frente aos investimentos. O desenvolvimento do BS-4 foi pessoalmente garantido por Eike Batista, que, ainda na fase de decisão de compra de participação na área, ofereceu à petroleira até US$ 1 bilhão via operação "put", de subscrição de ações ordinárias da companhia ao preço de exercício de R$ 6,30 por ação. "Temos o direito da put, mas não quer dizer que iremos exercer. É um conforto. Um cheque especial sem juros", disse Monteiro, comparando Eike a um banco de custo nulo.  (Agência Estado)



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