Edição 797 | Ano IV


Rio de Janeiro / RJ
'The Economist' defende demissão de Mantega e da equipe econômica
Diante do resultado decepcionante do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no terceiro resultado, a revista The Economist subiu o tom contra as intervenções do governo brasileiro na economia e afirmou que a presidente Dilma Rousseff deveria demitir o ministro da Fazenda, Guido Mantega e substituir sua equipe econômica. A publicação afirmou, em texto não assinado intitulado "Um colapso da confiança", que Dilma "parece acreditar que o estado deve direcionar as decisões sobre investimento privado", citando as medidas recentes em relação aos bancos - em que o governo estimulou, por meios dos bancos públicos, a redução dos juros - e ao sistema elétrico, cujas novas regras estão causando controvérsia. "A preocupação é que a própria presidente é a 'interventora-chefe'. Mas ela insiste que é pragmática. Se for, ela deveria demitir o sr. Mantega, cujas previsões sempre otimistas causaram a perda da confiança dos investidores, e nomear uma nova equipe capaz de reconquistar a confiança nos negócios", afirmou a revista, lembrando que o crescimento do PIB do terceiro trimestre, de 0,6%, foi a metade do previsto por Mantega.

Apesar dos esforços do governo, não só em relação aos bancos e elétricas, mas de "outros fornecedores de infraestrutura", a revista destacou que o investimento teve queda nos últimos cinco trimestres, chegando a apenas 18,7% do PIB, contra 30% no Peru em 2011 e 27% no Chile e na Colômbia.
Isso porque os antigos motores da economia brasileira - os preços em alta das commodities e o consumo interno - estão arrefecendo. A revista diz que, para passar do modelo de crescimento baseado em consumo para o de crescimento baseado em investimento, será necessário reduzir o custo Brasil, "uma combinação de burocracia, impostos altos, crédito caro, infraestrutura em frangalhos e câmbio sobrevalorizado que faz o país ser dolorosamente caro para negociar". "O Banco Central pode ficar tentado a reagir aos números mais recentes com outro corte de juros. Seria um erro. Em vez disso, o governo deveria redobrar os esforços para cortar o custo Brasil, por exemplo, atacando as leis trabalhistas - e portanto deixando os espíritos animais do setor privado rugirem".

O artigo termina citando possíveis impactos dos resultados econômicos fracos na disputa eleitoral de 2014. Lembra que Fernando Henrique Cardoso foi recompensado por ter reduzido a inflação, e Lula se beneficiou das políticas que tiraram milhões da linha de pobreza. Quanto a Dilma, The Economist diz que ela parece acreditar que o emprego pleno e a alta dos salários serão suficientes para assegurar a reeleição, mas estes "dependem de crescimento renovado" e podem não convencer os eleitores. (Agência OGlobo)



Da redação - Brasília/DF e São Paulo/SP
Governo anuncia investimentos de R$ 54,2 bilhões em portos até 2017
O governo anunciou ontem a tarde, dia 6/12, investimentos de R$ 54,2 bilhões até 2017 para o setor portuário. A medida contempla ainda novas concessões, a centralização do planejamento dos portos na Secretaria de Portos, a criação de uma Comissão Nacional de Praticagem e aportes em dragagem e nas estruturas portuárias. Segundo a presidenta Dilma Rousseff, o objetivo é conseguir a "maior eficiência possível, com maior movimentação de carga e menor tarifa possível". "Esse programa de investimento em logística para o setor portuário é uma espécie de continuidade da abertura dos portos que, uma vez no passado, Dom João VI fez às nações amigas", afirmou a presidenta no anúncio. "É um passo para abrir os portos não mais às nações amigas, mas às forças produtivas do país e à iniciativa privada."
A presidenta afirmou que os R$ 54,2 bilhões serão obtidos a partir de investimentos públicos e também privados. O dinheiro será aplicado em arrendamentos e terminais de uso privativo (TUP), sendo R$ 31 bilhões em 2014 e 2015 e R$ 23,2 bilhões em 2016 e 2017. "Queremos uma explosão de investimentos no que se refere à expansão e melhoria dos portos quanto ao que se refere á parceria com setor privado", afirmou.
Os portos beneficiados são Espírito Santo, Rio de Janeiro, Itaguaí, Santos, Cabedelo, Itaqui, Pecém, Suape, Aratu e Porto Sul/Ilhéus. Também estão incluídos Porto Velho, Santana, Manaus/Itacoatiara, Santarém, Vila do Conde e Belém/Miramar/Outeiro, Porto Alegre Paranaguá/Antonina, São Francisco do Sul, Itajaí/Imbituba e Rio Grande. Outros R$ 2,6 bilhões serão investidos em acessos hidroviários, ferroviários e rodoviários e em pátios de regularização de tráfego nos 18 principais portos públicos brasileiros. O Ministério dos Transportes entrará com R$ 1 bilhão e o restante será executado por Estados e iniciativa privada.
As medidas anunciadas hoje incluem investimentos em dragagem, com contratos de até 10 anos, e também a criação de uma Comissão Nacional de Praticagem para regular o serviço. O ministro-chefe da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino, disse que o governo fará uma reorganização institucional, com aprimoramento do marco regulatório e eliminação de dificuldades para entrada e competição do setor. "Para isso, precisamos de investimento, novas concessões, todos os arrendamentos que estamos prevendo e investir recursos para melhorar acessos aquaviários e terrestres."

Histórico - O pacote portuário anunciado nesta quinta-feira se soma a outras medidas já tomadas pelo governo desde o começo do ano para impulsionar a economia brasileira. Só neste mês houve anúncios de desoneração da folha de pagamento de empresas da construção civil e a redução do prazo de incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para operações de financiamento externo. No final de outubro a presidenta Dilma Rousseff decidiu prorrogar as alíquotas menores do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A medida, anunciada em 21 de maio, com validade até o fim de agosto, foi estendida até 31 de outubro e, em seguida, até 31 de dezembro. Em setembro, o governo decidiu adotar medidas para diminuir a conta de energia elétrica dos consumidores comuns. A decisão, porém, encontrou resistência por parte das estatais de São Paulo (Cesp), Minas Gerais (Cemig) e Paraná (Copel). Com isso, a redução prometida de 20,2% na conta de luz deve se tornar, na prática, um corte de 16,7%. As rodovias e ferrovias também ganharam um pacote para tentar solucionar antigos gargalos de logística do País. O plano de concessões anunciado em agosto, de R$ 133 bilhões, teve como objetivo reduzir o Custo Brasil e tornar a economia brasileira mais competitiva. (Fonte: iG São Paulo)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
IAEmp recua em novembro
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), da Fundação Getulio Vargas, tem por objetivo antecipar movimentos do mercado de trabalho no Brasil com base em informações extraídas das sondagens do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV). Depois de duas variações mensais positivas em setembro e outubro, o IAEmp apresenta recuo de 0,4% em novembro, na comparação com o mês anterior. A suave queda parece sinalizar uma acomodação do indicador em patamar superior ao de três meses atrás, consolidando, desta forma, a tendência de aceleração da oferta de emprego nesta virada de ano, descontados os efeitos sazonais.  O Indicador Antecedente de Emprego da FGV foi criado como uma combinação ótima de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, tendo capacidade de antecipar os rumos do total de pessoas ocupadas no país. Para informações metodológicas adicionais, favor consultar a nota ao final deste press release. (Fonte: Assessoria de Imprensa FGV)


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

Da redação - São Paulo / SP
XP terá novo sócio, mas mantém plano de IPO
A corretora XP Investimentos confirmou ontem o acordo societário com o fundo de private equity americano General Atlantic (GA). No negócio, assinado há uma semana, a GA adquiriu uma fatia de 31% na XP, por R$ 430 milhões. Ao longo do processo a empresa foi avaliada em R$ 1,23 bilhão. A transação ainda está sujeita à aprovação do Banco Central e da Casa Civil. Pelo acordo, a XP fica com os outros 59% do negócio e o fundo inglês Actis, com 10%. Na composição societária anterior, a XP detinha 79,5%, enquanto a Actis tinha 20,5%. Segundo Guilherme Benchimol - fundador e controlador da XP, ao lado de Marcelo Maisonave - o primeiro contato com a General Atlantic ocorreu em março. A XP planejava abrir capital há cerca de um ano, mas acabou optando por buscar um sócio estratégico. "Com um IPO você busca dinheiro. Já um sócio estratégico traz dinheiro e inteligência para a empresa", disse Benchimol. Ele descarta a negociação com novos sócios daqui para a frente. O objetivo da XP com o acordo é melhorar sua governança e práticas na área de mercado de capitais, se valendo da experiência internacional da General Atlantic.
Além disso, a maior parte do montante pago pela GA será reinvestido para fortalecer as área de tecnologia, educação financeira e o quadro de agentes autônomos de investimento - que saltará de 1,5 mil para 3,5 mil até o fim de 2013. Benchimol acredita esse processo levará ao menos dois anos. Só depois a XP retomará o plano inicial de ir a mercado.
A XP projeta fechar este ano com um faturamento de R$ 400 milhões. Em 2013, a expectativa é de um salto de 50%, elevando a receita anual a R$ 600 milhões. De acordo com Benchimol, a maior parte da receita (50%) ainda vem do negócio de corretagem. O restante se divide entre a operação de fundos (15%), renda fixa (15%), seguros/previdência (6%), educação financeira (2%) e outros (12%). Nos últimos anos a XP vem fazendo esforços para diversificar sua atuação, se tornando um shopping de investimentos, por isso essa divisão tende a se alterar, com as operações em mercado de capitais ganhando espaço. "O projeto XP é acreditar que a forma como o brasileiro investe, que é confiar no gerente do banco, na poupança, vai mudar. O motor disso será a forte redução da taxa de juros", disse Benchimol. Em nota, o diretor responsável pela operação da General Atlantic na América Latina, Martin Escobari, disse que aposta na transformação do Brasil por uma nova era de juros mais baixos e o desenvolvimento de sua classe investidora.


Da redação - São Paulo / SP
Arrecadação é de R$ 14 bilhões até outubro
A Brasilprev, empresa de previdência privada do Banco do Brasil, arrecadou R$ 14 bilhões com os seus fundos em 2012 até outubro, de acordo com o presidente da companhia, Ricardo Flores. Ele não informou o porcentual de crescimento em relação ao mesmo período do ano passado. Mas, em relação a setembro, a alta foi de mais de R$ 1 bilhão. Segundo Flores, até setembro a companhia arrecadou R$ 12,4 bilhões, alta de 45% ante o mesmo intervalo do ano passado ante expansão de 29% do mercado. "Nosso resultado é fruto da estratégia e trabalho da Brasilprev", resumiu ele, em encontro com jornalistas. A Brasilprev tem quase R$ 62 bilhões em ativos sob gestão. A expectativa da companhia, segundo Flores, é encerrar 2012 com R$ 66 bilhões em ativos e crescimento de 32% ante uma alta de 22% do mercado. Esta é a primeira vez que Flores, ex-presidente da Previ (fundo de pensão dos funcionários do BB), concede entrevista à imprensa após ter assumido o comando da Brasilprev. Ele substituiu Sérgio Rosa, que deixou a companhia em maio último. Entre os acionistas da Brasilprev, está além do BB, com 74,9% de participação, o Principal Financial Group.

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MERCADO FINANCEIRO

São Paulo / SP
Santander rechaça rumores de venda do negócio no País
O banco Santander, via assessoria de imprensa, rechaçou ontem, dia 6/12, os rumores do mercado de que a operação brasileira estaria à venda. Segundo os boatos, que tiveram início na véspera e ganharam força no meio desta tarde, o Bradesco seria o provável comprador da instituição de origem espanhola. "Negamos veemente essa informação", informou a assessoria. O Bradesco também negou a informação de que estaria comprando o Santander. Na quarta-feira, dia 5/12, a matriz do banco confirmou à Agência Estado a informação de que a filial brasileira vai passar por um "ajuste" no número de funcionários, de forma a adequar sua estrutura ao "contexto competitivo da indústria". A matriz não disse, porém, o número de demissões previstas. A agência de notícias espanhola Europa Press, citando fontes da instituição financeira, cravou em 1.200 o número de demissões. Profissionais das mesas que citaram esses rumores não souberam relatar se consideravam a notícia crível, mas lembraram que os papéis do Santander estão sendo negociados a um preço baixo, bem inferior ao do IPO (sigla em inglês para Oferta Pública Inicial de ações), quando foram vendidos a R$ 23,50. Uma fonte informou que a origem dos rumores seria o sindicato de empregados bancários. Às 16h21, Santander Unit subia 0,35%, a R$ 14,40. (Agência Estado)

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INDÚSTRIA

Da redação - Porto Alegre / RS
Celulose Riograndense anuncia aprovação do projeto de expansão 
O presidente da Celulose Riograndense, Walter Lídio Nunes, foi pessoalmente ao encontro do Governador Tarso Genro, que está no município de Panambi cumprindo agenda da Semana de Interiorização-Prestação de Contas do Governo do Estado para informar em primeira mão ao governador a aprovação, pelo conselho Diretor da Compañia Manufacturera de Papeles e Cartones - CMPC (empresa chilena, proprietária da fábrica Celulose Riograndense, instalada em Guaíba), do projeto de expansão da unidade fabril gaúcha. O anúncio oficial foi feito pelos diretores acionistas da CMPC na manhã de ontem, dia 6/12, no Chile. 

Com um investimento de R$ 4,6 bilhões, aos quais deverão ser acrescidos mais R$ 300 milhões por fornecedores parceiros, totalizando R$ 4,9 bilhões, a fábrica de Guaíba, que atualmente produz 450 mil toneladas de celulose por ano, ampliará sua capacidade de produção para 1,75 milhão de toneladas/ano. Walter Lídio disse a Tarso Genro que, com a aprovação das diversas etapas do projeto, não há mais o que esperar para dar início às obras de expansão: “Começaremos a transformar a nossa área num canteiro de obras ainda no primeiro semestre de 2013. De acordo com o cronograma, a nova linha de produção entrará em operação plena no começo de 2015”, comemorou. 

Walter Lídio prevê a contratação de milhares de trabalhadores para a execução do projeto: “As oportunidades de trabalho na região vão se ampliar muito. Somente na fase de construção da nova fábrica, estimada em dois anos, serão contratados mais de 7 mil trabalhadores”. Ele garantiu ao governador que a empresa vai priorizar mão de obra local, tanto que, graças a um convênio com os Governos do Estado e Federal e SENAI, já está em pleno andamento o processo de qualificação profissional para moradores das cidades do entorno de Guaíba e da região metropolitana de Porto Alegre interessados em trabalhar na empresa.

Seguindo este princípio, a Celulose Riograndense também já realizou diversos encontros com fornecedores locais a fim de detalhar as necessidades de contratação de serviços e de insumos pela empresa após a expansão da unidade. “Nossa prioridade será a contratação de fornecedores locais, pois isso, além de baratear os nossos custos de produção, fomenta a economia local. Esta parceria com a comunidade de Guaíba e do entorno nos dá o aval social que necessitamos para continuar operando em solo gaúcho”, afirmou o presidente. 

Visando ao atendimento da futura demanda ampliada de produção, a empresa já havia dado início, também, à expansão da base florestal, através da implantação de 15 mil hectares de eucalipto e da recuperação de 18 mil hectares de florestas. “Já estamos investindo mais de R$ 40 milhões na execução de obras viárias no entorno da fábrica e no município a fim de melhorar a mobilidade urbana e de viabilizar a logística de transporte das cargas. Além disso, estamos em processo de migração do uso de óleo combustível para o gás natural na alimentação energética das nossas operações, o que deverá ser concluído antes de 2015”, disse o presidente. 

Sobre o projeto:
- Atualmente, a fábrica de Guaíba produz 450 mil ton/ano de celulose. Com a ampliação, passará a 1.750 mil ton/ano, com expectativa de 100% de comercialização da produção. A previsão para o início das operações comerciais é o 1º semestre de 2015;
- O valor total do investimento previsto será de R$ 4,6 bilhões, divididos em três grandes áreas: Industrial, Florestal e Infraestrutura;
- Durante a implantação do projeto, a previsão é que sejam criados mais de 7 mil postos de trabalho diretos e 17.100 indiretos, até 2015. Com a entrada em funcionamento da unidade, mais 2.500 empregos diretos serão criados;
- Os investimentos gerarão, durante a fase de construção, R$ 102 milhões de recolhimento de ICMS para o Estado. Com a entrada em funcionamento, esse valor passará para R$ 1,4 bilhão/ano;
- Ao todo, 40 municípios serão beneficiados pelos investimentos da Celulose Riograndense.
- Hoje, a empresa possui 214 mil hec de terras, dos quais 81 mil hec são destinados à preservação ambiental. A madeira que faltava para suprir o projeto de ampliação foi recentemente negociada com a Fibria e está disponível na zona sul do Estado. (Fonte: Vargas & Vieira Comunicação Associada) 


Oslo / Noruega
Norueguesa Yara comprará ativos brasileiros da Bunge por US$ 750 milhões
A empresa norueguesa de fertilizantes Yara International, uma das líderes mundiais do setor, anunciou hoje, dia 7/12, um acordo para a compra dos ativos brasileiros da americana Bunge por 750 milhões de dólares.
A transação envolve 22 unidades de mistura que produziram 4,8 milhões de toneladas de fertilizantes em 2011, com um resultado bruto operacional de 77 milhões de dólares, com um volume de negócios de 2,65 bilhões. (Agence France Presse / AFP)

Londres/Inglaterra e São Paulo/SP
‘Queremos recuperar mercado no Brasil’
A direção da Vale divulgou ontem a tarde, dia 6/12, a estimativa de que a companhia deve chegar ao ano de 2015 com participação de mercado de 29% no Brasil. "A Vale já chegou a ter mais de 70% do mercado de minério no Brasil. Por isso, é uma questão importante para nós recuperarmos market share no mercado interno brasileiro", disse o presidente da companhia, Murilo Ferreira. Ferreira comentou durante entrevista no "Vale Day" na capital inglesa que, dentro do esforço de voltar a ganhar mercado no Brasil, parcerias como a estabelecida com sócios coreanos na Companhia Siderúrgica de Pecém, no Ceará, são importantes. Ele chamou a atenção especialmente para o fato de que a nova usina está no Nordeste brasileiro, região que, segundo ele, deve apresentar expressivo desenvolvimento ao longo dos próximos anos. O executivo comentou ainda que o atual cenário macroeconômico é favorável à companhia, já que o real tem passado por um período de depreciação. "Ao contrário do que aconteceu no projeto da Thyssen, quando houve forte valorização da moeda", disse. (Agência Estado)

Porto Alegre / RS
AGCO diz que produção se estenderá até o Natal
O vice-presidente da AGCO para o Brasil, André Carioba, afirmou que a prorrogação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) ajuda no planejamento das empresas e dos produtores para as encomendas. "Quanto mais prazo, melhor. Sabendo a regra do jogo, é melhor pra todo mundo", afirmou. Segundo ele, devido à incerteza quando à prorrogação, anunciada no dia 5/12, pelo governo federal, muitos agricultores anteciparam pedidos de máquinas. "Teremos um dezembro atipicamente bom. Normalmente as fábricas paravam, e os funcionários entravam em férias coletivas. Neste ano, a produção vai até o Natal", afirmou. Por conta do aquecimento das vendas no segundo semestre de 2012, o executivo diz que o primeiro trimestre do próximo ano pode ser mais fraco. No entanto, se diz otimista quanto ao investimento por parte do setor produtivo: "Teremos uma safra muito boa, a melhor da história e os preços das commodities seguem em um patamar elevado", disse. (Agência Estado)

Da redação - São Paulo / SP
Grandes empresas lucram com o passado
Pegar uma Itubaína na geladeira antiga da vovó e sentar na sala para brincar de Genius pode parecer uma descrição dos anos 80. O cenário, porém, é perfeitamente possível nos dias de hoje para quem estiver disposto a colocar a mão no bolso. Uma garrafinha de 355 ml do refrigerante pode ser comprada em redes de supermercado e bares por cerca de R$ 2, uma geladeira com design retrô custa em média R$ 8 mil e para brincar de Genius é preciso gastar pelo menos R$ 140. “São produtos classe A que apesar do design vintage são modernos por dentro e têm bastante tecnologia”, diz Mario Fioretti, gerente-geral de design e inovação da Whirlpool Latin America, dona das marcas Brastemp e Consul. A Brastemp ganhou uma linha retrô de frigobar, geladeira e fogão. “Nossos consumidores querem mais do que uma caixa branca quadrada para refrigerar alimentos”, diz Fioretti. “Eles querem produtos que reflitam sua personalidade”.

Os produtos vintage fazem sucesso há alguns anos em mercados internacionais, mas chegaram ao Brasil recentemente. “Nós costumamos monitorar tendências no comportamento dos consumidores e percebemos que na indústria de bens de consumo brasileira a tendência retrô seria bem sucedida”, diz ele. Apesar de gostar da aparência antiga, o consumidor, no entanto, pede tecnologia. Maior fabricante de brinquedos do Brasil, a Estrela costuma relançar produtos atualizados. “Para nós, o relançamento de brinquedos clássicos é uma pratica comum”, diz Aires Leal Fernandes, diretor de marketing da empresa. “Na maioria das vezes, porém, fazemos modificações, porque as crianças estão muito informadas e ligadas em tecnologia”.

Com a proposta de repaginar os clássicos, a Estrela acaba conquistando pais e filhos. “Os adultos compram o brinquedo porque ele desperta sua própria memória afetiva, e a eletrônica que aplicamos agrada as crianças de hoje”, diz Fernandes. Para o ano que vem, a companhia fará uma exceção e relançará um dos campeões de venda da sua história sem nenhuma modificação. “O Genius vai ser vendido com a mesma embalagem dos anos 80, ele era o brinquedo mais pedido por nossos clientes na central de atendimento”.
Repaginar também foi a palavra de ordem para a Itubaína. “O refrigerante já é um produto tradicional, com 58 anos de mercado”, diz Bruno Piccirello, gerente de produtos não alcoólicos da Brasil Kirin, a antiga Schincariol. “Em 2008, pegamos a originalidade e tradição da marca e decidimos dar uma nova roupagem, propor uma nova experiência de consumo”.

Apesar de o termo retrô e das referências clássicas utilizadas nas embalagens, a linha foi pensada nos consumidores modernos. “Tem um pouco a ver com lembranças da infância e a remissões do passado, mas a apresentação é bastante jovem”, diz Piccirello. A Itubaína cresceu 58% nas vendas nesse ano. A Brasil Kirin pretende expandir a linha principalmente no estado de São Paulo, berço da bebida e onde ela tem um apelo afetivo maior com os consumidores. No setor alimentício, a rede de lanchonetes fastfood McDonald’s também quer ganhar consumidores pela nostalgia. Neste mês, em todos os restaurantes da rede que servem café da manhã, o cliente que comprar um combinado de bebida quente, acompanhamento e suco ganha uma peça de jogo americano em estilo vintage.

Os produtos “antigos” estão em todos os setores, do alimentício ao automotivo. “O design vintage não é um modismo, é uma segmentação do comportamento dos consumidores”, diz Fioretti. “Há uma necessidade do mercado de se fragmentar e ter mais ofertas, não é só uma tendência”. Para o professor de Gestão de Marcas e Marketing estratégico da ESPM, Marcos Bedendo, “as empresas investem na estética antiga por uma questão de diferenciação de mercado”.

Nesse cenário, são favorecidas empresas que já tinham em suas linhas embalagens tradicionais. Algumas  modernizaram suas linhas de produção, mas mantiveram os pacotes originais disponíveis aos consumidores. “A embalagem de madeira está viva até hoje por ser um resgate de nossa história, ela ainda tem muita aceitação”, diz Alexandre Delmanto, superintendente de marketing da Catupiry, sobre a primeira embalagem do queijo criada há 100 anos. “Os consumidores assimilam o produto a própria história de vida deles, lembram-se de momentos felizes, momentos com a família, ela tem um forte apelo emocional”.
A Catupiry vende 3 mil embalagens de madeira por mês. Ela custa cerca de R$ 15, o mesmo que a embalagem de plástico, e é vendida apenas em lojas próprias da companhia. “Normalmente, são consumidores mais velhos que compram o produto, as gerações mais novas preferem o copo de requeijão ou a embalagem de saquinho”, diz Delmanto.

O mesmo acontece com a Aviação Laticínios, a fabricante da manteiga Aviação. “Ainda vendemos nossa primeira embalagem, mas a refrigeração ganhou espaço e hoje, manteigas refrigeradas vendem mais”, diz Ana Luiza Rezende Pimenta, diretora da companhia. “O consumidor mais tradicional, aquele que via a manteiga na casa do avô, prefere a lata”. Criada há 92 anos, a embalagem em lata, apesar de não ser a mais vendida, ainda é significativa no faturamento da Aviação. “Ela tem aquele charme e a vantagem enorme de poder ficar fora de geladeira no ponto de venda”, diz Ana Luiza. “As pessoas compram muito, principalmente para decoração”. Apesar de o público cativo, a Aviação vai investir em uma repaginação do produto, assim como a Whirpool, Estrela e Brasil Kirin. “Não sabemos como as pessoas vão receber a mudança”, diz ela. “Vai dar uma mudadinha, para melhor com certeza. Vai continuar retrô, mas com alguns detalhes modernos”. (Fonte: iG São Paulo)

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AGROBUSINESS

Da redação - Brasília / DF
Produtores de trigo voltam a criticar concorrência com a Argentina
Na Câmara, produtores pedem política pública sólida para o setor. Deputado Luis Carlos Heinze propõe criação de grupo de trabalho para debater o assunto com os ministérios da Agricultura, das Relações Exteriores e da Indústria e Comércio. Em debate na Câmara sobre as políticas agrícolas do Brasil dentro do Mercosul, realizado nesta quarta-feira (5), o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Sérgio Silva do Amaral, afirmou que o produtor de trigo precisa de proteção contra a “concorrência desleal da Argentina”. Segundo ele, a farinha de trigo da Argentina entra no Brasil com preço abaixo do preço de mercado. “Com isso, o crescimento da exportação da farinha de trigo da Argentina para o Brasil cresceu 332%”, afirmou.
Ao concordar com Amaral, o presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, ressaltou que o Brasil tem potencial para produzir mais trigo, mas falta política pública para o setor.
Os debatedores participaram de audiência pública promovida pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, e requerida pelos deputados Eduardo Sciarra (PSD-PR), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Moreira Mendes (PSD-RO) e Eleuses Paiva (PSD-SP).

Vontade política - Koslovski destacou as medidas necessárias para aumentar a produção nacional de trigo. Entre elas, vontade política para inserção do produto na pauta do agronegócio; interação entre todos os atores da cadeia do trigo; definição de política de comércio externo, especialmente no Mercosul; e políticas públicas claras para o cereal. Neste ano, informou o presidente da Ocepar, a área cultivada do produto foi de 1,88 milhão de hectares, “quando o potencial é de 5 milhões de hectares”. Já a estimativa da produção é de 5,2 milhões de toneladas para um potencial de 14 milhões. Segundo Koslovski, com uma política consistente para o setor, a demanda interna seria suprida. “Por causa da falta de estímulo, a produção de trigo no Paraná caiu 30% nas duas últimas safras”, alertou.

Grupo de trabalho - Na tentativa de encontrar uma solução para o problema, Luis Carlos Heinze propôs a formação de um grupo de trabalho para debater o assunto com os ministérios da Agricultura, das Relações Exteriores e da Indústria e Comércio. O diretor de Assuntos Comerciais da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Benedito do Espírito Santo, afirmou que o ministério está à disposição para discutir as dificuldades do setor de trigo e buscar uma solução. Por sua vez, Orlando Leite Ribeiro, chefe da Divisão de Agricultura e Produtos de Base do Ministério das Relações Exteriores, adiantou que a melhor solução para o problema seria investir no setor produtivo. Em sua avaliação, a imposição de medidas antidumping teria impacto indesejado para a indústria brasileira, que exporta outros produtos para a Argentina. (Fontes: Assessoria de Imprensa da Câmara e Agência Câmara)


Da redação - Brasília / DF
Mal da Vaca Louca é nova polêmica no Brasil
O governo brasileiro informou à Organização Mundial de Saúde Animal que encontrou sinais de príons assintomáticos na necrópsia de uma vaca morta no Paraná. Os príons são uma espécie de proteína associada ao chamado "Mal da vaca louca". Segundo o governo brasileiro o animal não morreu da doença. E a Associação Mundial de Saúde Animal deverá informar que não há riscos de contaminação pela carne consumida ou exportada do país. Mas os produtores, especialmente do Paraná e de São Paulo, temem que a notícia afete as vendas do produto.


Da redação - São Paulo / SP
Em São Paulo frango vivo tem a primeira alta de dezembro
Ontem, negociado em mercado absolutamente ajustado, o frango vivo disponibilizado no interior paulista obteve alta de cinco centavos e foi comercializado por R$2,85/kg. Em Minas Gerais as negociações foram desenvolvidas em terreno similar, mas o preço praticado permaneceu estável em R$2,90/kg. Pode ser reajustado nesta quinta-feira. Pairava, já, certa ansiedade no mercado, porquanto, após seis ajustes no curto espaço de 13 dias, fazia quase uma semana que nada de novo ocorria. Mas, sabia-se, era apenas questão de tempo, pois as condições de abastecimento permanecem inalteradas, com as ofertas restritas a produto criado especificamente para venda no mercado independente e com volume bastante inferior ao de períodos anteriores, pois a elevação dos custos reduziu drasticamente o número de produtores operantes nesse segmento ou, então, obrigou-os a diminuir o volume de aves em criação. Sob tais condições não vai risco nenhum na afirmação de que a alta de ontem foi apenas a primeira de dezembro. Com certeza, antes do Natal, novos ajustes ocorrerão. (Fonte: Avisite)

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SERVIÇOS e VAREJO

São Paulo/SP e Rio de Janeiro/RJ
Shoppings sorteiam até Ferrari de R$ 1,5 milhão no Natal
Além das decorações natalinas, os shoppins do país apostam nos sorteios de fim de ano para atrair os consumidores e alavancar as vendas. Os prêmios mais disputados são os carros, e neste ano os cupons podem render até uma Ferrari California 4.3 GT conversível, avaliada em R$ 1,45 milhão. O carro será sorteado no shopping Iguatemi Salvador, na Bahia. Com a promoção, o shopping espera um aumento de 15% no volume de vendas em relação ao ano passado. De acordo com o superintendente do estabelecimento, Sérgio Magalhães, a boa expectativa de vendas também é relacionada a uma redução da inadimplência após o pagamento do 13º salário. Segundo pesquisa da Serasa divulgada em novembro, o nível de inadimplência do consumidor deverá manter queda em 2013. Em outubro, as vendas dos shopping centers brasileiros cresceram 5% na comparação com o mesmo mês de 2011, segundo a associação que representa o setor no país, a Abrasce. Para dezembro, a estimativa de crescimento é de 15% em relação ao mesmo período do ano passado.

Compras x cupons - Para participar dos sorteios dos shoppings, os consumidores precisam gastar. Os valores mínimos para conseguir um cupom e concorrer aos prêmios variam, mas costumam partir de R$ 200. Este é o caso, por exemplo, do Shopping Bonsucesso, em Guarulhos (SP). O centro de compras sorteia, no dia 3 de janeiro, um Toyota Etios 1.3. No Iguatemi Salvador, o cliente precisa gastar R$ 300 para trocar por um cupom da promoção. A Ferrari será sorteada também no dia 3. Outros locais também sorteiam carros de luxo, como o shopping Cidade Jardim, em São Paulo, que tem como prêmio um Lexus, modelo 350RX. O Barra Shopping, no Rio, é outro exemplo, com sorteio de seis carros BMW 320i, avaliados em R$ 130 mil cada.

Bichinhos e viagens - Além dos carros, que já chamam a atenção no meio dos corredores dos shoppings, alguns locais de compras estão sorteando viagens e também fazem promoções sem sorteios, em que as notas fiscais valem brindes. O Norte Shopping, no Rio, sorteia três viagens a Orlando (EUA) com três acompanhantes, com despesas pagas (aéreo, alimentação, transporte, hospedagem e parques da Disney). A promoção acontece até dia 26 de dezembro e, para participar, é preciso juntar R$ 300 em notas fiscais. Os sorteios acontecem nos dias 14 e 26 de dezembro. Em São Paulo, a cada R$ 350 em notas fiscais em compras realizadas nas lojas dos shoppings Metrô Boulevard Tatuapé e Metrô Tatuapé, o consumidor ganha um bicho de pelúcia.
(Fonte: Agência UOL)


São Paulo / SP
Número de varejistas que fatura mais de R$ 1 bilhão no Brasil cresce 32%
O clube de empresas bilionárias do varejo brasileiro cresce em ritmo acelerado. Em 2011, 58 companhias tiveram faturamento anual igual ou maior que R$ 1 bilhão, ante 44 em 2010, revela o ranking das 100 maiores empresas varejistas nacionais feito pelo Instituto Brasileiro dos Executivos do Varejo (Ibevar). A consolidação de empresas regionais, somada à taxa de crescimento das varejistas na casa de dois dígitos e à formalização de muitas companhias, explica esse aumento do número de empresas bilionárias, afirma Eduardo Terra, vice-presidente do Ibevar. Para este ano, a perspectiva é que 70 companhias façam parte desse grupo, prevê Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar.
"Faturar o primeiro bilhão de reais é como atingir a maioridade", compara Jorge Inafuco, gerente de empresas de varejo da PricewaterhouseCoopers (PWC), que apoiou a pesquisa. Ele explica que muitas indústrias não vendem diretamente para varejistas com vendas abaixo de R$ 1 bilhão. Para essas empresas, os fabricantes comercializam seus produtos por meio de atacadistas. Por isso, galgar essa posição representa uma grande mudança para a varejista, até em termos de custos. Felisoni pondera, no entanto, que fazer parte desse grupo que vende mais de R$ 1 bilhão por ano não significa que a empresa seja rentável. "Sinais de mercado nem sempre são coisas racionais que refletem a rentabilidade", adverte o especialista. Ele compara essa chancela à informação sobre por qual escola o médico foi diplomado quando se vai a uma consulta. Uma escola de renome é uma referência positiva, mas não é tudo.
Na análise de Felisoni, esse movimento de consolidação entre empresas varejistas deve avançar, e não se trata de uma anomalia em relação ao que ocorre no resto do mundo. "Hoje, há uma queda dramática nos custos de informação sobre os produtos e isso reduz as margens de ganho." Por isso, explica o presidente do Ibevar, os varejistas têm de ampliar a extensão de vendas ou territorialmente, comprando concorrentes e abrindo lojas, ou buscando novos canais, como a internet.
No ano passado, o varejo de bens, excluindo veículos e combustíveis, movimentou R$ 1,049 trilhão e o faturamento das 100 maiores companhias respondeu por 25% desse total. Esse resultado é um ponto porcentual acima da participação registrada em 2010 (24%). O dado confirma o processo de consolidação do varejo que está em curso.
Ranking - O Grupo Pão de Açúcar continua no topo do ranking das empresas varejistas, com faturamento de R$ 46,5 bilhões, muito superior ao do Carrefour, Walmart e Lojas Americanas, que vêm na sequência. De 2010 para 2011, não houve alterações dos quatro primeiros colocados. As mudanças começam a partir do 5.º lugar, com a Máquina de Vendas, que subiu duas posições em relação à lista de 2010. A chilena Cencosud ascendeu do 8.º para o 6.º lugar. E O Boticário ficou em 8.º lugar, porque o ranking começou a considerar franquias. O Magazine Luiza caiu da 6.ª para 9.ª posição entre as dez maiores, e a Raia Drogasil ficou estacionada no 10.º lugar. (Agência Estado)

Nova Iorque / EUA
Fedex terá o melhor dia da sua história
A Fedex estima que na próxima segunda-feira, dia 10/12, será o dia mais movimentado na história da empresa, fundada em 1971. A companhia americana prevê entregar 19 milhões de encomendas pelo mundo, 10% acima do dia mais movimentado do ano passado e o dobro das entregas de um dia normal. O período entre o feriado de Ação de Graças, que caiu em 22 de novembro, e o Natal é sempre o mais movimentado para a Fedex. Em 2012, a empresa preve entregar 280 milhões de pacotes nesse intervalo, alta de 13% em relação a 2011. O pico ocorre na chamada Green Monday, a segunda segunda-feira de dezembro, quando se inicia a principal semana de vendas de Natal. “O crescimento ano a ano do nosso volume do período de Natal se deve a vários fatores, incluindo o crescimento contínuo do e-commerce global e o aumento modesto de gastos dos consumidores”. Mike Murkowski, vice-presidente Sênior de Operações para a América do Sul. No ano passado, a Green Monday caiu em 12 de dezembro, quando foram entregues 17,2 milhões de encomendas. Segundo executivos da empresa, em entrevistas a jornais americanos, o crescimento das vendas online é um dos responsáveis pelo aumento no número de entregas.  A Fedex e prestadores independentes de serviço contrataram mais de 20 mil trabalhadores temporários para dar conta das encomendas de final de ano. Além disso, funcionários de várias divisões da companhia precisarão fazer horas extras no período. Neste fim do ano, a Fedex terá mais de 300 mil funcionários, 600 aeronaves e 90 mil veículos envolvidos nas entregas, em 220 países. A empresa é sediada em Memphis (EUA), tem ações negociadas na bolsa de Nova York desde 1978 e faturamento anual em torno de US$ 43 bilhões. Em maio, a companhia comprou a brasileira Rapidão Cometa. O valor não foi revelado, mas se tratou do  maior negócio global da Fedex no ano.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Da redação - São Paulo / SP
Rússia e aliados próximos definem quotas para importação de carnes em 2013
Com a entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio (OMC), em vez de, ele próprio, continuar estabelecendo quotas para a importação anual de carnes, como faz há mais de uma década, o governo russo recorreu a um organismo local superior para essa tarefa, envolvendo parceiros próximos no sistema. Dessa forma, por intermédio da Comissão Econômica Eurasiana (identificada pela mesma sigla da Comunidade Econômica Europeia – em inglês, EEC – mas congregando os países que integraram a ex-URSS) foi introduzido no bloco o mesmo sistema russo de quotas de importação de carne. Mas em vez de abranger todos os países do bloco, ele se restringe apenas à União Aduaneira formada por Belarus, Cazaquistão e Rússia.  As notícias divulgadas apontam as quotas de importação mostradas na tabela abaixo. Segundo análise do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), Belarus e Cazaquistão reduziram suas quotas para carne avícola em 27% e 9%, respectivamente, enquanto a quota russa foi aumentada em cerca de 6,5%.

Da redação - São Paulo / SP
EUA reduz volume exportado de milho em 85% em três meses
Com isso, mercados da América do Sul devem ganhar mais espaço devido à baixa oferta do grão. "Os Estados Unidos devem ter uma safra de 100 milhões de toneladas menor. E eles devem desovar a produção logo no início do ano. O que deve acontecer é a maior procura dos importadores mundiais por outros mercados como o Brasil e a Argentina. Os Estados Unidos devem colocar o pé no freio até que seja definido o consumo interno e depois devem voltar a exportar, se tiverem estoque", explicou o analista de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleber Noronha.
Ainda conforme o Imea, a oferta com valor menor em relação ao produto norte-americano fará que as vendas sejam melhores. O preço de venda dos EUA no porto, em média, está R$ 41,80/saca enquanto no Brasil o preço médio para exportação é de R$ 37,80/saca, ou 9,6% inferior.
Além do bom preço de venda, o Brasil também conseguiu se destacar no volume de embarques. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), de janeiro a outubro a quantidade exportada pelo Brasil aumentou 140%, se comparado com o mesmo período do ano passado. Somente Mato Grosso participou com 43% do total, liderando as vendas externas no país. A comercialização no exterior, no acumulado de 2012, já atingiu 13,1 milhões de toneladas.
E o Brasil já está sentindo os efeitos desta movimentação, segundo o Imea. O preço do milho aumentou 1,8% na quarta semana de novembro, chegando no dia 27 ao valor de R$ 27, correspondendo a US$ 7,60/bushel, mas que acabou encerrando a semana em baixa. "O milho é muito influenciado por fatores do mercado interno. E esta alteração no mundo causou um pequeno impacto. O aumento foi de 50% nos preços, mas isso pode aumentar nos próximos meses até a colheita do milho. E a média de preço do milho no estado está em torno de R$ 19", destacou Cleber Noronha. (Fonte: Agrodebate)

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TI, WEB e e-COMMERCE

Seattle / EUA
Amazon lança loja virtual do Kindle no Brasil
A varejista norte-americana Amazon lançou ontem, dia 6/12, no Brasil a loja de livros virtual Kindle Store, que comercializará em reais mais de 1,4 milhão de títulos, entre eles 13 mil no idioma português. Segundo a Amazon, o aparelho para leituras Kindle começará a ser vendido no País nas próximas semanas com o preço sugerido de R$ 299. "Estamos animados para lançar essa nova Kindle Store para consumidores brasileiros, oferecendo os best-sellers mais populares de muitos dos grandes autores nacionais", afirmou Alexandre Szapiro, vice-presidente do Kindle.
A Kindle Store também está presente nas lojas de apps do Android (Google Play) e dos aparelhos da Apple (iOS) agora em português. "Está tudo disponível em português para você comprar e ler em qualquer plataforma que você quiser. A sincronização entre os aparelhos é perfeita. Você lê no seu iPad, continua no Kindle (e-reader) e recomeça em outro aparelho no ponto onde você parou", diz o vice-presidente global do Kindle, David Naggar.
O Kindle é R$ 100 mais barato que o e-reader Kobo, recentemente lançado no Brasil em parceria com a Livraria Cultura. Uma das diferenças entre os dois é que Kobo tem tela sensível ao toque e o Kindle, não. Por enquanto, a Amazon venderá no País apenas a versão mais simples do Kindle, que custa US$ 69 nos Estados Unidos. A empresa não diz quando os outros modelos da linha Kindle, como o Fire (tablet) ou o PaperWhite (e-reader com luz embutida) serão vendidos. Faz parte da estratégia da Amazon manter sigilo sobre seus planos no mercado. Nos Estados Unidos e nas outras regiões em que atua, a companhia mantém a mesma postura. (Agência Estado)

Da redação - São Paulo / SP
Stefanini investe para se tornar uma empresa de mais de R$ 2 bilhões em 2013
A Stefanini está próximo de se tornar uma empresa de 2 bilhões de reais. A companhia vai encerrar 2012 com faturamento de 1,9 bilhão de reais, com aumento de 50% sobre 1,2 bilhão movimentado no ano passado. Para 2013, a prestadora de serviços de TI, espera crescimento moderado entre 12% e 15%. As principais apostas são serviços na nuvem, Big Data e mobilidade.
A cautela com as previsões para o próximo ano, segundo Marco Stefanini, CEO global da companhia, é em razão do cenário econômico desfavorável por conta da crise na Europa e Estados Unidos e também por causa da queda do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. São fatores que deverão refletir na compra de serviços de TI pelo mercado corporativo. “O Brasil está em fase de ajustes e achamos que em 2013 o mercado não terá o mesmo fôlego que teve em 2012. Por isso estamos mais conservadores”, ressalta o executivo.
Ao avaliar o crescimento de receita de 50% em 2012, Stefanini comemora a performance, mas frisa que não foi fácil trazer 600 milhões de reais a mais para o caixa da empresa por causa da desaceleração da economia. O bom desempenho é resultado de expansão orgânica da companhia e das últimas aquisições. 
Segundo Stefanini, cada uma dessas atividades contribuiu com 50% do faturamento gerado. Uma das compras que mais pesaram foi a da Orbitall, processadora de cartão de crédito nacional, que pertencia ao banco Itaú e que foi incorporada há oito meses ao grupo para aumentar a sua presença no segmento financeiro, que hoje é seu maior negócio com participação de 30% da receita. Ao todo, a Stefanini fez três compras em 2012. As outras duas foram Woopi e a Top Systems do Uruguai. Além disso, a empresa chegou à África do Sul, com a abertura de uma filial naquele país.
“O ano de 2011 foi um ano de consolidação da nossa operação e integração das equipes no exterior”, afirma Stefanini. Atualmente, a empresa conta com 17 mil funcionários espalhados por 30 países. Segundo ele, 79% desse time são profissionais locais com culturas diferentes e que precisam estar alinhados aos negócios da prestadora de serviços de TI, que é a terceira empresa nacional mais internacionalizada, segundo ranking da Fundação Dom Cabral. A estratégia de atuar em cada mercado com time local se repete também no Brasil, onde a Stefanini possui 76 escritórios. Diferentemente da maioria das empresas de TI, que operam com estrutura própria centralizada mais no eixo São Paulo/Rio, a prestadora de serviços conta com equipes regionais.  

Apostas para 2013 - A principal aposta da Stefanini para 2013 é o incremento das ofertas para atender as empresas que estão levando aplicações para nuvem, aderindo soluções móveis e que vão investir em ferramentas de Big Data. Para ampliar o leque de ofertas, a Stefanini continua olhando empresas para aquisições tanto no Brasil quanto no exterior. Para sustentar o seu crescimento em 2013, a empresa mantém o plano de investir 300 milhões de reais em três anos. Esse processo começou no ano passado e metade desse valor, ou 150 milhões de reais, serão destinados para a Orbitall. Os recursos serão aplicados na estruturação da processadora de cartão de crédito, que terá de sair do Itaú e operar em outro data center, com contrato terceirizado. A companhia também vai ganhar uma nova sede para abrigar seus 1,4 mil funcionários, que agora pertencem ao time da Stefanini. Faz parte ainda do planejamento o desenvolvimento de novos produtos como uma linha no modelo de BPO (Business Process Outsourcing) para oferecer aos clientes.
A Stefanini pretende ainda contratar mais seis mil funcionários para ampliar sua operação em 2013.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da Stefanini)

Nova Iorque / EUA
EMC e VMware criam divisão para explorar Big Data e cloud
A VMware e a EMC confirmaram os rumores que têm circulado há semanas que diziam que suas soluções de Big Data e plataforma como serviço (PaaS) seriam comercializadas por meio de uma divisão chamada Pivotal Initiative, que será comandada pelo ex-líder da VMware Paul Maritz. "Clientes e parceiros estão à procura de soluções que permitam uma nova geração de aplicações cada vez mais móvel e centrada em dados para explorar o data center do futuro. A Pivotal Initiative vai acelerar os esforços existentes nessa área pelas duas organizações", afirmou o vice-presidente de comunicação da EMC, Terry Anderson, em um post no blog da VMware. 
A iniciativa vai reunir tecnologia, funcionários e programas que estão espalhadas por toda a EMC e a VMware e colocá-los sob um guarda-chuva, que inclui a solução de PaaS da VMware, a Cloud Foundry, plataforma open source baseada na nuvem para desenvolvimento de aplicações, bem como iniciativas de Big Data da Greenplum, divisão da EMC. Além da suíte middleware vFabric da VMware. 
O vFabric inclui produtos da Spring e da GemFire. A Spring é uma tecnologia open source Java para desenvolvimento, enquanto a GemFire é uma ferramenta em memória para gerenciamento de dados. A propriedade intelectual que a VMware comprou da empresa de análise de dados Cetas também fará parte da iniciativa. "Alinhar esses recursos é o melhor caminho para empresas conduzirem mais rapidamente as oportunidades”, escreveu Anderson. "A Pivotal Initiative sinaliza um novo patamar de investimento para maximizar o impacto que esses ativos podem ter para os clientes", completou.
Em julho de 2012, Maritz deixou o comando da VMware para tornar-se diretor de estratégia da EMC e foi substituído pelo ex-COO da EMC Pat Gelsinger, que agora dirige a VMware. Desde então, o mercado especula sobre iniciativas conjuntas entre EMC e VMware. 
A Pivotal Initiative será formalmente lançada no segundo trimestre de 2013 e contará com aproximadamente de 1,4 mil funcionários, sendo cerca de 600 da VMware e 800 da EMC. As empresas afirmaram que vão fornecer mais detalhes sobre a divisão no início do próximo ano. Na opinião de Stuart Miniman, analista do Wikibon Project, que cobre o mercado de cloud, a medida é claramente um esforço da EMC e da VMware para investir nas duas tecnologias de maior poder nos próximos meses: Big Data e nuvem. "A combinação dessas duas áreas pode ser realmente poderosa", diz. A EMC, com seu histórico no setor de armazenamento, e a  VMware, com ferramentas de virtualização, prossegue, estão em posição privilegiada para explorar esse segmento. 
(Fonte: Agência EFe e  NETWORK WORLD/USA)

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Planeta SUSTENTÁVEL

Da redação - São Paulo / SP
O marketing social e as novas estratégias de negócios
Foi-se o tempo em que as empresas visavam apenas o lucro. A busca pela melhor produtividade e expansão continuam existindo. Mas nesse horizonte há uma novo compromisso: o marketing social. Vender um serviço ou produto é tarefa de toda empresa. Quanto mais consumidores forem conquistados pela marca, melhor são os resultados dos negócios. A novidade é que as empresas reformularam as velhas estratégias de marketing e viram a chance de também mudar comportamentos e divulgar boas ações. A ideia é antiga e surgiu na década de 1970 por Philip Kotler e Eduardo Roberto no livro “Marketing Social: estratégias para alterar o comportamento público”. No entanto, o conceito ganhou força nos últimos anos quando a sustentabilidade e a responsabilidade social começaram a pautar boa parte dos projetos das empresas. De acordo com os autores, a diferença do marketing tradicional para o social é a de combinar planejamento e ação e utilizar os avanços da tecnologia das comunicações para promover mudanças que melhorem a qualidade de vida de uma sociedade. Em outras palavras, significa usar a internet e as redes sociais para divulgar campanhas e parcerias que não são exatamente um produto daquela marca, mas estão em sintonia com os seus valores. Os temas mais comuns são os ligados à educação, saúde e meio ambiente. Embora represente um custo extra, a maioria dos gerentes vê nessas ações uma forma de se diferenciar de outras marcas e criar uma imagem de confiança por parte dos clientes. Prova disso é o resultado de uma pesquisa realizada pelo Instituto Ethos. O levantamento mostra que 24% dos consumidores brasileiros dariam preferência a produtos de empresas que se destaquem tanto pela qualidade, quanto pela responsabilidade social e divulgação de bons projetos. (Fonte: iG São Paulo - especial para IBM)


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