Edição 772 | Ano IV


Brasília/DF e São Paulo/SP
Brasil só deve recuperar a 6ª posição entre os maiores do mundo em 2015

O Brasil só deve recuperar a sexta posição no ranking das maiores economias do mundo em 2015. Até lá, o Reino Unido mantém o sexto lugar e o Brasil permanece um passo atrás, em sétimo, segundo levantamento da Austin Rating, preparado a pedido da Agência Estado. O estudo levou em consideração as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) tanto para a expansão do PIB quanto para o câmbio, de 2012 a 2015. A economia brasileira cresceu menos do que o esperado em 2012, mas o câmbio teve um papel considerável na perda de posição do País no ranking das principais economias do planeta. Enquanto houve forte desvalorização do real frente ao dólar, a libra esterlina sofreu valorização em relação à moeda americana.

O cenário não deve se alterar até o fim do ano, a menos que haja uma inversão na tendência do câmbio ou que a economia brasileira cresça mais do que os 2,5% esperados pelo FMI, e a economia britânica fique abaixo dos 0,2% de expansão no ano. "A diferença entre o PIB do Reino Unido e do Brasil é bem pequena, de US$ 2,929 bilhões. O FMI fará uma revisão nas estimativas no fim de setembro. O Brasil até pode manter a posição conquistada (a 6ª posição), mas desde que o câmbio mude ou que a previsão para o crescimento do Reino Unido também", calculou Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, responsável pelo levantamento.

Agostini explica que o FMI estima uma desvalorização de 10% do real frente ao dólar em 2012, seguida de uma desvalorização média de 3,5% até 2015. Já para o Reino Unido, o FMI projeta uma valorização de 2% da libra esterlina sobre o dólar em 2012, seguida de uma desvalorização média de apenas 0,1% até 2015. Paralelamente, o fundo estima um crescimento de 2,5% do PIB brasileiro em 2012, e de 0,2% para o Reino Unido no ano. "Nesse caso, os dados praticamente se anularam", contabilizou Agostini.

Entretanto, para o período de 2013 em diante, enquanto a projeção do Brasil fica relativamente estável, em 4,1%, a estimativa de avanço no PIB para o Reino Unido sobe para 2,0% em 2013, 2,5% em 2014, e 2,6% em 2015. "Ou seja, mesmo o PIB do Brasil subindo de 2,5% em 2012 para 4,2% em 2013, a perda da desvalorização da moeda nacional é maior do que a do Reino Unido. Além disso, o crescimento do Reino Unido aumenta de patamar até 2015, enquanto o Brasil fica estável em 4,1%", atentou o economista-chefe da Austin.

Em 2015, o PIB brasileiro alcançará US$ 2,872 trilhões, desbancando o PIB britânico, que a essa altura deve estar em US$ 2,851 trilhões."É como o tiro de largada de uma corrida de 200 metros. Quem explode larga na frente, mas quem guarda fôlego se recupera no final. O Brasil perdeu fôlego agora, em 2013 vai se afastar mais do Reino Unido, mas em 2014 diminuirá a diferença, para ultrapassá-lo em 2015", previu Agostini. (Agência Estado)


São Paulo / SP
Mercado eleva projeção para Selic neste ano a 7,5%
O mercado elevou a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, para 7,5% em 2012, ante 7,25% anteriormente, ao mesmo tempo em que ampliou a perspectiva para a inflação a 5,35% ante 5,26%, mostrou a pesquisa Focus, do Banco Central, divulgada hoje, dia 24/9. Pela primeira vez após sete reduções seguidas, os analistas consultados deixaram inalterada a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 a 1,57%. 

O cenário vislumbrado para a produção industrial melhorou. Segundo o Focus, a atividade do segmento tende a fechar o ano em retração de 1,82%, contra a queda de 1,92% projetada na semana anterior. Já a estimativa para a cotação do dólar permaneceu inalterada em R$ 2 no final de 2012. 

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na última quarta-feira (19), em Paris, que não vê o processo inflacionário no Brasil com preocupação, tanto em 2012 quanto em 2013. "A inflação segue dentro da meta e vai continuar", afirmou. Por isso, disse, a política de juros baixos adotada pelo governo deve 
prosseguir, avalia o ministro. Mantega afirmou que, diante de medidas tomadas pelo governo, como a redução do preço da energia elétrica para consumidores residenciais e industriais e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para bens duráveis, a expectativa é que a inflação se mantenha comportada. "A tendência é que [a inflação] seja mais benigna e não se eleve. Não será preocupante no próximo ano", afirmou.

Confiança do consumidor - Hoje também foi divulgado o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas, que subiu 1,4% em setembro na comparação com agosto, ao passar de 120,4 pontos para 122,1 pontos.Em agosto, o índice havia recuado 1% na comparação com julho. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 2,2%, passando de 133,5 pontos em agosto para 136,4 pontos em setembro. Já o Índice de Expectativas avançou 1,8%, de 113,0 pontos para 115,0 pontos no período. (Fonte: Agências Brasil e UOL)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
IPC-S acelera para 0,53% na 3ª quadrissemana do mês
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,53% na terceira quadrissemana de setembro, informou hoje, dia 24/9, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No período anterior, encerrado no dia 15 do mesmo mês, a alta dos preços foi de 0,49%. Das oito classes de despesas que compõem o dado, seis apresentaram aceleração em suas taxas de variação na comparação com a segunda quadrissemana de setembro. Dois grupos registraram desaceleração de preços no período.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE - Fechamento

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia iniciam semana sem sinal definido
Assim como na sexta-feira, os mercados asiáticos fecharam com resultados distintos os pregões de hoje, dia 24/9. 
- A Bolsa de Hong Kong teve ligeira queda, à medida que os investidores realizaram lucros. O Hang Seng caiu 0,2% e terminou aos 20.694,70 pontos. O setor imobiliário, contudo, contrariou a tendência e seguiu no campo positivo por causa da alta nos preços dos imóveis.
- Na China, as Bolsas fecharam em alta, estimuladas pela presença de investidores em busca de ofertas de ocasião em ações cíclicas, após o recente pessimismo sobre a economia doméstica. O Xangai Composto ganhou 0,3% e encerrou aos 2.033,19 pontos. O Shenzhen Composto subiu 0,8%, aos 840,59 pontos.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em alta, acompanhando as compras de fundos estrangeiros devido à expansão dos bancos centrais globais, que compensaram a liquidação dos papéis. O índice Taiwan Weighted subiu 0,18%, aos 7.768,30 pontos.
- Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul fechou em ligeira alta, com o índice Kospi avançando 0,05%, aos 2.003,44 pontos, apesar de o mercado se preocupar com a crise na zona do euro e com a fraca recuperação dos EUA.
- Na Austrália, a Bolsa de Sydney fechou em baixa com as ações de recursos conduzindo à retração no mercado depois que Wall Street continuou a perder, mesmo com o estímulo anunciado recentemente. O índice S&P/ASX 200 caiu 0,52%, aos 4.385,47 pontos.
- Já a Bolsa de Manila, nas Filipinas, teve a participação dos caçadores de barganhas. O índice PSEi subiu 0,6%, aos 5.325,60 pontos, com moderado volume de negociações. 

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AGROBUSINESS

São Paulo / SP
A política de combustíveis e o mercado do açúcar
A expectativa se justifica, pois o Brasil está importando volume crescente de gasolina e diesel, em detrimento da balança comercial e da conta corrente do 
balanço de pagamentos. A consultoria Datagro prevê que o superávit de açúcar no mercado global cairá à metade, entre a safra atual e a safra 2012/2013, limitando-se a 3,06 milhões de toneladas. A Organização Internacional do Açúcar estimou o superávit em 5,86 milhões de toneladas. 
As projeções de oferta e demanda do mercado de açúcar e álcool são especialmente importantes para o Brasil, maior produtor mundial de açúcar, com excedente exportável estimado em 23,5 milhões de toneladas, até abril.

Em 2011, as exportações brasileiras de açúcar e etanol renderam US$ 16,4 bilhões. Entre os primeiros oito meses de 2011 e 2012, as exportações de açúcar em bruto caíram 23,9%, de US$ 6,8 bilhões para US$ 5,3 bilhões; e de açúcar refinado, 31,5%, de US$ 2,2 bilhões para US$ 1,5 bilhão. As condições do mercado global estão sendo avaliadas in loco pelas empresas brasileiras. Uma equipe da Datagro foi à Índia, segundo maior produtor mundial de açúcar, para visitar os canaviais atingidos pela seca - a oferta indiana poderá cair em 2,35 milhões de toneladas. Na União Europeia, os estoques diminuíram e se prevê quebra da produção, de 19,4 milhões para 18,3 milhões de toneladas. Na Rússia, maior consumidora do açúcar brasileiro, também está prevista a redução da oferta. O superávit só não cairá mais porque se prevê uma elevação da produção da China, de 11,5 milhões para 13,7 milhões de toneladas. 

No Brasil, entre abril e setembro, conforme as projeções da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), houve aumento da produção e da moagem (+1,87%). O clima seco favoreceu a produtividade das lavouras no Centro-Sul. A oferta de álcool tenderá, portanto, a aumentar, o que já tem ocorrido. Se isso se confirmar, os produtores de cana poderão socorrer a Petrobrás. Como afirmou ao jornal Valor o presidente da Datagro, Plinio Nastari, "se o retorno se confirmar, a demanda pelo biocombustível (álcool) crescerá 2 bilhões de litros e pressionará menos a commodity (açúcar)". O etanol deverá ser favorecido pelo aumento da demanda norte-americana, mas é improvável que haja produto suficiente no Brasil para exportar. (Agência Estado)

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TI, WEB e e-COMMERCE

São Francisco / EUA
Brasil é oitava operação da Salesforce.com no mundo
O Brasil acaba de se tornar a 8ª operação da Salesforce.com no mercado mundial. A quantidade de clientes locais triplicou e Enrique Perez, presidente da companhia para América Latina, acredita que o País tem condições de avançar no ranking global e alcançar a quinta posição. Perez evitou estimar prazos para que isso aconteça. Mas disse que os negócios estão em franca expansão no Brasil. Entretanto, não menciona participação do mercado local na receita global, que tem previsões de alcançar 3 bilhões de dólares no ano fiscal de 2013, iniciado em fevereiro de 2012.

Questionado durante a Dreamforce 2012 sobre o mercado brasileiro, o presidente da Salesforce.com Marc Benioff, disse que há grandes oportunidades para cloud computing no País. Ele observou que há uma pressão em cima dos CEOs para transformarem rapidamente seus negócios. Antes, eles tinham tempo para dar respostas rápidas e essa janela de tempo está-se fechando com muita velocidade. Benioff afirmou que muitas companhias estão migrando serviços para a nuvem com o objetivo de reduzir custos da TI. O CEO da Salesforce.com acredita que a nova geração de dispositivos móveis vai pressionar as organizações a levar muitas empresas para cloud.   

O Brasil responde por 50% da operação da Salesforce.com na América Latina. Dos 3 mil clientes da região, que adotam as soluções de Customer Relationship (CRM), colaboração e social enterprise na nuvem, 1,5 mil estão no País. “Triplicamos o número de clientes no Brasil nos últimos três anos. E, neste mês o Brasil tornou-se a 8º operação da Salesforce.com no mundo”, informou Perez durante a conferência Dreamforce, que encerrou dia 21/9, em San Francisco/EUA, onde a empresa reuniu cerca de 90 mil pessoas para apresentar as novidades para cloud computing. Segundo Perez, o Brasil está apenas atrás de mercados como EUA, Japão, Alemanha, França, Canadá e Austrália. “O Brasil está no topo e pode tornar-se em pouco tempo a 5º operação. Há dois anos, a filial local  estava entre as 20 do mundo. A Salesforce.com atua com time local no Brasil há pouco mais de oito anos.

Potencial de negócios - O presidente da Salesforce.com para América Latina observa que as companhias brasileiras começam a investir em plataformas de redes sociais para ouvir seus clientes e colaborar com a rede de parceiros.
Entretanto, ele percebe que muitas ainda não sabem como usar as redes sociais para incrementar os negócios. Para orientar essas empresas, a Salesforce.com planeja realizar um roadshow no modelo da conferência Dreamforce, realizada nos EUA, pela América Latina, incluindo passagem por cidades brasileiras. “Vamos fazer uma versão menor para compartilhar as novidades que apresentamos aqui em San Francisco e mostrar cases de sucesso”, informa Perez. (Fonte: ComputerWorld - EDILEUZA SOARES)

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MERCADO DE LUXO

Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Parceria estrelada
Hotéis de alto luxo voltam a ser sedes dos melhores cozinheiros do mundo 

Já se foi a época quando instalações suntuosas e suítes de realeza eram suficientes para posicionar um hotel no patamar de alto luxo. Atualmente, todo hotel de certo prestígio se vê obrigado a contar com um excelente restaurante como diferencial em um panorama hoteleiro cada vez mais competitivo e estandarizado.  (LEIA NA ÍNTEGRA)


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AGENDA i-press.biz

Da redação - Porto Alegre / RS
Quinto encontro do Ciclo de Debates será dia 26 de setembro
O Ciclo de Debates  na sua quinta edição, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), programou seis encontros para 2012, abordando o tema:
“Repensando o desenvolvimento sustentável frente à Rio+20”. Neste quinto encontro, será abordado o tema “Cidades sustentáveis dentro da perspectiva da Rio+20”.

Até 2030, quase 60% da população mundial viverá em áreas urbanas, por isso é essencial torná-las mais sustentáveis. No Brasil este índice chega a aproximadamente 80%, tendendo a aumentar nas próximas décadas, o que acarretará em um incremento nos problemas já existentes nas grandes metrópoles. Os desafios mais comuns enfrentados pelas cidades incluem o trânsito progressivamente congestionado, carência de recursos para prover serviços básicos e de habitação em quantidade e qualidade adequadas, infraestrutura em declínio face aos investimentos insuficientes para melhorias, além de alternativas de lazer insuficientes.

No documento final da Conferência Rio+20, é reconhecida a necessidade de se aplicar um enfoque holístico no desenvolvimento urbano, priorizando a renovação urbana e a melhora dos bairros periféricos, conservando o seu patrimônio cultural e natural e revitalizando os sítios históricos e as regiões centrais. Como estamos nos preparando para transformar nossas metrópoles em locais funcionais e agradáveis de se viver? Quais os maiores desafios destas mudanças? 

Quais políticas públicas estão sendo implementadas para atingir estes objetivos? Se você tem interesse pelo tema, venha compartilhar suas idéias e debater com os nossos painelistas no dia 26 de setembro.

O encontro acontecerá no dia 26 de setembro, das 8h30 às 11h30, no auditório da Decision / FVG, em Porto Alegre. O evento é gratuito mediante inscrição e confirmação de presença.



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