Edição 767 | Ano IV

Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Brasil tem segunda melhor perspectiva de emprego do continente

O Brasil é o segundo país do continente americano com melhor expectativa de empregos para o fim do ano, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira pela empresa Manpower. O Panamá ficou com a primeira posição e a Argentina com a última. Segundo a análise, o Brasil tem uma tendência líquida de criar empregos no último trimestre de 2012 (diferença entre as empresas que preveem aumentar suas equipes e as que esperam reduzir) de 24%, mas os planos de contratação "diminuíram pelo segundo trimestre consecutivo e estão no seu nível mais fraco em três anos", diz o relatório. O Panamá aparece em primeiro lugar, com 26%, a Colômbia em terceiro, com 19%, seguida pela Costa Rica 18%, México 17%, Guatemala 14%, Canadá 9%, Estados Unidos 8%. A Argentina ficou na última posição, com 3%.  Apesar de os Estados Unidos e o México continuarem abaixo das médias históricas, as intenções de contratação para o quarto trimestre em ambos os países são "as mais otimistas desde o terceiro trimestre de 2008", em plena crise econômica. A tendência americana "é impulsionada por planos de contratação favoráveis no comércio no atacado e no varejo, lazer e hotelaria e serviços profissionais e de negócios", segundo o estudo. A pesquisa, com margem de erro de 3,9%, consultou 30.000 departamentos pessoais em empresas de 10 países.


Brasília/DF e São Paulo/SP

Apesar de redução, Brasil ainda tem um dos mais altos custos de energia 

O governo detalhou ontem, dia 11/9, a redução das tarifas de energia elétrica, que tem como objetivo aumentar a competitividade da indústria brasileira. Apesar da diminuição, o setor produtivo nacional continuará a pagar um das mais altas faturas de energia no mundo. O anúncio já havia sido feito pela presidente Dilma Rousseff no pronunciamento de 7 de setembro. Na cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou o corte de 16,2% para os consumidores residenciais e de até 28% para as indústrias. As medidas passam a valer no início de 2013.
Segundo Lobão, a redução vai se dar em duas frentes: de um lado, o governo vai zerar ou reduzir encargos setoriais, que juntos, respondem por 12,5% do preço da tarifa industrial; de outro, aproveitará o vencimento das concessões de geração elétrica para puxar para baixo o custo da energia ao renová-las.
Segundo levantamento da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), a redução média para a indústria deverá ficar em torno de 19,4%.
Após o anúncio, o Brasil passou da quarta para a oitava posição entre os países com as mais altas tarifas de energia para a indústria no mundo, mas continua a pagar mais caro do que todos os outros Brics (grupo que inclui Rússia, Índia, China e África do Sul), segundo estudo da Firjan com base em dados da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), que inclui 28 países.

A zona de competitividade - Segundo Cristiano Prado, gerente de Competitividade Industrial e Investimentos da Firjan, mesmo com a redução o Brasil permanece fora da chamada "zona de competitividade", com uma tarifa média superior à dos principais países latino-americanos, por exemplo.
Considerado por muito tempo um dos principais entraves para o crescimento e à competitividade da indústria, o alto custo da eletricidade é um dos principais integrantes do chamado "Custo Brasil". A baixa competitividade se traduz em produtos mais caros para o consumidor brasileiro e na perda de espaço no mercado internacional. A redução das tarifas elétricas vem na esteira do conjunto de medidas de diminuição de custos estruturais, iniciada em agosto deste ano com o anúncio do plano de concessão de rodovias e ferrovias ao setor privado, que pretende minimizar o déficit de infraestrutura do Brasil. "A medida do governo 'limpa' as bases da cadeira produtiva, aumentando sua competitividade e gerando um ciclo virtuoso", afirmou à BBC Brasil Paulo Pedrosa, presidente-executivo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (ABRACE).

Os encargos - Apesar de o Brasil continuar pagando uma das tarifas mais caras do mundo, a redução de até 28% na energia cobrada da indústria veio em boa hora, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil. De acordo com a pesquisa, o alto custo poderia ser explicado, em parte, pelos 14 encargos setoriais inseridos na conta de luz da indústria que, juntos, respondiam por 17% da tarifa total de energia elétrica da indústria. Dois deles deles foram zerados - a Reserva Global de Reversão (RGR) e a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Já a Conta de Consumo de Combustível (CCC) foi reduzida em 25%. Juntos, esses tributos somavam cerca de 12,5% do preço final da energia. "Todos esses tributos não tinham mais razão para existir. A CDE, por exemplo, foi criada para estimular o uso de fontes renováveis e universalizar a energia. Hoje, isso já não é tão necessário", explicou Prado, da Firjan.

Custo indireto - Para o consumidor, as medidas irão além de uma conta de luz mais barata. A redução também implicará em um custo indireto menor.
Segundo pesquisa da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres), o alto custo da tarifa industrial acaba impactando o bolso das famílias, que indiretamente chegam a pagar um valor equivalente ao dobro de suas contas de luz quando se considera o preço da energia industrial embutido no preço dos produtos.
Assim, uma família que pague R$ 50 de conta de luz por mês, consome indiretamente outros R$ 100 no seu dia à dia. "Trata-se da energia necessária para a fabricação de qualquer produto, desde o papel até os automóveis", afirmou Pedrosa, da Abrace. No topo do ranking do peso da energia no processo produtivo, segundo um outro estudo coordenado pela entidade, figura a indústria de gás, na qual o custo da energia equivale a 70% do preço do metro cúbico. A lista é seguida pelo setor de alumínio (40%), cloro e soda (40%) e ferroligas (30%). A Abrace prevê que a redução média de 20% da tarifa das indústrias possibilitará um crescimento adicional do PIB de 8% até 2020. Além disso, segundo a entidade, as exportações brasileiras aumentariam R$ 130 bilhões e seriam gerados até 5 milhões de empregos no período.

Tarifas industriais de consumo de energia elétrica (R$/MWH)*

1. Itália - R$ 458,3
2. Turquia - R$ 419
3. República Tcheca - R$ 376,4
4. Chile - R$ 320,6
5. México - R$ 303,7
6. El Salvador - R$ 295,4
7. Cingapura - R$ 271,8
8. Brasil - R$ 265,2**
18. Índia - R$ 188,1
22. China - R$ 142,4
23. Estados Unidos - R$ 124,7
26. Rússia - R$ 91,5
27. Argentina - R$ 88,1
28. Paraguai - R$ 84,1

*O ranking foi feito com base na paridade do poder de compra (PPP) de 27 países selecionados.
**Considerando a redução média de 19,4%
Fonte: FIRJAN


Componentes da tarifa de energia elétrica residencial*
Encargos, taxas e tributos - 50%
Custo da energia - 24%
Custo de distribuição - 21%
Custo de transporte - 5%
Total - 100%

*(Antes da medida) 
Fonte: ABRACE


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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
IPC acelera para 0,31% na 1ª prévia de setembro
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou 0,31% na 1ª quadrissemana de setembro. O número representa uma aceleração sobre o fechamento de agosto, quando apresentou 0,27%. Na comparação com a primeira prévia de agosto, a inflação mostrou uma aceleração ainda maior, já que o índice naquele levantamento foi de 0,16%. O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou dentro das estimativas de 27 instituições do mercado financeiro consultadas pelo AE Projeções, cujas previsões oscilavam entre 0,25% e 0,36%, e próximo da mediana projetada de 0,30%.
O grupo Habitação aumentou a desaceleração. Passou de uma deflação de 0,13% em agosto para uma deflação de 0,20% na primeira prévia de setembro - foi o item que, na variação ponderada, menos contribuiu para a inflação.
Já o grupo Alimentação apresentou forte aceleração, conforme previsto pelos analistas. O subíndice subiu para uma inflação de 1,46% nesta primeira pesquisa mensal, ante 1,08% no fechamento de agosto - foi novamente o item que, na variação ponderada, mais contribuiu para o IPC no período.
Transportes continuou no campo negativo, mas com um ritmo menor. De uma deflação de 0,24% no oitavo mês do ano, foi para uma deflação de 0,13% na primeira prévia de setembro. Despesas Pessoais teve redução no mesmo comparativo. De uma inflação de 0,37% em agosto, recuou para uma inflação de 0,16% na primeira parcial deste mês.
O subíndice Saúde apresentou ligeira desaceleração. Depois de apresentar 0,55% em agosto, passou para 0,51% na primeira pesquisa de setembro. O segmento Vestuário também teve desaceleração. De uma inflação de 0,22% em agosto, recuou para 0,06% na primeira quadrissemana de setembro.
Por fim, o segmento Educação saiu de uma inflação de 0,16% no mês de agosto e recuou para 0,12% no primeiro levantamento deste mês.

Veja como ficaram os itens que compõem o IPC na 1ª quadrissemana de setembro:
Habitação: -0,20%
Alimentação: 1,46%
Transportes: -0,13%
Despesas Pessoais: 0,16%
Saúde: 0,51%
Vestuário: 0,06%
Educação: 0,12%
Índice Geral: 0,31%

(Fonte: Assessoria de Imprensa da Fipe)


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Fechamento:

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia têm alta com expectativas sobre EUA
Os mercados asiáticos fecharam em alta nos pregões de hoje, dia 12/9. Os investidores mostraram otimismo, à espera da reunião de política monetária do Federal Reserve - Fed, o banco central dos Estados Unidos. E também com as possibilidades de medidas de estímulo econômico por parte da China.
- Este foi o caso na Bolsa de Hong Kong, que fechou em alta pela quinta sessão seguida, com rali de 4,9% no período. O Hang Seng subiu 1,1% e terminou aos 20.075,39 pontos, superando o nível psicológico dos 20 mil pontos pela primeira vez desde 23 de agosto.
- As Bolsas da China também tiveram números positivos, mas os ganhos acabaram limitados pelas perdas em bancos peso pesados. O Xangai Composto ganhou 0,3% e encerrou aos 2.126,55 pontos. O Shenzhen Composto subiu 0,5%, aos 901,29 pontos.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em alta. Os investidores também esperam a decisão da Corte Constitucional da Alemanha sobre o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM). O índice Taiwan Weighted subiu 1,14%, aos 7.570,45 pontos.
- Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul fechou em alta apoiada por grupos financeiros e siderúrgicas. O índice Kospi subiu 1,56%, aos 1.950,03 pontos.
- Na Austrália, a Bolsa de Sydney terminou o pregão em alta, impulsionada pelos setores financeiro e de materiais, e também à espera da reunião na Alemanha. O índice S&P/ASX 200 subiu 0,82%, aos 4.361,25 pontos.
- Os bons resultados em Wall Street alavancaram a Bolsa de Manila, nas Filipinas. O índice PSEi subiu 0,4%, aos 5.207,10 pontos, com moderado volume de negociações. 


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Ibovespa tem 4a alta seguida, ajudado por commodities
A Bovespa registrou a quarta alta consecutiva no pregão de ontem, dia 11/9, embalada por um movimento de recuperação das commodities no mercado internacional e pelo anúncio da redução do custo de energia elétrica no Brasil.
O clima mais positivo no exterior também ajudou a sustentar o mercado local, com investidores apostando no lançamento de uma nova rodada de estímulos monetários nos Estados Unidos, segundo operadores.
- O Ibovespa subiu 1,74 por cento, a 59.422 pontos. 
- O giro financeiro do pregão foi de 7,4 bilhões de reais.

Análise 1 - "Tivemos uma recuperação das commodities e isso ajuda a bolsa brasileira", afirmou André Paes, diretor de estratégia e produtos da Infinity Asset. "O mercado subiu com base numa melhora de cenário para o desempenho da economia mundial."
Na bolsa de Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,52 por cento. Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em alta de 0,33 por cento.
As ações preferenciais da mineradora Vale mais uma vez foram a maior contribuição para a alta do índice, avançando 2,68 por cento, a 36,04 reais na sessão.
O avanço ocorre na esteira da recuperação do minério de ferro, que voltou a ser negociado acima de 100 dólares por tonelada, após o anúncio de um amplo pacote para infraestrutura na China na semana passada.

Análise 2 - Ainda entre as blue chips, a preferencial da Petrobras subiu 2,31 por cento, a 21,72 reais, enquanto a ordinária da OGX teve alta de 4,18 por cento, a 6,48 reais. Gafisa saltou 13,16 por cento, a 4,47 reais, liderando os ganhos do Ibovespa. O mercado reagiu bem à notícia de que a construtora e incorporadora analisa abrir o capital ou vender participação em sua controlada Alphaville Urbanismo.
O anúncio da redução de tarifas de energia elétrica de 16 a 28 por cento no Brasil também repercutiu no mercado, com efeito positivo principalmente para ações do setor industrial, consumidor intensivo de energia.
Na avaliação do BTG Pactual, a redução das tarifas deve beneficiar em especial as siderúrgicas, com destaque para Usiminas --a ação ordinária subiu 6,47 por cento na sessão, a 11,52 reais.
Por outro lado, a medida pesou sobre ações do setor elétrico. A Cemig, que atua em geração, transmissão e distribuição de energia, e a geradora Cesp lideraram as perdas do Ibovespa, com queda de 10,23 por cento e 7,19 por cento, respectivamente.
Já o índice que reúne ações de companhias elétricas na Bovespa teve queda de 3,45 por cento, a 31.539 pontos, menor patamar desde dezembro de 2011.
Para o analista Gabriel Laera, do BES Securities, a redução de tarifas de energia no Brasil deve resultar em margem Ebitda menor para transmissoras e geradoras de energia.


Nova Iorque / EUA
Wall Street fecha em alta, com o mercado à espera do Fed
A Bolsa de Valores de Nova York fechou o pregão de ontem, dia 11/9, em leve alta, em um mercado à espera de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anuncie novas medidas de estímulo para a economia na reunião de quinta-feira.
- De acordo com dados definitivos de fechamento, o Dow Jones Industrial Average subiu 0,52%, para 13.323,36 unidades.
- O termômetro da tecnologia, Nasdaq, fechou praticamente estável, com leve ganho de 0,02%, para os 3.104,53 unidades.
- Já o índice ampliado Standard and Poor's 500 subiu 0,31%, para 1.433,56 unidades.

Análise - "O mercado, na ausência de indicadores importantes, foi sustentado pela expectativa sobre novas ações de política monetária do Fed", afirmou Jack Ablin, da Harris Private Bank, que destacou os frágeis volumes de negócios.
"A reunião de política monetária do Fed, programada para quarta e quinta-feira, é uma das mais importantes destes últimos meses", explicou Lindsey Piegza, da FTN Financial.
Após um relatório sobre emprego muito negativo na semana passada, que mostrou uma queda da população economicamente ativa nos Estados Unidos, a maior parte dos investidores "espera pelo anúncio de uma terceira rodada de alívio quantitativo", disse o analista. "O mercado foi impulsionado por dados econômicos nos Estados Unidos, que mostraram que o déficit comercial foi mais baixo que o previsto e que a confiança das pequenas empresas melhorou mais do que o esperado", disseram analistas da Charles Schwab. No mercado obrigatório, cujos rendimentos evoluem em sentido contrário aos preços, os rendimentos do bônus do Tesouro com vencimento a 10 anos subiu a 1,695%, contra 1,683% de segunda-feira. Já o papel a 30 anos subiu a 2,846%, contra 2,842%.

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MERCADO FINANCEIRO

Da redação - Brasília / DF
BB reduz juros de linha de capital de giro para as empresas da cadeia produtiva do agronegócio
O Banco do Brasil promoveu, na última passada, redução das taxas de juros da linha de crédito BB Giro Empresa Flex Agro, direcionada ao atendimento das necessidades de capital de giro das empresas que atuam na cadeia produtiva do agronegócio. As operações podem ser contratadas com juros a partir de 0,898% ao mês. O público-alvo da linha é composto por empresas com faturamento bruto anual a partir de R$ 1 milhão, que comercializem, beneficiem ou industrializem produtos agropecuários adquiridos diretamente de produtores rurais ou de suas cooperativas, e por empresas que comercializem, beneficiem ou industrializem insumos e os vendam a produtores rurais ou a suas cooperativas. O limite do empréstimo é calculado com base na performance da empresa verificada nos últimos 12 meses.
O produto é um excelente instrumento para dar competitividade às empresas, pois estas podem repassar melhores condições de preço e prazo aos seus clientes e fornecedores da cadeia do agronegócio.
Combina, em um único contrato, duas modalidades de crédito: capital de giro e financiamento de bens e serviços. Com isso, o empresário tem os recursos para o dia-a-dia e ainda pode comprar matéria-prima, realizando o pagamento diretamente ao seu fornecedor, sem trânsito dos valores por sua conta corrente. O prazo de pagamento pode chegar a até 24 meses.

Um produto inovador – O BB Giro Empresa Flex Agro é uma modalidade baseada no BB Giro Empresa Flex, principal linha de capital de giro do Banco do Brasil para as micro e pequenas empresas. Sucesso de mercado, a solução permite total flexibilidade na negociação das suas condições: taxa, prazo, cronograma de pagamento e valor das parcelas. O produto conta com renovação do teto operacional a cada 360 dias e reutilização dos valores amortizados. A empresa pode definir o cronograma para pagamento das parcelas de acordo com o seu fluxo de caixa: mensal, bimestral, trimestral, quadrimestral, semestral ou cronograma livre. O valor das parcelas também é flexível, podendo ser iguais ou variáveis, e os valores pagos podem ser reutilizados. Além da modalidade destinada ao agronegócio, o BB Giro Empresa Flex dispõe de outras com finalidades específicas, como o apoio aos exportadores, no qual não há incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) nas liberações de crédito; e a antecipação de valores aos fornecedores de governos das esferas federal, estadual e municipal. Ao final do primeiro semestre de 2012, o saldo das operações de BB Giro Empresa Flex atingiu R$ 16,2 bilhões, representando 21,5% da carteira de crédito do BB com as micro e pequenas empresas. Naquela data, havia 217,2 mil contratos formalizados. A linha é priorizada na estratégia BOMPRATODOS. Somente no período de 12 de abril a 30 de junho de 2012, os desembolsos no BB Giro Empresa Flex somaram R$ 5,9 bilhões (51,5% acima da média diária antes do BOMPRATODOS). (Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA BANCO DO BRASIL)

São Paulo / SP
Falta de comprador ameaça Cruzeiro do Sul
Na véspera do prazo dado para evitar a liquidação do Banco Cruzeiro do Sul, os novos administradores conseguiram obter a adesão de quase 90% dos credores nacionais e estrangeiros à proposta de "perdão" médio de 49,3% na dívida do banco. A reestruturação do Cruzeiro do Sul, no entanto, corre o risco de naufragar se não surgir, hoje, uma oferta de compra do banco. O fracasso implicará a liquidação do Cruzeiro do Sul, sendo que os credores terão de reclamar na Justiça o pagamento de dívida com o dinheiro da massa falida.
Cinco bancos se credenciaram para analisar os dados estratégicos do Cruzeiro do Sul, mas três desistiram na semana passada por achar o negócio arriscado.
Ontem, o BTG Pactual também teria desistido de fazer uma oferta. Só o Bradesco poderia aderir, segundo fontes. O principal entrave é a dúvida quanto ao valor de benefício fiscal que poderá ser apurado no caso da compra.
As estimativas iniciais eram de até R$ 1 bilhão em economia de impostos nos próximos anos. O problema é que esse benefício fiscal foi calculado com base em dados que são contestados. O comprador terá de trazer pelo menos R$ 700 milhões ao Cruzeiro do Sul.
O banco teve um rombo financeiro de R$ 3,1 bilhão, decorrente de mais de 300 mil empréstimos consignados fictícios, maquiagem de balanço, entre outros crimes. O principal negócio do Cruzeiro do Sul é o crédito consignado, que não interessa mais aos grandes bancos. Além do consignado, o banco tem uma corretora e uma gestora de fundos. Dia 10/9, as ações do banco subiram 20,62% com o otimismo dos investidores após a adesão dos credores. Procurados, nenhum dos bancos citados quis comentar o assunto. O Fundo Garantidor preferiu não falar.

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INDÚSTRIA

Brasília / DF
Petrobrás deve voltar ao azul
A presidente da Petrobrás, Graça Foster, disse ontem, dia 11/9, acreditar que o prejuízo registrado pela empresa no segundo trimestre, de R$ 1,346 bilhão, não se repetirá. Para ela, é improvável que o conjunto de fatores que levou a companhia a registrar o resultado negativo aconteça de novo. Entre esses fatores estão a alta do dólar, que impactou o endividamento da empresa em moeda estrangeira, a queda nas exportações, a baixa de 41 poços secos e o preço de derivados no mercado brasileiro. "Acreditamos que esse resultado não se repetirá pelas mesmas razões. É improvável que todos esses efeitos aconteçam novamente", afirmou.
A presidente da estatal participa de audiência nas comissões de Serviços de Infraestrutura e de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Graça Foster destacou ainda que a empresa registrou, desde 2002, aumento superior ao de suas principais concorrentes na produção de gás e petróleo. Afirmou também que o aquecimento do consumo no mercado interno faz com que a demanda por derivados esteja, neste momento, acima do registrado em outros mercados. Graça Foster reafirmou que a empresa investiu R$ 38 bilhões de no primeiro semestre de 2012. O orçamento da Petrobrás prevê chegar a R$ 87,5 bilhões até o fim do ano. 

Convergência de preços - Graça disse trabalhar pela convergência dos preços dos combustíveis no País para que estes fiquem próximos das cotações internacionais. "Temos consciência do efeito de aumento de preços na economia, mas uma companhia que investe o que a gente investe tem de trabalhar pela convergência de preço", afirmou em audiência no Senado.
Ela afirmou que o objetivo da empresa não é a paridade exata, com repasse imediato de variações de preços no mercado externo, mas uma convergência. Disse ainda que a manutenção do caixa da empresa é fundamental para que sejam feitos os novos investimentos.

Superfaturamento - Graça Foster disse não concordar com a avaliação de que houve superfaturamento na refinaria Getúlio Vargas, no Paraná. Segundo a presidente, o problema se deve a diferenças metodológicas entre a empresa e o Tribunal de Contas da União (TCU). "Tive a oportunidade de falar com presidente do TCU e precisamos conversar sobre as planilhas de formação de preço, para não ficarmos sempre nessa discussão. Não concordamos com as diferenças de preços", afirmou. Em relação à refinaria Abreu e Lima, Graça disse que houve erros básicos no início do projeto e também questões como variação cambial e juros não considerados. "A essência disso foi conceitual. Cometemos erros, por conta de nossa experiência nesse projeto", afirmou.
Graça falou também que cobrou os colegas da empresa venezuelana PDVSA a entrada no projeto. "Eles precisam fazer parte desse projeto. Estão no final de resolver as garantias bancárias. Se em novembro não apresentarem garantias, vou discutir novo prazo, porque quero que eles venham."


Da redação - Brasília / DF
Redução do custo da energia elétrica beneficia a competitividade industrial, afirma FIERGS
“A energia elétrica é um dos insumos que tem forte impacto nos custos das indústrias e a decisão do governo de reduzi-la irá melhorar a competitividade do setor produtivo brasileiro, tanto no mercado nacional quanto internacional”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ontem, dia 11/9, durante o anúncio de diminuição da tarifa feito pela presidenta Dilma Rousseff, em Brasília. 
Para o presidente da FIERGS, o problema da perda de competitividade da indústria nacional ocorre devido aos elevados custos de produzir e transportar. “Por isso, também são urgentes as reformas no sistema tributário que levem à redução de impostos. Assim como há necessidade de aprofundamento nos investimentos em infraestrutura e educação”, destacou Müller.
Será também encaminhada ao Congresso uma Medida Provisória prevendo a possibilidade de prorrogação das concessões do setor de energia que estão vencendo a partir de 2015. De acordo com a presidenta, o governo quer os descontos nas contas de luz em troca das renovações. “Isso permitirá, pela primeira vez na história, o retorno para o consumidor dos investimentos que foram financiados por ele”, garantiu Dilma Rousseff.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, detalhou as medidas do governo para diminuir os custos da energia elétrica, que começam a valer em 2013.  A redução será resultado de cortes em encargos embutidos na conta de luz e da renovação de contratos de concessão. Segundo Lobão, a queda na tarifa para a alta tensão, ou seja, grandes empresas consumidoras, vai variar de 19,7% a 28%. Para o consumidor residencial, o valor será 16,2% menor. Lobão informou ainda que serão eliminados dois dos encargos setoriais incidentes: a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e a Reserva Geral de Reversão (RGR). Já a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) será reduzida a 25% de seu valor atual. Atualmente, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), do custo médio total da tarifa, cerca de 45% são referentes a encargos, taxas e tributos. O Brasil paga 143% a mais pela energia do que os outros países que compõem os BRICs (Rússia, Índia e China).
(Fonte: Unicom/Fiergs)


São Paulo / SP
ArcelorMittal afirma que pacote deve ajudar competitividade
O pacote anunciado ontem, dia 11/9, para o setor elétrico deverá trazer impactos positivos para o setor industrial e, com isso ajudar a competitividade, afirmou, em nota enviada à imprensa, o CEO da ArcelorMittal Aços Longos América do Sul, Augusto Espeschit de Almeida.
"Considero que a decisão do governo é histórica e foi um passo acertado num momento importante para a indústria brasileira", disse o executivo.
Segundo ele, a siderúrgica está aguardando o detalhamento das medidas para poder calcular os impactos na sua atividade. "Vamos aguardar os próximos passos, que incluem a renovação das concessões, sem esquecer uma política mais competitiva para o gás natural", concluiu. (Agência Estado)

Amsterdãm / 
Philips eleva corte de custos a 1 bilhão de euros e demitirá mais 2,2 mil
A Philips Electronics aumentou a meta de corte de custos para 1,1 bilhão de euros e disse que eliminará mais 2,2 mil postos de trabalho diante das duras condições econômicas e de custos com aposentadoria. O grupo, que antes previa economizar 800 milhões de euros, anunciou o plano ontem, dia 11/9, antes de um encontro com investidores em Londres. A empresa também já havia anunciado 4,5 mil demissões no ano passado. "As medidas adicionais de corte de custos nos ajudarão a minimizar os efeitos dos ventos macroeconômicos contrários e das mudanças no plano de pensão, ao mesmo tempo em que nos tornarão uma companhia mais ágil para atender nossos clientes ao redor do mundo", disse o presidente-executivo, Frans van Houten.
(Agência Reuters)

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AGROBUSINESS

Da redação - Brasília / DF
Bom cenário estimula abertura de revendas de máquinas agrícolas
Com a redução nas taxas de juros pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e a cotação das commodities agrícolas a preços melhores, as vendas de máquinas e equipamentos têm aumentado, especialmente em 2012 
Avaliação é do consultor de vendas da Maxxi Case em Mato Grosso, José Augusto  Ferrari. Cenário favoreceu a expansão da marca no Estado, que irá inaugurar mais uma unidade em Cáceres, no próximo mês. Na nova loja foram investidos R$ 4 milhões e a meta é encerrar o primeiro ano de inauguração R$ 10 milhões em vendas. Até o encerramento de 2012, a revendedora irá inaugurar outras duas unidades em Várzea Grande e Ji-Paraná (Rondônia). Por enquanto, mantém a matriz no município de Tangará da Serra e filiais em Campo Novo do Parecis, Sapezal e Vilhena (Rondônia). “Notamos que a região de Cáceres era muito carente por uma linha de tratores de ponta e colheitadeiras”. Antes da inauguração da nova loja na localidade, a empresa negociou 65 tratores, financiamentos por meio do Programa Mais Alimentos do governo federal, totalizando uma venda de aproximadamente R$ 6,5 milhões. Segundo Ferrari, nos últimos 2 anos a empresa tem registrado crescimento médio anual de 25% nas vendas e para garantir a entrega das máquinas aos clientes, num momento de demanda elevada, a revendedora executa compras planejadas do maquinário. “A Case está com dificuldade com alguns  tratores, por isso realizamos esse planejamento”.
Aproveitando as condições do Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI/Finame), operacionalizado pelo BNDES e voltado para modernização de máquinas agrícolas, o presidente da Cooperativa Agrícola de Cana de Rio Branco (Coperd), Osmar Antunes, relata que comprou duas colheitadeiras neste ano e que pretende adquirir mais uma, renovando quase 50% da frota utilizada. “A troca é programada, porque não está muito fácil garantir financiamento, continua muito burocrático”. Quanto a taxa de juros, diz que atualmente compensa a contratação  por ser inferior a praticada pelo FCO. Até o final do ano passado, a taxa mínima era de 6% ao ano e hoje pode chegar a 5% ao ano.


São Paulo / SP
Tendência: após dois anos de recuperação, retrocesso nas matrizes de corte 
Pode ser pura coincidência. Mas a realidade é que os índices de evolução do alojamento brasileiro de matrizes de corte do triênio 2008/2010 apresentaram grande similaridade com aqueles observados no triênio 1999/2001, quando também ocorreu verdadeiro “boom” no número de cabeças alojadas, registrando-se significativa redução no exercício seguinte. Demonstrando: em 1999 o alojamento aumentou 16% e em 2008 pouco mais de 14%. O que se seguiu, em ambos os casos, foi um recuo significativo: em 2000, de 5,5%; em 2009, de 8,6%. E, no exercício seguinte (respectivamente, 2001 e 2010) expansão entre 4% a 5%. Nada impede que, em 2011 e no exercício corrente, essa “coincidência” tenha tido continuidade. Assim, como em 2002 e 2003 o alojamento anual aumentou 6,6% e 1,7%, teríamos no ano passado volume em torno dos 49,6 milhões de cabeças e, pelo mesmo raciocínio, cerca de 50,5 milhões de cabeças em 2012. Na realidade, o volume efetivo alojado em 2011 não deve ter sido muito diferente daquele que está sendo aqui projetado. Mas o de 2012 não deve se concretizar. Pois já no primeiro semestre do ano o setor enfrentou dificuldades financeiras que levaram a uma desaceleração do alojamento programado – um processo que vem se repetindo (aparentemente, com ainda maior intensidade) neste segundo semestre. Dessa forma, após dois anos de recuperação, o alojamento anual de matrizes de corte tende, novamente, a retroceder, ficando aquém do total registrado em 2011. Resta saber se a redução registrada será suficiente para dar equilíbrio ao mercado.

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SETOR AUTOMOTIVO

São Paulo / SP
Mercedes-Benz congela salários em SP e reduz jornada
A Mercedes-Benz fechou acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que prevê o congelamento dos salários dos 13 mil trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo/SP até 31 de janeiro de 2013. O emprego desses funcionários da montadora fica garantido pelo mesmo período. Até 31 de janeiro, a Mercedes-Benz em São Bernardo terá produção em quatro dias da semana, e não mais cinco. O acordo com a montadora também estende por um mês o lay off (programa de suspensão temporária de contrato de trabalho), de 17 de novembro para 17 de dezembro, para os trabalhadores contratados por tempo indeterminado. Além disso, ficou definida a parada da produção nos dias 17 e 24 de setembro; 11, 15 e 22 de outubro e 5 e 19 de novembro. A Mercedes-Benz acumula um total de 28 dias de paradas na produção neste ano, incluindo uma realizada na segunda-feira (10). As vendas de caminhões despencaram em 2012 por conta de mudança de tecnologia obrigatória para caminhões em todo o País e pela desaceleração da economia brasileira. "Havia um clima de intranquilidade e insegurança dentro da fábrica. O acordo celebrado hoje tranquilizará os trabalhadores porque garante que não haverá demissões até fevereiro do ano que vem", disse Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e secretário-geral da CUT, em nota distribuída à imprensa. Cerca de 7 mil trabalhadores da Mercedes-Benz definiram em assembleia na semana passada os parâmetros utilizados pelo sindicato na negociação do acordo com a montadora. (Agência Estado)


Salvador / Bahia
Montadora chinesa pode erguer fábrica de R$ 605 milhões na Bahia
Um dos braços da chinesa Foton Motor Group no Brasil, maior fabricante de veículos comerciais e pesados do mundo, vai assinar acordo com a Bahia para a construção de uma fábrica em Camaçari, na zona metropolitana de Salvador, disse o governo do Estado. A cidade já abriga uma unidade da Ford desde 2001. O anúncio acontece pouco mais de dois meses após a JAC Motors, também da China, congelar um investimento de R$ 900 milhões para erguer uma fábrica na mesma região, em negociação firmada em outubro do ano passado, à espera de decreto do governo federal para baixar o IPI de automóveis importados.
Alheia a isso, a Foton Motors do Brasil fala em um projeto de US$ 300 milhões (R$ 605 milhões) até a sua completa conclusão, em 2016. No ano passado, a empresa falava em investimentos de US$ 500 milhões. Na ocasião, a empresa também estudava outros Estados, como Goiás e Pernambuco.
A ideia é que a produção seja iniciada no final de 2013, em uma área de 1 milhão de metros quadrados, e que sejam produzidos 30 mil veículos por ano até 2017.
Segundo o governador Jaques Wagner (PT), haverá inicialmente a montagem de microônibus e pequenos caminhões. "Esperamos que, evidentemente, depois disso ela [a fábrica] se desenvolva mais", afirmou. Porém, o diretor executivo da Foton Motors do Brasil, Osmar Hidalgo, diz que as primeiras duas linhas de produção ainda estão sendo estudadas no mercado. Ele estará na assinatura do protocolo de intenções com o governo baiano na próxima sexta-feira. dia 14/9, em Salvador, ao lado de executivos chineses.
Mas, à semelhança do caso JAC, a maior parte do capital por enquanto não será asiático, e sim nacional. Por trás, o grupo Mater Participações. Hidalgo acrescenta que se trata do primeiro investimento industrial da Foton no país. E que o próximo passo já é o começo da terraplenagem.
As partes projetam a criação de mil empregos diretos e 6.000 indiretos. O planejamento prevê ainda a instalação de 130 pontos de vendas no país até 2017.
A divisão de caminhões da Foton, comandada pelo ex-presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, colunista da Folha, diz desconhecer formalmente o projeto, embora admita interesse em investir na Bahia.
A Foton atua em diversas áreas, de veículos de passeio à de construção civil. "Nós representamos o setor de caminhões, cuja primeira fábrica vai operar no ano que vem. Mas essa aí [de Camaçari] é de ônibus", explica Marcos Leandro, diretor comercial da Foton Aumark do Brasil. Os governos de Goiás, Pernambuco e Ceará chegaram a manifestar interesse e iniciar tratativas para esta obra. QUEDA - Após crescerem em ritmo veloz em 2011, as vendas de veículos chineses vêm caindo no país, de acordo com a Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadores de Veículos Automotores), que estima a queda em 40% neste ano, em relação ao mesmo período de janeiro a junho do ano passado. (Agência Folha)

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SERVIÇOS e VAREJO

São Paulo / SP
Procura por crédito cresce 3,1% em agosto
O número de consumidores que procuraram crédito no mês de agosto cresceu 3,1% na comparação com o mês anterior. O resultado representa a segunda alta mensal consecutiva do Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, divulgado ontem, dia 11/9. Na comparação com agosto do ano passado, houve recuo de 2,7%. No acumulado de janeiro a julho de 2012, a demanda do consumidor por crédito foi 5,6% inferior ao mesmo período do ano passado. De acordo com os economistas da Serasa Experian, o consumidor está demonstrando maior disposição em buscar crédito neste segundo semestre, aproveitando as taxas de juros mais reduzidas. Por outro lado, os primeiros sinais de recuo da inadimplência reabrem as portas do crédito para aqueles consumidores que estavam com dívidas em atraso e conseguiram regularizar a sua situação. Regiões - De acordo com a Serasa, na análise mensal houve alta nas cinco regiões brasileiras. A região Nordeste, em especial, apresentou a maior alta, de 5,2% frente ao mês anterior.


Paris / França
Carrefour vai trocar lojas com Intermarché na França
O Carrefour se reuniu com sindicatos "para anunciar um negócio que envolve a venda e compra de algumas lojas Carrefour Market", disse a porta-voz da empresa. A empresa revelou a representantes sindicais um plano para trocar 11 lojas no Norte e Oeste da França por cinco grandes lojas controladas privadamente pela Intermarché, afirmou Jean Yves Chaussin, delegado do sindicato CFDT no Carrefour. Segundo ele, a companhia disse que o acordo não inclui qualquer transferência de dinheiro. As ações da companhia fecharam em alta de 0,83% na Bolsa de Paris. O Carrefour afirmou que a receita anual das vendas das cinco lojas é significantemente mais alta que a das 11 lojas Carrefour Markets que trocará com o Intermarché e que o acordo não inclui nenhuma transferência de dinheiro, disse Chaussin. A varejista tem enfrentado dificuldades nos últimos anos com queda das vendas e erros estratégicos. Analistas atribuíram o mau desempenho ao excesso de confiança do Carrefour nas grandes lojas de hipermercados desatualizadas que vendem de tudo, desde baguetes a bicicletas, e sua forte presença na Europa Ocidental, onde enfrenta a concorrência feroz com consumidores de pechinchas em meio a uma crise econômica profunda. O executivo-chefe do Carrefour, Georges Plassat, recentemente indicado, disse que priorizará a redução dos custos da empresa e uma revisão das suas operações em alguns mercados. Sob a administração de Plassat, o Carrefour já vendeu ativos na Grécia e anunciou uma redução de entre 500 e 600 empregos na França. (Agência Dow Jones)


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COMÉRCIO EXTERIOR

Da redação - Sâo Paulo / SP
Desempenho das carnes na primeira semana de setembro

Os dados ontem divulgados pela SECEX/MDIC sobre os primeiros resultados das exportações brasileiras em setembro corrente são no mínimo surpreendentes. Porque, por exemplo, apontam para as carnes receita média diária de U$92,489 milhões - um valor que, além de ser inédito, representa aumentos de 66% e de 50% sobre, respectivamente, o mês anterior (US$55,537 milhões em agosto passado) e o mesmo mês de 2011 (US$61,600 milhões em setembro do ano passado). Porém, cotejando-se esse valor com outros dados da SECEX/MDIC observa-se que ele não deve se referir apenas às carnes suína, bovina e de frango mas, provavelmente, a todas as carnes exportadas pelo País. Mesmo assim, o resultado relativo especificamente às três carnes permaneceu elevado, pois somou US$78,378 milhões, apresentando expansão de quase 71% sobre o mês anterior e de 55% sobre setembro de 2011. 
Neste caso, tudo indica que no valor registrado foram computadas sobras do mês anterior, porquanto só as exportações de carne de frango alcançaram, em quatro dias de embarques, 80,5 mil toneladas – mais de 20 mil toneladas diárias. E em agosto passado, em 23 dias úteis, as exportações de carne de frango ficaram em 284.529 toneladas – 12.370 toneladas diárias. Ou, então – o que é mais provável –, os embarques da primeira de setembro (dias 1 a 9 nos registros da SECEX/MDIC) não se resumiram apenas aos quatro dias úteis do período. 
Mas a realidade (cruel) é que não devem ser esperados para setembro resultados tão bons quanto os ora apontados pela média diária. Simplesmente porque o nono mês de 2012 é, também, o mais curto do ano: tem somente 19 dias úteis, 17% a menos que agosto passado, este o mais longo do ano. Assim, ainda que as 80,5 mil toneladas de carne de frango in natura exportadas na primeira semana de setembro sinalizem embarque mensal superior a 350 mil toneladas, os embarques efetivos podem ficar em torno ou abaixo das 250 mil toneladas. No quadro abaixo, todos os valores à esquerda referem-se apenas às três carnes, enquanto o gráfico reflete a receita média diária de todas as carnes exportadas no período. 


Da redação - São Paulo / SP
Cresce exportações de carne suína
Exportações de carne suína crescem 5,42%, em volume, no acumulado do ano
As exportações brasileiras de carne suína aumentaram 5,42% de janeiro a agosto deste ano, em relação aos oito primeiros meses de 2011, totalizando 367.743 toneladas. Já a receita, no período, caiu 2,2%, passando a US$ 930 milhões. Agosto foi o melhor mês do ano em volume – 54,71 mil toneladas, e o segundo em receita – US$ 134,42 milhões. Em agosto, as vendas de carne suína aumentaram 19,24% em volume e 10,10% em valor, na comparação com agosto de 2011.  

Veja as estatística:

Rússia na liderança – Em agosto, a Rússia liderou o ranking, respondendo por 26,03% das exportações em toneladas e 28,35% da receita. O Brasil vendeu para os russos 14.241 toneladas (US$ 38,10 milhões), um crescimento de 387,43% em volume e 327,57% em valor, em relação a agosto de 2011. 

Principais importadores em 2012 - No acumulado do ano, porém, a Ucrânia (83.226 t) foi o principal destino da carne suína brasileira, respondendo por 22,63% das exportações. Em segundo lugar está Hong Kong (82.770 t), em terceiro, a Rússia (81.826 t), em quarto, Angola (26.847 t) e, em quinto, Singapura (18.674 t). 

Argentina: vendas crescem - Para a Argentina, o Brasil vendeu 3.586 t, em agosto, um aumento de 6,64%, ante igual período.

(Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA DA ABIPECS)

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TI, WEB e e-COMMERCE

São Francisco / EUA
Google compra empresa de segurança online VirusTotal
A Google anunciou a compra da VirusTotal, empresa de serviço online gratuito de antivírus e malware, no que pode ser um esforço para melhorar a segurança de seu navegador. O serviço da VirusTotal é bastante simples: basta entrar no site e selecionar um arquivo para a verificação, ou colar a URL de um site específico que você deseje verificar. Também está disponível um aplicativo desktop para Windows e extensões de navegador para Chrome, Firefox e Internet Explorer. Em um post de blog, a VirusTotal disse que irá operar de forma independente da Google e manter suas parcerias com empresas de antivírus e especialistas em segurança. A empresa afirma que a gigante das buscas pode ajudar a melhorar o serviço e "garantir que nossas ferramentas estarão sempre prontas quando você precisar delas”.
A Google disse ao TechCrunch, em comunicado, que pode proporcionar à VirusTotal "a infraestrutura necessária para garantir que o serviço continue melhorando”. Os termos do acordo não foram divulgados.
Tal como acontece com tantas aquisições de empresas de tecnologia, a companhia de Mountain View não está dizendo o que espera da ferramenta da adquirida, mas já que ela não é o único site de varredura online existente, pode ser que o serviço em si não seja exatamente no que a Google está de olho. Isto é apenas especulação, mas o valor da VirusTotal pode estar em suas parcerias com empresas de antivírus e no conjunto de informações que cria para suas análises. A Google já mostra resultados de busca de sites inseguros, alerta os usuários do Chrome sobre sites potencialmente maliciosos e verifica vírus em anexos de e-mails.  A gigante das buscas pode melhorar seus serviços de segurança já existentes usando informações da VirusTotal, por isso faria sentido para ele manter o serviço vivo e aumentar sua base de dados. Mesmo que a aquisição nunca se torne um produto tangível para os usuários, parece ser uma boa notícia para uma navegação mais segura na internet. (Fonte: PC WORLD/EUA)

Nova Iorque / EUA
Infosys compra Lodestone por US$ 350 milhões
A empresa indiana de serviços de TI Infosys efetuou a compra da consultoria suíça Lodestone Holding. O valor da transação foi de 350 milhões de dólares em dinheiro. Com a conclusão do negócio, prevista para outubro de 2012, a Lodestone passa a agregar mais de 850 funcionários, sendo que 750 deles são consultores SAP. Com a união, a companhia também ganhará mais de 200 clientes do setor industrial, das indústrias de fabricação, automotiva e das ciências da vida. Atualmente, a Infosys conta com cerca de 700 clientes. Além disso, após a aquisição, a companhia espera receita superior a 1 bilhão de dólares. A união vai alavancar a presença global da organização, principalmente na Europa continental e nos mercados emergentes como América Latina e Ásia-Pacífico. Pouco antes de ser comprada pela indiana, a Lodestone afetuou a compra da Actual Consulting, consultoria brasileira especializada em Business Intelligence (BI). A busca por um player nacional de nicho é parte da estratégia de crescimento no mercado nacional. Em julho, ela também adquiriu a  brasileira XtetSystems para reforçar análise de risco.
(Agência EFE)


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TELECOM

Rio de Janeiro / RJ
Telefônica Brasil divulga informações de plano de melhorias
A Telefônica Brasil divulgou ao mercado ontem, dia 11/9, informações apresentadas à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre seu Plano Nacional de Melhorias para telefonia móvel, exigido pela autarquia a fim de aumentar a qualidade dos serviços. De acordo com o departamento de Relações com Investidores da Telefônica Brasil, as informações foram apresentadas há algumas semanas, sendo liberadas para divulgação nesta terça-feira, e não apresentam alterações do plano anterior de atendimento ao usuário ou a investimentos em redes móveis da empresa.
Em apresentação publicada no site da operadora, foi reiterada a previsão de investimentos de 7,2 bilhões de reais na rede móvel da Vivo para o período 2012 a 2014, com 2,712 bilhões de reais estimados para este ano.
A fim de mitigar dificuldades geradas pela restrição identificada em algumas cidades quanto à instalação de antenas, problemas em licenças ambientais e mão de obra capacitada, a empresa informou que tem tomado diversas medidas, como compartilhamento de capacidade, construção conjunta de rotas de fibra ótica e uso de instalações com infraestrutura compacta.
A qualidade da rede tem sido um tema recorrente no setor de telecomunicações, principalmente nas últimas semanas, após a Anatel ter suspendido, em julho, as vendas móveis de TIM, Claro e Oi em diversos Estados por reclamações dos consumidores de falta de qualidade.
A Vivo não foi afetada pela sanção, mas também teve que apresentar seu plano. (Agência Reuters)



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