Edição 762 | Ano IV

Nova Iorque / EUA
Investidores da web entram em  depressão

Em junho de 2011, o fundo GSV comprou uma participação acionária no Facebook (ainda uma empresa de capital fechado). No mesmo dia, viu suas ações subirem 42%. Na onda de euforia da internet, ficou famoso por vender US$ 247 milhões em ações e usar o dinheiro para expandir sua carteira de startups (empresas iniciantes) investindo em nomes como Groupon e Zynga. Agora, o arrojado GSV sofre da mesma depressão que assola o Facebook. Após o fracasso da oferta pública da rede social, os papéis do GSV tiveram uma queda drástica - e até agora não se recuperaram. Suas ações, vendidas antes do fatídico IPO por US$ 15,35, agora são cotadas a US$ 8,54. "Na alta, fomos beneficiados mais do que merecíamos", disse o diretor executivo do GSV, Michael T. Moe. "Agora, na baixa, estamos sendo penalizados mais do que merecemos", lamentou o executivo. O GSV, ou Global Silicon Valley, é o maior dos vários fundos mútuos de participação limitada que oferecem aos investidores comuns uma chance de ter ações em empresas de capital fechado.
O fundo tem participações em 40 companhias, a maioria considerada inovadora. Aposta no possível lucro que essas startups vão gerar caso sejam vendidas ou abram capital. Mas tanto os fundos como as startups foram afetados pelos revezes do Facebook. O GSV, por exemplo, teve queda de 38% em suas ações.
Moe, de 49 anos, tem experiência nas violentas altas e baixas do mercado. Começou como corretor de títulos na Dain Bosworth, de Minneapolis. Conheceu o presidente da Starbucks, Howard Schultz, numa visita a Seattle, em 1992, e começou a administrar as ações da rede de cafés depois da abertura de capital da empresa. Depois de trabalhar na Merrill Lynch, em 1998, fundou uma butique de investimentos, vendida em 2007. No ano seguinte, fundou uma nova empresa de pesquisa de mercado, a NeXt Up Research, que expandiu suas atividades para a gestão de ativos e mudou de nome para GSV.
Dois meses depois de fundar o GSV, Moe comprou ações do Facebook, colocou dinheiro em startups de computação em nuvem, comércio na internet, mídia social e tecnologia limpa. Também investiu no Groupon, Zynga, Twitter, Gilt Groupe e Spotify. Mas Moe pagou um preço muito alto ao escolher várias startups extremamente valorizadas no mercado privado. Comprou o Facebook a US$ 29,92 por ação - cotada agora a menos de US$ 19. Adquiriu o Groupon, em agosto de 2011, a US$ 26,61 por ação, bem acima do preço de sua oferta pública inicial, de US$ 20. Hoje, a ação custa cerca de US$ 4.
As concorrentes do GSV também enfrentam dificuldades. O Firsthand Technology Value Fund, que tem ações do Facebook e de empresas de energia solar, como SolarCity e Intevac, caiu 65% em relação ao seu pico, em abril. "Pagamos demais pelo Facebook", disse Kevin Landis, diretor do Firsthand.
"Estamos nisso há bastante tempo. De vez em quando, podemos errar", afirmou Moe. Ele reconhece que o GSV passa por uma crise. "Infelizmente, temos um segmento que foi contaminado." Mesmo assim, ele ainda tem fé no Facebook. Qualquer que seja o preço da ação, diz, a rede social ainda é uma "empresa real", com receitas e lucros. "Não estamos fazendo essa avaliação no chute". (Fonte: The New York Times)


São Paulo / SP
Micro e pequenas empresas geram 77% dos empregos formais em julho
As micro e pequenas empresas foram responsáveis por 77,3% dos 142.496 empregos com carteira assinada criados em julho de 2012, mostra levantamento feito pelo Sebrae a partir da base de dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.
"O resultado mostra que as micro e pequenas empresas continuam sustentando o crescimento do mercado de trabalho interno, principalmente no setor de serviços. Os pequenos negócios são os motores da economia brasileira, que já mostra sinais de recuperação", afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto a divisão por setores, o de serviços foi o que mais empregou entre essas empresas, com 27,2% do total. Na sequência aparecem: construção civil (17,5%), comércio (13,8%), indústria da transformação (8,9%) e agropecuária (7,9%). No acumulado dos últimos 12 meses, foram gerados 1,54 milhão de postos de trabalho no país, o equivalente a um crescimento de 4,09% do contingente de assalariados com carteira assinada. (Agência Folha)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
IPC-Fipe acumula alta de 2,20% em até agosto de 2012
Com a alta de 0,27% no fechamento de agosto, a inflação da cidade de São Paulo medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acumula 2,20% nos primeiros oito meses de 2012, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Até julho, a taxa acumulada era de 1,93%. Entre janeiro e agosto de 2011, o IPC acumulava aumento de 3,88%. Nos últimos 12 meses encerrados no mês passado, a inflação avançou 4,10%, inferior ao verificado até julho, que foi de 4,23%. O grupo Educação continuou liderando o ranking das altas mais expressivas, entre janeiro e agosto, com 7,96%. Em segundo lugar, aparecem Despesas Pessoais, cujos preços subiram 4,92%. Em seguida, estão Saúde e Alimentação, com aumentos de 4,36% e 3,86%, respectivamente. Habitação tem uma taxa positiva de 0,73% no ano e Vestuário, de 0,86%. O único grupo a apresentar variação acumulada negativa é Transporte , com queda de 0,75%.
Nos últimos 12 meses encerrados em agosto, Despesas Pessoais (8,65%) e Educação (8,09%) têm as maiores valorizações. Alimentação vem na sequência, com elevação de 7,09% no período. De acordo com a Fipe, Saúde acumula variação positiva de 6,05% e Vestuário, de 2,52%. Habitação tem avanço de 2,17%. Já o conjunto de preços de Transporte acumula deflação de 0,34% nos últimos 12 meses terminados em agosto. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Fipe)


Da redação - São Paulo / SP
IPC-S tem alta na última semana do mês
O IPC-S de 31 de agosto de 2012 apresentou variação de 0,44%, 0,10 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação. Com este resultado, o indicador acumula alta de 3,52%, no ano, e 5,69%, nos últimos 12 meses. Nesta apuração, seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Os principais destaques partiram dos grupos Transportes (-0,34% para -0,04%) e Habitação (0,32% para 0,47%). Nestas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: automóvel usado (-2,31% para -0,68%) e aluguel residencial (0,27% para 0,42%), nesta ordem. 
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Vestuário (-0,70% para -0,57%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,46% para 0,49%), Alimentação (1,07% para 1,09%) e Educação, Leitura e Recreação (0,47% para 0,51%). Nestas classes de despesa destacam-se os itens: calçados (-0,02% para 0,45%), medicamentos em geral (0,13% para 0,24%), carnes bovinas (-0,20% para 0,62%) e passagem aérea (2,89% para 4,10%), respectivamente. 
Em contrapartida, apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Comunicação (0,29% para 0,10%) e Despesas Diversas (0,24% para 0,20%). Para cada uma destas classes de despesa vale mencionar o comportamento dos itens: pacotes de telefonia fixa e internet (0,64% para 0,18%) e alimento para animais domésticos (-0,01% para -0,30%), nesta ordem. A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 07.09.2012, será divulgada no dia 10.09.2012. (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


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MERCADO DE CAPITAIS
(Fontes: Bovespa, Dow Jones, InfoMoney, Agência Reuters, EFE)

HOJE - Fechamento:

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia fecham em queda com fator China
Os mercados asiáticos apresentaram baixa nos pregões de hoje,dia 4/9. Boa parte das bolsas da região reagiu desapontada com a ausência de medidas de estímulo econômico por parte de Pequim. Muitos investidores, contudo, andaram de lado, à espera da reunião de política econômica do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira.
- Este foi o caso na Bolsa de Hong Kong, que seguiu o embalo baixista dos mercados chineses. O Hang Seng caiu 0,7% e terminou aos 19.429,91 pontos.
- Já as bolsas da China tiveram o pior resultado em mais de três anos e meio. O Xangai Composto perdeu 0,8% e encerrou aos 2.043,65 pontos, o pior fechamento desde 2 de fevereiro de 2009. O Shenzhen Composto caiu 0,9%, aos 846,88 pontos.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou praticamente estável. Os investidores deram uma pausa para reavaliar suas carteiras e seus relatórios de ganhos do segundo trimestre. O índice Taiwan Weighted avançou apenas 0,01%, aos 7.451,35 pontos.
- Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul fechou em baixa com os investidores que aguardam a reunião do BCE. As ações das montadoras caíram, apesar de o sindicato dos trabalhadores da Hyundai Motor ter chegado a um acordo e terminado com a greve. O índice Kospi recuou 0,29%, aos 1.907,13 pontos.
- Na Austrália, a Bolsa de Sydney terminou em baixa com o fator China. Diante disso, o Reserve Bank of Australia deixou as mudanças na taxa de juros em espera. O índice S&P/ASX 200 caiu 0,6%, aos 4.303, 51 pontos.
- A realização de lucros derrubou a Bolsa de Manila, nas Filipinas. O PSEi caiu 0,8% e encerrou aos 5.175,87 pontos, com moderado volume de negociações. 


ONTEM – Fechamento:

São Paulo / SP
Bovespa e dólar têm leve alta em dia de poucos negócios
O feriado do Dia do Trabalho nos EUA tirou os investidores estrangeiros do mercado e esvaziou os negócios na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ontem, dia 3/9. O pregão foi morno, com pouca oscilação e volume abaixo da média. 
- O Ibovespa encerrou em alta de 0,39%, aos 57.281 pontos, depois de oscilar apenas 500 pontos, entre a mínima de 56.954 pontos e a máxima de 57.456 pontos. 
- O volume financeiro foi um dos menores do ano, de R$ 3,818 bilhões.
- O dólar comercial teve leve alta de 0,09%, a R$ 2,033, ante o real. 

Análise 1 - As ações da Vale e da Petrobras operaram em baixa durante a maior parte do pregão, refletindo os dados de atividade mais fracos na China. Já o setor elétrico esboçou recuperação, após as pesadas perdas da semana passada.
Entre as ações mais negociadas do Ibovespa, Vale PNA caiu 0,27%, para R$ 33,09; Petrobras PN recuou 0,33%, a R$ 20,68; OGX ON perdeu 0,79%, para R$ 6,25; e Itaú Unibanco PN subiu 1,16%, para R$ 32,05. As maiores altas foram Usiminas ON (4,74%, a R$ 9,93), seguida por JBS ON (4,67%, a R$ 6,04) e Ultrapar ON (4,56%, a R$ 45,38). Destaque ainda para as elétricas: Cemig PN (2,91%, a R$ 35,66), CPFL ON (2,55%, a R$ 22,05) e Copel PNB (1,51%, a R$ 36,94). Na outra ponta, as maiores perdas ficaram com Gol PN (-4,02%, a R$ 9,31), Marfrig ON (-3,56%, a R$ 11,09) e Fibria ON (-3,16%, a R$ 15,29. 

Análise 2 - Além do feriado americano, outros fatores deixaram os investidores em compasso de espera neste início de semana. O setor elétrico segue na expectativa da divulgação, pelo governo federal, das regras para renovação das concessões que vencem a partir de 2015. Lá fora, os investidores estão de olho na reunião do conselho do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira e nos outros possíveis desdobramentos relacionados à crise na região. Amanhã, o presidente do Conselho Europeu, Van Rompuy, tem reunião com a chanceler alemã Angela Merkel, enquanto o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, se encontra com o presidente francês, François Hollande.Por fim, o dado fraco de atividade na China reforça as apostas de que o governo do país possa anunciar algum tipo de estímulo à economia.


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INDÚSTRIA

Brasília / DF
Santa Catarina vence disputa e terá fábrica de aviões
O governo de Santa Catarina firmou ontem um acordo de R$ 80 milhões com uma empresa aeronáutica de São José dos Campos/SP. A Novaer Craft, atual produtora de trens de pouso para aeronaves, começará a produzir aviões próprios no Sul do país em dois anos. Este é o prazo previsto para que a fábrica seja construída na cidade de Lages. O novo modelo de avião receberá a certificação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e da Aeronáutica. A partir daí, devem ser produzidos 120 aviões por ano, segundo informou a companhia. Também estavam na disputa para receber a nova fábrica, os Estados de São Paulo e do Paraná. O governo de Santa Catarina, no entanto, se comprometeu a desenvolver políticas públicas para apoiar a indústria e será acionista da empresa. De imediato, se comprometeu a injetar parte do montante necessário para dar início às atividades da empresa: R$ 15 milhões. 

O governo estadual defende que o arranjo é vantajoso para a região, que será transformada em um polo aeroespacial. Até o momento, a Novaer planeja produzir dois modelos de pequenos aviões: um de dois e outro de quatro lugares. O primeiro é voltado para treinamentos militares. O segundo, atende ao transporte de passageiros e pequenas cargas. "Esse é o modelo com maior volume de vendas dentro e fora do país. Além disso, o Brasil é o segundo maior mercado para este tipo de modelo, atrás apenas dos Estados Unidos", disse à Folha o presidente da Novaer, Graciliano Campos.
Segundo Campos, este mercado hoje é atendido apenas por aviões de empresas estrangeiras. O projeto brasileiro, chamado T-Xc, foi feito pelo engenheiro Joseph Kovacs, projetista do 'Tucano', avião de maior sucesso da Embraer. O T-Xc custará US$ 700 mil. "Toda a estrutura da aeronave será de fibra de carbono. É o primeiro avião 100% fibra, material mais resistente que o aço e mais leve que o alumínio. Ideal para aviões, porque aumenta o desempenho", explicou o presidente da empresa. A nova fábrica já terá de atender a uma encomenda de 200 aviões, feita por uma empresa revendedora americana. A expectativa é de que sejam criados 400 empregos diretos e 1.500 indiretos. (Agência Folha)

São Paulo / SP
Mercado de resinas crescerá até 3% em 2012
A demanda doméstica por resinas termoplásticas apresentou sinais de aceleração nos últimos 60 dias, segundo informou, nesta segunda-feira, o vice-presidente da unidade de Poliolefinas da Braskem, Luciano Guidolin. Para Guidolin, contudo, ainda é cedo para afirmar se o movimento já reflete uma retomada da economia brasileira. "Uma parte da alta vem da sazonalidade do setor, mas ainda não sabemos se o efeito é causado apenas por essa sazonalidade. Pode ser reflexo também das medidas do governo", disse o executivo à Agência Estado, sugerindo que parte dessa alta pode ter origem em uma nova aceleração do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro causada por medidas do governo federal de incentivo à economia.
Para Guidolin, uma análise mais clara sobre o mercado doméstico só poderá ser feita a partir do início do quarto trimestre. Como a cadeia está com níveis 
baixos de estoques, uma eventual aceleração mais consistente da demanda pode obrigar as empresas a intensificar o ritmo de compras e, dessa forma, ampliar o período de compras para os últimos meses de 2012.
A aceleração da demanda doméstica por resinas no terceiro trimestre leva a Braskem a acreditar que o mercado brasileiro cresça entre 2% e 3% em 2012, com viés de alta mais próxima a 3%. Esse número, explica Guidolin, considera apenas os mercados de polietileno (PE) e polipropileno (PP). "Se considerarmos também o PVC, esse número seria um pouco maior", destacou. De igual maneira, o nível de vendas da Braskem também deve crescer acima de 3% neste ano, uma vez que a companhia tem conseguido reverter o movimento de perda de mercado para os produtos importados visto em anos passados.
Os números do primeiro semestre mostram que a maior dificuldade da cadeia tem sido a entrada de produtos importados acabados. Esse movimento levou a indústria de transformação plástica brasileira a registrar queda de 3,76% no volume produzido no primeiro semestre, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast).
O indicador foi pressionado pela queda de quase 10% na produção de veículos no semestre. Na outra ponta, o crescimento da demanda por plásticos pela 
indústria alimentícia ficou aquém do previsto. "Esperávamos um crescimento muito mais robusto", afirmou.
A indústria alimentícia, de acordo com o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz, registrou forte incremento de importações. Além disso, ressalta Guidolin, as vendas do setor indicam uma migração do consumo, de produtos mais simples por itens de maior valor agregado. Essa tendência altera o perfil das vendas do varejo, mas tem impacto limitado sobre o volume de produtos vendidos, e explica em partes a estabilidade da demanda doméstica por resinas no primeiro semestre deste ano. (Agência Estado)


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AGROBUSINESS

São Paulo / SP
Agronegócio pode transformar o Brasil em uma potência
Seca nos Estados Unidos vai provocar baixa nos estoques mundiais que levará, pelo menos, dois anos para ser recuperada. Momento é oportuno para o Brasil se tornar o celeiro mundial, aumentando áreas produtivas
"O agronegócio pode transformar o Brasil em uma potência. E o medo do mundo é que o país desperte para isso. O mundo sabe que poderemos dominá-lo pela boca. 
O Brasil tem tudo para conseguir isso, basta ser inteligente", diz o presidente da Aprosoja, Pedro Nardes.Segundo ele, há 20 anos se falava que iria faltar alimento no mundo. E esse momento chegou. Isso porque as expectativas são de preços favoráveis pelos próximos dois anos em função da seca que os Estados Unidos enfrentam. Essa condição afeta diretamente os estoques mundiais que já estavam baixos e, com essa frustração de safra americana vão permanecer, pelo menos, nos próximos dois anos muito baixos até que sejam recuperados. "Depois dos EUA enfrentarem a seca, vamos vivenciar uma nova era. A era da falta de alimentos no mundo", destaca. Isso porque a população tem aumentado e os espaços destinados a produção são pequenos. Só resta área ociosa na América Latina e na África. Os EUA produz 100% de sua área assim como a Europa. A China não tem mais onde aumentar sua área de produção. E quem será beneficiado com essa situação, se as leis no Brasil não atrapalharem, será a agricultura brasileira.
Hoje o país ocupa apenas 6,7% de seu território para a produção de grãos. Há 63% de matas nativas e o produtor, conforme Nardes, tem preservado, pois sabe a importância da preservação do meio ambiente para a continuidade de sua atividade. Todo agronegócio em conjunto, ocupa em torno de 27% do território nacional, incluindo pecuária, agricultura, todas as atividades. "O grão ocupa somente 6,7%. Temos muito o que expandir e sem derrubar uma árvore. Se dobrarmos nossa área, chegamos a 15% conseguiríamos dobraríamos a produção nacional. O Brasil tem muito espaço, só basta saber usar com inteligência, com projetos bem feitos e o governo ajudando o produtor brasileiro.
Principalmente no interior do Rio Grande do Sul, que estamos vendo a permanência somente das pessoas de idade e os jovens indo procurar um novo mercado de trabalho. Acredito que com essa seca nos EUA, vai mudar a visão da história e a visão do governo, especialmente dos governos perante nossa agricultura", explica.
O agronegócio significa 40% do PIB brasileiro, apesar da pouca área destinada à atividade. "Falam que somos o celeiro do mundo, mas na última sabra obtivemos 170 milhões de toneladas contra 580 milhões de t produzidas pela China e 560 milhões de t pelos EUA. Não produzimos nem mesmo 1/3 desse volume e nos chamam de celeiro do mundo", afirma.
Para o presidente da Aprosoja, é preciso considerar ainda que o país não necessita tanto de alimento como o resto do mundo, já que são 190 milhões de habitantes comprado com a China que é 1,3 bilhões de pessoas. "Não necessitamos tanto de alimento quanto eles precisam, mas temos condições de produzir e exportar mais", declara.
Prevenção de desastres - Com relação a seca que a região Sul do Brasil enfrentou na última safra de verão, o presidente da Aprosoja comenta que os reflexos poderão ser sentidos pelos próximos cinco anos, até que o produtor se recupere das perdas. Isso porque, as comodities enfrentaram alta dos preços e, o custo de produção também ficou mais caro. "Sem haver uma justificativa, o preço dos insumos teve alta entre 30% e 40%. No ano passado trabalhávamos com cerca de US$ 900 a tonelada e agora está em torno de US$ 1.300 o mesmo fertilizante. Isso é um absurdo. E impacta na frustração do produtor", diz. Segundo Nardes, alguns produtores não terão crédito na próxima safra porque não conseguiram liquidar as dívidas. O financiamento 2011/2012 foi prorrogado, mas existem prestações antigas, de equipamentos por exemplo e elas estão sendo executadas. Na última semana, a Aprosoja conversou sobre o tema com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro.
Para Nardes, o governo federal precisaria criar um fundo de catástrofe, porque no Brasil, já que não existe uma política agrícola definida programada para 
quatro a cinco anos, sendo todos os anos lançado um plano safra diferente, o fundo de catástrofe que o próprio agricultor seria o contribuinte, auxiliaria 
até mesmo para o seguro da lavoura. O fundo é uma das medidas que a Aprosoja tem discutido muito. Tanto no que tange a seca como a chuva em excesso. "A natureza é uma indústria céu aberto e necessita de uma proteção diferenciada", salienta. Ele exemplifica ainda que na atual seca que os produtores americanos estão enfrentando, o governo está subsidiando para os que estão tendo perdas, condição que não ocorre no Brasil. "Quando ocorre uma seca como a vivenciada neste verão no Estado, o produtor fica totalmente desprotegido. E tendo um fundo de catástrofe seria muito importante para o produtor e todos setores seriam beneficiados. A agricultura brasileira como um todo seria muito bem protegida", conclui. (Fonte: Diário da Manhã)


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SERVIÇOS e VAREJO

Nova Iorque / EUA
Lucro da Cencosud cai 41% com alta de custos
O grupo varejista chileno Cencosud, que controla a quarta maior rede de supermercados do Brasil, teve lucro líquido de 36,17 bilhões de pesos (US$ 75,3 milhões) no segundo trimestre, 41% menor que o ganho de 61,52 bilhões de pesos registrado no mesmo período de 2011, segundo comunicado divulgado na últimA sexta-feira à noite, dia 31/8. A queda no lucro foi atribuída à alta dos custos administrativos e de vendas, além de despesas financeiras e perdas cambiais maiores. A receita do Cencosud no trimestre ficou em 2,198 trilhões de pesos, ante 1,807 trilhão em igual período do ano passado. Além de Chile e Brasil, o Cencosud tem operações na Argentina, Colômbia e Peru. Em junho, o grupo listou ADRs na Bolsa de Nova York (NYSE). No Brasil, o Cencosud controla a rede mineira Bretas, a sergipana GBarbosa, as baianas Perini e Mercantil Rodrigues e a carioca Prezunic. (Agência Dow Jones)


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COMÉRCIO EXTERIOR

Brasília / DF
Meta de exportação para 2012 não será atingida
O governo desistiu da meta de exportação de US$ 264 bilhões prevista para este ano, segundo informou ontem, dia 3/9, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira. "O governo não vai atingir a meta de exportação para este ano, mas o resultado deve ser muito melhor do que tínhamos de 2008 para 2009, época do primeiro mergulho da crise", disse.
Segundo ele, a meta pode ser revista, mas o MDIC ainda não teve condições de apresentar um número. "O cenário é confuso. Qualquer meta agora tem influência da crise internacional e das greves", ressaltou.
O secretário enfatizou que o principal motivo para o não cumprimento é o comportamento da economia internacional, que tem gerado um quadro adverso para os parceiros do Brasil. Ele disse que o assunto é tema de preocupação no governo e ressaltou as medidas tomadas até agora para estimular a indústria, como a desoneração da folha de pagamentos e o Programa Reintegra. "Não é só questão de tomar medidas, mas sim de recuperação da economia internacional que tem diminuído a demanda por compras", disse. Teixeira disse que "a briga" do MDIC até o final do ano será de manter o patamar das exportações visto no ano passado, de US$ 256 bilhões. "Nós não queremos cair disso, mas dependemos da economia internacional e não de nós", ressaltou. "Estamos lutando fortemente para manter as exportações no mesmo patamar do ano passado, que foi recorde", continuou.


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TI, WEB e e-COMMERCE

São Paulo / SP
Twitter perde 24% de audiência em um ano no Brasil
A audiência do Twitter no Brasil caiu 24% durante o último ano, segundo pesquisa da comScore. O microblog teve 9,7 milhões de visitantes únicos em julho, contra 12,9 milhões no mesmo mês de 2011. Também houve queda na comparação com junho deste ano, quando a rede registrou 10,2 milhões de visitantes únicos, ou seja, uma redução de 4,9% em um mês.
Nos EUA, a rede cresceu. O número de acessos subiu de 32,7 milhões, em 2011, para 40,2 milhões em 2012 --um aumento de 22%.
Durante o mesmo período, o Facebook cresceu 64% aqui no Brasil e alcançou 42,4 milhões de usuários brasileiros, ainda segundo dados da comScore.
Um estudo da empresa francesa Semiocast, divulgado em julho deste ano, revelou que entre os 50 países que mais têm usuários no Twitter, o Brasil ficou em segundo lugar no ranking de nações que menos cresceu na rede nos últimos seis meses: 17%.
A pesquisa diz também que, ao todo, são 517 milhões de usuários registrados no Twitter - embora apenas 170 milhões sejam considerados perfis ativos. Do 
total, pouco mais de 40 milhões são brasileiros. A concorrência do Tumblr, que abriu uma representação no país, bem como de outras redes sociais como o Pinterest, podem ajudar explicar a queda do serviço.
No mês passado, Adam Bain, presidente de receita global do Twitter, anunciou que abrirá um escritório da empresa no Brasil, ainda sem data definida para começar a funcionar. A objetivo do executivo é aproveitar o acontecimento da Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016.
(Agência Folha)


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ENERGIA

São Paulo / SP
State Grid quer investir US$ 5 bilhões no Brasil até 2015
A empresa chinesa de energia State Grid quer investir US$ 5 bilhões no Brasil até 2015 e vê oportunidades em todos os segmentos do setor elétrico no país, afirmou o presidente da unidade brasileira da companhia, Cai Hongxian.
"Existem muitas oportunidades de investimento em geração, transmissão e distribuição", disse o executivo ontem, dia 3/9.
"A State Grid quer ser tratada como uma empresa local. Nós agimos como um 'player' local e queremos ser tratados como tal." No segmento de distribuição de energia, Hongxian considera que a State Grid pode colaborar com sua experiência nessa área na China para ajudar na modernização das redes no Brasil, embora não identifique atualmente nenhuma oportunidade firme de aquisição. "Estamos muito interessados em expandir os nossos negócios no Brasil. Mas, neste momento, estamos focados em transmissão."
A State Grid chegou a avaliar os ativos do Grupo Rede Energia no passado, porém definiu que a aquisição não seria atrativa. Atualmente, o grupo chinês não tem uma posição definida sobre o Grupo Rede, com dívidas de R$ 5,7 bilhões e que teve oito de suas nove distribuidoras com intervenção decretada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) na última sexta-feira.
Ele considera que existem desafios para administração de empresas de distribuição em áreas de pouca densidade demográfica, como é o caso de algumas unidades do Grupo Rede.
A forma de entrada da State Grid no negócio de distribuição de energia no Brasil não está claramente definida. O presidente da State Grid Brazil Holding disse que é preciso haver algum tipo de mudança para estimular maior investimento na modernização das redes de distribuição de energia no país, mas não entrou em detalhes.
O grupo chinês desembarcou no Brasil em 2010, quando comprou ativos da Plena Transmissora. Em maio deste ano, arrematou sete linhas de transmissão de energia no país da espanhola ACS.Entre as duas aquisições, a State Grid participou de leilões de linhas de transmissão. Em dezembro passado, venceu um lote para construção de duas subestações em consórcio formado com a estatal Furnas, do grupo Eletrobras. Em março deste ano, deu o melhor lance por dois lotes de transmissão que farão a interconexão das hidrelétricas do rio Teles Pires, desta vez em parceria com a paraense Copel.

Os leilões - A State Grid pretende ir ao leilão de transmissão de energia que licitará sistemas que fazem parte da conexão relacionada à hidrelétrica Belo 
Monte, chamados "pré-Belo Monte", que é o próximo certame esperado para 2012. "Estamos avaliando a participação com um parceiro local", disse, acrescentando que a empresa ainda não definiu a parceria nem quais lotes irá disputar. A State Grid também tem interesse em disputar o leilão de energia A-5, que contratará energia a ser entregue a partir de 2017 e está marcado para outubro, na disputa pelas hidrelétricas - algo que marcaria a entrada da empresa chinesa no segmento de geração no país. (Agência Reuters)

São Paulo / SP
Holding do JBS formaliza interesse em aquisição do grupo Rede Energia
A J&F, holding de controle do frigorífico JBS, apresentou no fim de semana uma manifestação formal para comprar o endividado grupo Rede Energia, incluindo a Celpa, segundo afirmou a juíza responsável pelo processo de recuperação judicial da distribuidora paraense de energia, Maria Filomena Buarque. Um representante da J&F disse durante assembleia de credores da Celpa ocorrida no sábado que a holding está interessada em comprar todo o grupo Rede Energia. Na sexta-feira, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decretou intervenção em oito das nove distribuidoras do grupo Rede, exceto a Celpa por estar em recuperação judicial, na maior ação direta do governo em toda a história sobre um setor regulado.
Até agora, a Equatorial Energia era a única que tinha manifestado oficialmente o interesse na Celpa e negociou com um período de exclusividade a aquisição da paraense.
Não havia indicação oficial de qualquer interessado em assumir a totalidade dos ativos do grupo Rede, que tem dívida de cerca de R$ 5,7 bilhões.
Além de controlar o JBS, a J&F é acionista majoritária da produtora de celulose Eldorado Brasil, da empresa de produtos de limpeza Flora e do Banco Original, com foco em financiamento do agronegócio.
O grupo Rede não seria a primeira incursão da J&F em uma empresa com problemas financeiros e de gestão. Em maio, a J&F fez acordo para assumir o comando da Delta Construções, que está no epicentro de denúncias envolvendo o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Mas a operação acabou não se concretizando diante da piora da situação econômico-financeira da Delta. Segundo o site da empresa, as nove distribuidoras do Grupo Rede operam em sete Estados e o seu colapso poderia colocar em risco o abastecimento de energia a uma área com 20 milhões de habitantes.

Na Celpa - No sábado, os credores da Celpa aprovaram em assembleia realizada em Belém o plano de recuperação judicial da companhia, que prevê um aporte de R$ 700 milhões na empresa. Não está claro, ainda, de onde viriam os recursos. Segundo pelo menos duas fontes que acompanham a negociação, a Equatorial não mostrou disposição de arcar com a totalidade da injeção de recursos na Celpa e a Eletrobras, que tem 34% de participação na distribuidora paraense, manifestou em diversas ocasiões que não pretende colocar dinheiro na companhia. A Equatorial pediu à Aneel flexibilização nos critérios regulatórios que medem a qualidade do serviço da Celpa e as perdas de energia causadas por furtos, os chamados "gatos", segundo explicou o diretor da Aneel, André Pepitone, em agosto. (Agência Reuters) 


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MERCADO DE LUXO

Da redação - São Paulo / SP
Pesquisa revela que setor do luxo continuará crescendo apesar da crise
egundo uma pesquisa apresentada pela Bain & Co. em parceria com a Fondazione Altagamma, em 2012 o setor do luxo deverá crescer entre 6% e 7%, atingindo uma receita de mais de 200 bilhões de euros. Segundo a pesquisa, os produtos que devem vender mais são os acessórios e os produtos de luxo absoluto, que incluem joias de alto nível e relógios. (LEIA NA ÍNTEGRA)

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AGENDA i-press.biz

Da redação - Porto Alegre / RS
Factum realiza Semana da Farmácia
A Escola Factum promove a Semana de Ensino do Curso Técnico em Farmácia. Profissionais falarão sobre temas como Farmácia Hospitalar, Economia da atividade do técnico em Farmácia e Uso racional de medicamentos. Durante o evento os alunos poderão concorrer a uma bolsa para um Curso de Qualificação de sua escolha. O calendário de palestras, que está disponível no site www.escolafactum.com.br, inclui participação de professores da Escola Factum e também dos profissionais Mauro Valêncio, Farmacêutico da Hydratus Dermatologia, Caroline Zanoni Cardoso, Responsável Técnico da Unidade Álvaro Alvim do Hospital Clínicas e Lídia Einsfield, Farmaceutica Residente em Saúde da Família e Comunidade do Grupo Hospitalar Conceição. Os alunos, que assistirem todas as palestras, poderão concorrer a uma bolsa integral do Curso de Qualificação de sua escolha. Para participar basta produzir um texto de 250 a 300 palavras sobre a Semana de Farmácia. O melhor trabalho será publicado no site e no facebook da Escola Factum e ainda ganhará a bolsa. 

Os resumos devem ser entregues até dia 10 de setembro conforme instruções em www.escolafactum.com.br. 


A Escola Factum atende hoje 1,5 mil alunos e está com as inscrições abertas para os Cursos de Qualificação Profissional. A instituição oferece as opções de Cálculo em medicações, Coletas de material em Laboratório Clínico, Central de medicamentos e esterilização e Atualização na prevenção e tratamento de feridas,  Boas práticas no procedimento do eletrocardiograma,  Grupos vulneráveis e a prática dos profissionais de saúde, Normas Regulamentadoras e Gestão Integrada de Resíduos. Os interessados podem entrar em contato  pelo e-mail informações@escolafactum.com.br ou pelo telefone (51) 3212.7600. (Fonte: Fabulosa Ideia Assessoria)



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