Edição Especial


O alto custo da irresponsabilidade

Kátya Desessards*
Sandro Schmitz** 

Nas últimas semanas tivemos uma sequência de anúncios – tratados aqui no i-press.biz na coluna Conjuntura -  que evidenciam a falácia da capacidade de um governo atuar de forma eficaz como agente econômico em uma economia de mercado. Os fatos mostram, de forma sequencial, uma clara visão da máquina estatal ao atuar como empresa... de que funciona apenas quando consegue se valer dos recursos do Tesouro do Estado ou quando recorre a modus operandi que modificam artificialmente o cenário econômico. Há uma realidade mascarada até então... Vejamos:

Primeiro foi o anúncio do dia 6 de agosto, do prejuízo da Petrobras nos meses de abril e junho desse ano, fato que não ocorria há 13 anos. Somados o prejuízo soma o valor de R$ 1.34 bilhão. A direção da empresa correu para culpar a alta do dólar pelo prejuízo em suas contas, mas tal atitude nem devia ser cogitada por eles por duas razões: 

- Primeiro, há meses todo o setor econômico afirmava categoricamente que a economia brasileira não suportava o dólar em níveis de R$ 1,60 por muito tempo e, em função disso o Banco Central vinha tomando medidas para que o valor subisse há meses, portanto, era previsível que isso ocorresse a qualquer momento;
- Segundo, usando esse argumento a empresa expõe sua área de planejamento, visto que admite que seu pessoal não considerou em momento algum o cenário de um aumento do dólar, mostrando despreparo.

Novamente, o erro é de uma empresa pública, mas quem irá pagar irá ser o setor privado, pois o governo já anunciou um aumento dos combustíveis com claros objetivos de tapar o furo nas contas. Mesmo se admitindo que a alta do dólar colaborou para o prejuízo, este fato não deve ser separado dos pesados investimentos realizados em poços de petróleo secos no valor de R$ 2,73 bilhões. Essas despesas não afetam o lucro bruto da empresa, mas têm impacto direto no resultado operacional, incluindo o lucro antes de impostos, depreciação e amortização (ebitda, na sigla em inglês).

Outro dado importante nesse cálculo que a Petrobras não está apresentando é o prejuízo de R$ 7,03 bilhões da área de abastecimento e refino, onde são lançados os custos com importação de combustíveis vendidos no País mais barato que o preço de aquisição. Apenas nesse semestre foi apresentado nos relatórios uma importação de 34% a mais de petróleo na comparação ao mesmo período em 2011, assim sendo, no primeiro semestre de 2012 a Petrobras acumulou saldo líquido negativo de R$ 9,4 bilhões em função da diferença entre as despesas com a importação de gasolina e diesel e a receita obtida com as vendas no País. 

Culpar apenas o câmbio é desconsiderar o alto grau de profissionalismo e preparo do mercado brasileiro e um enorme desrespeito com os milhares de investidores que a empresa possui no País. 

Outro sobressalto
Quatro dias após, no dia 10 de agosto, nova surpresa no mercado. A Caixa Econômica Federal (CEF) publica seu balanço do semestre e para surpresa geral anuncia que sua carteira de crédito está alavancada em 27,9, ou seja, seu ativo total é de 27,9 seu patrimônio líquido. O Banco do Brasil realizou a divulgação de seu balanço na mesma data e anunciou também a alavancagem total de 16,9 vezes seu patrimônio líquido. O que chama a atenção é o fato de que essa alavancagem é apenas nas carteiras de crédito, não incluindo todas as outras. 

Nos bancos privados as alavancagens são as seguintes: Itaú, 11,8 vezes seu patrimônio líquido em todas as carteiras conjuntas, Bradesco, 13 seu patrimônio líquido em todas as carteiras conjuntas, e, Santander, 6.6 seu patrimônio líquido em todas as carteiras conjuntas. Como se pode ver, o nível de comprometimento dos bancos privados é bem menor, visto que essas alavancagens envolvem todas as carteiras dos bancos, ou seja, crédito em geral. Obviamente que a CEF não saiu impune a isso, o índice de Basiléia que mede o nível de risco da instituição da instituição financeira recuou de 14.5% do ano anterior para 12.9% em junho desse ano que mede a capacidade de alavancagem do banco.

Por conta desse cenário, o governo federal garantiu que até o final do ano a instituição irá receber um novo aporte de capital para ocorrer ainda esse ano com garantia do Ministério da Fazenda para cumprimento dos programas governamentais. A instituição prevê um aumento na concessão de credito, ainda nesse ano, em patamares de 34.4%. Como disse antes, uma nova conta a ser paga pela população, dessa vez por meio do dinheiro dos impostos.

Se tal fato fosse feito com bancos privados, esses níveis de alavancagem que pudessem por em risco a saúde do sistema financeiro não faltariam membros do governo, assim como de entidades ligadas aos partidos do governo a acusar os irresponsáveis do setor privado, contudo, no atual cenário ninguém fala da atual sistemática de violação permanente das mais basilares regras do Sistema de Basiléia de gestão de risco financeiro, curiosamente, em meio a uma crise financeira mundial, originada de uma série de erros em função de riscos assumidos justamente na concessão de créditos e procedimentos errôneos de alavancagem. 

O argumento utilizado por muitos de que, “60% do crédito alavancado da CEF é em crédito imobiliário, o crédito com menor grau de risco que existe, com menor índice de inadimplência no mercado”. Concordo em partes, isso porque, alguém, por favor, poderia me dizer, qual a origem remota da presente crise mundial? Respondo, para facilitar. Não seriam as sub-primes, originadas das hipotecas (“mortages”), crédito imobiliário nos Estados Unidos da América, cujo crédito alavancado, diversas vezes, e feito resseguro era praticamente 100% garantido? Prudência, nunca é ruim, principalmente quando se pode contaminar todo o sistema financeiro.

Quando se esperava que o mundo financeiro pudesse se tranqüilizar fomos surpreendido por uma notícia bombástica no dia 20 de agosto de 2012. Nota do BNDES divulgou que seu lucro líquido caiu 48% em relação ao primeiro semestre de 2011. O Banco lucrou em 2012 o valor de R$ 2,7 bilhões, enquanto no ano de 2011 o valor foi de R$ 5,3 bilhões. 

A instituição colocou a culpa na crise internacional e sua influência no mercado acionário, em especial nos investimentos de renda variável, entretanto a renda fixa tem garantido uma redução na inadimplência da instituição. É curioso perceber que uma instituição que acompanha de perto todas as principais decisões econômicas do país, não possui um setor de estratégia que antecipe esse tipo de comportamento de mercado. 

É preocupante quando se percebe que um Banco de Desenvolvimento afirma que a renda fixa colaborou com 68.2% do resultado do semestre em termos de lucro liquido em um momento em que essa espécie de rendimento passa a ser o menos recomendável no mercado pelos baixos índices, em virtude das baixas taxas de juros. Nesses momentos se percebe que existe algo que não fecha a conta... em Brasília 

Preocupa o anúncio do BNDES porque estamos em uma fase de que se necessita fortes investimentos no país em infraestrutura e projetos de vital importância e me desagrada a idéia de se realizar os mesmos apenas por meio de títulos de divida, afinal tal procedimento, habitual em nosso governo, sempre geral muitos problemas e temos urgência nas obras. 

Não temos a menor dúvida de que, a qualquer momento, o Ministério da Fazenda deve anunciar o aporte de recursos no BNDES sob qualquer argumento ou, ainda, uma emissão de debêntures via BNDESPAR S.A, ou nova emissão de ações, mas de alguma forma essa conta irá ser, novamente paga pelo setor privada. 

Disso não se tem dúvida., Afinal, esse é sempre o fim dessa história. 

Responsáveis pela análise:
* CEO do site i-press.biz, membro da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento (SBGC)
** Analista de mercado internacional, membro da Associação Brasileira de Relações Internacional (ABRI)

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Edição 754 | Ano IV

Brasília / DF
BNDES tem lucro de R$ 2,7 bilhões no 1º semestre
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fechou o primeiro semestre com um lucro de R$ 2,7 bilhões. A cifra é 48% inferior a registrada no mesmo período do ano passado, quando a instituição lucrou R$ 5,3 bilhões. A queda no resultado teve como pano de fundo a crise financeira internacional, que afetou o desempenho das companhias e, por tabela, gerou instabilidade no mercado acionário. No primeiro semestre, o segmento de renda variável registrou uma retração de 67,5% frente ao primeiro semestre do ano passado, totalizando R$ 2,5 bilhões.
"O desempenho do mercado acionário fez com que o segmento de renda variável obtivesse um resultado inferior ao dos últimos anos", avaliou o diretor da Área de Mercado de Capitais do BNDES, Julio Ramundo. O executivo, porém, acredita que o fato do banco ter uma carteira robusta irá proporcionar melhores resultados para o BNDES no longo prazo. "Nossa perspectiva é que esses resultados continuem positivos", avaliou.
O balanço mostrou ainda que o resultado com a venda das participações societárias caiu 51% em relação ao apurado no primeiro semestre de 2011, enquanto o desempenho com equivalência patrimonial diminuiu 126,1% no mesmo período.Já o segmento de renda fixa contribuiu positivamente para o resultado. As operações de crédito e repasse cresceram 14,4% no primeiro semestre, somando R$ 4 bilhões. Em nota, o banco ressalta que o resultado foi positivo apesar da queda de taxas promovida nas linhas de financiamento do BNDES.Um dos fatores que ajudou a impulsionar o resultado do setor foi a expansão de 16,3% da carteira de crédito do banco por meio do aumento do volume de operações realizadas no período, especialmente no âmbito do Programa BNDES de Sustentação do Investimento (BNDES PSI).
(Agência Estado)


São Paulo / SP
Fusões e aquisições no setor de saúde batem recorde no 1º semestre
Rompendo a tendência do mercado global, o Brasil registrou um número recorde de fusões e aquisições no setor de saúde no primeiro semestre de 2012. Foram realizadas 433 transações no País, o que representa um crescimento de 55% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Dealogic compilados pela consultoria PWC.
De acordo com o relatório, as mudanças na regulação antitruste feitas em maio deste ano podem ter contribuído para o ritmo acelerado de negócios durante a primeira metade de 2012, bem como o cenário macroeconômico estável, com inflação controlada e menores taxas de desemprego.
Os números levaram o País a ser o terceiro do mundo em frequência de fusões e aquisições em saúde, atraindo cada vez mais investidores. Segundo a consultoria, alguns dos principais fatores que tornam o Brasil atrativo para investidores são: o rápido ritmo de crescimento do segmento de medicamentos genéricos; o potencial de expansão de mercado para US$ 8 bilhões introduzindo medicamentos patenteados para as cerca de 120 milhões de pessoas que compõem a classe média; e a falta de restrição ao capital estrangeiro para investimentos no setor. Além disso, características de mercados emergentes também favorecem o Brasil, como o crescimento dos planos de saúde e suas coberturas e o aumento da incidência de doenças como diabetes e hipertensão. Nos últimos meses, grandes empresas farmacêuticas multinacionais da Bélgica, Alemanha, Japão e Estados Unidos adquiriram fabricantes de produtos farmacêuticos brasileiras para ajudar a expandir a penetração no mercado. No segmento de equipamentos médicos, de acordo com o estudo, as multinacionais estão cada vez mais buscando estabelecer presença industrial no País para aproveitar os incentivos do governo para a produção local. (Agência Estado)


Brasília / DF
Petróleo sobe com valorização do euro
Os contratos futuros do petróleo operam em alta hoje, dia 21/8, sustentados pela valorização do euro, que por sua vez ganha terreno em meio a esperanças de que o Banco Central Europeu (BCE) intervenha para ajudar os países da zona do euro que mais sentem os efeitos da crise atual.
Uma eventual ação do BCE pode estimular as economias da região, gerando, deste modo, maior demanda pela commodity e apetite por ativos arriscados, como é o caso dos futuros de petróleo.
Às 8h25 (pelo horário de Brasília), o contrato do petróleo Brent para outubro subia 0,67%, para US$ 114,46 o barril, na plataforma ICE, em Londres. O contrato do petróleo WTI para setembro, que vence nesta terça-feira, avançava 0,61%, para US$ 96,56 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o WTI de outubro estava em alta de 0,63%, a US$ 96,86 o barril.
Segundo Dennis Gartman, da Gartman Letter, o mercado do petróleo está tranquilo esta semana, enquanto os investidores acompanham as ações e o câmbio e observam também a frágil situação da Síria.
O enfraquecimento do dólar, a queda que ocorrerá na produção do Mar do Norte em setembro por causa de atividades de manutenção e as tensões no Oriente Médio tendem a manter os preços do petróleo elevados em um ambiente de baixa liquidez, diz Ole Hansen, chefe de estratégias para commodities do Saxo Bank. Para ele, no entanto, é improvável que o brent supere a barreira dos US$ 115,50 o barril. Mais tarde, os participantes do mercado vão acompanhar os dados de estoques comerciais de petróleo dos EUA, que o American Petroleum Institute (API) divulgará na tarde desta terça-feira. As informações são da Dow Jones. (Agência Estado)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
Prévia do ICI indica avanço em agosto
A prévia da Sondagem da Indústria de agosto de 2012 sinaliza um avanço de 1,5% do Índice de Confiança da Indústria (ICI) na comparação com o resultado final do mês anterior, ao passar para 104,2 pontos. Após duas quedas consecutivas, o resultado levaria o ICI ao maior valor desde julho de 2011, embora ainda continue inferior à média recente, de 105,5 pontos.
O aumento da confiança em agosto está associado à melhoria da percepção sobre o momento presente.  O Índice da Situação Atual (ISA) alcançou 105,8 pontos na prévia, o maior nível desde julho de 2011, com alta de 3,1% em relação ao mês anterior. O Índice de Expectativas (IE) ficou relativamente estável, ao recuar 0,2%, para 102,6 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) preliminar avançou 0,3 ponto percentual em relação a julho, ao passar de 83,7% para  84,0%, valor que supera a  média dos últimos cinco anos (83,7%).
Para a prévia dos resultados da Sondagem da Indústria foram consultadas 801 empresas entre os dias 02 e 15 deste mês. O resultado final da pesquisa será divulgado em 27 de agosto. (Fonte: Assessoria de Imprensa FGV) 

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INDÚSTRIA

Brasília / DF
Governo lança programa de R$ 500 milhões para incentivar a indústria de software
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, lançou, ontem, dia 20/8, em São Paulo, o programa TI Maior, voltado para estimular o desenvolvimento e a internacionalização das empresas de software.
O programa terá um recurso anual de R$ 500 milhões, originados de desembolsos do Programa Estratégico de Software (Prosoft), recursos da Financiadora de Projetos e Pesquisas (Finep) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O programa inclui cinco estratégias. A principal delas é a formação de ecossistemas de base tecnológica local. O investimento previsto nesta área é de R$ 431 milhões. Também está prevista a criação de uma certificação de software desenvolvida no Brasil, a ser realizada pelo Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer e por empresas parceiras.
Virgilio Almeida, secretário de políticas de informática do ministério, afirmou que a certificação possibilitará que as empresas concorram nos processos de compras governamentais de software, podendo praticar preços até 10% acima de competidores que ofereçam softwares internacionais. A vantagem é prevista, pois o produto que tem um índice de nacionalização alto, podendo trabalhar com margem maior. "O governo federal gastou no ano passado R$ 7,5 bilhões em compras de softwares. Vamos usar o poder de compra do governo para estimular o setor", afirmou o ministro Raupp.

Incentivo a start-ups: R$ 40 bi até 2014 - O programa também prevê o lançamento de um edital, no prazo de 60 dias, para a seleção de aceleradoras que vão viabilizar a abertura de novas empresas de software. A meta para este ano é eleger quatro aceleradoras. Cada uma apoiará de oito a dez empresas novatas. O recurso previsto para esta área é de R$ 40 milhões até 2014 e será aplicado em até 150 empresas novatas.

Escritório no Vale do Silício deve promover exportação - O programa do governo inclui ainda a abertura de escritórios para o desenvolvimento de tecnologias no exterior. A primeira unidade será instalada em São Francisco, no Vale do Silício, Estados Unidos. O programa terá também uma oferta de cursos profissionalizantes em tecnologia da informação. A meta é formar 900 mil profissionais até 2022. O mercado de software no Brasil movimentou em 2011 US$ 37,5 bilhões, dentro PIB do mercado de tecnologia da informação de US$ 102 bilhões. A meta do governo com o programa é acelerar o crescimento da área para atingir US$ 150 bilhões a US$ 200 bilhões em dez anos.
A perspectiva é que o setor também eleve as exportações no mesmo período de US$ 2,4 bilhões para US$ 20 bilhões. (Agência Valor)

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AGROBUSINESS

Análise de Mercado
Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional, entre eles, frango, suíno e ovos 

Suíno vivo
Apesar da recuperação registrada nas últimas semanas, valor ainda é insuficiente para minimizar impactos da crise no setor
A valorização do quilo do suíno no Estado de São Paulo foi de quase 70% nas últimas semanas. Apesar da alta, de acordo com alguns produtores isso ainda não é suficiente para minimizar os impactos gerados pela crise que o setor enfrenta. Os produtores ainda demonstram insatisfação com o pacote de medidas criado pelo governo federal.
Há 30 anos Eduardo Walravens é produtor de suínos na cidade de Holambra, interior de São Paulo. Com a crise no setor ele foi obrigado a abater um maior número de fêmeas e até agora não conseguiu repor o plantel.
Com a recuperação do mercado de suínos nas últimas semanas, Walravens tem vendido o quilo do animal vivo a R$ 3,46. Para estimular produtores e tentar aliviar a crise do setor, o governo federal criou uma série de medidas, entre elas o valor mínim o de R$ 2,30 pelo quilo do suíno vivo nas regiões Sul e Sudeste.
Mesmo com os preços reagindo nas últimas semanas, o embargo russo continua trazendo prejuízos ao setor produtivo. Segundo o presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), Waldomiro Ferreira, os preços só não caíram ao patamar zero em função dos chamados resíduos contratuais, que por sinal ainda precisam ser cumpridos. Ferreira avalia que o momento é de cautela para o suinocultor. (Canal Rural / Agência Estado)

GO R$3,70
MG R$3,70
SP R$2,57
RS R$3,01
SC R$2,70
PR R$3,20
MS R$2,00
MT R$2,46

Frango vivo
Esperava-se mais da terceira semana de agosto, além dos dois reajustes de cinco centavos cada obtidos no período. Mas as expectativas foram frustradas pelo inesperado surgimento de grande oferta de aves vivas no interior de São Paulo em consequência de problemas operacionais em um abatedouro paulista. O que significa que, além da lei da oferta e procura, outra lei pode interferir nas condições de mercado: a Lei de Murphy – aquela que diz que se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará.
De toda forma, a ausência de novos ajustes além dos dois obtidos pode não estar de todo ligada a esse incidente. Primeiro, porque estamos na segunda quinzena do mês, período em que os negócios do varejo sofrem forte desaceleração. Segundo, porque os novos preços alcançados pelo frango começam a ser repassados ao consumidor que, só agora, passa a enfrentar no bolso os efeitos do custo mais elevado ao nível do p rodutor. Será que vai absorvê-los sem problemas? 
Será que vai comparar o frango com a carne bovina, por exemplo?
A realidade é que - daqui para a frente e até, pelo menos, o final de agosto - a equiparação entre custo e preço ora obtida só será mantida se a oferta se mantiver ainda mais ajustada do que esteve nos últimos dias.
A propósito, sabe-se pelo próprio andamento do mercado e independente das informações do setor, que em julho passado e após dois meses de expansão, o alojamento de pintos de corte voltou a recuar. Como, porém, a maior parte dos pintos alojados no mês teve sua incubação iniciada em junho (aproximadamente um terço dos alojamentos mensais provém de incubações iniciadas no mês anterior) é certo que os efeitos dessa redução somente chegarão ao mercado de frangos mais à frente - provavelmente na primeira quinzena de setembro.
Por isso, até lá, os abates antecipados deverão ser mantidos ao extremo. A menor oferta de carne é, todos sabem, a única forma de impedir nova deterioração dos preços. (Avisite)

SP R$2,40
CE R$2,60
MG R$2,50
GO R$2,00
MS R$1,95
PR R$1,90
SC R$2,05
RS R$2,05

Ovos
Após um período de firmeza de mercado que, por ora, permite que o preço do mês alcance a melhor média do ano e o maior valor nominal de todos os tempos, o ovo começa a dar mostras de que sua oferta começa a exceder os níveis de demanda.
E como, daqui até o final de agosto, a tendência natural é de queda crescente nos níveis de comercialização (situação típica de toda segunda quinzena do mês), os níveis de incremento atuais – 19,20% em relação ao mesmo mês do ano passado; 2,94% em relação a julho de 2012 - tendem ao decréscimo.
Naturalmente, não é o melhor momento para que isso ocorra, pois os custos de manutenção de uma poedeira, moderados até recentemente, crescem de maneira preocupante à médida em que novas aves entram no processo de produção. Com isso, o custo de um ovo produzido atualmente é significativamente maior que o de três ou quatro meses atrás.
Em circunstâncias como essa (e que tendem a se deteri orar ainda mais com a aproximação da primavera) só resta preservar a remuneração recebida. E, para isso, o único caminho é manter o equilíbrio entre oferta e procura. (Avisite)

Ovos brancos
SP R$55,00
RJ R$60,00
MG R$65,00

Ovos vermelhos
MG R$68,00
RJ R$63,00
SP R$58,00

Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 89,98 com a variação em relação ao dia anterior de 0,35%.  A variação registrada no mês de Agosto é de 0,16%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou a semana cotado a US$ 44,66.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F. 
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR. 
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Triangulo MG R$88,00
Goiânia GO R$85,00
Dourados MS R$84,00
C. Grande MS R$85,00
Três Lagoas MS R$86,00
Cuiabá MT R$81,00
Marabá PA R$85,00
Belo Horiz. MG R$90,00

Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 84,00. O mercado apresentou uma variação de 0% em relação ao dia anterior. O mês de Agosto apresentou uma variação de -0,40%.
O valor da saca em dólar fechou a semana cotado a US$ 41,69. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$80,50
Goiás - GO (média estadual) R$79,50
Mato Grosso (média estadual) R$74,00
Paraná (média estadual) R$84,00
São Paulo (média estadual) R$82,00
Santa Catarina (média estadual) R$74,50
M. Grosso do Sul (média estadual) R$79,00
Minas Gerais (média estadual) R$78,50

Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 33,10 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0,03% em relação ao dia anterior e de -0,24% no acumulado do mês de Agosto. 
O valor da saca em dólar fechou a semana em US$ 16,42.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$25,00
Minas Gerais (média estadual) R$29,00
Mato Grosso (média estadual) R$25,50
M. Grosso Sul (média estadual) R$27,50
Paraná (média estadual) R$33,35
São Paulo (média estadual) R$33,10
Rio G. do Sul (média estadual) R$34,00
Santa Catarina (média estadual) R$33,00
(Fonte: COMUNICAÇÃO UNIQUÍMICA)

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SETOR AUTOMOTIVO

São Paulo / SP
Honda vende 65% mais com IPI reduzido
Há nove dias úteis para o possível término da redução do IPI, a Honda foi a montadora que mais se beneficiou com o pacote de ajuda do governo para o setor. Segundo dados da consultoria Oikonomia, especializada no mercado automobilístico, a montadora japonesa teve um aumento de 64,6%% nas vendas diárias após a redução do imposto. Foram, em média, 661 veículos vendidos por dia, contra 401 antes da redução do imposto. O segundo lugar da lista ficou com a Peugeot, com vendas diárias de 349 veículos – um crescimento de 42,5%. As “veteranas” Volkswagen e Fiat tiveram, respectivamente, alta das de 42,2% e 40,9% nas vendas pós-IPI, ocupando a terceira e a quarta colocações. GM e Ford ganharam menos com o imposto reduzido, registrando altas de 30,2% e 25,7%, respectivamente.
(Fonte: Agência IG/SP)

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TI, WEB e e-COMMERCE

São Paulo / SP
Apple é a empresa mais valiosa da história, com US$ 623 bilhões
A gigante da informática norte-americana, Apple, alcançou nesta segunda-feira o maior valor de mercado de todos os tempos nos Estados Unidos, superando a máxima anterior alcançada pela Microsoft em 1999.
As ações da Apple fecharam o dia na Nasdaq com uma alta de 2,63%, até os US$ 665,15, o que elevou seu valor em bolsa para US$ 623,520 bilhões.
O recorde anterior pertencia à Microsoft, cujo valor de mercado chegou a US$ 616,3 bilhões em dezembro de 1999, embora agora se situe em US$ 257,570 bilhões, segundo o jornal "The Wall Street Journal".  As ações da empresa têm sido impulsionadas por especulações sobre o lançamento de novos smartphones iPhone e tablets iPad, assim como uma "iTV".
O banco de investimentos Jefferies alimentou o entusiasmo do mercado ao elevar na sexta-feira o preço-alvo da ação da Apple para US$ 900.
(Fonte: Agência IG/SP)

Nova Iorque / EUA
Facebook perde metade do valor de mercado
As ações do Facebook caíram nesta segunda-feira para menos da metade do preço de estreia na bolsa, três meses após a oferta pública inicial da rede social. No começo do pregão em Nova York, os papéis do Facebook chegaram a ser negociados a 18,75 dólares, em baixa de 1,6 por cento. A ação da empresa começou a ser negociada em 18 de maio ao preço de 38 dólares.
Às 11h14 (horário de Brasília), os papéis do Facebook reduziam a perda e cediam 0,3 por cento, para 18,99 dólares.

Para relembrar - As ações do Facebook causaram grande comoção quando começaram a ser negociadas na bolsa eletrônica Nasdaq, em maio. Naquele dia, a rede social quebrou o recorde da General Motors e se tornou a empresa com maior volume de ações negociada no primeiro pregão . Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, aos 28 anos foi instantaneamente catapultado à lista dos mais ricos do mundo. Mas nem tudo saiu conforme o planejado. A companhia acabou acusada de ter compartilhado algumas informações ruins apenas com determinados investidores, o que enfureceu parte do mercado. Além disso, erros de tecnologia no sistema da Nasdaq causaram grandes prejuízos, segundo alguns operadores .  Desde então, após revisões negativas na prjeção de algumas receitas, como a publicidade em dispositivos móveis, as ações listadas como FB têm encarado queda quase rotineira, culminando na baixa desta segunda-feira. (Agência Reuters)



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