Edição 748 | Ano IV


Rio de Janeiro / RJ
Desaceleração econômica faz empresas adiarem investimentos de US$ 95 bilhões 

Nos últimos dois meses, pelo menos US$ 95 bilhões em investimentos no Brasil foram suspensos ou tiveram seus cronogramas de entrada em operação postergados. A lista inclui companhias como Anglo American, Vale, Braskem, JAC Motors e, principalmente, a Petrobrás.Apenas a estatal do petróleo revisou projetos orçados em quase US$ 70 bilhões. A siderurgia também foi muito afetada por essa pisada no freio. O setor trabalhava com um plano de investimentos de US$ 17,4 bilhões até 2017, adiado sem previsão de retomada.Além dos projetos que estão na geladeira, outros empreendimentos dados como certos agora enfrentam muita dificuldade para sair do papel. É o caso da construção de fábricas ainda em estudo por Volkswagen, Volvo, BMW e Land Rover, no Rio. Juntos, esse projetos estão orçados em cerca de US$ 4 bilhões.
A interrupção reflete a cautela das companhias diante da desaceleração da economia brasileira e da crise na Europa e nos Estados Unidos, que reduz a demanda externa por seus produtos. "Nesse contexto, é natural as empresas adiarem investimentos para privilegiar a geração de caixa", diz o professor de economia da PUC-SP, Antonio Corrêa de Lacerda. Ele calcula que o Produto Interno Bruto (PIB) acumulado de julho de 2011 a junho de 2012 esteja próximo de zero, o que significa estagnação.
Lacerda classifica o quadro como um "efeito cautela" de grandes grupos, que não veem urgência em ampliar sua capacidade de produção. O lado positivo, diz, é que não houve projetos cancelados. O problema é que o adiamento de planos por empresas âncoras do País gera uma reação em cadeia. "Quando uma Vale ou uma Petrobrás adiam ou reduzem investimentos, isso se multiplica. Há um efeito manada entre fornecedores e concorrentes", acredita.

O desafio - O presidente da Vale, Murilo Ferreira, não esconde a preocupação com o atual momento "desafiador". Durante a divulgação do último balanço 
financeiro da mineradora, Ferreira revelou que decidiu reavaliar semanalmente o orçamento de todos os projetos de expansão e que a nova postura já vai 
nortear a elaboração do plano estratégico da companhia para 2013.
Para o economista e presidente da Inter B Consultoria, Claudio Frischtak, o aumento da capacidade ociosa da indústria nos últimos meses levantou uma 
"bandeira vermelha" para o investimento. As companhias, ressalta, só levam adiante projetos de expansão quando há uma perspectiva positiva de crescimento do  ercado, o que não se vislumbra atualmente. "O mercado jogou um balde de água fria. Ainda tem investimentos avançando, mas não no mesmo ritmo, não captando os mesmos recursos."
Para Fernando Puga, chefe do departamento de análise econômica do BNDES, essa série de adiamentos reflete a expressiva oscilação do cenário mundial e a dificuldade de se chegar a uma solução para a crise europeia. Embora o BNDES acredite que o investimento vá crescer acima do PIB nos próximos meses, o fraco desempenho do início do ano impedirá uma recuperação frente a 2011. No ano passado, a taxa de investimento do País foi de 19,3%, já abaixo do nível pré-crise (19,1% em 2008).
"Na melhor das hipóteses, vamos manter constante a taxa de investimento em 2012, mas o cenário mais provável é de uma ligeira queda. O primeiro trimestre vai fazer o investimento no ano andar de lado", diz Puga.
Os desembolsos do BNDES de janeiro a maio cresceram apenas 1% frente ao mesmo período de 2011, estacionando em R$ 43,8 bilhões. Mas o economista destaca que houve alta nas consultas (27%) e enquadramentos (13%), o que sinaliza a disposição para investimentos futuros.
Apesar dos adiamentos acenderem o sinal amarelo, a visão de especialistas ouvidos pela Agência Estado é de que a retomada começará entre o fim de 2012 e o início de 2013. A despeito da queda de 5,5% da produção industrial e da desconfiança do empresariado quanto à eficácia do Plano Brasil Maior, a aposta é que a queda da taxa Selic e as medidas de estímulo, como a desoneração da folha de pagamentos e redução do IPI para automóveis, façam efeito a partir do segundo semestre.

O freio - "É um freio de arrumação, mas é limitado. As empresas não podem deixar de investir diante da concorrência", diz Lacerda. A perspectiva é que a 
recuperação chegue primeiro aos setores puxados pelo consumo doméstico, como serviços, linha branca e automotivo. Mas o maior impulso deve vir da 
infraestrutura. Há grande expectativa em torno do anúncio do chamado "PAC das Concessões" até o fim do mês. O setor público deverá preparar o terreno para investimentos privados, clareando a regulação, preparando a modelagem e financiando via BNDES. No caso das produtoras de commodities, o rearranjo deve ser mais longo, já que elas têm sua demanda e cotação afetadas diretamente pela deterioração do cenário externo. Diante de um excedente de mais de 500 milhões de toneladas de aço no mundo e consumo do produto estagnado no mercado interno, o Instituto Aço Brasil (IABr) diz que os US$ 17,4 bilhões em investimentos em expansão e novas capacidades previstos até 2017 estão congelados. As siderúrgicas brasileiras operam com apenas 68% de sua capacidade instalada, bem abaixo da média histórica, de mais de 80%. Na área petroquímica, a Braskem mantém o plano de investir cerca de R$ 1,7 bilhão este ano, mas admite que o agravamento da crise pode adiar a nova fábrica de polipropileno prevista para ser erguida na Bahia. (Agência Estado)


Brasília / DF
PIB tímido faz governo repensar estratégia de estímulo à economia
Preocupada com o fraco desempenho da economia brasileira neste ano, a presidente Dilma Rousseff prepara mais um pacote de medidas para tentar reverter tal quadro. A primeira etapa desse novo plano deve ser anunciada ainda nesta semana, incluindo concessões de rodovias e ferrovias ao setor privado. Desta vez, porém, os projetos em discussão podem indicar uma mudança sensível na gestão econômica do país, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil. As ações buscam baixar os custos de produzir no Brasil e ampliar o papel da iniciativa privada na economia. O governo, dizem eles, parece ter se convencido de que a principal estratégia adotada desde o governo Luiz Inácio Lula da Silva para promover o crescimento deixou de surtir efeitos.
Segundo esses analistas, a alta do consumo interno que alimentou grande parte do êxito econômico dos últimos anos – facilitada tanto pelo aumento do crédito quanto pela elevação da renda entre os mais pobres – não é mais capaz de sustentar taxas de crescimento satisfatórias.
Ao aumentar o espaço para a iniciativa privada e esforçar-se para baratear os custos de produção, afirmam, o governo ampliaria seu leque de estratégias, o 
que permitiria uma retomada a longo prazo da economia. Com as ações, Dilma quer evitar novas reduções na projeção de crescimento do PIB deste ano. O governo já baixou sua previsão de crescimento de 4,5% para 3%, enquanto analistas consultados pelo Banco Central estimam que o PIB crescerá apenas 1,81%, segundo o último boletim Focus divulgado ontem, dia 13/8.
Nas próximas semanas, grandes empresários devem ser convidados a Brasília para assistir ao anúncio da primeira parte do pacote econômico. Entre as medidas em discussão estão novas desonerações para a indústria, a redução das tarifas de energia e privatizações de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.
O grau dos estímulos, porém, dependerá da disposição do governo em reduzir o superavit primário – a economia para abater a dívida pública. A meta do 
superavit em 2012 é de 3,1% do PIB, mas o governo considera reduzi-la para aumentar os gastos ou promover novas desonerações. Também será levada em conta a perda na arrecadação com o Plano Brasil Maior, recentemente aprovado no Congresso e que reduziu alíquotas para vários setores industriais.

Diagnóstico atrasado - Para Silvia Matos, professora do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas, "o governo parece estar convencido de que o problema (da economia) é mais estrutural". "O diagnóstico é correto, mas demorou", afirma à BBC Brasil. 
Segundo Matos, os últimos incentivos à indústria concedidos por Dilma – como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para montadoras de veículos – não foram suficientes para erguer o setor. Nem mesmo a recente desvalorização do real (que barateou produtos brasileiros no exterior) e a 
progressiva redução na taxa básica de juros (que baixa custos de empréstimos no país) surtiram grandes efeitos por enquanto.
De acordo com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), apesar de uma pequena melhora nos indicadores industriais em junho, o primeiro semestre foi "perdido" para a maioria do setor. Dos 19 segmentos monitorados, 11 tiveram queda no uso da capacidade instalada, o que indica o esfriamento da atividade industrial.
A professora do Ibre diz que a tendência já era verificada em 2011. Para ela, os fracos resultados se devem principalmente aos altos custos de produção no 
Brasil, que encarecem os produtos nacionais. Entre os principais fatores para as despesas elevadas estão o alto preço da energia, infraestrutura falha e mão-de-obra mais cara que em outros países emergentes.
Dilma tem sinalizado que pretende baixar o preço da energia para as indústrias. Com a extinção de algumas taxas por meio de Medida Provisória, calcula-se que os custos possam cair até 10%.
Se houver menos impostos, Dilma estará em melhor posição para exigir que as concessionárias baixem os preços da energia na renegociação de contratos que expiram a partir de 2015. A despeito da pressão de federações industriais, a presidente pode decidir renovar os contratos com as atuais concessionárias.
Reduções ainda mais expressivas na eletricidade dependeriam de negociação com os governadores, já que um dos principais impostos que incidem sobre a energia, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), é definido pelos Estados.

Investimentos - Matos cita ainda como agravantes para a má situação da indústria a crise mundial, que reduz a demanda por manufaturas, e o endividamento da população brasileira, que diminui o consumo.
Segundo a professora, o governo poderia reduzir o superavit em cerca de meio ponto percentual, desde que o gasto extra seja em investimentos. O governo teria ainda de baixar os custos de produção, dando mais espaço à iniciativa privada, diz Matos. A estratégia está contemplada nas discussões sobre uma nova rodada de privatizações. Em fevereiro, o governo concedeu três dos maiores aeroportos do país (Guarulhos, Viracopos e Brasília) a empresas privadas. Agora, cogita-se privatizar alguns dos principais portos do país.
"O governo percebeu que as concessões são o caminho para impulsionar os investimentos", diz Felipe Salto, economista da consultoria Tendências.
Segundo ele, as privatizações também ajudariam a reforçar o caixa do governo. Por outro lado, o economista e diz preocupado com uma possível nova rodada de desonerações para a indústria. "Na ausência de mudanças estruturais, podem até gerar demanda e crescimento de curto prazo, mas também provocam maior inflação", ele afirma.
A solução, diz ele, é aumentar as despesas com investimentos, ampliando também as condições de oferta da indústria. As desonerações, segundo Salto, ainda prejudicariam o equilíbrio fiscal e afetariam as expectativas do mercado sobre a manutenção das regras do jogo.
Para o economista, as greves dos servidores públicos federais por maiores salários impõem outro risco às contas públicas. Segundo Silvia Matos, do Ibre, o governo precisa criar mecanismos de controle para os gastos com servidores e com a Previdência, que vêm crescendo "de forma preocupante". "Há que definir regras para os reajustes, senão o governo ficará refém do funcionalismo público." (Fonte: Agência BBC Brasil)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Brasília / DF
Mercado eleva projeção da inflação para 5,11% em 2012
Diante de novos sinais de pressão sobre os preços, o mercado elevou pela quinta vez seguida a projeção para a inflação neste ano, mas manteve a perspectiva de mais afrouxamento da política monetária no curto prazo, mostrou pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.
Os especialistas consultados também pioraram, pela segunda vez consecutiva, suas contas para o desempenho da economia brasileira neste ano. De acordo com a pesquisa, as estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano apontam para alta de 5,11%, ante 5% no período anterior. Para 2013, os especialistas mantiveram suas projeções para o indicador em 5,50%.
Os resultados mostram que o mercado vê a inflação afastando-se do centro da meta oficial, de 4,5%, impulsionados pela divulgação do IPCA de julho, na semana passada, cuja alta acelerou para 0,43%, acumulando em 12 meses 5,20%.
O repique da inflação, no entanto, não preocupa o governo, cuja avaliação é de que essas pressões são pontuais e vão perder força. O problema maior continua sendo a atividade econômica ainda fraca. Diante dos sinais recorrentes de uma recuperação continua difícil, os analistas consultados pelo BC mantiveram a expectativa de que a Selic terminará 2012 a 7,25%, mostrou a pesquisa Focus. Para o fim de 2013, a expectativa também não mudou, ficando em 8,50%.
A redução da taxa básica de juros -que já passou por oito cortes seguidos desde agosto do ano passado, para a atual mínima recorde de 8% -, faz parte da política do BC para impulsionar a economia. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nos próximos dias 28 e 29 e a expectativa é de que haja mais um corte de 0,50% na taxa.
Os analistas ainda mantiveram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) firmemente abaixo de 2 por cento. O Focus mostrou que eles agora preveem que 2012 terminará com alta de 1,81%, ante 1,85% na semana passada, o segundo corte seguido. Para 2013, a estimativa permaneceu em 4%.
A produção industrial vem sendo o catalisador do pessimismo no mercado, ao se mostrar como empecilho para a retomada da atividade econômica brasileira, levando a ações do governo para estimular a atividade.
Embora tenha voltado a registrar uma alta mensal depois de três quedas consecutivas, o avanço de 0,2 por cento na atividade industrial em junho veio abaixo das expectativas do mercado.
Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o emprego na indústria brasileira registrou em junho a quarta queda seguida ao recuar 0,2%.
Diante desse cenário, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já adiantou que o governo anunciará novas medidas de estímulo ao investimento, e ainda afirmou que a atividade econômica será melhor no terceiro trimestre.
Ainda segundo o Focus publicado nesta segunda-feira, o mercado manteve a previsão de que o dólar encerrará este ano e o próximo a R$ 2.
(Agência Reuters)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas e Abertura das Européias:

FECHAMENTO
Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia fecham em alta
Os principais mercados asiáticos fecharam no território positivo nesta terça-feira. Vários fatores influenciaram os pregões.
- Em Hong Kong, a bolsa atingiu a maior pontuação em três meses, com um rali no final da sessão devido ao PIB do segundo trimestre da Alemanha ter sido um pouco melhor do que o esperado. O Hang Seng subiu 1,1% e terminou aos 20.291,68 pontos, no melhor fechamento desde 9 de maio.
- Após as fortes perdas da véspera, as Bolsas da China se recuperaram. A presença de investidores em busca de ofertas de ocasião e os ganhos nas petrolíferas alavancaram os mercados. O Xangai Composto subiu 0,3% e terminou aos 2.142,53 pontos. O Shenzhen Composto ganhou 0,7%, aos 893,80 pontos.
- A Bolsa de Taipé, em Taiwan, encerrou o dia em alta, na trilha dos ganhos dos mercados asiáticos e com o maior apetite por risco por parte dos 
investidores. O índice Taiwan Weighted avançou 0,58%, aos 7.479,25 pontos.
- Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul também fechou positiva, com investidores estrangeiros comprando ações locais. O índice Kospi subiu 1,27%, aos 1.956,96 pontos. "A maioria das blue chips subiu no movimento de caça por pechinchas", disse Lee Kyoung-min, um analista da Woori Investment & Securities.
- A Bolsa de Sydney, na Austrália, fechou em alta, com a recuperação de ações defensivas que trouxeram um pequeno avanço ao mercado. O índice S&P/ASX 200 subiu 0,21%, aos 4.292,17 pontos.
- Já a Bolsa de Manila, nas Filipinas, fechou em leve baixa, com as preocupações sobre a economia global. O PSEi perdeu 0,1% e encerrou aos 5.265,94 pontos, com pesado volume de negociações.

ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Ibovespa recua 0,27% com preocupação sobre economia global
A Bovespa encerrou os negócios em queda nesta segunda-feira, num leve ajuste após três semanas consecutivas de alta, com os mercados adotando postura mais cautelosa diante da preocupação com o ritmo de crescimento da economia global.
- O Ibovespa caiu 0,27 por cento, a 59.122 pontos, após gravitar entre baixa de 1,14 por cento e alta de 0,44 por cento. 
- O giro financeiro da Bovespa foi de 5,23 bilhões de reais, abaixo da média de 6,38 bilhões de reais em agosto.

Análise 1 - "Foi um dia morno. Depois dos ganhos recentes, parece que o mercado parou um pouco para pensar se essa alta tem fundamento", disse o analista William Alves, da XP Investimentos no Rio de Janeiro.
O principal índice acionário da Bovespa acumulou valorização de quase 13 por cento nos últimos treze pregões, amparado na expectativa de novas medidas contra a crise na zona do euro. "Mas faltam indicadores para justificar a continuidade dessa alta. Na ausência de notícia relevante, o mercado acaba ficando um pouco sem rumo", acrescentou Alves. Em uma sessão sem muitos indicadores de peso, a preocupação com o ritmo de atividade global voltou à tona diante do fraco crescimento econômico do Japão no segundo semestre -apenas metade do esperado.
Análise 2 - Dentre as principais influências de baixa, Banco do Brasil, que divulga seu resultado na terça-feira, caiu 3,1 por cento, a 23,43 reais.
PDG Realty, que reporta seu balanço ainda nesta segunda-feira, teve queda de 2,6 por cento, a 3,37 reais.Em sentido oposto, Marfrig amorteceu a pressão no índice, com alta de 6,57 por cento, a 10,55 reais. A empresa frigorífica também divulga seu resultado nesta segunda-feira.
Hypermarcas subiu 2,76 por cento, a 14,15 reais. O mercado gostou do resultado da companhia do segmento de bens de consumo, que reportou prejuízo menor que o esperado e crescimento de Ebitda no segundo trimestre.
Dentre as blue chips, a preferencial da Petrobras teve leve queda de 0,19 por cento, a 21,03 reais, e a da Vale fechou estável, a 37,66 reais. OGX teve alta de 0,81 por cento, a 6,25 reais.
Para esta semana, investidores aguardam uma série de indicadores relevantes no exterior, como o PIB da zona do euro na terça-feira e diversos dados de atividade nos Estados Unidos. São indicadores que devem sinalizar as condições da economia mundial e dar um rumo para as bolsas", afirmou Alves. No Brasil, a etapa final da temporada de balanços e o vencimento de opções sobre Ibovespa podem trazer volatilidade aos negócios. 

Nova Iorque / EUA
Dow Jones e S&P-500 recuam após seis sessões de alta
O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices em direções divergentes, o Dow Jones e o S&P-500 em leve baixa e o Nasdaq em leve alta. O Dow e o S&P-500 recuaram depois de seis sessões consecutivas de altas. "O mercado subiu nas últimas cinco semanas, e nada sobe sempre", comentou o estrategista Doug Cote, da ING Investment Management.
O dia foi marcado pelo crescimento das preocupações quanto à economia global, depois de o Japão informar que seu PIB cresceu à taxa anualizada de 1,4% no segundo trimestre, abaixo das previsões de expansão de 2,7%. Os analistas do Bank of America/Merrill Lynch, por sua vez, rebaixaram sua projeção para o crescimento da China neste ano.
"Com os EUA tendo um crescimento vacilante e os países desenvolvidos em todo o mundo deslizando para crescimento negativo, temos uma situação assustadora, e o sentimento de que estamos ladeira abaixo. Por isso, quando um país como o Japão divulga um crescimento de PIB mais lento do que se previa, isso causa preocupação entre os investidores", disse Stephen Hammers, da Compass EMP Funds.
Entre as componentes do Dow, os destaques negativos foram Alcoa (-1,67%) e Cisco Systems (-1,14%). As ações da Google subiram 2,81%, depois de sua 
subsidiária Motorola Mobility anunciar que vai demitir 4 mil funcionários. As ações da rede varejista JC Penney caíram 3,12%, em reação a seu informe de 
resultados, divulgado na sexta-feira. As ações da provedora de informações sobre viagens TripAdvisor caíram 4,56%, depois de a Google anunciar que vai 
comprar os guias de viagens Frommer's, da John Wiley & Sons.
O índice Dow Jones fechou em queda de 38,52 pontos (0,29%), em 13.169,43 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 1,66 ponto (0,05%), em 3.022,52 pontos. O S&P-500 fechou em baixa de 1,76 ponto (0,13%), em 1.404,11 pontos. O NYSE Composite fechou em queda de 26,12 pontos (0,32%), em 8.018,64 pontos. 

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MERCADO FINANCEIRO

Brasília / DF
Lucro do BB no 2º tri recua 9,7% na comparação com 2011
O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,008 bilhões no segundo trimestre deste ano, recuou de 9,7% na comparação com o resultado do mesmo período de 2011 (R$ 3,330 bilhões). No semestre, o resultado foi de R$ 5.510. Com resultado semestral, o BB registrou o segundo maior lucro líquido no período, atrás apenas do Bradesco, com R$ 5,63 bilhões. A Caixa Econômica Federal lucrou R$ 2,8 bilhões, enquanto o Itaú Unibanco chegou a R$ 3,3 bilhões e o Santander a R$ 1,46 bilhões. Na relação com o primeiro trimestre deste ano, houve alta de 20,2%, quando o lucro líquido foi de R$ 2,502 bilhões.
Os ativos do Banco do Brasil alcançaram R$ 1,1 trilhão ao final do primeiro semestre de 2012, evolução de 16,3% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 4,6% em relação a março de 2012. Segundo a instituição, este resultado deve-se principalmente ao crescimento da carteira de crédito, com destaque para o segmento o consignado. A carteira de crédito do banco, que inclui garantias prestadas e os títulos e valores mobiliários privados, alcançou R$ 508 bilhões em junho, com crescimento de 20,3% em 12 meses. O BB encerrou o semestre como líder no SFN (Sistema Financeiro Nacional) com 19,5% de participação de mercado.As receitas de intermediação financeira totalizaram R$ 28,6 milhões no trimestre, 10,4% superiores ao primeiro trimestre. Desse total, destaque para as receitas provenientes das operações de crédito e leasing, que somaram R$ 18,2 milhões, ante aos R$ 17,3 milhões registrados no primeiro trimestre de 2012, com expansão de 5%. Ao final do primeiro semestre de 2012, os índices de inadimplência da instituição ficaram abaixo dos observados no SFN. As operações vencidas há mais de 90 dias mantiveram-se em 2,1% da carteira de crédito, enquanto o SFN registrou inadimplência de 3,8%.
O Banco do Brasil fechou hoje a temporada de balanços dos bancos para o segundo trimestre, fortemente influenciada pela pressão do governo para um processo de redução de juros em diversas linhas. A medida, adotada em maio, seria uma forma de incentivar a tomada de crédito e garantir maior crescimento da economia. Além do alto nível de inadimplência, que pressionou os resultados das instituições financeiras no primeiro trimestre, os dados de junho refletem um cenário de maior competição no setor. (Agência Folha)

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AGROBUSINESS

Da redação - São Paulo /SP
Análise | Onde está a competitividade da agropecuária brasileira? 
Quais são os fatores competitivos brasileiros capazes de influenciar o próprio País e os EUA nas vendas de commodities agropecuárias a terceiros mercados? Uma possível resposta a essa instigante indagação é identificada como “Investigação nº 332-524” e está contida em alentado documento (mais de 400 páginas) datado de abril de 2012, agora divulgado pela Comissão de Comércio Internacional dos EUA (USITC, na sigla em inglês), uma agência federal “independente e quase-judicial”, cuja tarefa é investigar assuntos do comércio externo norte-americano, o que inclui questões envolvendo dumping, subsídios, concorrência internacional, etc.
A destacar, em relação à avicultura, que quase 10% do documento (40 páginas) são dedicados à análise da carne de frango brasileira. Assim, são avaliados produção, consumo e exportações, estrutura produtiva, competitividade e, entre outros assuntos, os principais mercados do frango do Brasil (China, Hong Kong, Japão, Rússia, Arábia Saudita). É apresentada, também, uma simulação dos efeitos da remoção de barreiras não-tarifárias sobre as exportações de frango do Brasil, EUA e de outros países.
(Fonte: Avisite)

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SETOR AUTOMOTIVO

Da redação - São Paulo / SP
Forbes critica preço do Jeep Grand Cherokee no Brasil
O preço Jeep Grand Cherokee à venda no Brasil foi criticado em uma reportagem publicada na versão online da revista norte-americana Forbes da edição de ontem, dia 13/8. O texto diz que os R$ 179 mil cobrados pelo veículo são absurdos ("ridiculous") e que, ao contrário do que os compradores podem pensar, comprar um carro deste não significa status.
O repórter Kenneth Rapoza compara o preço do veículo no Brasil, R$ 179 mil (US$ 89,5 mil), com o valor cobrado nos EUA, US$ 28 mil (R$ 54 mil). "Com os R$ 179 mil que paga por um Grand Cherokee, um brasileiro poderia comprar três, se vivesse em Miami." "Alguém pode pensar que pagar US$ 80 mil por um Jeep Grand Cherokee significa que ele vem equipado com rodas folheadas a ouro e asas. Mas no Brasil, ele vem básico,” diz o repórter logo no início do texo. Jeep anuncia motor diesel para o Grand Cherokee - A reportagem também menciona os altos impostos cobrados no País e chama os brasileiros de ingênuos. “Não há outra razão a não ser a tributação maciça de mais de 50% e ingenuidade do consumidor que pensa que pagar o preço de um BMW X5 tem o mesmo valor que comprar um Cherokee. Desculpe, Brazukas ...não há status em comprar um Toyota Corolla, Honda Civic, Jeep Grand ou Dodge Durango. Não se deixe enganar pelo preço. Você está definitivamente sendo roubado,” diz a Forbes.
O preço do modelo não é o único modelo da Chrysler criticado pela Forbes, que também acrescenta que o Dodge Durango, deverá custar R$ 190 mil (US$ 95 mil). O modelo ainda não está à venda e deve ser apresentado no Salão do Automóvel, em outubro.“Nos Estados Unidos, ele sai por US$ 28,5 mil [R$ 57 mil],” diz a reportagem. “Um professor do ensino fundamental de escola pública do Bronx [bairro de baixa renda em Nova York] pode comprar um,” acrescenta Rapoza. (Fonte: Revista Forbes)

São Paulo / SP
Audi TT RS Coupé e Roadster chegam por R$ 400 mil
A Audi divulgou nesta semana a chegada do TT RS ao Brasil nas versões Coupé e Roadster por R$ 399 mil e R$ 419 mil, respectivamente.
O esportivo tem motor 2.5 turbocharged TFSI (turbo e injeção direta de combustível) de 340 cv, tração integral e câmbio automatizado de dupla embreagem e sete velocidades. Segundo a Audi, o modelo atinge 100 km/h em 4,3s e a velocidade máxima é limitada eletrônicamente a 250 km/h. Além do motor potente, o bom desempenho também fruto do baixo peso da corroceria. O Coupé pesa 1.475 kg, e o Roadster, 1.535 kg. A relação peso-potência de 4,5 kg por cv. e acordo com a montadora, o baixo peso foi conseguido com o sistema de construção ultra-leve ASF (Audi Space Frame), com carroceira feita em alumínio e chapa de aço. (Agência Folha)

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SERVIÇOS e VAREJO

Rio de Janeiro / RJ
Magazine Luiza lucra R$ 21,9 milhões no 2o trimestre
A Magazine Luiza registrou lucro líquido de 21,9 milhões de reais no segundo trimestre, 378,2 por cento acima do totalizado no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, a rede de lojas de varejo verificou prejuízo de 18,8 milhões de reais, revertendo lucro líquido de 16,9 milhões de reais totalizados na comparação anual. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no segundo trimestre ficou em 71,9 milhões de reais, estável na mesma base de comparação. Na primeira metade do ano, a varejista apresentou queda de 47,9 por cento, para 81,2 milhões de reais. (Agência Reuters)

São Paulo / SP
Cyrela tem lucro de R$143 milhões
A Cyrela anunciou ontem, dia 13/8, que teve lucro líquido de R$ 143 milhões no segundo trimestre, um aumento de 48,9% ante igual período de 2011.
Entre abril e junho, a construtora teve um resultado operacional medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e 
amortizações) de R$ 233 milhões, um avanço de 66,6% na comparação anual
(Agência Reuters)

Rio de Janeiro / RJ
Eztec eleva lucro líquido em 5,5%
A Eztec apresentou alta de 5,5 por cento no lucro líquido do segundo trimestre na comparação anual, para 79,9 milhões de reais, informou a construtora nesta segunda-feira. No acumulado do ano, a companhia verificou alta de 0,7 por cento no lucro líquido, para 158,2 milhões de reais. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no segundo trimestre ficou em 76 milhões de reais, alta de 16,4 por cento frente ao totalizado um ano antes, enquanto que na primeira metade do ano o Ebitda teve expansão de 11,7 por cento, para 149,2 milhões de reais.
(Agência Reuters)


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TI, WEB e e-COMMERCE

São Paulo / SP
Lojas virtuais reduzem valor do frete em mais de 50%
O comércio virtual baixou os fretes cobrados para entrega de produtos no Brasil. De acordo com a consultoria e-bit, em abril de 2011 o preço médio cobrado era de R$ 56, valor que caiu para R$ 27 em março deste ano, ou seja, uma queda de 52%. A consultoria diz que o segmento de moda e acessórios é o que mais utiliza a estratégia do frete grátis --54% das lojas on-line adotam a prática, de acordo com dados do primeiro trimestre deste ano. O índice que era de 43% em 2011.

Da redação - São Paulo / SP
Mercado global de outsourcing de TI deve alcançar US$ 251 bilhões em 2012
Os gastos mundiais com outsourcing de TI deverão alcançar US$ 251,7 bilhões em 2012, com leve aumento de 2,1% em comparação com os US$ 246,6 bilhões movimentados no ano passado, segundo projeções do Gartner.
Entre os serviços terceirizados com crescimento mais rápido estão os de cloud, com destaque para infraestrutura de TI (Iaas). As estimativas do Gartner são de que os contratos de nuvem vão crescer 48,7% e movimentar US$ 5 bilhões em 2012, ante US$ 3,4 bilhões no ano passado. 
Gregor Petri, diretor de pesquisas do Gartner, avalia que hoje os serviços de computação em nuvem ainda estão sendo contratados para automação de atividades. Com a chegada da próxima geração de aplicativos de negócios ao mercado esse cenário deverá mudar, com procura maior pelos  serviços para automação de operações e monitoramento. 
Data centers são os serviços de outsourcing que estão mais maduros, tendo representado 34,5% do mercado total em 2011. Porém, o estudo do Gartner aponta que os negócios nessa área vão registrar queda de 1% em 2012. 
Segundo análise de Petri, o outsourcing de data center está passando por um processo de realinhamento. Ele afirma que 2016 alguns serviços convencionais 
serão substituídos por outros modelos de negócio, permitindo abordagem a novos clientes como as pequenas e médias empresas. As aplicações terceirizadas são os serviços que mais vão crescer. As projeções do Gartner são de que essa área vai movimentar US$ 40,7 bilhões com expansão de 2% sobre os US$ 39,9 bilhões reportados em 2011
(Fonte: Agência EFE e ComputerWordl)

Nova Iorque / EUA
Groupon lucra US$ 28,4 milhões nos EUA
O site de compras coletivas Groupon divulgou nesta segunda-feira que obteve lucro líquido de US$ 28,4 milhões (ou US$ 0,04 por ação) no segundo trimestre deste ano, ante um prejuízo de US$ 107,4 milhões (US$ 0,35 por ação) no mesmo período do ano passado. Já a receita avançou 45%, para US$ 568,3 milhões, mas ficou abaixo das estimativas dos analistas, de US$ 574,8 milhões. Por volta das 17h30min de ontem, dia 13/8, (horário de Brasília), as ações do Groupon caíam 13,64% no after hours da Bolsa de Nova York. Para o terceiro trimestre, a companhia projeta uma receita de US$ 580 milhões a US$ 620 milhões. (Agência Dow Jones)

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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA

São Paulo / SP
Azul e Trip pedem licença à Anac para compartilhar voos
A Azul Linhas Aéreas e a Trip Linhas Aéreas pediram autorização à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para realizarem acordo de code-share 
(compartilhamento de voos entre as duas companhias), segundo comunicado das companhias. Se aprovada a solicitação, o início desta ação deve acontecer até o fim do ano.
Com o acordo, os clientes de ambas as empresas terão à disposição em média 800 voos diários para 99 destinos em todo Brasil. No code-share entre as 
companhias, a Azul ficará responsável pela comercialização dos trechos de ambas empresas A Trip continuará a vender normalmente seus voos por meio de seus canais. Embora o acordo seja bilateral, as companhias decidiram concentrar as vendas desses voos em apenas uma empresa, já em preparação para a adoção de uma única plataforma de vendas no futuro.
Os clientes poderão fazer um único check-in, despachar sua bagagem até o destino final e adquirir voos de ambas as empresas em uma única transação. A Azul e a Trip anunciaram um acordo de associação em 28 de maio deste ano. Se aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Anac, as empresas passarão a operar sob a holding Azul Trip S.A.. (Agência Estado)

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MERCADO DE LUXO

Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Lord, won’t you buy me?
Talvez não seja necessário apelar a Deus. O novo Classe A da Mercedes-Benz foi feito para caber em bolsos menos recheados que o dos tradicionais compradores dos carros da montadora Gostou?

(LEIA NA ÍNTEGRA)

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Reportagem ESPECIAL

Da redação Brasília / DF
Burocracia afugenta mão de obra estrangeira especializada

por Flávia Villela

A crise mundial, o crescimento econômico brasileiro e o aumento significativo de salários e da demanda por mão de obra qualificada têm atraído para o Brasil cada vez mais estrangeiros com alto nível técnico. O número de autorizações de trabalho concedidas pelo governo a pessoas vindas de fora cresceu quase 26% em 2011, com cerca de 70 mil novos vistos.
(LEIA NA ÍNTEGRA)


LEIA - CONUNTURA
Aventura insana: o BRIC quer moeda própria!?

por Kátya Desessards e Sandro Schmitz

(LEIA NA ÍNTEGRA)


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