Edição 734 | Ano IV


São Paulo / SP
Qual país vai puxar a recuperação da economia global?


No rescaldo da crise financeira global, países como Alemanha, China e Brasil foram os motores que mantiveram a economia global em expansão. Mas, dados recentes de seu desempenho sugerem que eles estão perdendo força. O Banco Mundial prevê uma recuperação econômica branda, com um crescimento global médio na casa de 2,5%. Mas dentro desse cenário há uma clara diferença entre países em desenvolvimento, que devem crescer cerca de 5,3%, e economias desenvolvidas, onde a taxa média deve ser de 1,4%. Já o FMI espera um crescimento global na casa dos 3,5%. Para o órgão, economias em desenvolvimento devem crescer 5,6% enquanto os países desenvolvidos devem atingir taxas de 1,4%. Leia abaixo uma seleção de condições e perspectivas para as principais economias do mundo. Qual deverá ser a nação capaz de puxar a recuperação da economia global?


CHINA - No segundo trimestre deste ano, seu crescimento diminuiu para 7,6%. A meta de crescimento anual caiu para menos de 8% pela primeira vez nos últimos dez anos. O crescimento do PIB no segundo trimestre aponta para continuidade da desaceleração da potência asiática. O crescimento caiu para 7,6% no período entre abril e junho - seu pior ritmo desde o início da crise global e abaixo da expectativa anual do governo e do FMI (Fundo Monetário Internacional), de 8%. O país é considerado o maior mercado de exportação para muitas empresas - como BMW, Carrefour e Burberry - e a desaceleração deve prejudicá-las. O arrefecimento do crescimento na China e na Índia indica que os países de toda região asiática devem seguir pelo mesmo caminho de desaceleração (exceto pela Tailândia e pelas Filipinas, que se beneficiam de custos mais baixos de mão de obra e atraíram empresas estrangeiras).
Em março, Pequim reduziu sua meta de crescimento anual para 7,5% - sendo que desde 2004 o índice não caía para um patamar menor que 8%. Além disso, recentemente, o Banco Central da China cortou as taxas de juros duas vezes em menos de um mês - com o objetivo de sustentar o crescimento.
A China gozava de um superaquecimento de sua economia impulsionado por uma bolha imobiliária e por investimentos do governo em projetos de infra-estrutura. A economia chinesa está agora sobrecarregada com excesso de capacidade, aumento da dívida e acúmulo de estoques nos armazéns.


ZONA DO EURO - Taxa de desemprego: 11,1% Mais de 3 milhões de de pessoas com idades entre 15 e 24 anos estão desempregadas A economia da zona do euro deve retrair 0,3% neste ano O PIB da Alemanha deve crescer 1% neste ano, segundo o FMI. A zona do euro está dividida entre os países nortistas relativamente mais ricos (Alemanha, Holanda, Finlândia e França) e os sulistas atolados em crises (Grécia, Itália, Portugal e Espanha).
O euro atingiu seu patamar mais baixo em dois anos em relação ao dólar. Os investidores se preocupam com resultados fracos e planos de resgate para países em crise - incluindo o mais recente, que pretende salvar os bancos da Espanha. O Banco Central Europeu pela primeira vez reduziu valores de taxas para menos de 1%, em uma tentativa de incentivar empréstimos corporativos e domésticos. Para tranquilizar investidores, a Espanha anunciou uma nova rodada de medidas de austeridade que incluem aumento de impostos e cortes de gastos. Até a Alemanha, que gozou de baixos índices de desemprego graças à sua competente indústria manufatureira, foi incapaz de se manter longe da crise da dívida que assola a região. Atualmente, até seu mercado de trabalho vem demonstrando desenvolvimento mais lento. O índice de desemprego aumentou por três meses consecutivos, atingindo 6,8% em junho. Enquanto isso, as exportações alemãs para a China, que atingiam dois dígitos, agora estão em 6%.


ESTADOS UNIDOS - Os EUA enfrentam um "abismo fiscal" com o fim das reduções fiscais A taxa de desemprego está em 2% O PIB deve crescer 2% em 2012. A economia dos EUA teve um crescimento de apenas 80 mil empregos em junho - o que indica uma fraqueza persistente no mercado de trabalho, fator que pode prejudicar as chances de reeleição do presidente Barack Obama. A taxa de desemprego ficou presa em 8,2% (para os negros chegou a 14,4%). Como os países europeus, os EUA acumulam dívidas que chegam a 70% de seu PIB. O país também se aproxima de um "abismo", na medida em que combina aumento de impostos e cortes de gastos programados para o próximo ano. O resultado deve ser uma recessão provocada pela austeridade. Segundo o senador democrata Max Baucus, essa política pode levar a uma crise fiscal semelhante à vivenciada pela Europa. Além disso, semelhante às divergências que ocorrem na zona do euro, republicanos e democratas têm sido incapazes de chegar a acordo sobre um plano para evitar o resultado desanimador.
Segundo projeção do FMI, a economia americana deve crescer 2% neste ano --índice mais baixo que o esperado em outras economias desenvolvidas, como o Japão (2,4%) e o Canadá (2,1%). Para estimular o crescimento, os EUA têm tomado medidas pouco ortodoxas como a operação Twist, um programa de compra de títulos que visa derrubar o valor das hipotecas e das taxas de empréstimo.


BRASIL - O FMI prevê crescimento do PIB de 2,5% em 2012 A inadimplência de empréstimos aumentou para 6% em maio. Gastos governamentais e exportação de commodities, como soja e minérios, para países da Ásia impulsionaram o Brasil para a posição de 6º economia do mundo. Mas o alto ritmo de crescimento, que chegou a atingir 7,5% em 2010, parece ter perdido a força. A economia estagnou em maio, após uma queda inesperada de vendas no varejo - tornando o desempenho do Brasil o pior entre os Brics.
O FMI prevê para o país um crescimento de 2,5% neste ano - índice inferior à média mundial de 3,5%. O Banco do Brasil espera um resultado abaixo de 2,5%. A queda nas vendas do varejo deu origem a temores sobre o modelo de crescimento puxado pelo consumo interno, que vem sendo incentivado por rendas maiores e crédito fácil. A quantidade de empréstimos não pagos atingiu um pico em maio, mostrando como os brasileiros estão lutando cada vez mais para manter suas dívidas sob controle. Isso levou o Banco Central a reduzir a taxa de juros para 8% (a oitava queda consecutiva).


ÍNDIA - A inflação atingiu o patamar mais alto entre os Brics. A produção industrial cresceu 2,4% em maio. A economia da Índia cresceu a uma taxa anual de 5,3% entre janeiro e março, seu ritmo mais lento em nove anos.
A inflação tem sido uma das maiores preocupações dos formuladores de políticas da Índia nos últimos dois anos.O Banco Central indiano tomou várias medidas na tentativa de controlar o aumento dos preços, incluindo treze aumentos da taxa de juros desde março de 2010.
De acordo com dados divulgados na semana passada, o índice de preços no atacado da Índia (a principal medida de preços ao consumidor no país) subiu 7,55% em maio em relação ao ano anterior - o índice mais elevado entre os Brics. Analistas afirmam que a combinação de desaceleração do crescimento e alta inflação tornou difícil para o Banco Central do país formular suas políticas. Cortes nas taxas de juros poderiam estimular o crescimento, mas devem tornar a inflação pior. O PIB do país crescerá 6,1% em 2012, segundo o FMI. O governo se comprometeu a atrair mais investimento estrangeiro e acelerar projetos de infra-estrutura e energia.


JAPÃO - O país está se recuperando das grandes catástrofes do ano passado Os exportadores estão preocupados com os problemas da zona do euro e com a desaceleração da economia americana O crescimento do país neste ano deve chegar a 2,4%, segundo FMI. O Japão, que chegou a ser a segunda economia do mundo, está se recuperando do terremoto seguido de tsunami e da crise nuclear do ano passado. Dados recentes mostraram que o Japão, um dos principais exportadores do mundo, não estava exportando tanto quanto costumava. Na verdade, estava importando massivamente - incluindo um gasto adicional com energia devido à paralisação das centrais nucleares. A moeda forte também prejudicou os exportadores, pois tornou seus produtos mais caros para compradores estrangeiros. Porém, o ânimo do país está melhorando. A pesquisa Takan mostrou que a indústria manufatureira está menos pessimista em relação aos negócios. O FMI prevê um crescimento de 2,4% para o país em 2012 e 1,5% em 2013. (Agência BBC Brasil)


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP
IGP-10 sobe 0,96% em julho, ante 0,73% em junho
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) ficou em 0,96% em julho, ante 0,73% em junho, informou hoje, dia 17/7, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou dentro das previsões dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam uma taxa entre 0,80% e 1,05%, e acima da mediana, de 0,87%. No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10 de julho, o IPA-10 teve alta de 1,24% este mês, após subir 0,73% no mês anterior. Por sua vez, o IPC-10 apresentou avanço de 0,19% em julho, em comparação com a alta de 0,33% em junho. Já o INCC-10 teve taxa positiva de 0,84% em julho, em comparação com o aumento de 1,67% em junho. Até julho, o indicador acumula altas de 3,84% no ano e de 6,03% em 12 meses. O período de coleta de preços para o cálculo do IGP-10 deste mês foi do dia 11 de junho a 10 de julho. 
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)


HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas e Abertura das Européias:


ABERTURA
Londres / Inglaterra
Principais bolsas europeias abrem em alta
As principais bolsas europeias abriram em leve alta nesta terça-feira, na expectativa por uma audiência perante o Congresso do presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos.
- Em Londres, o índice FTSE-100 dos principais valores começou o dia ganhando 12,42 pontos, ou seja, 22%, a 5.674,85 pontos.
- O CAC 40 da bolsa de Paris ganhava 0,25%, a 3.187,86 pontos.
- O Dax da bolsa de Frankfurt subia 0,27%, a 6.583,77 puntos, enquanto em - Em Madri o Ibex aumentava 0,45%, a 6.561,50 pontos


FECHAMENTO
Tóquio / Japão
Ações asiáticas sobem com esperança de mais estímulo
As ações asiáticas subiram nos pregões de hoje, dia 17/7, com investidores cobrindo posições de curto prazo e buscando lucros enquanto aguardam o posicionamento do presidente do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, sobre a economia norte-americana mais tarde.
- O índice MSCI, que reúne mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, subia 1,07%, o terceiro dia seguido de ganhos, com os papéis chineses liderando seus pares.
- As ações de Hong Kong avançaram 1,75% por um conjunto de fatores, incluindo desempenho forte das seguradoras chinesas devido ao crescimento sólido de prêmios em junho, e com as ações de ferrovias subindo diante de expectativas de mais investimento do governo. Em Xangai, as ações ganharam 0,62%.
- As ações australianas expandiram 0,87%, ao passo que investidores voltaram-se para ações com altos pagamentos de yields de rendimentos.
- O índice Nikkei do Japão avançou 0,35% depois de um feriado público na segunda-feira.
- Em Cingapura, o índice teve alta de 0,54%, enquanto o mercado em Taiwan avançou 0,52%.


Análise - Dados fracos de vendas no varejo nos Estados Unidos e uma previsão de crescimento mundial mais baixa do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgados ontem, dia 16/7, aumentaram esperanças de que o Fed adotará mais medidas de estímulo monetário, ao passo que Bernanke dará seu discurso semestral ao Congresso dos Estados Unidos na terça e quarta-feiras. O mercado espera que Bernanke reitere a posição do banco central de que irá tomar mais ações apenas se as condições econômicas piorarem.
"Para que as ações globais subam, os investidores provavelmente precisaram de mais estímulos e de uma melhora no sentimento econômico", afirmou o estrategista-chefe do BNP Paribas, Shun Maruyama.
Alguns investidores citaram a ata do banco central da Austrália como um motivo de incentivo para compras de ativos de risco maior, sugerindo que o banco central pode ser poupado de ter que cortar as taxas de juros ainda mais para apoiar o crescimento. "A alta sugeriu um tom levemente agressivo, diminuindo expectativas de mais cortes nas taxas de juros no curto prazo, que aliviou preocupações sobre o crescimento em países desenvolvidos e sustentaram os preços no mercado", afirmou o diretor de câmbio do Credit Agricole em Tóquio, Yuji Saito.




ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:


São Paulo /SP
Bovespa cai quase 2%
Influenciada pelas preocupações sobre a economia dos EUA, que nontem, dia 16/7, divulgou mais uma queda nas vendas do varejo, a Bovespa fechou em baixa de 1,71%, a 53.401 pontos.
- O volume financeiro do pregão foi de R$ 9,92 bilhões, inflado pelo vencimento de opções sobre ações que girou R$ 3,78 bilhões - R$ 2,39 bilhões em opções de compra e R$ 1,38 bilhão em opções de venda.
- O dólar fechou estável em relação à sexta, cotado a R$ 2,0370. Durante a sessão, a moeda americana variou entre R$ 2,0340 e R$ 20440. No mês, o dólar acumula alta de 1,34% ante o real. No ano, 8,99%.


ANÁLISES:
Ações - Entre as ações da Bolsa, a MMX teve a maior queda, de 7,13%, a R$ 5,21 reais, seguida pela PDG Realty, com baixa de 6,91%, a R$ 3,10, e pela petrolífera OGX também teve forte queda, de 6,19%, a R$ 5,46. Analistas do Deutsche Bank cortaram o preço-alvo para as ações da empresa petrolífera de Eike Batista pela segunda vez neste mês, após revisarem para baixo as estimativas de produção e a receita da companhia. A preferencial da Petrobras recuou 1,02%, a R$ 19,35, e a da Vale perdeu 1,37%, a R$ 38,78.
O destaque positivo ficou com a BR Malls, que subiu 3,76%, a R$ 22,10. A empresa informou nesta segunda que as vendas dos lojistas de seus shoppings cresceram 22,5% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.


Internacional - As vendas do varejo nos EUA caíram pelo terceiro mês consecutivo em junho, dando sinais de que a recuperação econômica do país está vacilando. A queda de 0,5% ficou abaixo das expectativas de analistas consultados pela Reuters, que esperavam alta de 0,2%. Nos EUA, porém, o reflexo da queda foi menos intensa. O índice Dow Jones recuou 0,39% e o Standard & Poor's 500, 0,23%. O operador Sandro Fernandes, da Geraldo Correa Corretora de Valores, disse que a aversão ao risco continua, assim como os temores com a desaceleração chinesa e com a crise na Europa. "A economia chinesa continua devagar", disse Fernandes. "Na Europa, solucionado o socorro à Espanha, a Itália é a próxima da fila."


FMI - Na segunda, o FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu sua previsão de crescimento da zona do euro para 0,7% em 2013 e manteve sua projeção de contração de 0,3% neste ano. Agora, a entidade disse acreditar que a economia espanhola vai encolher tanto neste quanto no próximo ano. Para o Brasil, a entidade estima um crescimento de 2,5 por cento para a economia do Brasil em 2012, ante 3,1 por cento estimados em abril. Porém, para 2013, a previsão do Fundo subiu em 0,5 ponto percentual, para 4,6 por cento.




Nova Iorque / EUA
Recuo nas vendas de varejo fazem Bolsas americanas cair
Um recuo inesperado nas vendas de varejo em junho foi o mais recente sinal preocupante da economia norte-americana, derrubando ligeiramente as ações nos pregões de ontem, dia 16/7, mas as ações do Citigroup aliviaram as perdas, após o banco divulgar seus resultados trimestrais.
- O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,39%, para 12.727 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,23%, para 1.353 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,40%, para 2.896 pontos.
- O S&P 500 fechou em baixa em sete dos últimos oito pregões, pressionado por preocupações sobre crescimento econômico. Ainda assim, num sinal de resiliência, o índice ainda está 7% acima da mínima atingida no início de junho, apesar da piora nos dados econômicos.
- O volume de negociações de 4,95 bilhões de ações na NYSE, na Amex e na Nasdaq foi o segundo menor no ano, de acordo com dados preliminares da Reuters.


Análise - A queda nas vendas de varejo em junho, terceiro declínio mensal seguido, contrastou com as expectativas de economistas, que previam um leve aumento, e foi o mais recente sinal de que a economia está desacelerando. Os resultados trimestrais do Citigroup, que excederam as estimativas de analistas, se seguem à divulgação do balanço do JPMorgan na sexta-feira, que também superou as previsões do mercado e catalisou um rali que deu fim a uma série de seis pregões de perdas no Dow.
A ação do Citigroup teve valorização de cerca de 0,6% para US$ 26,81. Embora o terceiro maior banco dos Estados Unidos em termos de ativos tenha registrado resultados melhor do que o esperado, seu lucro caiu 12% devido a perdas relativas a ativos da era da crise de crédito. O operador-chefe do OakBrook Investments, que gere 1,3 bilhões de dólares em ativos, Giri Cherukuri, disse que há um cabo de guerra entre balanços que superam previsões do mercado no setor financeiro e preocupações com a economia.
"Na próxima semana, o mercado será guiado mais por balanços do que por dados econômicos", disse, notando que certas projeções cautelosas de empresas dos EUA podem significar resultados desapontantes na temporada de balanços.


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MERCADO FINANCEIRO


Brasília / DF
BC divulga documentos do Copom de 1999 a 2008
O Banco Central do Brasil disponibilizou desde ontem, dia 16/7, em sua página na internet as apresentações técnicas de conjuntura feitas nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) entre maio de 1999 e junho de 2008. Consequência da nova Lei de Acesso à Informação, a decisão de colocar os documentos à disposição do público já tinha sido anunciada. A diferença é que não será mais necessário solicitar. O Copom existe desde 1996, mas foi em 1999 que o Brasil adotou o regime de metas para a inflação como referência para a política monetária. As apresentações posteriores a junho de 2008 poderão vir a público na medida em que completarem quatro anos. Portanto, na medida que o prazo se completar o documento de cada reunião será disponibilizado pelo BC na internet. Segundo o BC, a divulgação exigiu extenso trabalho de recuperação e organização de documentos históricos. Todos os documentos disponibilizados foram preservados e consolidados em arquivo único relativo a cada reunião. As alterações realizadas nos originais envolveram unicamente a exclusão de informações protegidas por outras hipóteses de sigilo (bancário, comercial etc.). Nesses casos, a fundamentação legal para cada supressão foi documentada no próprio slide. (Agência Valor)


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INDÚSTRIA


Rio de Janeiro / RJ
Setor têxtil recebe R$ 7,6 bilhões e vira o 2º em repasses do BNDES
Socorrido pelo governo federal, o setor têxtil e de confecção recebeu, de 2007 a abril deste ano, R$ 7,6 bilhões em repasses do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Federal) para investimentos. O valor corresponde a 63,8% do total liberado aos setores também beneficiados pelo governo, entre eles o moveleiro, o de calçados e o de eletrodomésticos.
Só ficou acima desse patamar a liberação para o setor automotivo, que foi de R$ 16,6 bilhões no período. De acordo com o banco, a maior parte dos recursos foi entregue entre 2010 e 2011, período em que o governo incentivou a economia contra a crise financeira mundial que explodiu no final de 2008 e atingiu o país em 2009.
A lógica do investimento no pós-crise também pode ser verificada nos repasses aos setores moveleiro e de calçados. Só as fabricantes de eletrodomésticos reduziram os investimentos a partir de 2008, segundo os dados. Entre os benefícios concedidos estão desoneração e redução da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), desoneração da folha de pagamento e preferência nas compras públicas.
Só no primeiro ano de governo da presidente Dilma Rousseff, a renúncia sobre receitas alcançou R$ 187 bilhões, de acordo com relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) deste ano. "Os investimentos são reflexo do bom momento que os setores passavam após a crise de 2008, quando tiveram que aumentar a produção", disse Marcelo Nascimento, chefe do departamento econômico do BNDES.
A favor do setor têxtil conta a geração de empregos. Segundo a direção da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), são 1,8 milhão de empregados diretos nas empresas e 8 milhões de indiretos.
Entre as empresas que mais investiram, a Riachuelo aplicou R$ 596,4 milhões do BNDES de 2010 a 2011 na instalação de 44 lojas, de novas fábricas, na ampliação de unidades existentes e na modernização de máquinas e equipamentos. De acordo com o presidente da associação, Aguinaldo Diniz Filho, os investimentos foram feitos "do portão da fábrica para dentro" com o objetivo de combater a invasão dos produtos vindos, principalmente, da China. "Investimos em modernização de máquinas e equipamentos para aumentar a produção e a qualidade, reduzir os custos e fortalecer a indústria e os empregos para fazer frente à competitividade chinesa", disse o empresário. No entanto, ele afirmou que as medidas não são suficientes e defendeu a redução no custo da energia, a desvalorização do real e a proteção comercial. "Não existe empresa competitiva se o país não for competitivo", disse. (Agência Folha)


São Paulo / SP
Ambev dobra produção no Maranhão com investimentos de R$ 144 milhões
A cervejaria Ambev inaugurou ontem, dia 16/7, em São Luís, a duplicação da sua fábrica e um novo centro de distribuição (CD). Os investimentos são da ordem de R$ 144 milhões e integram o montante previsto pela companhia este ano, de R$ 2,6 bilhões. Com a ampliação, a produção da Ambev no Estado chega a 3,7 milhões de hectolitros de bebida por ano (cada hectolitro equivale a 100 litros). O novo CD tem capacidade para armazenar e distribuir 1,6 milhão de hectolitros por ano. Construído em uma área anexa à cervejaria, o CD possui 4,5 mil metros quadrados, o dobro o tamanho de sua antiga instalação.
De acordo com comunicado distribuído pela empresa, a partir do investimento foi criada uma nova linha de produção e a unidade passa a envasar cerveja na embalagem de 1 litro – além dos formatos já produzidos em garrafa de vidro 600 ml, lata de 350 ml e barril de 30 e 50 litros chopp. A cervejaria produz as marcas Skol, Brahma, Antartica, Brahma Fresh e Chopp Brahma e abastece, além do Estado do Maranhão, os mercados do Pará, Piauí e Amapá.
Concorrência - No início deste mês, a cervejaria Petrópolis anunciou a construção de uma fábrica no Nordeste, região onde ainda não estava presente. A unidade industrial, na cidade de Alagoinhas (BA) — onde já existe uma fábrica da Schincariol — receberá investimentos da ordem de R$ 1,1 bilhão ao longo dos próximos cinco anos. A Petrópolis é dona das marcas Itaipava e Crystal e ocupa o segundo lugar no ranking nacional de cervejas, atrás da Ambev.
Acirrando a disputa no Nordeste, a Schincariol também anunciou o lançamento de uma nova marca para a região, a No Grau, que será distribuída também no Norte do país. A iniciativa faz parte dos investimentos em marketing da companhia para esse ano, previstos em R$ 300 milhões. No Maranhão, cerca de R$ 10 milhões do total investido pela Ambev foram aplicados na construção de uma nova linha de transmissão de energia elétrica, em parceria com a Companhia Energética do Maranhão (Cemar). De acordo com a empresa, “a linha de distribuição irá impactar positivamente na melhoria dos níveis de tensão e na qualidade do fornecimento da energia elétrica para a região do distrito industrial”. (Agência Estado)


São Paulo / SP
Ricardo Lima é o novo CEO da Cimpor
A InterCement, holding para os negócios de cimento do Grupo Camargo Corrêa, indicou novos membros para o conselho de administração da Cimpor e para a comissão executiva. Ricardo Fonseca de Mendonça Lima, atual vice-presidente de operações da InterCement, vai liderar a comissão da cimenteira portuguesa, atuando como CEO da empresa. O conselho de administração da Cimpor será presidido por Daniel Proença de Carvalho, advogado e sócio do Uría Menéndez e Proença de Carvalho Advogados. Também formam a comissão executiva: Armando Sérgio Antunes da Silva, atual diretor de Finanças da InterCement na Argentina e que passará a atuar como CFO; André Gama Schaeffer, atual diretor de Betão da unidade Brasil e diretor corporativo de Inovação da InterCement, e o executivo Daniel Antonio Biondo Bastos, atual diretor da InterCement de Portugal.
O presidente do conselho da InterCement, José Édison Barros Franco, afirmou em comunicado que "a empresa indicou executivos altamente capacitados que trabalharão focados na integração de processos e operações, para o melhor aproveitamento de sinergias, e no compartilhamento de informações e melhores práticas". As indicações acontecem após a InterCement informar, na semana passada, o acordo fechado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que prevê a aprovação da compra do controle da Cimpor por meio de uma oferta pública de aquisição de ações (OPA). Entre os compromissos citados pela empresa estão: desinvestimentos em ativos de concreto no Estado de São Paulo; descruzamento de participações associativas ou societárias com o Grupo Votorantim, em especial na Cimpor; e realização de um plano de investimentos adicionais em inovação e pesquisa tecnológica. (Agência Estado)


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AGROBUSINESS


Da redação - São Paulo / SP
Agro brasileiro é mais eficiente do que o norte-americano
Os produtores rurais daqui usam melhor os insumos (sementes, fertilizantes, defensivos, mão de obra, rações, entre outros) para produzir mais em menos área do que seus concorrentes norte-americanos. Para chegar a este resultado, José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, pesquisador do Ipea, fundamentou seu estudo “Brecha Produtiva Internacional e Heterogeneidade Estrutural na Agricultura Brasileira” em um intrincado indicador chamado “Produtividade Total dos Fatores (PTF)”. Este indicador apresenta uma relação entre o agregado de todos os produtos e o agregado de todos os insumos. Segundo o trabalho, esta relação tem crescido a taxas elevadas e crescentes no agro brasileiro. De 1975 a 2010, a média anual de crescimento da PTF no Brasil foi de 3,6%, taxa superior à verificada para os EUA, que foi de 1,9%. “Reduziu-se as distâncias produtivas entre os dois países. A agricultura brasileira passou por fortes transformações nas últimas décadas, cresceu de forma intensa, gerando modernização, incorporando tecnologia e aumentando a produtividade, com estabilidade no uso da terra”, destaca José Eustáquio.


No entanto, o pesquisador chama atenção para o fato de que o agro brasileiro é competitivo, mas se sobrepõe ao dos Estados Unidos, por exemplo, se considerarmos apenas uma camada de produtores com acesso a tecnologias mais avançadas. “A modernização agrícola gera benefícios apenas para um grupo de produtores. Existe ainda uma grande parcela que está fora deste ambiente favorável de acesso à tecnologia. O agro apresenta disparidades produtivas. Nesse sentido, é preciso fazer a inclusão tecnológica destes agricultores, ainda, marginalizados deste processo”, ressalta José Eustáquio.
Porém, de acordo com o pesquisador, ainda existem desafios enormes em promover o desenvolvimento inclusivo destes agentes produtivos. Descubra quais na entrevista abaixo:


Explique a relevância do indicador PTF? Por que ele é recomendado para medir a eficiência de um setor, no caso o agro?
José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho - O avanço da PTF é a diferença entre a taxa efetiva de crescimento da produção e a taxa de incremento do conjunto de fatores produtivos. Numa linguagem menos técnica, o crescimento da produção pode ser explicado, de um lado, pelo aumento da quantidade de insumos ou, de outro, pelo uso eficiente destes mesmos insumos. Por exemplo, ao dobrar a área plantada de uma fazenda haverá automaticamente o aumento da produção. Mas, a eficiência do uso dos insumos pode ter ficado constante. Por analogia, se a produção aumenta e a quantidade de insumos se mantém constante ou diminui, há claro indício de que a PTF cresceu. Ocorre uma melhoria na eficiência do uso dos insumos: produz-se mais com o mesmo ou menos.Como a PTF considera um conjunto de fatores produtivos, esta medida é indicada para mostrar a evolução dos ganhos de eficiência, o que implica de forma indireta em evolução tecnológica.


Ter um crescimento da PTF, como o Brasil teve de 1975 a 2010, é algo bom então? Se sim, por quê?
No Brasil, a evolução da produção se deve mais ao aumento da eficiência no uso dos insumos do que ao incremento da quantidade deles. Este avanço de 3,6% da PTF do agro brasileiro frente a 1,9% dos EUA – país tido como referência em tecnologia de ponta – mostra que os produtores rurais fizeram um esforço enorme de atualização e inovação tecnológica, incorporando estes ganhos de conhecimento à produção.Seu estudo traz um percentual destes produtores especializados e da outra categoria que ainda não tem tanto acesso à tecnologia?


A dualidade presente no desenvolvimento da economia nacional como um todo é um problema que prejudica a inclusão produtiva de segmentos marginalizados tecnologicamente. Só para se ter ideia, 0,5% dos estabelecimentos agropecuários brasileiros respondem por cerca de 50% do valor bruto da produção. Se dobrarmos este grupo e com tudo mais [leia-se, uso dos insumos] se mantendo constante, o País aumentará a produção agropecuária pela metade. 


Aumentar a produção dessa forma é produzir mais com sustentabilidade, pois os recursos escassos são economizados e usados de modo mais eficiente.
Então, como promover a inclusão tecnológica destes produtores? Que políticas públicas devem existir?
Podemos dividir os agricultores em três grandes grupos. O 1º, caracterizado pela extrema pobreza (produz de 0 a 02 salários mínimos mensais), engloba cerca de 3,2 milhões de estabelecimentos, está à margem da produção, bem como se mostra excluído de qualquer setor de atividade econômica, pois carece de estruturas básicas de organização produtiva (micro e macroeconômicas).
O 2º, considerado de baixa renda (produz de 02 a 10 salários mínimos mensais), possui 960 mil estabelecimentos agropecuários e deve ser assistido pelo governo com políticas de fomento e dinamização da produção, normalmente de base familiar. São produtores com reduzida capacidade de absorção de conhecimento externo, com baixo conteúdo tecnológico e com deficiências no âmbito gerencial e microeconômico.
O 3º é a riqueza agrícola, que envolve as rendas média e alta (mais de 10 salários mínimos mensais). Para este grupo, a capacidade de absorção tecnológica é um problema secundário. Porém, o ambiente macroeconômico favorável ao crescimento das vendas se torna essencial.
Assim, para ampliar a capacidade de absorção tecnológica dos agricultores é preciso repensar a educação rural, que deve ser planejada num horizonte de 15 a 20 anos. Já para facilitar a difusão tecnológica, é necessário repensar a extensão rural, que pode ser resgatada num período menor.
Cabe ao governo desenvolver assistência técnica que tenha capilaridade (integração entre as políticas federal e estadual), bem como incentivar a pesquisa de domínio público. Desta forma, o papel da Embrapa de nada adianta se a extensão rural for deixada de lado.




Da redação - São Paulo / SP
Nem ajuda do câmbio salva “PIB” do frango no 1º semestre de 2012 
Estimativa preliminar do valor bruto alcançado pela produção brasileira de carne de frango no primeiro semestre de 2012 indica valorização que não chega a 2%, um índice cerca de 3 pontos percentuais inferior à inflação que, no período, acumulou variação da ordem de 5% sobre o mesmo semestre de 2011. Na tabela abaixo, não só a exportação, mas também a oferta interna e a produção total foram avaliadas em dólar, o que faz com que os dois últimos quesitos registrem altos índices de redução. Mas, na conversão para o real, a receita do produto ofertado internamente acusa redução bem menor (inferior a 3%), enquanto o valor total apresenta ganho de 1,8%. Porém, mesmo esse (minúsculo) ganho advém exclusivamente da valorização do dólar, cujo valor médio nos seis primeiros meses de 2012 foi 14% superior ao de idêntico período do ano passado. O avanço em real, portanto, ficou restrito ao produto exportado.


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SETOR AUTOMOTIVO


Da redação - são Paulo / SP
Mercedes confirma utilitário esportivo compacto
A Mercedes confirmou na tarde de ontem, ida 16/7, que fará um "crossover" compacto derivado da plataforma da nova geração do Classe A. Há muito especulado, o projeto foi anunciado oficialmente pelo presidente mundial da marca, Dieter Zetsche, durante evento que marcou o iniciou da produção do hatch na fábrica de Rastatt, na Alemanha. "Esse início de produção é um marco importante no plano de expansão da Mercedes até 2020. O novo Classe A representa nossa ofensiva no segmento de compactos, e ainda há mais por vir: um utilitário esportivo compacto será o terceiro modelo a ser produzido aqui em Rastatt", afirmou Zetsche. O futuro jipinho de luxo da Mercedes terá como rivais Audi Q3 e BMW X1, e, além da plataforma, o "crossover" também deve usar os motores quatro cilindros do hatch, incluindo um 2.0 turbo de 211 cv.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação - Brasília / DF
Exportações superam importações na segunda semana de julho
As exportações superaram as importações na segunda semana de julho e o resultado da balança comercial ficou positivo em US$ 89 milhões. As informações foram divulgadas ontem, dia 16/7, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O superavit comercial do período é resultante das exportações de US$ 3,92 bilhões e importações de US$ 3,84 bilhões. O resultado é referente ao período entre o dia 9 e 13 do mês. No ano, o saldo positivo é de US$ 7,78 bilhões, resultado 47,54% menor do que no mesmo período de 2011 (US$ 14,83 bilhões). As exportações somam US$ 126,5 bilhões, as importações, U$S 118,72 bilhões. A balança comercial é o resultado do comércio entre os países, a relação entre as exportações e importações. Se o resultado é positivo, é registrado superavit e significa que o país vendeu mais produtos ou serviços do que comprou. No caso de resultado negativo (quando as importações são maiores do que as exportações) é registrado deficit.


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TI, WEB e e-COMMERCE


Da redação - Brasília / DF
Brasil desenvolve tecnologia nacional para satélite
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desenvolveu um subsistema inovador de propulsão para satélite. Trata-se de um catalizador movido a hidrazina, derivado químico do petróleo necessário para mover o aparelho em órbita e corrigir o seu posicionamento. A nova tecnologia será usada no satélite de observação Amazônia 1, com lançamento previsto para o próximo ano. Com o desenvolvimento desse sistema, o Brasil ganha experiência para criar mecanismos usados na orientação dos foguetes quando ultrapassam a atmosfera. A avaliação é do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, que visitou nesta segunda-feira (16/07) a unidade do Inpe em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo.
A criação do equipamento é considerada “um salto” tecnológico do Programa Espacial Brasileiro, avalia Heitor Patire Júnior, pesquisador do Inpe e responsável técnico do projeto. “Isso era uma caixinha-preta, precisamos descobrir na raça”, disse ele à Agência Brasil, ao lembrar que atualmente o País precisava comprar pronto o propulsor (como no caso do Brasilsat) ou contar com o desenvolvimento por parceiros (como a China, no caso dos satélites Cbers).
O desenvolvimento do propulsor é considerado um marco industrial em tempo que o governo federal lança medidas para incentivar áreas estratégicas de transformação, como reação à diminuição da produção industrial no País, causada, entre outras razões, pela importação de componentes. “Nossa indústria ainda não produz 60% dos equipamentos que precisamos para os satélites, mas em cinco anos poderemos chegar a 100% se os investimentos permanecerem”, calcula Patire Júnior, na esperança de que as fontes de financiamento do programa espacial sejam estáveis.


Em busca de apoio - Em 50 anos de existência, a liberação de recursos do programa espacial foi bastante irregular sofrendo com períodos de cortes orçamentários e descontinuidade, o que não estimulou a indústria de base, por exemplo, a tornar-se produtora de liga de alumínio para uso aeronáutico, fundamental para satélites e para os aviões da Embraer. “A indústria vai sobreviver se houver encomenda”. O desenvolvimento do subsistema de propulsão mobilizou cerca de 50 funcionários do Inpe, responsáveis pela especificação da tecnologia, e mais duas dezenas entre empregados e consultores da empresa Fibraforte, de São José dos Campos (SP), fabricante do equipamento. Além do pessoal contratado diretamente, Heitor Patire Júnior soma mais de uma centena de pessoas que trabalham para os fornecedores da Fibraforte. A companhia faz parte de um consórcio formado por mais outras duas empresas que há cerca de uma década participam da Plataforma Multimissão (PMM), criada pelo Inpe para servir de base de satélites como o Amazônia-1 e o Lattes. No período, a PMM investiu aproximadamente 10 milhões de reais no desenvolvimento de peças para os satélites.


Atraso do Brasil - Cerca de uma dezena de países tem programas espaciais, e o Brasil é o mais atrasado. Com o desenvolvimento do subsistema de propulsão, o país poderá melhorar a posição no cenário mundial e se aproximar de emergentes, como a China e a Índia. Dentro do governo, há grande expectativa que a empresa Visiona, criada pela parceria público-privada entre a estatal Telebras e a privatizada Embraer, dê novo impulso ao programa espacial. O modelo foi desenhado pelo próprio ministro Raupp no ano passado, quando presidia a Agência Espacial Brasileira (AEB) para o desenvolvimento do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB). Conforme acordos internacionais, o Brasil tem até 2014 para lançar o SGB em órbita. Patire Júnior teme que a nova empresa acabe importando muitos componentes e não utilize a expertise do Inpe com o propulsor.
(Fonte: Agência Brasil) 




São Paulo / SP
Ideias que vêm de fora
Romero Rodrigues, fundador e presidente do Buscapé, está convencido de que, para enfrentar os concorrentes na área de tecnologia, os projetos gerados dentro da empresa não bastam. Além de colocar o time para trabalhar em novos projetos, Rodrigues foi ao mercado buscar inspiração e, principalmente, bons negócios. Nos últimos seis anos, o Buscapé comprou 17 empresas e lançou outras oito. As aquisições trouxeram oportunidades, novos talentos, mas também um grande desafio de integração. "Pensar em gerar inovação só dentro de casa é muito romântico, mas é irreal", explica Rodrigues.
O Buscapé costuma comprar uma fatia das empresas e manter os fundadores à frente do negócio - o que ocorreu em 16 das 17 empresas compradas. Os únicos que deixaram a empresa foram os fundadores do Pagamento Digital, que aproveitaram a venda de 91% do Buscapé ao fundo sul-africano Naspers, em 2009, por US$ 342 milhões, para se desfazer de suas ações.
A onda de aquisições colocou no mesmo grupo empresas que, aparentemente, parecem atuar em mercados bem diferentes. O Buscapé é controlador, por exemplo, do e-bit, de pesquisas sobre e-commerce, do clube de compras Brandsclub e da FControl, especializada em proteção contra fraudes online.
Mas, para Rodrigues, uma análise mais profunda mostra que todas têm um objetivo em comum: dar mais poder ao consumidor no processo de compra pela internet. "Fizemos uma consultoria de marca e descobrimos que essa é nossa essência, que é a mesma que tínhamos quando começamos o Buscapé", diz.


O Buscapé chegou ao mercado em 1999 com a proposta de colocar na mesma tela os preços que os varejistas cobravam por determinado produto. Acostumado a controlar todo o processo de venda, o varejo chegou a resistir ao modelo. "Perdemos o nosso primeiro anunciante, um fabricante de televisão, porque nos recusamos a apagar um comentário negativo sobre o produto dele feito na seção de avaliação de usuários", diz Rodrigues. "Mas ele voltou depois." O plano de negócios do grupo Buscapé é formar um conjunto de empresas que deem suporte ao consumidor em todas as fases do e-commerce, do momento de decisão de compra até o pós-venda. Essa visão foi o ponto de partida da empresa para buscar as aquisições. "Sabíamos o que precisávamos e fomos procurar o que tinha no mercado", diz.


No setor de tecnologia, aquisições visam entrar em novos mercados, aumentar a base de clientes ou de conhecimento tecnológico, afirma o diretor da consultoria Naxentia, Miguel Abdo. Quando a onda de compras coletivas chegou ao Brasil, por exemplo, o Buscapé entrou neste mercado com a aquisição do agregador de ofertas SaveMe, em setembro de 2010, fundado dois meses antes pelos publicitários Guilherme Wroclawski e Heitor Chaves. "Recebemos propostas de investimento de fundos de venture capital, mas queríamos um parceiro com know-how de e-commerce", diz Wroclawski.
Os fundadores do SaveMe também puderam negociar outra aquisição, mas desta vez, na posição de compradores. O SaveMe comprou o Moda It, que reúne ofertas na área de moda, e eles também são acionistas da nova empresa do grupo. O agregador de ofertas de compras coletivas tinha faturamento zero quando entrou no grupo Buscapé. Mas, dentro do grupo, teve acesso imediato a uma estrutura de TI, capital, marketing e a escritórios em outras cidades no Brasil e no exterior para acelerar sua expansão. Hoje é a quarta receita da holding, atrás do próprio Buscapé, da área de pagamentos online e do BrandsClub. Juntas, as novatas somam 60% do faturamento do grupo. Há três anos, não representavam nem 10%.


Integração -  A chegada das startups (empresas iniciantes) ao grupo fez o Buscapé repensar seu organograma nos últimos dois anos. A holding Buscapé Company foi criada para abrigar todas as empresas. Abaixo do cargo de CEO, ocupado por Rodrigues, estão sete vice-presidências de aérea de negócios, como pagamentos e comparadores de preço. Assim, a vice-presidência de pagamentos, por exemplo, coordena os negócios de empresas como Pagamento Digital e DineroMail. Há ainda outras sete vice-presidências de serviços, como financeiro e marketing, que dão suporte às várias empresas.
O Buscapé Company também precisou mudar para uma sede maior no ano passado. "Com o crescimento, a empresa foi se espalhando em vários andares e ficou muito fragmentada. A linha de comunicação ficou prejudicada", diz Rodrigues. A ideia dele é colocar startup ao lado de startup para estimular a troca de ideias e projetos conjuntos. O SaveMe, por exemplo, fez uma parceria com o e-bit para desenvolver pesquisas semanais sobre o mercado de compras coletivas.


Mais sócios - Mesmo com todos os desafios que terá para integrar as 26 empresas da holding, o Buscapé continua com novas aquisições no radar. De tanto ser procurado por empreendedores que tentam vender seu projeto ao Buscapé, o grupo criou um concurso de startups no ano passado, o "Sua Ideia Vale Um Milhão". A empresa pretendia selecionar uma empresa para investir, mas acabou escolhendo quatro vencedores. Neste ano, fará uma segunda edição do desafio. O reforço dos negócios do grupo não é à toa. O embate entre o Buscapé e os grupos internacionais de internet ainda é pequeno, mas deve se intensificar. Rodrigues vê três concorrentes de peso e só um deles está no Brasil: Google, Amazon e eBay. "Os outros vão chegar", ele diz.
Os modelos de negócio são diferentes. Mas, em comum, todos querem atrair o consumidor que busca produtos para comprar na internet. Para ganhar essa briga, o Buscapé terá de ser rápido para chegar antes dos concorrentes às boas ideias. (Agência Estado)




Nova Iorque / EUA
Yahoo! indica Marissa Mayer como presidenta-executiva
O Yahoo! anunciou Marissa Mayer como presidenta-executiva, informou a companhia na tarde d eontem, dia 16/7. A  indicação será efetivada a partir de 17 de julho. "Estou honrada e encantada por poder liderar o Yahoo, um dos primeiros destinos para mais de 700 milhões de internautas. Estou ansiosa para trabalhar com essa equipe dedicada para colocar no mercado produtos inovadores, conteúdo e experiências personalizadas para usuários e anunciantes em todo o mundo", informou a executiva em comunicado.
Histórico - Marissa foi a 20ª pessoa contratada para trabalhar no Google e a primeira engenheira a ser contratada, logo após a fundação da empresa em 1998. Depois de alguns anos, ela foi nomeada vice-presidente de buscas e, mais recentemente, Marissa ganhou a área de geolocalização para cuidar, considerada por analistas como a próxima grande aposta do Google. 
Considerada uma das executivas de tecnologia mais bonitas, ela se autointitula “geek” e integrava também um comitê de elite do Google para tomar decisões estratégicas sobre produtos. Com o lançamento do Google+, Marissa foi adicionada em mais de 50 mil círculos pelos usuários, prova de sua crescente influência no mundo de tecnologia. Marissa é a terceira presidente-executiva do Yahoo! em um ano, após o ex-presidente Scott Thompson deixar a empresa depois de ser acusado de ter inflado seu currículo acadêmico.
(Agências Reuters)


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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA


Da redação - São Paulo / SP
Investimentos em rodovias estaduais demandariam R$ 266 milhões
O Movimento Pró-Logística apresentou aos produtores rurais e entidades ligadas ao setor o projeto Corredores Estaduais do Agronegócio na última sexta-feira, dia 13/7. Os técnicos elegeram 120 trechos de rodovias estaduais que são fundamentais para o escoamento da produção de Mato Grosso. O projeto levou em consideração as cadeias de produção da soja, milho, pecuária bovina, madeira e insumos agrícolas. Só nestes trechos são mais de dez mil quilômetros que precisam de investimentos em pavimentação e recuperação na ordem de R$ 266 milhões. “Já temos um bom trabalho junto ao governo federal para viabilizar obras nas rodovias federais, ferrovias e hidrovias. Agora precisamos focar também nas rodovias estaduais e este projeto visa pontuar o que é prioridade”, explicou o presidente da Aprosoja e do Movimento Pró-Logística, Carlos Fávaro.
Todas as rodovias estaduais precisam de atenção do governo, mesmo as que já estão pavimentadas. O Movimento Pró-Logística afunilou ainda mais o estudo sobre os corredores do agronegócio e escolheu 21 trechos em todas as doze regiões do estado para que sejam a prioridade inicial dos investimentos. Somente para estas rodovias, que totalizam 2.500 quilômetros, seria necessário um aporte de R$ 82 milhões do poder público estadual. “Este trabalho servirá como subsídio para o governo do estado saber onde deve investir verbas destinadas a estas melhorias”, explicou o coordenador do Movimento, Edeon Vaz Ferreira. 
Mato Grosso conta uma malha viária estadual de 25 mil quilômetros, mas deste universo somente 5,4 mil quilômetros estão pavimentados. O alto custo do frete é uma das consequências da má conservação das estradas. O produtor rural de Nova Xavantina Endrigo Dalcin explicou que este transporte fica muito caro. “Atualmente a maioria das estradas que temos como opção para escoamento é de terra. Assim, os produtos que chegam até nós, como insumos, ficam mais caros e o que enviamos para fora da região também. Não conseguimos ser competitivos”, disse.  “Não vemos o retorno do Fethab para as estradas”, reclama o produtor rural de Querência Gilmar Dell”Osbell. Segundo ele, quando as estradas estão ruins os próprios produtores precisam ajudar as prefeituras dos municípios da região a arrumá-las. “Pagamos duas vezes pela manutenção das estradas: quando recolhemos o Fethab e quando temos que investir na melhoria em épocas críticas”, afirmou. O Fundo Estadual de Transportes e Habitação (Fethab) recolhe um percentual sobre a produção agropecuária do estado para investimentos em rodovias.
Os municípios de Querência e Nova Xavantina estão na região Leste de Mato Grosso, a chamada nova fronteira agrícola. Mas as estradas em condições desfavoráveis podem dificultar essa expansão. “É difícil trazer o calcário para esta região e este insumo é essencial para transformar a área de pastagem degradada em lavoura”, explicou Dell”Osbell. 


Movimento Pró-Logística – Entidades dos setores agropecuário, industrial, comercial e da sociedade civil organizada organizaram-se em torno do Movimento Pró-Logística para acompanhar todos os investimentos e projetos de logística previstos para Mato Grosso, além de buscar estudos técnicos que possam indicar a viabilidade de modais de transporte. 
Fazem parte deste movimento a Aprosoja, a Famato, a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), o Sistema Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio/MT), a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog), o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (Crea/MT), a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), o Instituto Ação Verde e Governo de Mato Grosso.
(Fonte: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO APROSOJA)


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ENERGIA


Da redação - São Paulo / SP
Energias renováveis ganham mais investimentos
A era dos combustíveis fósseis está longe de acabar, mas a sua predominância tende a declinar. Esta é a conclusão de um relatório da Agência Internacional de Energia, que revela ainda que os subsídios que estimulam - o consumo excessivo - de combustíveis fósseis subiram para mais de US$ 400 bilhões. Enquanto os subsídios destinados a energias renováveis foram de US$ 66 bilhões no último ano, os destinados a combustíveis fosseis chegaram a US$ 409 bilhões. Para tornar as energias renováveis competitivas é necessário aumentar consideravelmente  os investimentos e subsídios  a novas fontes energéticas. A energia produzida por hidroelétricas ainda é a que apresenta maior participação entre as renováveis no Brasil.Contudo, os investimentos em geração de energia que terão maior crescimento serão destinados à solar e eólica, apesar do custo elevado. Entretanto,   os benefícios provenientes destas fontes serão duradouros em matéria de segurança energética e proteção do meio ambiente. As novas tecnologias para geração de energia renovável é o principal focos do 7º Congresso Internacional de Bioenergia e  5ª BioTech Fair , eventos que acontecem  de 30 de outubro a 1 de novembro de 2012, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. 
Em três dias de evento serão mais de quarenta palestras, incluindo anda  apresentações orais de trabalhos técnicos. A 5ª BioTech Fair  acontece no mesmo período e irá reunir empresas ligadas a produção de máquinas, equipamentos e tecnologias voltadas a energias renováveis. A realização é Porthus e a Organização CIPA – Fiera Milano. Simultaneamente ao Congresso acontece o II Seminário de Uso da Biomassa para Geração de Energia;  o Seminário de Atualização sobre a Cadeia Produtiva do Biodiesel, e o  Workshop Brasil-Suécia de Tecnologia em Energias Renováveis  Mais detalhes no site www.bionergia.net.br. (Fonte: Porthus Eventos)


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MERCADO DE LUXO


Da redação - São Paulo / SP
Kawasaki anuncia mudanças nos modelos de 2013
A Kawasaki acabou de revelar algumas mudanças para quatro de seus modelos de 2013, incluindo a adição de um amortecedor de direção eletrônico para a potente ZX-10R e a opção de freios ABS para a versátil Ninja 650.
(LEIA NA ÍNTEGRA)


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