Edição 711 | Ano IV


Da redação - Porto Alegre / RS
Ritmo da economia do País no segundo trimestre deve ser mais acelerado 


As medidas para estimular o crescimento econômico tomadas pelo governo terão seus efeitos na economia nos próximos meses, afirmou no último sábado, dia 9/6, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Ele se disse otimista em relação à expansão do PIB no segundo trimestre. No primeiro trimestre, o crescimento foi fraco, de apenas 0,2% em relação ao quarto trimestre de 2011. "As medidas recentes (que o governo vem tomando) vão começar a mostrar resultados daqui para frente", disse ele em conversa com a Reuters em um voo entre Brasília e Porto Alegre. "Nós vamos soltar nossa projeção no final do mês, que vai traçar o panorama até o final do ano", disse ele, referindo-se ao Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central.
Tombini não quis dizer se acredita ser possível chegar a um crescimento no segundo trimestre de 1%, mas afirmou que deve ser mais acelerado do que nos primeiros três meses. Tanto a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) quanto o presidente do Banco Central afirmaram nos últimos dias que a recuperação econômica deve ser "bastante gradual".
No sábado, Tombini não quis comentar se a tendência é de continuidade de queda na taxa de juros, mas disse que näo há preocupação neste momento com a inflação. O presidente da autoridade monetária usou como exemplo a queda na valorização dos títulos públicos com rendimento atrelado à inflação.
A ata da reunião do Copom divulgada na sexta abriu caminho para a continuidade na queda de juros, tanto pela piora na crise europeia quanto na avaliação de que a recuperação do Brasil será gradual.




AGENDA ECONÔMICA


Da redação - São Paulo / SP
PIB mensal do BC e Estados Unidos são destaques da agenda desta semana
Dentro da agenda para a segunda semana de junho, destaque para a divulgação de dados de inflação nos EUA, além de indicadores referentes aos setores industrial e varejista do país. Além disso, os dados do orçamento do país serão destaque na agenda da semana. No front doméstico, as atenções estarão voltadas para o IGP-10 (Índice Geral de Preços - 10) em junho e também para o vencimento de opções sobre o Ibovespa e os contratos futuros do índice. O Banco Central, por sua vez, reporta ainda nessa semana o IBC-BR (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) referente ao mês de abril. Este indicador tem a função de tentar antecipar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) e ajudar a autoridade monetária na definição da taxa básica de juros.


Segunda-feira (11/6)


- Brasil
8h - A FGV (Fundação Getulio Vargas) anuncia o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) referente à primeira quadrissemana de junho. O índice calcula a taxa mensal da variação dos preços até meados da semana anterior àquela em que é divulgado.
8h -  A fundação se encarrega de publicar outro índice de preços, o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) referente à primeira semana de junho, que retrata a evolução geral de preços na economia.
8h30min - O Banco Central revela o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.
11h - O Ministério de Comércio Exterior reporta a Balança Comercial referente à última semana, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.


- EUA
Não serão publicados indicadores relevantes do país neste dia.


Terça-feira (12/6)


- Brasil
9h - O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) reporta a Pesquisa Industrial Mensal: Emprego e Salário de abril, relatório que trata de mão-de-obra e rendimento do trabalho no Brasil.
Não serão revelados indicadores relevantes no País neste dia.


- EUA
9h30min – Destaque para o Export Prices e o Import Prices, ambos do mês de maio. Os índices excluem de suas bases a produção agrícola e as cotações do petróleo, respectivamente.
15h - O Departamento de Tesouro norte-americano fornece os dados de maio do Treasury Budget (orçamento governamental).


Quarta-feira (13/6)


- Brasil
7h - A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica) apresenta o IPC referente à segunda quadrissemana de junho. O índice é baseado em uma pesquisa de preços feita na cidade de São Paulo, entre pessoas que ganham de 1 a 20 salários mínimos.
12h30min - O BC divulga o Fluxo Cambial da última semana, com dados sobre o movimento de entrada e saída de dólares do País referentes à última semana.
Haverá o vencimento de opções sobre os contratos de Ibovespa Futuro negociados na BM&F Bovespa, bem como dos contratos futuros do índice.


- EUA
9h30min - O Departamento de Trabalho publica os números do PPI (Producer Price Index) e de seu núcleo, que descrevem os preços praticados por produtores durante o mês de maio.
9h30 - Atenção para o indicador Retail Sales referente ao mês de maio, que mede as vendas totais do mercado varejista, desconsiderando o setor de serviços. Já o Retail Sales ex-auto não inclui as vendas de automóveis.
11h - Sai o Business Inventories, que compreende o nível de vendas e de estoques das indústrias, além dos setores de atacado e varejo durante o mês abril.
11h30min - Confira o relatório de Estoques de Petróleo norte-americano, semanalmente organizado pela EIA (Energy Information Administration). O documento é considerado uma importante medida, já que os EUA são o maior consumidor do combustível.




Quinta-feira (14/6)


- Brasil
9h - O IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Comércio de abril, que acompanha a evolução da atividade comercial no Brasil com indicadores calculados para cada região do país.


- EUA
9h30min - Confira o número de pedidos de auxílio-desemprego (Initial Claims), em base semanal.
9h30min - Atenção para a divulgação do CPI (Consumer Price Index) e de seu núcleo, que mensuram os preços ao consumidor referentes ao mês de maio.
9h30min - Serão apresentados os dados de Conta Corrente dos Estados Unidos referentes ao primeiro trimestre.


- Japão
Este será o primeiro dia da Reunião do BoJ (Banco do Japão), que define a taxa básica de juro japonesa. Neste encontro inicial, os diretores se reúnem para analisar os dados econômicos correntes.


Sexta-feira (15/6)


- Brasil
8h - A FGV revela o IGP-10 do mês de junho. O índice, que é formado por um conjunto de parâmetros de inflação, registra os preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais.


- EUA
9h30min - O Fed de Nova York apresenta o NY Empire State Index referente ao mês de junho. Esse índice tem como intuito medir a atividade manufatureira no estado, um dos principais do país.
10h - Sai o Treasury International Capital, que mostra a demanda estrangeira por títulos do Tesouro norte-americano durante o mês de abril.
10h15min - Destaque para os números do setor industrial do mês de maio, descritos pelo Industrial Production e pelo Capacity Utilization.
10h55min - A Universidade de Michigan publica a versão preliminar do Michigan Sentiment de junho, que mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana.
Outro destaque fica com o Quadruple Witching, data em que quatro importantes vencimentos ocorrem de maneira simultânea: contratos futuros de índices acionários, contratos futuros de ações, opções sobre índices e opções sobre ações.


- Japão
7h00 - Em seu segundo dia de reunião, o BoJ divulga a decisão sobre a taxa básica de juro do Japão.
Como começa a semana subsequente?


Segunda-feira (18/6)


- Brasil
8h - A FGV anuncia o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) referente à segunda quadrissemana de junho. O índice calcula a taxa mensal da variação dos preços até meados da semana anterior àquela em que é divulgado.
8h30min - O Banco Central revela o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.
11h - O Ministério de Comércio Exterior reporta a Balança Comercial referente à última semana, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.
Haverá também o vencimento de opções sobre ações negociadas na BM&FBovespa.


- EUA
Não serão revelados indicadores relevantes no país neste dia.




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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP
RESUMO da Semana - 04 a 08 de junho
No fim de maio, IPC-S sobre em quatro capitais - O IPC-S de 31 de maio de 2012 registrou variação de 0,52%, 0,02 ponto percentual (p.p.) acima da taxa divulgada na última apuração. Quatro das sete capitais pesquisadas registraram acréscimo em suas taxas de variação.

Confiança do comércio aumenta no trimestre - O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getulio Vargas evoluiu favoravelmente entre os trimestres findos em abril e maio de 2012. O índice médio no trimestre findo em maio ficou 2,4% inferior ao do mesmo período do ano anterior; em abril, a queda havia sido de 4,4% na mesma base de comparação.

IGP-DI mostra desaceleração - O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,91%, em maio, taxa inferior à registrada em abril, de 1,02%. Em maio de 2011, a variação foi de 0,01%. A variação acumulada em 2012, até maio, é de 2,89%. Em 12 meses, o IGP-DI registra alta de 4,80%.


Confiança da construção cai em maio - Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Confiança da Construção (ICST) da Fundação Getulio Vargas evoluiu desfavoravelmente na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em maio, o indicador trimestral apresenta queda de 7,8%, o pior resultado desde fevereiro passado (-8,4%).

Agropecuária
Em maio, IBGE prevê safra de grãos 0,1% maior que a safra recorde de 2011
A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) indica produção da ordem de 160,3 milhões de toneladas, superior em 0,1% à obtida em 2011 (160,1 milhões de toneladas) e 0,6% maior do que a estimativa de abril. É o que indica a quinta estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) em 2011.

Indicadores Financeiros
IPC da Fipe registra variação de 0,35% na última quadrissemana de maio
Na quarta quadrissemana de maio de 2012, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,35% na cidade de São Paulo, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O índice apresenta recuo em relação aos resultados da terceira quadrissemana do mês (0,41%). Nas sete classes de despesas que compõem o IPC da Fipe, os resultados apurados foram: Habitação (0,09%), Alimentação (0,74%), Transportes (-0,01%), Despesas Pessoais (0,81%), Saúde (0,76%), Vestuário (-0,12%) e Educação (0,05%).

Preço da cesta básica sobe em 15 capitais - A exemplo do que ocorreu em abril, 15 das 17 capitais onde o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica registraram alta no valor do conjunto de produtos alimentícios essenciais. As maiores elevações foram apuradas para Recife (7,12%), Fortaleza (6,91%), Salvador (4,74%), Goiânia (4,69%) e João Pessoa (4,14%). As duas localidades onde houve retração nos preços foram Florianópolis (-1,01%) e Brasília (-0,90%).

ICV: alimentos acentuam a taxa de maio - O Índice do Custo de Vida – ICV, calculado pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, em maio, apresentou taxa de 0,43%, inferior à de abril (0,68%) em -0,25 pontos percentuais (pp.). Os grupos da Alimentação (1,05%), Habitação (0,65%) e Saúde (0,80%) foram os grandes responsáveis pela inflação de maio, os quais contribuíram com 0,57 pp. no cálculo do ICV deste mês.

IPCA de maio fica em 0,36% - Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de maio apresentou variação de 0,36%, reduzindo-se a pouco mais da metade da taxa de 0,64% registrada no mês de abril. Com este resultado, o acumulado no ano fechou em 2,24%, bem menos do que os 3,71% relativos a igual período de 2011. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 4,99%, o mais baixo resultado desde setembro de 2010.

INPC varia 0,55% em maio - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,55% em maio, abaixo do resultado de 0,64% de abril. Com isto, o ano fechou em 2,29%, também abaixo da taxa de 3,48% relativa a igual período de 2011. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 4,86%, próximo dos doze meses imediatamente anteriores (4,88%). Em maio de 2011 o INPC havia ficado em 0,57%.

Indústria
Produção industrial cai em 12 dos 14 locais - Entre março e abril de 2012, os índices regionais da produção industrial mostraram taxas negativas em 12 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, na série ajustada sazonalmente. As perdas mais acentuadas foram registradas em Goiás (-7,6%) e no Paraná (-7,0%) que, praticamente, eliminaram os avanços assinalados no mês anterior (7,7% e 7,3%, respectivamente). Amazonas (-5,8%), Ceará (-4,7%), Rio de Janeiro (-2,9%) e Rio Grande do Sul (-2,4%) também apontaram recuos bem acima da média nacional (-0,2%).
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)




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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)


HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas e Abertura das Européias:


ABERTURA
- Londres / Inglaterra - O índice geral da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu nesta segunda-feira em alta de 96,74 pontos (1,78%), aos 5.531,82. O barril de petróleo Brent para entrega em julho abriu nesta segunda-feira em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 101,54, variação de US$ 2,07 mais que no fechamento da sexta-feira.
- Frankfurt / Alemanha - O índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu nesta segunda-feira em forte alta de 2,42%, aos 6.278 pontos. O euro abriu nesta segunda-feira em forte alta no mercado de divisas de Frankfurt, cotado a US$ 1,2644, frente a US$ 1,2470 da sessão anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na sexta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,2468. 
- Roma / Itália - O índice seletivo da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE-MIB, abriu nesta segunda-feira em alta de 1,70%, aos 13.674,33 pontos. O índice geral FTSE Italia All Share subia 1,67%, para 14.645,44 pontos.
- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, abriu nesta segunda-feira em alta de 1,77%, aos 3.105,78 pontos
- Madri / Espanha - O principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, abriu nesta segunda-feira em alta de 346 pontos (5,61%), aos 6.903, após a ajuda estipulada no sábado pelo Eurogrupo aos bancos espanhóis.




FECHAMENTO
Xangai / China - Bolsas da Ásia têm forte alta com pacote para Espanha
Os mercados asiáticos apresentaram fortes ganhos nos pregões de hoje, dia 11/6. Os investidores da região reagiram com otimismo ao plano 100 bilhões de euros anunciado no sábado pela União Europeia para resgatar os bancos da Espanha. Não houve negociações na Austrália por ser feriado.
- Em Hong Kong, a bolsa apresentou o maior ganho porcentual em quase cinco meses, ajudada ainda pelos dados sobre as exportações da China, que vieram mais fortes do que o esperado. O Hang Seng avançou 2,4% e terminou aos 18.953,63 pontos, na maior alta porcentual desde os 3,2% de 17 de janeiro.
- As Bolsas da China também se beneficiaram dos dados que mostram que a economia do país não está desacelerando tanto quanto se temia. O Xangai Composto subiu 1,1% e terminou aos 2.305,86 pontos, após acumular perda de 3,9% na semana passada. O Shenzhen Composto ganhou 1,8%, aos 945,62 pontos.
- Na Bolsa de Taipé, em Taiwan, o índice Taiwan Weighted subiu 1,72%, aos 7.120,23 pontos. Ações de empresas tecnológicas tiveram bom desempenho.
- Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul também encerrou o dia em alta, com investidores comprando blue chips. O índice Kospi subiu 1,71%, aos 1.867,04 pontos.
- A Bolsa de Manila, nas Filipinas, também seguiu o embalo dos demais mercados regionais. O índice PSEi subiu 1,6% e terminou aos 5.075,85 pontos, com todos os subíndices no terreno positivo e pesado volume de negociações.




Tóquio / Japão - A Bolsa japonesa fecha em alta de 1,96%
O índice Nikkei da Bolsa de Valores de Tóquio fechou o pregão de hoje, dia 11/6, em alta de 165,64 pontos (1,96%), aos 8.624,90. O índice Topix, que reúne todos os valores da primeira seção, subiu 12,33 pontos (1,72%), para 730,07. O resultado é reflexo da decisão espanhola de aceitar ajuda do Eurogrupo para a recapitalização de seu bancos. O mercado japonês acolheu com entusiasmo a medida que, segundo os analistas, reduz a inquietação com a crise de dívida na Europa.


Análise 1 - O sentimento do mercado, temeroso com a situação financeira espanhola, se animou depois que no sábado, dia 9/6, os ministros de Economia e Finanças da zona do euro anunciaram em comunicado que concederão à Espanha um empréstimo de até 100 bilhões de euros para sanear seus bancos. Além disso, o Nikkei foi beneficiado pela desvalorização do iene, que caiu em relação ao dólar e ao euro, dando um respiro aos exportadores japoneses que nas últimas semanas foram duramente castigados pelo valor de sua moeda.


Análise 2 - A ajuda aprovada pela UE (União Europeia) para recapitalizar os bancos espanhóis não só "não cobre as condições atuais da dívida pública, mas reforça sua solvência", assinalou nesta segunda-feira o Ministério de Economia espanhol em comunicado.
No comunicado, o Ministério lembra que um sistema bancário sólido e devidamente capitalizado reduz os passivos contingentes do Estado e contribui para reforçar a sustentabilidade da dívida espanhola.
Nesse sentido, o Tesouro Público espanhol manterá o calendário previsto de emissões de dívida e reitera seu compromisso com os mercados de capitais.
Do mesmo maneira, a Espanha vai seguir em frente com o programa de consolidação fiscal e as reformas estruturais da economia com as quais ganhou a confiança de seus parceiros europeus.
No comunicado, o Ministério espanhol de Economia lembra que o Reino da Espanha "conservará a plena responsabilidade" desta assistência financeira, da qual será avalista.
Assinala, além disso, que a quantidade máxima fixada garante uma margem suficiente para cobrir as necessidades de capital das entidades financeiras no pior dos contextos possíveis. Além disso, esclarece que as condições do pacote de ajuda afetam unicamente os bancos, e não implicam medidas adicionais de política fiscal ou econômica além das que o Governo espanhol já adotou.




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MERCADO FINANCEIRO


Da redação - Sâo Paulo / SP
Entenda o empréstimo para salvar os bancos da Espanha
Os países da zona do euro ajudarão a Espanha com um empréstimo de até 100 bilhões de euros (cerca de R$ 251,5 bilhões) para a recapitalização do setor bancário do país. Mas o governo do país faz questão de dizer que não se trata de um pacote de resgate, como os que receberam Grécia, Irlanda e Portugal, mas um empréstimo. Diante da cifra milionária, muitos se perdem na discussão semântica, mas será que importa como a ajuda é chamada?
Após idas e vindas nas últimas semanas, o ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, confirmou no final da tarde de sábado o que já se comentava há tempos nos bastidores. A Espanha pediu ajuda financeira para sanear seu sistema bancário. Os países da zona do euro (que têm o euro como moeda comum) aceitam colocar à disposição do governo espanhol uma quantidade de até 100 bilhões de euros, sem impôr condições macroeconômicas nem fiscais à Espanha. Essa diferença de conceito entre o que ocorreu neste sábado e o que passou anteriormente com Grécia, Irlanda e Portugal é o que faz com que o governo do primeiro-ministro conservador Mariano Rajoy diga que isso é um empréstimo, ajuda ou apoio financeiro, enquanto a oposição afirma que se trata claramente de um resgate.


Cenário previsto - Uma equipe formada por representantes da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) viajará a Madri para avaliar as necessidades do setor bancário espanhol, segundo confirmou um porta-voz da zona. Ainda não se sabe qual é a quantidade exata que a Espanha receberá. Isso será decidido após serem conhecidos os resultados de várias análises especializadas.
As primeiras cifras serão divulgadas no dia 21 de junho, quando serão publicadas as conclusões do relatório das consultorias independentes Roland Berger e Oliver Wyman, contratadas para levantar os dados sobre as necessidades de capitalização do sistema bancário espanhol. Cada uma das consultorias emitirá um relatório.
Ambas as empresas usarão dois cenários para seus cálculos - o primeiro com base na situação "mais provável" e o segundo, uma previsão com um cenário mais "pressionado", em que se assume uma conjuntura econômica pior e uma queda mais significativa dos preços dos ativos imobiliários.
Além disso, quatro empresas auditoras, PwC, Deloitte, Ernst & Young e KPMG, estão avaliando as carteiras de crédito dos bancos espanhóis, não somente as imobiliárias, mas também as de crédito ao consumo, às empresas e às famílias, para avaliar os ajustes necessários. A previsão é que essas empresas terminem seu trabalho no dia 31 de julho. Esse será o momento em que o governo espanhol terá que decidir sobre o volume de recursos que pedirá à Europa.


Como os bancos de debilitaram - O dinheiro servirá para dar um impulso às finanças dos bancos espanhóis com mais dificuldades, que sofreram perdas de bilhões de euros com os chamados "créditos podres" resultantes do estouro da bolha imobiliária e à recessão que se seguiu. Alguns desses bancos pediram emprestadas grandes quantidades de dinheiro aos mercados internacionais para, por sua vez, poder conceder créditos a construtores e compradores de imóveis, uma estratégia que era mais arriscada do que financiar os empréstimos com depósitos de poupanças.
Quando chegou a crise de crédito, o setor financeiro espanhol se viu envolvido no que o FMI descreveu como "uma crise sem precedentes".
Os bancos precisavam se desfazer de cerca de 200 mil propriedades hipotecadas em um momento em que os preços dos imóveis haviam caído, em média, 25%. O governo já injetou mais de 33 bilhões de euros no sistema bancário para tentar reforçá-lo, segundo o FMI. Além disso, nacionalizou o Bankia, o quarto maior banco do país, que no mês passado solicitou uma ajuda de mais de 18 bilhões de euros.


De onde vem o dinheiro - O governo espanhol vem se esforçando para assegurar que qualquer ajuda externa seja direcionada aos bancos, e não ao governo central. Como resultado, os empréstimos serão feitos à agência de reestruturação bancária, o chamado Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB), que funciona como agente intermediário do governo. Ainda assim, o crédito será considerado de todas as formas como dívida pública, segundo afirmou o ministro Luis de Guindos.
Em seu comunicado, o grupo de países da zona do euro declarou: "O FROB, que atua como agente do governo espanhol, poderia receber os fundos e repassá-los às instituições financeiras envolvidas. O governo espanhol manterá a total responsabilidade pela ajuda financeira". O dinheiro virá de dois fundos criados para ajudar os membros da zona do euro que se encontram em dificuldades financeiras: o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), já em funcionamento, e o Mecanismo de Estabilidade Europeu (MEE), que entra em vigor no mês que vem.
O ministro da Economia espanhol não soube afirmar que proporção será coberta por cada um desses fundos, já que alguns parlamentos de países da zona do euro ainda não ratificaram a criação do MEE. O fato de que o empréstimo será repassado através do FROB faz com que as taxas de juros e os prazos de devolução do dinheiro sejam extremamente favoráveis, segundo o ministro.


E como se faz o resgate? - Segundo observa o correspondente da BBC em Madri Tom Burridge, a maior parte dos analistas e especialistas qualificariam o anunciado neste sábado como um resgate financeiro. Burridge reconhece, porém, que é um resgate diferente do que receberam Grécia, Portugal e Irlanda, já que a Espanha não será submetida a condições tão duras e o dinheiro será gerenciado pelo FROB. Mas, considerando que o FROB é uma instituição pública, a dívida contraída por esse empréstimo acabará contabilizada nas contas do governo espanhol. As autoridades espanholas recusavam comentar a possibilidade do empréstimo até o último momento. Alguns ministros, inclusive, negaram no próprio sábado que a Espanha fosse pedir ajuda. "A impressão que temos é que a Espanha é conduzida por uma mão externa para acelerar o processo de pedido de ajuda internacional", conclui Burridge. (Fonte: Agência BBC Brasil)


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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Fabricantes ampliam produção de bicicletas
Considerado veículo da moda no País, a bicicleta ganha espaço nas ruas e nas fábricas, que estão ampliando a produção. A Houston, segunda maior empresa do segmento no País, com uma unidade no Piauí, iniciará em julho a construção de uma segunda fábrica, agora na Zona Franca de Manaus.
Paralelamente, o Brasil também começa a produzir bicicletas elétricas. A maior parte da demanda pelo produto atualmente é atendida pelas importações, especialmente da China. Mas pelo menos três empresas nacionais vão produzir esse tipo de veículo: a Houston, a Kasinski e a Evolubike.


A nova fábrica da Houston entrará em operação em 2013 e terá capacidade para 650 mil bicicletas ao ano. A atual, inaugurada há 12 anos em Teresina, tem capacidade para 1,1 milhão de unidades e este ano produzirá cerca de 950 mil, 12% a mais que em 2011. O grupo emprega 900 funcionários.
"A bicicleta é o veículo da moda e do futuro: gera saúde, não polui, ajuda a resolver o problema do transporte dos grandes centros e ainda tem um preço acessível", afirma Pedro Santiago, porta-voz da Houston. Os preços das "magrelas", como são chamadas por muitos dos usuários, deverão variar de R$ 250 a R$ 3 mil.


Segundo Santiago, o consumidor é bem diversificado em termos de perfil de renda. "Compra uma bike o trabalhador que precisa chegar até o serviço, o executivo que prefere pedalar a passar 40 minutos em um engarrafamento, a família que deseja passear no parque e também a turma que faz trilhas no fim de semana e por aí vai", diz. No caso das elétricas, a Houston está finalizando os testes da sua primeira linha desse produto. A tecnologia será toda importada, mas com adaptações para o consumidor brasileiro. Os modelos serão produzidos em Teresina e devem chegar ao mercado no fim deste de 2012 ou no começo do ano que vem.


A Kasinski, que já produz motocicletas na Zona Franca de Manaus, anunciou uma fábrica de motos e bicicletas elétricas no Rio de Janeiro, mas o projeto, previsto para 2011, está atrasado. A empresa informa que ainda este mês iniciará, provisoriamente, a produção de bicicletas elétricas em Manaus, com tecnologia chinesa. Quando a fábrica do Rio estiver pronta, vai transferir a linha para lá. O tamanho do mercado de bicicletas elétricas ainda é desconhecido no Brasil, mas o diretor financeiro da Evolubike, Rogério Rovito, aposta num potencial de 1 milhão de unidades anuais num prazo de cinco anos. Rovito e dois sócios, um deles seu irmão, todos engenheiros, criaram a Evolubike, que desenvolve bicicletas elétricas. Com base em São Paulo, a empresa vendeu, em um ano, 700 unidades a preços entre R$ 3 mil e R$ 3,3 mil. Este ano, quer chegar a 1,5 mil peças


Os sócios adquirem os componentes na China e montam as bicicletas num galpão no bairro do Cambuci. "Mas não somos apenas montadores", diz Rovito. Eles explica que o grupo escolhe componentes como motor e bateria de diferentes fabricantes, agrega novas tecnologias - todas patenteadas - e vende um produto "com a cara do brasileiro". A Evolubike iniciou recentemente estudos para uma fábrica local, que deverá produzir cerca de 20 mil unidades ao ano até 2017. O valor do investimento e local da fábrica ainda não estão definidos. Sem intenção, no momento, de atuar no segmento das elétricas, a Caloi, maior fabricante nacional, pretende produzir este ano 1,1 milhão de bicicletas, 100 mil a mais que em 2011. (Agência Estado)




Da redação - São Paulo / SP
Indústria de celular reduz ritmo de vendas
O movimentado mercado de celulares parece estar desacelerando. De acordo com uma previsão divulgada pelo IDC, 1,8 bilhão de celulares serão entregues ao redor do mundo este ano. É um crescimento de 4% em relação ao ano passado, mas a maior queda desde 2009. O IDC acredita que isso acontece por causa da redução da demanda pelos “feature phones” – jargão da indústria para qualquer coisa que não seja um smartphone.
A demanda de feature phones – que representa mais de 61% do total de envios – cairá 10% esse ano, disse o IDC. Muitos dos donos dos dispositivos de “fala-e-mensagem-de-texto” continuam com seus antigos aparelhos porque estão preocupados com a incerteza das condições econômicas, explicou.
Em contraste, a demanda de smartphones continua a pegar fogo. O IDC prevê que os smartphones terão crescimento de 38,8% este ano, para 686 milhões. Essas procuras estão sendo impulsionadas por fatores como subsídios de operadoras, queda dos preços médios de venda e de custos dos componentes, uma maior conscientização e a variedade de dispositivos, além de um menor custo nos planos de dados. “O desfile dos smartphone não será tão animado este ano como foi no passado”, disse o analista sênior do IDC Research, Kevin Restivo, em um comunicado. “A transição do usuário de feature phones para smartphones irá continuar de forma gradual, sem esmorecer”.


Android deve dominar no curto prazo - Nos próximos cinco anos, a demanda de smartphones será dominada por dispositivos que rodam o sistema operacional do Google, o Android, de acordo com previsão do IDC, embora a previsão seja de que sua quota de vendas globais diminua de 61% em 2012 para 52,9% em 2016. O IDC também prognosticou que a procura dos smartphones baseados no Windows e do iPhone, da Apple, estará empatada em 2016, com ambos tendo aproximadamente 19% de todo o mercado. Eles disseram que a demanda do Windows será alimentada pela forte presença da Nokia em mercados emergentes. Embora a quota de mercado da Apple deva diminuir ligeiramente ao longo dos próximos cinco anos, a demanda continuará a crescer significativamente durante o período, o IDC observou. Ele acrescentou que o crescimento dos mercados emergentes é um dos fatores de maior importância para o iOS ganhar quota de mercado.




São Paulo / SP
Luiz Pretti assumirá presidência da Cargill no Brasil
A Cargill anunciou que a partir de 1/8 Luiz Pretti assumirá a presidência da empresa no Brasil. Na Cargill desde 2005, Pretti é responsável pela área de Trade and Structured Finance (TSF). Em comunicado, a empresa informou que Luiz Pretti é Tesoureiro da Cargill para a América Latina, presidente do Banco Cargill e membro de conselhos, como da Fundação Cargill, CargillPrev e SJC Bioenergia. Além de presidente de uma das maiores empresas de alimentos do País, o executivo acumulará todas as funções atuais e terá como desafio dar continuidade ao crescimento da empresa.
Pretti vai substituir Marcelo Martins, que está no comando da Cargill no Brasil desde 2008. Martins assumirá no México a recém-criada Unidade de Negócio Cargill Foods México, e será responsável pelo crescimento da empresa na área de alimentos naquele país.
Em 2011, a Cargill no Brasil teve lucro de R$ 223 milhões (após os impostos) e receita líquida consolidada de R$ 18,9 bilhões, 31% maior que no ano anterior. Com sede em São Paulo/SP, está presente em 14 Estados brasileiros por meio de fábricas, armazéns, terminais portuários e escritórios e conta com mais de 8 mil funcionários no País. A Cargill produz e comercializa internacionalmente produtos e serviços alimentícios, agrícolas, financeiros e industriais. Fundada em 1865, a companhia emprega 139 mil funcionários em 65 países. (Agência Estado)




Brasília / DF
Alimentos Zaeli vai à Justiça para recorrer de multa
A Alimentos Zaeli enviou comunicado à imprensa dizendo que tomará medidas judiciais cabíveis para anular a multa de R$ 365,9 mil determinada pelo Ministério da Justiça. "A Zaeli, empresa com mais de 40 anos de tradição, nunca comercializou produtos que colocassem em risco a saúde dos seus consumidores, pois sempre preza pela saúde dos mesmos, que perfazem seu maior patrimônio e, por isso, se mantém como uma das líderes no mercado alimentício no País", informou a nota. O Departamento de Proteção de Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça condenou a empresa alegando que vendia farinha de milho (Fubá Fino Mimoso) com matéria-prima transgênica sem que houvesse qualquer informação ao consumidor sobre essa característica. A empresa entrou com recurso na Secretaria de Direito Econômico, mas o pedido foi indeferido. (Agência Estado)




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AGROBUSINESS


Lausanne / Suiça
Kingsman SA eleva em 63% previsão de superávit global de açúcar em 2012
A consultoria suíça Kingsman SA elevou em 63% a estimativa do superávit global de açúcar no ano-safra 2012/13, para 9,3 milhões de toneladas, principalmente devido à expansão da área plantada. Se concretizada a previsão, o excedente mundial de açúcar acumulado entre 2010 e 2013 praticamente compensará o déficit observado entre 2008 e 2010, disse o executivo-chefe da empresa, Jonathan Kingsman. A consultoria também ajustou a projeção do superávit de oferta para 2011/12 - que terminará em 30 de setembro - para 10,2 milhões de toneladas, ante 9,7 milhões de toneladas previstas anteriormente. "O fato de o mundo estar em um superávit de açúcar não surpreende a ninguém", afirmou o executivo-chefe antes da Conferência de Açúcar da Ásia-Pacífico, na próxima semana. "Contudo, o que deve surpreender é que os excedentes estão ficando maiores, e não menores. Esse é o inverso do que deveria estar acontecendo e sugere que o mercado ainda não está enviando sinais corretos para os produtores."


O volume excedente terá que ser transferido para a próxima temporada, a menos que a demanda de países como a China cresça, levando os exportadores a estocar açúcar, ou os preços globais caiam abaixo dos valores praticados no mercado doméstico para desencorajá-los a vender açúcar. Mas a chave ainda seria "persuadir os brasileiros a fabricar etanol em vez de açúcar", acrescentou Kingsman. Isso poderia ocorrer, se o governo do País aumentasse os preços da gasolina ou ampliasse a diferença entre os impostos para gasolina e misturas de gasolina e etanol, a fim de estimular a demanda pelo biocombustível, disse ele, observando que isso poderia retirar 5 milhões de toneladas de açúcar do mercado em 2012/13.


Alternativamente, o executivo-chefe da consultoria afirmou que a demanda subirá, se as cotações internacionais do açúcar recuarem abaixo da "paridade do etanol", nível em que é mais lucrativo fabricar o biocombustível do que refinar o açúcar - atualmente entre 18 e 19 cents por libra-peso na comparação com os cerca de 20 cents por libra-peso do açúcar na Bolsa de nova York (ICE Futures US). Se nada disso acontecer, completou ele, o clima adverso pode cortar significativamente o superávit de açúcar.Kingsman estima que o Centro-Sul do Brasil produza 32,8 milhões de toneladas de açúcar na temporada iniciada em 1º de abril, acima das cerca de 31,3 milhões de toneladas registradas em 2011/12. Contudo, ele advertiu que o tempo chuvoso na região já está afetando a colheita e pode reduzir a produção final. "Mas isso não é suficiente para resolver [o problema de superávit], precisamos que o clima não se comporte bem em mais do que apenas no Centro-Sul do País", e há sinais de tal cenário se desenvolvendo na Índia e na Rússia, revelou.


Os canaviais indianos provavelmente receberão chuvas durante o início do período de monções neste ano para estabelecer uma forte safra, mas previsões climáticas apontam que o El Niño pode ocorrer em meados de julho, reduzindo as precipitações no fim da temporada, o que pode prejudicar o desenvolvimento da cana. Na Rússia, o severo clima quente e seco pode baixar a produtividade e repercutir na produção, segundo Kingsman.
De acordo com ele, a Índia produzirá 25,5 milhões de toneladas de açúcar bruto em 2012/13, abaixo das cerca de 25,9 milhões a 26 milhões de toneladas em 2011/12. No próximo ciclo, a produção russa deve alcançar 4,7 milhões de toneladas, 6,7% menos na comparação anual, mostraram dados da consultoria. (Agência Dow Jones)




São Paulo / SP
JBS barrou compras de mais de 600 fazendas em 2011
O presidente da JBS Mercosul, José Augusto de Carvalho Junior, disse que a companhia bloqueou a compra de animais de mais de 600 fazendas com situação irregular, no período de janeiro a novembro do ano passado. Segundo ele, 308 estabelecimentos foram bloqueados por indícios de desmatamento e 300 por estarem em áreas de conservação ou terras indígenas. O diretor de exportação de produtos industrializados da JBS Mercosul, Alexandre Almeida, explicou que "essas fazendas fazem parte dos 8,3 mil estabelecimentos que temos o mapeamento completo, e o total de animais devolvidos foram de 4208. Somente no Bioma Amazônico temos 30 mil fornecedores, com 100% georreferenciados".
O georreferenciamento consiste em rastrear o estabelecimento por um ponto (latitude/longitude, chamado pela companhia de ponto do curral) de GPS num raio de até 10 quilômetros. É justamente esse rastreamento que é criticado pelo Greenpeace. "O perímetro (mapeamento total da fazenda) depende do cadastramento do estabelecimento, que está evoluindo no País. Estamos evoluindo junto com o Brasil", disse Almeida.
Ele exemplificou com a situação no Mato Grosso, em que há mais de 90 mil propriedades rurais e somente 15 mil têm cadastro estadual. "Checamos se a propriedade está embargada pelo Ibama, se tem problemas com Ministério do Trabalho, três vezes: na hora da compra do gado, recebimento do animal e no abate." Segundo os executivos, a JBS compra mais de seis milhões de cabeças de gado por ano. O presidente da JBS Mercosul enfatizou que a sustentabilidade e o rastreamento do gado é um processo que está em evolução. "Se tivermos, desse total, uns 100 bois que foram comprados ''ilegalmente'', claro que temos que melhorar, mas não é motivo de calamidade, como o assunto foi tratado, com informações falsas, pelo Greenpeace", afirmou Carvalho Junior. (Agência Estado)




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SERVIÇOS e VAREJO


São Paulo / SP
Mercado aquecido faz construtoras ampliarem equipe própria
Pressionadas por atrasos nas entregas de empreendimentos e pelo crescimento de ações trabalhistas, as construtoras têm aumentado a contratação de trabalhadores próprios nos canteiros e reduzido a terceirização. Essa reestruturação é viabilizada pelo aquecimento do mercado. "O crescimento deu condições para manter o funcionário interno. Hoje é possível mandar o operário de uma obra para a outra", diz Haruo Ishikawa, vice-presidente de relações capital-trabalho do SindusCon-SP.
"O gasto tende a crescer ao internalizar a mão de obra. Porém a conta fecha porque o risco de ações trabalhistas e atrasos é maior [com as terceirizadas]", diz Marcello Zappia, diretor de Recursos Humanos da Tecnisa.
A alta no custo da mão de obra foi de 10,2% nos últimos 12 meses, segundo dados da FGV. As ações trabalhistas também têm grande peso para o setor. As construtoras respondem solidariamente na Justiça pelas empresas terceirizadas. Assim, quando a prestadora de serviço não quita o débito, é acionada. (Agência Folha)




São Paulo / SP
Cresce potencial de consumo dos idosos
Os consumidores com mais de 60 anos devem movimentar neste ano R$ 400 bilhões. O valor, equivalente ao PIB da Irlanda, é 45% maior do que há cinco ano. São 22,3 milhões de pessoas, das quais 5,4 milhões ainda estão no mercado de trabalho, com ou sem carteira assinada. Apesar desse potencial de consumo, o varejo ainda dá pouca atenção à chamada terceira idade.
"Só recentemente o comércio começou a se preocupar de fato com hábitos e costumes desse consumidor e a treinar seus funcionários para atender esse pessoal", diz Gilberto Cavicchioli, professor do Núcleo de Gestão de Pessoas da ESPM. Sete em cada dez aposentados têm renda mensal garantida pela Previdência Social. Ou seja 73,5% dos rendimentos desses consumidores mais velhos (ou R$ 295,6 bilhões) vêm de aposentadorias e pensões concedidas pelo INSS. Somente 20% da renda deles depende da relação com o mercado de trabalho. (Agência Folha)




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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília/DF e São Paulo/SP
Brasil importa até feijão-preto da China
A tradicional feijoada brasileira também é meio chinesa. O avanço do gigante asiático no mercado mundial vai além dos tablets, eletrônicos e das bugigangas que invadiram camelôs e lojas. Até abril deste ano, 44% das 78,2 mil toneladas de feijão-preto importado pelo País vieram da China, fatia quase equivalente à da Argentina (48%), velho fornecedor do grão.
A China nem aparecia nas compras externas brasileiras de feijão-preto seis anos atrás. Já em 2011, o feijão chinês era 33% das importações. E, só em abril deste ano, a participação atingiu 72,9%, apontam os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, elaborados pela Federação da Agricultura do Estado de Paraná (Faep).
A China estreou para valer no mercado brasileiro de feijão-preto em 2008, quando houve quebra na safra nacional e na produção argentina. De lá para cá, os volumes cresceram, impulsionados pelo câmbio favorável às importações e preços competitivos. "Com condições climáticas favoráveis à produção, a China identificou também uma boa oportunidade de mercado para se transformar em fornecedor de países como Brasil, México e Estados Unidos", observa a economista da Faep, Tania Moreira.
Tanto é que, em 2008, a China se tornou o principal exportador mundial de feijão com vendas externas de 960 mil toneladas, posição confirmada no ano seguinte com 1,046 milhão de toneladas, segundo os últimos dados disponíveis da FAO, órgão das Nações Unidas para agricultura e alimentação.


Produtividade encolhe pelo segundo ano consecutivo - A importância que o produto chinês ganhou no mercado brasileiro já apareceu nos números dos grandes processadores do grão. Mais de 90% do feijão-preto beneficiado hoje pela Broto Legal Alimentos vêm da China. Na Camil Alimentos, a totalidade de 1 mil toneladas mensais de feijão-preto empacotado é importada. Metade vem da China e a outra metade, da Argentina.
"Nossa preferência sempre foi pelo feijão-preto produzido aqui, onde tivemos ótimas safras", afirma o diretor da Broto Legal Alimentos, Hugo Fujisawa. Ele conta que cinco anos atrás a Argentina dominava as exportações para o Brasil. Aproveitando a quebra de safra nacional e a falta de competitividade do feijão argentino, o grão chinês começou a ser testado pelos empacotadores. O baixo custo, o dólar favorável à importação e a qualidade aperfeiçoada transformaram o grão chinês em rival imbatível diante do feijão-preto brasileiro e do argentino, explica.
O diretor de suprimentos da Camil, José Rubens, também diz que a preferência da sua empresa é pelo feijão nacional, observando a qualidade do produto e os preços compatíveis com o mercado. "No entanto, há alguns anos a produção nacional tem ficado abaixo da demanda, o que nos obrigou a recorrer à importação."
Rubens destaca que os chineses, mestres na comercialização de produtos em geral, detectaram a oportunidade de abastecimento nos países consumidores de feijão, e trataram de melhorar a qualidade. "Hoje o feijão-preto chinês é tão bom quanto o produto argentino. A China conseguiu desenvolver variedades de feijão-preto consumidas nos principais mundiais (Brasil, México e Estados Unidos) com boa produtividade e baixo custo ", observa Fujisawa, da Broto Legal.
Mesmo sujeito ao Imposto de Importação de 10%, o preço no atacado da saca de 60 quilos de feijão-preto vindo da China é cerca de 20% menor do que o produto brasileiro e perto de 15% abaixo do valor do grão argentino, diz Nilson Pietrobom, gerente do atacadista Pietrobom Cereais, que fica em Prudentópolis (PR), a capital brasileira do feijão-preto. Na semana passada, por exemplo, a saca do produto nacional no Paraná estava cotada a R$ 110, o argentino custava R$ 95 e o chinês saía por R$ 90. Pietrobom diz que a mão de obra barata na China faz diferença no preço. "Lá não tem máquina, tudo é escolhido à mão." Além disso, o custo do frete é bem menor. (Agências Estado e Folha)


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TI, WEB e e-COMMERCE


Los Angeles / EUA
Brasil ganha mais atenção de fabricantes de videogames
A indústria dos games está aprendendo a falar português. Impressionados pelos números, os três grandes fabricantes de videogames (Microsoft, Nintendo e Sony) mostraram na feira de games E3 atenção especial à América Latina - e ao Brasil em particular. Jogos e menus traduzidos, redução de preço de games e suporte a comandos de voz em português foram algumas das recompensas anunciadas para um dos países que mais encheram os cofres das empresas no último ano. Em 2011, a Sony teve o maior lucro no Brasil desde 1972, ano em que chegou ao país. Foi um crescimento de 24% graças, em parte, à divisão PlayStation.
"God of War: Ascension", para PlayStation 3, terá legendas e dublagens em português, disse Mark Stanley, diretor da SCEA (Sony Computer Entertainment of America) para a América Latina, durante conferência da empresa exclusiva para a região.


O game chega ao Brasil no mesmo dia do lançamento nos EUA: 12 de março de 2013. Os jogo de luta "PlayStation All-Stars Battle Royale", o game de corrida "LittleBigPlanet Karting" e o livro interativo "Book of Spells", baseado em "Harry Potter", também serão aportuguesados. Stanley ainda anunciou que jogos de PlayStation 3 no Brasil ficarão R$ 50 mais baratos até o fim da semana que vem para lançamentos próprios da companhia --o novo preço sugerido será de R$ 149. Games antigos custarão de R$ 99 a R$ 119.
Jogos como "Uncharted 3" e "Killzone 3", de 2011, também foram dublados e legendados para o mercado brasileiro, mas o resultado recebeu algumas críticas negativas.


A Microsoft, com o início da produção do Xbox 360 no Brasil (e consequente barateamento do equipamento), vendeu mais consoles em novembro do ano passado do que durante 2010 inteiro em algumas lojas do país.
Marc Whitten, vice-presidente corporativo da Xbox Live, disse à Folha que o sensor de movimentos Kinect passará a ter suporte para comandos de voz em português até o fim do ano. As versões do Bing e do Internet Explorer para o videogame também aceitarão o idioma. O quarto país com mais jogadores do mundo - 35 milhões, segundo pesquisa de maio da consultoria Newzoo- também recebeu atenção da Nintendo, que lançará seu novo console, o Wii U, no período das festas de fim de ano. O videogame chegará ao Brasil com menus e manuais em português -incluindo a rede social Miiverse. Mark Wentley, gerente de marketing da Nintendo of America, ressaltou à Folha que o Wii U também terá jogos traduzidos, como "Assassin's Creed 3".
(Agência Reuters)




Da redação - São Paulo /SP
PMEs adotam serviços de nuvem para proteger dados em casos de incidentes
Com orçamento apertado e sem departamento de TI, pequenas e médias empresas (PMEs) estão recorrendo mais o modelo de cloud computing para melhorar a gestão de seus processos e e também recuperar informações em caso de incidente. Uma pequisa sobre "Preparo para Casos de Desastres nas PMEs", realizada pela Symantec com 2.053 organizações em 30 países, revelou 34% adotam nuvens públicas.
A pesquisa engloba 250 empresas da América Latina localizadas na Argentina, Brasil Colômbia e México. Participaram da enquete 75 PMEs brasileiras. Entre essas, 59% contratam serviços de nuvem.
O estudo mostrou também que as PMEs estão interessadas em outras tecnologias de ponta como virtualização e mobilidade para melhorar o seu preparo para situações de desastres.
Entre as PMEs entrevistas, um terço delas (36%) já está explorando dispositivos móveis para uso profissional e 34% estão implementando ou já se beneficiando da virtualização de servidores. No Brasil, 47% estão discutindo adoção dessa tecnologia. O estudo apontou que 42% das empresas da América Latina e 56% das brasileiras informaram que o plano contra desastres influenciou na decisão de adquirir essas tecnologias.


A pesquisa dá algumas dicas para melhor preparo das PMEs em planos de desastres. Veja a seguir:


1 - Começe a planejar agora. Desenvolva um plano de preparo para casos de desastres hoje. Avalie como tecnologias estratégicas, tais como mobilidade, virtualização e computação em nuvem, podem ajudar nesses esforços.
2 -Implemente tecnologias estratégicas. Adote uma nuvem integrada para armazenamento remoto e conversão virtual automatizada de modo que tenha máquinas em espera e listas para serem utilizadas em caso de falhas.
3 - Proteja totalmente suas informações. Use soluções abrangentes de segurança e backup adequadas. Também é possível optar pelo backup na nuvem.
4 - Revise e teste seu preparo para casos de desastres. Isso deve ser realizado pelo menos uma vez a cada três meses para garantir que as atuais demandas de segurança e backup estão sendo atendidas.




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TELECOM


Da redação - São Paulo / SP
Teles repassam R$ 3,7 bilhões para fundos setoriais até abril
A arrecadação dos fundos setoriais de telecomunicações de janeiro a abril deste ano já ultrapassou R$ 3,7 bilhões, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil). A maior parte desse montante vem do que é repassado pelas prestadoras ao Fundo de Fiscalização dos Serviços de Telecomunicações (Fistel), que já recolheu R$ 2,9 bilhões só nos quatro primeiros meses de 2012. 
O Fistel é formado principalmente pelas taxas de fiscalização (TFF) e de instalação (TFI) sobre equipamentos de telecomunicações e de radiofrequência, que desde 2001 já recolheram mais de R$ 23 bilhões. Criadas para financiar a fiscalização dos serviços, as taxas de fiscalização (TFI e TFF) têm sido pouco utilizadas na sua finalidade original. 
O fundo como um todo já recolheu, desde 2001, mais de R$ 40 bilhões, mas menos de 10% desse total foram aplicados na fiscalização, pelo órgão regulador, da prestação dos serviços de telecomunicações. Outros dois fundos compõem a arrecadação: o Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust), para o qual foram recolhidos neste ano R$ 650 milhões, e o Fundo de Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), que arrecadou R$ 195 milhões. O Fistel, no entanto, corresponde a 78% da arrecadação com os três fundos. A utilização de recursos dos fundos, como os do Fust, e a redução das taxas de fiscalização podem contribuir para financiar a demanda entre as camadas da população que ainda não podem pagar pelo serviço. A mais recente Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do IBGE, mostra que famílias com renda de até R$ 830 gastam apenas 1% desse total com serviços de telecomunicações.


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MERCADO DE LUXO


Da redação  Sâo Paulo / SP
Hamann Motorsport deixa modelo superesportivo mais agressivo
Uma das mais conhecidas preparadoras da Europa, Hamann, resolveu criar uma versão mais robusta do McLaren MP4-12C. (LEIA NA ÍNTEGRA)





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