Edição 710 | Ano IV


Da redação - São Paulo /SP
Brasil lidera receita em serviços de TI na América Latina


O mercado de serviços de TI vai movimentar US$ 34 bilhõess na América Latina em 2012, ante os US$ 32 bilhões de 2011. O Brasil responde por quase metade dos negócios, tendo contribuído no ano passado por 45% da receita total gerada pela região. Até 2015, o Gartner estima que que o faturamento da indústria de serviços de TI na América Latina alcançará US$ 45 bilhões.  Em todo o mundo, serviços de TI deverão gerar em 2012 receita de US$ 856 bilhões, a maioria em suporte a software. “Globalmente, a área vai somar US$ 1 trilhão até 2016”, indica Allie Young, vice-presidente e analista do Gartner, durante a Conferência Outsourcing & Parcerias Estratégicas promovida pelo instituto em São Paulo. Ela aponta que cloud computing tem mudado o cenário de serviços de TI. “Na América Latina, os serviços de TI crescem a uma taxa anual de 9,6%. Mundialmente, esse índice é de 4,3%. Trata-se de um termômetro da importância da região e de economias emergentes”, completa. 
De acordo com levantamento realizado pelo instituto de pesquisas, os setores que mais investem em serviços de TI são, na ordem, bancos e seguradoras, manufatura, comunicação e mídia e governo. A analista explica que alguns elementos têm impulsionado a adesão ao modelo de outsourcing no mercado local. Na lista estão o crescimento do Brasil, mudanças de políticas governamentais, e posicionamento global positivo, TI sendo cada vez mais vista como vital para a competitividade futura do País e organizações focando no core business.
Entre as barreiras, ela cita escassez de mão de obra em TI, CIOs que alimentam a ideia de que TI tem de manter o controle da infraestrutura e a excessiva dependência de parceiros provedores de serviço. “Há ainda o medo dos executivos de perder o emprego, algo que inibe movimentos estratégicos para a terceirização”, destaca.


Mercado nacional aquecido -  Gartner aponta que o Brasil tem se tornado cada vez mais um destino para iniciativas de outsourcing na América Latina. O País está no segundo lugar da lista, atrás da Argentina. Allie indica ainda que 97% dos provedores de serviços de TI da região têm presença no País. 
Por aqui, os atrativos incluem ambientes político e econômico considerados excelentes, e a cultura, avaliada como muito boa. “Esse desenho cria uma grande oportunidade para provedores de serviços e possibilidades de fusões e aquisições”, avalia. Entre as barreiras estão a língua e a infraestrutura [especialmente a de Telecom].  Segundo levantou o Gartner, atualmente, a IBM lidera o setor em solo nacional, seguida pela Atento e Accenture. “O Brasil tem múltiplas opções de provisão de serviços de TI”, avalia.
(Fonte: Assessoria de Imprensa do Gartner)




Brasília / DF
Tombini prevê redução da inadimplência no 2º semestre
O Banco Central prevê redução da inadimplência no país "ao longo do segundo semestre", como resultado de melhor qualidade do crédito no Brasil, queda da taxa de juros e do crescimento mais acelerado da economia, afirmou nesta terça-feira o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini. Segundo ele, a economia já está crescendo neste segundo trimestre a um ritmo maior do que os 0,2% dos primeiros três meses do ano.
"A inadimplência vai se reduzir ao longo do segundo semestre. Há uma distensão das condições monetárias que ajuda a reduzir o nível de inadimplência", disse Tombini durante audiência pública na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização no Congresso Nacional.


A inadimplência no Brasil estava em 5,8% em abril, último dado do BC, muito próximo ao recorde de agosto de 2009. Tombini voltou a dizer que a economia brasileira acelerará também no segundo semestre. "A economia vai ganhar força e no (segundo) semestre vai crescer mais. Nesse trimestre já está crescendo mais que o primeiro", disse o presidente do BC. Para ele, a inflação continua convergindo para o centro da meta oficial, de 4,5% ao ano pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).


O presidente do BC diz esperar que o indicador de maio - que será divulgado hoje, dia 6/6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)- será inferior ao de abril, quando subiu 0,64%. "Inflação de serviços inicia processo de recuo", disse o presidente do BC. Pesquisa da Reuters mostrou que, pela mediana dos analistas consultados, o IPCA terá alta de 0,42% em maio.


Sobre o cenário internacional, o presidente do BC disse que continua com viés desinflacionário e com perspectivas de baixo crescimento mundial.
"A economia global cresce menos e está sujeita a eventos extremos", afirmou Tombini, acrescentando que o Brasil tem instrumentos para combater a crise.
Tombini disse ainda que a expansão do crédito no país prosseguirá ao longo dos próximos trimestres, em contexto de menores taxas de juros e spread bancário - diferença entre o custo de captação do banco e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final. 


Ele disse ainda que o governo está atento para o fomento dos investimentos público e privado. A presidente Dilma Rousseff reuniu-se com os principais ministros do governo na última segunda-feira para discutir como destravar esses desembolsos. "A presidente Dilma tem trabalhado para reforçar o investimento público e induzir o investimento privado no país para induzir o crescimento brasileiro nos próximos meses e trimestres", afirmou. O presidente do BC citou como exemplos esforços do governo já feitos para dar fôlego a investimentos em portos, concessões de aeroportos e os estudos para mudança nos tributos PIS e Cofins.


Sobre o banco Cruzeiro do Sul - alexandre Tombini buscou também minimizar a intervenção no Banco Cruzeiro do Sul afirmando que o segmento de pequenas e médias instituições financeiras tem índice de capitalização satisfatório e apresenta solidez. "O segmento de bancos pequenos e médios apresenta solidez", afirmou Tombini, acrescentando que o setor registrou no primeiro trimestre lucro de R$ 1,6 bilhão, ou 11% do total do Sistema Financeiro Nacional (SFN).


De acordo com Tombini, são 128 bancos classificados como pequenos e médios que estão sob monitoramento do BC. Esse segmento representa 17% dos ativos totais do SFN; 13,4% da carteira de crédito; e 15% dos depósitos do sistema. "Acompanhamos quando tem problema e agimos dentro da regulação para responder efetivamente quando os problemas aparecem", afirmou o presidente do BC, sustentando que o Cruzeiro do Sul representa 0,22% dos ativos e 0,35% dos depósitos do sistema. Tombini afirmou ainda que a intervenção no banco Cruzeiro do Sul, feita na véspera, não afasta uma "solução de mercado" para a instituição. Adiantou, no entanto, que ainda não chegou nenhuma proposta para avaliação da autoridade monetária.
(Agência Reuters) 


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo /SP
Confiança do comércio aumenta no trimestre
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getulio Vargas evoluiu favoravelmente entre os trimestres findos em abril e maio de 2012. O índice médio no trimestre findo em maio ficou 2,4% inferior ao do mesmo período do ano anterior; em abril, a queda havia sido de 4,4% na mesma base de comparação. O Indicador Trimestral de maio ficou em 127,4 pontos, contra 130,6 pontos do mesmo período do ano passado. O resultado sinaliza que o nível de atividade do setor volta a se aquecer moderadamente no segundo trimestre de 2012. 


A melhora das comparações interanuais foi influenciada, principalmente, pelo resultado do Varejo. No conceito Restrito, a variação interanual passou de -4,5% no trimestre findo em abril, para -1,2% em maio. No segmento Veículos, motos e peças houve piora: as variações foram de -6,6% e -7,4%, respectivamente, no mesmo período; em Material para construção, as taxas interanuais trimestrais foram de -0,8% e -2,2%, respectivamente. Com o desempenho menos favorável destes dois segmentos, a evolução do varejo no conceito Ampliado foi menos favorável que a registrada no conceito Restrito, com variações de -4,5% e -2,3%. No Atacado, houve recuo de 2,6% em maio, após queda de 4,3% em abril. 


Entre abril e maio, a tendência de melhora foi observada em 11 dos 17 segmentos pesquisados. No Atacado, houve melhora em três dos quatro segmentos pesquisados. No Varejo Restrito, em oito de nove segmentos. Nos quatro segmentos agregados ao Varejo Restrito para compor o resultado do Varejo Ampliado (Veículos, motos, partes e peças e Material para construção) houve piora. 


Em termos relativos, houve avanço mais expressivo no Índice da Situação Atual (ISA-COM) que no Índice de Expectativas (IE-COM). No trimestre findo em maio, o ISA-COM registrou nível idêntico ao do mesmo período do ano anterior. Em abril, o índice médio havia sido 3,7% inferior, na mesma base de comparação. O ISA-COM retrata a percepção do setor em relação à demanda no momento atual. Na média do trimestre findo em maio, 19,6% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 20,1%, como fraca. No mesmo período de 2011, estes percentuais haviam sido de 19,9% e 20,4%, respectivamente. 


Em relação às perspectivas para os próximos meses, o IE-COM recuou 3,9% em maio na comparação com o ano anterior. Em abril, a queda havia sido de 4,8%. Dos quesitos integrantes do índice, a tendência dos negócios para os próximos seis meses foi o que exerceu maior influência na redução da média trimestral entre maio de 2011 e de 2012, ao passar de 163,7 para 155,7 pontos. Dentre as empresas consultadas, 60,0% esperam melhora e 4,3%, piora da situação dos negócios (contra 66,9% e 3,2% em 2011).
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)


HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas e Abertura das Européias:


ABERTURA
- Londres / Inglaterra - O indicador principal da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu a sessão de hoje, dia 6/6, com avanço de 0,7%, aos 5.297,22 pontos. O barril de petróleo Brent para entrega em julho abriu hoje em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres e às 3h de Brasília valia US$ 99,07, US$ 0,23 mais que no fechamento da sessão anterior.
- Frankfurt / Alemanha - O índice principal da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, abriu a sessão desta quarta-feira com alta de 0,97%, aos 6.027 pontos. O euro abriu hoje em alta no mercado de divisas de Frankfurt e às 3h de Brasília era cotado a US$ 1,2485, frente aos US$ 1,2458 da sessão anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou ontem o câmbio oficial do euro em US$ 1,2429.
- Madri / Espanha - O principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, iniciou o pregão de hoje, dia 6/6, com alta de 0,16%, aos 6.277 pontos. 
- Roma / Itália - O principal índice da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE-MIB, iniciou o pregão desta quarta-feira com avanço de 0,54%, aos 13.044,06 pontos. Já o índice geral FTSE Itália All Share subia 0,56%, aos 13.980,82 pontos.
- Paris / França - O principal indicador da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, iniciou o pregão de hoje, dia 6/6, com avanço de 0,62%, aos 3.006,38 pontos. 




FECHAMENTO
Tóquio / Japão - Bolsas da Ásia fecham em alta com otimismo global
A maioria dos mercados asiáticos apresentou alta nos pregões de hoje, dia 6/6. Além da presença de investidores em busca de ofertas de ocasião, após as fortes perdas registradas na segunda-feira, o sentimento do mercado acabou estimulado pelas esperanças de novas medidas globais de flexibilização. Não houve negociações na Coreia do Sul por ser feriado.
- A Bolsa de Hong Kong teve o maior ganho porcentual desde a correção do mercado iniciada em maio. A alta foi estimulada pelas expectativas de que os bancos centrais em todo o mundo estão posicionados para facilitar as políticas de crescimento. O Hang Seng ganhou 1,4% e encerrou aos 18.520,53 pontos. O avanço levou o índice para o território positivo em 2012, com ganho de 0,5%.
- Já as Bolsas da China terminaram novamente com pouca variação em relação à sessão de terça-feira. As imobiliárias tiveram declínio após o Ministério da Habitação reiterar a retórica anterior do governo de manter um controle sobre o mercado imobiliário. O Xangai Composto caiu apenas 0,1% e terminou aos 2.309,55 pontos. Já o Shenzhen Composto perdeu 0,2%, aos 935,51 pontos.
- A Bolsa de Taipé, em Taiwan, encerrou o dia em alta com a ação dos caçadores de pechinchas, após as perdas acentuadas de segunda-feira. O índice Taiwan Weighted subiu 0,80%, aos 7.065,15 pontos. Ações de empresas de tecnologia subiram, com respaldo da feira anual Computex.
- A Bolsa de Sydney, na Austrália, fechou em leve alta, diante da divulgação do PIB australiano melhor do que o esperado e com a esperança por novas medidas de estímulo do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). O índice S&P/ASX 200 avançou 0,29%, aos 4.055,29 pontos.
- A perspectiva de novos estímulos por parte do Fed também ajudou o sentimento dos investidores na Bolsa de Manila, nas Filipinas. O índice PSEi subiu 0,8% e terminou aos 4.966,58 pontos, com moderado volume de negociações. 






ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:


São Paulo / SP
Bovespa cai ao menor nível desde outubro de 2011
A Bovespa ensaiou um movimento de correção no pregão de ontem, dia 5/6, mas o cenário externo adverso tirou o ânimo dos investidores. A Bolsa paulista fechou no menor patamar desde outubro de 2011, abaixo dos 53 mil pontos. Com isso, ampliaram as apostas de que o índice deve engrenar um movimento de queda mais consistente nas próximas sessões.
- O Ibovespa fechou em baixa de 1,75%, a 52.481 pontos. Pela manhã, o Ibovespa chegou a subir 0,94%, na máxima diária, a 53.917 pontos.
- O giro financeiro do pregão foi de apenas R$ 5,05 bilhões. Segundo Marques, esse fato limitou a perda do Ibovespa na sessão.


Análise 1 - "O mercado já mostrava clara tendência de queda, mas perdendo os 53 mil pontos essa tendência se torna ainda mais forte e o índice passa a mirar o próximo suporte, nos 49.400 pontos", disse o analista técnico Daniel Marques, da corretora Ágora. Atingir esse patamar implicaria em uma queda adicional de 6,25%, considerando o fechamento de ontem.
"A venda hoje seria muito mais catastrófica se a perda de suporte fosse apoiada por um volume financeiro maior."
"O que eu não estava entendendo hoje é porque a Bolsa estava subindo de manhã, se o cenário continua ruim e pessimista lá fora. À tarde o Ibovespa acelerou a queda, mas se a gente perguntar: 'saiu alguma coisa que justifique'? Sim, saiu comprador da Bolsa e sobrou só gente querendo vender", disse o operador Luiz Roberto Monteiro, da Renascença.
Pela manhã, o ministro do Tesouro da Espanha, Cristóbal Montoro, expressou temor de que seus altos yields se traduzam em perda de acesso aos mercados de crédito pela Espanha e sugeriu que a União Europeia ajude o governo espanhol a recapitalizar seus bancos endividados.


Análise 2 - Além disso, a teleconferência dos líderes do G7 não trouxe anúncio de medidas concretas contra a crise na zona do euro, conforme especulava o mercado. Investidores aguardam o discurso do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, na quinta-feira.
"Em um cenário onde existe pouco dinheiro de brasileiros na bolsa deixa a Bovespa muito vulnerável a fluxos de capital externo. Que é um dinheiro covarde, que ao primeiro prenúncio de chuvas e trovoadas sai correndo e volta para seu dono", disse o analista-chefe da Gradual Corretora, Paulo Esteves. "Isso explica porque a Bolsa brasileira cai até mais que as Bolsas no epicentro da crise europeia."
Dos 68 ativos que compõem o Ibovespa, 60 fecharam em queda nesta terça-feira, liderados por B2W, que caiu 8,35%, a R$ 5,05. Na noite da véspera, a empresa informou que seu Conselho de Administração aprovou a emissão de R$ 300 milhões em debêntures simples.
A OGX teve queda de 6,22%, a R$ 9,19 - a maior contribuição para a queda do Ibovespa, seguida pela preferencial da Petrobras, que recuou 1,62%, a R$ 18,80. Ainda entre as blue chips, a preferencial da Vale caiu 0,19%, a R$ 35,95. Em sentido contrário, Marfrig teve a maior alta do índice, com avanço de 3,66%, a R$ 8,78, seguida por Cielo, que subiu 1,93%, a R$ 55,55.




Londres / Inglaterra
Ações europeias avançam com expectativa de estímulos
As ações europeias subiram nos pregões de ontem, dia 5/6, após uma sessão agitada e nervosa, com investidores comprando papéis subestimados na esperança de mais ações globais de política monetária para alimentarem a recuperação econômica.
Segundo dados preliminares, o índice Euro STOXX 50 subiu 0,40%, para 2.087 pontos, prorrogando o salto modesto do pregão anterior, após atingir a mínima de encerramento em oito meses na sexta-feira.
- Já o índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais bolsas europeias, avançou 0,36%, aos 953 pontos, também com dados preliminares.
- Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,15%, para 5.969 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 1,07%, a 2.986 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib avançou 0,63%, para 12.973 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 valorizou-se 0,45%, a 6.267 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 teve alta de 0,46%, para 4.492 pontos.


Análise - Os volumes de negociação no continente foram baixos, no segundo dia seguido sem atividade nos mercados britânicos devido a feriado.
"Se você olhar para os mercados acionários nos últimos dias, de fato há certa expectativa de que algo é feito pelos governos. Não estou certo se será o G7, líderes políticos europeus ou BCE (Banco Central Europeu) que tomará a iniciativa", disse a chefe global de pesquisa europeia na CA Cheuvreux, Luca Solca. Investidores aguardam com grande expectativa o encontro do BCE na quarta-feira, e um discurso do presidente do Federal Reserve (banco central norte-americano), Ben Bernanke, na quinta-feira, à espera de anúncios de medidas em política monetária.




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MERCADO FINANCEIRO


Berlim / Alemanha
Moody's rebaixa qualificação de 8 bancos alemães e 3 austríacos
A agência de classificação de riscos Moody's reduziu hoje, dia 6/6, para "A3" a nota do Commerzbank, fazendo o mesmo como outros sete bancos alemães. A agência tomou essa decisão devido aos riscos que provêm dos países envolvidos na crise da dívida e dos bancos desses países.
Os bancos alemães, segundo a Moody's, não podem manter-se completamente à margem desses riscos e têm capacidade limitada para compensar as perdas. Foram reduzidas em um nível as avaliações do DZ Bank, do DekaBank e do Deutschen Hypothekenbank, assim como as dos "landesbank" (bancos centrais dos estados federados) de Baden-Württemberg, Hessen-Thuringia e NordLB. O mesmo aconteceu com a filial alemã do banco italiano Unicredit. Segundo a agência, a revisão da qualificação do Deutsche Bank está em andamento.
A Moody's também rebaixou as notas dos três maiores bancos austríacos. A avaliação de longo prazo do Erste Group Bank AG foi reduzida em dois degraus, enquanto as do UniCredit Bank Austria (UBA) e do Raiffeisen Bank International (RBI) caíram um nível. Além disso, as três entidades foram postas com perspectiva negativa. (Agência EFE)




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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Abramat reduz a 3,4% projeção de alta de vendas no ano
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Cover, anunciou na noite de ontem, dia 5/6, a redução das estimativas de crescimento das vendas neste ano, de 4,5% para 3,4%.
Segundo ele, o corte da projeção é motivado pelo baixo desempenho das vendas no varejo, que tiveram queda de 4,5% em maio, em relação ao mesmo mês de 2011. Nos últimos 12 meses encerrados em maio, as vendas no varejo recuaram 1%. "Esse é um momento de atenção, pois as vendas no varejo representam metade de tudo o que é comercializado no setor de materiais de construção", disse Cover. Ele acrescentou que os negócios também estão fracos no segmento de infraestrutura e obras comerciais.
Em contrapartida, destacou que o segmento de imóveis residenciais tem mostrado um bom desempenho devido ao grande volume de obras em construção e prestes a serem entregues. "No entanto, o volume de lançamentos de empreendimentos residenciais está baixo e afetará o setor de materiais de construção em 2013." (Agência Estado)




Buenos Aires / Argentina
Weg investe R$ 29,4 milhões em nova fábrica e linha de produção na Argentina
A Weg investirá 65 milhões de pesos (R$ 29,4 milhões) para a montagem de uma linha de produção de motores para lavadoras de roupa e a construção de uma unidade de painéis elétricos de baixa e média tensão na Argentina.
O plano de investimento foi apresentado ontem a tarde, dia 5/6, por diretores da companhia em reunião em Buenos Aires com a ministra de Indústria argentina, Débora Giorgi. Os dois projetos serão executados na cidade de Córdoba, e gerarão cerca de 150 novos postos de trabalho, informou o Ministério de Indústria argentino em comunicado. "Trata-se um investimento muito importante, porque nacionaliza componentes para que haja mais produção e trabalho argentino, sobretudo para o setor de eletrodomésticos, cuja demanda interna cresceu de maneira exponencial nos últimos anos", afirmou Giorgi. A Weg possui oito fábricas no Brasil, três na Argentina, duas no México, uma na China e outra em Portugal. (Agência EFE)




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AGROBUSINESS


Da redação - Brasília / DF
Setor lácteo de MS vai receber R$ 70 mi para aumentar produção e a qualidade
O setor lácteo de Mato Grosso do Sul vai receber em um período de três anos investimento de R$ 70 milhões para aumentar sua produtividade e melhorar a qualidade da matéria-prima. O lançamento do Projeto de Desenvolvimento da Bacia Leiteira na Região Central do Estado (Leite Forte) foi feito na última segunda-feira, dia 4/6, em Campo Grande. 


A iniciativa prevê, segundo o governo do Estado, capacitar 50 técnicos que vão prestar assistência técnica e gerencial continuada a cerca de 1.500 produtores em 17 municípios: Anastácio, Aquidauana, Bandeirantes, Camapuã, Campo Grande, Corguinho, Dois Irmãos do Buriti, Jaraguari, Nova Alvorada do Sul, Nioaque, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Rio Negro, Rochedo, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia e Terenos. 


Estão participando do projeto o governo do Estado, prefeituras e instituições da cadeia produtiva do setor lácteo em Mato Grosso do Sul. Um dos principais objetivos do projeto é aumentar a produtividade média por vaca que chega a apenas 2,7 litros por dia no Estado. No auge da safra, a produção estadual total chega a 1 milhão de litros por dia.


Segundo a secretária estadual de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria e do Comércio (Seprotur), Tereza Cristina, a meta é ultrapassar rapidamente esse patamar com o projeto. "Queremos chegar à produção de dois milhões rapidamente", afirma, completando que após consolidar a iniciativa no centro do Estado o projeto deve ser levado para outras as outras regiões. 
Atualmente Mato Grosso do Sul, segundo dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), possui um rebanho de 528 mil vacas para a ordenha, e produz anualmente 511 milhões de litros, o que o coloca como 12º no ranking nacional, com uma participação de 1,7% no mercado nacional, que é 31 bilhões de litros por ano.


Segundo a presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de MS (Silems), Milene Nantes, a capacitação é a principal solução para o fomento da cadeia leiteira e atração de novas indústrias. "É preciso aumentar a produção de leite e o Estado tem capacidade para absorver uma demanda ainda maior. Atuamos em cerca de 70 indústrias de laticínios e nossa ociosidade fica em torno de 30%, aumentando para 50% nas épocas de seca. Queremos modificar este cenário", comenta a presidente.




Da redação - São Paulo / SP
Ovo segue em alta e frango mantém preço, mas mercado é firme
Na segunda-feira, dia 4/6, no atacado paulista, o ovo obteve nova alta e, no momento, retorna à melhor cotação obtida em 2012, alcançada no período de Quaresma. Como o mês está apenas começando e a oferta se encontra absolutamente "enxuta", a tendência é de continuidade dos ajustes, com natural superação do valor médio alcançado em março passado, até aqui o melhor deste ano. Já o frango vivo permaneceu com as mesmas cotações alcançadas no último sábado – R$1,75/kg em São Paulo; R$1,85/kg em Minas Gerais. Mas nas duas praças o mercado permanece firme, com perspectivas de novos ajustes no curtíssimo prazo.




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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP
Fiat lidera venda de carros em 2012 com 22,8% do mercado
A Fiat liderou o ranking das vendas de carros no mês de maio. A marca italiana comercializou 59.484 unidades, e encerrou o período com 21,67% de participação de mercado. A empresa também é a primeira no acumulado do ano, com 22,8% do total do setor. Os números foram divulgados ontem, dia 5/6, pela Fenabrave (associação das concessionárias) e incluem carros e comerciais leves. Ao todo, o setor somou 274.490 unidades no mês, resultado 12,11% maior que abril e 8,65% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. O Gol, da Volkswagen, foi o modelo mais vendido tanto em maio como no acumulado do ano. De janeiro a maio, a montadora alemã somou 99.284 unidades comercializadas, o que ajudou a empresa figurar na segunda posição no ranking das marcas, com 20,51% do mercado.


REDUÇÃO DE IPI E IOF - O mês de maio marcou o anúncio das medidas de estímulo para o setor de veículos, como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e do IOF (Imposto sobre Operações de Crédito).
Como o dado de maio abrange os emplacamentos, ainda não é possível saber com precisão o impacto dessas medidas nas vendas, já que há um descasamento entre o dia da venda e a data de emplacamento dos veículos.
Segundo o presidente da Fenabrave, Flavio Meneghetti, algumas fábricas ainda estão terminando de refaturar veículos que estavam no estoque das concessionárias.


ACELERAÇÃO EM JUNHO - Como reflexo do descasamento, o último dia de maio registrou um pico de quase 18 mil veículos emplacados, ante média de 12.477 no mês. Meneghetti diz que as vendas do início de junho indicam uma aceleração entre 20% e 25%, com uma média de emplacamento superior a 13 mil veículos. A expectativa é que o ritmo se mantenha até o final do mês e ajude a reduzir o número de veículos nos pátios das concessionárias. Desde que as medidas passaram a valer, os estoques já foram reduzidos em cerca de 30%, de acordo com o presidente da associação.




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COMÉRCIO EXTERIOR


São Paulo / SP
Taxas de importação afastam do Brasil fabricantes de tablets
O Brasil só tinha 16 marcas de tablets disponíveis no mercado no fim de 2011, segundo a GfK -0menos do que vizinhos menores da América do Sul, como a Argentina, que tinha 39, e o Chile, com 19. Na mesma época, respondia por mais de um terço do valor das vendas de tablets de toda a América Latina, de acordo com a Euromonitor. Altas taxas de importação são o motivo principal do paradoxo. Para empresas estrangeiras que não fabricam tablets no país, vale pouco a pena trazer produtos de fora.
"Para ser competitivo no Brasil, só produzindo aqui", diz Jorge Aguiar, presidente da Sony Mobile no Brasil. Empresas menores, com pouco capital para produzir localmente, acabam evitando o mercado brasileiro. "Como todos sabem, o Brasil tem leis e taxas de importação muito estritas", diz Mike Hong, gerente de vendas da Yifang Digital na América do Sul, sobre a ausência no país de tablets da empresa.
Um paralelo entre tablets recém-chegados evidencia as vantagens de produzir no Brasil. O Sony Tablet, feito no país, custa R$ 1.649; o HP Slate 2, importado, sai por R$ 2.759. Nos EUA, sob a atual cotação do dólar, o modelo da HP é cerca de R$ 600 mais caro que o da Sony. No Brasil, a diferença quase dobra.


PROCESSO LENTO - Mesmo os tablets que vêm ao país costumam demorar a chegar. O Slate 2 e o Sony Tablet foram lançados nos EUA no fim de 2011 e chegaram ao Brasil só no mês passado. "Tivemos que adaptar o produto ao país e capacitar os fabricantes locais a produzi-lo", diz Aguiar, justificando o hiato de oito meses entre o lançamento do Sony Tablet nos EUA e no Brasil.
Outra razão da demora é o processo de certificação e homologação dos produtos, que leva cerca de seis semanas. Só depois de passar por esse crivo é que um tablet pode ser comercializado no mercado 






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TI, WEB e e-COMMERCE


São Paulo / SP
Fabricantes de leitores eletrônicos investem em tablets
Tablets suscitam uma dúvida em quem gosta de ler em formato digital: ainda compensa comprar um e-reader? Enquanto consumidores se decidem, fabricantes de e-readers se previnem produzindo tablets. São os casos de Amazon, com o Kindle Fire, e Barnes & Noble, com o Nook Tablet e o Nook Color. Outro caso similar é o Kobo Vox, da livraria digital Kobo. A empresa afirma que chega ao Brasil no segundo semestre, trazendo o Vox.
Os três dispositivos têm tela de LCD, rodam Android e têm apps associados a acervos de e-books das empresas. Em abril, o jornal "Brasil Econômico" e a revista "IstoÉ" disseram que a Amazon trará a linha Kindle ao Brasil ainda neste ano. O Fire é o tablet com Android mais vendido nos EUA, segundo a comScore. Em fevereiro, tinha 54,4% desse mercado.
Para quem usa tablets para ler, o oftalmologista André Pinheiro diz que diminuir o brilho da tela ameniza o cansaço visual. "Só não pode diminuir demais, porque o esforço para ler vai ser maior." Mas o e-reader é melhor para a visão. "A tela dele não é iluminada. Assim, a vista não cansa tão rápido."




Da redação - São Paulo / SP
Oracle compra empresa de análise do consumidor em redes sociais
A Oracle informou ontem a tarde, dia 5/6, que efetuou a aquisição da Collective Intellect. Os termos financeiros, no entanto, não foram divulgados. De acordo com a empresa, as soluções de informações sociais em nuvem da Collective Intellect auxiliam no monitoramento e entendimento de interações dos clientes em redes sociais, como Facebook e Twitter. O objetivo da empresa é combinar as soluções da Collective Intellect e da Vitrue [aquisição recém-anunciada] para criar uma plataforma de relacionamento social mais avançada, afirma a Oracle. "A integração da Collective Intellect às soluções de Software como Serviço (SaaS) e à Plataforma Social da Oracle possibilitará às organizações de marketing criar campanhas mais direcionadas e ajudar equipes de serviços ao cliente a responder com agilidade às avaliações em redes sociais", disse a fabricante em comunicado. “Conseguir informações nas conversas das redes sociais e conhecer as intenções e os interesses dos clientes ajuda  empresas a criar produtos melhores e oferecer melhores serviços", assinala Thomas Kurian, vice-presidente executivo da Oracle Development. (Agência EFE)




Rio de Janeiro / RJ
Viação 1001 investe R$ 16 milhões em ônibus com Wi-Fi gratuito
A Auto Viação 1001 colocará em operação amanhã, nos terminais rodoviários Novo Rio, no Rio de Janeiro, e Tietê, São Paulo, ônibus equipados com tecnologia Wi-Fi para uso gratuito dos passageiros. Serão 16 veículos ao todo, com dois andares e duas categorias de assentos. No segundo andar, foram instaladas 40 poltronas executivas e um ambiente com mesas para uso de notebooks e tomadas para carregamento de telefones celulares e computadores. O andar de baixo dos veículos abriga o serviço leito, com seis assentos.
A empresa, uma das três maiores do setor no país, investiu R$ 16 milhões no serviço. O investimento integra um pacote de R$ 100,6 milhões que estão sendo aplicados pela empresa em 2012 para a renovação da frota, com a compra de 218 ônibus. A 1001 transportou, no ano passado, 29 milhões de passageiros, atendendo 72 municípios do Rio de Janeiro, mais capitais como São Paulo e Florianópolis.
A empresa integra o grupo JCA, que engloba outras companhias de transporte rodoviário de passageiros como Viação Cometa, Viação Catarinense, Viação Macaense e Expresso do Sul. O grupo JCA, assim como outras empresas de ônibus do país, tem investido em serviços para o passageiro inspirados nas companhias aéreas. Em março, por exemplo, lançou um programa de milhagem batizado de "Contagiro", inspirado na Multiplus, rede de acúmulo de pontos e gestão de milhagens criada pela TAM. (Agência Valor)




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ENERGIA


Bueno Aires / Argentina
YPF prevê investir US$ 7 bilhões anuais de 2013 a 2017
O gerente-geral da petrolífera argentina YPF, Miguel Galuccio, anunciou ontem a tarde, dia 5/6, investimentos de US$ 7 bilhões por ano no quinquênio 2013-2017 para aumentar a produção anual de petróleo e gás natural em 6%. "Isso é o dobro do que anunciamos para este ano, no plano dos primeiros 100 dias, de US$ 3,5 bilhões", disse Galuccio durante solenidade de lançamento do plano de investimentos para os próximos cinco anos. O executivo informou que o plano será apresentado às bolsas de Nova York e Buenos Aires. Ele disse que os aportes serão feitos a partir de recursos próprios e das vendas de combustíveis, além da busca de investidores. (Agência Estado)




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MERCADO DE LUXO


Da redação - São Paulo / SP
Birrificio Del Ducato tem preciosidades
A microcervejaria italiana mais premiada da atualidade chega ao Brasil pelas mãos da Tarantino Multibeer.  (LEIA NA ÍNTEGRA)




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MÍDIA e MKT


São Paulo / SP
Fox e Warner se juntam para criar maior distribuidora de filmes do Brasil
A Fox International e a Warner Bros. anunciaram ontem, dia 5/6, a fusão das operações de "distribuição e divulgação de seus respectivos filmes" no Brasil. A operação vai criar a Fox-Warner, maior distribuidora de filmes no país.
Em comunicado, as empresas afirmam esperar que a nova Fox-Warner, que será presidida pela atual diretora geral da Fox Film do Brasil, Patricia Kamitsuji, "criar novas oportunidades de entretenimento de alta qualidade".
Juntas, as duas empresas foram responsáveis por pouco mais da metade de todos os lançamentos nos cinemas em 2011.
O anúncio foi feito por Veronika Kwan Vandenberg, presidente de Distribuição Internacional da Warner Bros. Pictures, e Paul Hanneman e Tomas Jegeus, copresidentes da Fox International. "Temos uma parceria de sucesso com a Fox em vários países, e esperamos expandi-la para desenvolver os negócios e atingir nossos objetivos neste mercado brasileiro em rápido crescimento", declarou Vandenberg. "A economia forte e crescente do Brasil, aliada à demanda por entretenimento de alta qualidade, nos oferece uma oportunidade fantástica de levar a indústria de entretenimento a novos horizontes", adicionaram Hanneman e Jegeus. Fox e Warner já tiveram uma parceria nos mesmos moldes nos anos 90, mas as operações conjuntas foram interrompidas em 2001.




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