Edição 688 | Ano IV

Da redação - São Paulo / SP
Brasil ganha destaque no plano de investimentos do JBS
 
O Brasil será o principal foco de investimentos do grupo JBS nos próximos dois anos, segundo o presidente da empresa, Wesley Batista. Em 2012, o grupo planeja investir R$ 300 milhões no Doux Frangosul e na próxima quinta-feira começa a pagar os produtores associados da empresa de aves que arrendou por 10 anos, na semana passada. "É uma boa solução para a Deux, que estava com problemas, e para a JBS entrar no mercado de aves", disse o executivo a jornalistas durante o evento "Executivo de Valor", promovido pelo jornal Valor Econômico na noite de ontem, dia 7/5. O Frangosul estava endividado, mas duas mil famílias produtoras de frango dependiam dele, destaca Batista. "Vamos colocar o negócio para rodar do jeito que estava antes", disse Batista. O investimento no Frangosul marca a entrada da JBS no negócio de aves no Brasil, depois de operar no segmento nos Estados Unidos, no México e na Austrália. Batista destaca que o governo brasileiro está criando condições favoráveis para o investimento das empresas, como a redução dos juros básicos da economia e a alta do dólar.


São Paulo / SP
Muitas marcas em uma só Renner
José Galló não tira fotos de braços cruzados ou com as mãos no bolso. “Um é sinal de arrogância e o outro, de displicência”, justifica o presidente da Lojas Renner. No comando da rede desde 1998, ele diz prezar pela simplicidade na gestão e austeridade no controle de gastos. Mas neste ano, decidiu ousar. A convicção de que pode avançar no mercado brasileiro motivou Galló a desenhar o maior plano de investimento da história da Renner. A empresa investirá R$ 420 milhões em 2012, 40% a mais que no ano passado.
A maior parte dos recursos será aplicada na abertura e reforma de lojas. A empresa já tem 203 unidades -167 Renner, 33 Camicado e 3 da Blue Steel, sua marca para jovens - e quer mais 41 até o fim do ano.

As novas lojas trazem ao consumidor um modelo novo de exposição dos produtos. As 19 marcas próprias da empresa, como Blue Steel e Cortelle, ganham destaque no ponto de venda. Desde 2008, a empresa reúne os produtos na loja de acordo com os estilos de vida dos clientes, representados por marcas principais. “A consumidora já percebia que um lado da loja reunia as roupas com que ela mais se identificava. Agora vai associar diretamente o estilo ‘casual’ com a marca Marfinno, por exemplo”, diz Galló. “É uma atualização.”
Ao fortalecer suas marcas próprias, a Renner segue uma tendência internacional de varejistas como Macy’s e J.C. Penny, diz o consultor de gestão de moda Edson D’Aguano. “Ela quer parecer uma grande multimarcas e dar a sensação para o consumidor de que a loja tem mais opções e vende mais.”
A Renner vai adequar as lojas antigas ao novo layout. Planeja reformas de grande e pequeno porte em 40 lojas neste ano. A missão é dolorosa. No primeiro trimestre do ano, os gastos com reformas e a perda de receita pelo funcionamento parcial das lojas contribuiram para a corrosão de 2,1 pontos porcentuais na margem Ebtida (lucro antes dos impostos, juros, depreciações e amortizações). “Vamos recuperar quando as lojas estiverem prontas”, diz Gallo.

Mas sua confiança não é unanimidade - Para o analista da Fator Corretora, Renato Prado, a desaceleração das vendas do varejo pode fazer a recuperação do investimento demorar mais que o previsto.A decisão da Renner de expandir e atualizar seus pontos de venda se estende também à Camicado, rede de utensílios domésticos comprada pela varejista gaúcha em 2011. Desde o início do ano, o grupo que agora congrega as duas redes, começou uma operação para deixar as lojas da Camicado com um visual mais parecido com o da dona. A disposição dos produtos no ponto de venda seguirá o "modelo Renner".
Em vez de separar copos de roupas de cama, os produtos serão agrupados de acordo com os perfis de consumidores que frequentam a Renner. É o que a empresa convencionou chamar de organização por "estilos de vida", como tradicional, contemporâneo ou fashion. "O estilo de vida influencia todos os hábitos do consumidor", diz o presidente da Renner, José Galló. "Quem vai para Machu Picchu nas férias quer roupas, pratos e restaurantes diferentes de quem vai para Las Vegas." A mudança teve origem na tese de que, colocando num mesmo lugar tudo o que aquele tipo de cliente procuraria na loja, vende-se mais. A diferença entre a operação da loja de roupas e a de produtos para o lar é que no primeiro caso os tais "estilos de vida" estão associados a marcas próprias - coisa que a Camicado não tem. Ao dar essa nova roupagem aos pontos de venda de utensílio doméstico, a Renner vai ampliar em 25% a oferta desses produtos nas prateleiras já no segundo semestre.

Um ano após a aquisição, a única relação visível ao consumidor entre Renner e Camicado estava no serviço de cartão de crédito da rede de roupas, já oferecido pelas duas empresas. Para os clientes, a integração não deve ir muito além do cartão e da lógica de organização das lojas. Segundo Galló, a venda conjunta de roupas e utensílios domésticos num mesmo lugar está fora dos planos. No passado, a Renner já vendeu artigos para o lar, mas hoje, mesmo que seus executivos quisessem, falta espaço nas unidades para acomodar uma categoria tão diferente de produtos. "Pode haver uma ou outra situação pontual", diz Galló.
O que não está descartado é que as lojas de Renner e de Camicado fiquem fisicamente mais próximas, principalmente nos shoppings. "Isso seria interessante porque as duas empresas têm linhas complementares e o mesmo público-alvo", diz Deborah Wright, conselheira da Renner. Da porta para dentro, a integração é realidade há mais tempo. A administração da Camicado já migrou de São Paulo para Porto Alegre, onde fica o escritório da Renner.

Além de tornar a loja de utensílios domésticos mais parecida com a de vestuário, a Renner quer fazer da Camicado uma rede nacional e está disposta a investir no seu crescimento. A empresa, que começou como uma lojinha de brinquedos na 25 de Março (a maior rua de comércio popular do País), hoje tem 33 lojas - mais da metade delas no Estado de São Paulo.
O plano da Renner é abrir 11 lojas da Camicado em 2012, chegando a um número de 100 a 120 em 2015. Para a consultora de marketing Angela Hirato, responsável pela profissionalização da Camicado antes da venda para a Renner, a meta é factível porque não há redes concorrentes no mesmo segmento. "Ela disputa mercado apenas em algumas categorias com a Etna e a Tok&Stok e em outras com Magazine Luiza e Casas Bahia."

Concorrência - Isso não significa que a vida está fácil para a Renner. Apesar de planejar investimentos maiores do que suas concorrentes em 2012, a rede gaúcha não está sozinha no processo de expansão e atualização de lojas. A Riachuelo também está enfatizando suas marcas próprias e até o fim do ano deve lançar uma segunda bandeira de varejo, a Riachuelo Mulher.
Para reformular seus pontos de venda, a Marisa contou com a consultoria da Bain&Company. A empresa mapeou os produtos mais vendidos nas lojas para dar mais espaço a eles. Linhas como as de "roupas para o trabalho", tamanhos grandes e calçados ganharam destaque, disse o gerente de relações com investidores da empresa, Flávio Bau.
A valorização de marcas próprias das grandes varejistas pode ser só o início de um novo negócio. A Renner abriu no ano passado três lojas próprias da grife Blue Steel, focada no público jovem. Por enquanto, elas são um projeto piloto, mas se derem certo poderão se tornar uma rede própria. A decisão sai neste ano. Se aprovada, será uma nova fronteira de negócios para a empresa e suas 19 marcas. (Agência Estado)

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP
Causa e efeito da mudança na remuneração da poupança
Na corrida para reduzir os juros básicos da economia — a Selic, que, atualmente, está em 9% —, na última quinta-feira, dia 3/5, a presidente Dilma Rousseff anunciou mudanças na remuneração da caderneta de poupança. Com a medida, que começou a vigorar no dia seguinte à divulgação e que contemplará apenas novos depósitos, os poupadores passarão a ter um rendimento menor que o atual quando a taxa Selic registrar níveis inferiores ou iguais a 8,5%. O que equivale a 70% da taxa básica mais a Taxa Referencial (TR). Antes, a remuneração da poupança era de 6% mais a TR.
Números à parte, na prática, qual será o efeito dessa alteração no cenário econômico? Silvia Matos, coordenadora técnica do Boletim Macro IBRE, ressalta que caso a taxa básica atinja o patamar de 8,5% ao ano, as cadernetas de poupança, que contam com prazos mais longos, ficaram mais competitivas e atrativas que as aplicações em fundos de investimentos, o que poderia dificultar a rolagem da dívida pública. “Essa medida era necessária para dar continuidade à redução da taxa real de juros. A redução tem sido possível, infelizmente, pela fraqueza das economias internacional e doméstica. Além disso, esse processo também depende de outros fatores que não estão sendo atacados no momento. Por exemplo, a indexação do salário mínimo. Se a inflação não ceder, o ganho será temporário”, afirma.
No entanto, a grande questão, na opinião da economista, é saber quais os planos do governo. Ou seja, se vem apostando que a inflação se manterá comportada, não importando o cenário, ou se aceitará consistentemente uma pressão inflacionária elevada. “O que me surpreende é que a presidente Dilma quer juros baixos, desvalorizar a taxa de câmbio e reduzir os impostos, mas parece não se preocupar com a inflação. Se a inflação voltar ao radar, o que é bem provável, como ficará o governo nessa situação? Vai aceitar mais inflação?”, indaga.
Spreads bancários - Nos debates sobre possíveis alternativas para que os juros pesem menos no bolso dos brasileiros está a necessidade de descentralização dos bancos, fato que poderia se tornar medida eficaz na redução dos spreads bancários — diferença entre quanto o banco paga ao aplicador para captar um recurso e quanto ele cobra para emprestar o mesmo dinheiro ao cliente. “O debate é bem complexo. Não dá para diminuí-lo abruptamente, sem causar efeitos colaterais. A margem de lucro é apenas um dos componentes deste spread. Mais competição, sem dúvida, é sempre bem-vinda. Mas, o que me preocupa é que caso os bancos públicos ajam de forma imprudente, todos nós iremos pagar a conta.  O governo teria que ser cauteloso neste processo, mais técnico e menos político”, destaca Silvia.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

Da redação - São Paulo / SP
CVM anuncia que estudo sobre Bolsas sai até junho
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) deve receber até junho o resultado do estudo sobre regulação de Bolsas contratado para a consultoria Oxera, informou nesta segunda-feira o novo diretor da autarquia, Roberto Tadeu Antunes Fernandes.
Ele disse que por enquanto não houve consulta formal das possíveis candidatas à abertura de uma nova Bolsa no Brasil, mas que há consultas técnicas informais. Para funcionar, as potenciais operadoras de Bolsas precisarão de autorização da CVM. "É um diagnóstico que nunca foi feito e que a consultoria poderá ajudar", afirmou ele a jornalistas.
O estudo foi encomendado a partir de um termo de compromisso firmado entre a CVM e a Gradual Corretora, divulgado pela autarquia em 31 de janeiro, e que além da contratação do levantamento contemplava um pagamento de R$ 600 mil. "Essa foi uma boa utilização do termo de compromisso", disse o novo diretor da autarquia, defendendo a utilização desse tipo de recurso pela CVM. "O termo de compromisso é espetacular sob todos os aspectos."
Segundo ele, a CVM não faz uso irracional do recurso, que desonera a autarquia mais rapidamente e de forma adequada de alguns processos. Conforme o novo diretor da CVM, o termo de compromisso é uma certeza, enquanto que o julgamento é uma incógnita --uma vez que não se sabe se os julgados serão considerados culpados ou que tipo de pena terão. "O termo de compromisso tem 100% de adimplência, e a inadimplência das multas é muito alta", afirmou.


Nova Iorque / EUA
Zuckerberg viaja pelos EUA para promover venda de ações do Facebook na bolsa
O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, respondeu questões sobre a desaceleração no crescimento da receita da maior rede social do mundo e sua compra do Instagram por US$ 1 bilhão ao dar início a um roadshow em escala nacional nos Estados Unidos para promover a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da companhia. A operação é avaliada em US$ 10 bilhões.
Vestindo sua tradicional combinação de blusão de capuz, calças jeans e tênis, o presidente de 27 anos de idade disse que realizaria novamente a compra do Instagram caso fosse necessário, de acordo com pessoas que compareceram ao evento.
Centenas de investidores compareceram à apresentação no Sheraton Hotel, em Nova Iorque, que foi fechada à mídia, nesta segunda-feira.
A maior rede social do mundo espera captar cerca de US$ 10,6 bilhões com a operação, superando os IPOs de empresas do setor de tecnologia como o Google e concedendo à maior rede social do mundo um valor de mercado próximo ao da Amazon.
A rede social, que existe há oito anos, começou como um projeto no dormitório de Zuckerberg em Harvard e indicou uma faixa de preços para seu IPO de US$ 28 a US$ 35 por unit na quinta-feira, o que avaliaria a companhia entre US$ 77 bilhões e US$ 96 bilhões. O tamanho do IPO reflete o crescimento da companhia e as expectativas positivas sobre seu potencial de geração de lucro. Muitos investidores dizem que esperam que o Facebook aumente a faixa de preços de sua oferta enquanto o roadshow segue de Nova York para outras cidades importantes, como Chicago, Boston e San Francisco.
(Agência Reuters)


HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas e Abertura das Européias:

Tóquio/Japão e Londres/Inglaterra
Bolsas da Ásia têm ligeira alta e a Europa ainda preocupa
Os mercados asiáticos experimentaram modesta recuperação, uma vez que o choque inicial pelos resultados das eleições na Europa desvaneceu-se. Porém, as preocupações com a situação do continente ainda interferiram no sentimento do investidor.
- A Bolsa de Hong Kong fechou em baixa, com pressão dos papéis de firmas imobiliárias, mas sem motivação clara, apenas uma onda cíclica de vendas, estendendo as perdas de ontem uma vez que os investidores continuam preocupados com as perspectivas da economia global. O índice Hang Seng caiu 0,3% e terminou aos 20.484,75 pontos.
- Já as Bolsas da China fecharam estáveis, com a realização de lucros nas corretoras ofuscando os ganhos em empresas seletas de energia e engenharia. Os investidores também andaram de lado à espera de importantes dados da economia chinesa a serem divulgados na quinta-feira (comércio internacional) e na sexta-feira (inflação). O índice Xangai Composto terminou aos 2.448,88 pontos. O índice Shenzhen Composto finalizou aos 980,26 pontos. O yuan encerrou estável ante o dólar, devido à demanda e oferta da moeda esta balanceada, a despeito da condução do banco central para cima via taxa de referência diária. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,3080 yuans, de 6,3079 yuans ontem. A taxa de paridade central dólar-yuan foi fixada em 6,2804 yuans, de 6,2858 yuans a véspera.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em leve alta. O índice Taiwan Weighted avançou 0,10% e terminou aos 7.545,71 pontos. Os investidores aguardam o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, previsto para quinta-feira. O mercado espera que ele acene com a possibilidade de uma nova rodada de relaxamento econômico diante das novas incertezas na zona do euro.
- A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, também encerrou o dia em alta, com os ganhos nos setores financeiro, químico e de siderurgia compensando as quedas nas montadoras e nas empresas de tecnologia. O índice Kospi avançou 0,54% e fechou aos 1.967,01 pontos.
- Na Austrália, a Bolsa de Sydney teve ganhos modestos, com os investidores preferindo ficar de lado diante das incertezas políticas na Europa e também à espera da divulgação do orçamento federal australiano. O índice S&P/ASX 200 subiu 0,30% e terminou aos 4.314,30 pontos.
- A Bolsa de Manila, nas Filipinas, fechou em ligeira alta, com os investidores se beneficiando dos preços menores das ações no final do pregão. O índice PSE subiu 0,2% e terminou aos 5.242,06 pontos, com pesado volume de negociações.
- A Bolsa de Cingapura ensaiou uma modesta recuperação depois de forte queda ontem, mas com fraco volume de negócios, sugerindo que investidores preferem permanecer de lado com as perspectivas de curto prazo ainda nebulosas. O índice Straits Times subiu 0,2% e fechou aos 2.931,98 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, teve alta de 0,5% e fechou aos 4.181,07 pontos, embora vendas por fundos estrangeiros tenham ofuscado o mercado, mas compras de papéis em oferta por fundos locais deram o suporte para o índice fechar no azul.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, subiu 0,3% e terminou aos 1.231,04 pontos, com aquisições domésticas com otimismo quanto aos balanços do primeiro trimestre.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, avançou 0,4% e encerrou aos 1.590,60 pontos, com compras de papéis de construtoras e empresas agrícolas.



ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa fecha em alta de 0,66% após eleições na Europa
A Bovespa fechou em alta o pregão de ontem, dias 7/5, revertendo das perdas do começo do pregão, com investidores avaliando o impacto das eleições na França e na Grécia sobre a crise europeia.
- A Bovespa fechou em alta nesta segunda-feira, revertendo das perdas do começo do pregão, com investidores avaliando o impacto das eleições na França e na Grécia sobre a crise europeia.
- O Ibovespa subiu 0,66%, a 61.220 pontos, após dois pregões seguidos de queda.
- O giro financeiro da sessão foi de R$ 6,53 bilhões.
Análise 1 - "Achei que seria um dia de baixa, mas a notícia de que a Merkel [Angela Merkel, chanceler alemã] se prontificou a conversar com Hollande e a fala do Rajoy [Mariano Rajoy, primeiro-ministro espanhol] sobre possível ajuda para o setor bancário, ajudou na recuperação dos mercados", disse Rafael Dornaus, operador da Hencorp Commcor.
Após a vitória do socialista François Hollande para a presidência da França, no domingo, Merkel afirmou que receberá o líder francês "de braços abertos" e afirmou que os dois trabalharão intensamente juntos.
O resultado da eleição na França, embora esperado, trouxe incertezas aos mercados internacionais, com temores de possíveis atritos entre Hollande e Merkel com relação à adoção de medidas de austeridade fiscal. Na Grécia, partidos contrários a medidas de austeridade também venceram as eleições.

Análise 2 - Em outra frente, a declaração do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, impulsionou as ações de bancos na Europa e ajudou o principal índice da região a fechar em alta. Rajoy afirmou que dinheiro público poderia ser usado como último recurso para ajudar o setor bancário do país.
A melhora do cenário externo ajudou na recuperação da Bovespa, segundo operadores, mas a semana ainda inspira cautela. "A Bolsa fechar em alta hoje não quer dizer que já está tudo tranquilo, mas vamos precisar continuar acompanhando o cenário político da Europa", disse Felipe Casotti, gestor de renda variável na Máxima Asset.
Entre as "blue chips" (ações mais negociadas) domésticas, a preferencial (que dá preferência no pagamento de dividendos) da Petrobras subiu 0,49%, a R$ 20,58. OGX ganhou 3,02%, a R$ 13,98. Já a preferencial da Vale cedeu 0,12%, a R$ 40,39.
Hypermarcas subiu 5,75%, a R$ 12,68, e foi a vice-líder de alta do Ibovespa. A ação disparou após a empresa de bens de consumo ter divulgado lucro maior para o primeiro trimestre, sinalizando estar no caminho para retomar o crescimento após resultados fracos em 2011.
A construtora Rossi foi a maior baixa do índice, com queda de 2,90%, a R$ 8,03, seguida por Pão de Açúcar, que caiu 1,58%, a R$ 87,10. A rede varejista divulgará seus resultados trimestrais ainda nesta noite.



Nova Iorque / EUA
Bolsas americanas fecham praticamente estáveis apesar da Europa
Nos mercados americanos, os investidores foram pouco afetados pelos resultados das eleições europeias apesar da incerteza a respeito da capacidade da zona do euro de lidar com sua crise da dívida.
- Os principais índices acionários fecharam perto da estabilidade nos pregões de ontem, dia 7/5.
- O Dow Jones, referência da Bolsa de Nova Iorque, recuou 0,23%, para 13.008 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,04%, para 1.369 pontos. 
- O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,05%, para 2.957 pontos.
Análise 1 - Os resultados das eleições na França e na Grécia, realizadas no domingo, trouxeram nova dor de cabeça para a União Europeia. Isso porque, em Paris, o pleito colocou o socialista François Hollande no poder como novo presidente, questionando a tentativa da zona do euro de enfrentar a crise com cortes orçamentários.
Enquanto isso, em Atenas, o fraco desempenho dos dois principais partidos - o de centro-direita Nova Democracia e o socialista PASOK, sendo que ambos haviam apoiado o programa nacional de resgate da UE/Fundo Monetário Internacional - surpreendeu e pode forçar uma reavaliação fundamental de como a Europa está enfrentando sua crise.
As ações ligadas ao setor financeiro, normalmente bastante sensíveis a eventos capazes de prejudicar a estabilidade fiscal da zona do euro, foram não só o setor de melhor performance como também tiveram o maior volume de negociações da sessão desta segunda-feira nos EUA.

Análise 2 - O índice financeiro do S&P 500, por exemplo, subiu 0,7%. A ação do Bank of America disparou 2,8%, para US$ 7,96, e o papel do Goldman Sachs ganhou 1,0%, para US$ 110,04.
"Um ponto positivo que estamos vendo como resultado das eleições e que ouvimos do chairman do Banco Central Europeu é um foco no crescimento e o reconhecimento de que medidas de austeridade, por si só, não serão suficiente para tirá-los [os europeus] dessa crise", disse o estrategista-global de investimentos do Wells Fargo Private Bank, Sean Lynch.
"Então, se houver mais medidas com o objetivo de incentivar o crescimento, o sistema bancário e a economia serão beneficiados", completou.
Analistas destacaram também um possível resgate governamental ao banco espanhol Bankia, que passa por dificuldades, como um incentivo ao setor.

Londres / Inglaterra
Ações de bancos lideram recuperação das Bolsas europeias
As "blue chips" (ações mais negociadas) da zona do euro apresentaram pequeno volume de negociações nos pregões de ontem, dia 7/5. Os bancos lideraram uma recuperação técnica, fortalecidos por sinais de que a Espanha estaria abrindo as portas para a utilização de fundos públicos na ajuda às instituições financeiras com problemas.
- O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou em alta de 0,73%, aos 1.034 pontos.
- O Euro STOXX 50 index, índice das "blue chips" da região, encerrou ganhando ainda mais terreno positivo, em 1,55%, para 2.283 pontos, tendo negociado cerca de 90% da média de 90 dias com os mercados britânico e irlandês fechados devido a feriado.
- Em Frankfurt, o índice DAX ganhou 0,12%, para 6.569 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 teve alta de 1,65%, a 3.214 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib avançou 2,56%, para 14.275 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 teve alta de 2,72%, a 7.063 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 ganhou 0,95%, para 5.215 pontos.
Análise - O índice se recuperou de uma reação inicial aos resultados das eleições na França e na Grécia, e que o empurraram para mínimas em quatro meses e meio. Bancos espanhóis estavam entre os donos dos maiores ganhos nesta segunda-feira, com o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, afirmando que dinheiro público poderia ser usado como um último recurso para ajudar o setor bancário do país.


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MERCADO FINANCEIRO


Da redação -  Brasília / DF
Captação alta da poupança não tem relação com novas regras
Os depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em R$ 1,977 bilhão no mês passado, queda de 22,2% na comparação com o resultado registrado em março, segundo o Banco Central. Apesar disso, a captação foi a segunda maior para meses de abril da série histórica, iniciada em 1995. O dado ficou abaixo apenas do de abril de 1997, quando o saldo foi positivo em R$ 2,544 bilhões. Na avaliação do especialista em finanças pessoais Ricardo José de Almeida, a redução na comparação com o mês retrasado não reflete impacto da expectativa de alteração das regras da poupança.
Na semana passada, o governo anunciou que sempre que a taxa básica de juro ficar em 8,5% ou menos, o rendimento da poupança passará a ser de 70% da Selic, mais TR (Taxa de Referência). Quando isso ocorrer, os novos depósitos passarão a render menos do que aqueles feitos até a semana passada. "Não há relação com a mudança de regras. A redução em relação a março tem mais a ver com aumento da inadimplência e restrição de crédito", disse Almeida, professor do Insper. (Fonte: Agência Brasil)

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AGROBUSINESS


Da redação - São Paulo / SP
Para FAO, produção mundial de carnes aumenta menos de 2% em 2012
Pelas projeções da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em 2012 a produção das três principais carnes (bovina, suína e avícola) terá expansão maior que a registrada de 2010 para 2011 (apenas 0,9%). Mas essa expansão prevista para este ano deverá ir pouco além do crescimento vegetativo da população mundial, já que os números apontados correspondem a uma expansão anual de 1,7%.
Analisando a base dessa expansão, a FAO observa que virá apenas das carnes suína (com maior incremento) e avícola, porquanto a produção de carne bovina segue estagnada. Também observa que o maior aumento de produção será observado nos países em desenvolvimento.
Para a FAO, 2012 deve ficar marcado como período de intensificação das disputas de mercado. Explica que isso deve ocorrer porque, com o aumento da produção nos países importadores, o ritmo de expansão do comércio mundial de carnes tende a diminuir. O que, combinado com uma participação mais limitada dos países desenvolvidos exportadores, deve conduzir a mudanças do market share dos países em desenvolvimento no mercado internacional. Algo que, completa a FAO, envolve particularmente Brasil e Índia.
Note-se que as projeções da FAO não diferem muito daquelas divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), ambas apresentadas no quadro abaixo. Ou seja: os volumes apontados pela FAO são mais amplos, mas as variações (percentuais) são muito similares.


Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Maranhão terá safra recorde de 717.990 t de milho
A produção representa um aumento de 11,11%, comparado ao ano passado, quando foram colhidas 646.209 toneladas do grão
Mesmo com a irregularidade das chuvas no Maranhão, de acordo com os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, realizado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), na safra deste ano o estado terá uma colheita recorde de milho de 717.990 toneladas. A produção representa um aumento de 11,11%, comparado ao ano passado, quando foram colhidas 646.209 toneladas do grão.
Aproximadamente 11% da produção total do milho que será colhido este ano é cultivada por agricultores familiares, que receberam 883 toneladas de sementes selecionadas do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima).
Das 71.781 toneladas a mais de milho que serão colhidas este ano em todo o estado, as sementes doadas pela Sagrima possibilitarão um acréscimo de 81.236 toneladas na produção total de milho no Maranhão.
Os agricultores familiares que receberam as sementes plantaram uma área de 44.150 hectares. Cada agricultor familiar recebeu, em média, 10 quilos de sementes.
O secretário de Agricultura, Cláudio Azevedo, explicou que estas sementes fazem parte do Programa Plantar e Colher no Maranhão. “Além das sementes de milho, foram distribuídas este ano pela Sagrima, 1.000 toneladas de sementes de arroz, 3.250 quilos de sementes de frutas e hortaliças, além de 400 toneladas de sementes de feijão, que estão sendo distribuídas desde a semana passada, em todo o estado”, explicou Cláudio Azevedo.
Ele ressaltou que este ano o governo estadual aumentou ainda mais a quantidade de sementes distribuídas. No ano passado, foram entregues, por exemplo, 700 toneladas de milho e 145 toneladas de feijão. “A cada ano o Maranhão aumenta a produção de grãos e a Sagrima está contribuindo com esse crescimento da safra agrícola, por meio da distribuição de sementes de qualidade, entregues na época certa, para que os agricultores familiares também sejam inseridos no crescimento do setor produtivo maranhense”, afirmou Cláudio Azevedo.

A safra de grãos - Dados do IBGE apontam que o Maranhão terá uma safra de grãos recorde neste ano, com 3,524 milhões de toneladas de soja, milho, feijão e algodão, representando um incremento de 6,5%, quando comparado à safra de 2010/2011. O plantio de soja prevê um aumento de 16,95% na produção, com uma colheita de 1.837.816 toneladas. No ano passado foram colhidas 1.571.418 toneladas de soja, numa área de 530.539 hectares, 4,86% a menos do que este ano, que é de 556.314 hectares. No entanto, a produtividade da soja aumentou em 11,5% este ano, que é de 3.304 toneladas colhidas por hectare. Já a produtividade do milho aumentou em 8,55%, com uma previsão de colher 1.840 toneladas por hectare (na safra passada foi de 1.695/h), numa área de cultivo de 390.300 hectares, representando um aumento de área de 2,36%, comparado à safra anterior, que foi de 381.297 hectares. (Fonte: Assessoria de Comunicação do IBGE)


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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP
Vendas da Nissan do Brasil crescem 142% em abril
A Nissan do Brasil registrou um aumento de 142% nas vendas de abril de 2012 no País, em relação a abril de 2011. Foram 8.614 unidades comercializadas, que deram à montadora japonesa 3,5% do mercado nacional.
"Em um mês de retração do mercado brasileiro, a Nissan atingiu bons números, o que nos mantêm otimistas em relação ao crescimento sólido da marca em 2012", disse o presidente da Nissan do Brasil Christian Meunier, por meio de nota. Em abril deste ano, foram comercializadas 1.275 unidades da picape Frontier, resultando em 14,1% de participação de mercado do modelo, a melhor de sua história. No mesmo mês de 2011, a picape Nissan Frontier respondia por 7,6% do mercado.

O modelo do carro popular - Estão ainda entre os destaques de abril, segundo a montadora: o Nissan Versa, com 1.772 emplacamentos, seguido pela família Livina, com 845 emplacamentos, pela família Tiida, que teve 739 unidades comercializadas, e pelo Nissan Sentra, com 725 unidades vendidas.
O objetivo da montadora é atingir 5% de participação de mercado até 2014. Para bater a meta, a Nissan deve lançar dez produtos no mercado até 2016. Ainda como parte da estratégia da empresa de aumentar a participação no mercado brasileiro, a montadora anunciou no último ano a construção de uma fábrica em Resende, no Rio de Janeiro. Atualmente, a Nissan Brasil divide, em parceira com a Renault, um complexo fabril em São José dos Pinhais, no Paraná. (Agência Estado)


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SERVIÇOS e VAREJO


Da redação - São Paulo / SP
Vendas de materiais de construção caem 8,5% em abril
As vendas de materiais de construção caíram 8,5% em abril ante março deste ano. No entanto, em relação ao mesmo período do ano passado, as vendas cresceram 3%, divulgou nesta segunda-feira a Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção). Já na comparação dos quatro primeiros meses de 2012 com o mesmo período do ano passado, as vendas cresceram 1,5%.
De acordo com a Anamaco, o setor de cimentos apresentou queda de 9%, enquanto as vendas de tubos e conexões caíram 7,5%. Metais e argamassa apresentaram queda de 5,5% cada e o setor de fechaduras apresentou retração de 7,5%.
O único segmento a não apresentar quedas nas vendas foi o de luminária residencial, que se manteve estável em relação a março.
Para Cláudio Conz, presidente da associação, os consumidores estão esperando uma redução dos juros por parte do governo para o segmento. "Com certeza este resultado é reflexo do anúncio feito pelo governo ainda em janeiro, que propunha a criação do FIMAC/FGTS [Financiamento de Material de Construção com recursos do Fundo de Garantia].
Segundo Conz, o financiamento com juros de 1% ao mês ainda não foi colocado no mercado. "Eles estão adiando as compras enquanto podem, enquanto as promessas de queda nos juros de financiamento não se materializam para o mercado", acrescentou.
O setor, no entanto, prevê recuperação nos próximos meses. "Esperamos ter um crescimento de 8% nas vendas este ano de 2012, já que em 2011 nosso resultado não passou de 4,5%. No entanto, se não apresentarmos uma recuperação já em maio, a Anamaco terá de rever esta previsão".


São Paulo / SP
Hypermarcas sobe preços para recuperar margens com fraldas
Do crescimento total de 13,8% da receita líquida, registrado no primeiro trimestre pela Hypermarcas, fabricante brasileira de medicamentos e bens de consumo, um terço foi relativo a aumento de preços. A divisão de medicamentos apresentou alta de 17,4% na receita líquida, puxada pela venda de genéricos e similares, que cresceu 36% no período, de acordo com Claudio Bergamo, presidente da Hypermarcas. A venda de medicamentos OTC, OTX e RX aumentou 13%, em linha com o mercado.
O aumento de preços também foi mais forte na divisão farmacêutica, representando 50% da expansão da receita líquida.
Na divisão de consumo, os aumentos de preços praticados no início do ano foram responsáveis por somente 10% do aumento do faturamento líquido. A maior parte foi referente ao maior volume de vendas.
Em janeiro, a companhia promoveu um aumento de preços em suas fraldas, com reajuste de 10% na marca Sapeka, de 8% na Mabesa e de 6% na Pom Pom. "O negócio de fraldas ainda não está dentro do nível de seu potencial", diz Bergamo. "A gente deve ver uma recuperação de margem ao longo do ano em função desses aumentos".
De acordo com o executivo, houve uma redução das margens neste mercado no ano passado em função de uma variação cambial e do aumento da celulose, mas a demanda pelos produtos continua em alta.
Bergamo observa que está havendo uma migração para produtos de maior valor agregado. "Hoje na Pom Pom, nós temos maior demanda que oferta. Não estamos conseguindo atender toda a demanda por esses produtos", diz Bergamo. Ele informou que a companhia está reformando a fábrica da Sapeka no Nordeste para que a unidade possa atender a demanda pelos produtos Pom Pom.
No mercado de higiene e beleza, no qual a empresa opera com marcas como Monange, Paixão, Jontex e Risqué, o aumento de preços ocorreu em abril.
Em relação ao "market share" (participação de mercado) da companhia, Bergamo diz que o indicador permaneceu estável na média das duas divisões, com uma pequena melhoria em medicamentos e uma pequena redução em bens de consumo, em relação ao primeiro trimestre de 2011. "Mas ainda não representa a realidade de 2012, representa o que veio ocorrendo em 2011", diz o executivo. (Agência Valor)


São Paulo / SP
Supermercadistas mantêm previsão de vendas apesar do juro menor
A Apas (Associação Paulista de Supermercados) manteve a previsão de crescimento de 4,5% para as vendas do setor no Estado de São Paulo em 2012, apesar do cenário de redução de juros. "Vemos que há disposição política do governo para reduzir juros, mas precisa [solucionar] questões técnicas", afirmou o presidente da entidade, João Galassi, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira. Ele citouo cadastro positivo e as despesas públicas como pontos de atenção do governo.
O diretor de economia e pesquisa da Apas, Martinho Paiva Moreira, afirmou que toda redução nas taxas de juros é bem vista pelo setor, mas classificou as medidas tomadas este ano como "artificiais". "Toda e qualquer diminuição na taxa de juros é bem-vinda [para o setor supermercadista]. Mas a gente tem visto que essa diminuição é um tanto quanto artificial. Não acreditamos que isso vai impactar de forma consistente na demanda", disse.
Este ano, além da redução da taxa Selic - taxa básica de juros, atualmente em 9% ao ano -, a ofensiva do governo para forçar a queda dos "spreads" bancários fez com que bancos públicos como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil reduzissem suas taxas, o que levou instituições privadas a seguirem o mesmo caminho. "Spread" bancário é a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa cobrada ao consumidor.
Já o presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Sussumu Honda, considerou que as medidas colocaram em debate a necessidade de redução dos juros no Brasil. "Nenhum país vai conseguir crescer com a taxa de juros que o Brasil tem. É preciso que o Brasil entre em um patamar de juros condizente com o crescimento", criticou.
A previsão da Abras para crescimento do faturamento do setor este ano, em todo o país, é um pouco inferior à estimativa da Apas, de aumento entre 3,5% e 4%. (Agência Reuters)


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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA

Rio de Janeiro / RJ
Estaleiro Atlântico Sul muda de presidente
Em meio ao polêmico atraso de dois anos da entrega do navio João Cândido à Transpetro, o Estaleiro Atlântico Sul anunciou ontem a tarde, dia 7/5, a mudança de comando. O engenheiro Otoniel Silva Reis, diretor-executivo de Mercado Privado e Óleo e Gás da Queiroz Galvão, assumiu o cargo do atual presidente Agostinho Serafim Júnior, que havia substituído o presidente anterior Angelo Bellelis, em março de 2011. A Queiroz Galvão é dona do estaleiro, em parceria com a Camargo Corrêa.
Engenheiro elétrico, Reis é de Minas Gerais e tem três décadas de experiência no setor de óleo e gás natural, desenvolvendo projetos para a Petrobras e para o estaleiro Keppel Fels. Ele vai administrar uma carteira de encomendas de R$ 8 bilhões e a vigilância da presidente da Petrobras, Graça Foster, que declarou que não vai tolerar atrasos nas encomendas da empresa.O navio João Cândido foi encomendado há quatro anos e deveria ter sido entregue em 2010. A previsão é que a entrega seja feita no dia 25 de maio, segundo a assessoria do estaleiro. (Agência Folha)

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TI, WEB e e-COMMERCE

São Paulo / SP
MacBook Air da Aplle pode ser lançado por US$ 799
A Apple está considerando lançar uma versão de US$ 799 (aproximadamente R$ 1.500) do seu notebook MacBook Air. Segundo o jornal de Taiwan "Digitimes", o computador seria comercializado a esse preço a partir do terceiro trimestre deste ano. A notícia publicada pelo jornal diz que a Intel está pressionando fabricantes a vender ultrabooks por US$ 699 (R$ 1.350) a partir do segundo semestre, o que poderia forçar redução de preço dos notebooks da Apple. Apesar de ser difícil para a Intel chegar a um patamar tão baixo de preço, segundo o "Digitimes", o jornal cita um fundo da empresa de US$ 300 milhões de dólares para desenvolver ultrabooks e também os pesados investimentos da companhia em promoções para aumentar a participação dos ultrabooks no mercado de notebooks. O preço que terá no Brasil - Atualmente, o MacBook Air mais barato, com tela de 11 polegadas e 64 Gbytes de memória, é comercializado a US$ 999 (R$ 1.900) no exterior. Aqui no Brasil, o mesmo produto custa R$ 2.999 na loja da Apple. (Agência Folha)

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MERCADO DE LUXO


Bueno Aires / Argentina
Lojas de luxo de Buenos Aires ficam vazias por falta de produtos
O bairro da Recoleta é conhecido como um pedacinho “parisiense” de Buenos Aires, por suas mansões, jardins e parques em estilo francês. A Avenida Alvear, que concentra lojas de grifes famosas, galerias de arte e palacetes históricos, já foi considerada um dos cinco melhores destinos do mundo para compras – e um público sempre fiel por ali é o brasileiro. (LEIA na íntegra)

 
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MERCADO VERDE


Rio de Janeiro / RJ
Redes de franquia lucram ao investir em produtos ambientalmente corretos
Quem deseja aliar empreendedorismo e proteção ambiental, vai encontrar no mercado de franquias opções de negócios verdes. A loja de produtos naturais Mundo Verde, por exemplo, é pioneira no segmento. Criada em 1987 em Petrópolis/RJ, aderiu ao franchising em 1993 e fechou 2011 com faturamento de R$ 205 milhões. A marca possui 200 lojas no Brasil e duas em Portugal, por onde circulam 150 mil pessoas por dia. “Até o final de 2012 serão seis lojas em Portugal. Para 2013, nossa meta é chegar a mais países europeus e a outros continentes”, diz o gerente regional de São Paulo, Gerson Torres. Segundo ele, 80% dos sete mil itens vendidos na rede são fornecidos por micro e pequenos empreendedores.
Para montar uma loja de rua com 60 m², Torres informa que são necessários entre R$ 200 mil e R$ 250 mil. O valor inclui taxa de franquia, projeto arquitetônico, marcenaria, produtos para compor o estoque inicial, marketing e treinamento. Além disso, é preciso ter entre R$ 30 mil e R$ 50 mil de capital de giro. “A previsão de retorno ocorre entre 24 e 36 meses e o faturamento anual de novas unidades é de R$ 110 mil, com lucratividade de 13%.”
Transformada em franquia há pouco tempo, a marca Nação Verde, que desenvolve e comercializa produtos 100% naturais e orgânicos sem cobre, petróleo ou enxofre, conta hoje com duas lojas franqueadas e planeja fechar 2012 com 50 unidades distribuídas pelo Brasil. Segundo o proprietário, Ricardo Cruz, é possível ser um franqueado investindo entre R$ 98 mil e R$ 190 mil. O valor varia conforme a modalidade da operação, que pode ser varejo convencional, e-commerce integrado e mini atacado.

O pacote - O custo inclui projeto arquitetônico, taxa de franquia, computador e software com e-commerce integrado. A ferramenta permite ao franqueado controlar a entrada e saída de produtos tanto na loja virtual quanto na física. O pacote inclui, ainda, sistema que dá ao empresário total controle de gastos, vendas, faturamento e lucro.
“Nós adotamos a sustentabilidade em todas as etapas, isso inclui pisos e gôndolas que são feitos com material reciclável”, afirma Cruz
Em breve, outra opção de franchising estará disponível em dois formatos – loja e spa. A novidade é da Surya Brasil, fabricante de cosméticos naturais e orgânicos. Depois de atuar durante 14 anos apenas como fabricante, a empresária Clélia Angelon abriu, há três anos, o Espaço Surya, que funciona como um SPA de tratamento de beleza, utilizando sua linha de produtos.
A decisão de virar franchising foi tomada atendendo a apelos de clientes. “Recebemos pessoas de todo o Brasil e do exterior e todos queriam que houvesse um espaço desse tipo em suas cidades”, conta Clélia.
Ainda em maio a empresária vai inaugurar sua primeira loja em um shopping de São Paulo. “Esse projeto piloto vai servir para definir o padrão que as franquias deverão adotar e os custos da implantação.” Clélia conta que o Espaço Surya também será franqueado. “Até o final do ano teremos uma unidade na Índia e outra em Nova York.”
Segundo a empresária, a Surya é líder no mercado de coloração à base de henna. “Nossos produtos são exportados para mais de 30 países. Acredito que a aceitação ocorre porque cumprimos exigências de instituições certificadoras como Ecocet, Vegan, Pet e Cosmobio.” A empresa também detém dois prêmios Greenbest, concedido à iniciativas sustentáveis. (Agência Estado)



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