Edição 678 | Ano IV

Washington / EUA
Lagarde quer mais dinheiro dos Brics para o FMI

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, reforçou nesta quinta-feira seu pedido para que os países Bric – Brasil, Rússia, Índia e China – aportem mais recursos para a instituição. Abrindo a temporada de reuniões do FMI e do Banco Mundial em Washington, Lagarde disse que os Brics "têm em comum o fato de valorizar o multilateralismo", em um chamamento quase explícito à boa vontade do grupo para participar no reforço ao caixa da instituição. "(O termo) Bric é uma bela denominação criada pela Goldman Sachs. Mas eles têm diferentes questões, como câmbio e fluxos de capital, têm diferentes programas de crescimento com inclusão", disse Lagarde, respondendo à pergunta de um jornalista chinês sobre a contribuição financeira do grupo para o FMI. "Certamente o que eles têm em comum é sua dedicação ao multilateralismo, e isto certamente será demonstrando pelos vários números, incluindo cada um dos que você está pensando, espero, até o fim da Reunião de Primavera." Durante o encontro, que vai até domingo, o FMI quer levantar US$ 400 bilhões para reforçar o poder de fogo do Fundo contra a crise na zona do euro.

Poder de decisão - O ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, que participa de reuniões nesta quinta-feira na capital americana, já disse no início da semana que o Brasil só vai aportar mais recursos ao FMI se a contribuição for acompanhada de mais poder de decisão na instituição.
Não se sabe de quanto poderia ser o aporte dos Bric ao FMI. Em 2009, eles emprestaram ao caixa da entidade US$ 80 bilhões adicionais (US$ 50 bilhões da China e US$ 10 bilhões de cada um dos outros). Na quarta-feira, Lagarde disse que o FMI já conseguiu US$ 320 bilhões, principalmente dos países da zona do euro (cerca do US$ 200 bilhões), Japão (US$ 60 bilhões), países nórdicos como Suécia, Noruega e Dinamarca e, na quarta-feira, de Polônia e Suíça. A diretora-gerente disse que o Fundo deve receber mais recursos, mas não quis dizer de que países. "Cabe a eles anunciar", sintetizou.

Políticas de ajuda - Em outra entrevista coletiva no FMI, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, também fez alusão ao poder econômico dos mercados emergentes, desta vez no sentido de diminuir a pobreza em seus países e ajudar países mais pobres a atingir o mesmo objetivo.
Zoellick, que participa de seu último encontro anual das duas instituições – ele deixa o cargo no fim de junho –, falava sobre a importância de ajudar os países de renda média, onde estão dois terços das pessoas que vivem com menos de US$ 2 por dia. "Exite uma estimativa conservadora de ajuda estrangeira dos países emergentes para os mais pobres de US$ 15 bilhões. É provavelmente uma estimativa modesta", disse Zoellick.

Segundo a organização Oxfam, a ajuda global provida pelos países desenvolvidos foi de US$ 133 bilhões no ano passado. "Precisamos mudar nossa noção de ajuda, de um modelo de caridade para o modelo de investir em capital humano e infraestrutura nos países em desenvolvimento", afirmou o presidente do Banco Mundial. "Se dois terços do crescimento vêm dos países em desenvolvimento, temos de mudar nossa mentalidade."
Para Zoellick, os países em desenvolvimento dão lições sobre como combater a pobreza dentro de seu próprio território. "O programa Bolsa Família no Brasil, Oportunidades no México, são feitos por metade de um ponto percentual do PIB. E no entanto eles cobrem 15-20% das pessoas e proveem uma escada para o crescimento. Nós no Banco ajudamos a aumentar programas de transferência de renda em cerca de 40 outros países", exemplificou. "A questão da ajuda não é os números mas a eficiência: vamos nos concentrar nas redes básicas de ajuda social em todos os países, para lidar com a volatilidade e as incertezas. Se esperarmos outra crise, será muito tarde." (Agência BBC)


Bogotá / Colombia
Brasil defende regulação dos direitos de propriedade intelectual na internet
A ministra da Cultura do Brasil, Ana de Hollanda, defendeu na quarta-feira (18) a regulação dos direitos de propriedade intelectual na internet, uma política radicalmente diferente da de seus antecessores, que advogavam pela liberdade na rede na época em que Luiz Inácio Lula da Silva era o presidente.
Em entrevista à Agência Efe, Ana de Hollanda expressou sua "enorme preocupação" com a problemática que geram os downloads livres e defendeu a regulação dos direitos de propriedade intelectual, e dotando-os de garantias jurídicas, à semelhança do que fizeram outros países.
A ministra fez essas afirmações em Bogotá, onde esteve presente na abertura ao público da Feira Internacional do Livro de Bogotá (Filbo), que nesta edição tem o Brasil como convidado de honra.
Sua opinião contrasta com a dos dois governos de Lula e vai de encontro à gestão dos ex-ministros da Cultura Gilberto Gil e Juca Ferreira.
"Gilberto Gil trabalhava muito por uma internet livre, e eu também trabalho por uma internet livre para aquele que quer depositar sua obra livremente", explicou Ana de Hollanda, em referência aos artistas que voluntariamente usam a rede como meio de difusão.
Ministro da Cultura entre 2003 e 2008, o cantor Gilberto Gil chegou a declarar-se admirador da "cultura hacker", e essa foi a herança deixada para Ana de Hollanda, que se mostrou crítica a algumas ações de seu antecessor.
A atual ministra lembrou que Gilberto Gil "tem sua obra protegida e recebe os pagamentos correspondentes".
O certo é que, desde a chegada de Ana de Hollanda ao governo da presidente Dilma Rousseff, foi promovida uma mudança de rumo nas políticas do ministério. "O tema está sendo polêmico no mundo inteiro, não só em meu país", explicou a ministra, que se mostrou preocupada com a forma como "está sendo levada a discussão sobre como divulgar a cultura através da internet".
A questão é que são muitas as indústrias envolvidas. "Isso vale para a literatura, a música, o cinema, tudo", indicou, antes de dar ênfase ao cinema.
"A indústria cinematográfica é caríssima e necessita de uma proteção; se se dispõe gratuitamente dela, é pirataria, e com pirataria não se paga ninguém", explicou a ministra, justificando a mudança de rumo de seu ministério.
Com essa mudança de políticas quanto à liberdade na internet, a ministra busca "garantir os direitos de quem cria", garantiu nesta quarta-feira, antes de inaugurar o pavilhão do Brasil na Filbo 2012. (Agência EFE)


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP
Selic de 9% é ótima, mas temporária
Na última quarta-feira, dia 18/4, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a redução de 0,75% da taxa básica de juros da economia — que passou de 9,75% para 9% ao ano. A decisão, unânime, foi justificada devida “a fragilidade da economia global” e o baixo risco de aumento da inflação, observados “até agora”. Mas, além dos motivos do reajuste, que será detalhado na ata da reunião do Copom a ser divulgada na quinta-feira, dia 26, a questão primordial levantada por Silvia Matos, pesquisadora da área de Economia Aplicada do IBRE, é saber se a Selic será mantida ou não nos próximos meses, fato que pode gerar incertezas no mercado. “Essa taxa nominal de 9%, significa uma taxa real em torno de 3,5%. Ou seja, uma taxa mínima histórica. Nem quando a crise de 2008 estourou e a Selic bateu 8,75% vimos uma taxa real nesses níveis. Na época, a redução se consolidou pelo cenário atípico da economia e da inflação mundial. Mas, o que nos perguntamos é se os 9% será transitório ou permanente. Para nós, ainda vai ser preciso ajustar a taxa básica à medida que a atividade econômica começar a acelerar ao longo do segundo semestre de 2012”, ressalta Silvia.
Do ponto de vista do cenário interno, a queda da inflação no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2011; a redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para bens duráveis no inicio deste ano; e as demais medidas macroprudenciais tomadas pelo governo federal, deram, segundo Silvia, maior segurança para o Banco Central reduzir a taxa básica de juros em 0,75 pp. “Soma-se a isso o menor ímpeto da população em tomar crédito, ou por ele estar caro ou por as famílias estarem endividadas com prestações anteriores”, acrescenta.

Inflação - Para 2012, a previsão dos economistas é a inflação ficar em torno de 5%, menor patamar do que os 6,5% do ano anterior, mas ainda maior que o centro da meta, 4,5%. “Tivemos uma surpresa boa com a inflação desse primeiro trimestre. O efeito do baixo crescimento econômico em 2011, o setor de serviços ainda aquecido e o desemprego a níveis baixos contribuem para essa queda. Ou seja, estamos num momento de arrumar a casa. Nesse contexto, do lado da inflação, o BC deve respirar mais aliviado”, salienta Silvia. “Chegar numa inflação boa com juros reais a níveis baixos é algo que desejamos sempre, a questão é que parte desse movimento é transitório, já estamos vemos o preço dos alimentos voltando a subir, teremos reajuste do diesel e de cigarros. Em abril, a tendência é de que a inflação ficará entre 0,55%, 0,60% que é bem maior que o 0,21% de março”, adianta.
Sobre as perspectivas para a inflação em 2013, — que deve ficar em cerca de 5%, segundo o relatório Focus — o país está diante de um problema, devido ao desequilíbrio entre quanto o governo quer crescer e quanto é sustentável crescer. “O governo quer crescer a todo custo. Fazer com que o país cresça mais lentamente é um grande dilema. Quando a gente acelera demais a economia, a inflação aumenta num segundo momento. Então o mercado vê esse sobe e desce, e fica com dúvidas a respeito dos próximos passos da economia, não acreditando que o país atinja o centro da meta inflacionária. Isso traz um efeito péssimo”, destaca.

China - No contexto internacional, a economista lembra que a China dá sinais de uma política econômica mais voltada para o crescimento consistente, voltado para o consumo, com menos investimento. “Acho que a tendência da China é reduzir o crescimento parcialmente. Crescer em torno de 8% é saudável. O país asiático possui mão de obra capacitada, investe em educação, em tecnologia. Isso que é fazer uma transição correta. Agora se essa mão de obra é cara e sem qualificação, como no Brasil, como fazemos? A saída mais simples é importar mão de obra. Porque não? Estamos muito atrasados educacionalmente. A melhor forma é abrir o mercado. E estamos fazendo ao contrário, com o governo federal focando políticas públicas de conteúdo nacional”, conclui. (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas e Abertura das Européias:




ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa segue índices americanos e fecha em baixa
A Bovespa encerrou o pregão de ontem, dia 19/4, em baixa, após operar com volatilidade durante todo o dia. A Bolsa paulista seguiu a piora dos índices nos Estados Unidos, mas com a possibilidade de novas reduções de juros pelo Copom (Comitê de Política Monetária) aliviando o mercado brasileiro.
- O dólar comercial terminou o dia em alta de 0,10%, cotado a R$ 1,882.
- O Ibovespa caiu 0,62%, a 62.618 pontos.
- O giro financeiro do pregão foi de R$ 5,62 bilhões.
Análise 1 - "O Ibovespa caiu seguindo a piora nos mercados lá fora. Os dados dos EUA pesaram um pouco, principalmente o do mercado imobiliário", afirmou João Pedro Brugger, analista na Leme Investimentos.
"Internamente, teve o Copom, que apesar da decisão ter vindo em linha com o esperado, deixou em aberto a possibilidade de novas quedas nos juros, o que favoreceu ações voltadas ao mercado interno", completou.
Nos EUA, as vendas de casas usadas recuaram 2,6% em março. No Brasil, o Copom anunciou na noite de quarta-feira sua decisão unânime de reduzir a Selic, taxa básica de juros, em 0,75 ponto percentual, para 9% ao ano.

Análise 2 - No Ibovespa, a ação da OGX teve a maior queda, de 3,57%, a R$ 12,96, enquanto a maior alta ficou com a preferencial (que garante prioridade no recebimento de dividendos) da Oi, com ganhos de 3,02%, a R$ 9,55.
A ação preferencial da Petrobras recuou 1,42%, a R$ 21,45, e a da Vale encerrou em baixa de 0,40%, a R$ 42,07.Por outro lado, Itaú Unibanco subiu 0,73%, a R$ 31,54, e Brasil Foods valorizou 1,64%, a R$ 34,81.


Nova Iorque / EUA
Bolsas americanas caem pelo segundo dia consecutivo
As principais Bolsas americanas fecharam em baixa pelo segundo dia seguido nos pregões de ontem, dia 19/4. Dados do mercado de trabalho demonstrando enfraquecimento, um alerta da tecnológica Qualcomm e resultados desanimadores da companhia Stanley Black & Decker desencorajaram os investidores.
- O índice Dow Jones recuou 0,53%, para 12.964 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,59%, para 1.376 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,79%, para 3.007 pontos.
Análise - A ação da Apple, que fechou em baixa de 3,40%, para US$ 587,44, também contribuiu para as perdas registradas ao longo do dia, assim como as preocupações novamente fortes com as finanças da Europa. Os "yields" (taxas de rendimentos) de bônus do governo espanhol cresceram após um leilão de títulos da dívida.
O papel da tecnológica Qualcomm liderou as baixas e fechou em queda de 6,60% um dia após a empresa dizer que está tendo dificuldades em atender à demanda por alguns de seus chips. A ação da industrial Stanley Black & Decker, por sua vez, teve recuo ainda maior, de 7,10%, liderando as perdas entre os papéis de sua área de atuação.
As perdas ocorrem em meio a um forte início da temporada americana de balanços, confirmado nesta quinta-feira por resultados melhores do que o esperado de Bank of America e Morgan Stanley.
Das 105 empresas incluídas no S&P 500 que divulgaram seus resultados até o momento, 81,90% superaram as expectativas de analistas. "Apesar do tom positivo dos balanços, alguns importantes dados econômicos têm perdido fôlego e isso colocou em dúvida se esse é apenas um momento de fraqueza ou algo maior", disse o estrategista de mercado do Prudential Financial Quincy Krosby.



Londres / Inglaterra
Bolsas europeias caem por preocupação com dívida e EUA
As Bolsas europeias fecharam em baixa nos pregões de ontem, dia 19/4, sob influência de perspectivas corporativas pouco animadoras e de dados dos Estados Unidos que amorteceram esperanças de recuperação. Além disso, aumentou o nervosismo dos investidores em relação a crise da dívida soberana na zona do euro.
- O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou em queda de 0,52%, aos 1.040 pontos.
- Em Londres, o índice Financial Times ficou estável, registrando que de apenas 0,01%, a 5.744 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,9%, para 6.671 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 2,05%, a 3.174 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib cedeu 2,01%, para 14.287 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 teve desvalorização de 2,42%, a 6.908 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 teve desvalorização de 0,22%, para 5.177 pontos.
Análise - Os mercados mostraram preocupação de ontem com o aumento dos yields (taxas de rendimento) em um leilão de títulos da dívida da Espanha e com a possibilidade de um rebaixamento futuro na nota de crédito da França, que tem em suas eleições presidenciais um risco adicional.
"Há eleições chegando na França, a Espanha tem que acertar sua trajetória fiscal e a Grécia está no caldeirão. Posso ver as razões pelas quais a Grã-Bretanha vai ter performance superior à continental, mas essa diferença não vai continuar por muito tempo", avaliou o chefe de pesquisa da Investec Wealth & Investment, John Haynes.
"A perspectiva para os papéis europeus é muito boa nesses níveis de avaliação se você é um investidor, em vez de um operador. Em dois anos ou mais, você vai provavelmente fazer muito dinheiro com ações europeias. Mas, no curto prazo, é difícil ver de onde as notícias positivas vêm", acrescentou.
Nos Estados Unidos, as vendas de moradias usadas recuaram 2,6% em março, enquanto que o Índice de Indicadores Antecedentes, busca antecipar tendências dos próximos meses para a economia, cresceu 0,3%, para 95,7, em março.



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AGROBUSINESS


Da redação - Brasília / DF
Em resposta à barreira imposta à carne suína, Brasil pode bloquear produtos argentinos
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, criticou ontem, dia 19/4, a restrição à entrada de carne suína brasileira na Argentina e disse que, caso a barreira seja mantida, medidas que dificultem a entrada de produtos argentinos no país poderão ser adotadas
Ao participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Mendes Ribeiro lembrou que o embaixador do Brasil na Argentina, Enio Cordeiro, deve se reunir ainda na manhã de hoje com o ministro da Agricultura do país vizinho, Norberto Yauhar, para tratar do assunto.
“Eu disse para o ministro [da Agricultura argentino] que a negociação está indo muito bem, mas que precisa continuar indo bem, tendo nossa carne suína liberada. Se não, vamos começar a dificultar a entrada de produtos argentinos e isso não faz bem ao Brasil nem à Argentina e não é isso que quer a presidenta Dilma Rousseff”, disse. “Queremos uma relação extremamente cordial e respeitosa com o país vizinho e, para isso, queremos o comércio dos nossos suínos reestabelecido”, completou.


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SETOR AUTOMOTIVO


Rio de Janeiro / RJ
Citroën espera elevar em 11% vendas no Brasil em 2012
A Citroën espera obter em 2012 um crescimento de vendas de 11% no Brasil, um desempenho melhor do que o previsto pela indústria para o setor, afirmou nesta quinta-feira o presidente da marca para o país, Francesco Abbruzzesi.
A companhia francesa, que integra o grupo PSA PeugeotCitroën, espera com isso alcançar 2,7% de participação de mercado no Brasil. A Citroën encerrou 2011 na 9ª posição do ranking de vendas, com 2,6%, atrás de nomes Honda, Toyota, Hyundai e Renault.
A expectativa de crescimento nas vendas do setor gira entre 4% e 5%, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) No entanto, os emplacamentos da Citroën no primeiro trimestre acumulam uma queda de 26,5% em relação ao mesmo período de 2011, enquanto o mercado de automóveis e comerciais leves recuou 0,6%. "A gente já previa que o primeiro trimestre seria mais baixo em termos de vendas, porque estamos concentrados no nosso desenvolvimento daqui para frente", disse Abbruzzesi, que assumiu o comando da marca no Brasil em novembro passado. "O segundo trimestre também vai ser desafiador", disse o executivo. Para ele, o desempenho "atípico" da indústria nos três primeiros meses do ano foi afetado por redução na oferta de crédito ao consumo diante da alta na inadimplência.
Evitando comentar sobre estratégia para os próximos meses no Brasil, o executivo lançou nesta quinta-feira um espaço de contato da Citroën com os consumidores. O objetivo do espaço é reforçar o conceito premium da marca entre o público de mais alta renda na região da rua Oscar Freire, em São Paulo. O espaço é o primeiro no mundo fora da França, onde a montadora tem uma loja conceitual na avenida Champs-Élysées, em Paris.
A montadora exibiu o compacto DS3, importado da França e que começará a ser vendido no Brasil por volta de junho. O executivo não revelou preço, mas afirmou que ele chegará para competir com modelos como o Mini, da BMW, vendido no país por cerca de R$ 80 mil.
O carro chegará em um momento em que a BMW avalia a instalação de sua fábrica no Brasil e em que marcas como a General Motors, que na véspera confirmou lançamento do modelo Sonic, apostam no segmento de compactos premium no país.
O modelo da Citroën também chegará em meio ao plano de investimento de R$ 3,7 bilhões da PSA no país entre 2010 e 2015. Os recursos serão usados na duplicação da capacidade da fábrica em Porto Real/RJ, para 300 mil carros em 2015 e expansão da capacidade de produção de motores de 280 mil para 400 mil por ano.
Segundo Abbruzzesi, as montadoras ainda estão avaliando o novo regime automotivo - lançado pelo governo no início do mês e que ampliou exigências de investimento no país em troca de redução tributária - mas mostrou confiança no cenário para a Citroën. "Estamos há 10 anos com fábrica no Brasil e, hoje, 90% do que vendemos no país é produzido no Brasil e Mercosul", disse ele. (Agência Reuters)


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SERVIÇOS e VAREJO

Nova Iorque / EUA
Brasileiros apoiariam oferta de Coty por Avon
A corretora Sanford Bernstein apontou que o fundo 3G Capital, dos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, seria um dos financiadores da oferta que a Coty apresentou pela Avon, uma concorrente de maior porte. Segundo a agência Dow Jones, os rumores têm como ligações entre executivos. Peter Harf, ex-presidente do conselho da AB InBev e atual integrante do conselho do Burger King, é investidor e sócio da 3G Capital. Ele também ocupa a presidência da Joh. A Benckiser, que financia a oferta da Coty, e, até recentemente, foi presidente do conselho da Coty. Além disso, entrou recentemente dinheiro no caixa da 3G, proveniente, por exemplo, da venda de uma fatia de 29% no Burger King.
"Para nós, isso significa que é possível (ainda que não necessariamente provável) que seja apresentada uma oferta maior, o que aumentaria as chances de ela ser considerada", informou a Bernstein, em comunicado.
Na segunda-feira, a Coty anunciou ter conseguido mais de US$ 5 bilhões de investidores e um financiamento do J.P. Morgan Chase, para apoiar sua oferta de US$ 10 bilhões pela Avon. Entre seus apoiadores estão a Berkshire Partners e o Rhone Group.
A Coty tenta convencer os investidores de que sua oferta não solicitada é viável. "A oferta não reflete o valor fundamental da empresa e sua linha global de beleza e estrutura de vendas diretas", disse uma porta-voz da Avon.
Oposição. A proposta tornou-se pública este mês, depois de a Avon deixar sem resposta três cartas solicitando negociações formais. A Avon sinalizou ter fortalecido sua posição contrária a venda ao nomear, na semana passada, Sherilyn McCoy, ex-vice-presidente do conselho da Johnson & Johnson, como sua nova presidente, em substituição a Andrea Jung. Ela assumirá o posto na segunda-feira.
Em sua carta mais recente, a Coty informou que a BDT Capital Partners - uma butique de investimento comandada pelo banqueiro Byron Trott, ex-Goldman Sachs - conseguiu garantir investimentos que, combinados com recursos da Joh. A. Benckiser, controladora da Coty, somam mais de US$ 5 bilhões.
Além disso, a Coty informou que o J.P. Morgan ofereceu uma carta dizendo que o banco está "altamente confiante" de que consegue levantar o financiamento necessário para completar a aquisição, A proposta foi apresentada a um grupo que, segundo Bart Becht, presidente do conselho da Coty, incluiu mais de 200 acionistas da Avon. (Agência Dow Jones)


Da redação - São Paulo / SP
Berkley Brasil amplia cadastramento pelo SIC
A Berkley International Brasil ampliou a abrangência de empresas passíveis de serem cadastradas através do SIC (Sistema Integrado de Crédito), programa incorporado ao Portal do Corretor que permite cadastrar o tomador com maior rapidez.  O serviço era oferecido apenas a empresas com até R$ 5,5 milhões de faturamento e agora passará a atender aquelas que faturam até R$ 10 milhões. De acordo com a diretora de vendas de Riscos Financeiros da companhia, Luciana Natividade, para empresas com faturamento acima de 10 milhões, a orientação é que o corretor envie a documentação cadastral para o e-mail “cadastro@berkley.com.br” e o retorno se dará em até 5 dias úteis. “A grande vantagem deste tipo de cadastramento é a eliminação completa de papel, sendo desnecessário o envio de qualquer documento”, diz a diretora, que lembra ainda que as empresas que já dispõem do balanço de 2011 encerrado já podem fazer seu recadastramento. (Fonte: Agência DPI - Assessoria de Imprensa da Berkley International do Brasil)


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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação - São Paulo / SP
Os 10 principais importadores de carne de frango mantêm mesmo volume de 2011
No primeiro trimestre de 2012, o rol dos 10 principais importadores da carne de frango brasileira passou a contar com um novo integrante – o Egito, que encerrou o período na oitava posição (14ª no mesmo trimestre de 2011) e substituiu o Iraque (10º colocado no 1º trimestre de 2011, agora na 11ª posição).
Mas essa mudança em pouco alterou o volume total adquirido pelos 10 principais importadores – ainda que, individualmente, algumas variações tenham sido significativas. Em outras palavras, embora países como Japão e Kuwait tenham reduzido o volume comprado em cerca de, respectivamente, 19% e 46%, enquanto China e Egito registraram aumentos de 42% e 122%, o acumulado entre os 10 primeiros aumentou apenas 0,8%, ou seja, menos de cinco mil toneladas.
Felizmente, a baixa expansão observada entre os “10 mais” foi compensada pelos demais 124 importadores da carne de frango brasileira. Eles aumentaram suas aquisições em quase 12%, permitindo que o total do trimestre – 974,2 mil toneladas – aumentasse 4,4%.
Mas a expansão maior entre os “demais” tem, também, outro significado: maior diversificação de mercados. No primeiro trimestre do ano passado os 10 principais importadores foram responsáveis por 68,23% do total exportado pelo Brasil no período. Neste ano, a participação dos 10 primeiros recuou para 64,63%, o que significa, também, que a participação dos “demais” no total exportado aumentou, igualmente, mais de 11%.


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TI, WEB e e-COMMERCE


São Francisco / EUA
Lucro da Microsoft supera expectativas do mercado
A Microsoft superou as expectativas de lucro com as vendas de computadores melhores do que o esperado. A maior fabricante de softwares do mundo divulgou lucro trimestral de US$ 5,11 bilhões, ou US$ 0,60 por ação. No mesmo período do ano passado, a Microsoft registrou lucro de US$ 5,23 bilhões, ou US$ 0,61 por ação. Mesmo abaixo do ano anterior, o resultado superou a média dos analistas, de US$ 0,57. As vendas subiram 6%, a US$ 17,41 bilhões, enquanto os analistas esperavam resultados de US$ 17,18 bilhões.
As vendas de computadores pessoais tiveram ganho modesto de 1,9% no trimestre, de acordo com a consultoria Gartner. Este resultado foi melhor do que o esperado num mercado que enfrenta escassez de discos rígidos da Tailândia e a concorrência do iPad, da Apple. A ação da companhia teve alta de 20% até o momento em 2012, ultrapassando os ganhos do termômetro de tecnologia Nasdaq, de 16%, e a alta de 10% do Standard & Poor's 500.  (Agência Reuters)


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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA


Da redação - Brasília / DF
BR-163 terá mais R$ 1,2 bilhões em duplicação de trecho no Mato Grosso
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) prepara para o início do próximo semestre o lançamento do edital de licitação para duplicar um trecho de 283 quilômetros (km) na BR-163, ligando Rondonópolis e Rosário Oeste, no Mato Grosso.
O percurso está orçado em R$ 1,188 bilhão, conforme apurou o iG Economia, e integra os investimentos da segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para escoar a produção agrícola da Região Centro-Oeste .
O valor total das obras na porção mato-grossense da rodovia é R$ 1,5 bilhão (a BR-163 liga o Mato Grosso ao Pará). O montante inclui trecho com 45,4 km na Serra da Caixa Furada, entre Rosário Oeste e Posto Gil (MT), que custará até dezembro deste ano R$ 225 milhões na construção de pontes, viadutos e duplicação em concreto de um pedaço da pista.
A Delta Construções é uma das contratadas do Dnit na BR-163. A empreiteira envolvida no caso do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira , preso desde fevereiro, conclui em abril a duplicação de 8,5 km e a restauração de outros 27,5 km na Serra de São Vicente (MT). A construtora do empresário Fernando Cavendish recebe R$ 87 milhões pelas obras.
Os 330 km do corredor Rondonópolis-Rosário Oeste-Posto Gil é R$ 300 milhões mais caro que o R$ 1,2 bilhão previsto pelo Dnit para pavimentação de 1.000 km da BR-163 entre Guarantã do Norte (MT) a Santarém (PA), incluída no PAC 1.
PAC 1 só concluiu pouco mais de um terço das obras - Segundo o Dnit, a diferença alta de valores apesar da extensão menor se deve às características técnicas de cada obra. O órgão ligado ao Ministério dos Transportes afirma que a duplicação será importante para amenizar o tráfego diário de 12 mil veículos no trajeto Rondonópolis-Posto Gil, percurso no qual entre 60% e 80% são caminhões e carretas.
A “rodovia sem fim” - Desenhada nos anos 1970, como parte do projeto de expansão rumo à Amazônia elaborado pela Ditadura Militar (1964-1985), a BR-163 nunca foi totalmente pavimentada. Não à toa, ganhou o apelido de “rodovia sem fim” e “rodovia da morte”.
A primeira versão do PAC, lançado pelo então presidente Luis Inácio Lula da Silva, em 2007, colocou a pavimentação da rodovia como uma das prioridades. Mas até agora a BR-163 é parte consistente dos dois terços de obras do PAC 1 ainda em atraso, apesar de o Planalto já ter lançado o PAC 2.
A pavimentação do trecho de 1.000 km entre Guarantã do Norte (MT) a Santarém (PA) é o mais emblemático dentre os atrasos. Programada para ser entregue originalmente em 2010, a conclusão da obra foi transferida para dezembro 2013, após o aporte de R$ 1,2 bilhão. Faltam ser concluídos 692 km para que a produção de soja mato-grossense possa ser escoada pelo porto paraense de Santarém. A nova licitação para a duplicação do trecho no Mato Grosso vai elevar o custo das obras na BR-163 para R$ 2,7 bilhões. (Fonte: Agência Brasil)


Curitiba / PR
Pontos de acesso ao porto de Paranaguá passarão por dragagem
O governo do Paraná assinou no dia 18/4, um contrato para realização de dragagem dos pontos críticos do acesso ao porto de Paranaguá/PR, um dos principais do país. De acordo com a Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), a obra deve começar em até 45 dias.
A dragagem vai recuperar o leito do Canal da Galheta, que dá acesso ao porto, eliminando elevados que hoje dificultam as manobras de navios e, por isso, impedem a entrada de certas embarcações de grande porte.
Em setembro do ano passado, a Capitania dos Portos chegou a determinar, por segurança, a redução da profundidade máxima dos navios que entram no porto à noite, justamente devido ao assoreamento do canal.
Com a dragagem contratada ontem, que deve ser concluída até novembro deste ano, a Appa pretende também aumentar o volume de cargas em Paranaguá, já que o tempo de entrada no porto será reduzido, assim como o de embarque e desembarque. A obra custará R$ 37 milhões, bancados pelo governo estadual.
A Appa planeja fazer neste ano licitação para a dragagem dos berços do porto (onde atracam os navios). Também negocia com o governo federal a dragagem de aprofundamento de Paranaguá, que aumentaria a profundidade dos terminais de 12 para 14 metros. Em Santos, por exemplo, maior porto brasileiro, a profundidade atual é de 13,5 metros. No maior porto do mundo, o de Xangai, na China, a profundidade é de 16 metros. (Agência Folha)


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ENERGIA


Curitiba / PR
Siemens lança centro de pesquisa em energia elétrica no PR
Com foco no mercado brasileiro, a alemã Siemens inaugurou ontem, dia 19/4, no Paraná seu primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento em Smart Grid (rede inteligente de energia elétrica) na América Latina. A tecnologia permite o monitoramento à distância da rede elétrica, possibilitando o combate ao desperdício, o restabelecimento rápido do sistema em caso de blecautes e a avaliação da qualidade da energia fornecida. Isto é possível por meio de medidores inteligentes, instalados ao longo da rede elétrica, cujos dados são enviados a uma central de monitoramento à distância.
Para o CEO (principal executivo) da Siemens no Brasil, Paulo Stark, o uso de redes Smart Grid no país será imediato e crescente. "Temos um mercado promissor, com uma grande perspectiva de desenvolvimento", afirma Stark. Para ele, o Brasil hoje ocupa "posição de vanguarda" na estratégia da companhia --em vendas, pesquisa e criação de tecnologia.
A Siemens já desenvolve um novo sistema de gerenciamento de energia para o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) baseado na tecnologia Smart Grid, cuja primeira etapa está em fase de finalização.
A empresa também tem um projeto no Rio de Janeiro, desde o final do ano passado, para o controle remoto dos transformadores de energia na capital fluminense, a fim de prevenir explosões e incêndios. O centro inaugurado, que deve ser referência na área de Smart Grid na América Latina, foi instalado dentro da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) e funcionará em parceria com pesquisadores da universidade. (Agência Folha)


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TELECOM


Nova Iorque / EUA
Lucro da Verizon sobe 17% no 1º trimestre
A Verizon Communications informou que teve um lucro líquido de US$ 1,69 bilhão no 1º trimestre, resultado 17,36% superior ao registrado no mesmo período de 2011, de US$ 1,44 bilhão. Os ganhos por ação subiram de US$ 0,51 no ano passado para US$ 0,59 agora. A receita nos primeiros três meses do ano subiu 4,6%, para US$ 28,2 bilhões, na mesma base de comparação.
Os resultados da empresa, que conquistou novos assinantes de telefonia móvel no 1º trimestre, foram ligeiramente melhores do que os projetados por analistas consultados pela Thomson Reuters - que previam, em média, lucro de US$ 0,58 por ação, com uma receita de US$ 28,17 bilhões. (Agência Estado)


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MERCADO DE LUXO


Da redação - São Paulo / SP
MV Agusta F3 675 2013
Uma das motos mais bonitas do mundo ganha alguns itens exclusivos em sua versão 2013. (LEIA na íntegra)


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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras


Da redação - Poto Alegre / RS
Seminário Bilateral Brasil-Colômbia apresenta oportunidades entre os dois países na Fecomércio-RS
O Sistema Fecomércio-RS está promovendo mais um Seminário Bilateral de Comércio Exterior, desta vez entre Brasil e Colômbia. O evento tem como objetivo apresentar as oportunidades de negócios, os aspectos econômicos, além da melhor logística entre os dois países. (LEIA na íntegra)








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