Edição 676 | Ano IV

Washington / EUA
FMI afirma que o Brasil deixará de ser sexta economia mundial

O Brasil crescerá abaixo da média global, regional e dos países emergentes neste ano e há pouco a fazer a respeito, prevê o Fundo Monetário Internacional em seu Panorama da Economia Global. O relatório estima em 3% o avanço do PIB do país em 2012 e em 4,1% em 2013. Enquanto isso, os emergentes e países em desenvolvimento devem se expandir 5,7% neste ano, e os vizinhos latino-americanos, 3,7%. Para completar, o banco de dados que o fundo mantém on-line relacionado ao relatório indica que o país, se mantida uma projeção de dólar em alta, deve perder de volta para o Reino Unido o recém-conquistado posto de sexta economia mundial.
A projeção para o PIB nominal em dólares do Brasil é de US$ 2,449 trilhões para este ano, contra US$ 2,452 trilhões para os britânicos.
Isso não significa, porém, que o FMI avalie mal a performance brasileira - que deve recobrar o alinhamento à média global em 2013.
Na perspectiva do fundo, o país deve apenas esperar o mundo voltar a crescer. "O resfriamento da economia global foi benéfico para a economia brasileira", afirmou ontem Thomas Helbling, da Divisão de Pesquisa do FMI, citando um risco superado de superaquecimento.
"À frente, pesarão o afrouxamento da política de juros sobre a demanda agregada, e por outro lado, a melhora da economia global", continuou, aludindo aos cortes na taxa básica de juros pelo Banco Central para estimular consumo e produção. "Há uma percepção de que não são necessárias políticas adicionais." Ainda assim, ele lembrou que reformas estruturais no país continuam sendo bem-vindas, embora sem dar detalhes.
Em um relatório à parte, porém, o FMI afirmou também que espera que o país cumpra sua meta de superávit primário, de 3,1% do PIB para 2012, e continue pondo as contas em ordem. Já a desaceleração chinesa - que pode afetar o apetite de Pequim por matéria-prima brasileira - está tendo efeito apenas moderado. O fundo melhorou a projeção dos preços dos produtos básicos de uma redução de 14% para uma de 10,3%. Já a previsão para o petróleo foi revista de 4,9% de queda para 10,3% de alta. (Agências EFE e Reuters)



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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP
Pesquisa FGV: A distribuição funcional da renda no Brasil
A distribuição pessoal da renda é diretamente impactada pela distribuição da renda entre o capital e o trabalho. Esta está ilustrada no gráfico abaixo: a remuneração do trabalho (que aqui incorpora parte dos rendimentos dos autônomos), considerando o total da economia (W na Renda Total), cresce progressivamente desde 1959 quando tinha apenas 40% da renda do país, para 57% em 2009. A evolução positiva que se observa até 1990 sofre forte reversão durante os primeiro anos da década de 90 e se recupera em 1995 (59%), decrescendo daí em diante até 2005 quando volta a crescer.
É fato sabido que o mercado de trabalho no Brasil funciona de forma bastante diferente quando se trata do setor público (considerando apenas as administrações públicas) ou do setor privado (empresas públicas e privadas e famílias). As trajetórias da participação do rendimento do trabalho para o total da economia e para o setor privado são semelhantes embora em magnitude bem inferior no setor privado (8,4 pontos de percentagem a menos, em média): a participação da remuneração do trabalho do setor privado, na renda gerada por esse setor, cresce de 36% em 1959 para 49% em 2009 com um máximo de 50% em 1995. Essa diferença é explicada por duas razões: pela notável diferença entre o salário médio da administração pública que  no período 1990-2009 foi, em média, 1,8 vezes superior ao do setor privado e, em 2009 era 2 vezes superior; e pela inexistência de remuneração do capital público.
Nota-se ainda, no gráfico, que as variações da participação das remunerações de empregados na renda para o total da economia e para setor privado guardam alguma relação com a evolução do PIB per capita, mas se diferencia bastante no período 1995-2005, embora não haja razão teórica que explique tal relação. Em outro trabalho os autores mostram que a evolução do salário mínimo guarda uma tênue relação com a evolução da participação da renda do trabalho.
Focando essa questão pelo lado da participação da remuneração do capital, a teoria sugere que a participação do capital na renda reduz-se quando a quantidade de capital sobe – se as possibilidades de substituição de capital por trabalho forem relativamente baixas. O resultado da simulação da participação do rendimento de propriedade em função da relação capital-produto se mostrou bastante robusto. Este resultado se obtém tanto para o setor privado em separado como quando se considera o total da economia imputando-se os impostos sobre a produção líquidos de subsídios como excedente das administrações públicas. Obteve-se que, de fato, as possibilidades de substituição entre capital e trabalho são relativamente baixas. Precisamente, o valor estimado para a elasticidade de substituição foi menor do que 1 (0,53 e 0,65, respectivamente para o total da economia e para o setor privado em separado) de onde se conclui que, de acordo com a teoria, a participação do rendimento do capital decresce com o aumento da relação apital-produto.
Três conclusões podem ser extraídas das informações acima: em primeiro lugar, e principalmente, um fator técnico-econômico (relação capital-produto) é essencial para explicar a distribuição funcional da renda; em segundo lugar, essa distribuição tem se tornado progressivamente mais favorável ao trabalho graças à crescente relação capital-produto; em terceiro lugar, os fatores institucionais não têm se mostrado relevantes para explicar essa distribuição, notadamente a política de salário mínimo, à exceção, talvez, dos anos posteriores a 2005.
Uma reflexão adicional é que, tendo em vista que a distribuição funcional da renda é essencial para a distribuição pessoal da renda, pode-se afirmar que o Brasil continuará, por muitos anos, apresentando índices de concentração pessoal da renda elevados, embora decrescentes. Isto se deve ao fato que não basta que a distribuição de salários esteja melhorando, graças ao avanço da educação como apontou Naercio Menezes Filho (Valor, 20/01/2012). Ou, ainda, em decorrência da política de melhoria do salário mínimo, tendo em vista que em 1990 ele era 20% do salário médio do setor privado e chegou em 2009 a 38%.
Portanto, para se acelerar esse processo seria necessário que renda do capital se reduzisse; Para que isso ocorra, é essencial que, com a estabilização da economia brasileira e a maior mobilidade de capital entre as economias, possa-se promover, nos próximos anos, forte queda dos juros, o que teria impactos sobre a remuneração do capital: a queda do juro promoveria a aceleração do processo de acumulação de capital no setor produtivo o que reduziria muito a sua remuneração. Por sua vez, a má distribuição de propriedade da terra e imóveis poderia ser resolvida por meio de uma melhor tributação sobre o patrimônio. De sorte que seria possível melhorar fortemente a distribuição pessoal da renda mesmo com uma estrutura relativamente concentrada de direitos de propriedade do capital e da terra, como é a do Brasil. (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)



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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Abertura das Bolsas Asiáticas:

Asia
O índice principal da Bolsa de Valores de Tóquio, o Nikkei, fechou a sessão desta quarta-feira, dia 18/4, com alta de 2,14%, aos 9.464,71 pontos.
- Na China, o índice Hang Seng sobe 1,06%.

Europa
Na Europa, as principais bolsas de valores operam sem sinal definido.
- Na Inglaterra, o índice FTSE 100 registra alta de 0,09%.
- Na Alemanha, o índice DAX caiu 0,01% aos 6.800,03 pontos.
- Na França, a bolsa de valores tem leve baixa de 0,27%.
- Na Espanha, o índice IBEX-35 opera em queda de 0,65%,.
- Enquanto na Itália, a bolsa de valores cai 0,25%.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa registra alta de 1,2% após duas quedas seguidas
A Bovespa subiu no pregão de ontem, dia 17/4, após dois dias de queda, influenciada pelo resultado do leilão de títulos na Espanha e pelos balanços corporativos divulgados nos EUA.
- O Ibovespa subiu 1,2%, a 62.698 pontos.
- O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,6 bilhões.
Análise 1 - O Tesouro espanhol vendeu 3,2 bilhões de euros em papéis de 12 e de 18 meses, acima da meta de 2 a 3 bilhões de euros, mostrando sólida demanda de investidores um dia após o título de 10 anos do país ter atingido a máxima de cinco meses, acima de 6%.
Nos EUA, o Goldman Sachs apresentou resultado trimestral acima do esperado, favorecido por agressivos cortes de custos e fortes receitas nas unidades de investimento.
Para o analista Alexandre Furtado Montes, da Lopes Filho, apesar do noticiário positivo do dia, a tendência para a Bovespa continua incerta. "O cenário continua complicado. A Bolsa não tem uma tendência muito clara, está oscilando ao sabor das notícias. Só que a bolsa já vinha caindo, então teve um repique hoje", disse.

Análise 2 - No Ibovespa, a maior alta foi da ação da Gol, de 11,02% influenciada por rumores de que o governo deverá adotar medidas para incentivar o setor aéreo brasileiro. Também em destaque, a ação ordinária da Eletrobras ganhou 7,6% refletindo a expectativa em relação à distribuição de 50% do lucro líquido de R$ 3,7 bilhões de 2011 em dividendos. A ação preferencial subiu 0,87%. A preferencial da Petrobras avançou 0,33% enquanto a da Vale aumentou 1,96%, a 42,05 reais. Na outra ponta, Telefônica Brasil perdeu 2,83%.



Nova Iorque / EUA
Bolsas sobem nos EUA após nova rodada de balanços na Europa
As Bolsas de valores dos EUA tiveram nos pregões de ontem, dia 8/4, seus maiores ganhos em um mês, com uma nova rodada positiva de anúncios de balanços liderada pela Coca-Cola e uma queda nos yields (rendimentos) de bônus espanhóis, aliviando preocupações com a crise da dívida da zona do euro.
- O índice Dow Jones fechou em alta de 1,50%, para 13.115 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 1,55%, para 1.390 pontos.
- E o termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 1,82%, para 3.042 pontos.
Análise 1 - A ação da Apple deu fim a uma série de cinco dias de perdas, ajudando o Nasdaq a fechar acima do nível de 3.000 pontos. O papel da empresa fechou a US$ 609,70 e registrou seu melhor dia em quase três meses, após ter recuado 8,8% de forma acumulada nas últimas cinco sessões.
Coca-Cola, Goldman Sachs e Johnson & Johnson registraram ainda lucros que superaram as estimativas de analistas, marcando um começo surpreendentemente forte para a temporada de balanços.
"As pessoas estavam muito pessimistas, reduzindo as previsões de lucro. Então, havia bastante espaço para que o mercado se surpreendesse positivamente", disse o chefe de alocação de ativos do ING Investment Management em Nova York, Paul Zemsky.
Das 39 empresas incluídas no S&P 500 e que divulgaram seus resultados, 74,4% superaram as expectativas do mercado, de acordo com dados da Thomson Reuters.
A IBM divulgou seu balanço após o fechamento do pregão. A ação da empresa teve valorização de 2,3% e fechou a US$ 207,45, liderando o Dow Jones na sessão. Mas a IBM reduziu os ganhos após o fechamento.

Análise 2 - No cenário externo, a confiança de analistas e de investidores alemães subiu inesperadamente em abril, atingindo sua máxima desde junho de 2010. Zemsky disse que é difícil para qualquer mercado ignorar a pesquisa alemã que revelou dados significantemente melhores do que o esperado.
Antes, o Tesouro espanhol havia vendido 3,2 bilhões de euros em papéis de 12 e de 18 meses, superando a meta de 2 a 3 bilhões de euros e denotando sólida demanda de investidores.
Já os yields do bônus espanhol com vencimento de 10 anos recuaram 6%, embora preocupações com as finanças de Madri e com o setor bancário provavelmente continuem influenciando os mercados nos próximos dias.



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MERCADO FINANCEIRO

São Paulo / SP
Concessão de crédito da Caixa cresce 17% após novo programa
A Caixa Econômica Federal informou ter registrado um crescimento no volume de concessões de crédito após o lançamento do programa de redução de juros anunciado pelo banco neste mês. Os financiamentos voltados para pessoa física alcançaram R$ 518 milhões nos cinco primeiros dias de vigência do programa Melhor Crédito. A cifra representa um avanço de 17% na comparação com a semana anterior ao lançamento.
A base de clientes pessoa física cresceu 11%, de acordo com o banco. Houve aumento também nas concessões para empresas, com um volume 9% superior ao registrado na semana anterior ao início do programa.
O esforço da Caixa para oferecer juros menores aos consumidores foi confirmado um dia após lançamento, no início do mês, de programa semelhante do Banco do Brasil. A divulgação oficial foi feita na segunda-feira, dia 9/4.
O movimento de redução das taxas nos bancos públicos atende ao chamado da presidente Dilma Rousseff, que tem o assunto como uma de suas prioridades. A iniciativa é uma forma de acirrar a concorrência com os bancos privados e estimular a economia para garantir um crescimento próximo a 4% neste ano.
As taxas de juros da Caixa foram reduzidas em até 88% com o novo programa. O banco pretende compensar uma provável redução da margem de lucro com o acréscimo de clientes. A expectativa é conseguir atrair cerca de 2 milhões de novos correntistas.
Entre os bancos privados, o HSBC foi o primeiro a reagir ao movimento de redução dos juros. O grupo anunciou queda nas linhas de empréstimo pessoal, crédito para veículos e no consignado.

São Paulo / SP
Santander reduz taxas de juros para pequeno empresário
O Santander está trazendo para o Brasil um modelo de gerente unificado, para sócios de empresas com faturamento anual de até R$ 1 milhão, que permite reduzir taxas em pacotes de serviço. O sistema já funciona em vários países, em especial na Espanha. Pelo serviço, denominado "atendimento unificado", os pequenos e médios empresários têm o mesmo gerente nas suas contas de Pessoa Física e Pessoa Jurídica.
O vice-presidente executivo do Santander, Pedro Coutinho, explica que com o novo serviço o banco reforçará a gestão de risco e oferecerá maior acesso ao crédito e taxas mais competitivas aos empresários. As tarifas dos pacotes de serviços têm redução de 50% a 100% na migração para esse modelo.
Outras taxas também diminuem na aquisição do atendimento unificado: a de giro de cartões, antes mínima de 1,88% e máxima de 4,13%, passa para mínima de 1,54% e máxima de 3,12%. A de duplicatas, que variava de 2,51% a 3,89%, cai para mínima de 1,99% e máxima de 2,57%. Já a taxa mínima de cheque diminui de 2,34% para 1,87%, enquanto a máxima, que era de 3,21% passa para 2,49%. Por fim, a taxa de recebíveis de cartões, antes mínima de 2,54% e máxima de 3,27%, diminui para 1,5% e 2%, respectivamente.
A centralização das contas PJ e PF permite ao gerente conhecer melhor o cliente, para apoiá-lo na gestão financeira do negócio e da vida pessoal, segundo o executivo. "No modelo tradicional, as informações ficam divididas entre gerentes e, às vezes, até bancos diferentes", afirma.
Em sua apresentação, Coutinho citou dados do Sebrae de que, atualmente, o mercado de PME corresponde a 20% do PIB brasileiro, tendo 1,2 milhão de empreendimentos formais criados anualmente, que geram, em média, seis empregos por empresa. Coutinho disse ainda que o novo serviço é uma continuidade no apoio às PME, prioridade do banco. "Este segmento é muito importante para o Brasil e é uma dos motivos do atual e do futuro crescimento do País", reforçou o novo vice-presidente de marketing e comunicação, José Manuel Hoyos. (Agência Estado)


Nova Iorque / EUA
Goldman Sachs tem lucro líquido de US$ 2,11 bilhões no 1º trimestre
O Goldman Sachs disse que seu lucro caiu 23% no primeiro trimestre, para US$ 2,11 bilhões, de US$ 2,74 bilhões no mesmo período do ano passado, afetado pela fraca demanda por negócios. O lucro por ação, que reflete o pagamento de dividendos preferenciais, subiu para US$ 3,92, de US$ 1,56, superando a previsão dos analistas entrevistados pela Thomson Reuters de um lucro de US$ 3,55 por ação. Às 8h58 (de Brasília), as ações da Goldman Sachs recuavam 2,01% no pré-mercado em Nova York.
A receita líquida do banco caiu 16% no primeiro trimestre, em bases anuais, para US$ 9,95 bilhões, ficando acima da previsão dos analistas de uma receita de US$ 9,48 bilhões. A receita com negociação de renda fixa, commodities e moedas, recuou 20% no primeiro trimestre, para US$ 3,46 bilhões, em relação ao mesmo período do ano passado. O valor duplicou, contudo, na comparação com o quarto trimestre de 2011.
A receita do banco de investimento diminuiu 9,1% no primeiro trimestre, para US$ 1,15 bilhão, na comparação com o mesmo período de 2011. Ante o trimestre anterior, a receita subiu 35%. O banco aumentou seu dividendo trimestral para US$ 0,46 por ação, de US$ 0,35 por ação. (Agência Dow Jones)


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INDÚSTRIA


Nova Iorque / EUA

Lucro da Coca-Cola sobe no trimestre e atinge US$ 2 bilhões
A maior fabricante de refrigerantes do mundo informou que o lucro do primeiro trimestre somou US$2,05 bilhões ante US$1,9 bilhão no mesmo período do ano passado. Em termos de dólares por ação, a companhia obteve lucro de US$0,89 por papel no primeiro trimestre ante US$0,82 um ano antes.
O mercado esperava, em média, lucro de US$0,87 por ação, segundo a Thomson Reuters. A receita cresceu 6%, para US$11,14 bilhões. (Agência Reuters)

Nova Iorque / EUA
Lucro da Johnson & Johnson sobe 12% no 1º trimestre
A Johnson & Johnson divulgou ontem, dia 17/4, que teve lucro líquido de US$ 3,9 bilhões (US$ 1,41 por ação) no primeiro trimestre deste ano, uma alta de 12% na comparação com o lucro do mesmo período do ano passado, de US$ 3,5 bilhões (US$ 1,25 por ação). A receita teve leve queda, para US$ 16,1 bilhões. Analistas ouvidos pela Thomson Reuters esperavam lucro de US$ 1,35 por ação e receita de US$ 16,26 bilhões. Por volta das 11h10 (de Brasília), as ações da J&J caíam 0,92% na Bolsa de Nova Iorque.
Excluindo ganhos relacionados a impactos cambiais, após a aquisição da Synthes, além de litígios do ano passado, custos com o recall de um implante para o quadril e outros itens, o lucro ajustado da companhia subiu para US$ 1,37 por ação no primeiro trimestre de 2012, de US$ 1,35 por ação no mesmo período de 2011. As vendas internacionais da companhia cresceram 4,1% no período. Já a margem bruta caiu para 69,6%, de 70,5%. Os gastos com pesquisa e desenvolvimento diminuíram 5,4%, enquanto as despesas administrativas e com marketing recuaram 0,8%.
Para 2012, a J&J elevou sua estimativa para o lucro por ação em US$ 0,02, para a faixa entre US$ 5,07 e US$ 5,17. Mas a companhia continua sob pressão, em função da desaceleração econômica global, que prejudica a realização de cirurgias eletivas, por exemplo. Ela também está lidando com problemas internos, como recalls e receios com um parceiro que fabrica seu medicamento Risperdal. (Agência Dow Jones)


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AGROBUSINESS


Da redação - São Paulo / SP
Orientação para produção em sistemas agroecológicos
Agroecologia é a ciência multidisciplinar que fundamenta as agriculturas de base ecológica, integra os saberes científicos e tradicionais e possibilita a produção de alimentos sadios de forma limpa e sustentável. Como resultado tem-se alimentos com qualidade biológica, sem resíduos de agrotóxicos ou de adubos químicos, a conservação dos recursos naturais e a promoção da biodiversidade. Para que um agroecossistema possa se tornar mais biodiverso deve-se aumentar o número de espécies vegetais que compõe a propriedade. Existem várias opções para o produtor. Ele pode fazer o consórcio de culturas, adotar cultivos múltiplos, uso de cercas vivas ou ainda sistemas agroflorestais, chamados de SAFs. Nos SAFs, as lavouras são plantadas juntamente com espécies florestais, em uma mesma área – podem ser árvores frutíferas, madeireiras ou ainda forrageias. Assim, quanto mais biodiverso for um sistema maior estabilidade e sustentabilidade ele terá.
São inúmeras as vantagens da implantação de um SAF. A arborização dos agroecossistemas transforma os cultivos agrícolas em policultivos eficientes, que produzem alimentos e conservam o meio ambiente. Outras vantagens da introdução de árvores nas propriedades são: ciclagem de nutrientes, com produção de matéria orgânica; aumento da biodiversidade; aumento da umidade e do sombreamento, que produzem um clima mais ameno; melhor infiltração da água no solo; controle da erosão; aumento das interações nas cadeias alimentares, de modo a conseguir a regulação de pragas; obtenção de boas colheitas.
Para se iniciar um SAF basta plantar mudas de árvores (forrageiras, frutíferas ou madeireiras) nas alamedas, dentro do campo agrícola, com espaçamentos regulares. Por exemplo, pode-se plantar as mudas de árvores com espaçamento de 4 metros entre fileiras e 1 a 2 metros entre mudas. No espaço entre as fileiras, são feitos cultivos anuais, como feijão, milho, mandioca e outros. As mudas podem ser de leucena, moringa, gliricídia, nim e fruteiras, por exemplo.
Nas pastagens, o seu enriquecimento com árvores é prática altamente viável e vantajosa para o produtor, pois possibilita aos rebanhos sombra para ruminar, quebra-ventos para conservação da umidade do solo, enriquecimento do solo pela produção de matéria orgânica e reciclagem de minerais e até mesmo produção de forragem.
Árvores como leucena, moringa e gliricídia, consorciadas com as pastagens aumentam em muito a produtividade dos pastos e dos rebanhos. Em um pasto sem árvores, os animais ficam nervosos, inquietos, estressados, e a digestão não se dá de maneira adequada, diminuindo, assim, sua produção de carne e leite. (Fonte: Assesoria de Imprensa EBDA)


Da redação - São Paulo / SP
Ovo sofre nova queda de preços
Ontem, dia 17/4, pela segunda vez em apenas três dias de negócios, o ovo sofreu nova perda de preço. Retrocedeu, com isso, aos valores praticados no início de fevereiro passado, época em que foram registrados os mais baixos preços de 2012. O novo preço de comercialização se encontra cerca de 15% abaixo do preço praticado há um ano, na mesma data. Com o retrocesso, o valor médio do mês é 6,6% inferior à média registrada em abril de 2011.

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SETOR AUTOMOTIVO

Da redação - São Paulo / SP

Vendas de motos recuam 27,4% na primeira quinzena de abril
As vendas de motocicletas no país mantiveram o ritmo de queda em abril e recuaram 27,4% na primeira quinzena do mês, em comparação com igual intervalo de 2011, segundo dados divulgados hoje pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Nos 15 primeiros dias deste mês, conforme a entidade, foram emplacadas 61.440 motos. Frente ao número de emplacamentos da primeira quinzena de março deste ano, a queda foi de 25,8%. Conforme a Abraciclo, se consideradas as vendas por dia útil, o recuo no número de emplacamentos foi de 9,6% - 6.827 unidades diárias na primeira metade deste mês, ante 7.531 unidades diárias na primeira quinzena de março.
Em nota, o diretor-executivo da Abraciclo, José Eduardo Gonçalves, afirma que os "dados refletem os efeitos das medidas de restrição ao crédito" na indústria de duas rodas. "Não houve uma queda na intenção de compra, mas sim maior dificuldade do consumidor na aprovação de financiamentos", pondera.


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SERVIÇOS e VAREJO


São Paulo / SP
Vendas da MRV recuam no 1º tri com menos lançamentos
A MRV Engenharia viu suas vendas contratadas caírem no primeiro trimestre, a R$ 815 milhões, reflexo da redução do ritmo de lançamentos para priorizar a venda de estoques, conforme dados divulgados ontem, dia 17/4. Na comparação com o mesmo período em 2011, o recuo foi de 2%, enquanto em relação ao trimestre imediatamente anterior, a queda foi mais intensa, de 43%. "O primeiro trimestre normalmente é mais fraco", disse à Reuters o vice-presidente financeiro da MRV, Leonardo Corrêa, se referindo ao período de férias e à comemoração do Carnaval. "Mas continuamos vendo o mercado forte e positivo. Não houve retração da demanda".
A velocidade de vendas - medida pela relação de venda sobre oferta - ficou em 19% nos três primeiros meses do ano, 10 pontos percentuais abaixo do nível apurado no último trimestre de 2011 e inferior aos 21% registrados um ano antes. Após cair de 32% para 29% no quarto trimestre, Corrêa já havia afirmado que o indicador deveria se estabilizar ao redor de 20% este ano.
"Este nível já era esperado. Os números (anteriores) eram anormalmente altos", disse ele.
Os lançamentos no período também diminuíram, somando R$ 644 milhões, queda de 38% sobre igual período do ano passado. Já em relação ao quarto trimestre de 2011, a empresa lançou menos da metade.
"A decisão foi focar em estoques e deixar os lançamentos para o segundo trimestre, quando serão maiores que no primeiro", acrescentou o executivo, citando como um dos motores para impulsionar o volume de lançamentos a realização do "feirão" de imóveis da Caixa Econômica Federal no período, evento voltado principalmente a compradores das faixas de renda mais baixas. A MRV encerrou março com banco terrenos com potencial para lançamentos de R$ 18,3 bilhões. (Agência Reuters)


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TI e e-COMMERCE


Da redação - São Paulo / SP
Facebook supera Google no Brasil no fim de semana
O Facebook superou o Google como site mais visitado no Brasil no último fim de semana, na primeira vez para o período, de acordo com levantamento da empresa de pesquisa de mercado Experian Marketing Services. A rede social atingiu 10,86% das visitas no sábado e 10,98%, ante 10,85% e 10,55% de visitas ao site de buscas, respectivamente. O número de visitas registradas pelo Facebook no Brasil cresceu 86,73% nos últimos seis meses, segundo a empresa de pesquisa. Em 19 de dezembro, o Facebook superou a visitação da rede social rival Orkut, controlada pelo Google, consolidando a posição a partir de 9 de janeiro, segundo a Experian.


São Francisco / EUA
IBM pode aumentar previsão para 2012 por forte demanda de softwares
Após a IBM divulgar seus resultados nesta terça-feira, investidores disseram acreditar que uma forte demanda por software repita a performance do primeiro trimestre do ano passado, quando a empresa elevou sua previsão para o ano inteiro. As vendas positivas de softwares da Oracle e a previsão otimista de gastos em TI da empresa de outsourcing Accenture, que competem com a IBM, alimentam a expectativa dos acionistas. O analista Shaw Wu, do Sterne Agee, escreveu em nota recente de que há uma "boa probabilidade" de a IBM aumentar modestamente sua previsão.
Softwares representam a divisão mais importante e o maior motor de crescimento da empresa de tecnologia. Os programas incluem desde análise de dados, que ajudam a prever e combater o crime, até administração de infraestrutura.
A estratégia para crescer - A IBM abandonou seu negócio de computadores pessoais em 2004 para se concentrar em consultoria e serviços e focou nos softwares como meio de fornecer uma base para sua estratégia de crescimento. A empresa ressaltou essa posição nesta segunda-feira, após o jornal de negócios japonês Nikkei noticiar que a empresa vendeu à Toshiba, por 70 bilhões de ienes (aproximadamente R$ 1,6 bilhão), seu negócio de terminais de pontos de venda, que inclui caixas registradoras e serviços relacionados. Procurada, a IBM não quis comentar o assunto.
A projeção para 2012 - A empresa de tecnologia disse esperar lucro de pelo menos US$ 14,85 por ação neste ano, abaixo da previsão de US$ 14,94 de analistas consultados pela Reuters. No primeiro trimestre, analistas estimam lucro operacional de US$ 2,65 por ação e US$ 24,8 bilhões em vendas. (Agência Reuters)


São Francisco / EUA
Yahoo! supera estimativas de lucro no 4º trimestre de 2011
O Yahoo! apresentou um ligeiro aumento em sua receita no quarto trimestre e bateu as expectativas de lucro de Wall Street, no momento em que a companhia de internet se movimenta para reestruturar seu crescimento sob a direção do novo presidente-executivo Scott Thompson. O Yahoo! divulgou um lucro líquido de US$ 286 milhões, ou US$ 0,23 por ação, nos três meses encerrados em 31 de março, ante os US$ 223 milhões, ou US$ 0,17 por ação, um ano antes. Analistas ouvidos pela Thomson Reuters previam um lucro por ação de US$ 0,17.
O Yahoo! afirmou que esperava uma receita líquida entre US$ 1,03 bilhão e US$ 1,14 bilhão no segundo trimestre. Uma vez como uma das companhias pioneiras da Internet, o Yahoo! tem visto o seu crescimento retardado nos últimos anos em meio à concorrência do Google e do Facebook.
Thompson, ex-presidente do Paypal que assumiu a companhia em janeiro, anunciou no início do mês os planos de demitir 14% dos funcionários do Yahoo e reorganizar sua estrutura de gestão.
A receita líquida da companhia, que exclui o pagamento a sócios, totalizou US$ 1,077 bilhão no primeiro trimestre, comparado com US$ 1,064 bilhão um ano antes. Analistas ouvidos pelo Thomson Reuters I/B/E/S esperavam uma receita líquida de US$ 1,06 bilhão. (Agência Reuters)


São Francisco / EUA
Oracle tenta garantir participação no Android
A Oracle tenta obter uma participação do Android garantindo direitos de propriedade intelectual, mesmo sem ter ligação com o desenvolvimento do sistema operacional voltado a smartphones, disse num tribunal um advogado do Google. A divulgação de comunicados entre a Oracle e o Google continuou nesta terça-feira em um tribunal federal de San Francisco. O presidente-executivo da Oracle, Larry Ellison, deve depor ainda nesta terça-feira.
A Oracle processou o Google em agosto de 2010 sobre patentes e direitos autorais para a linguagem de programação Java. De acordo com a Oracle, o sistema operacional Android, do Google, atropela os direitos de propriedade intelectual do Java, que adquiriu quando comprou a Sun Microsystems, em 2010.
O Google diz que não violou as patentes da Oracle e que a mesma Oracle não pode ter direitos reservados de certas partes do Java. O julgamento pelo juiz distrital dos Estados Unidos William Alsup está previsto para durar pelo menos oito semanas.
O advogado do Google Robert Van Nest reconheceu nesta terça-feira que executivos do Google já haviam negociado uma possível parceria com a Sun para desenvolver o Android. "Quando as negociações falharam, os engenheiros do Google fizeram o Android por conta própria, sem qualquer tecnologia da Sun", disse Van Nest. (Agência Reuters)



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TELECOM


Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Oi  projeta aumentar a receita líquida em 10%
A Oi estima aumentar a receita líquida em 10% -para R$ 38,6 bilhões- e Ebitda em 14% -R$ 12,8 bilhões- até 2015. A meta foi anunciada ontem, dia 17/4, pelo presidente da companhia de telefonia móvel e internet, Francisco Valim, dentro do plano quadrianual (2012-2015) de negócios que prevê, entre outros pontos, a conquista de 106,8 milhões de clientes no período.
O grupo de telecomunicações também anunciou que vai elevar investimentos neste ano e projeta um crescimento ao redor de 45% na geração de caixa até 2015. Os investimentos devem somar R$ 6 bilhões tanto neste ano quanto em 2015, após quase R$ 5 bilhões em 2011. Não havia informações disponíveis sobre os montantes a serem investidos pela companhia em 2013 e 2014.
Neste ano, segundo as estimativas da Oi, as operações devem gerar receita líquida de R$ 28,9 bilhões e Ebitda de R$ 8,8 bilhões. De acordo com Valim, a empresa deve divulgar seus resultados todos os anos sempre no mês de maio. Até então, a Oi não informava os números ao mercado geral.
A área de maior crescimento da empresa será na base corporativa, segundo os planos. A estimativa é crescer 70% até 2015, atingindo 13,3 milhões de usuários. A área de mobilidade deve aumentar em 58% (para 68 milhões de usuários), enquanto a residencial, 55% (25,7 milhões). O plano de negócios da Oi era esperado por ser estratégico ao crescimento do setor. A empresa divide mercado com duas gigantes, a Vivo e a Tim, e tem entre seus acionários o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a construtora Andrade Gutierrez. Atualmente, o valor de negócios da Oi é de R$ 40 bilhões. (Fonte: Agência Reuters)

São Paulo / SP
Telefonia móvel tem crescimento de 1% em março
O número de linhas de telefonia móvel no Brasil cresceu 1,3% em março, ante fevereiro. O número absoluto de novas habilitações foi de 3,2 milhões, o maior registrado em um mês de março nos últimos 13 anos, segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Com o adicional registrado no mês passado, o país superou as 250 milhões de linhas no total.
Entre as operadoras de telefonia móvel, a TIM foi a que registrou o maior número de adições líquidas no mês passado, com 1,297 milhão de novos assinantes, totalizando 67,217 milhões de usuários. A participação de mercado da operadora subiu para 26,80%, ante 26,62% em fevereiro.
A Vivo aparece em seguida, com adição de cerca de 860 mil usuários, totalizando 74,78 milhões de assinantes. A operadora registrou ligeira queda na participação de mercado, passando de 29,85% para 29,81%, mas permanece como líder.
A Claro permanece com o terceiro maior "market share" (participação de mercado), com 24,56%, ante 24,66% em fevereiro. A empresa teve o menor número de novos usuários no mês passado, de 495 mil, totalizando 61,595 milhões. A Oi registrou adições de 510 mil usuários, somando 46,47 milhões, com uma participação de mercado de 18,53%, ante 18,56% em fevereiro. (Agência Reuters)



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TURISMO e GASTRONOMIA


Da redação - Brasília / DF
Desembarques no Brasil aumentaram em março
Dados divulgados ontem a tarde, dia 17/4, pelo Ministério do Turismo mostram que os desembarques de voos domésticos cresceram 5,37% no mês passado na comparação com o mesmo período de 2011, sendo o melhor mês de março da série histórica, que mede a movimentação de passageiros nos aeroportos brasileiros desde 2000. Foram 6,77 milhões desembarques nacionais contra 6,43 milhões registrados no ano passado.
Os desembarques internacionais, que registram a chegada de estrangeiros e de brasileiros vindos do exterior, também tiveram aumento em relação a março do ano passado. Houve uma variação positiva de 5% na relação dos 767 mil desembarques registrados no mês passado e os 731 mil de março de 2011. Os números de desembarques são relativos a voos regulares e não regulares que operam nos aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). (Fonte: Agência Brasil e Assessoria de Imprensa do Ministério do Turismo)


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MERCADO DE LUXO


Da redação - São Paulo / SP
Sephora investe na estratégia de desenvolvimento de mercado
Para aproveitar a rápida expansão da demanda em países latino americanos, a Sephora planeja inaugurar de 10 a 12 lojas na América Latina até o final de 2013. A cadeia francesa de lojas especializadas em cosméticos, que inaugurou sua primeira unidade em solo latino americano em outubro, na Cidade do México, deverá estrear no Brasil em abril, com a inauguração de uma loja em São Paulo, no Shopping Iguatemi. (LEIA na íntegra)


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SUSTENTABILIDADE



Nova Iorque / EUA
Greenpeace avalia empresas de tecnologia sobre uso de energia na nuvem
Amazon, Apple e Twitter receberam notas baixas em um estudo divulgado ontem a tarde, dia 17/4, pela organização ambientalista Greenpeace sobre o uso de energia limpa para fazer funcionar a chamada "nuvem de dados" na internet, enquanto Facebook, Google e Yahoo! receberam elogios. O estudo, intitulado "Quão limpa é sua nuvem?", avaliou como as empresas administram as "nuvens", ou seja, centros de armazenamento de dados on-line. Por razões de custo e espaço, estas companhias desenvolvem grandes servidores ou terceirizam os serviços, às vezes situados em outros países. "Não estamos tentando complicar sua vida, estamos tentando incentivá-los a fazer a coisa certa", explicou a analista do Greenpeace, Casey Harrell, à France-Presse. "Amamos nossos iPhones, que tornam nossa vida mais fácil, mas eles não devem prejudicar o planeta", acrescentou.

A Apple recebeu uma insuficiente nota "D" pela eficiência energética em centros de dados, a troca de informação sobre o uso de energia e a gestão perante diferentes entidades para fornecer energia limpa.
Além disso, levou uma nota "F" na hora de situar centros de dados em locais onde a eletricidade provém de fontes limpas no lugar do carvão, cuja queima é apontada como uma das principais responsáveis pelo aquecimento global. No entanto, a empresa sediada em Cupertino, Califórnia (oeste dos EUA), rejeitou as conclusões do Greenpeace e disse liderar os esforços para favorecer a energia limpa.

O novo centro de dados da empresa, situado na Carolina do Norte (leste dos EUA), visa a que mais de 60% de sua energia provenha de fontes renováveis, entre elas uma fazenda solar e a instalação de células de combustível (que produzem eletricidade a partir de uma reação química).
Será "o centro de dados mais verde construído até agora" e se somará, no ano que vem, a um em Oregon (nordeste dos EUA) que funciona completamente a partir de energia renovável, afirmou a porta-voz da Apple Kristin Huguet.
A Amazon levou notas reprovatórias em tudo, exceto em eficiência energética nos centros de dados, quesito no qual sua nota foi "D".
As empresas de tecnologia tendem a não fornecer detalhes sobre o uso de energia em centros de dados por razões de concorrência e a Amazon alegou que a informação do Greenpeace era "inexata". "A AWS (Amazon Web Services) acredita que o "cloud computing" (computação em nuvem) é por si mais ecológica do que a informática tradicional", informou a companhia em resposta a uma pergunta da France-Presse. "Ao invés de que cada empresa tenha seu próprio centro de dados que sirva apenas a ela, a AWS torna possível que centenas de milhares de empresas consolidem seu uso em um punhado de centros de dados na nuvem da AWS", acrescentou.

Para o Greenpeace, embora a meta de eficiência em centros de dados seja alcançável, é preciso optar por energia limpa para salvaguardar o planeta.
A tendência crescente de se usar a nuvem para oferecer serviços como enviar e receber e-mails, assistir a vídeos, compartilhar fotos, participar de redes sociais e tuitar, impulsiona a demanda por centros de dados.
Se os centros de dados do mundo fossem considerados um país, ocupariam o quinto lugar em termos de consumo de eletricidade em um ranking mundial, segundo o Greenpeace.

Um fator importante na localização dos centros de dados é a eletricidade barata, o que faz com que sejam construídos em locais onde se gera energia por queima de carvão, prejudicial para o clima mundial.
Os centros de dados são tão cobiçados pelas empresas fornecedoras de eletricidade que as empresas de tecnologia têm influência para pressionar por mudanças para fontes de energia limpa, acrescentou a organização. "O crescimento explosivo dos centros de dados é um grande problema, se continuar vinculado ao carvão, ou uma grande oportunidade", disse o chefe de imprensa do Greenpeace, David Pomerantz. "Se o setor das tecnologias de informação impulsionar o desenvolvimento de energia solar, eólica e outras fontes renováveis poderia ser um grande fator de mudança", emendou.

O Google tem investido muito em energias renováveis e o Facebook implementou em dezembro uma política para que a disponibilidade de energia limpa seja um critério para construir centros de dados.
O Yahoo!, por sua vez, foi um dos primeiros a radicar centros de dados em locais com fontes renováveis de energia. A lista das 14 empresas de tecnologia qualificadas pelo Greenpeace inclui IBM, Microsoft, Hewlett-Packard, Oracle e Salesforce, entre outras. (Agence France Presse / AFP)



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MÍDIA, COMUNICAÇÃO e MKT


Da redação - São Paulo / SP
Mais de 60% dos brasileiros confiam em anúncios na internet
Uma das formas usadas pelos consumidores para encontrar produtos é a pesquisa pela internet. Dos internautas que usam o método para procurar itens, 67% afirmam que confiam nos anúncios que aparecem no resultado da busca. De acordo com a pesquisa “Confiança global em propaganda e mensagens de marcas”, realizada pela Nielsen no mundo, apenas 40% dos internautas têm a mesma opinião dos brasileiros.
O México, também aparece acima da média global, no País, com 57% dos entrevistados considerando esses anúncios confiáveis. Outro meio confiável de anúncio, na opinião dos brasileiros, está nas redes sociais, com 52% das respostas. Além disso, internautas do Peru (55%), Venezuela (53%) e do México (52%) também afirmaram confiar nesse tipo de propaganda.
Confiança na América Latina De acordo com o levantamento, os consumidores da América Latina possuem os níveis mais altos de confiança nos tipos de propaganda. Das 19 formas avaliadas, o continente possui o nível de confiança acima do índice mundial em 17 categorias. Segundo o levantamento, 92% dos latino-americanos confiam nas recomendações de conhecidos, o mesmo percentual da média global. (Fonte: Agência InfoMoney)




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