Edição 672 | Ano IV

São Paulo / SP
Banco Mundial prevê que China crescerá 8,2% em 2012

O PIB (Produto Interno Bruto) da China crescerá 8,2% em 2012 e 8,6% em 2013, impulsionado especialmente pela demanda interna, previu o Banco Mundial (BM) em seu relatório de perspectivas para a segunda maior economia do planeta, apresentado nhoje, dia 12/4, em Pequim/China.
A economia chinesa "se encontra em um momento de desaceleração gradual", assinalou o documento do BM, ao lembrar que em 2011 o avanço do PIB da China foi superior, de 9,2%. Caso o prognóstico do BM se confirme, o crescimento chinês seria o mais baixo desde 1999, quando a economia asiática subiu 7,6%. A previsão do BM é maior que as perspectivas do próprio governo chinês (7,5%), mas ligeiramente menor que os números do Banco Asiático de Desenvolvimento, que prevê crescimento de 8,5% em 2012 e de 8,7% em 2013. O BM prevê, por outro lado, que a inflação na China, uma das principais preocupações macroeconômicas do regime comunista no ano passado, irá passar dos 5,4% de 2011 para 3,2% em 2012. Também neste indicador o BM é mais otimista que o governo chinês, que espera inflação em torno de 4% neste ano.
 

Rio de Janeiro / RJ
Projeto Serra Sul pode aumentar investimento da Vale para US$ 54,5 bilhões
As dúvidas sobre o ritmo de crescimento da China não mudaram os planos de expansão da Vale. Até junho, a mineradora espera obter o aval do Conselho de Administração para tirar do papel o projeto Serra Sul, no Pará, orçado em US$ 19,5 bilhões. Se aprovado, o investimento da Vale programado para os próximos quatro anos sobe para um total de US$ 54,5 bilhões.
"Em um ‘chute’ só, vamos adicionar mais de 90 milhões de toneladas (à nossa capacidade de produção)", afirmou o presidente da Vale, Murilo Ferreira, ao lembrar que a companhia levou 16 anos para conseguir ampliar a produção na região para cerca de 100 milhões de toneladas.
Maior projeto da Vale e da indústria de minério de ferro, o Serra Sul era previsto inicialmente para entrar em operação no segundo semestre de 2014. Mas, desde o fim do ano passado, a companhia já trabalha com um novo cronograma para o empreendimento: o segundo semestre de 2016. O atraso teve como pano de fundo dificuldades na obtenção do licenciamento ambiental.

Em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro, o executivo descartou uma desaceleração no ritmo de crescimento da China. "A demanda por minério na China cresceu 6% no primeiro trimestre, quando todos achavam que viria abaixo. Essa é a China que nos surpreende a cada dia", afirmou. E completou: "Não estamos preocupados com o que acontece neste trimestre, no semestre e nem no ano seguinte."
O dinamismo da gigante asiática, lembrou, é que vem sustentando os ambiciosos planos de expansão da mineradora. Sozinha, a China respondeu por 32% da receita da companhia no ano passado. Por importar mais de 60% do minério de ferro que consome, Ferreira acredita que a China está cada dia mais dependente do insumo produzido no Brasil e na Austrália.
Um cenário que reforça os planos de expansão da companhia e exige estratégias para minimizar a desvantagem geográfica frente aos concorrentes australianos. Uma delas é construir centros de distribuições no Oriente Médio e no Sudeste Asiático. Segundo ele, o importante é pensar na demanda por insumos básicos no longo prazo. "Não posso estar preocupado com a visão do jornal de amanhã. Temos que estar preparados para produzir os produtos que a China, o Japão e a Coreia vão precisar no futuro", disse.

Potássio e fosfato. Em sua palestra, o presidente reafirmou o interesse da mineradora em se tornar uma das quatro maiores produtoras de potássio e fosfato. A estratégia tem como pano de fundo atender o crescimento da demanda chinesa, que lidera o ranking de consumidores de fertilizantes no mundo. "Estamos fazendo grande esforço para ficarmos entre os quatro maiores produtores de potássio e fosfato, através dos projeto de carnalita, em Sergipe, e Rio Colorado, na Argentina."
Em fevereiro, depois de anos de negociação, a Vale conseguiu fechar com a Petrobrás um contrato de arrendamento de 30 anos para explorar as reservas de carnalita, minério do qual se extrai o cloreto de potássio. Com o acerto, a mineradora consegue tirar do papel um megaprojeto de produção de fertilizantes, estimado em US$ 4 bilhões. (Agência Estado)


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP
IGP-M avança na primeira prévia do mês
- O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 0,50%, no primeiro decêndio do mês de abril. Para o mesmo período de apuração do mês anterior, a variação foi de 0,23%. O primeiro decêndio do IGP-M de abril compreendeu o intervalo entre os dias 21 e 31 do mês de março.
- O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou variação de 0,47%, no primeiro decêndio de abril. No mesmo período do mês de março, a taxa foi de 0,21%. A taxa de variação do índice referente a Bens Finais avançou de 0,09% para 0,58%. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -0,84% para 1,33%. No estágio dos Bens Intermediários, a taxa de variação passou de 0,60% para 0,42%. A principal contribuição para este recuo partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de 0,70% para 0,32%.
- O índice referente a Matérias-Primas Brutas registrou variação de 0,39%. No mês anterior, a taxa foi de -0,16%. Os itens que mais influenciaram a trajetória deste grupo foram: soja (em grão) (2,23% para 7,59%), minério de ferro (-0,78% para 0,46%) e café (em grão) (-6,59% para -5,79%). Com taxas em sentido descendente, destacam-se: aves (3,90% para -1,39%), milho (em grão) (-0,82% para -1,79%) e mandioca (aipim) (-5,03% para -8,95%).
-O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou, no primeiro decêndio de abril, taxa de variação de 0,47%. No mesmo período do mês anterior, a taxa foi de 0,25%. Sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram avanço em suas taxas de variação. O principal destaque foi o grupo Alimentação (0,06% para 0,46%). Nesta classe de despesa, a maior contribuição partiu do item carnes bovinas, cuja taxa passou de -3,13% para -0,69%.
Também foram computados acréscimos nas taxas de variação de outras seis classes de despesa: Vestuário (-0,35% para 0,78%), Transportes (0,19% para 0,39%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% para 0,58%), Educação, Leitura e Recreação (0,09% para 0,31%), Despesas Diversas (0,17% para 0,34%) e Comunicação (0,03% para 0,06%). Contribuíram destacadamente para a trajetória de aceleração desses grupos os itens: roupas (-0,54% para 1,21%), etanol (-2,11% para 1,48%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,19% para 1,13%), hotel (0,20% para 1,92%), serviço religioso e funerário (0,95% para 1,23%) e mensalidade para TV por assinatura (0,26% para 0,58%), respectivamente.
Em contrapartida, apenas o grupo Habitação apresentou decréscimo em sua taxa de variação (0,67% para 0,57%). Nesta classe de despesa, a principal contribuição partiu do item empregados domésticos (2,83% para 2,08%).
- O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou, no primeiro decêndio de abril, taxa de 0,76%. No primeiro decêndio de março, a taxa foi de 0,33%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,43%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,64%. O índice que representa o custo da Mão de Obra variou 1,08%, no primeiro decêndio de abril. Na apuração referente ao mesmo período do mês anterior, o índice variou 0,03%. (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

São Paulo / SP

Volume de IPOs no mundo cai 69% no 1º trimestre
As ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) recuam no mundo inteiro. Durante o primeiro trimestre deste ano, como mostra estudo da Ernst & Young Terco, obtido com exclusividade pela Agência Estado, foram registradas 157 aberturas de capital no total de US$ 14,3 bilhões no período, montante 69% menor que o levantado nos três primeiros meses do ano passado, de US$ 46,6 bilhões, com 296 ofertas.
Trata-se do menor número de negócios globais já registrado desde o segundo trimestre de 2009, quando foram realizadas 82 transações que movimentaram US$ 10,4 bilhões.
No Brasil, desde julho do ano passado, não é registrada uma oferta inicial de ações. Mas essa trajetória deve mudar ainda este mês. Há um total de três IPOs colocados no mercado: o banco de investimentos BTG Pactual, a gestora de frotas Locamérica e a moveleira Unicasa Móveis, dona de marcas como DellAno e Favorita. As três ofertas somadas, levando em conta todos os lotes de ações, somam R$ 5,4 bilhões.
"O BTG é a grande estrela, por seu histórico consistente. O sucesso na demanda e precificação desse IPO deve trazer muitas outras novas ofertas represadas", disse o sócio responsável pela área de IPOs da Ernst & Young, Paulo Sergio Dortas.

A última vez que o mercado de capitais brasileiro passou por uma secura de IPOs foi entre julho de 2008 e maio de 2009. "No primeiro trimestre deste ano, houve uma redução de ofertas até mesmo em países com tradição nesse mercado. Porém, essas regiões não sentiram tanto quanto o Brasil", afirma Dortas, justificando que o País foi prejudicado pelo perfil dos investidores em ofertas iniciais.
O ânimo dos estrangeiros, que ficam com quase 70% das ações de estreantes na bolsa, diminuiu com relação à aversão ao risco.
A oferta do BTG, que pode movimentar no teto da faixa indicativa e com os lotes extras até R$ 4,1 bilhões, deve dar ao mercado brasileiro de capitais ingresso no grupo dos maiores IPOs do mundo no segundo trimestre. Até porque, pela primeira vez desde o primeiro trimestre de 2009, apenas uma oferta ultrapassou o nível de US$ 1 bilhão no mundo. A responsável pelo maior IPO do trimestre foi a empresa holandesa de internet e TV a cabo Ziggo, que captou US$ 1,1 bilhão nas bolsas europeias.
A segunda maior oferta inicial de ações foi da empresa suíça de serviços e comércio DKSH, que levantou US$ 897 milhões. No total, foram registradas 25 aberturas de capital na região, as quais totalizaram US$ 2,5 bilhões, ou 18% do volume global.

Já a Ásia foi responsável por 47% do volume total levantado no mundo no primeiro trimestre deste ano, com 84 negócios e US$ 6,7 bilhões. O montante é 74% menor que o registrado em igual intervalo de 2011.
Globalmente, sete IPOs foram adiados e 36 cancelados de janeiro a março de 2012 contra 5 postergações e 53 desistências realizadas em igual intervalo do ano passado. Quando o assunto é preço, 80% das 157 ofertas colocadas no mundo foram precificadas dentro ou acima da faixa inicial sugerida.
No Brasil, os setores promissores para o mercado de IPO são os relacionados aos vetores de crescimento da economia brasileira, como varejo, infraestrutura e construção, levando em conta a melhoria de renda da população, a expectativa com o pré-sal e a Copa e Olimpíada no País.
Dortas não vê transações inferiores a R$ 400 milhões no Brasil. "Para o mercado brasileiro de capitais conseguir absorver ofertas menores é necessário um nível maior de maturidade, como nos EUA, o que só acontecerá em pelo menos cinco anos."  (Agência Estado)



HOJE – Abertura das Bolsas Asiáticas:

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia têm alta com recuperação em Wall St.
As Bolsas da Ásia fecharam em alta em sua maioria, com a recuperação em Wall Street e uma queda nas taxas de juros de empréstimos na Espanha e Itália ajudando a restaurar a confiança do consumidor.
- A Bolsa de Hong Kong fechou em alta com os investidores atrás de papéis que tiveram quedas em sete das últimas oito sessões, embora a alta tenha sido eclipsada por preocupações sobre o relaxamento monetário na China. O índice Hang Seng subiu 0,9% e terminou aos 20.327,32 pontos.
- O índice Shenzhen Composto ganhou 1,9% e terminou aos 945,33 pontos. O yuan terminou em alta ante o dólar, após o banco central determinar alta da moeda chinesa via taxa de referência diária, com transações retraídas antes da publicação do PIB chinês, esta noite. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,3073 yuans, de 6,3081 ontem. A taxa de paridade central dólar-yuan foi fixada em 6,2984 yuans, de 6,3018 yuans na véspera.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em leve alta provocada por uma discreta caça por pechinchas em pesos pesados do mercado. O índice Taiwan Weighted avançou 0,08% e terminou aos 7.662,92 pontos.
- A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, encerrou em baixa pela terceira sessão consecutiva. O mercado também foi influenciado pelo proximidade do lançamento do foguete norte-coreano e pela expectativa sobre os dados do PIB da China no primeiro trimestre, cuja divulgação está prevista para mais tarde. O índice Kospi recuou 0,39% e terminou aos 1.986,63 pontos.
- Na Austrália, a Bolsa de Sydney fechou em alta, após quatro sessões seguidas negativas, influenciada pelos resultados positivos de mercados do exterior e por dados domésticos sobre emprego melhores do que os esperados. O índice S&P/ASX avançou 0,81% e encerrou aos 4.280,64 pontos.
- A Bolsa de Manila, nas Filipinas, também fechou em alta. A melhora global aumentou o apetite pelo risco e ajudou o mercado a encerrar quatro pregões de perdas. O índice PSE subiu 0,6% e terminou aos 5.046,78 pontos, com moderado volume de negociações.
- A Bolsa de Cingapura teve forte alta, com positivos números da sessão de divulgação de balanços nos EUA e amenização das preocupações sobre a crise das dívidas europeias. O índice Straits Times subiu 1,1% e fechou aos 2.978,14 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, teve alta de 0,2% e fechou aos 4.139,54 pontos, com caça a barganhas.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia avançou 1,14% e fechou aos 1.167,63 pontos.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, ganhou 0,3% e fechou aos 1.601,27 pontos, seguindo os ganhos na maioria dos mercados regionais.
Análise - As Bolsas tiveram alta na China pela terceira sessão seguida, após o Banco Mundial revisar para baixo o crescimento econômico do país para 2012 (de 8,4% para 8,2%), aumentando as expectativas de mais medidas de relaxamento monetário nos próximos meses. O índice Xangai Composto subiu 1,8% e fechou aos 2.350,86 pontos.



ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa fecha em queda pelo terceiro dia consecutivo
A Bolsa brasileira não conseguiu manter a alta registrada durante grande parte do pregão e encerrou ontem, dia 11/4, em baixa pelo terceiro dia consecutivo. Os investidores menos otimistas com a economia, bem como a espera de novas notícias vindas do cenário externo, após um aumento nos rendimentos dos títulos da dívida da Itália, forçaram a queda.
- O Ibovespa caiu 0,72%, a 61.293 pontos.
- O giro financeiro do pregão foi de R$ 7,14 bilhões.
- O dólar comercial fechou em alta de 0,10%, valendo R$ 1,8850.
Análise 1 - Na Europa, os custos dos empréstimos de um ano da Itália duplicaram em um leilão de títulos de curto prazo nesta quarta-feira, refletindo novas dúvidas sobre os países mais fracos da zona do euro e destacando o nervosismo do mercado antes de um leilão de títulos de três anos na quinta-feira.
Ao mesmo tempo, um membro do BCE (Banco Central Europeu) disse que a instituição ainda tem o SMP (Programa de Mercado de Títulos, na sigla em inglês) para possibilitar-lhe a compra de dívida dos países da zona do euro, caso surja a necessidade.
"O mercado vem com uma dinâmica ruim, com essa piora recente. Países da zona do euro enfrentam novo aumento nos rendimentos de títulos e o BCE trouxe um pouco mais de calma dizendo que poderia voltar a comprar esses títulos", explicou o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos.
"O Ibovespa ficou dividido [nesta sessão], com Petrobras subindo, mas ações voltadas ao mercado interno, que estavam descoladas do índice, pesando. Teve um pouco de ajuste, com os investidores se posicionando em commodities, mas a tendência ainda é do mercado ficar mais cauteloso. Parte da euforia do início do ano acabou e o mercado parece estar mais com os pés no chão, esperando o que vem pela frente."

Análise 2 - A ação preferencial da Petrobras subiu 0,76%, a R$ 21,35, enquanto Vale teve variação positiva de 0,07%, a R$ 40,35, e OGX teve alta de 0,99%, a R$ 13,29. Entre os papéis em baixa, PDG Realty recuou 5,27%, a R$ 5,03, e BR Malls perdeu 3,52%, a R$ 23,27.
AES Eletropaulo teve queda de 4,37%, a R$ 35,05, dando continuidade às perdas da véspera, quando a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) propôs redução nas tarifas da empresa.
Ações de consumo também pesaram. Lojas Americanas perdeu 2,61%, a R$ 16,80, Hypermarcas recuou 2,12%, a R$ 12,02, e Lojas Renner caiu 1,68%, a R$ 58,45.


Nova Iorque / EUA
Bolsas americanas sobem após cinco quedas seguidas
Um início encorajador da temporada de balanços ajudou as Bolsas de valores dos EUA a reduzir as perdas de cinco sessões seguidas.
- O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova Iorque, avançou 0,70%, para 12.805 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,74%, para 1.368 pontos.
- E o termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,84%, para 3.016 pontos.
Análise 1 - As ações tiveram seus ganhos reduzidos no final da sessão, após o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) afirmar que o aumento nos custos da energia preocupa na projeção de crescimento econômico.
O presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, disse, por sua vez, que a economia terá de piorar bastante antes de a instituição oferecer mais estímulos.
As ações de setores atrelados ao crescimento econômico lideraram as altas, à medida em que os preços mais baratos de seus papéis se tornaram recentemente alvo de barganhadores. O índice S&P do setor financeiro registrou alta de 1,6%. A ação do Bank of America teve valorização de 3,7%, para US$ 8,86.

Análise 2 - O papel da Alcoa subiu 6,3%, para US$ 9,90, um dia após a empresa componente do Dow Jones registrar um surpreendente lucro no primeiro trimestre, aliviando preocupações sobre a força da temporada de balanços.
"As expectativas têm sido bem baixas, então o início otimista da temporada de balanços é um ótimo sinal", afirmou o vice-presidente de investimentos do Harris Private Bank em Chicago, Jack Ablin. "Dito isso, teremos uma visão mais ampla de como está a situação das indústrias nesta semana, e poderemos negociar de lado até então", completou.

Análise 3 - Na terça-feira, dia 10/4, o S&P 500 fechou abaixo de sua média-móvel de 50 dias pela primeira vez desde dezembro, e nesta quarta o nível ofereceu resistência técnica para sua recuperação. A média-móvel de 50 dias do índice está agora perto de 1.373 pontos, quase a máxima do pregão desta quarta-feira. Google, JPMorgan e Wells Fargo estão entre as empresas que divulgarão resultados ainda nesta semana.

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INDÚSTRIA

Brasília / DF

Empresas do setor elétrico vão ao governo contra norma da Funai
Representantes do setor elétrico entregam hoje, dia 12/4, ao ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, uma queixa formal contra a Funai (Fundação Nacional do Índio). Segundo as empresas, o órgão indigenista extrapolou suas funções ao editar normas próprias sobre o licenciamento de obras que podem atrasar ainda mais a construção de hidrelétricas.
O pomo da discórdia é uma instrução normativa de janeiro que define a participação da Funai no licenciamento de atividades que causem impacto sobre terras indígenas ou em seu entorno.
Entre outras coisas, a norma determina que a Funai possa elaborar termos de referência (listas do que deve ser estudado) específicos para avaliar o impacto de obras sobre os índios, mesmo em terras ainda não demarcadas.
Segundo os empreendedores, a norma causará atrasos especialmente na Amazônia. Eles argumentam que isso vai contra o pacote de aceleração do licenciamento baixado em outubro do ano passado pelo governo.
"Tudo o que o governo vem fazendo é trazer celeridade para o licenciamento. Três, quatro meses depois vem uma instrução normativa dando à Funai poderes que ela não poderia ter", disse à Folha Marcelo Moraes, coordenador do Fórum do Meio Ambiente do Setor Elétrico. O coordenador de Gestão Ambiental da Funai, Aloizio Guapindaia, disse que a instrução é apenas uma norma interna que orienta o cumprimento da portaria de licenciamento. E que ela não causará atrasos.


São Paulo / SP
Algas modificadas do Vale do Silício chegam a usina de cana brasileira
Uma empresa de alta tecnologia do Vale do Silício (EUA) se juntou a uma gigante do agronegócio para fazer óleo vegetal em Orindiúva, cidadezinha de 6 mil habitantes do interior de São Paulo. A Bunge, companhia holandesa que chegou ao Brasil em 1905 e se tornou a maior exportadora agrícola do País, assinou ontem (10) uma joint venture com a Solazyme, especializada em produzir óleos através de algas modificadas geneticamente. O acordo cria a Solazyme Bunge Produtos Renováveis, que vai construir uma fábrica ao lado da usina de cana de açúcar Moema, da Bunge.
A fábrica vai custar R$ 180 milhões, ficar pronta no final de 2013 e empregar 80 pessoas. Ela irá transformar o açúcar feito na usina em “óleo de palmiste” – entre aspas porque, apesar de ser exatamente o mesmo óleo, não é feito de palma. O óleo será usado para abastecer a indústria brasileira de produtos de limpeza, que precisa dele para fazer detergentes e outros produtos. Será a primeira fábrica do mundo a produzir, em escala comercial, óleo do tipo para a indústria química. “Isso traz novas perspectivas para a cana no Brasil”, diz o ex-ministro Pedro Parente, presidente da Bunge.
A unidade produzirá 100 mil toneladas de óleo por ano, através da transformação de cerca de 300 mil toneladas de açúcar. O Brasil importa anualmente 400 mil toneladas desse óleo, 85% da necessidade do País, ao preço de US$ 1.420 por tonelada – isso no navio, sem contar o custo do desembarque. Através desses dados, pode-se dizer que a fábrica substituirá importações da ordem de US$ 142 milhões, cerca de R$ 255 milhões.
A produção de óleo de palmiste está concentrada na Ásia. A planta só cresce numa faixa de latitude 10º acima ou abaixo da linha do Equador. O Brasil produz apenas 15% do que consome, principalmente em fábricas localizadas no Pará. Empresas como a Agropalma, Petrobras e Vale atuam na região – as duas últimas, com produção voltada para o biodiesel.
A cerimônia de assinatura da joint venture teve a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, além de secretários de estado e executivos das duas empresas. “É a união de dois craques [as empresas], como uma dobradinha de Pelé com Neymar”, brincou Alckmin. “Orindiúva será a capital mundial da tecnologia em óleo vegetal”, disse.
A Bunge tem vinte instalações em São Paulo, entre elas três usinas de cana e dois terminais portuários. “Se a produção do óleo se confirmar viável, o plano é expandi-la para outras usinas do grupo”, disse Parente. “As fábricas podem fazer outros tipos de óleo, basta mudar a alga usada na produção”.
A Solizyme já usa óleos vegetais modificados para a indústria de alimentos na França e de cosméticos nos EUA – onde também fabrica, de forma experimental, querosene vegetal para a aviação. Fundada há dez anos por dois jovens do Vale do Silício, a empresa já soma R$ 600 milhões de investimentos em desenvolvimento tecnológico. É o primeiro investimento da companhia no Brasil.


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MERCADO FINANCEIRO


Da redação - São Paulo / SP
Bancos têm margens para reduzir juros, dizem economistas
Após os anúncios de cortes de juros da Caixa Econômica Federal e do Banco Brasil, os bancos privados afirmam estar avaliando a possibilidade de seguir o exemplo e cortar suas taxas. Na opinião de economistas, as instituições bancárias têm, atualmente, condições de reduzir seus spreads (a diferença entre os juros pagos como rendimento aos correntistas e o cobrado para emprestar o dinheiro de seus clientes) e cobrar juros menores dos clientes.
Antes de anunciar qualquer corte, entretanto, os bancos levaram um pacote de pedidos ao governo, na última terça-feira, como uma contrapartida para reduzirem seus spreads. Os pedidos incluem a solicitação de redução de tributos e o pedido de permissão para exigir mais garantia dos clientes. “Os bancos podem estar aproveitando a situação para andar com o pires na mão,” diz o economista Ivo Barbiero, presidente da empresa de análise de crédito proScore. Na opinião dele, os bancos teriam a possibilidade de reduzir suas taxas e, ainda assim, manter suas operações rentáveis. "Os lucros que eles vêm registrando mostra isso," diz.
O analista de bancos Luís Miguel Santacreu, da Austin Ratings, concorda que as instituições têm margem para cortar os juros. Na opinião dele, os bancos não querem abrir mão de seu spread, mas estão pressionados a cortar suas taxas. A decisão dos bancos públicos de reduzir seus juros força os privados a diminuir o spread, na medida em que o consumidor vai preferir tomar crédito nas instituições que oferecerem as melhores condições, acrescenta o professor de Economia Samy Dana, da FGV. Por isso, pressionam o governo para conseguir algumas isenções tributárias, acelerar execução de garantias e reduzir os compulsórios, afirma o analista da Austin Ratings.
O presidente da Caixa, Jorge Hereda, reforçou a opinão dos economistas ao destacar, na última segunda-feira, que a Caixa tem margem líquida para reduzir taxas para pessoa física e micro, pequenas e médias empresas. “A Caixa pode fazer isso porque desde 2003 tem crescido de maneira consistente”, ressalta o executivo. “Estamos usando essa margem para estreitar o relacionamento com o cliente”, afirmou após anunciar os cortes de juros do banco.
Além de considerar que os spreads dos bancos poderiam ser comprimidos, os economistas afirmam que juros menores não elevam o risco de inadimplência, o que contraria argumentos das instituições bancárias. Um dos pedidos dos bancos ao Ministério da Fazenda - o pacote de requisições foi apresentado por Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) - foi a permissão de usar reservas de previdência de clientes como garantia para empréstimos, como uma forma de segurança contra os maus pagadores. Economistas dizem, entretanto, que não há relação entre redução de juros e aumento de inadimplência.
“O juro menor eleva os volumes de crédito, mas não existe correlação entre inadimplência e volumes. Os atrasos de pagamentos estão mais relacionados com a taxa de juro alta,” afirma Alberto Borges Matias, professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP de Ribeirão Preto. Samy Dana acrescenta que quanto maior o risco de calote, mais juros o banco tem que cobrar para ter lucro. “Por isso, conforme a dívida fica mais barata, mais chance o cliente tem de pagá-la”, diz.
Essa equação só fica desequilibrada caso os bancos públicos flexibilizem seus critérios para concessão de crédito. “Se for menos criterioso para conceder o crédito, você pode aumentar a inadimplência”, destaca Dana. O analista da Austin Ratings concorda: “é preciso preservar os critérios de risco. Se o banco mantiver a política de crédito, a inadimplência não aumenta”, afirma. (Fonte: IG)

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INDÚSTRIA


Nova Iorque / EUA
Kodak descarta sobra de recursos após reestruturação
A Eastman Kodak Co. diz que é improvável que sobrem recursos suficientes para pagar os acionistas no final de sua reestruturação e que, por esse motivo, se recusa a aceitar o pedido de um grupo de acionistas de ter uma participação maior no processo. Com sede em Rochester, Nova Iorque, a tradicional empresa americana do setor fotográfico entrou com pedido de concordata em 19 de janeiro. Na ocasião, a Kodak estimou suas dívidas em quase US$ 5 bilhões, sem contar o financiamento de US$ 950 milhões que tomou após protocolar o pedido.
Já nos dias seguintes ao do pedido, a Kodak afirmou que os acionistas não poderiam comprovar sua alegação de que sobraria dinheiro depois que a empresa pagasse uma parte significativa de suas dívidas, uma crença que os levaram a pedir que um comitê oficial os representassem no processo de concordata.
A formação desse tipo de comitê é rara nos Estados Unidos porque a legislação que rege concordatas e falências põe os acionistas no final da lista de quem recebe os pagamentos, o que significa que eles frequentemente ficam de mãos abanando e, desta forma, não precisam de representação oficial.
"Só por pura especulação e pela omissão da verdadeira extensão dos passivos dos devedores é que os detentores de ações supõem a possibilidade de qualquer recuperação (de seus recursos)", afirmou a Kodak em documentos judiciais protocolados ontem.
O grupo de acionistas que solicitou a criação do comitê disse no mês passado que, embora ainda seja incerto o valor da massa falida da Kodak, os ativos provavelmente "valem muito mais" do que os US$ 3,4 bilhões a US$ 4,3 bilhões estimados pela empresa. A polêmica será discutida em uma audiência da Corte de Falência de Manhattan no próximo dia 18/4. (Agência Dow Jones)


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SETOR AUTOMOTIVO

São Paulo / SP

Para a Anfavea, investimento vai deslanchar com novo regime automotivo

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, reafirmou nesta quarta-feira que o setor deverá investir US$ 22 bilhões (aproximadamente R$ 40,3 bilhões) no país até 2015. Segundo ele, com o anúncio do novo regime automotivo, os investimentos devem começar a deslanchar.
O executivo participou de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Na avaliação de Belini, montadoras e empresas de autopeças terão que fazer investimentos para conseguir cumprir os percentuais necessários de aplicações em tecnologia e utilização de produtos nacionais para conseguirem redução, que pode chegar a 30 pontos percentuais, no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a partir do próximo ano.
"Todos os presidentes [das montadoras] estavam lá e não houve nenhum tipo de contestação. Pelo contrário, só houve elogios", disse o presidente da Anfavea após o encontro com Mantega. Belini, porém, apresentou alguns problemas que precisam ser resolvidos para estimular o segmento. Um exemplo é a necessidade de aumentar o crédito para o financiamento de veículos.
O presidente da Anfavea explicou que a inadimplência deixou as instituições financeiras mais cautelosas na concessão de empréstimos. "O governo disse que já está conversando com os bancos", afirmou Belini. "Mas essa situação deve se normalizar em breve."
Ele ressaltou que a área econômica já vem adotando medidas neste sentido e citou como exemplos a redução das taxas de juros promovida recentemente pela Caixa e pelo Banco do Brasil e as medidas adotadas pelo governo, como liberação de crédito para financiamento de caminhões a diesel, consideradas por ele um movimento positivo para estimular a renovação da frota de caminhões no país. "Precisa dar uma partida. A frota não está sendo renovada com a velocidade esperada", avaliou o presidente da entidade, explicando que isso ocorre devido à preocupação com a distribuição do diesel, ou seja, existem dúvidas sobre se haverá diesel suficiente para atender a essa demanda.

Nova Iorque / EUA
Toyota quer deixar de lado design sóbrio e ser a Apple dos carros
Depois de décadas de ênfase séria em confiabilidade, a Toyota quer agora entrar para a turma dos descolados. Em nova abordagem anunciada na segunda-feira, a empresa, maior fabricante japonesa de automóveis, disse que vai reformar seu sistema de desenvolvimento para conferir aos engenheiros mais liberdade de experimentação, com projetos mais ousados e arrojados. "Queremos arriscar mais", disse Akio Toyoda, presidente da montadora e neto do seu fundador, no principal laboratório de design localizado na sede da empresa em Toyota City, 320 quilômetros ao sudoeste de Tóquio.
A empresa concederá mais autonomia aos engenheiros, simplificando o processo que envolve as decisões sobre o design, em parte por meio da redução do número de executivos envolvidos na avaliação de novos projetos. Anteriormente, as mudanças no design eram submetidas à avaliação de até 100 executivos.
Mas os engenheiros enfrentarão pressões para reduzir os custos por meio do emprego de peças padronizadas em diferentes modelos, disse Toyoda. A empresa vai também repassar uma parcela maior das atividades de pesquisa e desenvolvimento às economias emergentes, nas quais as equipes locais da empresa poderão projetar modelos mais voltados para gostos específicos, disse o diretor.

Sob muitos aspectos, a Toyota está ansiosa para se reinventar depois de viver três anos desastrosos, marcados por problemas internos da empresa e outros que estiveram além do seu controle. O colapso do comércio durante a crise econômica global contribuiu para o maior prejuízo da história da Toyota, enquanto numerosos recalls dos produtos da montadora em 2009 mancharam seu histórico de segurança, antes exemplar.
Desastres. Mais recentemente, o tsunami do ano passado no Japão e as enchentes na Tailândia atrapalharam a produção durante meses. E o iene fortalecido continua a pesar na competitividade da empresa e também no seu saldo. Mas a montadora, fundada há 75 anos, tenta também se modernizar num aspecto mais profundamente enraizado: uma filosofia de design se dedica mais à função, ao custo e à eficiência do que à forma.
Tomemos como exemplo o Camry, o clássico modelo usado para ir ao supermercado. Apesar do seu status de carro mais vendido dos Estados Unidos, seu design há muito é motivo de piada.
"É fácil encontrar o nome do carro acompanhado de adjetivos como 'eletrodoméstico', 'bege' e 'monótono'", brincava uma resenha publicada em 2011 na revista Motor Trend.

Tokuo Fukuichi, nomeado diretor de design da Toyota em 2011, disse que o design pouco impressionante foi o produto de um processo impulsionado pelo consenso que tentou agradar a todos e, com isto, não impressionou ninguém. "Para que alguém se apaixone por um modelo, temos de estar preparados para aceitar que algumas pessoas o detestem", disse Fukuichi.
A versão remodelada do Avalon pode ser um exemplo disso. Os projetistas nos EUA tiveram liberdade para reformar o sedã, apresentado pela Toyota no Salão do Automóvel de Nova York na semana passada.
Mudanças como um farol traseiro mais arrojado e uma entrada dianteira de ar em forma de trapézio mudaram muito a impressão transmitida pelo veículo, disseram os jornalistas que o resenharam.

No Salão do Automóvel, o vice-presidente da Toyota para os EUA, Bob Carter, descreveu a reação de Toyoda ao ver o Avalon remodelado: "Demais! Não mudem mais nada". Outra mudança comentada entre os projetistas da Toyota é o papel cada vez mais central que o Prius, modelo híbrido movido a gasolina e eletricidade, está desempenhando no incentivo ao desenvolvimento de novos veículos dentro da montadora. Indagado se o processo de design da Toyota logo passaria a se assemelhar ao da Apple - empresa famosa por valorizar pouco as pesquisas de mercado, privilegiando os gostos e preferências de seus próprios designers -, Toyoda se mostrou pensativo. "Sim, acho que estamos avançando mais nesta direção", disse ele. "Temos de ser mais visionários."  (Fonte: The New York Times)


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SERVIÇOS e VAREJO


Nova Iorque / EUA
Ex-acionista da Avon prepara oferta por empresa
A Richmont Holdings, uma ex-acionista da Avon, está preparando uma oferta de aquisição da companhia de produtos de beleza que rejeitou proposta de US$ 10 bilhões feita por uma rival de menor porte no início do mês, informou a revista "Fortune". Segundo a "Fortune", o presidente do conselho da Richmont, John Rochon, tentou comprar sem sucesso a Avon no final da década de 1980. O grupo de Rochon já foi o maior acionista da Avon, mas acabou vendendo sua participação. Representantes da Richmont e da Avon não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto. A Avon, que enfrenta queda de vendas, rejeitou uma oferta de aquisição feita pela rival Coty e nomeou uma nova presidente-executiva no início do mês. (Agência Reuters)

São Paulo / SP
Pão de Açúcar emitirá R$ 1,2 bilhão em debêntures
O conselho de administração do Pão de Açúcar aprovou ontem a realização da 11ª emissão de debêntures simples não conversíveis em ações, em série única, no valor total de R$ 1,2 bilhão, com esforços restritos de colocação.
Serão 120 mil debêntures com valor unitário de R$ 10 mil e data de emissão em 2 de maio de 2012. Os títulos terão prazo de vigência de 42 meses, vencendo, portanto, em 2 de novembro de 2015. As debêntures terão remuneração correspondente a 100% dos DI - Depósitos Interfinanceiros de um dia, mais um spread de 1,0% ao ano. A remuneração será paga semestralmente. Os recursos captados serão destinados ao alongamento do perfil de endividamento da companhia. (Agência Estado)


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COMÉRCIO EXTERIOR


São Paulo / SP
Exportação de frango do Brasil tem volume recorde para março
As exportações de carne de frango do Brasil somaram 363,6 mil toneladas em março, alta de 6,6% em relação ao registrado no mesmo período de 2011, configurando-se em um volume recorde para o período, informou nesta quarta-feira Ubabef (União Brasileira de Avicultura). Em receita, as vendas externas do Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, registraram crescimento de 3,25% em relação a março de 2011, totalizando US$ 712,5 milhões.
No acumulado do ano, os volumes embarcados totalizaram 974,1 mil toneladas, crescimento de 4,4% ante o primeiro trimestre do ano passado. A receita atingiu US$ 1,89 bilhão, alta de 1,1%. "Mesmo em meio às dificuldades em relação ao câmbio e a carga tributária, a competência e o alto nível do trabalho empreendido pela avicultura brasileira têm permitido ao país manter o share [participação] mundial", disse o presidente da Ubabef, Francisco Turra, em comunicado.

As exportações cresceram com compras maiores da Ásia e África compensando menores importações do Oriente Médio, ainda o principal destino do frango brasileiro. O Oriente Médio importou 315,9 mil toneladas nos três primeiros meses deste ano, resultado 12,7% menor em relação ao primeiro trimestre de 2011. "O resultado negativo das exportações do trimestre para o Oriente Médio foram influenciadas pelo desempenho nas exportações para o Irã, além da redução das compras em outros mercados", afirmou a Ubabef, referindo-se aos recentes problemas enfrentados pela República Islâmica, que sofre sanções do Ocidente por conta de seu programa nuclear.

Embora as medidas ocidentais não incluam alimentos, as empresas iranianas têm enfrentado dificuldades para financiar suas importações. Já a Ásia, segundo maior cliente dos exportadores de frangos do Brasil, foi responsável pelo embarque de 294,1 mil toneladas, alta de 16,8% em relação ao ano anterior, com aumentos verificados nas importações de Hong Kong, China, Cingapura e Coreia do Sul. Em terceiro lugar e com o maior crescimento entre todos os mercados (com 40,8% de alta), a África importou 158,7 mil toneladas, compensando a queda para o Oriente Médio.

Quarto maior destino, a União Europeia importou 112,5 mil toneladas de frango, queda de 2,2% ante o primeiro trimestre de 2011. O valor Agregado - A Ubabef reportou um crescimento importante em produtos de maior valor agregado e queda nos embarques de frango inteiro.
Os cortes de frango acumulam a maior alta em 2012, com crescimento de 12,8%, para 542,6 mil toneladas. Carnes salgadas registraram aumento de 6%, totalizando 41,5 mil toneladas. Os embarques de frango inteiro caíram 6,5% este ano. "O crescimento das exportações de produtos com algum tipo de processamento demonstram que o setor avícola brasileiro, cada vez mais, direciona-se para negócios com maior valor agregado", disse Turra.
 

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TI e e-COMMERCE

Nova Iorque / EUA
Amazon passa a aceitar CDs usados para trocas
O site de compras Amazon passou a aceitar, nos EUA, CDs usados como mercadoria para seu programa de trocas, chamado Trade-In. A nova seção, que foi ao ar ontem, dias 11/4, tem em catálogo um grande número de álbuns com valor de troca já definido. Após ter realizarado o envio - bancado pelo site -, o cliente deve esperar no máximo dez dias úteis por uma resposta. Caso seja aceito, o CD, que tem preço tabelado pela Amazon, se converte em um vale-compras que pode ser trocado por qualquer item à venda no site.
Além de discos, é possível trocar eletrônicos, filmes, livros e games. O consumidor também pode enviar diversos produtos de uma só vez, os quais são analisados e, em caso de rejeição, retornados sem custo.
A Amazon, fundada em 1994, é o maior site de compras do mundo e está presente em dez países. O Amazon Web Services, serviço de computação em nuvem para empresas, chegou ao país no final de 2011, e a loja virtual brasileira deve ser aberta ainda neste ano.  (Agênca EFE)

Nova Iorque / EUA
SAP compra Syclo, desenvolvedora de aplicativos móveis
A SAP adquiriu a Syclo, fabricante de aplicativos móveis voltados ao mercado corporativo. O valor do negócio não foi divulgado e espera-se que a transação seja concluída no segundo trimestre de 2012. A companhia afirmou que a compra deerá impulsionar a inovação em soluções móveis. Com a inclusão das soluções da Syclo na construção e venda de soluções móveis em diversos setores, como serviços públicos, petróleo & gás, ciências da vida e manufatura, a participação da SAP nesses mercados aumentará significativamente, afirma a SAP. De acordo com a fabricante alemã, a aquisição acelera a adoção e a implementação da gestão de ativos móveis novos e soluções de serviços de campo na Sybase Unwired Platform, parte da plataforma móvel SAP e da infraestrutura da empresa para desenvolver e gerenciar aplicativos móveis. “Com essa aquisição, a SAP acelera a adoção dos aplicativos de mobilidade", afirma Sanjay Poonen, presidente de Soluções Globais da SAP. (Agência EFE)

Nova Iorque / EUA
Apple é acusada pelo governo dos EUA de formação de cartel
A Apple e grandes editoras de livros foram acusados pelo governo dos Estados Unidos de formação de cartel. Segundo ação judicial movida nesta quarta-feira, as companhias teriam combinado de fixar preços de livros digitais (e-books) para vencer a concorrência. Entre as editoras acusadas estão Hachette, HarperCollins, Macmillan, Penguin e Simon & Schuster.
"A Apple facilitou o esforço coletivo dos editores de acabar com a concorrência dos preços no varejo ao coordenar a formação de um modelo de agência com os varejistas", diz a denúncia, apresentada na corte federal de Manhattan pela divisão antitruste do Departamento de Justiça dos EUA.
O modelo de agência permite que editores fixem os preços dos e-books, e não os vendedores. Segundo a Bloomberg, o governo norte-americano estaria buscando um acordo para permitir a volta do modelo de atacado, em que os varejistas é que decidem quanto cobrar dos clientes.
De acordo com a agência de notícias, que cita fontes, a Apple e a Macmillan se recusaram a participar de negociações de acordos com o Departamento de Justiça dos EUA, pois negam que tenham combinado de aumentar os preços dos livros digitais. (Agência EFE)


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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA


Brasíla / DF
Câmara aprova medida provisória sobre tarifas portuárias
A Câmara aprovou na noite de ontem, dia 11/4, uma medida provisória que altera o percentual das tarifas aeroportuárias. O texto, que segue para análise do Senado, diminuiu de 50% para 35,9% o valor do Adicional de Tarifa Aeroportuária incidente sobre as taxas cobradas das companhias aéreas e dos passageiros. O valor para os consumidores não será alterado, já que a ideia do governo é abrir mão de parte de suas receitas. A diferença dos índices beneficiará as operadoras dos aeroportos. A ideia é tornar o setor mais atraente aos grupos privados.
Em seu relatório, o deputado Arthur Maia (PMDB-BA) incluiu artigo que autoriza desapropriações de imóveis próximos aos aeroportos por parte do poder público e do concessionário. Segundo o relator, a desapropriação pelos concessionários já havia sido permitida por meio de decreto, mas ele resolveu deixar isso explícito em lei. Outra mudança foi a possibilidade de aplicação dos fundos do Fundo Nacional de Aviação Civil em ações que contirbuam para o desenvolvimentos dos aeroportos. (Agência Folha)


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TELECOM


São Paulo / SP
Operadoras de telefonia investiram R$ 21,7 bilhões em 2011
Levantamento da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) aponta que em 2011, as prestadoras de serviços de telecomunicações no País direcionaram 21,7 bilhões de reais para expansão de redes, ampliação da cobertura e melhoria da qualidade dos serviços. O total de aporte feito pelas prestadoras em 2011 é o segundo maior da história, ficando atrás somente de 2001, quando foram antecipadas metas de universalização, afirma a Telebrasil. O investimento do ano passado é 20% superior do que o de 2010 e supera em 3,8 bilhões reais a média de investimentos dos últimos 14 anos.

De acordo com o estudo da Telebrasil, desde a privatização, em 1998, o setor privado de telecomunicações já investiu 255 bilhões de reais, incluindo o pagamento pelas outorgas de prestação dos serviços. Os investimentos feitos no ano passado, afirma a Telebrasil, resultaram em uma expansão de 17,2% no número de acessos aos serviços, que ultrapassaram 314 milhões em 2011, considerando todas as modalidades. A banda larga, serviço que mais cresce no Brasil, apresentou evolução de 68%, fechando o ano com 58 milhões de acessos. Nesse segmento, mais de um terço do total de acessos à internet rápida (23,3 milhões) foram ativados só no ano passado, a um ritmo de um novo acesso por segundo. Hoje, já são 63,5 milhões de conexões.

O Brasil também registrou evolução das redes de terceira geração da telefonia móvel (3G), que dobraram o alcance em 2011, chegando a 2.650 municípios no fim de dezembro. Hoje, são 2.769 municípios atendidos em banda larga móvel, onde moram 84% da população brasileira. A infraestrutura fixa de conexão à internet, por sua vez, está em todos os municípios brasileiros.
Em 2011, o setor de telecomunicações somou 201 bilhões de reais em receita operacional bruta, o equivalente a 4,9% do PIB. Esse montante foi 10% superior à receita de 2010, que somou 182 bilhões de reais. Os postos de trabalho também saltaram 10%, somando 469,5 mil pessoas.

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MERCADO DE LUXO


Da redação - São Paulo / SP
Artista sueco projeta computador inspirado em filme de Stanley Kubrick
O artista sueco Love Hulten anunciou sua mais nova criação, o computador de madeira 4M. (LEIA na íntegra)


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AGENDA: Eventos | Seminários | Feiras


Da redação - Porto Alegre / RS
Homenagem ao ex-senador Abdias Nascimento

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, através do Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros, tem o prazer de convidá-lo para o lançamento do catálogo do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento que ocorrerá no dia 24 de abril de 2012, terça-feira, às 19h, no Café da Imprensa localizado no prédio da Associação Riograndense de Imprensa - Borges de Medeiros, 915, térreo, Centro de Porto Alegre. O lançamento integra as comemorações dos 70 anos do Sindjors. (LEIA na íntegra)




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