Edição 660 | Ano IV

Brasília / DF
A cada dois produtos industriais vendidos 10 são importados
 
Quase 20% dos produtos industriais vendidos no Brasil no ano passado foram importados, mostra pesquisa divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) ontem, dia 19/3. Entre 2010 e 2011, o aumento no percentual foi de dois pontos percentuais, para 19,8%, o maior valor desde 1996, quando começa a série histórica.
Os maiores crescimentos de venda de produtos importados foram nos setores de informática, eletrônicos e produtos ópticos, cujo coeficiente aumentou de 45,4% para 51%, derivados de petróleo e biocombustíveis, de 17,8% para 23,3% e máquinas e equipamentos, de 32,5% para 36,8%.
"Cada vez mais o consumo pertence aos importados. Isso mostra que o setor industrial vai contribuir cada vez menos para a economia brasileira", aponta o economista Flavio Castello Branco, da CNI.
A participação de insumos importados na produção industrial brasileira alcançou 21,7% no ano passado, o maior valor da história, segundo a entidade empresarial. Em quatro setores a participação dos insumos superou os 40%: informática, eletrônicos e ópticos, metalurgia, farmoquímicos e farmacêuticos e químicos.

Brasileiros com menos participação - A participação da indústria no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro recuou aos níveis de 1956. Foi o ano em que o presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976) deu impulso à industrialização do país ao lançar seu Plano de Metas, que prometia fazer o Brasil avançar "50 anos em 5".
No ano passado, a indústria de transformação - que compreende a longa cadeia industrial que transforma matéria-prima em bens de consumo ou em itens usados por outras indústrias-- representou apenas 14,6% do PIB. O patamar foi menor só em 1956, quando a indústria respondeu por 13,8% do PIB. Abatida pelos efeitos da inflação alta e da crise externa, a economia brasileira cresceu apenas 2,7% no ano passado, conforme divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última terça-feira, dia 6/3. (Agência Folha)

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INDICADORES ECONÔMICOS


Brasília/DF e São Paulo/SP
Mercado antecipa previsão de Selic a 9% para abril
No primeiro relatório Focus com as projeções do mercado financeiro após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), as previsões para a taxa Selic neste ano e em 2013 foram mantidas em 9% e 10%, respectivamente.
No entanto, o mercado agora estima que a Selic cairá para 9% ao ano já em abril, permanecendo nesse patamar até fevereiro do ano que vem e passando a 9,50% em março, segundo a mediana das projeções. A estimativa anterior era de que esse nível seria alcançado em maio e que a Selic voltaria a subir em janeiro, para 9,50% ao ano.
No Top 5 -que reúne as instituições que mais acertam as projeções no relatório Focus-, a Selic também é estimada em 9% para abril.
Na última reunião do Copom, a Selic foi reduzida em 0,75 ponto percentual, para 9,75% ao ano. Na ata da reunião, o Copom deixou claro que pretende levar a Selic para patamares "ligeiramente acima dos mínimos históricos" e estabilizá-la neste nível. O piso já alcançado na taxa básica de juros é de 8,75% ao ano.
Em uma pesquisa da Reuters, a Selic também é prevista em 9% a partir de abril. No entanto, os analistas ouvidos também cortaram a estimativa para o patamar da Selic no final do ano, para 8,5%, de acordo com a mediana das projeções.

As projeções do mercado para inflação, taxa de câmbio e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mantiveram-se praticamente inalteradas em relação ao relatório da semana passada.
Houve apenas uma ligeira elevação na estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses, a 5,37%, após 5,36% no Focus anterior. Os agentes preveem que o IPCA feche 2012 em 5,27% e 2013 em 5,50%. A previsão para a taxa de câmbio no fim do ano é de R$ 1,75 por dólar, enquanto o crescimento do PIB é estimado em 3,30% neste ano e 4,20% no ano que vem. (Agência Reuters)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas e Abertura das Européias:

- Londres / Inglaterra - O principal indicador da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, iniciou a sessão desta terça-feira com queda de 0,43%, aos 5.935,65 pontos. O barril de petróleo Brent para entrega em maio abriu nesta terça-feira em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres e às 4h05 de Brasília valia US$ 125,08, US$ 0,63 menos que no fechamento da sessão anterior.
- Berlim / Alemanha - O índice principal da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, abriu a sessão desta terça-feira em baixa de 0,44%, aos 7.122,95 pontos.
- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, registrou nesta terça-feira uma queda de 0,41% na abertura da sessão, aos 3.563,38 pontos.
- Madri / Espanha - O principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, abriu a sessão desta terça-feira com queda de 0,11%, aos 8.582 pontos.
- Roma / Itália - O indicador principal da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE-MIB, abriu o pregão desta terça-feira com queda de 0,28%, aos 17.085,97 pontos. Já o índice geral FTSE Itália All Share descia 0,21%, aos 18.114,20 pontos.

Pequim / China
China lidera perdas no mercado asiático com foco em balanços
As bolsas de valores asiáticas recuaram nos pregões de hoje, dia 20/3, com as maiores perdas registradas em Hong Kong e em Xangai, pressionadas por balanços corporativos, enquanto o euro permaneceu perto do maior nível em uma semana, com redução dos temores quanto a maiores danos ao sistema financeiro decorrentes da crise de dívida grega.
As commodities se enfraqueceram de forma generalizada, com quedas em metais básicos e preciosos, enquanto o petróleo caiu mais de 0,5 por cento sob uma perspectiva de maior oferta com as exportações da Líbia retornando a níveis pré-guerra mais rápido que o esperado.
- O índice MSCI que reúne as ações da Ásia-Pacífico com exceção do Japão cedia 0,96 por cento às 8h07 (horário de Brasília). Em Tóquio, não houve negociações em função de feriado.
- Em Taiwan, o mercado cedeu 0,89%.
- Enquanto na Bolsa de Seul houve queda de 0,24%.
- Sydney fechou em baixa de 0,37%.
- Na Bolsa de Cingapura contrariou a tendência com alta de 0,42%.
Análise - "O cenário está claramente se estabilizando agora e são necessários sinais distintos, sejam dados do mercado imobiliário nos Estados Unidos que apontem para uma recuperação estável ou indicações mais fortes de flexibilização na China", disse o analista Kim Se-joong, da Shinyoung Securities em Seul.
Os dados de novas construções de moradias nos EUA serão conhecidos às 9h30 (horário de Brasília). As perdas no ambiente corporativo foram lideradas pela China, com o índice de Xangai caindo 1,38 por cento e o de Hong Kong em queda de 1,08 por cento, em meio a uma fraca temporada de resultados financeiros, o que conteve o apetite dos investidores.
Quase metade das empresas chinesas já divulgaram balanços referentes a 2011, segundo dados da Thomson Reuters StarMine, sendo que cerca de 70 por cento delas não atingiram as expectativas.



ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa fecha praticamente estável
Em dia de agenda esvaziada, o Ibovespa fechou perto da estabilidade e o volume foi o destaque, em função do vencimento de opções sobre ações.
- O índice Ibovespa subiu 0,07%, para 67.730 pontos, após oscilar entre mínima de 67.546 pontos e máxima de 68.159 pontos.
- O giro financeiro atingiu R$ 12,446 bilhões.
Análise - "A agenda foi fraca e as Bolsas operaram sem nenhum brilho", afirmou o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi.
Entre as ações de maior peso, Vale PNA subiu 0,11%, para R$ 41,95. Petrobras PN teve alta de 0,65%, para R$ 24,51. As maiores altas ficaram com Lojas Americanas PN (2,24%, para R$ 17,29), Oi PN (2,17%, para R$ 20,23) e Marfrig ON (2,09%, para R$ 11,70). As principais quedas foram de PDG Realty (-3,23%, para R$ 6,89), Dasa ON (-2,94%, para R$ 14,85) e MRV ON (-2,85%, para R$ 13,96).



Londres / Inglaterra
Índice de ações da Europa tem leve queda após 4 altas seguidas
As ações europeias fecharam em queda ontem, dia 19/3, interrompendo uma sequência de quatro dias de alta, com investidores realizando lucros.
- O FTSE Eurofirst 300, índice das principais ações europeias, fechou em baixa de 0,11%, a 1.105,61 pontos.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,07%, a 5.961 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,05%, para 7.154 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,47%, para 3.577 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,30%, para 17.133 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 avançou 1,24%, para 8.591 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em alta de 5.609%, para 0,67 pontos.
Análise - Na semana passada, os índices europeus atingiram níveis que não eram registrados desde meados de 2011. Embora a tendência recente dos preços das ações nos mercados globais seja de alta, os operadores estão preocupados com a possibilidade de que a valorização tenha sido um pouco exagerada, apontou o operador da ETX Capital Markus Hubner.
Por isso, segundo ele, os players decidiram retirar um pouco de dinheiro da mesa, na esperança de voltar às Bolsas em um ponto mais baixo.
As montadoras, que têm estado entre as de melhor performance neste ano, foram o pior setor nesta segunda-feira, enquanto investidores deslocaram-se para papéis de telecomunicação, que tiveram desempenhos fracos até agora neste ano.
Um destaque entre as baixas foi a ação da Porsche, que recuou 2% e teve sua classificação de risco rebaixada pela agência Bernstein para "subperformance". O papel da Cable & Wireless Worldwide teve a maior alta, enquanto investidores afirmaram que o setor de telecomunicações oferecia forte apelo por conta de seus dividendos.
"As vendas de automóveis tiveram uma lenta ascensão ao longo dos últimos meses, mas parece que já atingiram sua máxima a curto prazo. Vimos um pouco de rotação nas telecomunicações que oferecem uma política de dividendos progressiva", disse Atif Latif, diretor de ações e derivativos no Guardian Stockbrokers.

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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP
Presidente de honra da Itaúsa morre em São Paulo aos 89 anos
O presidente de honra da Itaúsa (holding que congrega Itaú Unibanco, Itautec, Duratex e Elekeiroz), José Carlos Moraes Abreu, morreu neste domingo, em São Paulo, aos 89 anos. O advogado estava internado no Hospital Sírio Libanês, onde se tratava de complicações de uma forte pneumonia. Abreu dedicou mais de 50 anos ao conglomerado, tendo sido membro do Conselho de Administração de 1966 a 2011 e presidente de 2008 a abril de 2011. Desde maio do ano passado, era presidente de honra da holding. No Itaú Unibanco S.A., o executivo foi membro do Conselho de 1964 a 2003, tendo ocupado a presidência em 1985. Além de trajetória nas empresas da Itaúsa, Abreu foi membro do Conselho Monetário Nacional (CMN) de 1975 a 1984.


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INDÚSTRIA


Da redação - Brasília / DF
ABINEE pede a Pimentel redução da contribuição de fundos setoriais
O presidente da ABINEE, Humberto Barbato, ao lado do vice-presidente da entidade, Newton Duarte, propos ao ministro Fernando Pimentel, do MDIC, medidas de estímulo para a indústria instalada no país, bem como para combater a concorrência chinesa, potencializada pela valorização cambial. Uma das propostas apresentadas é a redução, de 1% para 0,6% ou 0,2%, da alíquota sobre a receita operacional bruta no setor de telecomunicações destinada ao Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicação (Fust). (Fonte: Assessoria de Imprensa da Abinee)

Hong Kong / China
Rusal passa de lucro para prejuízo
A United Co. Rusal registrou um prejuízo líquido de US$ 974 milhões no quarto trimestre de 2011, após reportar lucro líquido de US$ 1,45 bilhão no mesmo período do ano anterior. Segundo a produtora de alumínio russa, a piora no resultado foi provocada pela queda dos preços do alumínio, bem como por itens excepcionais, incluindo uma redução do valor contábil de seu investimento na OAO Norilsk Nickel.
O lucro líquido no ano caiu 92%, para US$ 237 milhões, de um lucro líquido de US$ 2,87 bilhões em 2010, e ficou abaixo da média das previsões dos analistas, de um lucro líquido de US$ 2,04 bilhões.
O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recuou 3,3%, para US$ 2,51 bilhões, afirmou a companhia. A receita subiu 12%, para US$ 12,29 bilhões.
Os preços médios do contrato do alumínio negociado na London Metal Exchange (LME) recuaram 11%, para US$ 2.090,00 a tonelada, no quarto trimestre de 2011, ante US$ 2.343,00 a tonelada no mesmo período do ano anterior.
A produção total de alumínio da Rusal aumentou 1% em 2011, para 4,12 milhões de toneladas, enquanto a de alumina aumentou 4%, para US$ 8,15 milhões de toneladas. (Agência EFE)

Da redação - São Paulo / SP
John Deere, uma das empresas mais admiradas do mundo
Com uma marca reconhecida e uma reputação sólida, a Deere & Company aparece mais uma vez na lista das 50 Companhias Mais Admiradas do Mundo da Revista Fortune. A empresa ficou em 38º lugar, seu melhor desempenho na lista, uma posição acima do ranking do ano passado e cinco em relação a 2010. A organização aparece em segundo lugar na categoria Equipamentos para Indústria e Agricultura. Há 15 anos, a pesquisa é realizada pela consultoria Hay Group, que entrevista mais de 15 mil pessoas, entre altos executivos e diretores de empresas elegíveis e analistas financeiros. As companhias são avaliadas nos seguintes critérios: inovação, gestão de pessoas, uso de ativos corporativos, responsabilidade social, qualidade da gestão, solidez financeira, investimentos de longo prazo, qualidade de produtos e serviços e competitividade global. (Fonte: CDI Comunicação Corporativa)


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AGROBUSINESS


São Paulo / SP
Multinacionais colocam o 'pé no freio' nas políticas de retenção
As multinacionais com unidade no país não estão investindo em novas políticas de retenção de talentos. Segundo a pesquisa do Hay Group, 73% das 83 empresas consultadas não planejam mudanças no plano de aposentadoria e 71% não pretendem atualizar suas políticas de remuneração variável -que vão de bônus a prêmios como viagens. "O lucro obtido aqui é usado para cobrir o rombo financeiro de outros países", afirma Caroline Marcon, gerente da consultoria. Marisabel Ribeiro, líder da consultoria Mercer, faz coro: "Também houve achatamento no valor dos bônus." (Agênca Folha)


Brasília/DF e São Paulo/SP
Produção de etanol em crescimento
Nos dois países, que são os principais produtores e consumidores, o etanol é utilizado tanto na mistura com a gasolina quanto como combustível.
O etanol de cana-de-açúcar do Brasil tornou-se um combustível competitivo, beneficiado por crescente produtividade (tanto na fase agrícola quanto na fase industrial) e pelo substancial mercado interno. Entre 1975 e 2006, a área cultivada com cana-de-açúcar tem crescido 4,3% ao ano, sendo atualmente de cerca de 7 milhões de hectares.No período, o crescimento na produtividade agrícola tem sido de 1,49% ao ano e o da produtividade industrial, de 3,77% ao ano.

Nos EUA, o etanol é produzido a partir do milho – utilizando 20% da produção de milho e podendo passar a 30% nos próximos anos –, cujo cultivo ocupa uma área plantada de 28 milhões de hectares. No período de 1975 a 2006, o crescimento da produtividade foi de 2,7% ao ano.
A possibilidade de escolher entre dois subprodutos (etanol ou açúcar) permite ao produtor brasileiro desenvolver a melhor estratégia em função dos preços esperados do açúcar e do etanol no mercado internacional e no mercado local.
Usinas mistas (85% do total) têm a flexibilidade para produzir etanol ou açúcar, definindo sua escolha em função do custo de oportunidade entre as duas alternativas. Vale lembrar que, como o Brasil é o principal exportador de açúcar, seus custos de produção determinam os preços e o padrão da concorrência no mercado internacional.
No fim da presente década, a produção de etanol e outros biocombustíveis por meio de processos de segunda e terceira geração deve se tornar comercialmente viável. Tais tecnologias trazem substanciais ganhos de produtividade em relação aos métodos atualmente adotados, que envolvem a fermentação de açúcares extraídos de plantas alimentícias. Assim, esperam-se ganhos substanciais no que se refere ao retorno energético, à quantidade de biomassa necessária como matéria-prima e à necessidade de insumos de origem fóssil, como fertilizantes. Acredita-se que tais processos reduzirão substancialmente a emissão de carbono da produção de biocombustíveis em relação ao seu nível atual.

Os principais processos de segunda geração envolvem a produção de etanol a partir de celulose e lignina, elementos estruturais presentes em todas as espécies vegetais disponíveis, incluindo algumas com alta produtividade agrícola. Estima-se que o potencial produtivo do etanol de celulose dos EUA corresponda a 11 milhões de barris de petróleo equivalentes (boe) por dia, o equivalente a cerca de 60% do consumo atual de petróleo daquele país. No entanto, apesar dos incentivos substanciais, os investimentos não estão seguindo o ritmo previsto pelos planos e mandatos fixados pelo Energy Independence Security Act de 2007. Embora os mandatos sejam direcionadores dos investimentos e promovam o financiamento por garantir a venda do produto, com a crise de 2008, os fundos disponíveis para energia limpa foram orientados para projetos de energia eólica e solar, que dispunham de maior apoio por parte do governo dos EUA.
Esse atraso levou a EPA (Agência de Proteção Ambiental do governo dos Estados Unidos) reduzir o volume do mandato estabelecido para 2010 e 2011 para 1,72 e 1,74 milhão de litros de etanol de celulose. O cronograma original fixa, para 2022, o mandato de 4,3 bilhões de litros de etanol de celulose. Mandatos envolvendo a oferta de etanol de celulose exigem que as empresas distribuidoras misturem volumes determinados do produto à gasolina. Uma penalidade incide sobre as empresas de petróleo caso a oferta de etanol de celulose não atenda ao volume previsto no mandato, levando-as a financiar a construção de plantas de etanol de celulose.
Os EUA atualmente lideram a pesquisa e desenvolvimento comercial de tais processos, as, à medida que a produção em larga escala se mostrar comercialmente viável, o etanol de segunda geração tem o potencial de se tornar um dos principais componentes da matriz energética em nível investimento nos grandes países produtores de etanol, como Brasil, China e Índia.

Políticas de subsídios à produção de etanol - Em alguns países, os subsídios à produção nacional de etanol têm funcionado como garantia de competitividade em face da gasolina e do etanol importado. No entanto, com a implantação de mandatos fixando a proporção de mistura à gasolina ou cotas para os diversos tipos de etanol, há uma garantia de mercado e os subsídios ficam caracterizados como apoio às condições locais de produção do etanol e barreira adicional ao etanol importado.
Nos EUA, um conjunto de subsídios federais e estaduais fornece incentivos ao longo da cadeia de valor do etanol. Além disso, uma tarifa de importação de US$ 0,14/litro também contribui para garantir a competitividade do etanol de milho em face do produto importado. A política de subsídios ao etanol teve início na década de 1970, e hoje estima-se que, graças a isso, o etanol produzido nos EUA seja, em média, 30% mais barato. Entretanto, diante da frágil situação econômica e fiscal dos EUA, bem como ao crescente reconhecimento político de que o etanol importado será necessário para atender à demanda futura, muitos acreditam que a tendência durante a próxima década envolverá a gradual redução dos subsídios.
De modo abrangente, a política comercial da União Europeia restringe a importação de biocombustíveis com uma tarifa de proteção ao etanol de 45% ad valorem (conforme o valor). Ao mesmo tempo, em 2008, por falta de matéria-prima, utilizou-se apenas 44% da capacidade de produção de etanol da União Europeia (de 5 milhões de toneladas).
Isenções a impostos especiais de consumo, estimados em cerca de € 2,8 bi em 2008, contemplam o etanol produzido em vários países-membros. Além disso, a União Europeia concede subsídios a investimentos em capacidade de produção que incluem tecnologias para a fabricação de etanol de segunda geração. Entretanto, a produção na região é incipiente em comparação com os grandes produtores, nos quais a sua política de subsídios tem relativamente menor impacto no mercado internacional.

Medidas de eficiência e substituição energética - A intensidade energética (i.e.,o volume de energia utilizado para gerar uma unidade de Produto Interno Bruto) vem se reduzindo em razão de (1) melhorias na eficiência energética, (2) substituição de combustíveis e (3) mudanças em indústrias intensivas em energia. Como consequência, entre 1980 e 2008, ocorreu uma redução de 32%, ou 1,35% ao ano, no consumo global de energia, equivalente ao consumo atual somado dos Estados Unidos e da União Europeia.
Essa redução é diferenciada em cada país em função da estrutura econômica, da aplicação de medidas de eficiência energética, bem como de diversos fatores exógenos que incluem desde o modelo de urbanização (distância entre moradia e trabalho) e clima (necessidade ou não de climatização) até estrutura de produção (existência ou não de empresas intensivas em energia). Estima-se que diferenças na estrutura de produção respondam por quase 50% da variação de intensidade energética industrial entre países.
O preço dos combustíveis e a tributação têm efeito negativo sobre a intensidade energética. Isso explica a intensidade mais elevada nos Estados Unidos, bem como em países que subsidiam os combustíveis e em países produtores de petróleo. Também explica a menor intensidade demandada por economias com elevada tributação do consumo, como na União Europeia.
No setor de transportes, a necessidade de ganhos de eficiência energética conjuga-se com os objetivos de segurança energética e de redução das emissões, gerando incentivos substanciais não somente à adoção de medidas de eficiência e tecnologias de redução do consumo, como também à substituição de fontes de energia. Dentre estas, as principais são o carro elétrico híbrido de tomada (PHEV), o etanol e o biodiesel.
Nos EUA, as metas governamentais, que vinham sendo implementadas pelo padrão Cafe (Corporate Average Fuel Economy) a uma taxa de crescimento de 2,2% ao ano, estão sendo intensificadas para que haja alinhamento com a meta da Califórnia de redução, em 2025, das emissões a 40%-50% do nível de 2016. Para isso, será necessário promover ganhos de eficiência de 3% a 6% ao ano no período 2016-2025. Ademais, prevê-se uma intensificação das vendas de veículos E85 (85% de etanol e 15% de gasolina), de forma a atender às metas mandatórias de consumo de etanol. Foram concedidos créditos federais a fabricantes que produzissem automóveis capazes de funcionar com combustíveis alternativos.
Na União Europeia, as metas de consumo de etanol não são mandatórias, uma vez que não há competência para definir parcelas de mercado aos países-membros, apesar de uma diretiva de 2003 estabelecer uma parcela de 5,75% do mercado aos biocombustíveis em 2010. Recentemente, no entanto, países como a França, Alemanha, Áustria e Holanda fixaram metas mandatórias. É importante também considerar a intensidade energética do setor industrial. Nos países da OCDE, entre 1990 e 2006, esse indicador sofreu uma redução de 32%, ou 2,3% ao ano, em decorrência principalmente de medidas de eficiência energética.
No entanto, essa redução não foi uniforme. No Japão o país de maior redução, a eficiência é um tema de segurança energética, e medidas contínuas têm sido aplicadas para desvincular o consumo de energia do crescimento econômico. No período 1973-2007, enquanto o PIB do país duplicou, o consumo do setor industrial ficou constante.

Biodiesel: um mercado em expansão - O biodiesel é um combustível derivado de óleos vegetais ou gordura animal que pode ser misturado ao óleo diesel em proporções variáveis, geralmente 2%, 5% e 20% (indicadas por B2, B5 e B20) para aplicações similares às do óleo diesel. Na Alemanha, principal produtora e consumidora mundial, o biodiesel é consumido desde 1991.
Como no etanol, a expansão do mercado de biodiesel passa pela determinação mandatória dos níveis de mistura ao óleo diesel e por incentivos à aquisição de veículos, bem como por subsídios à produção. Ainda assim, na União Europeia há um déficit de 20% da produção, tornando inevitável o recurso às importações.
No Brasil, há 48 usinas de biodiesel em funcionamento, e 42 utilizam a soja como matéria-prima. A participação da agricultura familiar na produção de biodiesel tem sido objeto de política diferenciada por parte do governo federal.

Evolução do consumo e produção de etanol - Em função da crescente substituição de fontes fósseis de energia, o consumo de etanol crescerá até 2020, alcançando 2 milhões de boe/dia, ou 177,7 bilhões de litros/ano, um volume 148% superior ao consumido em 2010. À medida que países com demanda incipiente por etanol passam a obter uma fração de sua energia a partir dessa fonte, o resto do mundo (países fora EUA e Brasil) passa a consumir 50% do etanol produzido. Essa nova demanda irá gerar uma expansão na capacidade de produção ao redor do mundo. (Fonte: Alfapress Comunicações)


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COMÉRCIO EXTERIOR


São Paulo / SP

Exportações superam importações nas três semanas de março
A exportações superaram as importações em US$ 468 milhões na terceira semana de março, segundo dados divulgados ontem, dia 19/3, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No acumulado do ano, as exportações somam US$ 45,6 bilhões, e as importações, US$ 44,4 bilhões, com saldo positivo de US$ 1,15 bilhão. O resultado até a data é cerca de 49,35% do que foi registrado no mesmo período de 2011, quando a balança comercial teve superavit de US$ 2,33 bilhões.
Mesmo com o resultado positivo no acumulado do ano, as importações têm aumentado o ritmo de crescimento, enquanto as exportações fazem movimento inverso.
No mês, as exportações alcançaram US$ 11,43 bilhões, e as importações US$ 10,71 bilhões, com saldo positivo de US$ 728 milhões. A balança comercial é o resultado do comércio entre os países, a relação entre as exportações e importações. Se o resultado é positivo, é registrado superavit e significa que o país vendeu mais produtos ou serviços do que comprou. No caso de resultado negativo (quando as importações são maiores do que as exportações) é registrado deficit.
 

Rio de Janeiro / RJ
Receita vai reforçar fiscalização sobre importação irregular
A Receita Federal deu início nesta segunda-feira a operação Maré Vermelha, que vai intensificar a fiscalização de produtos importados que chegam ao país pelos portos, aeroportos e fronteiras rodoviárias. A ideia é reduzir a entrada de produtos de setores em que o país sofre forte concorrência de itens trazidos do exterior.
Entre esses setores estão vestuário, calçados, brinquedos, artigos de plástico, eletrodomésticos, pneus e cosméticos. A valorização do real frente ao dólar faz com que produtos importados, sobretudo da China e dos Estados Unidos, fiquem mais competitivos em relação aos brasileiros. O objetivo da Receita é impedir a entrada de mercadoria subfaturada, fora da classificação tributária correta e contrabando.
De acordo com o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, a operação não tem data para terminar e vai envolver 1.200 servidores. O órgão não estipulou uma meta de apreensões ou recolhimento de imposto.
Segundo a Receita, terão fiscalização permanente 41 terminais de cargas em aeroportos, 209 instalações portuárias e 34 pontos de fronteira. As operações terão apoio de helicópteros e cães farejadores. "Vamos fiscalizar permanente esses setores", afirmou Barreto. O secretário disse ainda que no curso da operação é provável que outros setores possam entrar na lista.
Para coordenar a operação em todo país, a Receita criou no Rio de Janeiro o Centro Nacional de Gerenciamento de Risco Aduaneiro (Cerad), que terá 30 funcionários e trabalhará na disseminação das informações obtidas durante a operação.
Atualmente, explicou Barreto, não há uma troca de informações consistente entre os postos da Receita no país. "A ideia é que haja essa democratização da informação. Um dado coletado em determinado porto, por exemplo, será público para todos os outros portos. Isso nos dará mais eficiência na fiscalização", explicou.
Segundo dados da Receita, somente no ano passado foram apreendidos R$ 1,5 bilhão em mercadoria irregular. O valor representou aumento de 16% em relação ao verificado em 2010. A Receita encaminhou ainda 31,5 mil processos ao Ministério Público que mais tarde evoluíram para ações criminais. As auditorias feitas no ano passado resultaram em R$ 4,5 bilhões de créditos tributários. (Agência Folha)

 
Da redação - São Paulo / SP
Desempenho das carnes na terceira semana de março
Após apresentarem, nas duas primeiras semanas de março, resultados que sinalizavam recuperação mensal em relação ao trimestre dezembro/11-fevereiro/12, as exportações de carnes voltam a registrar desempenho que já antecipa resultados fracos para o corrente mês.
Na terceira semana de março, por exemplo, a receita média diária recuou mais de 10% em relação às duas semanas anteriores. Alcançou, no período (11 a 27, cinco dias úteis) o valor de US$51,227 milhões, situando-se aquém das médias mensais atingidas nos três meses anteriores.
De toda forma, até agora, a média diária de março (12 de um total de 22 dias úteis) ainda não recuou a esses níveis. Está em US$58,429 milhões e se encontra 7,3% acima da média diária do mês anterior, fevereiro de 2012. Porém, permanece 7,5% abaixo da média registrada há um ano, em março de 2011.

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TI, WEB e e-COMMERCE


Da redação - São Paulo / SP

Norton inicia fabricação de produtos no Brasil
A Norton, da Symantec, que atua no mercado de segurança da informação, vai iniciar a fabricação de toda a linha de produtos no Brasil. Entre eles estão Norton AntiVirus, Norton Internet Security, Norton 360, Norton Ghost, Norton Mobile Security, Norton Tablet Security e futuras soluções.
De acordo com a companhia, com a produção local, o prazo de entrega dos produtos após solicitação do distribuidor terá redução de 70% [de 25 dias para sete dias]. Antes, o pedido era feito diretamente para os Estados Unidos, onde a solução era manufaturada e então importada para o Brasil, o que ocasionava em atrasos e uma relação menos vantajosa de custo-benefício.
Com a mudança, a companhia espera crescimento de 20% nas vendas no varejo. Segundo a Norton, outra vantagem do novo modelo está no tempo de lançamento dos produtos, que demorava em média 30 dias para chegar ao Brasil. A partir de agora, os produtos estarão disponíveis no mercado nacional ao mesmo tempo que nos EUA.
Fabiano Tricarico, diretor de vendas da Norton da Symantec para a América Latina, explica que a decisão pela fabricação local foi possível após uma reestruturação da empresa que resultou na criação de uma divisão de desenvolvimento de negócios em países estratégicos. Ele aponta que o Brasil é o quarto país do mundo, dentro da Symantec, que possui um centro de produção local, além de Singapura, Estados Unidos, China e República Checa.
A consolidação de uma divisão com um conhecimento sobre o mercado em desenvolvimento, prossegue, tornou clara a percepção de que a produção local era chave para seguir com crescimento de dois dígitos anuais no faturamento com varejo brasileiro e suprir a demanda dos próximos anos.

Da redação - Sâo Paulo / SP
IBM lança oferta de nuvem pública no País
A IBM Brasil anuncia sua primeira oferta de nuvem pública no Brasil. O IBM SmartCloud Enterprise (SCE) é, segundo a companhia, voltado para empresas de todos os portes e permite agilidade para criação de novos ambientes de TI, economia de custos, escalabilidade, segurança e suporte técnico de uma infraestrutura privada. O pagamento do serviço, informa, é flexível e o valor parte de 0,13 centavos de real por hora de uso.
O IBM SmartCloud Enterprise é composto por soluções como business analytics, páginas na web, social business, ambientes de desenvolvimento e testes e será disponibilizado no modelo de infraestrutura como serviço (IaaS) e plataforma como serviço (Paas), que oferece um conjunto de serviços básicos pré-configurados, como servidores virtuais, armazenamento de dados, sistemas operacionais e middlewares da IBM e de terceiros.
“A IBM está investindo 40 milhões de reais para preparar seu data center de Hortolândia para as ofertas dos serviços da SmartCloud Enterprise + (SCE+), que é uma infraestrutura de cloud privada para fornecer a tecnologia como serviço para clientes corporativos”, afirma José Luis Spagnuolo, diretor de Cloud Computing da IBM Brasil.
A modalidade pública do SCE será comercializada pelo site da IBM Brasil. Lá, é possível realizar simulações, como estimar o custo mensal para a execução de uma carga de trabalho específica. Para isso, a IBM recomenda acessar a ferramenta de estimativa e inserir os detalhes da configuração que o interessado pretende utilizar (software, capacidade de processamento do hardware, opções de suporte etc).

Da redação - São Paulo / SP
SAS amplia foco no mercado de pequenas e médias empresas
O SAS, fabricante de soluções e serviços de inteligência analítica, anuncia no Brasil o lançamento do SAS Office Analytics 5.1, produto direcionado para companhias de médio porte. De acordo com a empresa, a solução é adequada para organizações que utilizam as ferramentas do pacote Office para realizar tarefas diárias. Por meio de um componente que integra o poder analítico e estatístico da tecnologia SAS ao software de escritório da Microsoft, os pequenos e médios empresários podem realizar análises e automatizar relatórios, afirma a fabricante.
A tecnologia permite que usuários tenham acesso aos relatórios, funções estatísticas e a capacidade de manipulação de dados, em conformidade com as políticas de governança de dados da empresa.
“As empresas de médio porte no Brasil estão crescendo de forma rápida e precisam investir em sua capacidade analítica e na distribuição ágil das informações. Estamos atentos a este mercado e contamos com uma unidade focada para atender esses clientes”, afirma Daniel Hoe, gerente de planejamento e desenvolvimento de negócios do SAS.


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TELECOM


São Paulo / SP
Brasil deve chegar em março a 250 mi de linhas na telefonia móvel
O Brasil está a caminho de alcançar 250 milhões de linhas de telefonia móvel. O número deve ser atingido no cálculo fechado de março, caso seja mantido o ritmo de crescimento no início do ano. Em fevereiro, assim como em janeiro, a quantidade de novos acessos foi a maior registrada para o mês em 13 anos. O adicional de 2,4 milhões de unidades representou um crescimento de 1% em relação ao mês anterior e elevou para 247,6 milhões o total das linhas no país. Os terminais 3G (banda larga) totalizaram 47,2 milhões de acessos.
Segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o Brasil possui hoje 126,45 linhas para cada 100 habitantes, índice chamado de teledensidade. O Maranhão permanece como único Estado onde o índice é inferior a 100.
O percentual de linhas pós-pagas registrou leve alta em relação a janeiro, mas ainda é minoria, com 18,11% do total. A Vivo ampliou a liderança do mercado em fevereiro, com 29,85% de participação. Em seguida, vieram a TIM (26,62%), Claro (24,66%) e a Oi, com 18,56%. As participações de mercado da CTBC e Sercomtel foram inferiores a 1%.


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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA


São Paulo / SP
ArcelorMittal e Usiminas planejam porto de US$ 800 milhões
A ArcelorMittal, maior grupo siderúrgico do mundo, e a brasileira Usiminas planejam parceria para disputar a concessão de construção de um porto na baía de Sepetiba/RJ, em projeto que viabilizará maiores exportações de minério de ferro. O consórcio em formação, que deve contar também com a operadora de portos Multiterminais, prevê investimentos da ordem de US$ 800 milhões para melhorar o escoamento da produção de Minas Gerais, afirmou à Reuters o diretor-presidente da ArcelorMittal Mineração Brasil, Sebastião Costa Filho.
As empresas aguardam o edital de licitação, que deve sair até junho, segundo o executivo, para disputar a concessão conhecida como "área do meio", para erguer um novo porto entre os dois já existentes operados pela Vale e a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). "Temos perspectiva, conversas adiantadas com a Multiterminais e a Usiminas Mineração para, através de um consórcio... tornar mais competitiva a exploração minerária em Serra Azul/MG", afirmou Costa Filho.

Além de escoar a produção própria, a companhia sinalizou que poderá exportar o minério de outras companhias. "Estamos pretendendo também abrir espaço a pequenas mineradoras da região", acrescentou.O principal problema das mineradoras com planos de expansão em Minas Gerais é a logística deficitária para escoamento do minério de ferro, relatam várias empresas. O Estado responde por cerca de dois terços da produção nacional da matéria-prima do aço.

PRODUÇÃO - A ArcelorMittal planeja expandir sua produção em cerca de 65% no próximo ano, com investimento de US$ 50 milhões na mina de Serra Azul, além dos US$ 75 milhões que estão sendo aplicados em uma nova planta na mina do Andrade, como lembrou o executivo. A meta da empresa é elevar a produção de ferro no Brasil para 7,1 milhões de toneladas em 2013, segundo revelou o executivo.
Mas em 2012 a extração deverá recuar, para 4,3 milhões, ante os 5,3 milhões de toneladas produzidos em 2011, com o declínio da produção antes da nova injeção de recursos para a empresa elevar o total produzido.

A companhia tem como meta produzir 75% das suas necessidades de minério de ferro a partir de minas próprias, chegando a uma produção da ordem de 100 milhões de toneladas. A produção global de minério da Arcelor soma 54 milhões de toneladas.
Além de Serra Azul, a companhia produz minério na mina do Andrade, próxima à sua usina siderúrgica em João de Monlevade. A planta é totalmente abastecida com minério próprio, e o excedente é vendido para a Usiminas.
A empresa também trabalha com outras alternativas ao porto, caso não seja bem-sucedida na disputa pela concessão. Avaliar outras alternativas portuárias, bem como a construção de mineroduto ou simplesmente redirecionar a produção para o mercado interno, foram opções mencionadas pelo executivo. "Não temos previsão de reduzir nossa produção", disse.

Segundo ele, não há problema de logística para levar o minério de Minas Gerais até o Rio, onde fica a área de concessão que será leiloada pela companhia Docas. A ferrovia MRS tem espaço suficiente para transportar o minério da Arcelor, disse o executivo. Para transportar o minério da mina até a ferrovia, a companhia estuda se construirá rodovia, pequena ferrovia ou um mineroduto. (Agência Reuters)


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MERCADO DE LUXO


Da redação - São Paulo / SP
Lamborghini e Boeing fazem parceria
O italiano esportivo lançado no final de 2011, Lamborghini LP700-4 Aventador, se uniu com a Boeing e integrou avançados materiais que são usados no  787 Dreamliner em um novo projeto. (LEIA na íntegra)




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