Edição 655 | Ano IV

Brasília / DF
Governo volta a agir para conter alta do real
 
O prazo da cobrança do IOF já tinha aumentado de 720 para três anos no início de março, depois que o Banco Central Europeu (BCE) começou a injetar bilhões de euros nos bancos europeus, aumentando a liquidez internacional. A nova medida cambial em tão pouco tempo sinaliza que o governo tem a expectativa de um fluxo de dólares ainda maior no País nas próximas semanas. O governo aumentou de três para até cinco anos o prazo mínimo para a isenção da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir de hoje. Toda operação de empréstimo externo liquidada com menos de cinco anos será tributada em 6%. O objetivo é conter a valorização do real. Esta é a quarta vez que o governo amplia esse prazo. A última foi em 1º de março, quando o prazo mínimo aumentou de 720 dias para três anos. O decreto foi publicado hoje no Diário Oficial da União.
A decisão do governo em ampliar o prazo não deve representar uma grande surpresa para o mercado, que tem trabalhado com a expectativa de novas medidas cambiais desde que o governo intensificou suas intervenções.
O prazo da cobrança do IOF já tinha aumentado de 720 para três anos no início de março, depois que o Banco Central Europeu (BCE) começou a injetar bilhões de euros nos bancos europeus, aumentando a liquidez internacional. A nova medida cambial em tão pouco tempo sinaliza que o governo tem a expectativa de um fluxo de dólares ainda maior no País nas próximas semanas. (Agência Estadão)


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP
RESUMO da Semana - de 5 a 9 de março de 2012
Confiança de Serviços registra queda no mês - Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas registra recuo de 3,2%, um resultado pior que o registrado em janeiro, quando a queda havia ficado em 1,0%, na mesma base de comparação.

Confiança da Construção recua no último trimestre - O Índice de Confiança da Construção (ICST) da Fundação Getulio Vargas recuou 8,4% no trimestre findo em fevereiro de 2012, na comparação com o mesmo período do ano passado, inferior à queda de -8,7% registrada em janeiro na mesma base de comparação.

IPC-C1 recua no mês - O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) do mês de fevereiro apresentou variação de 0,25%. Com este resultado, o indicador acumula alta de 5,36%, nos últimos 12 meses. Esta é a primeira divulgação com a nova estrutura de ponderação revisada pela FGV com base na POF realizada pelo IBGE entre 2008 e 2009.

Cai confiança do comércio - Na média do trimestre findo em fevereiro de 2012, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da FGV ficou 6,4% inferior ao do mesmo período do ano anterior, sinalizando piora em relação ao resultado de janeiro, quando, nas mesmas bases de comparação, a queda havia sido de 5,8%.

IGP-DI desacelera em fevereiro - O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,07%, em fevereiro, taxa inferior à registrada em janeiro, de 0,30%. Em 12 meses, o IGP-DI variou 3,38%. No ano, a variação foi de 0,37%. Os três componentes do IGP-DI apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de janeiro para fevereiro: IPA, de 0,01% para -0,03%, IPC, de 0,81% para 0,24%, e INCC, de 0,89% para 0,30%.

IPC-S avança na primeira semana de março - O IPC-S de 07 de março de 2012 apresentou variação de 0,41%, 0,17 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação.

IGP-M avança na primeira prévia do mês - O IGP-M registrou, no primeiro decêndio de março, taxa de variação de 0,23%. Em fevereiro, no mesmo período de apuração, a taxa foi de -0,10%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem do primeiro decêndio de fevereiro para o primeiro decêndio de março: IPA, de -0,36% para 0,21%, IPC, de 0,16% para 0,25%, e INCC, de 0,95% para 0,33%.

Em 2011, PIB cresce 2,7% e totaliza R$ 4,143 trilhões - No ano de 2011, em relação a 2010, o PIB aumentou 2,7%, fruto do crescimento de 2,5% no valor adicionado e 4,3% nos impostos. Nessa comparação, a agropecuária (3,9%), os serviços (2,7%) e a indústria (1,6%) cresceram. Assim, segundo as informações das Contas Nacionais Trimestrais, em 2011, o PIB em valores correntes alcançou R$ 4,143 trilhões. O PIB per capita ficou em R$ 21.252, apresentando uma alta de 1,8%, em volume, em relação a 2010. (Fonte: IBGE)

Indicadores Financeiros
Copom reduz a taxa Selic para 9,75% ao ano - Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic, em 0,75 p.p, para 9,75% a.a., sem viés, por cinco votos a dois. (Fonte: BC)

Agricultura
LSPA: Em fevereiro, IBGE prevê safra de grãos 1,5% menor que em 2011 - A segunda estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas é de 157,5 milhões de toneladas, 1,5% inferior à safra recorde obtida em 2011 (159,9 milhões de toneladas) e 0,8% menor que a informada em janeiro de 2012 (158,7 milhões de toneladas). A estimativa da área a ser colhida em 2012 é de 50,3 milhões de hectares, 3,4% maior que em 2011. (Fonte: IBGE)

Índice de Preços ao Consumidor
IPC da Fipe registra deflação na primeira quadrissemana de março - Na primeira quadrissemana de março de 2012, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apontou variação de -0,02% na cidade de São Paulo, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O índice apresenta uma queda menos acentuada em relação ao último resultado apurado (-0,07%). Nas sete classes de despesas que compõem o IPC da Fipe, os resultados apurados foram: Habitação (0,32%), Alimentação (-0,63%), Transportes (0,02%), Despesas Pessoais (-0,01%), Saúde (0,38%), Vestuário (-0,14%) e Educação (0,18%). (Fonte: Fipe)

IPCA de fevereiro fica em 0,45% - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de fevereiro apresentou resultado de 0,45%, abaixo da taxa de 0,56% registrada no mês de janeiro. O acumulado no ano ficou em 1,02%, abaixo da taxa de 1,64% relativa a igual período de 2011. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 5,84%, abaixo dos 6,22% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2011 a taxa havia ficado em 0,80%. (Fonte: IBGE)

INPC varia 0,39% em fevereiro - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,39% em fevereiro, abaixo do resultado de 0,51% de janeiro. Com isto, o acumulado do ano fechou em 0,90%, abaixo da taxa de 1,49% relativa a igual período de 2011. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 5,47%, abaixo dos doze meses imediatamente anteriores (5,63%). Em fevereiro de 2011 o INPC havia ficado em 0,54%. (Fonte: IBGE)

Doze cidades têm queda no preço da cesta básica - Ao contrário de janeiro quando apenas duas capitais apresentaram recuo nos preços dos produtos alimentícios essenciais, em fevereiro 12 das 17 cidades onde o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica tiveram queda no preço dos itens de primeira necessidade. As reduções mais expressivas foram apuradas em Florianópolis (-5,80%), Salvador (-4,52%) e Curitiba (-4,04%).Cinco localidades registraram aumento, o principal anotado em Natal (2,14%). (Fonte: Dieese)

Indústria
Produção de veículos avança 2,9% em fevereiro - A produção de automóveis registrou aumento de 2,9% na relação janeiro/fevereiro de 2012, atingindo a marca de 217,8 mil unidades fabricadas. Em fevereiro do ano passado foram produzidas 294,6 mil veículos, o que corresponde a uma queda de 26,0% numa comparação direta com o mês atual. Ainda em fevereiro do ano corrente, quantidade de licenciamentos encolheu 7,0% em relação ao mês anterior, alcançando 249,5 mil unidades documentadas. (Fonte: Anfavea)

Produção industrial cai 2,1% em janeiro - Em janeiro de 2012, a produção industrial registrou queda de 2,1%, em relação a dezembro de 2011, na série livre de influências sazonais, após apontar taxas ligeiramente positivas em novembro (0,1%) e em dezembro (0,5%). A queda atingiu 14 dos 27 ramos investigados. No confronto com janeiro de 2011, a atividade fabril apontou redução de 3,4%, quinto resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto.49,5 mil unidades documentadas. (Fonte: IBGE)


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)


HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas e Abertura das Européias:


Tóquio / Japão

Bolsas da Ásia caem diante de reunião do Fed esta semana
As bolsas asiáticas recuaram nesta segunda-feira, quando investidores interromperam as operações para analisar os efeitos dos números positivos do mercado de trabalho dos EUA, que reduziram expectativas de maior flexibilização monetária antes da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) esta semana.
- O índice que reúne as principais ações da Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 0,76% às 7h58 (horário de Brasília), depois de subir 1,3% na sexta-feira, acumulando uma alta de 12% no ano.
- O índice de Seul encerrou em baixa de 0,78%.
- O mercado em Hong Kong teve leve ganho de 0,23%.
- A bolsa de Taiwan tombou 1,1%.
- Enquanto o índice referencial de Xangai perdeu 0,19%.
- A Bolsa de Cingapura retrocedeu 0,03%.
- A Bolsa de Sydney fechou com desvalorização de 0,36%.
Análise - As ações indianas contrariaram a tendência e fecharam em alta de 0,65. Na sexta-feira, o governo reduziu o depósito compulsório antes e em nível maior que o esperado, aumentando as chances de corte de juros esta semana. O índice japonês Nikkei anulou os ganhos anteriores e fechou em queda de 0,4%, após ter atingido o maior nível em sete meses. O índice de referência já subiu 18% este ano."Os mercados devem se ajustar depois de terem subido tanto até agora e levado os preços para níveis que não seriam sustentáveis", disse Naohiro Niimura, sócio da empresa de consultoria Market Risk Advisory.

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MERCADO FINANCEIRO

Da redação - São Paulo / SP
Fundo DI se torna menos atrativo
Os juros básicos de 9,75% deixaram em situação delicada os fundos DI e de curto prazo que cobram taxa de administração acima de 1,5%.
Esses fundos agora rendem, na melhor das hipóteses, o mesmo ou menos do que a poupança em caso de resgate antes de seis meses, quando incide o Imposto de Renda de 22,5%. A poupança é isenta de impostos e tem ganho mínimo de 6,17% ao ano.
A situação deve piorar em abril se os juros descerem a 9%, como prevêem analistas.
Com a taxa básica nesse patamar, só conseguirão empatar com a poupança, em todos os prazos de aplicação, os fundos DI com taxa de administração de até 1%, normalmente abertos a quem aplica mais de R$ 50 mil.
Quem ainda tem fundo com taxa de administração acima de 1,5% deve negociar com o gerente a adesão a outros fundos e aplicações com custo menor (como CDB e Tesouro Direto). Também pode diversificar com um pouco de renda variável (ações).
Para elevar o rendimento da renda fixa, os gestores estudam colocar mais títulos de empresas privadas nos fundos, assumindo risco maior de calote. Esses fundos podem ter até 50% de papéis privados em sua carteira.
Outra opção é premiar com retorno maior o cotista que abrir mão do resgate diário. "Os fundos de investimento ficarão menos atraentes do que a poupança. Chegou o momento de o governo discutir como mexer no rendimento da poupança", disse Otto Nogami, do Insper.
"Render mais é um desafio do fundo DI que tem taxa acima de 1,5%. A gente vai precisar colocar algum tipo de risco, como crédito privado. A performance depende da capacidade do gestor de fazer a análise do melhor risco", diz Aquiles Mosca, estrategista do Santander.
"Nesses momentos de queda de juros, costumam surgir opções mirabolantes de renda fixa prometendo retornos altos. Mas é preciso saber que isso significa aumento de exposição ao risco", diz Alexandra Almawi, da Lerosa. (Agência Folha)


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AGROBUSINESS


Da redação - Brasília / DF
Mato Grosso é responsável por 22% da produção nacional
Em seguida, está o Paraná com 19,2%, com o Rio Grande do Sul com 13,4%. Estes três estados, somando-se as produções, representam 54,9% do total da produção nacional. Entre as grandes regiões, o volume total da produção tem a seguinte distribuição: região Centro-Oeste, 60,3 milhões de toneladas; Sul, 57,9 milhões de toneladas; Sudeste, 18,3 milhões de toneladas; Nordeste, 16,7 milhões de toneladas; e Norte, 4,3 milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, houve incrementos nas regiões Nordeste (13,2%), Sudeste (6,5%) e Centro-Oeste (7,7%), e decréscimos na região Norte (0,6%) e Sul (14,4%).
A segunda estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas é de 157,5 milhões de toneladas. Este montante é 1,5% inferior à safra recorde obtida em 2011 (159,9 milhões de toneladas) e 0,8% menor que a informada em janeiro deste ano (158,7 milhões de toneladas).
A estimativa da área a ser colhida em 2012 é de 50,3 milhões de hectares, 3,4% maior que em 2011. Soja, milho e arroz são as três principais culturas e representam juntas 90,7% da produção total, ocupando 83,1% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, tanto a produção de arroz como a de soja tiveram redução de 13,2% e 9,3%, respectivamente, enquanto o milho aumentou 12,8%.
Quanto à área a ser colhida, o arroz apresenta uma queda de 9,6%, o milho um acréscimo de 11,3% e a soja um aumento de 2,1%. A produção prevista para os produtos da safra de verão (algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho e soja) é de 119,5 milhões de toneladas, 6,6% menor que a registrada para esse conjunto em 2011 (127,9 milhões de toneladas).

Da redação - Belo Horizonte / MG
Aumenta o interesse pela produção de mamona em Minas
Minas Gerais pode registrar na safra 2012 uma produção de 11 mil toneladas de mamona, informa a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).  O aumento em relação à safra anterior será de 70,3% e deve ser atribuído ao esforço dos produtores, em sua maioria agricultores familiares, para melhorar o índice de produtividade, que alcançou a média de 2 toneladas por hectare.
A produtividade registrada é 126,1% maior que a do ano passado, observa Bruno Barros Ribeiro de Oliveira, superintendente de Desenvolvimento de Agropecuária e Silvicultura da Subsecretaria do Agronegócio. “Trata-se de um dado  considerável na comparação com a produtividade das plantações brasileiras de mamona, que é de 708 quilos por hectare. A produção prevista para o Brasil é de 105,0 mil toneladas, uma variação negativa de  25,6%”, explica.
De acordo com Oliveira, o interesse pela produção de mamona no Estado aumentou especialmente com a criação da usina de biocombustível da Petrobras em Montes Claros, na região Norte, que responde praticamente por toda a safra mineira.
Já o coordenador estadual de Culturas e Biocombustível da Emater-MG, Waldir Pascoal Filho, considera que mesmo que haja problemas climáticos, o desempenho das lavouras será superior ao do ano passado. “Ainda que ocorra uma queda na produtividade anunciada, o desenvolvimento das lavouras é inegável, a perspectiva de  absorção das safras pela indústria de biocombustível estimula os agricultores.” 
Recorde de grãos - O levantamento da Conab também mostra que a safra mineira de grãos 2011/2012, puxada pelo milho e a soja, deve alcançar 11,6 milhões de toneladas, um aumento de 9,3% em relação ao período anterior. Para o Brasil, a previsão é de 157,8 milhões de toneladas de grãos, uma variação negativa de 3,1%.
O milho segue com produção elevada em Minas, respondendo na nova estimativa por 63,7% da safra total de grãos do Estado. A previsão para este ano é de uma colheita recorde de 7,4 milhões de toneladas, volume que representa uma progressão de 13,6% em relação ao período anterior.
De acordo com avaliação da Seapa, o crescimento da produção de milho em Minas Gerais é consequência principalmente do aumento da demanda interna para utilização do produto na agricultura, suinocultura e bovinocultura. Além disso, os índices de preços alcançados pelo grão no mercado internacional, em 2011, estimularam os produtores a ampliar as áreas de cultivo, investir mais em tecnologia e adotar boas práticas nas lavouras.
A soja também continua com boas perspectivas. A produção estimada é de 3 milhões de toneladas, um volume 4,8% superior ao do ano passado. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais)


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SETOR AUTOMOTIVO


Wolfsburg / Alemanha
Volks prevê lucro operacional estável em 2012
A Volkswagen informou que espera que seu lucro operacional fique em 2012 no mesmo nível observado no ano passado, tendo em vista os custos mais altos de nova tecnologia, apesar do aumento das vendas de veículos e da receita. A montadora prevê, no entanto, que o lucro operacional deverá subir em 2013. O lucro operacional na principal divisão de carros de passageiros da Volkswagen aumentou para 3,8 bilhões de euros em 2011, de 2,17 bilhões de euros em 2010, tornando-se o segundo maior contribuinte para os resultados da montadora, após a unidade Audi AG. No início deste mês, a Audi reportou que seu lucro operacional subiu para 5,35 bilhões de euros em 2011, de 3,34 bilhões de euros em 2010. Em um comunicado separado, o executivo-chefe da Volkswagen, Martin Winterkorn, afirmou que todas as partes envolvidas estão trabalhando "em velocidade total" para integrar totalmente o negócio de carros esportivos da Porsche Automobil Holding à montadora. Ele disse, no entanto, que há "alguns obstáculos" e não deu mais detalhes sobre o prazo para um possível acordo. (Agência Dow Jones)

Da redação - São Paulo / SP

Audi anuncia sete novas tecnologias
A Audi acaba de divulgar uma lista com sete novas tecnologias que pretende implantar em seus carros. De acordo com a montadora alemã, uma das novidades é o projeto Garage Parking Pilot, através da qual o automóvel troca informações com o estacionamento e indica uma vaga livre.
Outra tecnologia recém-nascida é uma evolução do LED, denominada de OLED. Por meio dessa novidade milhares de luzes triangulares de OLED serão posicionadas no contorno do veículo, podendo transformar a traseira, por exemplo, em uma superfície animada.
Uma aposta da Audi é a utilização de materiais híbridos combinados com metais híbridos na estrutura dos carros, como a combinação de alumínio, aço e componentes reforçados com fibras. A Fiberglass Reinforced Plastic (FRP), que nada mais é além de molas reforçadas com fibra de vidro, tem a vantagem de ser 40% mais leve do que as molas convencionais – essa tecnologia poderá ser vista pela primeira vez no lançamento do Audi R8 e-tron. Com a onda dos tablets e telas sensíveis ao toque, a Audi também pensou em controles multitouch que permitem ao motorista, ao toque de um dedo, realizar operações avançadas. Para promover mais conforto ao piloto, uma alternativa de suspensão com o uso de sensores permite detectar imperfeições no asfalto, tais obstáculos são corrigidos automaticamente pelo sistema de suspensão, que se eleva ou rebaixa de acordo com a necessidade.
Além do foco da empresa em reduzir o peso dos veículos, utilizando a tecnologia do chassi feito em alumínio, a Audi também informou que está investindo no desenvolvimento dos veículos elétricos – os e-tron.


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SERVIÇOS e VAREJO


São Paulo / SP
Pernambucanas é processada por ‘trabalho escravo’
A rede Pernambucanas é alvo de um processo judicial por suposta exploração de mão de obra na cadeia produtiva, informou ontem o Ministério Público do Trabalho de São Paulo. A empresa foi investigada pela prática entre 2010 e 2011 e não concordou em assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo órgão para encerrar o caso. Essa é a primeira vez que uma investigação de trabalho análogo à escravidão no setor têxtil brasileiro segue para a Justiça.
O Ministério Público queria que a empresa aceitasse pagar uma multa de R$ 5 milhões e se comprometesse a assumir uma responsabilidade jurídica pela sua cadeia de fornecedores, afirmou a procuradora do Trabalho, Valdirene de Assis. "A Pernambucanas simplesmente não aceitou a responsabilidade que tem sobre a sua cadeia", disse. A informação da multa foi publicada ontem na coluna de Sonia Racy.
Desde julho de 2011, foram realizadas quatro audiências públicas entre o Ministério Público e a empresa para negociar os termos do TAC. Sem acordo, o órgão entrou com uma ação civil pública para tentar obrigar a empresa a se responsabilizar pelo cumprimento da lei trabalhista por seus fornecedores.
Procurada por meio de sua assessoria de imprensa, a Pernambucanas não quis se pronunciar sobre o caso.
Flagrante - Duas oficinas de costura que produziam roupas das marcas Argonaut e Vanguard, da rede Pernambucanas, foram flagradas entre agosto de 2010 e março de 2011 com trabalhadores em condições análogas à escravidão, a maioria deles imigrantes bolivianos.
Segundo o Ministério Público, eles estavam em locais inapropriados, cumpriam jornadas de até 16h por dia e recebiam entre R$ 0,20 e R$ 0,60 por peça costurada. A empresa recebeu 41 autos de infração, como servidão por dívida, jornada de trabalho excessiva e degradação do meio ambiente.
Outras redes de varejo, como Zara, C&A e Marisa já foram investigadas por trabalho análogo à escravidão na sua cadeia produtiva. Todas, porém, assinaram Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público.
O acordo mais recente, firmado com a Zara em dezembro de 2011, foi o primeiro a conseguir que uma varejista se comprometesse a pagar uma multa caso seus fornecedores fossem flagrados com trabalho escravo. Na ocasião, a exigência foi apontada pelo Ministério Público como uma tendência que deveria marcar os próximos acordos.
Como não há casos semelhantes na Justiça, o prazo e a sentença são imprevisíveis. O Ministério Público e a Pernambucanas podem firmar um acordo no Judiciário ou levar o caso a julgamento. Se a empresa for condenada, a punição determinada pelo juiz não necessariamente será nos termos propostos pelo Ministério Público. (Agência Estado)

Rio de Janeiro / RJ
Casino quer formar rede na América Latina
O empresário Abilio Diniz, presidente do conselho do Grupo Pão de Açúcar, tentou, mas não conseguiu uma reconciliação com Jean-Charles Naouri, presidente do sócio francês Casino.O grupo vai assumir o controle da maior varejista brasileira no dia 22 de junho, conforme foi acertado em 2005, dando início a uma reestruturação que prevê o agrupamento de todas as subsidiárias do Casino na América Latina. Além do Brasil, o grupo opera no Uruguai, na Argentina e na Colômbia.A "virada" prevê a permanência vitalícia de Abilio na presidência do conselho e confere a ele poder para escolher o presidente da companhia a partir de uma lista tríplice indicada pelo Casino. O acordo tem validade até 2045, mas poderá ser extinto caso um dos acionistas tenha sua participação reduzida a menos de 10% das ações com direito a voto. Isso deve ocorrer com o plano do Casino de fundir as subsidiárias latino-americanas. (Agência Folha)


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TI, WEB e e-COMMERCE

 

Da redação - São Paulo / SP
Lexmark adquire Brainware por US$ 148 milhões
A Lexmark International abre a carteira e paga cerca de US$ 148 milhões pela BDGB Enterprise, sediada em Luxemburgo, incluindo sua subsidiária nos Estados Unidos, a Brainware, companhia da Vista Equity Partners.
A Brainware passa a fazer parte da Perceptive Software, uma unidade de negócios da Lexmark. O diretor executivo da Brainware, Carl Mergele, se reportará diretamente a Scott Coons, presidente e CEO da Perceptive Software e vice-presidente da Lexmark.“Com a aquisição da Brainware, a Lexmark está se fortalecendo ainda mais, diferenciando seus serviços gerenciados de impressão que lideram a indústria e oferecendo soluções de ponta a ponta para processos de negócios”, disse Paul Rooke, presidente e CEO da Lexmark.  “A tecnologia inovadora para a captura inteligente de dados será atraente para nossos clientes no mundo todo”.A estratégia, segundo a Lexmark, está alinhada ao objetivo de distribuição de capital para realizar compras que suportem o crescimento da empresa, ao mesmo tempo em que geram um retorno, em média, mais de 50% do fluxo de caixa livre aos acionistas, por meio de dividendos trimestrais e recompra de ações.Nesse trimestre, a empresa assinou um acordo de recompra acelerada de ações para adquirir US$ 30 milhões de ações em circulação, e anunciou dividendo de US$0,25 por ação, que será pago em 16 de março de 2012 aos acionistas registrados até o dia 5 de março de 2012.


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TELECOM

São Paulo / SP
Telefônica anuncia plano de demissão voluntária para 1,5 mil funcionários
Como parte de seu processo de integração com a Vivo, a Telefônica anunciou na sexta-feira, dia 10/3, um plano de demissão voluntária para 1,5 mil pessoas, de um total de 20 mil funcionários. A partir da próxima quinta-feira, os serviços da empresa, como telefonia fixa, banda larga e TV paga, passarão a adotar a marca Vivo.  Cristiane do Nascimento, diretora do Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações (Sintetel), afirmou que a empresa planejava cortar um número ainda maior de funcionários. "Foi cogitado um corte de 2 mil pessoas", disse ela, que participou das negociações com a Telefônica. A Telefônica não comentou a decisão.
Apesar de a redução ser equivalente a 7,5% do pessoal, Cristina considerou que o plano de demissão voluntária, com o pacote de benefícios oferecidos pela Telefônica, foi um bom resultado para o acordo. "Muitos aposentados e pré-aposentados têm a intenção de sair", disse a diretora do Sintetel. "O mercado está aquecido, principalmente nas áreas técnicas. Algumas pessoas podem sair por terem uma oportunidade melhor."
A Telefônica está oferecendo, a quem aderir à demissão voluntária, meio salário-base por ano trabalhado; indenização mínima de um salário e máxima de 10 salários, independentemente do tempo do contrato de trabalho; seis meses de plano de saúde; serviço de apoio à transição de carreira; doação do celular funcional; e o não desconto dos valores do vale refeição ou alimentação no mês de desligamento.
Os interessados têm até a próxima quarta-feira para aderir ao plano. Ainda não está definido o que será feito se a adesão não alcançar os 1,5 mil postos que são a meta da Telefônica. "Se não acontecer, vamos ter de negociar e decidir depois", disse Cristiane.
A Telefônica vai analisar individualmente cada inscrição de funcionário ao plano, e pode decidir que não interessa a ela demiti-lo. "Se todo um setor resolver aderir, a Telefônica pode decidir manter alguns funcionários, para que o setor continue funcionando", afirmou a diretora do Sintetel.
Marca. A Telefônica comprou a participação da Portugal Telecom na Vivo em julho de 2010. Nos últimos meses, a empresa vem integrando as operações e, na próxima quinta, passará a adotar a marca Vivo para todos os seus produtos.
Esse movimento foi feito há alguns anos pela Oi, que se chamava Telemar. Na semana passada, a Embratel também anunciou que passará a usar a marca Claro para seus serviços ao consumidor, como telefonia fixa e TV paga. A Embratel e a Claro pertencem à América Móvil, do bilionário mexicano Carlos Slim. A Embratel também assumiu, esta semana, o controle da Net, mas não fez anúncio sobre a marca.
A unificação da marca facilita a oferta de pacotes integrados com telefonia fixa e móvel, banda larga e televisão. No caso da Vivo e da Oi, a marca dos serviços móveis tem uma imagem melhor perante os consumidores do que a fixa. Em outros países, a Telefônica também passou a usar a marca móvel nos serviços fixos. Na Espanha e nos países latino-americanos de língua espanhola, a marca é Movistar. Em outros países da Europa, a marca é O2. Telefônica passa a ser somente o nome institucional do grupo.
A Telefônica passa por um processo de reestruturação de suas gerências. No mês passado, a empresa já havia mudado suas diretorias. (Agência Estado)

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TURISMO e GASTRONOMIA

Londres / Inglaterra
Gastos mundiais com turismo terão aumento de 2,8% em 2012
O volume de negócios que o turismo gerará neste ano terá um aumento de 2,8%, levemente superior ao da economia mundial (2,5%), segundo o Conselho Mundial de Viagem e Turismo (WTTC), que destaca perspectivas sombrias no Oriente Médio e na Europa, enquanto a África do Norte se recupera progressivamente. "O crescimento dos gastos dos turistas será levemente superior ao da economia", que deve ficar situado nos 2,5%, disse o WTTC, em suas previsões publicadas por ocasião do Salão do Turismo, que é realizado em Berlim. A Ásia registrará o maior crescimento, com 6,7%, graças às maiores rendas da população da China e da Índia, que se traduz pelo aumento do turismo interno.
O organismo prevê a recuperação total do mercado japonês, que foi prejudicado pela catástrofe de Fukushima, no primeiro semestre deste ano, o que permitirá recuperar o mesmo nível de rendas que tinha em 2010.
A África do Norte mostra sinais de recuperação depois de um 2011 marcado pelas revoluções na Tunísia, Egito e Líbia, que espantaram o turismo.
A Síria, segundo destino mais importante no Oriente Médio depois da Arábia Saudita, verá seus rendimentos caírem mais de 20%, prevê o organismo, e a região inteira vai sofrer pelas "revoltas e a violência em alguns países".
Na Europa, as perspectivas são bastante sombrias, com uma queda esperada de 0,3% na União Europeia devido às medidas de austeridade adotadas em vários países, e um crescimento de 0,3% para o continente em seu conjunto, sustentado pela Rússia e Polônia. No total, o turismo deverá contribuir para a economia mundial com US$ 2 trilhões este ano (frente ao US$ 1,9 trilhão de 2011) e superar pela primeira vez os 100 milhões de empregados no setor, segundo o WTTC. (Agence France Presse / AFP)


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MERCADO DE LUXO


Da redação - São Paulo / SP

Coleção Nectar by Renato Guelfi
Quando faltam palavras, sobram inspirações. E em um desses momentos de latente criação, Renato Guelfi transformou o indizível em uma joia única, que abusa das formas e do poder do ouro amarelo. (LEIA na íntegra)





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