Edição 619 | Ano IV

Londres / Inglaterra
Brasil supera Reino Unido e se torna 6ª maior economia
O Brasil deve superar o Reino Unido e se tornar a sexta maior economia do mundo ao fim de 2011, segundo projeções do Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (CEBR, na sigla em inglês) publicadas na imprensa britânica hoje, dia 26/12. Segundo a consultoria britânica especializada em análises econômicas, a queda do Reino Unido no ranking das maiores economias continuará nos próximos anos com Rússia e Índia empurrando o país para a oitava posição. O jornal "The Guardian" atribui a perda de posição à crise bancária de 2008 e à crise econômica que persiste em contraste com o boom vivido no Brasil na rabeira das exportações para a China.
O "Daily Mail", outro jornal que destaca o assunto nesta segunda-feira, diz que o Reino Unido foi "deposta" pelo Brasil de seu lugar de sexta maior economia do mundo, atrás dos Estados Unidos, da China, do Japão, da Alemanha e da França. Segundo o tabloide britânico, o Brasil, cuja imagem está mais frequentemente associada ao "futebol e às favelas sujas e pobres, está se tornando rapidamente uma das locomotivas da economia global" com seus vastos estoques de recursos naturais e classe média em ascensão.
Um artigo que acompanha a reportagem do Daily Mail, ilustrado com a foto de uma mulher fantasiada sambando no Carnaval, lembra que o Império Britânico esteve por trás da construção de boa parte da infraestrutura da América Latina e que, em vez de ver o declínio em relação ao Brasil como um baque ao prestígio britânico, a mudança deve ser vista como uma oportunidade de restabelecer laços históricos. "O Brasil não deve ser considerado um competidor por hegemonia global, mas um vasto mercado para ser explorado", conclui o artigo intitulado "Esqueça a União Europeia... aqui é onde o futuro realmente está".
A perda da posição para o Brasil é relativizada pelo "Guardian", que menciona uma outra mudança no sobe-e-desce do ranking que pode servir de consolo aos britânicos. "A única compensação é que a França vai cair em velocidade maior". De acordo com o jornal, Sarkozy ainda se gaba da quinta posição da economia francesa, mas, até 2020, ela deve cair para a nona posição, atrás do tradicional rival Reino Unido. O enfoque na rivalidade com a França, por exemplo, foi a escolha da reportagem do site This is Money intitulada: "Economia britânica deve superar francesa em cinco anos". (Agência BBC)


São Paulo / SP
Empresas brasileiras agora investem na aquisição de estrangeiras no País
Favorecidas pela crise global, as empresas brasileiras não só estão se internacionalizando, mas também começaram a avançar sobre as estrangeiras no País. Estudo inédito feito pela Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização (Sobeet) revela que as companhias brasileiras desembolsaram US$ 27,5 bilhões desde 2008 até novembro deste ano para comprar ativos de empresas estrangeiras no Brasil. A cifra é um pouco menor do que a que foi gasta com a internacionalização das companhias brasileiras no mesmo período para comprar ativos no exterior (US$ 32,6 bilhões). No entanto, o resultado é importante porque sinaliza uma nova tendência, de acordo com o estudo feito com base em 850 fusões e aquisições.
Os negócios envolveram empresas brasileiras como compradoras, vendedoras ou alvo. Neste último caso, o Brasil não é nem comprador nem vendedor, mas sedia o ativo que é objeto da negociação. "O resultado foi surpreendente. Superou o que eu imaginava", afirma o vice-presidente da Sobeet, Reynaldo Passanezi, economista responsável pelo estudo. Ele observa que, anteriormente, o que se via apenas era o movimento de internacionalização das multinacionais brasileiras.
A crise - "Comecei a observar e constatei que as empresas brasileiras estavam não só indo às compras no exterior, mas também adquirindo estrangeiros no Brasil, num claro sinal de fortalecimento da sua situação financeira", diz o economista. Na opinião dele, o que desencadeou esse movimento de compra pelas brasileiras de ativos das estrangeiras foi a crise nos países de origem dessas companhias.
Tanto é que os dados do estudo mostram que houve uma grande concentração de negócios em 2010 e 2011, até novembro. Nesses dois anos, ocorreram cerca de 60% dessas transações, considerando-se os valores envolvidos. "Acredito que essa tendência continue não só enquanto a crise persistir. Isso porque há interesse das estrangeiras de ‘consertar’ as matrizes, investindo mais recursos em seus países de origem."
Outro dado do estudo que reforça esse movimento é o que mostra que as principais regiões vendedoras de ativos foram aquelas mais atingidas pela crise econômica atual. Entre compra e venda nesse período de quatro anos, as empresas americanas desinvestiram US$ 17 bilhões em transações envolvendo empresas brasileiras. Também Portugal e Espanha, juntos, venderam US$ 6,7 bilhões de ativos. Já o saldo líquido das empresas brasileiras foi positivo em US$ 13,6 bilhões, isto é, elas mais compraram do que venderam.
O principal comprador estrangeiro de empresas brasileiras agora é a Ásia, basicamente China e Japão, com foco em empresas voltadas para recursos naturais, como petróleo e minério de ferro. Juntos, esses países adquiriram US$ 23,6 bilhões de ativos a mais do que venderam em 4 anos, superando em US$ 10 bilhões o saldo das empresas brasileiras no mesmo período.
Liquidez - Uma combinação de fatores, na análise de Passanezi, contribui para que os ativos no Brasil sejam rapidamente vendidos. Além do grande potencial do mercado local, é fácil vender ativos aqui em razão da estabilidade econômica e da segurança jurídica. O fato também de as empresas brasileiras terem hoje capacidade de buscar recursos no mercado interno e externo a custo praticamente equivalente ou até menor do que empresas estrangeiras dá mais capacidade a essas companhias de irem às compras. O economista destaca que esse movimento constatado pelo estudo não é uma nacionalização das empresas estrangeiras, pois a tendência de internacionalização continua. Na época das privatizações, na década de 90, lembra o economista, só tinha venda de empresas brasileiras e os estrangeiros eram os grandes compradores. "Agora é um movimento mais equilibrado", diz o economista. (Agência Estado)

São Paulo / SP
Infraero favorece irmão de Berlusconi
Uma empresa ligada ao irmão mais novo do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que oferece seguro e serviço de proteção de bagagens em aeroportos, tem sido alvo de favorecimentos por parte da Infraero. A TrueStar teve contratos de locação no aeroporto internacional de Guarulhos renovados sem licitação, como determina a lei. Sobre a denúncia, a Infraero informou, por meio de nota, que a auditoria interna que está sendo realizada para apurar as denúncias de irregularidade deve ser concluída somente no fim de fevereiro. (Agência FolhaNews)


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São Paulo / SP

INCC desacelera no mês
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou, em dezembro, taxa de variação de 0,35%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,50%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,23%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,27%. No índice referente a Mão de Obra, registrou-se variação de 0,47%. No mês de novembro, a taxa foi de 0,73%.
Materiais, Equipamentos e Serviços - No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, o índice correspondente a Materiais e Equipamentos registrou variação de 0,18%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,26%. Dois dos quatro subgrupos componentes apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: materiais para estrutura (0,22% para 0,05%) e equipamentos para transporte de pessoas (0,93% para 0,10%). A parcela relativa a Serviços passou de uma taxa de 0,30%, em novembro, para 0,39%, em dezembro. Neste grupo, vale destacar a aceleração do subgrupo serviços técnicos, cuja taxa passou de 0,32% para 1,07%.
Mão de obra - O grupo Mão de Obra registrou variação de 0,47%, em dezembro. No mês passado, a taxa havia sido de 0,73%. Em Recife, a taxa, que havia se elevado para 6,94%, em novembro, por conta de reajustes salariais ocorridos em função da data base, recuou para 5,12%, em dezembro. A taxa de variação de Brasília passou de 3,75% para 1,97%, com o fim do efeito do reajuste adicional previsto no acordo coletivo.
Capitais - Quatro capitais tiveram desaceleração: Salvador, Brasília, Recife e Porto Alegre. Em sentido oposto, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo tiveram aceleração.


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas: e Abertura das Européias:

Tóquio / Japão
Bolsas de Japão e Índia sobem, com volumes baixos
As Bolsas de Valores do Japão e da Índia se destacaram do resto dos mercados asiáticos e fecharam em alta os pregões de hoje, dia 26/12, com a confiança do investidor impulsionada em parte por sinais de recuperação na economia dos Estados Unidos, embora o volume de negócios tenha sido limitado, com muitas praças fechadas para feriados de Natal.
- Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 1%, superando a média móvel de 25 dias. - Na Índia, o índice principal BSE avançou 1,15%, com investidores buscando barganhas.
- Já o índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão recuava 0,07%, saindo da máxima em duas semanas atingida mais cedo no pregão.
- As Bolsas dos EUA, da Europa e de alguns mercados asiáticos, como Hong Kong, Cingapura e Sydney, estão fechadas nesta segunda-feira.
- Em Nova Iorque, as bolsas fecharam em alta na sexta-feira, com o índice Dow Jones atingindo o maior patamar dos últimos cinco meses.
"O Nikkei está oscilando de acordo com Nova York. Os ganhos nos EUA e na Europa deram um sentido de alívio aos mercados", disse Hajime Nakajima, operador da Cosmo Securities em Osaka, Japão.
- O índice de Seul encerrou em baixa de 0,56 por cento. 
- A bolsa de Taiwan perdeu 0,26%.
- Enquanto o índice referencial de Xangai declinou 0,67%.


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MERCADO FINANCEIRO


Brasília / DF
Decreto eleva aumento do capital do BNDES em R$ 400 milhões
Decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União de hoje, dia 26/12, de número 7.653, autoriza o aumento do capital social do BNDES e da Caixa Econômica Federal. Para o BNDES, foi autorizado o aumento de capital social de até R$ 400 milhões, sem emissão de ações, mediante a transferência de até 16.103.059 ações ON (ordinária, com direito a voto) da Petrobras, excedentes à manutenção do controle acionário da União. A Caixa poderá ter o capital social elevado em até R$ 500 milhões, também mediante a transferência de até 20.128.824 ações ON da Petrobras excedentes à manutenção do controle acionário da União.
Segundo o decreto, as capitalizações serão efetivadas após aprovação do conselho de administração e pronunciamento do conselho fiscal das respectivas instituições financeiras. Depois, caberá à presidente Dilma Rousseff autorizar a alienação das ações ordinárias de emissão da Petrobras. O decreto esclarece ainda que "previamente à alienação das ações ordinárias do capital da Petrobras, deverão o BNDES e a Caixa oferecê-las, prioritariamente à União".
A União, por meio do ministério da Fazenda, terá então prazo de 30 dias, contado do recebimento da proposta para se manifestar. Segundo o decreto, "caso decida pela compra, a aquisição, pela União, das ações ofertadas, com o respectivo pagamento do preço, à vista, deverá ser realizada no prazo máximo de 10 dias úteis seguintes à data da manifestação do ministro da Fazenda". (Agência Estado)

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INDÚSTRIA


Coreia do Sul/Seul e Tóquio/Japão

Samsung comprará fatia da Sony em parceria de LCD
A Samsung Electronics anunciou hoje, dia 26/12, que seu conselho de administração aprovou um plano para comprar a participação total da Sony na joint-venture que ambas possuem no segmento de LCD por 1,08 trilhões de wons (US$ 938,97 milhões). A Sony detém cerca de 50% da joint-venture S-LCD, formada em abril de 2004 para garantir estabilidade no fornecimento do componente. A companhia informou que a venda implicará em perdas por imparidade de aproximadamente 66 bilhões de iens (US$ 845 milhões) no trimestre de outubro a dezembro. A empresa também espera que a transação resulte em economias anuais de 50 bilhões de iens. A Sony afirmou em comunicado que está revisando suas previsões para o ano fiscal até março para refletir esta operação, entre outros fatores. (Agência Reuters)


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AGROBUSINESS


Da redação – Brasília / DF

Funcafé libera mais R$ 294,5 milhões para produtores
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), liberou mais R$ 294,5 milhões para a cafeicultura no período de 1º. a 21 de dezembro deste ano. O dinheiro deve ser aplicado na contratação de linhas de crédito para custeio (R$ 129,4 millhões), estocagem (R$ 6 milhões), financiamento para aquisição de café (R$ 124,1 milhões) e para recomposição de dívidas (R$ 35 milhões).
O valor consolidado das liberações do Funcafé até esta data foi de R$ 1,7 bilhão. O restante deverá ser disponibilizado aos agentes financeiros até o primeiro semestre de 2012. As contratações para financiamentos de estocagem vão até 31 de janeiro, e de custeio, até 31 de julho de 2012.
O Funcafé repassa os recursos de acordo com as regras do Conselho Monetário Nacional (CMN). O Fundo é administrado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com recursos destinados ao financiamento do custeio, estocagem, comercialização e aquisição de café e recuperação de cafezais danificados, entre outras linhas. Os recursos também são direcionados à promoção do café brasileiro nos mercados interno e externo e para apoiar eventos do setor. (Fonte: Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento )


Da redação  - Curitiba / PR

Produção de uva deve crescer 75% em Ponta Grossa/PR

Os produtores de uva de Ponta Grossa devem colher neste ano cerca de 140 toneladas da fruta, num aumento de 75% em relação à safra anterior, quando atingiu 80 toneladas. Diferentemente do ano passado, os vinicultores de Ponta Grossa comemoram os bons resultados obtidos nesta safra. O clima propício resultou até agora em uvas de melhor qualidade e em grande quantidade. A expectativa é que a produção local atinja 140 toneladas neste ano, num aumento de 75% com relação à safra anterior, quando totalizou aproximadamente 80 toneladas. Na propriedade do vinicultor Sérgio Sozim as expectativas são boas, devendo chegar a 80 toneladas da fruta. No ano passado, a colheita em suas videiras ficou em torno de 40 toneladas, bem abaixo da safra anterior, de cerca de 80 toneladas. A colheita da uva começou na última sexta-feira e deve se estender até o dia 10 de fevereiro, dependendo da intensidade das vendas e das condições climáticas. “O ideal é que neste período o clima seja seco”,diz Sozim.


Da redação – Porto Alegre / RS
Produtores de trigo estocam e preferem aguardar preço melhor
Em Cruz Alta, no noroeste gaúcho, os armazéns estão lotados. A Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS estima que este ano tenham sido produzidas 200 mil toneladas de trigo a mais que no ano passado. “Nós colhemos ao redor de 2,5 milhões de toneladas. Um milhão é para consumo interno e um 1,5 milhão nós precisamos escoar. Neste momento, o mercado está totalmente parado”, explica o cerealist Victor Marasca.
Em uma empresa foram vendidas apenas 76 mil toneladas das mais de 300 mil recebidas. O motivo é o baixo preço ofertado pelos moinhos, inferior ao mínimo estipulado pelo governo. A preocupação é que o cereal seja vendido até o início da colheita da soja e do milho, para não faltar espaço para armazenagem. Para que esse problema seja solucionado, o setor quer ajuda do governo.
O PEP, Prêmio Para Escoamento de Produto, funciona assim: quando o preço de mercado está muito baixo, o governo faz leilões e dá um bônus para quem adquirir o produto pagando o preço mínimo. No caso do trigo, os agricultores receberiam entre R$ 19 e R$ 30 pela saca de 60 quilos, dependendo da qualidade do grão. Segundo a CONAB, durante todo o ano foram realizados apenas três leilões. Para o começo do ano que vem estão previstos mais cinco leilões, que devem ocorrer até fevereiro.
O produtor Alceu Bandeira resolveu segurar o produto na fazenda à espera de preços melhores. Ele tem 810 toneladas armazenadas em três silos móveis. O custo do investimento é de R$ 0,40 por saca, mesmo assim, ele acredita que vale a pena e deve esperar até junho para escoar o produto. O Rio Grande do Sul e o Paraná são os maiores produtores brasileiros de trigo.


Da redação - Curitiba / PR
Seca atinge dois terços das lavouras no PR
Escassas e irregulares, as precipitações são consideradas insuficientes nas regiões Sudoeste, Oeste, Noroeste, Centro-Oeste, Norte e Norte Pioneiro. Só nos Campos Gerais e no Sul o problema é menos grave. Há fazendas que estão há 30 dias sem chuva em municípios do Sudoeste e do Oeste.
Milho e soja - A agrônoma Margorete Demarchi, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura, avalia que 62% do milho e 44% da soja – em floração e frutificação – estão suscetíveis a perdas climáticas. A seca é considerada manifestação do La Niña.
Perdas - “Se não chover dentro de uma semana, teremos uma forte perda na colheita”, disse o agricultor Ademir Casarotto, de Maringá (Noroeste). O solo arenoso da região fica seco em poucos dias, o que agrava a situação. O potencial de recuperação das plantas será testado a partir desta semana. A previsão é que o tempo fique nublado com pancadas de chuva nas regiões secas.
Prejudicada - Maringá está entre as regiões mais prejudicadas, afirma o técnico do Deral Marcelo Garrido. Nessas regiões, as lavouras receberam 10% da umidade esperada para dezembro, relata. “Quantidades muito pequenas de chuva não recuperam a umidade do solo.”
Oeste - O gerente do Departamento Agronômico da cooperativa C. Vale, Ronaldo Vendrame, afirma que a má distribuição das chuvas castiga a região de Palotina (Oeste). “Temos lavouras há mais de 30 dias sem chuva e outras, bem próximas, que receberam 30 milímetros nos últimos dias.”
Última safra - A última safra em que o Paraná enfrentou quebra na produção agrícola por causa do La Niña foi a de 2005/06. As perdas foram de 4,13 milhões de toneladas de grãos (58% soja), conforme as estatísticas do Deral. A produção de soja teve redução estimada em 20%, a de milho em 18% e a de feijão em 14%. O La Niña de 2005/06 foi considerado forte. O fenômeno se repetiu na safra passada, com intensidade moderada, sem provocar perdas no verão, o que foi considerado uma exceção. Desta vez, a intensidade também é moderada e as previsões são de chuvas escassas e irregulares para o Sul do país para dezembro e janeiro.

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SERVIÇOS e VAREJO


Da redação – São Paulo / SP
Inbrands fecha compra da grife Mandi por R$ 40 milhões
A holding de moda Inbrands firmou acordo para adquirir 100% da Mandi Holding Participações, dona das marcas Mandi, Los Dos e Mandi&Co. O negócio, que inclui ainda o direito de exploração da grife americana Juicy Couture, foi avaliado em R$ 40 milhões, excluindo dívida líquida da Mandi. Com 33 lojas, a empresa é controlada pelo empresário Alexandre Brett. Do valor total da operação, metade será paga em dinheiro e os R$ 20 milhões restantes por meio de aumento de capital da Inbrands. Será feita uma emissão de 2.862.528 novas ações ordinárias, que vão representar cerca de 3% do capital social da companhia. Fundada por ex-sócios do Banco Pactual, liderados pelo banqueiro Gilberto Sayão, a InBrands nasceu em 2008, com a ambição de consolidar o pulverizado setor de moda brasileiro. Hoje, o grupo tem mais de 15 marcas, entre elas Ellus e Alexandre Herchcovitch. A rede de distribuição dos produtos conta com 129 lojas próprias e aproximadamente 2 mil clientes franqueados

 

Da redação – São Paulo / SP
memove abre quarta loja no mercado paulista
A holding VGB – Valdac Global Brands, que detém as marcas Siberian e Crawford, inaugurou no Mooca Plaza Shopping, em São Paulo, a quarta loja da marca memove. A marca também está presente nos shoppings Tamboré, Parque D. Pedro Shopping (Campinas/SP) e Boulevard Tatuapé. A marca memove adota, em toda a sua cadeia produtiva, a tecnologia de RFID, que possibilita redução de custos e agilidade nas operações de movimentação e controle de produtos. Para otimizar o tempo durante sua visita à memove, o cliente também tem à disposição o sistema de caixa assistido (fast check-out): um caixa expresso para pagamento com cartão de débito ou crédito, que lê a distância o preço das roupas.


Da redação – São Paulo / SP
Akron investe em acessórios para pets
O mercado pet anda rendendo muitos comentários quando o assunto é acessório para o bichinho de estimação que já virou membro da família. Colar de cristais custando três dígitos, massagem e ofurô a preço de serviço para humano e componentes cada vez mais luxuosos para os que têm quatro patas. Em meio a tudo isso, a Akron, distribuidora das rações Royal Canin, decidiu dedicar-se aos acessórios pet correndo atrás de um filão escondido nas classes A e B. A empresa traz ao Brasil neste mês a marca italiana Ferplast, com um portfólio de cerca de 70 itens, de caixas para transporte dos bichos a comedouros e aquários. A expectativa é chegar a pelo menos 60% dos pet shops do Brasil - e aos 4,4 mil de São Paulo. A Ferplast chega ao país por meio de um braço da Akron que é uma trading para o segmento pet. A ideia é trazer outras marcas europeias nos próximos anos. A marca tem comedouros de R$ 12, guias retráteis de R$ 30, até casas para cachorro de R$ 80.


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TI, WEB e e-COMMERCE


Da redação – São Paulo / SP

Retenção de talentos é desafio das companhias em 2012
A retenção de pessoal de TI é considerada por analistas do setor um dos maiores desafios dos CIOs em 2012. Três tendências estão trazendo o assunto à tona:
1 - A contratação de mão de obra em TI está em ascensão e a concorrência é alta, tentando profissionais com salários elevados e oportunidades de crescimento na companhia.
2 -  Os profissionais mudam de emprego com frequência, com média de um ano ou dois em uma posição antes de buscar nova oportunidade.
3 - Os Baby Boomers estão próximos da aposentadoria.
"Rotatividade de pessoal de TI é provavelmente o meu problema mais importante e tem sido assim nos últimos 12 a 15 meses", diz Louis Trebino, CIO e vice-presidente sênior da Fox Harry Agency (HFA), provedor de direitos serviços de licenciamento, gestão e royalties para a indústria da música baseado em Nova York.
Trebino diz que tem uma equipe leal de desenvolvedores trabalhando em aplicativos que estão na empresa de cinco a 15 anos. Mas ele está presenciando um turnover significativo de desenvolvedores Java, que ficam na companhia por um ano ou menos. O volume de negócios na equipe de desenvolvimento web está tornando mais difícil para a HFA mudar seu modelo de negócios já que a indústria da música migra cada vez mais para o universo on-line. "Sem contar com pessoal experiente, o tempo de entrega aumenta", reflete Trebino. "Isso nos coloca em posição muito desconfortável para ter esse tipo de volume de negócios porque o conhecimento continua caminhando para fora da companhia. Investimos em treinamento de pessoas e com o boom do mercado elas se foram. Essa tem sido minha maior luta e preocupação”, afirma o executivo.
Em 2010, a rotatividade do pessoal de TI em todo o mundo era de apenas 3%. Em 2011 saltou para 5% de acordo com o instituto de pesquisas Gartner. Lily Mok, vice-presidente de pesquisa do Gartner, diz que os CIOs precisam avaliar seus funcionários e descobrir o que é fundamental para o sucesso do departamento de TI e assegurar que as pessoas se sintam valorizadas. "Você precisa saber quem está saindo e por que eles estão deixando a empresa", aconselha Lily. "Mesmo se a companhia tiver volume de negócios de 1%, que pode ser demais se esses 1% estão em papéis críticos e têm habilidades críticas."
Oportunidades de emprego para profissionais de TI devem continuar em alta em 2012, levando mais funcionários-chave a deixar a empresa. “Não esperamos uma desaceleração. A taxa de desemprego em tecnologia é de 4,1%, por isso é um clima muito bom para a TI”, afirma Alice Hill, diretor-gerente do Dice.com, site de empregos.
Uma pesquisa realizada em dezembro pelo Dice.com com 1,2 mil gerentes de TI dos Estados Unidos identificou que 65% dos entrevistados vão contratar profissionais de TI no primeiro semestre de 2012. Um número significativo (27%) planeja ampliar a força de trabalho na área em mais de 20%. A maioria dos empregadores procura profissionais de TI com seis a dez anos de experiência, seguidos por trabalhadores com dois a cinco anos de experiência. A alta procura está causando falta de mão de obra em muitos locais, aponta a Dice.com. A demanda supera a oferta também para profissionais com habilidades e experiência em virtualização de aplicativos móveis, desenvolvimento e computação em nuvem.
A escassez de profissionais de TI vai piorar a medida que os baby boomers se aposentam, especialmente no setor de governo. Lily recomenda que os CIOs criem um plano de força de trabalho de dois ou três anos, incluindo profissionais para as funções mais críticas e os riscos para a organização se essas pessoas deixarem a companhia. Ela diz que os CIOs devem fazer um esforço para que os Baby Boomers transfiram seus conhecimentos para os mais jovens antes que se aposentem.
Com sinais de recessão mundial, nem tudo está perdido para os CIOs com orçamentos de TI limitados para 2012 e ainda assim querem manter ou contratar pessoal. Estudos apontam que os profissionais de TI estão dispostos a aceitar corte salarial com horário flexível, incluindo trabalhar remotamente. "Existem oportunidades em torno de retenção quando você oferece um ambiente de trabalho mais moderno", diz Lily. "Webcans não são caras. É possível criar uma força de trabalho virtual e dar às pessoas um ou dois dias por semana para trabalhar em casa”, afirma a analista.


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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA


Brasília / DF

Governo adia para 2012 quase R$ 50 bilhões de investimentos em infraestrutura
Inoperância, falha em projetos, contenção de gastos, falta de atratividade ao setor privado. Independente do argumento, o fato é que o governo jogou para 2012 quase R$ 50 bilhões em investimentos que deveriam começar a deslanchar este ano. A implantação do trem-bala, orçado em R$ 33 bilhões, é um exemplo. O adiamento de projetos, porém, é generalizado entre as mais diversas áreas de infraestrutura, a exemplo dos leilões de aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília, a concessão de rodovias, como a BR-101, no Espírito Santo, além de hidrelétricas, como a usina de São Manoel.
Depois de três tentativas frustradas, o governo mudou o modelo do leilão do trem-bala entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Em vez de licitar tudo junto - operador /tecnologia e obras civis -, o processo de concorrência ocorrerá de forma separada e independente. Quando o projeto foi lançado no governo do ex-presidente Lula, falava-se que a obra estaria pronta para a Copa do Mundo de 2014. Depois, foi postergada para os Jogos Olímpicos de 2016. O cronograma, porém, foi estendido consideravelmente. A previsão é que o edital seja lançado até 10 de março e o leilão ocorra em 10 de setembro. As obras só devem se iniciar em 2014 e ser concluídas em 2019.
O efeito do atraso nos eventos esportivos que ocorrerão no País nos próximos anos é marginal, disse ao Estado o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo. "O impacto do projeto no evento e do evento no projeto é marginal. Essa é uma obra para o País." A dificuldade de fazer o leilão no sistema anterior, diz Figueiredo, é que as grandes empreiteiras, em vez de competirem entre si, se juntaram em um único bloco, dificultando a formação de consórcios. "Agora vamos colocá-las para brigar. É melhor tê-las separadas do que juntas."
Hidrelétricas. Por considerar uma "obra para o futuro", Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), não vê tantos prejuízos para o País decorrentes do atraso do trem-bala. Ele chama a atenção, porém, para as consequências de postergação de leilões de hidrelétricas. "O que dá prejuízo para o País é não viabilizar hidrelétricas. Isso nos leva a uma situação preocupante, pois além de não aproveitar potencial hidráulico, que é raro no mundo, tem efeito direto na economia."
O principal problema no Brasil, na visão de Godoy, é a lacuna entre a decisão de investir e sua realização. "O fato é que no Brasil o processo ainda é muito longo entre a decisão de investimento e sua realização." Ele defende que o País precisa de "projetos de gaveta" para ter um processo contínuo de investimento.
Bruno Batista, diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), faz duras críticas à gestão de investimentos. "O governo não contrata bem, há muitos problemas nos contratos e o País, às vezes, acaba pagando pelo mesmo serviço." O Ministério do Planejamento disse, em nota, que eventuais atrasos são "processos normais na elaboração de novos modelos de concessão". (Agência Estado)


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TELECOM


Da redação – São Paulo / SP

3G dá um salto no Brasil e cresce 130% em 2011
A banda larga móvel deu um salto no Brasil em 2011 e registrou crescimento de 130%. De acordo com a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), o País tinha até novembro 38,9 milhões de assinantes de 3G, sendo que 19,4 milhões aderiram ao serviço este ano. Dessa base total 7,6 milhões acessam 3G via modem e 31,3 milhões por celular. Entre os fatores para o crescimento do serviço estão a ampliação das redes e a redução dos preços dos smartphones. Somando com 3G, a banda larga no Brasil ultrapassou 55 milhões de acessos em novembro, com um crescimento de 68% nos últimos 12 meses. Desse total, 16,5 milhões são usuários da internet fixa e os 38,9 milhões restantes da web móvel. Segundo a Telebrasil, 22,4 milhões de novos assinantes contrataram banda larga em 2011, somando os serviços fixos e móveis. A expectativa das teles e do governo federal é que o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) ajude a impulsionar essa oferta em 2012 no Brasil. Já os usuários esperam planos a preços mais acessíveis e conexões de qualidade.


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MERCADO DE LUXO


Da redação – São Paulo / SP
Gresso lança celular de ouro com pedras preciosas
A Gresso lançou em edição limitada um celular exclusivo, o premier Avant Garde. Sem altas tecnologias, mas com um designe elegante e discreto, a novidade promete ser o próximo must have do mercado de telefonia.  (LEIA na íntegra)



Da redação – São Paulo / SP
Ellen DeGeneres compra mansão de Brad Pitt por US$12 milhões
A apresentadora americana Ellen DeGeneres acaba de adquirir a mansão do ator Brad Pitt, em Malibu, por US$12 milhões. (LEIA na íntegra)








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